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Distúrbios Fisiológicos na Soja

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Academic year: 2021

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(1)

“Distúrbios Fisiológicos” na Soja

Curso de Atualização no Sistema de Produção de

Soja para Técnicos de Cooperativas

Ecofisiologia

10 a 14 de junho de 2019

(2)

Distúrbio Fisiológico

“Definição genérica”: qualquer anormalidade em plantas de soja, decorrente de ação de agente normalmente desconhecido, causando sintomas estranhos e sem explicação plausível aparente, no momento da observação.”

Definição real:

Distúrbio, com sintomatologia própria, relacionado à fisiologia da planta, cujas causas primárias são

agentes bióticos e/ou abióticos, com consequências no desenvolvimento (fenologia, morfologia) e/ou na performance agronômica da soja.

(3)

1) Abertura e germinação na vagem;

2) Soja Louca;

3) Grãos enrugados;

4) Tombamento fisiológico ou cancro de calor;

5) Amarelecimento precoce dos cotilédones.

(4)

1) Abertura e germinação na vagem

Definição:

Distúrbio, no qual as vagens em desenvolvimento se abrem expondo as sementes ou grãos a fatores bióticos (fungos, bactérias, insetos, etc.) e

abióticos (chuva, umidade, etc.), propiciando a

germinação extemporânea e inutilizando o produto (sementes ou grãos) para o fim a que se destinam.

(5)

Abertura das vagens

Substrato para patógenos

Grãos ardidos

Inóculo para contaminação da produção

Grãos sem valor comercial

Custo da separação/limpeza

Descontos na entrega da produção

Germinação extemporânea

Caracterização:

(6)

Abertura e germinação na vagem

(7)

Consequências:

+ perdas na colheita;

- sanidade/qualidade dos grãos;

- rendimento;

- sustentabilidade;

= prejuízo.

(8)

Principais causas:

Genéticas;

Nutricionais;

Agronômicas;

Ecofisiológicas;

Fisiológicas;

Fitossanitárias.

(9)

Causas genéticas:

• Variação genotípica foi encontrada dentro de GM;

• Resistência foi associada à lenta embebição pela semente; • Pubescência está associada à menor germinação na vagem.

• Perda da função do gene Pdh1 confere resistência à debulha em soja;

• O gene SHAT1-5, responsável p/domesticação da soja, ativa a biossíntese da parede secundária da vagem e promove o

engrossamento das células na sutura das vagens, que são os locais de deiscência em soja. Também, fortalece a força de coesão entre as paredes das vagens.

(10)

Causas nutricionais:

Deficiência

K – (Mascarenhas et al., 2010)

Desbalanço

Relação Ca+Mg/K entre 23 e 28 é a ideal, acima disso ==>deficiência de potássio.

(11)

Causas agronômicas:

Antecipação do plantio

Excesso de chuvas de final de ciclo

(enchimento de grãos e maturação)

Dessecação pré-colheita

Reduz proteção da vagem ao grão;

Membranas perdem integridade;

Entrada de umidade e patógenos.

(12)

Causas ecofisiológicas:

Abortamento normal, 70 a 80% das flores

Temperaturas elevadas (35 a 40°C)

Distúrbios na floração;

Baixo “pegamento” de flores;

Abortamento de flores e vagens;

(efeitos acentuados por déficit hídrico)

Melhoria das condições climáticas

Compensação com novas flores,

novas vagens e

grãos maiores

(13)

Causas ecofisiológicas:

As vagens formadas em condições de seca ou pouca

umidade são menores, com suturas (junções das 2 valvas) fracas;

• A normalização das precipitações favorece o enchimento dos grãos, que extrapolam o espaço disponível e as vagens se rompem sob a pressão dos grãos em desenvolvimento; • Com a abertura das vagens os grãos são expostos às

intempéries, germinam na vagem, ou entram em contato com fungos e se degradam ou apodrecem.

(14)

Causas fisiológicas:

Balanço hormonal:

* Germinação/dormência => característica poligênica; * Determinada por interação de componentes;

- genéticos - ambientais

* Regulada pela interação de hormônios vegetais (ABA, GA, CK, BR, auxinas, etileno);

* Os principais hormônios na germinação:

- Inibidor => ABA (atua no desenvolvimento) - Promotor => GA (após embebição)

* Balanço ABA:GA => inibe/promove a germinação

(15)

R5 R6

Causas fisiológicas:

Soluções disponíveis

- Cultivares menos suscetíveis e adaptadas à região - Perfil do solo sem impedimentos (químicos/físicos) - PD e rotação de culturas (melhorar física do solo)

- Calagem e adubação balanceada (manejo, DRIS, etc.)

(16)

1) Abertura e germinação na vagem;

2) Soja Louca;

3) Grãos enrugados;

4) Tombamento fisiológico ou cancro de calor;

5) Amarelecimento precoce dos cotilédones.

(17)

Definição:

Distúrbio no qual as plantas de soja

apresentam visíveis modificações na sua morfologia e fenologia, acarretando dificuldades em atingir a maturação e queda acentuada no rendimento.

(18)

Histórico:

• 1996/97 – MA (supunha-se efeito de 2,4-D);

2005/06 – aumento da incidência de SL-II

nas principais regiões produtoras;

De lá para cá, a ocorrência tem variado de

ano para ano.

(19)

Caracterização:

2) Soja Louca

• Plantas com folhas apicais afiladas, verde escuro e com

nervuras tendendo a paralelas;

• “Canelamento” do caule e pecíolos; • Engrossamento dos nós;

• Abortamento de flores, cleistogamia, e novas florações; • Nenhuma ou poucas vagens, quando apresenta

vagens, são “engrossadas” e com apenas um grão;

• Retenção foliar e haste verde. Plantas não maturam; • Ocorre em reboleiras, faixas ou distribuídas no campo; • Ocorre indistintamente em cvs. RR e convencionais

(20)

Caracterização:

(21)

Caracterização:

(22)

Consequências:

• Abortamento de flores e vagens, Decréscimo da

produtividade até 40% MA e 60% no MT e PA;

• Dificuldades na colheita pela haste verde e

retenção foliar;

• Menor retorno financeiro pelo desconto de

impurezas (vagens e grãos verdes/podres);

(23)

Principais causas:

• Déficit hídrico no florescimento ou na formação das vagens, diminuindo o dreno dos fotoassimilados;

• Ataque de percevejos;

• Efeitos de fungicidas (haste verde e retenção foliar); • Frio e excesso de umidade a partir do final do

enchimento dos grãos, dependendo da cultivar; • Deficiência de K e desbalanço nutricional, relação

Ca+Mg/K >23 a 28 mg/kg;

• Fitoplasmas (mollicutes) em soja, no Brasil (2012); • No caso da Soja Louca II - presença do nematoide

de parte aérea, Aphelenchoides sp. (ag. causador);

(24)

Haste verde e retenção foliar

Physiological and molecular studies of staygreen caused by pod removal and seed injury in soybean

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2214514116300277?via%3Dihubhttps

Cultivar: Zhonghuang 30 (MG 3), em CV, por 2 anos (2014 e 2105) Tratamentos: (R4 em diante)

1) Sem vagens 2) 10 vagens 3) 20 vagens

4) Todas as vagens c/grãos picados por agulha de injeção 5) Controle (todas as vagens intactas)

Medidas: clorofila, açucares solúveis, proteína, hormônios, ‘ expressão gênica,

Fenótipo: imagens

(25)

Haste verde e retenção foliar

Número de folhas retidas por planta nos diferentes tratamentos quando

as plantas do tratamento controle (intact) atingiram R7 (a) e R8 (b), respectivamente.

Fonte: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2214514116300277?via%3Dihub

R8 R7

(26)

3) Soj

a Louca

Haste ver

de e retençã

o

foliar

Teores de clorofila e de açúcares e proteínas solúveis em folhas de soja sob tratamentos de retirada das vagens e de picadas nos grãos, comparados aos do controle (intact).

(27)

Haste verde e retenção foliar

Expressão gênica relativa de genes de senescência em soja sob tratamentos de

retirada das vagens e de picadas nos grãos, comparada à do controle (intact).

(28)

2) Soja Louca

Haste verde e retenção foliar

Expressão gênica de genes relacionados ao florescimento em soja (GmFT2a =

promotor; e E1 = supressor) sob tratamentos de retirada das vagens e de picadas nos grãos, comparada à do controle (intact).

(29)

a) Folhas de soja, do 7°nó do caule, quando o controle atingiu o estádio R7; b) e c) Plantas de soja quando o controle atingiu R7 e R8, respectivamente.

R7 R7 R8 Fo nt e: ht tps: //w w w .sci enced irect .com /sci ence/ar tic le/ pi i/S 2214 5141 1630 0 277? v ia%3D ihub

2) Soja Louca

(30)

Fitoplasma:

(31)

Consequências:

+ perdas/problemas na colheita;

- sanidade/qualidade dos grãos;

- rendimento;

- sustentabilidade;

= prejuízo.

(32)

1) Abertura e germinação na vagem;

2) Soja Louca;

3) Grãos enrugados;

4) Tombamento fisiológico ou cancro de calor;

5) Amarelecimento precoce dos cotilédones.

Sumário

(33)

3) Grãos enrugados

Definição:

Distúrbio no qual os grãos de soja apresentam

enrugamento acarretando queda do rendimento, menor qualidade fisiológica da semente e

perdas significativas da qualidade do grão

( percentagem de óleo e proteína e índice de acidez do óleo)

(34)
(35)

Causas:

Chuva e seca com temperaturas

elevadas, intercaladas no final do

enchimento dos grãos;

• Suscetibilidade está ligada a

fatores genéticos;

(36)

1) Abertura e germinação na vagem;

2) Soja Louca;

3) Grãos enrugados;

4) Tombamento fisiológico ou cancro de calor;

5) Amarelecimento precoce dos cotilédones.

Sumário

(37)

4) Tombamento fisiológico

Definição:

Distúrbio no qual plântulas de soja apresentam-se tombadas e com escaldadura e secamento em uma pequena seção do hipocótilo, devido a temperaturas extremas na superfície do solo.

(38)
(39)

Caracterização:

Causas

- Em plantas com caule não lignificado (tenro)

- Sempre após um período de altas temperaturas - Problema em GO, MT, MS, MG, SP, PR, SC e RS - Não há cultivares resistentes

- Temperaturas da superfície do solo acima de 55 C - Temperaturas máximas do ar de 35 C ou mais

- Primeiras horas da tarde de dias sem vento

- Intensa radiação solar incidente (superfície do solo) - Mais frequente em solos sujeitos ao aquecimento

- solo desnudo, compactado - de cor escura ou arenosos

- salino (sem relação com temperatura)

(40)

1) Abertura e germinação na vagem;

2) Soja Louca;

3) Grãos enrugados;

4) Tombamento fisiológico ou cancro de calor;

5) Amarelecimento precoce dos cotilédones.

Sumário

(41)

5) Amarelecimento precoce dos

cotilédones

(42)

5) Amarelecimento precoce dos

cotilédones

Caracterização

• Rápida degradação da clorofila e translocação dos compostos de reserva do cotilédone para os pontos de crescimento da plântula.

• Semeadura muito profunda, selamento superficial; • Sementes com baixo vigor / teor de proteína;

• Retardo no início da FBN, inoculação ineficiente; • Solo pobre em MO (N);

• Outras (estresses abióticos, PAR, O2, H2O, etc.).

Possíveis causas

(43)

Grato pela atenção

Embrapa Soja Cx.Postal 231

86.001-970 Londrina, PR

(44)

Grato pela atenção

Embrapa Soja Cx.Postal 231

86.001-970 Londrina, PR

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