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SAÚDE BUCAL EM PORTADORES DE HANSENÍASE

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Academic year: 2021

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SAÚDE BUCAL EM PORTADORES DE HANSENÍASE

ALINE SAMPIERI TONELLO

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UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO

SAÚDE BUCAL EM PORTADORES DE HANSENÍASE

ALINE SAMPIERI TONELLO

Dissertação apresentada à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, da Universidade do Sagrado Coração, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre, no Programa de Pós-graduação em Odontologia. Área de Concentração: Saúde Coletiva Orientador: Prof. Dr. Marcos C. L. Virmond

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Tonello, Aline Sampieri T664s

Saúde bucal em portadores de hanseníase /Aline Sampieri Tonello.--2005.

53f.

Orientadora: Prof. Dr. Marcos C.L.Virmond

Dissertação de Mestrado (Odontologia)- Universidade do Sagrado Coração, Bauru, São Paulo.

1.Hanseníase 2.Lesões bucais 3.Saúde bucal

4.Manifestações Bucais 5. Epidemiologia 6. Levantamento Epidemiológico I.Virmond, Marcos C. L. II.Título.

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Dedico este trabalho a Deus, pois sem Ele nada é possível, aos meus pais, que sempre me apoiaram tornando este sonho realidade, aos meus irmãos, que estiveram em todos os momentos ao meu lado e ao meu namorado Jorge, pelo apoio, paciência, carinho e compreensão e por estar presente em mais uma etapa da minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador e mestre, Prof. Dr. Marcos C. L. Virmond, pelos caminhos que brilhantemente me direcionou fazendo uso de sua completa habilidade e dedicação. À minha co-orientadora Renata de Almeida Pernambuco pela devoção e paciência. Ao meu pai, por ter me passado um pouco de seu vasto conhecimento.

À minha irmã Paola, pelo seu constante apoio.

À minha amiga Maria Angélica pela força e graciosidade que tornaram este trabalho menos árduo.

À Priscila, minha colega do curso de Pós-Graduação, pelo companheirismo e ajuda que também deram mérito a este trabalho.

À Universidade do Sagrado Coração pelo trabalho voltado ao mais nobre ato de ensinar. Ao Dr. Eymar Sampaio Lopes, coordenador deste curso, que tornou este trabalho perfeitamente possível.

Aos funcionários da Pós-Graduação, pela dedicação.

Aos pacientes, funcionários e dermatologistas do Instituto Lauro de Souza Lima, em especial, ao meu irmão Cláudio, pela boa vontade e compreensão.

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RESUMO

A hanseníase é uma doença infecciosa transmitida de pessoa para pessoa, através do convívio com doentes das formas contagiantes (virchoviana ou dimorfa), sem tratamento. A lepra, como antigamente era denominada, é causada pelo Microorganismo Mycobacterium Leprae ou bacilo de Hansen. Ao longo de toda a história da hanseníase, tem-se observado um constante aumento do número de casos. Porém, nos últimos 10 anos, verificou-se uma diminuição no número de doentes, principalmente nos países endêmicos. As razões para este declínio são o tratamento eficaz através da poliquimioterapia (PQT), o diagnóstico precoce da doença e a reorganização dos programas de controle. A hanseníase é dividida em quatro formas clínicas: indeterminada, tuberculóide, dimorfa e virchoviana. Este estudo teve como objetivo verificar as condições de saúde bucal em 100 pacientes portadores de hanseníase tratados ou em tratamento, do Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru-SP, através de um levantamento epidemiológico, utilizando uma ficha específica modificada de avaliação da saúde bucal da Organização Mundial de Saúde (OMS/1997), como também, a utilização de um protocolo próprio do estudo e uma ficha de exame da cavidade bucal, proporcionando um melhor entendimento sobre as patologias bucais encontradas. Os resultados obtidos mostraram que a saúde bucal dos hansenianos examinados foi considerada precária devido ao elevado índice CPOD encontrado (16,07). Nas diferentes formas clínicas da hanseníase, a distribuição do índice CPOD foi considerada homogênea. Nos pacientes tratados e em tratamento, não houve diferença estatisticamente significante, quanto ao CPOD (p=0,62) e quanto à necessidade de qualquer tratamento odontológico, a distribuição foi considerada homogênea. Através do exame clínico, aparentemente não foi encontrada na amostra nenhuma lesão bucal que pudesse ser relacionada com a hanseníase.

Palavras – chave: hanseníase; lesões bucais na hanseníase; saúde bucal; manifestações bucais; epidemiologia; levantamento epidemiológico.

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ABSTRACT

The Hansen’s leprosy is an infective disease transmited from person to person, through contact with non treated cases (lepromatous or borderline). Leprosy, as it was Knonwn before, is caused by the microorganism Mycobacterium Leprae or Hansen Bacillus. Along the history of Hansen’s leprosy, it has been observed a constant increase of the number of the cases. However, in the last ten years, it was verified a decrease in the number of sick people, principally in endemic countries. The reasons for this declination are the effective treatment through the polichemotherapy (PQT), the precocious diagnosis of the disease and the reorganization of the programs of control. The Hansen’s leprosy is divided in four clinical types: indeterminate, tuberculoid, lepromatous and borderline. The alterations of the oral mucosa by the Hansen’s leprosy vary according to the clinical type of the disease. This study had as objective, verify the conditions of the oral health in 100 Hansen’s leprosy patients treated or in treatment, of Lauro de Souza Lima Institute, Bauru-SP, through a epidemiological survey, using a modified specific form of evaluation of the oral health of WHO/1997, as well as the use of a own protocol of study and a form of test of the oral cavity, providing a better understanding of the oral pathologies found. The results obtained showed that the oral health of the Hansen’s leprosy people that were examined, were considered scarce because of the high index DMFT (16.07). In the different clinical types of the Hansen’s leprosy, the distribution of index DMFT was considered homogeneous. In patients treated or in treatment, there wasn’t any statistically significant difference, as to DMFT (p=0.62) and as to the need of any odontologic treatment, the distribution was considered homogeneous. Through clinical test, it was not apparently found in the sample any oral lesion that could be related to the Hansen’s leprosy.

Key – words: Hansen’s leprosy; oral lesions in Hansen’s leprosy; oral health; oral manifestations; epidemiology; epidemiological survey.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Ilustração da sonda IPC... 23

Figura 2 – Distribuição da amostra por sexo ... 25

Figura 3 – Distribuição da amostra por grupo étnico ... 25

Figura 4 – Distribuição da amostra em relação à condição sócio-econômica ... 26

Figura 5 – Distribuição da amostra quanto às relações de trabalho ... 26

Figura 6 – Distribuição da média de dentes hígidos, do CPOD e de seus componentes na amostra... 28

Figura 7 – Distribuição de dentes perdidos na amostra ... 29

Figura 8 – Distribuição de dentes restaurados na amostra ... 29

Figura 9 – Distribuição do uso de prótese superior na amostra... 30

Figura 10 – Distribuição do uso de prótese inferior na amostra... 30

Figura 11 – Distribuição da necessidade de prótese superior na amostra ... 30

Figura 12 – Distribuição da necessidade de prótese inferior na amostra ... 31

Figura 13 – Distribuição da necessidade de restauração de 1 face por dente na amostra ... 31

Figura 14 – Distribuição da necessidade de restauração de 2 ou mais faces por dente na amostra... 32

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Distribuição do índice CPOD segundo sexo ... 28

Quadro 2 – Medidas descritivas do índice CPOD nas diferentes formas clínicas da hanseníase na amostra... 28

Quadro 3 – Comparação do índice CPOD nos grupos tratados e me tratamento na amostra ... 32

Quadro 4 – Medidas descritivas do índice CPOD segundo as faixas etárias de 9 em 9 anos na amostra... 33

Quadro 5 – Medidas descritivas do índice CPOD segundo as faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos na amostra ... 35

Quadro 6 – Distribuição da média de dentes hígidos nas faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos na amostra ... 35

Quadro 7 – Distribuição da média de dentes cariados nas faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos na amostra ... 36

Quadro 8 – Distribuição da média de dentes perdidos nas faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos na amostra ... 36

Quadro 9 – Distribuição da média de dentes restaurados nas faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos na amostra ... 36

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Forma clínica dos casos de hanseníase na amostra ... 27

Tabela 2 – Comparação da necessidade de tratamento odontológico nos grupos tratados e em tratamento na amostra... 32

Tabela 3 – Distribuição do uso de prótese superior segundo as faixas etárias de 9 em 9 anos na amostra... 33

Tabela 4 – Distribuição do uso de prótese inferior segundo as faixas etárias de 9 em 9 anos na amostra... 34

Tabela 5 – Distribuição da necessidade de prótese superior segundo as faixas etárias de 9 em 9 anos na amostra ... 34

Tabela 6 – Distribuição da necessidade de prótese inferior segundo as faixas etárias de 9 em 9 anos na amostra ... 35

Tabela 7 – Distribuição do uso de prótese superior segundo as faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos na amostra ... 36

Tabela 8 – Distribuição do uso de prótese inferior segundo as faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos na amostra ... 37

Tabela 9 – Distribuição da necessidade de prótese superior segundo as faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos na amostra ... 37

Tabela 10 – Distribuição da necessidade de prótese inferior segundo as faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos na amostra ... 37

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ATM = Articulação têmporo mandibular

CEP = Comitê de ética em pesquisa

CPOD = Dente cariado, perdido e obturado

FOUPF = Faculdade de Odontologia da Universidade de Passo Fundo

IPC = Índice periodontal comunitário

IPCNT = Índice periodontal comunitário de necessidade de tratamento

OMS = Organização Mundial de Saúde

PQT = Poliquimioterapia

RAR = Raspagem e alisamento radicular

UFF = Universidade Federal Fluminense

UNAERP = Universidade e associação de ensino de Ribeirão Preto

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 12 2. REVISÃO DE LITERATURA ... 15 3. PROPOSIÇÃO ... 21 4. MATERIAIS E MÉTODOS... 22 5. RESULTADOS ... 25 6. DISCUSSÃO ... 38 7. CONCLUSÕES ... 42 REFERÊNCIAS ... 43 APÊNDICE A... 46 ANEXO A ... 47 ANEXO B... 49 ANEXO C... 52 APÊNDICE B ... 53

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1 INTRODUÇÃO

A hanseníase surgiu no Brasil na época do descobrimento, introduzida pelo colonizador europeu. Os primeiros casos em terras brasileiras datam de 1600, na cidade do Rio de Janeiro (MIRANDA; MELLO, 1995). Segundo Opromolla (2000), em 1998, o número de casos registrados no Sudeste da Ásia eram 591.069, nas Américas, 119.279 e na África, 82.522 casos. Calcula-se no início de 2003, 534.000 casos de hanseníase em todo o mundo, distribuídos em 110 países. No Brasil, estima -se em um total de 77.345 casos (WHORLD HEALTH ORGANIZATION, 2002).

Segundo Talhari e Neves (1997), a introdução da poliquimi oterapia (PQT), conjunto de medicamentos usados para o tratamento da hanseníase, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), reduziu o número de pessoas afetadas pela doença em todo o mundo.

A doença, antigamente conhecida como lepra, é uma moléstia crônica causada pelo Mycobacterium Leprae. Encontra-se apenas no ser humano e a transmissão se faz de forma direta, de indivíduo para indivíduo (SAMPAIO; CASTRO; RIVITTI, 1987). Estima -se que 90% das pessoas apresentam uma defesa natural contra o Mycobacterium Leprae. A hanseníase se transmite principalmente através do convívio íntimo e prolongado com os doentes virchovianos e dimorfos não tratados, sendo as mucosas das vias aéreas superiores, as principais fontes de bactérias. O leite materno, a urina e as fezes também são considerados fontes de bacilo. O papel dos insetos como vetor de bacilos é discutível (TALHARI; NEVES, 1997). Acomete preferencialmente a pele e os nervos periféricos, podendo haver também comprometimento das mucosas nasal e orofaríngea, além de olhos e vísceras (LEÃO, 1997). Seu período de incubação varia, em geral, de dois a cinco anos, dependendo da exposição e da resistência do indivíduo (BRASIL, 1994; TALHARI; NEVES, 1997).

As manifestações clínicas da hanseníase têm características próprias. A sua evolução depende da imunidade celular de cada pessoa e é classificada de acordo com o Congresso de Madrid, em quatro formas clínicas (OPROMOLLA, 2000):

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1. Indeterminada: manifestação inicial da doença, podendo evoluir, permanecer estacionária ou até sofrer involução espontânea;

2. Tuberculóide: surge a partir da indeterminada, nos indivíduos que possuem uma alta imunidade celular ao bacilo. Também pode sofrer involução espontânea. Clinicamente apresenta poucas lesões e raros bacilos ou baciloscopia negativa.

3. Virchoviana: inicia-se a partir da indeterminada, nos indivíduos que não possuem nenhuma imunidade celular. Clinicamente apresenta muitas lesões e numerosos bacilos. A tendência é a piora progressiva e a cura só é possível com a poliquimioterapia.

4. Dimorfa: é considerada uma forma intermediária, existente entre a tuberculóide e a virchoviana. Evolui a partir da forma indeterminada naqueles que possuem uma moderada imunidade celular.

De acordo com Aarestrup et al. (1995), diversas localizações anatômicas são atingidas pela hanseníase, entre estas, a região bucomaxilofacial que possui um destaque quanto à prevalência e peculiaridades clínico biológicas durante a evolução das diferentes formas da doença. As áreas na cavidade bucal mais comumente afetadas são palatos duro e mole, úvula, lábios, língua e gengiva (BECHELLI; BERTI, 1939; KUMAR et al., 1988; SHARMA et al., 1993). O envolvimento da região anterior da maxila pode resultar em significativa erosão óssea, com perda de dentes nessa área. O envolvimento maxilar em crianças pode afetar os dentes em desenvolvimento, levando a hipoplasia do esmalte e ao encurtamento das raízes (NEVILLE et al., 1998).

As lesões bucais tendem a se manifestar com mais freqüência na hanseníase virchoviana (SCHEEPERS; LEMMER, 1992), e são inexistentes nas formas tuberculóide e indeterminada (BRASIL et al., 1973).

Para o tipo virchoviano tem sido descrito predisposição à cárie, gengivite e periodontite com perda do osso alveolar e conseqüentemente perda dental, iniciada pela crista óssea interincisal da maxila. Estas alterações só aparecem após 6 a 7anos da manifestação da

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doença, podendo ser comprovada por radiografias da região anterior da maxila. Pode haver achatamento antero-posterior da arcada superior, em estágios mais avançados, destruição da espinha nasal anterior, dos ossos próprios do nariz, da região do palato, com conseqüente perda dos dentes da área (MITAL, 1991 apud REIS et al., 1997).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (1999), os levantamentos básicos em saúde bucal fornecem uma base sólida para as estimativas das condições atuais de saúde bucal de uma população, além de futuras necessidades de tratamento bucal. Tais levantamentos são utilizados para a coleta de informações sobre a condição de saúde bucal e necessidade de tratamento de uma população e também para monitorar as alterações nos níveis e padrões da doença.

Por ser a hanseníase ainda considerada um problema de saúde pública, devido a sua alta prevalência e ao seu estigma social, o presente trabalho propôs verificar as condições de saúde bucal em pacientes hansenianos tratados e em tratamento, do Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru-SP, proporcionando um melhor entendimento sobre as patologias bucais encontradas.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

Bechelli e Berti (1939), realizaram um trabalho, onde examinaram 456 doentes de hanseníase visando observar a presença de lesões virchovianas nos lábios, bochechas, gengivas, palato duro e mole, pilares, úvula e amídalas, fixando em 19,1% a freqüência geral das lesões virchovianas bucais em doentes do tipo virchoviano e misto. Observaram lesões virchovianas nos lábios em 2,09%, na língua em 1,40%, no palato duro em 11,70%, no palato mole em 5,90% e na úvula em 3,20% dos doentes virchoviano e misto. Em dois pacientes, verificaram a perfuração do palato. Segundo os autores, a evolução das lesões lepróticas da boca é muito lenta e concluíram que um tratamento local adequado poderá impedir o desenvolvimento das mesmas.

Brasil et al. (1973), exami naram 150 pacientes portadores de hanseníase virchoviana de ambos os sexos, do Hospital Aimorés de Bauru, com lesões em atividade, através de exames clínicos-leprológicos, baciloscópicos e histopatológico, com idades entre 16 e 79 anos. Tinham como objetivo observar a relação existente entre os resultados baciloscópicos dos materiais colhidos do palato e da lesão cutânea e estudar os casos com mucosa bucal clinicamente normal. Os pacientes foram divididos em 02 grupos em relação ao tempo de duração da doença. Os autores concluíram que as lesões bucais involuem de acordo com a baciloscopia, simultaneamente com as lesões de pele. Concluíram, também, que a mucosa bucal, aparentemente normal pode estar comprometida e que a pesquisa baciloscópica sistemática desta deverá ser sempre realizada quando se quiser avaliar a incidência de lesões lepróticas na cavidade bucal.

Brasil et al. (1974), realizaram um estudo através de exame clínico da mucosa bucal de 150 pacientes portadores de hanseníase virchoviana com lesões em atividade, visando maior ênfase às lesões hansênicas da cavidade bucal. Concluíram que o comprometimento da mucosa bucal na hanseníase virchoviana é mais freqüente do que afirma a maioria dos autores; as máculas, pápulas, tubérculos, infiltrações e placas, não são lesões características da hanseníase, só devendo ser consideradas específicas quando apresentarem resultados baciloscópicos positivos; a localização mais freqüente das lesões hansenianas na mucosa bucal em ordem decrescente foi na úvula, palato duro e lábios.

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Alfieri et al. (1983), realizaram um trabalho com 30 pacientes hansenianos, de ambos os sexos, sendo 18 homens e 12 mulheres, com idade variando entre 18 a 73 anos e os dividiram em dois grupos, onde 15 apresentavam hanseníase dimorfa e 15, hanseníase tuberculóide. O objetivo foi detectar a presença de lesões na mucosa bucal. Foram realizados exames clínicos, histopatológicos. As lesões bucais encontradas foram fotografadas. Fizeram a biópsia. Os autores detectaram a presença de lesões bucais em 13 pacientes e concluíram que: existe um envolvimento específico da mucosa bucal em pacientes com hanseníase tuberculóide e dimorfa; o número de bacilos no palato é sempre igual ou menor do que o encontrado nas lesões da pele; e, que a mucosa bucal dos tuberculóides e dimorfos não é uma importante fonte de eliminação do bacilo.

Kumar et al. (1988), realizaram um trabalho com 22 pacientes portadores de hanseníase dimorfa e virchoviana, sem lesões aparentes na cavidade bucal, visando encontrar algum envolvimento patológico no palato duro ou mole. O estudo foi realizado na clínica de lepra da Pós Graduação do Instituto Médico de Educação e Pesquisa em Chandigar, Índia. A idade dos pacientes variava entre 17 e 60 anos, sendo 15 homens e 07 mulheres. A duração da doença variava de 03 meses a 17 anos. Os resultados mostraram que através do exame histopatológico, os palatos duro e mole apresentaram baciloscopia positiva. O estudo mostra a importância do envolvimento bucal na hanseníase.

Rosa et al. (1992), realizaram um estudo para verificar as condições de saúde bucal no grupo de 60 anos ou mais, na cidade de São Paulo. Com base em dados referentes à cárie, doença periodontal, necessidade e uso de prótese e prevalência de alterações em tecidos duros e moles, concluíram que este grupo apresenta um nível muito precário de saúde bucal. Recomenda-se a definição de política e de programas odontológicos específicos para a terceira idade.

Scheepers e Lemmer (1992), descreveram sobre o caso de um paciente do sexo masculino com 46 anos de idade que apresentava eritema virchoviano com ulceração destrutiva de palato duro e mole, o mesmo tem sido observado por mais de uma década. Os autores sugerem que essa ulceração destrutiva pode ser a causa das deformidades do palato e úvula na hanseníase.

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Sharma et al. (1993), realizaram um trabalho com dez pacientes portadores de hanseníase virchoviana, que foram submetidos a estudos clínicos e histopatológicos para evidência de envolvimento da língua pela hanseníase. Os resultados mostram que três pacientes examinados tinham evidências clínicas de envolvimento na língua. Um dentre estes três, apresentava uma lesão nodular e os outros dois, língua fissurada. Em relação ao exame histopatológico, seis pacientes apresentaram baciloscopia positiva. Os autores concluíram que a língua é propensa ao envolvimento pela hanseníase virchoviana, assim como a boca e o palato.

Aarestrup et al. (1995), realizaram um trabalho no qual examinaram 30 hansenianos das formas dimorfa ou virchovianas, de ambos os sexos, cadastrados na Unidade de Saúde Dr. Antônio Carlos Pereira Filho/Juiz de Fora-MG, através de exames clínico-odontológicos rotineiros. Os pacientes foram classificados de acordo com os critérios estabelecidos por Ridley-Jopling. Todos os pacientes examinados estavam sob tratamento poliquimioterápico, preconizado pela OMS, e foram divididos em grupos de acordo com a forma da doença e tempo de diagnóstico. Os autores chegaram à conclusão que o estudo demonstrou uma alta prevalência de doença periodontal crônica inflamatória em hanseniano e que os resultados sugerem uma correlação direta entre a forma virchoviana e o tempo de diagnóstico da doença, com o desenvolvimento de doença periodontal crônica inflamatória.

Reis et al. (1996/1997), realizaram um trabalho com o objetivo de revisar todos os tipos de hanseníase, descrevendo suas características clínicas e histopatológicas com ênfase nas manifestações bucais. Concluíram que a hanseníase manifesta-se na cavidade bucal como nódulos que podem ulcerar afetando o palato duro e mole, gengiva e língua. Além disso, é necessário que o profissional de odontologia reconheça tais manifestações para poder diagnosticar precocemente a doença e também salientar que o bacilo pode ser detectado em exames histopatológicos de mucosa, mesmo na ausência de lesões visíveis.

Fernandes et al. (1997), realizaram um trabalho com 104 pessoas de 60 anos ou mais, de um centro de saúde da cidade de São Paulo, onde foram analisadas as condições protéticas. Através do exame clínico observaram que 88,60% dos dentes já foram extraídos e que 47,10% das pessoas são edentadas. O número de pessoas utilizando algum aparelho protético é de 81,70%, mas 85,60% das próteses em uso precisavam ser reparadas ou substituídas. Os

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resultados mostraram o baixo nível de saúde bucal e a precária assistência prestada pelos serviços de saúde a estas pessoas.

Neville et al. (1998), relataram que as lesões bucais tendem a se manifestar nos primeiros anos da hanseníase e que a presença de lesões bucais na hanseníase virchoviana, varia de 19 a 60%. As áreas mais afetadas são palatos duro e mole, úvula e língua.

A Organização Mundial da Saúde (1999), relatou que os levantamentos básicos em saúde bucal produzem dados básicos confiáveis para o desenvolvimento dos programas nacionais ou regionais de saúde bucal e para o planejamento da quantidade e do tipo de profissionais adequado para o tratamento bucal.

Meneghim e Saliba (2000), realizaram um trabalho com o objetivo de: avaliar a condição de dentes, raízes e periodonto; uso e necessidade de prótese; ATM; condição de mucosa bucal; e, através de questionário, os hábitos de saúde bucal. Examinaram 209 pessoas, de ambos os sexos, distribuídas pelas faixas etárias de 45-59 anos, 60 a 69 anos e 70 anos ou mais, pertencentes aos grupos da 3.ª idade de Piracicaba, SP, Brasil. Concluíram que: o índice médio de dentes cariados, perdidos e obturados (CPOD) foi de 26,58 e a prevalência de cárie radicular, por indivíduo foi de 0,83; quanto à condição periodontal, entre 12,44% e 18,66% dos indivíduos apresentavam perda de inserção entre 0 e 3 mm; 86, 12% não necessitavam de prótese na arcada superior e 60,77% não necessitavam de prótese na arcada inferior; 61,11% na faixa etária de 45-59 anos, 60,71% na de 60-69 anos e 69,81% na de 70 anos ou mais, não apresentavam sintomatologia na articulação têmporomandibular (ATM); e, em relação à mucosa bucal, a ulceração foi a de maior prevalência. Verificou-se a necessidade do desenvolvimento de programas de atendimento e de um currículo específico para a graduação e pós-graduação em odontogeriatria.

Opromolla (2000), citou lesões hansenianas presentes nas amídalas, palato mole, duro, pilares e língua. As gengivas são pouco comprometidas, mas há lesões periodontais.

Cangussu et al. (2001), realizaram um trabalho com 157 indivíduos, sendo 107 da faixa etária de 35-44 anos e 50, da faixa de 65 anos ou mais, tendo como objetivo verificar as

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condições de saúde bucal nessas faixas etárias em indivíduos residentes em Itatiba/SP, de forma a reorientar a política de saúde bucal desenvolvida no município. Desenvolveram um estudo de prevalência com uma amostra definida pela demanda das unidades básicas de saúde, empresas, professores e funcionários de escolas públicas e particulares do município e instituições asilares. Concluíram que: o CPOD para a faixa etária de 35-44 anos foi de 21,01 e de 28,14 para a faixa de 65 anos ou mais; 39,44% da faixa etária de 35-44 anos, não necessitavam de nenhuma prótese e para a faixa de 65 anos ou mais, 38,00%; e, a condição periodontal da amostra foi considerada satisfatória sendo necessário facilitar o acesso aos serviços de saúde bucal para adultos jovens e avaliar a possibilidade de implantação de um serviço de referência de reabilitação protética.

Chaise (2001), realizou um trabalho onde analisou as condições de saúde bucal e necessidades de tratamento de pacientes não submetidos a atendimento prévio que se dirigiram ao setor de triagem da Faculdade de Odontologia da Universidade de Passo Fundo-FOUPF. Foram analisados os dados de 300 fichas clínicas de pacientes de ambos os sexos, com idades variando entre 12 e 84 anos, examinados entre fevereiro e novembro de 1999. Concluíram que em relação às condições de saúde bucal, o índice CPOD médio da população foi de 20,10 com predominância em mulheres. Em relação à prótese, 34,00% dos pacientes faziam uso dela. Quanto à necessidade de tratamento dentário: 85,60% dos indivíduos necessitavam de restaurações; 32,30%, de coroas unitárias; 50,00%, de cuidados pulpares; e, 22,20%, de exodontias. Os 59,70% da amostra necessitavam de prótese parciais e 16,30% de próteses totais.

Menezes et al. (2001), realizaram um trabalho com 125 pacientes de idade variando entre 15 e 65 anos, com o objetivo de avaliar os dados obtidos no levantamento de cárie e necessidades de tratamento da doença periodontal na comunidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Através dos índices de CPOD e do índice periodontal comunitário de necessidade de tratamento (IPCNT) e registro de controle de placa, observaram que o índice de CPOD obtido foi de 7,04 para a faixa etária de 15 a 19 anos; 13,52, para 20a 29 anos; 19,44, para 30 a 39 anos; 20,76, para 40 a 49 anos; e, 20,08, para 50 a 65 anos. O registro de controle de placa atingiu a média geral de 87,50% e 100% da população necessitava de algum tipo de tratamento periodontal.

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Scelza, et al. (2001), realizaram um estudo que verificou o estado de saúde bucal de 103 pacientes com idade superior a 60 anos do programa interdisciplinar de geriatria e gerontologia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Realizaram o exame clínico intrabucal dos idosos, visando averiguar o índice CPOD e utilização de prótese total e parcial. Concluíram que: em relação aos dentes hígidos e índice CPOD, não houve diferença estatisticamente significante entre os gêneros; quanto aos dentes cariados, perdidos e restaurados em ambos os sexos, a diferença não foi significante; e, em relação às próteses totais, as mulheres usavam mais que os homens.

Leandrini (2002), realizou um estudo onde analisou as condições de saúde bucal e necessidades de tratamento através de 337 prontuários e fichas clínicas de pacientes de ambos os sexos, não submetidos a atendimento prévio triados para a disciplina de clínica integrada da Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP, com idade entre 14 e 70 anos ou mais, que realizaram tratamentos durante o ano de 2001. Concluiu que: em relação à utilização de prótese, 33,82% faziam uso de prótese parcial removível; 34,92%, de prótese parcial fixa; 52,86% faziam uso de prótese total; e, 29,15% de coroas unitárias. Quanto à necessidade de prótese: 79,97% necessitavam de próteses parciais e 50,72%, de próteses totais. Os 11,59% dos indivíduos necessitavam de pelo menos um tratamento endodôntico e 19,88% necessitavam de exodontias.

Silva, et al. (2004), realizaram um trabalho com o objetivo de verificar a prevalência de cárie, o uso e necessidade de próteses totais em 202 indivíduos, sendo 101 adultos na faixa etária de 35-44 anos e 101 idosos na faixa etária de 65-74 anos de idade. Concluíram que a porcentagem de edêntulos para os adultos foi de 8,91% e de 74,25% para os idosos. O CPOD foi de 22,86 e de 31,09, para adultos e idosos, respectivamente. O maior componente do CPOD para os adultos foi de dentes restaurados (57%), seguido de dentes perdidos (40,54%); para os idosos, foi de dentes perdidos (92,64%). Somente 1% dos adultos necessitava de próteses totais superiores e inferiores, já para os idosos, estas foram de 48,50% e 45,50% respectivamente. Portanto, há necessidade de programas preventivos e educativos tanto para adultos como para idosos, a fim de que estes adultos cheguem à terceira idade com uma condição de saúde bucal melhor que à relatada atualmente.

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3 PROPOSIÇÃO

O presente trabalho propôs verificar as condições de saúde bucal através de um levantamento epidemiológico, em 100 pacientes hansenianos tratados e em tratamento do Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru-SP, identificando as patologias bucais encontradas e proporcionando um melhor conhecimento sobre sua prevalência.

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4 MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal, descritivo, em que foram examinados no período de abril a dezembro de 2004, 100 pacientes portadores de hanseníase, cadastrados no ambulatório, na enfermaria e na colônia do Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru-SP, classificados de acordo com o Congresso de Madrid, em indeterminados, tuberculóides, virchovianos e dimorfos, de ambos os sexos, com idade variando de 16 a 77 anos. Todos os pacientes estavam ou estiveram sob tratamento poliquimioterápico (PQT), padronizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotado pelo Ministério da Saúde. Os pacientes foram examinados em consultório odontológico existente no próprio Instituto, pela autora do trabalho (examinadora) e por um anotador.

Os prontuários específicos contendo os dados referentes à identificação de cada paciente, bem como, idade, sexo, história da doença atual, história médica pregressa, história odontológica e história familiar, foram disponibilizados pelo Instituto. A condição sócio-econômica dos hansenianos também foi analisada de acordo com as anotações contidas no prontuário do paciente, baseadas no instrumento de classificação sócio-econômica/1997 proposto por Graciano et al. (1999). Todos os dados citados foram transportados para protocolo próprio deste estudo (APÊNDICE A), para a consignação de parâmetros comparativos.

Para a análise das condições de saúde bucal dos hansenianos, foram realizados exames clínicos baseados na metodologia preconizada pela OMS/1997, através de pinça e espelho clínicos e sonda IPC (índice periodontal comunitário) (FIGURA 1), utilizada somente para diagnóstico de cárie e quando necessário, nas faces oclusal, vestibular e lingual dos dentes. Foram verificados a condição extra bucal, a avaliação da ATM, a condição da mucosa bucal, as condições dentárias, através do índice de cárie, o CPOD, a necessidade de tratamento do elemento dentário, as condições protéticas e o uso e necessidade de prótese. Todos estes dados foram anotados em ficha específica, modificada para este estudo, pois não foram utilizados os dados contidos nela referentes à opacidade e hipoplasia do esmalte, fluorose, anomalia dentofacial, ao índice periodontal e à perda de inserção (ANEXO A) (OMS, 1999). Outras alterações acessórias de interesse da saúde bucal, identificadas durante os exames, também foram anotadas.

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FIGURA 1 – Ilustração da sonda IPC

Verificou-se também neste estudo, a presença de lesões bucais relacionadas com a hanseníase, através somente de exames clínicos da mucosa bucal. Estas, caso fossem encontradas, seriam fotografadas e seu diagnóstico anotado em uma ficha específica de exame da cavidade bucal (ANEXO B) (BRASIL et al., 1974).

Os resultados foram tabulados em relação à sua prevalência e possíveis correlações entre os parâmetros de idade, sexo, forma clínica, tempo de doença, tipo de tratamento, entre outros. O parâmetro de idade da amostra foi estratificado pelas faixas etárias de 10-19, 20-29, 30-39, 40-49, 50-59 e 60 anos ou mais e também pelas faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos, como preconizado pela OMS/1997 (OMS, 1999). Posteriormente, foram submetidos à análise estatística para obtenção de médias, desvio padrão e taxas, permitindo demonstrar o perfil da saúde bucal destes pacientes.

Todos os casos examinados receberam noções de higiene bucal e prevenção de cáries e doença periodontal. Os casos em que foram detectadas necessidades de tratamento foram encaminhados para o setor de Odontologia do Instituto Lauro de Souza Lima.

O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), da Universidade do Sagrado Coração (USC), conforme a Resolução 196/96 do Ministério da Saúde (ANEXO C).

Os pacientes receberam informações sobre os exames que seriam realizados e suas finalidades. Foi solicitado aos mesmos assinar, caso aceitassem participar da pesquisa, um

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termo de consentimento (APÊNDICE B) contendo os objetivos do estudo, detalhes dos procedimentos de exame e a afirmação de que sua recusa não resultaria em qualquer modificação de seu atendimento na unidade de tratamento.

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5 RESULTADOS

Neste estudo foram examinados 100 pacientes do Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru-SP, afetados pela hanseníase, dos quais 77% já haviam sido tratados e 23% ainda estavam sob tratamento com a PQT, sendo 70% do sexo masculino e 30% do sexo feminino (FIGURA 2), com idade variando entre 16 e 77 anos. Dentre eles, 81% eram brancos, 14% eram pardos e 5% eram negros (FIGURA 3). Desses, 75% residiam na zona urbana, 11% na zona periurbana e 14% moravam na zona rural.

70% 30% 0% 20% 40% 60% 80% 100% MASCULINO FEMININO MASCULINO FEMININO

FIGURA 2 – Distribuição da amostra por sexo

81% 14% 5% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

BRANCOS PARDOS NEGROS

BRANCOS PARDOS NEGROS

FIGURA 3 – Distribuição da amostra por grupo étnico

Sobre a condição sócio-econômica dos hansenianos constatou-se que 69% eram de classe social baixa inferior, 25% correspondiam à classe baixa superior, 5% à classe média inferior e somente 1% fazia parte da classe média (FIGURA 4).

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Considerando as relações de trabalho, 28% da amostra se mantinham afastados do trabalho por algum motivo, os aposentados representavam 29% e os 43% restantes correspondiam aos não afastados do trabalho (FIGURA 5).

5% 1% 69% 25% 0% 20% 40% 60% 80% 100% BAIXA INFERIOR BAIXA SUPERIOR MÉDIA INFERIOR MÉDIA

FIGURA 4 – Distribuição da amostra em relação à condição sócio-econômica

29% 28% 43% 0% 20% 40% 60% 80% 100% RELAÇÕES DE TRABALHO APOSENTADOS AFASTADOS NÃO AFASTADOS

FIGURA 5 - Distribuição da amostra quanto às relações de trabalho

A Talidomida e a Predinisona, medicamentos admi nistrados para as reações causadas pela hanseníase, eram usados respectivamente por 21% e 24% da amostra.

Quanto à classificação clínica da hanseníase, a forma virchoviana foi a mais encontrada, totalizando 47% dos casos, seguida pela dimorfa, 33%, a tuberculóide, 15% e, posteriormente, a indeterminada, representando somente 5% (TABELA 1).

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TABELA 1 – Forma clínica dos casos de hanseníase na amostra Forma clínica N % indeterminada 5 5,0 tuberculóide 15 15,0 virchoviana 47 47,0 dimorfa 33 33,0 total 100 100,0

A avaliação clínica do exame extra bucal revelou que 90% da amostra tinham aparência extrabucal normal, os outros 10% apresentavam lesões de pele classificadas como, lesões hipocrômicas residuais e lesões hipercrômicas (marrons acinzentadas) provocadas pelo medicamento clofazimina.

Em relação à cavidade bucal, avaliou-se primeiramente a ATM e observou que 93% não apresentavam dor e 35% afirmaram a presença de estalidos.

Através do exame clínico da cavidade bucal, pôde-se observar que 57% da amostra tinham língua saburrosa, em 28% a mucosa apresentava-se normal e os 15% restantes apresentavam outras alterações, tais como, trauma de mordida e língua pilosa. Aparentemente, nenhuma lesão bucal que pudesse ser relacionada com a hanseníase, foi encontrada na amostra. A ocorrência de bruxismo foi confirmada por apenas 21% dos hansenianos.

Quanto à condição dentária, o índice CPOD médio da amostra foi de 16,07 (FIGURA 6), sendo a média de 15,4 no sexo masculino e 17,6 no feminino, como mostra o QUADRO 1. A distribuição do CPOD nas diferentes formas clínicas da hanseníase pode ser vista no QUADRO 2.

A média de dentes hígidos na amostra foi de 11,91 (FIGURA 6), sendo que somente 1% possuía os 29 dentes hígidos, 2% não apresentavam nenhum dente hígido, 35% possuíam de 1 a 7 dentes hígidos, 30% tinham hígidos de 8 a 14 dentes, 22% apresentavam de 15 a 21, e os 10% restantes, de 22 a 28 dentes hígidos. Já em relação aos dentes cariados, a média foi de 3,19 (FIGURA 6).

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QUADRO 1 – Distribuição do índice CPOD segundo o sexo CPOD

Sexo Média Desvio Padrão

Masculino 15,4 6,55

Feminino 17,6 6,97

QUADRO 2 – Medidas descritivas do índice CPOD nas diferentes formas clínicas da hanseníase na amostra

CPOD

Formas clínicas Média Desvio Padrão

indeterminada 13,4 6,02

tuberculóide 14,3 8,99

virchoviana 16,5 6,44

dimorfa 16,6 6,10

Em relação aos dentes perdidos por cárie, a média foi de 8,43 (FIGURA 6), onde 14% não apresentavam nenhum dente perdido, 1% apresentava 28 dentes perdidos, 59% tinham perdidos, de 1 a 12 dentes, os 26% restantes possuíam de 13 a 26 dentes perdidos (FIGURA 7).

A média de dentes restaurados foi de 4,46 (FIGURA 6). Nenhuma restauração foi apresentada por 30% da amostra. Os 47% da amostra possuíam entre 1 a 8 dentes restaurados, os outros 23% tinham de 9 a 18 dentes restaurados (FIGURA 8). Nos hansenianos estudados, a média de dentes restaurados e com cárie foi de 0,7, sendo que 67% não possuíam nenhum dente restaurado e com cárie, os 33% restantes tinham de 1 a 5 dentes restaurados e com cárie.

8,43 4,46 11,91 16,07 3,19 0 5 10 15 20

MÉDIA DE DENTES HÍGIDOS, DO CPOD E DE SEUS COMPONENTES

HÍGIDOS CPOD CARIADOS PERDIDOS RESTAURADOS

FIGURA 6 - Distribuição da média de dentes hígidos, do CPOD e de seus componentes na amostra

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59% 26% 1% 14% 0% 20% 40% 60% 80% NENHUM 1 A 12 13 A 26 28

FIGURA 7 – Distribuição de dentes perdidos na amostra

47% 30% 23% 0% 20% 40% 60% 80% 100% NENHUM 1 A 8 9 A 18 NENHUM 1 A 8 9 A 18

FIGURA 8 – Distribuição de dentes restaurados na amostra

O traumatismo presente também foi avaliado e observou-se que somente 12% apresentavam a coroa fraturada.

Em relação ao uso de prótese superior, 64% não usavam nenhuma prótese; 16% tinham prótese total; 13% usavam prótese parcial removível; e, os 7% restantes, faziam uso de outros tipos de próteses (FIGURA 9). No arco inferior: 87% não usavam nenhuma prótese; 5% tinham prótese parcial fixa; e, os 8% restantes, faziam uso de outras próteses (FIGURA 10).

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16% 64% 13% 7% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

USO DE PRÓTESE SUPERIOR

NENHUMA

PRÓTESE TOTAL

PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL OUTRAS

FIGURA 9 – Distribuição do uso de prótese superior na amostra

87% 5% 8% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

USO DE PRÓTESE INFERIOR

NENHUMA

PRÓTESE PARCIAL FIXA OUTRAS

FIGURA 10 – Distribuição do uso de prótese inferior na amostra

A avaliação da necessidade de prótese no arco superior relatou que 57% não necessitavam de nenhuma prótese; 30% precisavam de prótese com múltiplos elementos; e, os 13% restantes tinham, como necessidade, outros tipos de próteses (FIGURA 11). Já no arco inferior, 21% não necessitavam de próteses; 63% precisavam fazer uso de prótese com múltiplos elementos; e, os 16% restantes, outros tipos de próteses (FIGURA 12).

57% 30% 13% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

NECESSIDADE DE PRÓTESE SUPERIOR

NENHUMA

PROTESE COM MÚLTIPLOS ELEMENTOS

OUTRAS

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16% 21% 63% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

NECESSIDADE DE PRÓTESE INFERIOR

NENHUMA

PRÓTESE COM MÚLTIPLOS ELEMENTOS OUTRAS

FIGURA 12 – Distribuição da necessidade de prótese inferior na amostra

De todos os pacientes examinados, 97% necessitavam de algum tipo de tratamento, sendo a raspagem e alisamento radicular (RAR) necessários em 89% da amostra.

Em relação às necessidades de tratamento, que foram observadas em cada dente separadamente, não houve necessidade de confecção de restauração de 1 face por dente, em 86%, sendo que 14% necessitavam deste tipo de tratamento (FIGURA 13). Já da restauração de 2 ou mais faces, por dente, 29% não apresentavam necessidade, 53% precisavam de 1 a 5 restaurações, os outros 18% necessitavam de 6 a 11 restaurações de 2 ou mais faces (FIGURA 14).

Quanto à exodontia, 36% necessitavam de 1 a 14 dentes extraídos, já 64%, não necessitavam de nenhuma exodontia. Em ralação à necessidade de endodontia, somente 5% necessitavam deste tipo de tratamento.

86% 14% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

NECESSIDADE DE RESTAURAÇÃO DE 1 FACE POR DENTE

NÃO NECESSITAVAM NECESSITAVAM

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18% 29% 53% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

NECESSIDADE DE RESTAURAÇÃO DE 2 OU MAIS FACES POR DENTE

NENHUMA 1 A 5 6 A 11

FIGURA 14 - Distribuição da necessidade de restauração de 2 ou mais faces por dente na amostra

Realizou-se o teste de Mann Whitney, comparando o índice CPOD nos grupos de pacientes que estavam tratados e os que estavam em tratamento, não havendo diferença estatisticamente significante (p = 0,62). A comparação do índice CPOD nestes grupos pode ser observada no QUADRO 3.

QUADRO 3 - Comparação do índice CPOD nos grupos tratados e em tratamento na amostra CPOD

Grupos Média Mediana Posto Médio Número

Tratados 16,2 18 51,3 77

Em Tratamento 15,6 17 47,9 23

Houve uma distribuição homogênea em relação à necessidade de qualquer tipo de tratamento odontológico nestes dois grupos, como mostra a TABELA 2.

TABELA 2 – Comparação da necessidade de tratamento odontológico nos grupos tratados e em tratamento na amostra Grupos Tratados Em tratamento Necessidade de tratamento N (%) N (%) Necessita 74 (96,10) 23 (100,00) Não necessita 3 (3,90) 0 (0,00) Total 77 (100,00) 23 (100,00)

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Os resultados obtidos segundo as faixas etárias de 10-19 anos, 20-29 anos, 30-39 anos, 40-49 anos, 50-59 anos e 60 anos ou mais, referentes ao índice CPOD, ao uso de prótese superior e inferior, à necessidade de prótese superior e inferior, estão relatados no QUADRO 4 e TABELAS 3, 4, 5 e 6, respectivamente.

QUADRO 4 – Medidas descritivas do índice CPOD segundo as faixas etárias de 9 em 9 anos na amostra

CPOD

Faixas etárias Média Desvio Padrão

10-19 anos 5,0 5,66 20-29 anos 11,3 6,22 30-39 anos 15,4 6,82 40-49 anos 18,4 6,07 50-59 anos 16,2 6,30 60 anos ou mais 18,0 5,43

TABELA 3 – Distribuição do uso de prótese superior segundo as faixas etárias de 9 em 9 anos na amostra

Uso de prótese superior

Sem prótese Prótese parcial fixa Prótese parcial removível Próteses parciais fixas e removíveis Prótese Total Total Faixas etárias N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) 10-19 anos 2 (100,00) 0 (0,00) 0 (0,00) 0 (0,00) 0 (0,00) 2 (100,00) 20-29 anos 14 (82,35) 2 (11,76) 1 (5,89) 0 (0,00) 0 (0,00) 17 (100,00) 30-39 anos 10 (55,56) 2 (11,11) 2 (11,11) 0 (0,00) 4 (22,22) 18 (100,00) 40-49 anos 24 (64,86) 1 (2,70) 4 (10,82) 1 (2,70) 7 (18,92) 37 (100,00) 50-59 anos 6 (46,15) 0 (0,00) 4 (30,77) 1 (7,69) 2 (15,39) 13 (100,00) 60 anos/+ 8 (61,54) 0 (0,00) 2 (15,38) 0 (0,00) 3 (23,08) 13 (100,00) Total 64 (64,00) 5 (5,00) 13 (13,00) 2 (2,00) 16 (16,00) 100 (100,00)

(35)

TABELA 4 – Distribuição do uso de prótese inferior segundo as faixas etárias de 9 em 9 anos na amostra

Uso de prótese inferior Sem prótese Prótese parcial fixa Prótese parcial removível Próteses parciais fixas e removíveis Prótese Total Total Faixas etárias N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) 10-19 anos 1 (50,00) 1 (50,00) 0 (0,00) 0 (0,00) 0 (0,00) 2 (100,00) 20-29 anos 15 (88,24) 2 (11,76) 0 (0,00) 0 (0,00) 0 (0,00) 17 (100,00) 30-39 anos 18 (100,00) 0 (0,00) 0 (0,00) 0 (0,00) 0 (0,00) 18 (100,00) 40-49 anos 32 (86,49) 1 (2,70) 2 (5,41) 1 (2,70) 1 (2,70) 37 (100,00) 50-59 anos 11 (84,62) 1 (7,69) 1 (7,69) 0 (0,00) 0 (0,00) 13 (100,00) 60 anos/+ 10 (76,92) 0 (0,00) 2 (15,39) 1 (7,69) 0 (0,00) 13 (100,00) Total 87 (87,00) 5 (5,00) 5 (5,00) 2 (2,00) 1 (1,00) 100 (100,00)

TABELA 5 – Distribuição da necessidade de prótese superior segundo as faixas etárias de 9 em 9 anos na amostra

Necessidade de prótese superior Não necessita Prótese unitária Prótese com múltiplos elementos Prótese unitária e múltiplos elementos Prótese total Total Faixas etárias N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) 10-19 anos 2 (100,00) 0 (0,00) 0 (0,00) 0 (0,00) 0 (0,00) 2 (100,00) 20-29 anos 12 (70,59) 2 (11,76) 3 (17,65) 0 (0,00) 0 (0,00) 17 (100,00) 30-39 anos 12 (66,67) 2 (11,11) 4 (22,22) 0 (0,00) 0 (0,00) 18 (100,00) 40-49 anos 18 (48,66) 5 (13,51) 12 (32,43) 1 (2,70) 1 (2,70) 37 (100,00) 50-59 anos 8 (61,54) 1 (7,69) 4 (30,77) 0 (0,00) 0 (0,00) 13 (100,00) 60 anos/+ 5 (38,46) 1 (7,69) 7 (53,85) 0 (0,00) 0 (0,00) 13 (100,00) Total 57 (57,00) 11(11,00) 30 (30,00) 1 (1,00) 1 (1,00) 100 (100,00)

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TABELA 6 – Distribuição da necessidade de prótese inferior segundo as faixas etárias de 9 em 9 anos na amostra

Necessidade de prótese inferior Não necessita Prótese unitária Prótese com múltiplos elementos Prótese unitária e múltiplos elementos Prótese total Total Faixas etárias N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) 10-19 anos 2 (100,00) 0 (0,00) 0 (0,00) 0 (0,00) 0 (0,00) 2 (100,00) 20-29 anos 7 (41,18) 1 (5,88) 9 (52,94) 0 (0,00) 0 (0,00) 17 (100,00) 30-39 anos 1 (5,56) 6 (33,33) 11 (61,11) 0 (0,00) 0 (0,00) 18 (100,00) 40-49 anos 5 (13,51) 3 (8,11) 26 (70,27) 1 (2,70) 2 (5,41) 37 (100,00) 50-59 anos 3 (23,08) 2 (15,38) 7 (53,85) 0 (0,00) 1 (7,69) 13 (100,00) 60 anos/+ 3 (23,08) 0 (0,00) 10 (76,92) 0 (0,00) 0 (0,00) 13 (100,00) Total 21 (21,00) 12 (12,00) 63 (63,00) 1 (1,00) 3 (3,00) 100 (100,00)

A distribuição do índice CPOD e a média de dentes hígidos, cariados, perdidos e restaurados, nas faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos, como preconiza a OMS, podem ser vistas, respectivamente nos QUADROS 5, 6, 7, 8 e 9.

QUADRO 5 – Medidas descritivas do índice CPOD segundo as faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos na amostra

CPOD

Faixas etárias Média Desvio Padrão

35-44 anos 17,6 6,70

65-74 anos 20,0 6,12

QUADRO 6 – Distribuição da média de dentes hígidos nas faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos na amostra

Dentes hígidos

Faixas etárias Média Desvio Padrão

35-44 anos 10,1 7,19

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QUADRO 7 – Distribuição da média de dentes cariados nas faixas etárias de 35-44 anos e 65- 74 anos na amostra

Dentes cariados

Faixas etárias Média Desvio Padrão

35-44 anos 2,5 2,87

65-74 anos 1,0 1,00

QUADRO 8 – Distribuição da média de dentes perdidos nas faixas etárias de 35-44 anos e 65- 74 anos na amostra

Dentes perdidos

Faixas etárias Média Desvio Padrão

35-44 anos 9,5 7,30

65-74 anos 17,0 5,70

QUADRO 9 – Distribuição da média de dentes restaurados nas faixas etárias de 35-44 anos e 65- 74 anos na amostra

Dentes restaurados

Faixas etárias Média Desvio Padrão

35-44 anos 5,3 5,07

65-74 anos 2,0 2,00

Quanto ao uso de prótese superior e inferior e à necessidade de prótese tanto superior quanto inferior, nas faixas de 35-44 anos e 65-74 anos, os resultados podem ser vistos respectivamente, nas TABELAS 7, 8, 9 e 10.

TABELA 7 – Distribuição do uso de prótese superior segundo as faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos na amostra

Uso de prótese superior Sem prótese Prótese parcial

removível

Próteses parciais fixas e removíveis

Prótese Total Total Faixas etárias N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) 35-44 anos 18 (66,67) 2 (7,41) 1 (3,70) 6 (22,22) 27 (100,00) 65-74 anos 2 (40,00) 1 (20,00) 0 (0,00) 2 (40,00) 5 (100,00) Total 20 (62,50) 3 (9,38) 1 (3,12) 8 (25,00) 32 (100,00)

(38)

TABELA 8 – Distribuição do uso de prótese inferior segundo as faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos na amostra

Uso de prótese inferior Sem prótese Prótese parcial fixa Prótese parcial removível Próteses parciais fixas e removíveis Total Faixas etárias N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) 35-44 anos 23 (85,19) 1 (3,70) 2 (7,41) 1 (3,70) 27 (100,00) 65-74 anos 3 (60,00) 0 (0,00) 2 (40,00) 0 (0,00) 5 (100,00) Total 26 (81,25) 1 (3,13) 4 (12,50) 1 (3,12) 32 (100,00)

TABELA 9 – Distribuição da necessidade de prótese superior segundo as faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos na amostra

Necessidade de prótese superior Não necessita Prótese unitária Prótese com múltiplos elementos Prótese unitária e múltiplos elementos Prótese total Total Faixas etárias N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) 35-44 anos 14 (51,85) 3 (11,11) 8 (29,64) 1 (3,70) 1 (3,70) 27 (100,00) 65-74 anos 3 (60,00) 0 (0,00) 2 (40,00) 0 (0,00) 0 (0,00) 5 (100,00) Total 17 (53,13) 3 (9,38) 10 (31,25) 1 (3,12) 1 (3,12) 32 (100,00)

TABELA 10 – Distribuição da necessidade de prótese inferior segundo as faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos na amostra

Necessidade de prótese inferior Não

necessita

Prótese unitária

Prótese com múltiplos elementos Prótese unitária e múltiplos elementos Prótese total Total Faixas etárias N (%) N(%) N (%) N (%) N (%) N (%) 35-44 anos 4 (14,82) 2 (7,41) 19 (70,37) 1 (3,70) 1 (3,70) 27 (100,00) 65-74 anos 2 (40,00) 0 (0,00) 3 (60,00) 0 (0,00) 0 (0,00) 5 (100,00) Total 6 (18,75) 2 (6,24) 22 (68,75) 1 (3,13) 1 (3,13) 32 (100,00)

(39)

6 DISCUSSÃO

A análise dos resultados mostrou que a saúde bucal dos hansenianos, tomados como um grupo, pode ser considerada precária devido ao elevado índice CPOD encontrado na amostra: 16,07. Entretanto, o CPOD encontrado nos hansenianos pode não ser considerado tão elevado se comparado ao encontrado por Leandrini (2002), na população não hanseniana, que foi de 26,01 com predominância em mulheres.

Em relação ao sexo, a distribuição do índice CPOD foi considerada homogênea, sendo a média do CPOD de 15,4 no sexo masculino e 17,6 no sexo feminino.

Nas diferentes formas clínicas da hanseníase, a distribuição do índice CPOD também foi considerada homogênea, sendo a média de 13,4 na forma indeterminada; 14,3 na tuberculóide; 16,5 na virchoviana e 16,6 na dimorfa. Dados estes, que contradisseram aos citados por Mital (1991) apud Reis et al. (1997), onde relatou-se uma predisposição à cárie para o tipo virchoviano.

Em relação à necessidade de tratamento do elemento dentário, os resultados mostraram que dos 100 pacientes examinados, 36% necessitavam de exodontia e 5% de tratamento endodôntico. Por outro lado, Chaise (2001) encontrou na população não hanseniana, 22,20% necessitando de exodontia e no que diz respeito à endodontia, o autor encontrou um resultado mais elevado, sendo que 50,00% necessitavam deste tipo de tratamento.

O CPOD encontrado para as faixas de 10-19 anos, 20-29 anos, 30-39 anos, 40-49 anos, 50-59 anos e 60 anos ou mais foi respectivamente de: 5,0; 11,3; 15,4; 18,4; 16,2; 18,0. Resultados estes, similares aos encontrados por Menezes et al. (2001), cujo CPOD para as faixas de 10-19 anos, 20-29 anos, 30-39 anos, 40-49 anos foi respectivamente de: 7,04; 13,52; 19,44; 20,76. Já Brasil (1988), em um levantamento Nacional realizado no Brasil, encontrou um CPOD mais elevado no que se refere a faixa de 50-59 anos de 27,27. Para a faixa de 60 anos ou mais, Rosa et al. (1992), relataram um alto índice CPOD de 29,03 se comparado ao encontrado nos hansenianos.

(40)

Em relação ao uso de prótese total, tanto superior, quanto inferior, 23,08% na faixa de 60 anos ou mais, usavam este tipo de prótese. Já no trabalho realizado por Fernandes et al. (1997), a porcentagem nesta faixa etária, foi mais elevada, onde 69,40% usavam prótese total.

Quanto à necessidade de prótese total na faixa etária de 50-59 anos, somente 7,69% necessitavam deste tipo de prótese. Resultado este, mínimo, se comparado a Brasil (1988), onde 73,5% necessitavam de prótese total.

Para as faixas etárias de 35-44 anos (27% da amostra) e de 65-74 anos (5% da amostra), o CPOD médio encontrado foi respectivamente de 17,6 e 20,0. Na faixa etária de 35-44 anos, Cangussu et al. (2001), encontaram um CPOD similar de 21,01, mas na faixa etária de 65-74 anos, o índice CPOD foi considerado diferente (28,14). Brasil (2004), em um levantamento de saúde bucal na região Sudeste do Brasil, encontrou um CPOD semelhante para a faixa etária de 35-44 anos, de 20,30, mas para a faixa etária de 65-74 anos, o CPOD foi diferente (28,61). Comparando-se com os dados encontrados por Brasil (2004), em um município brasileiro com mais de 100 mil habitantes, o CPOD na faixa etária de 35-44 anos foi semelhante (19,29) e diferente na faixa etária de 65-74 anos (27,28). Sugere-se que esta diferença do CPOD na faixa etária de 65-74 anos, deve-se ao pequeno número de indivíduos examinados.

A média dos componentes CPOD para faixa etária de 35-44 anos foi de 10,1 para dentes hígidos, 2,5 para cariados, 9,5 para dentes perdidos e de 5,3 para restaurados. Já para a faixa etária de 65-74 anos, a média de dentes hígidos foi de 7,8, para cariados foi de 1,0, para os dentes perdidos, 17,0 e 2,0 para os restaurados. Os resultados na faixa etária de 35-44 anos foram semelhantes aos encontrados por Brasil (2004) na região Sudeste do Brasil, onde a média de dentes hígidos foi de 10,4, 1,8 para cariados, 11,6 para perdidos e 5,3 para restaurados. Para a faixa etária de 65-74 anos, os resultados de Brasil (2004) foram semelhantes quanto à média de dentes cariados (0,6) e à de dentes restaurados (0,9) e diferentes na média de dentes hígidos (2,6) e perdidos (27,0), um resultado maior ao encontrado nos hansenianos para a mesma faixa etária.

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Quanto ao uso de algum tipo de prótese superior, nas faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos, 33,30% e 60,00% respectivamente faziam uso de prótese. No arco inferior, 14,81% e 40,00% respectivamente usavam este tipo de prótese. Os resultados obtidos foram diferentes aos encontrados por Brasil (2004) na região Sudeste do Brasil, onde para as mesmas faixas etárias, 40,16% e 71,29% respectivamente usavam prótese superior e 28,09% e 63,55% respectivamente faziam uso de prótese inferior. Os dados referentes à necessidade de prótese superior mostraram que para essas faixas etárias, 48,15% e 40,00% respectivamente necessitavam deste tipo de tratamento, já no arco inferior, 85,18% e 60,00% necessitavam de alguma prótese. Enquanto Brasil (2004) na região Sudeste do Brasil encontrou 33,10% e 26,81% respectivamente necessitando de prótese superior e 65,18% e 50,71% respectivamente com necessidade de prótese inferior.

Em relação ao uso de prótese total no arco superior, nas faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos, 22,22% e 40,00% respectivamente, usavam prótese total. Silva et al. (2004) encontraram resultados similares para a faixa etária de 35-44 anos, onde 18,81% usavam prótese total, mas diferentes para a faixa etária de 65-74 anos, dos quais, 52,48% usavam este tipo de prótese.

Ao realizar o exame clínico da cavidade bucal, aparentemente não foi encontrada na amostra, nenhuma lesão bucal de origem hanseniana. Já ao realizar o exame extra bucal, a exceção ficou para apenas 10% que apresentavam lesões de pele classificadas como, hipocrômicas residuais e lesões hipercrômicas provocadas pela clofazimina. Entretanto, estes achados não devem ser caracterizados como lesões pertinentes ao contexto deste estudo. Desta forma, a não detecção aparente de lesões específicas da hanseníase na cavidade bucal, diferiu dos relatos de Bechelli e Berti (1939), que encontraram lesões hansenianas nos lábios, língua, palatos duro e mole e na úvula, de Brasil et al. (1974), que relataram lesões hansenianas localizadas em ordem decrescente na úvula, palato duro e lábios e de Sharma et al. (1993), que descreveram a presença de uma lesão nodular em um paciente e língua fissurada em outros dois pacientes.

A ausência aparente de lesões bucais específicas da hanseníase na amostra, deve-se ao fato de que a maioria (77%) dos pacientes examinados já havia sido tratada com a PQT e provavelmente também, ao presente quadro do controle da doença em que o diagnóstico está

(42)

sendo feito de forma mais precoce e abrangendo maiores contingentes populacionais. De fato, verifica-se um declínio de casos novos de hanseníase devido à reorganização dos programas de controle da doença e também à introdução da poliquimioterapia (PQT), pela OMS em 1982, com a qual mais de 8 milhões de portadores de hanseníase foram tratados e curados. Esse tratamento mais precoce também contribuiu para a prevenção de deformidades, segundo Talhari e Neves (1997). Por outro lado, verificaram-se neste grupo, alterações bucais típicas da população em geral que merecem considerações de ordem assistenciais e da saúde pública.

Neste sentido e em função do observado neste estudo, sugere-se às Autoridades, Universidades e pesquisadores ligados à área de odontologia em saúde coletiva, maior divulgação dos resultados de trabalhos semelhantes a este, não somente no meio científico, mas também, em meios de comunicação em massa.

(43)

7 CONCLUSÕES

Com base nos resultados obtidos e para a amostra estudada, pode-se concluir que:

7.1. A saúde bucal dos hansenianos foi considerada precária devido ao elevado índice CPOD.

7.2. Nas diferentes formas clínicas da hanseníase, a distribuição do índice CPOD foi considerada homogênea.

7.3. O CPOD não apresentou diferença estatística ao se comparar os grupos tratados e em tratamento com a PQT.

7.4. A moderna abordagem do controle da hanseníase, com o uso da poliquimioterapia, reorganização dos programas de controle e o diagnóstico precoce, podem ser a causa da ausência aparente de lesões bucais específicas da hanseníase no grupo estudado.

(44)

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(47)

APÊNDICE A - PROTOCOLO PRÓPRIO DO ESTUDO

1. IDENTIFICAÇÃO:

Nome: __________________________________________________ No. ____________ Data de Nascimento: _________ Idade: ______Sexo: ___ Cor: ______Cadastro: _______ Nacionalidade: ______________ Naturalidade: _____________ Estado Civil: _________ Condição Sócio-econômica: __________________ Data de Observação: _____________

2. ANAMNESE:

1) Sofre (u) de alergia a algum medicamento ou alimento? ( ) SIM ( ) NÃO 2) Se sim, qual (is)? __________________________________________________

3) Já teve hemorragia? ( ) SIM ( ) NÃO 4) Já teve reumatismo infeccioso? ( ) SIM ( ) NÃO

5) Sofre (u) de gastrite ou úlcera? ( ) SIM ( ) NÃO 6) Tem ou teve algum distúrbio cardiovascular? ( ) SIM ( ) NÃO

7) É diabético ou tem algum diabético na família? ( ) SIM ( ) NÃO

8) Já desmaiou alguma vez? ( ) SIM ( ) NÃO 9) Está tomando algum medicamento? ( ) SIM ( ) NÃO

10) Se sim, qual (is)? ( ) SIM ( ) NÃO 11) Já teve ou tem problemas no fígado? ( ) SIM ( ) NÃO

12) Já teve ou te m problemas nos rins? ( ) SIM ( ) NÃO 13) Já teve ou tem problemas pulmonares? ( ) SIM ( ) NÃO 14) Já teve ou tem sangramento gengival? ( ) SIM ( ) NÃO

15) É fumante? ( ) SIM ( ) NÃO 16) Se sim, quantos cigarros por dia? ( ) SIM ( ) NÃO

17) Outras _________________________________________________________

3. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL:

1) Forma clínica: _____________________________________________________________ 2) Duração da doença: _________________________________________________________ 3) Tratamento: _______________________________________________________________ 3.1) Medicação usada: ____________________________________________________ 3.2) Tempo de uso: _______________________________________________________ 4) Deformidades e áreas anestesiadas/amortecidas: __________________________________

4. HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA:

1) Hanseníase Tratada ( ) ou em tratamento ( )

2) Prováveis desencadeantes: ___________________________________________________

5. TESTE DE SENSIBILIDADE DO PALATO DURO:

HEMIARCO DIREITO HEMIARCO ESQUERDO

2 gramas ( ) SIM ( ) NÃO 2 gramas ( ) SIM ( ) NÃO 4 gramas ( ) SIM ( ) NÃO 4gramas ( ) SIM ( ) NÃO

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ANEXO A – FICHA DE AVALIAÇÃO DE SAÚDE BUCAL (OMS/1997) MODIFICADA (FRENTE)

(49)

ANEXO A – FICHA DE AVALIAÇÃO DE SAÚDE BUCAL (OMS/1997) MODIFICADA (VERSO)

(50)
(51)

ANEXO B – FICHA ESPECÍFICA DE EXAME DA CAVIDADE BUCAL (CONTINUAÇÃO)

(52)

ANEXO B – FICHA ESPECÍFICA DE EXAME DA CAVIDADE BUCAL (CONTINUAÇÃO)

(53)

ANEXO C – DOCUMENTO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA (CEP) DA UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO (USC) DE APROVAÇÃO DO

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