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Comércio terá horário especial no feriado de sexta, 9 de Julho

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NAS ESTRELAS

Com a aprovação do projeto de resolução 9/2021, o gabinete da presidência da Câmara contará com um cargo de Assessor -Chefe de Gabinete da Presidên-cia e quatro cargos de Assessor Especial de Gabinete da Presi-dência, sem prejuízo da estrutu-ra do gabinete do vereador que exercer o mandato de presiden-te. Foram, assim, nomeados os advogados Fábio Ricardo Dioni-sio e Filipe Henrique Vieira da Sil-va, e a jornalista Valéria Apareci-da Rodrigues. Nas estrelas? Sim, estava escrito, merecidamente.

INDIGNADO

O ministro da Educação, Mil-ton Ribeiro— que é ministro do Evangelho, pastor da Igreja Pres-biteriana do Brasil — está indig-nado com o que chamou de ação de “esquerdistas”, no prédio da Universidade Presbiteriana Ma-ckenzie, em São Paulo. Foram al-guns vândalos que agiram contra a entidade educacional e esta é mais uma das “novelas” que se registram na História do Brasil. Ora, direita; ora, esquerda.

FABIO

A saída do advogado Fábio Ferreira de Moura (DEM), que foi candidato a vereador — levado ao secretariado pelo seu currículo, competência, e pela história na ci-dade na área do Direito e da

Jus-vai entrar na área crítica só depois de 200 dias, este idoso e bem can-sado periodista apenas registra.

POLÍTICA PENAL

O ex-governador Geraldo Al-ckmin (ainda PSDB?) fará gestão, junto aos deputados, acerca do importante assunto: polícia penal. Esta informação é de Antônio Pe-reira, presidente do Sindespe – sindicato que responde pelos agentes de escolta e vigilância pe-nitenciária, durante reunião en-tre o ex-governador e os repre-sentantes de outros sindicatos do Estado de São Paulo. Ótimo.

ESQUERDINHA — I

O engenheiro agrônomo Car-los Roberto Rodrigues, o Esquer-dinha — que faz um ótimo man-dato como presidente do CCECP (Conselho Coordenador das Enti-dades Civis de Piracicaba) — não ficou muito contente com matéria de A Tribuna Piracicabana, des-tacando a vacina que tomou o ex-presidente Lula (PT): “Bom dia — escreveu —, agora você pegou pe-sado. Falar que Lula é um estadis-ta? Lula foi o maior ladrão da His-tória contemporânea do Brasil”.

ESQUERDINHA — II

E continua: “Você não é a fa-vor de imprensa livre? Lula, Cha-ves, Maduro, Daniel Ortega, você acha que são? O Brasil merece pre-sidente melhor. E nem estou fa-lando de Bolsonaro, que a esquer-da retrógraesquer-da e sem projeto de país quer destruir pata continuar sua de benesses. Desculpe, é só minha opinião. Bom final de semana”. Pri-meiro, Esquerdinha, não precisa pedir desculpas e a opinião de Vos-sa Senhoria está registrada. A opi-nião do Capiau fica para outra hora. Edição: 14 páginas

Leonardo Moniz/Selam

O deputado federal Ricardo Silva (PSB) visitou Piracica-ba ontem (5), com encontros coordenados pelo líder do PSB local, Mário Neto. Na foto, o deputado Ricardo

(es-RICARDO SILVA EM PIRACICABA

querda) e o prefeito Luciano (direita), durante encontro no Engenho Central, e há de-mandas apresentadas pelo Executivo que devem con-cretizadas em breve. A8

A10 A10A10 A10A10

E q u i p e s t r a d i c i o n a i s d o futebol piracicabano, clu-bes e associações espor-tivas de toda a região se r e u n i r a m n a n o i t e d e s t a segunda-feira (5), na sala

SUPERLIGA FUNDADA

d e i m p r e n s a d o E s p o r t e C l u b e X V d e N o v e m b r o , nas dependências do Es-t á d i o M u n i c i p a l B a r ã o d a Serra Negra, para fundarem a Superliga Desportiva. A9

A deputada estadual Profes-sora Bebel (PT) com a depu-tada e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann, durante a

mani-CONTRA BOLSONARO

festação na avenida Paulis-ta, sábado, em São Paulo, onde se encontraram várias outras lideranças nacionais, como o ex-prefeito e ex-mi-nistro Fernando Haddad. A7

Comércio terá horário especial

no feriado de sexta, 9 de Julho

O Estado de São Paulo comemora a Revolução de 1932 e, por isso,

é feriado; mas o comércio local vai funcionar com horário especial

As lojas de rua e corredores comerciais de Piracicaba vão fun-cionar no dia 9 de julho, sexta-feira, das 9h às 16h, no feriado estadual em comemoração à Re-volução Constitucionalista de 1932. As lojas do Shopping Piraci-caba funcionam das 12h às 20h e os supermercados têm escala pró-pria, com fechamento até as 21h, de acordo com o decreto munici-pal vigente. Segundo o presidente do Sincomércio Piracicaba, Ita-cir Nozella, a abertura está em acordo com a convenção coleti-va do trabalho vigente (2019/20), que prevê 100% de hora extra e bonificação para os comerciári-os que trabalharem no feriado.

Luciano Almeida

O

artigo 6º da nossa tuição garante ao cidadão brasileiro o acesso primor-dial à saúde. Um dos maiores de-safios desta Administração tem sido fazer isso se cumprir, garan-tindo a todos o direito de se imu-nizar contra o vírus da Covid-19. Na última semana, Piracicaba atingiu a marca de mais de 200 mil doses aplicadas da vacina, sendo 167.018 com a 1ª dose e 55.117 com a 2ª dose (dados de 05/07). Este número representa que mais da metade dos piracica-banos, acima de 18 anos, já foram vacinados com a 1ª dose. Neste ritmo, conseguiremos, em breve, vacinar todos os piracicabanos.

Outro fato digno de nota é o sistema de agendamento de vaci-nação, o VacinaPira, criado nes-ta Administração. Por meio des-ta ferramendes-ta ágil, democratiza-mos o processo de agendamento. Assim, temos presenciado, diari-amente, que representantes de to-das as classes sociais estão lado a lado na mesma fila do Ginásio Municipal Waldemar Blatkau-skas. Prova de que o sistema de agendamento de vacinação tem funcionado a contento, sem pri-vilegiar quem quer que seja.

A iniciativa de concentrar as ações no Ginásio Municipal Wal-demar Blatkasukas também se mostrou acertada. Neste espaço mais amplo, onde até 10 equipes atuam ao mesmo tempo, conse-guimos vacinar as pessoas dos mais diferentes grupos de comor-bidades com agilidade, além dos próprios profissionais ligados à

Educação, fato que não seria possível, utilizando apenas as unidades de saúde como esta-va sendo feito anteriormente.

O “vacinaço”, criado para va-cinar o máximo de pessoas no mesmo dia, também surtiu efei-to. No último dia 26/06, aplica-mos mais de 14 mil doses, conse-guindo vacinar 13.813 pessoas com a 1ª dose para 43 anos ou mais, gestantes, puérperas e pes-soas com deficiência permanente com 18 anos ou mais, além de outras 219 pessoas, vacinadas com a 2ª dose. Para obter este resultado, disponibilizamos 46 equipes em 34 unidades de saú-de, além do próprio Ginásio Mu-nicipal Waldemar Blatkauskas.

Importante ressaltar que com a vacinação contra a Covid-19, o município tem apresentado alta cobertura vacinal da população idosa, primeiro grupo contempla-do por faixa etária. Como eram as faixas etárias que apresentavam casos mais graves da doença, a cobertura contribuiu para dimi-nuir a letalidade dessa população. Assim, Piracicaba se tornou uma das cidades com menor ín-dice de letalidade por Covid-19 no estado em comparação com municípios de igual e maior por-te. Hoje, conforme dados do go-verno do Estado de São Paulo por meio do Programa SP Contra o Novo Coronavírus, Piracicaba tem um indicador de 1,97%. A taxa em Piracicaba é inferior a media nacional, que é de 2,8% e da estadual, que é de 3,4%.

Na batalha pela conscienti-zação de corações e mentes, lan-çamos várias campanhas nos

úl-timos meses, elaboradas pelo Centro de Comunicação Social da Prefeitura (CCS). Na última delas, em parceria com o Espor-te Clube XV de Novembro, uti-lizamos a imagem do Nhô-Quim, o querido mascote do al-vinegro, para incentivar a popu-lação em atraso a tomar a 2ª dose da vacina contra a Covid-19.

Iniciamos também projeto-piloto para aplicação das vaci-nas contra Covid-19 em grandes empresas. A ação faz parte da estratégia de expandir os locais da vacinação no município, com objetivo de aplicar o imunizante no maior número possível de pi-racicabanos, sem sobrecarregar a vacinação que já está aconte-cendo no Ginásio Municipal e em outras unidades de saúde.

Sabemos que ainda temos um árduo caminho pela fren-te. Mas, a cada nova vacina aplicada, renasce a esperança por dias melhores. Acredite, com a ampliação da vacinação, o número de internações nas UTIs e enfermarias vai dimi-nuir. Em breve nossa cidade voltará a sorrir. Falta Pouco!

———

Luciano Almeida (DEM), prefeito de Piracicaba

Vacina: mais de 200 mil

doses aplicadas em Piracicaba

A iniciativa de

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concentrar as

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ações no Ginásio

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Municipal

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W

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Waldemar

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Blatkasukas

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também se

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mostrou acertada

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Um dos principais cartões-p o s t a i s d e P i r a c i c a b a , a Passarela Pênsil, está em manutenção. A obra pontu-al termina na quinta-feira

PASSARELA PÊNSIL

(8), e a passarela será li-berada para o público na sexta-feira (9), feriado do Dia da Revolução Constitu-cionalista de 1932. A11 Eleni Destro/CCS

Câmara

apresenta

servidores

em cargos

de chefia

Os servidores de carrei-ra que assumicarrei-ram cargos de chefia de departamentos e de setores da Câmara Mu-nicipal de Piracicaba foram apresentados à Mesa Dire-tora da Casa. Eles foram no-meados na última sexta (2), após a assinatura de porta-rias pelo presidente da Casa, o vereador Gilmar Rotta (Cidadania), e publi-cação no Diário Oficial na edição desta segunda-feira (5). Dos 12 cargos do novo organograma, oito são ocu-pados por mulheres. A6

(2)

“Faz escuro mas eu canto”

"In Extremis" "In Extremis""In Extremis" "In Extremis" "In Extremis"

país. Em meio a tan-tos ódios, a medos, a violências, a cruelda-des de mandatários ignorantes, a fala do jovem político desper-tou o fundamental esquecido: somos hu-manos, somos gente. O canto encan-tou, sim, o país. Pois encantar é deslumbrar, maravi-lhar, seduzir, arrebatar, como que na revelação de joia oculta. E estávamos desencantados, um Brasil de desencantos num tem-po desencantador. A imprevista afirmação de Eduardo Leite ilu-minou trevas que teimam em ocultar a nossa verdade: eu sou branco, eu sou negro, eu sou ho-mem, eu sou mulher, eu sou fra-co, eu sou feio, eu sou bom, eu sou mau... Nossa humanidade tem sido vítima de estupidezes preconceituosas, de ódios insu-portáveis, de malquereres positais. E, enfim, de um pro-jeto de vida que nos vai rou-bando alma, individualidade, sentimentos, solidariedade. Eduardo Leite disse apenas: “Respeitem-me como pessoa humana. Eu sou o que sou.” E eis o de que nos esquecêramos: cada um é aquilo que é.

O poema de Thiago de Me-llo tem a simplicidade da sabe-doria. Os primeiros versos:

“Faz escuro mas eu canto/ porque a manhã vai chegar./ Vem ver comigo, companheiro/ a cor do mundo mudar.”

Fomos convidados a desper-tar. Faz escuro. Até o Sol parece empalidecer. Nossos olhos tol-daram-se de lágrimas, de can-saço. O amanhã não é dom, mas busca. O Sol não se põe, nem se levanta. É o eterno girar da Ter-ra que nos conduz à noite e ao dia. Não é verdade que tudo pas-sa. Somos nós que passamos, que vamos passando. Cabe-nos, ape-nas, saber o que fazer da aven-tura de viver. Por isso, mesmo como requiém, cantar é preciso.

———

Cecílio Elias Netto, escri-tor, jornalista, decano da imprensa piracicabana (celiato@terra.com.br); Blog: cecílio.blog.br Cecílio Elias Netto

O

s mais anti-gos, muitos de nós não nos lembramos de ter vivido tempos assim tão angustiantes. Há dor demais. Mís-ticos diriam forças ruins, todas elas,

te-rem-se organizado para desa-fiar a humanidade. Ou para nos alertar. A essa conjunção de so-frimentos, o povo brasileiro vê somar-se o desatino da irres-ponsabilidade governamental, de loucuras ideológicas. Mas há, porém, que resistir. Mesmo por ser tudo o que nos resta.

São tempos de trevas. E, por isso mesmo, busco luzes naquele de quem elas jorravam com abundância: Thiago de Mello. Thiago, o sábio, o prefe-rido das musas; Thiago, alma de passarinho que chegou aos 95 anos. A juventude foi-me marcada por sua obra prima, universalmente reconhecida: “Os estatutos do homem.” E que maravilhoso seria se – especial-mente nesta tão depressiva épo-ca – os nossos jovens fossem a ela apresentados, uma bíblia de esperança, fonte de reanimação. Permito-me um parêntese. Mais um. Conhecer e ter estado próximo de Thiago de Mello foi uma das dádivas de minha vida profissional e pessoal. Aconteceu-me o privilégio de entrevistá-lo quando ele se recolheu em Itati-ba, ao lado de sua jovem amada, Aparecida. Fui atingido por um golpe de luz. Lá estava ele, todo de branco, cabelos prateados, à meia luz da saleta. Silencioso, mas sorrindo. Parecia um anjo adulto acolhedor. Envolvendo-nos, a magia de Mozart, vinda de um pequenino aparelho so-bre a escrivaninha. Foi mágico. Nestes tempos sombrios, penso nele, em Thiago de Me-llo. E, em especial, noutro de seus poemas inspiradores: “Faz escuro, mas eu canto.” Pois, nas aflitivas e desgastantes trevas destes tempos, um outro e bre-ve canto fez-se ouvir na rique-za de uma só frase: “Eu sou gay”. E a declaração do gover-nador gaúcho, Eduardo Leite, despertou o Brasil de seu tor-por, da quase desesperada an-siedade a que fomos levados. “Eu sou gay!” – tão poderoso em sua simplicidade, tão digno em sua naturalidade, o canto de Eduardo Leite envolveu o

Adelino Francisco de Oliveira

O

tema da dania nova-mente se colo-ca como central em um cenário de dispu-ta de concepções de sociedade. Como orga-nizar politicamente a sociedade de maneira

a garantir que todos e todas te-nham acesso aos direitos de ci-dadania? Qual o modelo político e econômico que se revela capaz de assegurar uma existência ple-na em dignidade para todas as pessoas? Essas mesmas pergun-tas, centrais e urgentes, poderi-am ser formuladas de uma ou-tra maneira: Como superar as profundas desigualdades soci-ais, que marcam as sociedades atualmente? Qual o caminho para combater a pobreza, a ex-clusão social, o racismo e todas as formas de preconceito?

É fundamental que a socie-dade se debruce sobre tais ques-tões, buscando construir

cami-Cidadania em questão

Já está mais do

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Já está mais do

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que evidente

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que o programa

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do mercado,

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alicerçado

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na economia

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neoliberal, não

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se constitui como

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resposta para as

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mazelas sociais

mazelas sociais

mazelas sociais

mazelas sociais

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Não é verdade

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Não é verdade

Não é verdade

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que tudo passa.

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Somos nós que

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passamos, que

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vamos passando

vamos passando

vamos passando

vamos passando

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nhos que se apresentem como respostas políticas para um novo tempo social, pautado na jus-tiça, no direito e na equi-dade. O princípio de ci-dadania deve se consti-tuir como a dimensão basilar, a definir esse ou-tro projeto de sociedade. Em um debate qualifica-do, de alto nível político, a disputa deve estar na identifica-ção do modelo de organizaidentifica-ção so-cial que melhor possibilite a expan-são dos direitos de cidadania.

Já está mais do que evidente que o programa do mercado, ali-cerçado na economia neoliberal, não se constitui como resposta para as mazelas sociais, pois não tem como preocupação promover a superação da pobreza e da ex-clusão. Ao contrário disso, a eco-nomia de mercado acaba por apro-fundar as graves desigualdades sociais, de maneira a gerar mais pobreza, mais exclusão social.

O programa neoliberal ao apontar para o Estado mínimo, propõe que o mercado seja auto

regulado, tendo como mecanismo de equilíbrio a competição no se-tor privado. A questão é que o ho-rizonte do mercado e seus objeti-vos são sempre canalizados para a obtenção do lucro e do acúmulo incessante de bens e riquezas. Nes-sa equação o princípio de cidada-nia é relativizado, secundarizado e até mesmo totalmente ignorado. Somente a iniciativa pública, atuando por meio de um Estado fortalecido, reúne as condições fundamentais para construir es-truturas sociais comprometidas com a promoção da justiça, do direito e da sustentabilidade

am-Data da fundação: 01 de agosto de 1.974

(diário matutino - circulação de terça-feira a domingo)

Fundador e diretor: Evaldo Vicente COMERCIALIZAÇÃO: Gerente: Sidnei Borges SB – Jornais Regionais – EIRELI - 27.859.199/0001-64 Rua Madre Cecilia, 1770 - Piracicaba/SP - CEP 13.400-490

- Tel (19) 2105-8555

IMPRESSÃO: Jornais TRP Ltda, rua Luiz Gama, 144 – CEP 13.424-570

Jardim Caxambu - Piracicaba-SP, tel 3411-3309

biental. A cidadania não é um bem de consumo, a ser ofereci-do pelo mercaofereci-do a quem tem condições de pagar. Cidadania é um princípio político, que se relaciona diretamente com a perspectiva da democracia.

Cabe ao Estado implemen-tar políticas públicas que possi-bilitem e garantam que todas as pessoas na sociedade tenham acesso aos direitos de cidada-nia, assegurados pela própria Constituição. A vida em socie-dade deve ser estruturada para que todos e todas tenham o re-conhecimento de sua condição de cidadania, com plenos direi-tos, compartilhando a corres-ponsabilidade pelo destino po-lítico da própria sociedade.

———

Adelino Francisco de Oliveira, professor no Instituto Federal, cam-pus Piracicaba, Doutor em Filosofia e Mestre em Ciências da Reli-gião. adelino.oliveira @ifsp.edu.br . @Prof_ Adelino_professor_adelino Almir Pazzianotto Pinto

A

possibilidade de o Supremo bunal Federal (STF) decidir pela in-constitucionalidade do Decreto nº 2.100-1996, editado para anular a ratificação da Convenção 158-1982 da Organização Internaci-onal do Trabalho (OIT), põe em estado de alerta os empresários brasileiros. Há justo receio de imobilização da mão-de-obra em período de instabilidade econô-mica e política. O número de em-pregados e o custo final da folha de pagamento devem ser flexíveis e adaptáveis, para prevenir atra-sos de pagamentos e de encargos, que tornem as empresas inviáveis. Julgo desnecessário entrar em detalhes. Registro, porém, que se a ratificação vier a ser confir-mada pelo Supremo Tribunal Fe-deral, todo trabalhador demitido será titular do direito de submeter a rescisão contratual a julgamento da Justiça do Trabalho, com a pretensão de ser reintegrado.

A Ação Direta de Inconstitu-cionalidade (ADI) 1625, ajuizada em 19/6/1997 e distribuída ao fa-lecido ministro Maurício Corrêa, continua à espera de julgamento. Pedidos de vista regimental obs-truíram-lhe a tramitação.

Decor-ridos 25 anos, aguarda a manifestação dos mi-nistros Dias Toffolli (pe-diu vista regimental em 14/9/2016), do decano Marco Aurélio prestes a se aposentar em 12/7) e de Kássio Nunes Mar-ques, o mais moderno. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê a dispen-sa do empregado por justa caudispen-sa nas hipóteses do artigo 482. O prudente empregador evita, en-tretanto, imputar-lhe a prática de falta grave. Demite e paga a indenização prevista no artigo 10º, I, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e outras parcelas fixa-das em lei, para evitar as incer-tezas da reclamação trabalhista. O transplante da Convenção 158, aprovada em 2/6/1982, para a legislação trabalhista interna, lhe acrescentará obscuro complicador. O artigo 4º prescreve: “Não se dará término à relação de trabalho do empregado exceto se houver justi-ficativa relacionada à capacidade ou conduta, ou fundada nas ne-cessidades de funcionamento da empresa, estabelecimento ou ser-viço”. O artigo 7º ordena: “Não se deverá considerar terminada a relação de emprego de um traba-lhador por motivos relacionados a sua conduta ou rendimento an-tes que lhe seja oferecida a

opor-tunidade de se defender das acu-sações contra ele formuladas, a menos que não se possa pedir ra-zoavelmente ao empregador que lhe conceda essa possibilidade”. O artigo 8.1, por sua vez, deter-mina: “O trabalhador que consi-derar injustificado o término da relação de trabalho terá o direi-to de recorrer para organismo neutro, como um tribunal, tri-bunal do trabalho, câmara arbi-tral ou árbitro” (tradução livre). O convênio internacional, redigido com a falta de clareza e objetividade dos textos da OIT, procura desestimular, dificultar e se possível impedir a dissolu-ção do vínculo empregatício. Provém da Recomendação 119, aprovada em 5/6/1963, quando se acreditava no contrato de trabalho indissolúvel e vitalício. Garantir a longevidade do emprego sempre esteve entre os propósitos dos legisladores tra-balhistas brasileiros. Vejam-se, nesse sentido, os artigos 492/500 da CLT, em desuso, que assegu-ram estabilidade ao empregado com mais de dez anos de serviço na mesma empresa. Essa fase, no Brasil, se encerrou com o adven-to do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), apro-vado pela Lei nº 5.107-1966.

Dentre os 185 países inte-grantes da OIT, apenas 35 ratifi-caram o polêmico convênio. Aponto como exemplos Chipre, França, Austrália, Bósnia Her-zegovina, Antigua e Barbuda. A

maioria adotou posição cautelo-sa, pela impossibilidade de pre-ver os resultados da incorpora-ção do texto à legislaincorpora-ção interna. A economia brasileira é frá-gil. O artigo 443 da Consolida-ção dificulta a contrataConsolida-ção por tempo determinado. Na maioria das vezes se admite empregado por prazo indeterminado. A ex-periência revela que a extinção da relação de emprego, por ou sem justa causa, é onerosa, ar-riscada e indesejável. As medi-das legais de proteção não foram suficientes, entretanto, para evi-tar o desemprego, hoje calculado em cerca de 14,8 milhões, além de 6 milhões de desalentados.

A ratificação da Convenção 158 aprofundará o temor ao con-trato formal. Antes de anotar a Carteira de Trabalho e Previdên-cia SoPrevidên-cial o empregador sopesará os riscos e avaliará as dificulda-des de eventual demissão. Na dú-vida, não contratará. A urgente solução consiste na regulamenta-ção do inciso I do Art. 7º da Cons-tituição federal que assegura a proteção da relação de emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa, “nos termos de legislação complementar, que pre-verá indenização compensatória, dentre outros direitos”. A correta regulamentação deverá considerar a realidade social, econômica, sin-dical e empresarial, na busca do ponto de equilíbrio. O receio de não poder dispensar deverá levar, cada vez mais, a investimentos destina-dos à redução da mão de obra.

Aviso aos incautos: até o momento a maioria do STF é pela inconstitucionalidade do decreto de denúncia.

———

Almir Pazzianotto Pin-to, advogado, foi minis-tro do Trabalho, presi-dente do Tribuna Superi-or do Trabalho (TST), au-tor de A Falsa República

Convenção nº 158 e insegurança jurídica

A experiência

A experiência

A experiência

A experiência

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revela que a

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extinção da

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relação de

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emprego, por ou

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sem justa causa, é

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onerosa, arriscada

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e indesejável

e indesejável

e indesejável

e indesejável

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Rodolfo Capler

D

itadura mili-tar. Regime. Golpe. Con-tragolpe... Essas e outras palavras tor-naram-se lugar-co-mum nas atuais dis-cussões da política nacional. Falar sobre o período histórico

de 1964 a 1885 de nosso país é o mesmo que pisar num campo minado. As narrativas e con-tra-narrativas do período, se sobrepõe uma a outra, tornan-do a compreensão e o debate sobre os fatos históricos, quase impossíveis. Isso ocorre, entre outras coisas, porque o conceito de pós-verdade se faz presente a todo o momento na discussão, quando não muito é infestado pelas recorrentes fake news.

A obra Em nome dos pais, de autoria do jornalista investi-gativo Matheus Leitão, é um

li-Uma história que conta a nossa história

Matheus Leitão

Matheus Leitão

Matheus Leitão

Matheus Leitão

Matheus Leitão

cresceu com

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o estigma da

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tortura que seus

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tortura que seus

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pais sofreram

pais sofreram

pais sofreram

pais sofreram

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vro-reportagem que se estabelece como um ponto de esclarecimen-to histórico em meio a tantos questionamentos e revisionismos históri-cos levantados na atual conjuntura. Matheus, desde sua infância foi profundamente marca-do pelo terror experi-mentado pelos seus pais, que foram presos políticos na épo-ca da ditadura militar no Brasil. Marcelo e Míriam, hoje, jornalis-tas renomados, assim como mui-tos que se opuseram ao regime militar que havia se instaurado na época, foram torturados e de-fenestrados pelos militares.

Matheus Leitão cresceu com o estigma da tortura que seus pais sofreram. Decidiu ir em busca do delator de seus pais e dos milita-res os torturaram. Empreendeu uma investigação jornalística, vi-sitando quartéis, entrevistando militares e seus familiares, e

revi-sitando os locais em que seus pais estiveram. Assim, nasceu Em nome dos pais. O livro é esclarecedor no que diz respeito à historicidade do regime militar e aos crimes perpe-trados pelo Estado brasileiro.

Ao contar a história de seus pais, Matheus também conta a história de centenas de outras famílias e indíviduos que sofre-ram os abusos e excessos da di-tadura. O livro de Matheus – vale a pena salientar - registra o exercício do perdão e o seu po-der de cura em memórias e bio-grafias; o autor perdoa “em nome dos pais”, os seus algozes. Em nome dos pais, foi adap-tado para as telas e se tornou uma minissérie (premiada) da HBO Bra-sil. Além de ser uma nova forma

de fazer jornalismo (self-jorna-lism), e de uma fidedigna re-constituição histórica de um dos períodos mais importantes e dolorosos de nossa história, a obra de Matheus, também é a narrativa de uma linda histó-ria de reconciliação e fé diante da possibilidade de vingança.

Impossível não se emocio-nar com a leitura de Em nome dos pais. Matheus Leitão nos presenteou com um trabalho que com certeza já se tornou um dos grandes clássicos da bibliogra-fia sobre a ditadura militar no Brasil. Para todos que tem um compromisso com a verdade, in-dependente de posicionamentos político-ideológicos, Em nome dos pais é leitura obrigatória. Obrigado Matheus Leitão!

———

Rodolfo Capler, pesqui-sador, teólogo e escri-tor; e-mail: rodolfo capler@gmail.com /Ins-tagram: @rodolfocapler

A sobrevida da EIRELI

A

ntigamente, para que uma única pessoa pudesse plorar determinada ati-vidade empresarial, deveria or-ganizar-se pela figura do empre-sário individual, com a desvan-tagem de que seu patrimônio pessoal se confundiria com o pa-trimônio do empresário singu-lar, desvantagem relevante, a tal ponto, que muitos desisti-ram, face aos altos riscos, já que, à época, toda sociedade limi-tada precisava ter dois ou mais sócios em seu quadro social.

A prática adotada, à épo-ca, por toda sociedade limita-da, constituída no Brasil, de-veria ter dois sócios, no míni-mo, em seu quadro social. O segundo sócio, alheio ao negó-cio, não teria qualquer desem-penho nas atividades da socie-dade. Era prática comum lan-çar mão de familiar próximo, para atender à pluralidade de sócios, exigida pela legislação à época.

Com a edição da Lei 12.441/11, em vigor desde 01/ 12, passamos a ter a empresa individual de responsabilida-de limitada, a chamada EIRE-LI, que apresentava entrave sérios: a) capital equivalente a cem vezes o salário mínimo; b) uma pessoa somente poderia ser titular de uma única EIRELI; c) impossibilidade de constitui EI-RELI por pessoa jurídica.

Decorridos sete anos, a MP 881/19, convertida na Lei da Liberdade Econômica, em 20/ 09/19, alterou dispositivo do Código Civil, artigo 1.052, pa-rágrafos 1° e 2°, eliminando a exigência de dois ou mais sóci-os para constituição de uma sociedade limitada, surgindo a Sociedade Limitada Unipesal, permitida uma ou várias so-ciedades limitadas por uma úni-ca pessoa, sem exigência de úni- ca-pital social mínimo, figura pre-sente na França, Espanha, Por-tugal, Itália, Alemanha e Chile. Em conclusão: EIRELI e Sociedade Limitada Unipesso-al têm a mesma finUnipesso-alidade, não tendo essa última qualquer li-mitação a seu uso, reforçado entendimento de que pelas dí-vidas de uma EIRELI, somente responderá o seu patrimônio.

Tivemos a oportunidade de eliminar a figura do sócio de fachada, pois, agora, a le-gislação nacional admite uma única pessoa física constitua, sozinha, uma ou mais socie-dade limitada, sem exigência de capital social mínimo.

———

Frederico Alberto Bla-auw é mestre em Di-reito Comercial, advo-gado e consultor de em-presas, professor de Direito Empresarial

(3)

ADIDOS

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recebeu, as inscrições para seleção de candidatos para 12 postos de adido agrícola jun-to às representações diplomáti-cas do Brasil no exterior. O adi-do agrícola é o serviadi-dor de car-go efetivo ou empregado públi-co designado para exercer mis-são permanente de assessora-mento em assuntos agrícolas, sendo responsável pela identifi-cação de oportunidades, desa-fios e possibilidades de comér-cio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro.

CRÉDITO

Banco do Brasil vai desti-nar R$ 135 bilhões para a safra 2021/2022. O valor é 17% su-perior ao volume aplicado na safra anterior. Para pequenos e médios produtores, o valor destinado é de R$ 34 bilhões. Os números foram divulgados durante lançamento do Plano Safra da instituição, que con-tou com a participação do pre-sidente da República, Jair Bol-sonaro, da ministra da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimen-to, Tereza Cristina, do minis-tro da Economia, Paulo Gue-des, e do presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro.

APOIO

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) recebeu, a ministra Flávia Arruda (Se-cretaria de Governo), no in-tuito de harmonizar a pauta do agro com a do Governo Federal. Flávia Arruda defen-deu o diálogo entre o Planal-to e o sePlanal-tor agropecuário e ci-tou a necessidade de conver-gência entre a bancada e o Go-verno em pautas, que ela con-ceituou como “fundamentais para o crescimento do país”.

ACORDO

A Sociedade Rural Brasilei-ra promoveu reunião virtual do Comitê de Relações Internacio-nais. Na ocasião, as apresenta-ções do Embaixador Rubens Barbosa, que serviu o Brasil em Washington e atualmente pre-side o Conselho Superior de Co-mércio Exterior (Coscex) na Fi-esp e do Rodrigo Lima, Diretor Geral da Agroicone. Ambos os palestrantes abordaram o tema “Acordo de Paris”, detalhando os principais pontos do acordo, compromissos firmados pelo Brasil, as perspectivas para a reunião em Glasgow, assim como, as oportunidades e desa-fios com o mercado de carbono.

PESCA

A Comissão Nacional de Aquicultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do

Brasil (CNA) se reuniu virtu-almente, para conhecer algu-mas iniciativas da Embrapa Pesca e Aquicultura voltadas para o setor produtivo. O pre-sidente da comissão, Eduardo Ono, destacou que a organiza-ção da cadeia produtiva é fun-damental diante das caracte-rísticas peculiares e da enor-me diversidade de espécies de peixes, crustáceos, moluscos entre outros alimentos prove-nientes da aquicultura.

BIODIVERSIDADE

Mais de três quartos de to-das as espécies de anfíbios, ma-míferos terrestres, peixes de água doce e salgada, formigas e plan-tas vivem nas regiões tropicais do planeta. E o Brasil tem uma contribuição impressionante: abriga 12% das espécies de plan-tas do mundo, 12% dos mamí-feros e 24% as espécies de pei-xes. Esses números, são resul-tado do esforço de cientistas brasileiros e estrangeiros, e es-tão reunidos no site: www.hiper diversidade.ambiental.media.

PARÁ

Mais uma operação da Companhia Nacional de Abas-tecimento (Conab) para garan-tir a segurança alimentar dos povos tradicionais no país será realizada, dia 6 de julho. A em-presa vai contratar, por meio de leilão eletrônico, o serviço de frete para levar 213.530 cestas de alimentos, que desta vez te-rão como destino municípios localizados no estado do Pará.

FRIO

Uma intensa frente fria che-gou a diversas regiões do País, baixando as temperaturas e le-vando nebulosidade, geadas e até neve a algumas localidades, como observado no Sul do Brasil. O fenômeno, registrado pela pri-meira vez neste ano, ocorreu nas cidades de São Joaquim, Urupe-ma e Água Doce (SC).

INVERNO

O Rio Grande do Sul irá colher sua maior produção das culturas de inverno, nesta sa-fra 2021, de 3,7 milhões de to-neladas de trigo, cevada, ca-nola e aveia branca, segundo dados da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadu-al da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural. A pre-visão de uma safra de inverno robusta, com condições climá-ticas positivas para os próxi-mos meses, os preços num pa-tamar bom e elevado, a tecno-logia que vem chegando ao lon-go dos anos, o acesso à assistên-cia técnica, todo o planejamen-to e profissionalismo são res-ponsáveis por essa estimativa de uma supersafra de inverno.

Email: mauricio.picazo.galhardo@hotmail.com

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ANUNCIE:

2105-8555

Professora Bebel

A

pandemia da Covid-19 ceifou, ao longo de quase 15 meses, cerca de 4 milhões de pesso-as, das quais mais de 520 mil brasileiras e brasileiros. Seus impac-tos econômicos e soci-ais ainda são de difícil

mensuração, mas é evidente que nada será como antes em todas as dimensões da vida humana.

A educação foi muito afeta-da por esse cenário, que provo-cou o fechamento de escolas e mudanças profundas na rotina de milhões de profissionais e de estudantes. Foi fraturado o sen-tido freireano de uma educação como prática de liberdade, que se realiza como processo inter-subjetivo – e, portanto, de encon-tro – de estudantes e professo-res. Desde o primeiro momento os profissionais da Educação fi-zeram uma escolha difícil — a única possível, porém, num con-texto de crise sanitária —: a defesa do direito à vida. Aprendizagem, afinal, se recupera. Vidas, não.

Simultaneamente a isso, luta-ram pela priorização desse público nas campanhas de vacinação e es-cancararam a profunda desigual-dade existente nas escolas do país. É bem verdade que a desi-gualdade educacional é anterior à pandemia. Sua emergência, no entanto, expôs o que todos aque-les que têm contato com o “chão da escola” sabiam desde muito.

Esse equipamento, responsá-vel por garantir o acesso ao direi-to à educação, primeiro direidirei-to

so-cial consagrado pela Constituição Cidadã de 1988, nunca foi priori-dade para os governos alinhados à direita no espectro político.

No estado de São Paulo, governado há décadas pelo PSDB, di-agnóstico do Instituto de Arquitetos do Bra-sil (IAB) e pelo Depar-tamento Intersindical de Estatís-ticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), feito em agosto de 2020 a pedido da APEOESP, concluiu que 82% das escolas não têm mais de dois sanitários para uso dos estudantes e 48% não têm sanitário acessível para pessoas com deficiência; 13% não têm quadra ou ginásio; 11% não têm pátio para atividades ao ar livre. As escolas paulistas tam-pouco estão preparadas para ampliar o uso da tecnologia no processo educativo. As dificul-dades de acesso às plataformas virtuais comprovam que o gover-no paulista demorou para enxer-gar a exclusão tecnológica dos es-tudantes – mais de 700 mil dos 3,8 milhões de alunos da rede pú-blica estadual de ensino vivem abaixo da linha da pobreza, de acordo com dados do SEADE.

Entre os professores, é his-tórico o descaso com as ações formativas e de aperfeiçoamen-to para uso da tecnologia, que se soma à falta de condições ade-quadas de trabalho e de valori-zação dos profissionais do ma-gistério. Este tema, aliás, está ex-pressamente previsto na lei que instituiu o Plano Estadual de Educação, aprovado por

unani-É necessário

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É necessário

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reconhecer que

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salas de aula

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com mais de 40

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alunos e jornadas

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de 64 horas

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semanais não

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são mais

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compatíveis

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A reinvenção da escola como propulsora

da justiça e do fim das desigualdades

midade na Alesp em 2016, numa meta própria – a Meta 17 – e se-gue ignorado pelo Executivo.

Por meio da luta, no entan-to, os professores conseguiram obter acesso à vacina. E atuaram decisivamente no convencimento e na mobilização das famílias dos estudantes. Menos de 5% dos alu-nos da rede pública estadual de ensino voltaram às atividades presenciais, quando o governo Doria decidiu reabrir as escolas, no início de 2021, descumprindo sentença em ação movida pela APEOESP que determinava o seu fechamento durante as fases ver-melha e laranja do Plano SP.

Bem por isso, projetar o pós– pandemia na Educação passa por encará-la como política de Esta-do e alçar os professores ao lu-gar de protagonistas. A Apeoesp tem apontado à necessidade de se realizar um amplo diagnósti-co preciso sobre as perdas no pe-ríodo da pandemia, baseado em dados que levem em conta a de-sigualdade e a exclusão educaci-onais. Esse diagnóstico deverá servir de base para um plano emergencial de recuperação de aprendizagem baseado numa metodologia que permita

traba-lhar os conteúdos perdidos em conjunto com o desenvolvimen-to regular do currículo. Sua exe-cução passa por contratar pro-fessores e capacitá-los para atu-ar nesse cenário de guerra.

É preciso também levar a gestão democrática da Educa-ção, mandamento de grandeza constitucional, mais a sério, e isso significa ouvir toda a comu-nidade escolar. A APEOESP en-comendou ao Vox Populi uma pesquisa, que será divulgada na segunda quinzena de julho, para colher as várias percepções de professores, pais e estudantes sobre a escola no pós-pandemia. De antemão, é necessário re-conhecer que salas de aula com mais de 40 alunos e jornadas de 64 horas semanais não são mais compatíveis com a ideia de escolas saudáveis e as novas necessidades educacionais. É urgente incorpo-rar, ainda, a premissa que políti-cas pedagógipolíti-cas deverão, simulta-neamente, concretizar compro-missos civilizatórios profundos e estar alicerçadas no que diz a ra-zão, a ciência e as evidências.

A escola precisa ser reinven-tada. Não como querem os gover-nos fiadores de retrocessos ou os grupos privados preocupados com o lucro. Mas como equipamento cuja refundação marcará a con-firmação de seu papel central na redução das desigualdades e a edificação de uma nação justa, próspera e inclusiva para os filhos e filhas da classe trabalhadora.

———

Deputada estadual Professora Bebel, pre-sidenta da Apeoesp e líder da do PT na Alesp

Luiz Fernando Nóbrega

M

uito tem se falado sobre a proteção de dados soais nos últimos meses por conta da entrada em vigor (des-de setembro (des-de 2020) da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.

Um dos questionamentos que mais ouço é qual o sentido de uma Lei que traz regras para o trata-mento de dados pessoais. E a mi-nha resposta é, geralmente, de-volvendo uma pergunta ao inter-locutor: você nunca recebeu ne-nhuma ligação sobre alguma ofer-ta que você não queria e sequer sabia como lhe encontraram?

Então, voilà! Eis o motivo: uso de dados pessoais indiscri-minado, sem regras, nem mes-mo consentimento daquele que é o dono dos dados, ou como diz a Lei, o titular dos dados pessoais. A LGPD, além de conceitu-ar o que são dados pessoais, ain-da classifica como ain-dado pessoal

sensível os dados considerados de origem racial ou étnica, con-vicção religiosa, opinião políti-ca, filiação a sindicato ou a or-ganização de caráter religioso, filosófico ou político, dado refe-rente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, ou seja, dados que possam ser con-siderados de cunho discrimi-natório, são tratados com mais rigor diante da Lei e, dessa for-ma, merecem atenção especial.

O Art. 11 da Lei 13.709/ 2018 dispõe de regramentos es-pecíficos para os dados sensíveis a fim de cultivar o cuidado, o respeito e a segurança dos titu-lares dos dados, que como men-cionei, se manipulados de má-fé e de forma indevida, causari-am constrangimento e podericausari-am ferir os direitos dos titulares.

Sabemos que a área da saú-de já possui inúmeras regula-ções, como ANS, ANVISA, CFM, entre outros, são atores que,

diu-turnamente, regulam as ativida-des da área da saúde, podendo impõem controles em diversos.

Pois bem, acrescente a esse ambiente regulatório a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, intensificando ainda mais os re-gramentos no que tange os dados pessoais, já que, predominante-mente, são tratados dados sensí-veis em toda sua base de dados.

Esses desafios de adequa-ção a LGPD trarão à área da saúde, seus profissionais e de-mais stakeholders, uma forma diferente de tratar seus banco de dados – dados pessoais e dados pessoais sensíveis – com muito mais critério e cuidados, classificando as informações desde simples cadastro,

pas-sando por recomendações far-macêuticas até diagnósticos.

Neste caso, o entendimento do ciclo de dados pessoais, que nada mais é que saber o caminho que o dado pessoal faz, rastrean-do desde sua coleta até sua elimi-nação, será fundamental para dar consistência em cada etapa do tra-tamento de dados. Esse processo é o que chamamos de mapeamento do ciclo de dados, e é com ele que, por exemplo, podemos propor ações e novas regras para o trata-mento de dados e suas operações. Com isso, a formulação de políticas regrando o tratamento de dados e as responsabilidades e res-ponsabilizações dos diversos agen-tes, agregado a uma sequência de treinamento e capacitação sobre o tema é que atestarão o êxito no tratamento adequado provenien-tes dos ditames legais da LGPD.

———

Luiz Fernando Nóbrega, Consultor de Compliance

LGPD e os desafios na área da saúde

Esse processo é

Esse processo é

Esse processo é

Esse processo é

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o que chamamos

o que chamamos

o que chamamos

o que chamamos

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de mapeamento

de mapeamento

de mapeamento

de mapeamento

de mapeamento

do ciclo de dados

do ciclo de dados

do ciclo de dados

do ciclo de dados

do ciclo de dados

Carlos Roberto Rodrigues

M

anifestações de rua estão sendo realiza-das e outras já progra-madas principalmente por PT, PCO, PSTU, PCdB, PSOL, CUT, e al-guns outros pequenos grupamentos diversos

de esquerda e de centro esquerda , com o intuito de tentar construir uma narrativa visando desesta-bilizar o governo Bolsonaro, de-mocraticamente eleito pela maio-ria do povo brasileiro. Os motivos são os mais variados, desde a questão da pandemia Covid-19 até programas de distribuição de renda para os mais carentes e necessitados. Por trás de tudo isso pressupõe-se que Lula ma-neja todo esse povo, pois já está em campanha para presidente.

MBL, assim como outros movimentos ativistas, sindicatos trabalhistas e patro-nais, partidos de cen-tro, de centro-direita, de direita e alguns ou-tros partidos políticos moderados já enten-deram e perceberam essa esperteza do Lula. Certamente, não irão entrar nessa "canoa furada"!

Já perceberam que esses mo-vimentos de rua já estão mostran-do para que vieram: causar mui-to barulho, ser inmui-tolerantes com quem discorda de suas ideologi-as, alguns serem violentos por não aceitarem o diálogo demo-crático e alguns outros, mistu-rados ao movimento, aprovei-tarem a oportunidade para sa-quear lojas, estabelecimentos e quebra-quebra com bancos.

É disso que o Brasil precisa? É

Já perceberam que

Já perceberam que

Já perceberam que

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esses movimentos

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de rua já estão

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mostrando para

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que vieram:

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causar muito

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causar muito

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barulho (...)

barulho (...)

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Movimento de rua: onde se quer chegar?

isso que a imensa maioria da po-pulação ordeira brasileira deseja? Está na hora da direita, cen-tro-direita, centro e demais par-tidos simpatizantes, de uma for-ma responsável, ética e organiza-da, mostrar a sua determinação e para o que vieram. Juntos, encon-trar interesses comuns, conver-gências onde for possível, surgi-mento de verdadeiras lideranças responsáveis e éticas. São esses os grandes desafios a serem enfren-tados para se contrapor a esses movimentos de rua com interes-ses duvidosos e incertos contra a

democracia e as liberdades indivi-duais, que visam apenas minar, desestabilizar e até buscar o impea-chment do presidente Bolsonaro.

Gostaríamos de ver no pais uma esquerda de oposição sincera, moderna e que discutisse com a si-tuação projetos de altos interesses para a Nação, mas o que vemos são apenas a busca da tomada do po-der para viabilizar um Estado Bra-sileiro Socialista Chavista, onde o povo perde suas liberdades e di-reito de expressão. Vejam a po-breza e a miséria na Venezuela!

O Brasil não merece isso. So-mos gigantes na América do Sul, somos força internacional devi-do nossas riquezas naturais, pela grandeza territorial com diver-sos biomas e também pelo povo criativo, ordeiro e trabalhador.

———

Carlos Roberto Rodri-gues (Esquerdinha), engenheiro agrônomo

DURO GOPE 2 - Em 12/05/

2021, utilizei este espaço de-mocrático e de liberdade de expressão que A Tribuna Pira-cicabana oferece aos seus lei-tores, explanando sobre minha indignação e revolta a respeito dos descontos absurdos nos valores das aposentadorias e pensões que os servidores públicos do Estado de São Paulo estão sofrendo desde 2020, após a aprovação da

in-justa Reforma da Previdência Estadual. O motivo deste novo texto é parabenizar e cumpri-mentar de público a Câmara Municipal de Piracicaba e seus vereadores pela aprovação das Moções 117/2021 e 128/2021, de apoio à aprovação dos Pro-jetos de Decreto Legislativo 22/ 2020 e 39/2020, respectiva-mente, que, na prática, sus-pende este verdadeiro "confis-co" aos vencimentos mensais

dos aposentados e pensionis-tas, crueldade imposta pelo go-vernador João Doria, e aprova-da pela Assembleia Legislati-va do Estado de São Paulo. Aguardo que estes projetos de decreto legislativo sejam colo-cados em votação pelo presi-dente da Casa de Leis, e que, mesmo os deputados que vo-taram pela aprovação da Re-forma, como Roberto Morais e Alex de Madureira, tenham

consciência dos danos causa-dos aos icausa-dosos neste momen-to de suas vidas, e votem ago-ra a nosso favor, pois os valo-res das aposentadorias e pen-sões dos servidores estaduais estão muito abaixo do deseja-do, e sobre esses valores já de-fasados, é que o governo Doria desconta de 12% a 16% des-tes proventos. Por favor, senho-res deputados, vamos reparar essa injustiça! (Oswaldo Cella)

(4)

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Comunidade pede apoio

na luta contra desocupação

Reunião foi na tarde de domingo com um grupo de moradores da comunidade

“Fazendinha Jatobá”, bairro Vila Industrial, às margens do Rio Corumbataí

Vinicius Camarinha

A

realidade brasileira já vi-nha trazendo grandes das para parcela significa-tiva da população brasileira. O de-semprego crescia e a inflação cor-roía a renda daqueles que vivem do seu trabalho. Resultados da condução de uma política econô-mica, no mínimo equivocada, e uma ausência absoluta de políti-cas públipolíti-cas consistentes para a área social no plano federal.

E se não bastasse esse qua-dro, no início de 2020 chega ao Brasil o coronavírus e sua pande-mia. Manter os pequenos e médi-os negócimédi-os funcionando se torna um grande desafio. Conseguir e manter os seus empregos, um mi-lagre. A miséria aumenta em todo o País. A dificuldade para milha-res de famílias tocarem o seu dia a dia torna-se cada vez mais difícil. Foi a partir da leitura objeti-va e empática desta realidade que o governo do Estado de São Pau-lo, sob a coordenação do governa-dor João Doria e do vice-governa-dor Rodrigo Garcia, lançou o pro-grama SP Acolhe. Propro-grama que auxilia em R$ 300, durante 6 me-ses, para famílias em situação de vulnerabilidade social que tenham perdido parentes para a Covid-19. Iniciativa importante do Go-verno do Estado que objetiva re-duzir o impacto provocado, princi-palmente pelos efeitos da pandemia, junto a milhares de famílias em todo o Estado. É uma solução defi-nitiva para o problema? Longe dis-so. Mas tenho certeza, fundamen-tal para garantir uma melhor tra-vessia nesta crise que vivemos em todo o Brasil para milhares de pau-listas. Crise repito, que existe não apenas por conta da pandemia.

De julho a dezembro serão

São inciativas

São inciativas

São inciativas

São inciativas

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que acolherão

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milhares

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milhares

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de pessoas,

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transformando

transformando

transformando

transformando

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suas vidas nesses

suas vidas nesses

suas vidas nesses

suas vidas nesses

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dias tão difíceis

dias tão difíceis

dias tão difíceis

dias tão difíceis

dias tão difíceis

Dirceu Gonçalves

O

pedido de impeachment – tanto do presidente da Re-pública quanto de governa-dores, prefeitos, ministros dos tri-bunais superiores e outras autori-dades passíveis desse castigo – se tornou um dos expedientes mais desmoralizados da República. Seu uso indiscriminado, com o objetivo de desgastar e não ne-cessariamente afastar o denun-ciado, levou à população a certe-za de que tudo não passa da luta entre adversários com vistas às próximas eleições. Contribuiu também para a má imagem a pre-gação feira pelo Partido dos Tra-balhadores e seus puxadinhos, de que o impeachment de Dilma Rousseff “foi golpe”, apesar de ter tramitado regularmente pela Câ-mara e Senado Federal e ter sua sessão de julgamento dirigida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, como determina a lei.

Só para presidente da Repú-blica, dos anos 90 até agora, fo-ram protocolados 316 pedidos de afastamento. Como sabemos, só dois prosperaram. O de Fernando Collor em 1992 e o de Dilma em

2016. Durante o tempo que estive-ram no poder, Collor sofreu 24 pedidos, Itamar Franco 4, FHC 27, Lula 68, Temer 33 e Bolsonaro 123. O último apresentado contra o ca-pitão é um “cozidão” dos 122 pro-tolados anteriormente na Câma-ra e tem como signatários os seus já conhecidos adversários e al-guns ex-aliados que se elegeram na sua chapa mas hoje estão na oposição. Até pelo conteúdo, igual às propostas anteriores, o dito “superpedido” deverá ter o mesmo destino dos demais: a ga-veta do presidente da Câmara.

O presidente, deputado Ar-thur Lira, já disse que vê o mate-rial como uma “compilação”, si-nalizando que, para prosperar um impeachment, não basta von-tade política. É preciso materiali-dade de procedimentos irregula-res. Também disse que só tratará do assunto depois de terminada a CPI da Covid, em curso no Se-nado. Assim como seus anteces-sores na presidência da Câmara, Lira não deverá dar andamento aos pedidos, o mesmo que faz o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em relação aos requeri-mentos que miram os ministros

do Supremo Tribunal Federal. Esse poder do presidente da casa legislativa para pautar ou sim-plesmente engavetar as propostas enfraquece o instituto do afasta-mento. O ideal seria que tivessem de pautar todos os requerimen-tos com formalidades cumpridas e a decisão – de aceitar ou não o processamentos – fosse tomada pelo plenário. Se assim fosse, o protocolo não seria usado como instrumento de desgaste do adver-sário governante e nem os gover-nantes dariam a pouca atenção que hoje dispensam ao assunto.

Afastamento de governante é coisa séria. Quem pede essa medi-da extrema tem o ônus medi-da prova e, não apresentando os indícios das práticas denunciadas, deveria

obrigatoriamente responder a pro-cesso por denunciação caluniosa. A simples denúncia e sua reper-cussão causam danos ao denun-ciado e ao seu governo ou institui-ção a que pertence. No caso espe-cífico dos ministros, ao Supremo Tribunal Federal. As instituições públicas têm de ser respeitadas, pois delas dependemos todos nós. O ato de denunciar e pedir afasta-mento tem de ser responsável, jus-tificar a mobilização do Parla-mento para a apuração e estar longe do viés de limpa-trilho para as próximas eleições. Da forma que foi tratado até agora, esse instituto jurídico resta con-vivendo em paridade com a tes-temunha falsa que, desde os tem-pos de faculdade, todo advoga-do ouve dizer ser a “prostituta do processo”. O pedido de impe-achment, no atual quadro políti-co brasileiro, não é diferente...

———

Tenente Dirceu Cardo-so Gonçalves - dirigen-te da ASPOMIL (Asso-ciação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo); e-mail: aspomilpm@terra.com.br

Pedido de impeachment, ato desmoralizado

A simples

A simples

A simples

A simples

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denúncia e sua

denúncia e sua

denúncia e sua

denúncia e sua

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repercussão

repercussão

repercussão

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causam danos

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causam danos

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ao denunciado e

ao denunciado e

ao denunciado e

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ao seu governo

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ao seu governo

ao seu governo

ao seu governo

ou instituição a

ou instituição a

ou instituição a

ou instituição a

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que pertence

que pertence

que pertence

que pertence

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Caos na Saúde

Por que atropelar o

Por que atropelar o

Por que atropelar o

Por que atropelar o

Por que atropelar o

Poder Legislativo,

Poder Legislativo,

Poder Legislativo,

Poder Legislativo,

Poder Legislativo,

impedindo

impedindo

impedindo

impedindo

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uma vereadora

uma vereadora

uma vereadora

uma vereadora

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participar

participar

participar

participar

participar

de reunião?

de reunião?

de reunião?

de reunião?

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Francys Almeida

A

Saúde Pública está em colapso, isso é um fato em Piracicaba! No pico da pandemia, gestão anterior, de Barjas Ne-gri (PSDB), o máximo de mortos eram seis ao dia. E já estamos che-gando em 14 mortos

ul-timamente. Difícil enfrentar isso. Mas não é só Covid-19 que preocupa: seis ginecologistas pe-diram as contas nos últimos me-ses, pela falta de valorização e di-álogo, exames de vista demoram mais de um ano na rede pública atualmente. Os médicos — todos

sabem — sofrem sem insumos, relatos da falta de guardanapos. E isso é redução de custos ou má gestão? O foco atualmente é a desocupação de lei-tos, mas e as vidas? Um ponto que chama a aten-ção: Projeto Respirar! Mas, na verdade, pode-ria chamar Projeto Es-palhar. Pessoas positivadas circu-lam nas ruas em busca de testes, que deveriam ser feitos em casa, andam de ônibus de local em local, com suspeita de Covid-19, espa-lhando o vírus. Já os "sommeliers" de vacina contra Covid-19 erram análise de eficácia, ignoram

efetivi-O verbo é acolher

investidos R$20,1 milhões, bene-ficiando cerca de 11 mil famílias em todo o estado de São Paulo. Para ter direito ao benefício, as famílias deverão estar inscritas no CadÚnico e ter renda inferior a três salários-mínimos e terem per-dido pelo menos um ente do nú-cleo familiar vítima da Covid-19.

O programa SP Acolhe se soma a outras iniciativas do go-verno do Estado na área social que aprovamos na Assembleia Legis-lativa, como o Bolsa do Povo, com-posto dos programas: Renda Ci-dadã, Via Rápida, Bolsa-Trabalho, Ação Jovem, Bolsa Talento Espor-tivo, o auxílio-moradia emergen-cial (Aluguel Soemergen-cial) e o Vale Gás. O Bolsa do Povo está destinando R$ 1 bilhão para programas em várias frentes de enfrentamento à pobreza. Iniciativas que temos claro que não mudarão a reali-dade dessas famílias de forma permanente. Isso se conquistará com ajustes na política econômi-ca e investimentos públicos e pri-vados que gerem emprego e ren-da, com mais oportunidades para todos. Mas com certeza são inciativas que acolherão milhares de pessoas, transformando suas vidas nesses dias tão difíceis.

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Vinicius Camarinha, deputado estadual, lí-der do governo na As-sembleia Legislativa do Estado de São Paulo

dade e atrasam combate à pande-mia, frutos da ignorância institu-cional do país, que refletiu em Pira-cicaba. Lamentavelmente, reflete.

Não custa lembrar que as pri-meiras medidas do prefeito Lucia-no Almeida (DEM) foram: fechar a tenda e iniciar "tratamento pre-coce". Surtiu, sim, efeito, mas ne-gativo. Se eram 400 mortos na era Barjas Negri, chegaremos a 2000

mil mortos até dezembro deste ano, a considerar que o ritmo seja esse atual. Que não aconteça isso! Enquanto isso, a Prefeitura Municipal de Piracicaba atropela o Poder Legislativo, a Secretaria Mu-nicipal de Saúde impede a participa-ção de uma representante de um poder em reunião, no caso a verea-dora Rai de Almeida (PT). Além da irresponsabilidade institucional, há o machismo velado, que, nesse caso, é explícito. E seguimos no rumo do caos e colapso sanitário.

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Francys Almeida, ba-c h a r e l e m D i r e i t o , síndico profissional, militante partidário (PCdoB) em Piracicaba

A deputada estadual Profes-sora Bebel (PT) se reuniu na tarde de domingo (4) com um grupo de moradores da comunidade “Fa-zendinha Jatobá”, no bairro Vila Industrial, às margens do Rio Co-rumbataí, que estão sendo despe-jadas em ação movida pelo empre-sário Franklin Roosevelt Mendes Thame, irmão do ex-prefeito Mendes Thame. O encontro foi or-ganizado pelo líder comunitário Valdir Calsavara, que está preo-cupado com o destino das cerca de 25 famílias que residem na área há mais de 14 anos e que é considerada de marina, por es-tar às margens do Corumbataí.

No encontro com a depu-tada Bebel, os moradores ale-gam que, se as suas casas estão irregulares, parte dos barra-cões do empresário Franklin Thame também está, uma vez que não está respeitando o dis-tanciamento exigido pela legis-lação. “Se temos que sair, ele também terá que derrubar parte do seu barracão”, dizem, alegan-do que o empresário só está mo-vendo a ação contra eles com a intenção de ampliar ainda mais

Divulgação

O morador Josival Angelo Santos mostra à deputada Bebel as diversas casas de alvenaria construída na área

as instalações do seu empreen-dimento, atualmente alugado.

Acompanhado do advogado Nílcio Costa, que explicou o anda-mento do pedido de desocupação feito judicialmente, a deputada Professora Bebel se comprometeu a dar total apoio aos familiares, lembrando que acaba de ser apro-vado projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo, que teve seu apoio, que impede despejos no período de pandemia. “No entan-to, a pandemia vai passar e é pre-ciso buscar uma solução para es-tas famílias, que estão com medo de serem despejadas”, disse.

De acordo com o morador mais antigo da área, Josival Ân-gelo Santos, onde foram erguidas quase cerca de 20 pequenas casas de alvenaria e algumas de madei-ra, ao longo destes quase 15 anos, inicialmente o local servia para depósito de entulho. Na época, quando foi morar no local, che-gou a ser denunciado ao Ibama, de que estaria devastando o meio ambiente, inclusive sendo autua-do. Apesar de garantir que isso não ocorreu, pelo contrário, removeu o entulho, fez um acordo para

reflorestar a área, que atualmen-te conta com inúmeras árvores, tudo muito limpo e bem cuidado. A ação movida pelo empresá-rio Franklin Roosevelt Mendes Thame, de acordo com o advoga-do Nílcio Costa, que analisou o processo, pede a saída apenas do morador Josival Ângelo Santos, quando todos os moradores, que

têm residência fixa, deveriam ser intimados também. “Tenho imen-sa preocupação com estas famíli-as, inclusive com diversas crian-ças. Para onde irão, no caso de uma desocupação? É preciso regu-larizar esta situação ou encontrar moradia para que possam residir”, disse Bebel, que se comprometeu a dar todo apoio aos moradores.

Divulgação

POLLO LOKO

O empresário sul-coreano Luiz Han, propri-etário da Pollo Loko – com seus deliciosos frangos fritos na rua Benjamin Constat, 2430, Paulista — é mais um patrocinador master do jornal A Tribuna Piracicabana. Sua preo-cupação é com a segurança pública e, por isso, dá um apoio aos que trabalham na área: "Qualquer policial militar, civil ou guar-da municipal, tem 20% de desconto em qual-quer compra, uma forma de agradecer e apoiar as autoridades públicas que nos pro-tegem diariamente", informa o empresário, que se orgulha do Brasil: "Estou no Bra-sil há mais de 50 anos, sou mais brasi-leiro que muitos por aí, aprendi a amar essa nação", afirma. A Pollo Loko entrega pelos aplicativos e também pelo seu

con-tato (19) 3432-6123 ou (19) 9.9343-0866. Aproximadamente 500 pes-soas, de mais de 30 entida-des e partidos diferentes, fi-zeram uma caminhada do Mercadão Municipal até a Praça José Bonifácio, e cha-mou à atenção a sua organi-zação em busca do distanci-amento social, com palavras de ordem, tais como: vida,

pão, vacina e educação! Os manifestantes discursaram no coreto da Praça e a popu-lação apoiava com buzinas. Entre as lideranças de es-querda, marcaram presença Bruna Ferreira (UJS), Adeli-no de Oliveira (PT), Francys Almeida (PCdoB) e Rai de Almeida (vereadora do PT).

MANIFESTAÇÃO EM PIRACICABA

Referências

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