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Aluno: Juliana Torres Pires Orientador: Regina Célia de Mattos

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Academic year: 2021

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1 AS TRANSFORMAÇÕES ESPACIAIS NA ZONA OESTE NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO A PARTIR DOS INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA

PARA A COPA DO MUNDO EM 2014 E OLIMPÍADAS DE 2016

Aluno: Juliana Torres Pires Orientador: Regina Célia de Mattos

A proposta de nossa pesquisa consiste em analisar as transformações espaciais que ocorreram na cidade do Rio de Janeiro, principalmente na Zona Oeste, ocasionadas pela Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. No relatório de 2015 procuramos destacar as intervenções e investimentos que foram realizados para o cumprimento dos compromissos assumidos quando a eleição da cidade como sede das Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016. Os complexos esportivos localizados na Barra da Tijuca e em Deodoro estavam em construção, assim como o BRT Transolímpica e a Linha 4 do Metrô, as vias integradoras com outros dois BRTs já haviam sido concluídas, sendo estas a Transcarioca e a Transoeste. Ao longo desse período, acompanhamos os avanços e transtornos destas grandes intervenções que têm promovido mudanças significativas em vários bairros da cidade.

No relatório de 2016, ano de realização das Olimpíadas, buscamos analisar o “inchaço imobiliário” que ocorreu, com a projeção do Rio de Janeiro como a cidade modelo de desenvolvimento, se dando de forma rápida e intensa na Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e na Baixada Jacarepaguá, que tiveram seus espaços transformados pelo processo de valorização. Apontamos como exemplo da expressiva expansão imobiliária o “bairro” denominado “Ilha Pura”, localizado no bairro Recreio dos Bandeirantes, tendo como parceria a Carvalho Hosken Engenharia e Construções e Odebrecht Realizações Imobiliárias, sendo este local que sediou os atletas. Depois de desocupados para os atletas, os prédios teriam de ser finalizados, repintados e entregues aos compradores das unidades. A entrega seria a partir de junho de 2017 e a Carvalho Hosken está conversando com várias instituições, como a Marinha do Brasil, para ver a possibilidade de venda dos imóveis para servidores. Não há nada de concreto por enquanto, só que a venda

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poderá ser financiada pela Caixa Econômica Federal (CEF). O assunto está sendo tocado pela diretoria comercial da construtora.

Também apontamos, em 2016, a expansão imobiliária de edifícios corporativos, de grandes centros como o Centro Metropolitano e sofisticadas casas de entretenimento na Zona Oeste da cidade, sendo a expansão da rede hoteleira com maior destaque na produção do espaço da cidade. A cidade do Rio de Janeiro construiu 9.600 quartos a mais do que propunha a meta para a candidatura da cidade, sendo de 15.000 hotéis construídos, 10.500 estando na Barra da Tijuca.

Nosso objetivo, ao longo do período 2016-2017, foi acompanhar e analisar o processo pós Olimpíada. O final dos eventos foi acompanhado pela crise política deflagrada desde o início de 2015 que teve seu ponto de inflexão com o impeachment da presidente eleita, e poucos meses depois com a substituição do prefeito da cidade que protagonizou a realização dos grandes eventos. O país sangrou ao longo desse tempo, constituindo uma também grave crise econômica em múltiplas escalas, particularmente no estado do Rio de Janeiro com a deflagração da Operação Calicute pelo Ministério Público Federal que revelou um esquema de desvio de milhões de reais ao longo dos anos de governo de Sergio Cabral. A responsabilidade da gestão do legado olímpico é municipal, entretanto com a mudança do prefeito também foram reveladas as dificuldades financeiras encontradas diante das dívidas assumidas ao longo do processo de construção da denominada “Cidade Olímpica”. É importante fazer essas contextualizações, pois o processo de abandono e deterioração das estruturas olímpicas decorre da ausência de condições do poder público arcar com os compromissos assumidos em relação ao “legado”, assim como a resistência do capital privado em participar nesse tipo de gestão.

A crise política e econômica ao longo do período foi desacelerando o grande canteiro de obras que se constituiu a zona oeste da cidade, aqui se restringindo aos bairros da Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, e a Baixada de Jacarepaguá, hoje estando essa região praticamente sem investimentos imobiliários, contrariamente ao processo destacado no relatório de 2016. A constituição desse quadro encaminhou a pesquisa para a seguinte reflexão: os

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bilhões de reais investidos em infraestrutura desportiva se encontram em deterioração e com uso público muito restrito, e para a sua realização milhares de pessoas foram removidas. Devemos banalizar o desperdício de bilhões de reais e a indignação de muitas pessoas que perderam suas casas, suas relações de vizinhança, de trabalho?

Nossa decisão em acompanhar tais processos não se dá apenas por vivermos a/na cidade, mas principalmente, para fazermos uma análise crítica dessa dinâmica que tende, aceleradamente, acentuar a profunda segregação espacial em que vivemos.

Considerações iniciais

Com a valorização do solo urbano nas áreas escolhidas para realização dos megaeventos, o valor de venda e aluguéis de imóveis dispararam, e com o término das Olimpíadas, ocorreu uma queda não esperada desses valores. De acordo com o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (CRECI), a média do preço do aluguel de imóvel no Rio de Janeiro teve uma variação de -17,1% em 2017, e o valor em torno de R$ 34,00 o m², o mais baixo desde antes de 2013. Ainda segundo o Índice FipeZAP, entre os meses de abril e maio deste ano ocorreu uma queda de 0,16% nas vendas de imóveis, mas mesmo diante das perdas de valor registradas, o Rio de Janeiro se manteve como a cidade com o m² mais caro do país: R$ 10.132,00, conforme Gráfico 01 abaixo.

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Gráfico 1 – Cidades com maiores preços médios de venda de imóveis Fonte: FipeZap – Índice Residencial por Venda

Ainda há registros de cerca de seis mil imóveis “encalhados” no Rio, estando mais de 80% das unidades localizadas na zona oeste da cidade, região onde ocorreram os grandes investimentos em infraestrutura esportiva, de transporte, e imobiliária.

Ficou claro no caso da cidade do Rio de Janeiro que o projeto de atração de investimentos vinculados à Copa e às Olimpíadas teve entre os múltiplos compromissos um extremamente importante: a remoção de grupos populares que ocupavam direta ou indiretamente as áreas contempladas com obras estruturais, e de antigos interesses do capital imobiliário. A maioria das remoções ocorreram em áreas de extrema valorização, como Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Jacarepaguá e Vargem Grande. Os investimentos públicos realizados em transporte (BRTs) privilegiaram essas mesmas áreas, multiplicando as oportunidades de investimentos.

Em contrapartida, a grande maioria dos conjuntos habitacionais populares produzidos pelo Programa Minha Casa Minha Vida não está localizada nas áreas

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beneficiadas com investimentos para a Copa e as Olimpíadas, mas em áreas periféricas da cidade. Não é por acaso que a grande parte das famílias de baixa renda foi removida das áreas beneficiadas por tais investimentos e transferida para áreas periféricas selecionadas pelo Programa Minha Casa Minha Vida, o que nos concluir dizer que houve uma política de reorganização do lugar dos pobres na cidade.

A seguir, mostraremos alguns exemplos de comunidades removidas ou ameaçadas pelo processo de preparação do município para a realização dos Jogos. Segundo o Observatório das Metrópoles, as comunidades foram agrupadas tendo como critério o tipo de justificativa utilizada para as remoções que, no caso do Rio de Janeiro, foram concentradas em quatro eixos: i) as obras de mobilidade urbana com a construção dos BRTs (casos de Campinho, Recreio dos Bandeirantes e Vila Autódromo); ii) as obras de instalação ou reforma de equipamentos esportivos (Favela do Metrô Mangueira e Vila Autódromo); iii) as obras voltadas à promoção turística (Morro da Providência e ocupações na área portuária) e iv) áreas de risco ambiental ( comunidades da Estradinha e Pavão-Pavãozinho).

Para a construção do BRT Transoeste, que liga o bairro da Barra da Tijuca aos de Santa Cruz e Campo Grande, destacam-se as remoções das comunidades da Restinga, Vila Harmonia e Recreio II. O que chama atenção é a proximidade dessas comunidades com condomínios habitacionais de classe média/alta.

Na rua Domingos Lopes, em Madureira, cerca de 100 casas foram desapropriadas para a implantação da primeira fase do BRT Transcarioca, que faz ligação entre a Barra da Tijuca e a Penha. Já a comunidade da Vila Autódromo era situada no bairro de Jacarepaguá e tinha cerca de 500 famílias residindo no local. A maioria das famílias era de baixa renda e residia há mais de 20 anos na área. A área foi cobiçada pelos grupos imobiliários e da construção civil devido à grande valorização imobiliária que se verificava na região, pelo fato de estar situada no local previsto de investimentos para a construção do Parque Olímpico, e seu entorno se constituir rem reserva de alto valor.

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De fato, houve muitas remoções no Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos, mas houve muito mais remoções do que possamos imaginar. Atentamos muito para as remoções explícitas, como a Vila Autódromo, mas existe um tipo de remoção que o historiador Luiz Antônio Simas chama de “remoção branca”, sendo estas ocasionadas pela especulação do solo urbano. Tais remoções ocorreram principalmente nas favelas da zona sul da cidade, como no morro Pavão-Pavãozinho, onde os preços dos aluguéis aumentaram em consequência das obras de recuperação do Plano Inclinado que além do uso pelos moradores, também constitui um novo mirante da cidade, e na favela da Rocinha que hoje possui uma estação do metrô que valorizou muito os imóveis para venda e aluguel tanto residencial como comercial, assim como os conjuntos residenciais de média alta classes que ali se localizam. Um fenômeno diferente aconteceu no morro do Vidigal que vem passando por um processo de gentrificação, consequência da apropriação do capital comercial e de serviços, muitos voltados para o turismo.

Em maio de 2017, houve uma audiência pública sobre o possível legado que os megaeventos poderiam/podem ter deixado para a cidade do Rio de Janeiro. O objetivo da audiência era que a sociedade participasse da prestação de contas do Legado Olímpico e na definição da destinação e aproveitamento das instalações construídas para a realização dos eventos.

Em 26 de dezembro de 2016, após fracassar a solução prometida de realização de uma parceria público-privada para administração do legado, a Prefeitura do Rio de Janeiro repassou a gestão de quatro arenas para a União: o Velódromo, o Centro Olímpico de Tênis e as Arenas Carioca 1 e 2. A Arena Carioca 3 ficou sob responsabilidade da Prefeitura, com a proposta de transformá-la em escola. Já a Arena do Futuro e o Estádio Aquático serão desmontados, a primeira com a previsão de que o material se transforme em quatro escolas públicas municipais. O Complexo Esportivo de Deodoro, por sua vez, foi assumido pelo Exército.

Há muitos questionamentos da população, alguns expostos pela imprensa, sobre o legado que os eventos deixaram para a cidade. Pelo que pudemos observar

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em trabalhos de campo e pesquisas sobre o assunto, muitas ou quase todas as infraestruturas não estão sendo aproveitadas e utilizadas pela população.

Em relação à mobilidade os passos são lentos. A Linha 4, ligação de Ipanema, na Zona Sul, até a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, foi considerada o maior legado de mobilidade da cidade. O carioca viu sair do papel a ligação, finalmente, às vésperas dos Jogos. O projeto tinha seis estações exclusivas. No entanto, apenas cinco delas foram concluídas: Jardim Oceânico, São Conrado, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz. A estação Gávea já era prevista para depois, para o primeiro semestre deste ano de 2017, mas a estação está com 42% dos serviços de escavação concluídos e a previsão de término foi postergada para o final de 2018. Como vivemos uma grave crise política e econômica, é possível sua conclusão seja em tempo indeterminado.

Quase um ano após os Jogos 2016, a estrutura do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, coração dos Jogos ainda é pouco usada. Aberto desde o mês de janeiro deste ano como área de lazer nos finais de semana, o espaço que chegou a receber 100 mil pessoas por dia nos Jogos mostra sinais de abandono. Segundo o Jornal O Globo, os espaços que receberam as competições olímpicas e paralímpicas também estão sem uso, conforme Figura 01 abaixo que evidencia a falta de manutenção e o risco à saúde que representa a piscina abandonada. As arenas estão sendo cuidadas por uma empresa, contratada pela Prefeitura do Rio em novembro, ainda no governo de Eduardo Paes, para fazer a operação e manutenção. Todas ficam lacradas e só são abertas raramente, quando há eventos esportivos. A Guarda Municipal é responsável por cuidar das áreas comuns.

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Figura 01: Piscina no Parque Olímpico da Barra da Tijuca Fonte: Reprodução/TV Globo

O Campo de Golfe, construído para sediar o retorno do golfe aos Jogos Olímpicos, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, abriu as portas ao público em outubro de 2016. Entretanto, o espaço ainda não funciona plenamente: as contrapartidas sociais, como aulas de golfe para crianças e projetos de estímulo ao desenvolvimento do esporte, ainda não saíram do papel, e nenhuma competição oficial está prevista para o campo em 2017. O campo está aberto para quem quiser arriscar umas tacadas, e se disponha a pagar, segundo uma matéria do jornal O Globo, valores que vão de R$50,00 para quem já possui equipamento, até R$ 280 pelo uso do campo oficial aos sábados, domingos e feriados. Um carrinho elétrico, usado para percorrer o campo, pode ser alugado por R$ 150. Tacos (R$ 100) e bolas (R$ 20, um balde com 60) também podem ser alugados.

Um dos legados olímpicos, o Ilha Pura, denominado de Vila dos Aletas até o final dos eventos permanece fechado. Dos 3.604 apartamentos, apenas 600 foram colocados à venda. Desses, apenas 240 foram comprados, ou seja, 40% das unidades anunciadas. Sem prazos concretos, o condomínio é um mistério no mercado imobiliário.

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9 Considerações Finais

Diante das análises realizadas através das informações obtidas pelas referências bibliográficas, sites consultados e resultados dos trabalhos de campo desde o início do projeto, em 2013 até o presente momento, fazemos novamente o questionamento que orientou as nossas considerações iniciais: os bilhões de reais investidos em infraestrutura desportiva se encontram em deterioração e com uso público muito restrito, e para a sua realização milhares de pessoas foram removidas. Devemos banalizar o desperdício de bilhões de reais e a indignação de muitas pessoas que perderam suas casas, suas relações de vizinhança, de trabalho?

Acompanhamos ao longo do processo de constituição da representação “Cidade Olímpica” através de leituras, trabalhos de campo e uso e dados secundários o rápido crescimento do valor do solo urbano dos bairros da Barra da Tijuca (valorização que ocorre há décadas) e Recreio dos Bandeirantes, e da Baixada de Jacarepaguá devido aos grandes investimentos em infraestrutura viária (três BRTs e extensão do metrô como Linha 4), e esportiva para os eventos que culminaram com as Olimpíadas. De fato, constatamos o aumento da segregação espacial fenômeno que constitui a lógica desse processo que é homogeneizador, fragmentado e hierarquizado. As remoções diretas e as denominadas “brancas” o evidenciam, não só com a expulsão de moradores com anos de moradia assim como a saída daqueles que passaram a não poder pagar os altos aluguéis devido a construção de infraestrutura viária, como a estação do metrô na favela da Rocinha, o Plano Inclinado no morro Pavão-Pavãozinho, assim como o processo de gentrificação que vem ocorrendo no morro do Vidigal.

A desapropriação e expulsão de moradores pelo encarecimento de aluguéis e vendas nas favelas da zona sul da cidade e também de muitos da classe média diante da perda do emprego ou impossibilidade de arcar com os índices de reajustes que regulam os contratos de locação são legados dolorosos frente aos bilhões, sabemos apenas os dados oficiais, investidos em infraestrutura esportiva. Os compromissos incluíam a responsabilidade da parceria público-privada na

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gestão desse legado, e o que assistimos, ao longo de quase um ano após o término dos eventos, é um progressivo abandono e deterioração das instalações não apenas daquelas concentradas na Barra da Tijuca, como também as localizadas no bairro de Deodoro que abrigou boa parte das modalidades esportivas.

O Parque Radical de Deodoro, na Zona Norte do Rio, é outro legado olímpico permanece fechado. Em janeiro, o Tribunal de Contas do Município (TCM) informou que o edital do Parque Radical de Deodoro ainda não havia sido analisado. Até o momento, não há nenhuma empresa para administrar o Parque. Na auditoria que aconteceu em maio deste ano, a subsecretária de esportes de lazer, Patrícia Amorim, disse que o Parque tem grandes problemas, mas que estão próximos de serem solucionados. A obra custou aos cofres públicos cerca de 700 milhões e agora está abandonado, pois não há manutenção dos equipamentos. Segundo ela, tinha ordem do prefeito para reabrir o Parque da forma como se apresenta, mas não foi reaberto por motivos de segurança para a população. Ainda afirma que o melhor caminho seria fazer uma parceria com a Confederação Brasileira de Canoagem e a de Ciclismo BNX e Canoagem Slalom, pois estas entidades teriam capacidade para fazer uma boa gestão do equipamento. Até o momento, a população não tem condições de uso de equipamentos importantes para lazer, como a piscina que integra o parque radical, já que o bairro de Deodoro é ocupado majoritariamente por população de baixa renda e sem áreas de lazer.

Se o bairro de Deodoro e adjacências não dispõem de espaços de uso de lazer, como praças, brinquedos, áreas para jogos, contrariamente o Complexo Esportivo localizado na Barra da Tijuca é cercado por condomínios de classe média e alta, que não demandam praças com brinquedos, piscinas e outras modalidades de lazer já que desfrutam de forma privada desses benefícios.

Outro legado olímpico que enfrenta dificuldades é o “Porto Maravilha” espaço que agrega o passado e presente, ao visibilizar grande área histórica da cidade, após a abertura de grande área até então encoberta por um importante viaduto, e onde também estão localizadas duas referências contemporâneas: O Museu do Amanhã e o Museu de Artes do Rio. O “Porto” já é um símbolo da cidade, mas apresenta o abandono de gestão com a presença de lixo, soltura do calçamento, ausência de segurança, diante das dificuldades financeiras do consórcio

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responsável. Cabe ressaltar que a especularização da região do porto da cidade foi acompanhada por remoções, e também apresenta o processo de gentrificação diante da valorização do solo frente aos investimentos realizados.

Destacamos também o compromisso assumido quando do projeto “Cidade Olímpica” da construção de quatro corredores de alta velocidade, BRT, com objetivo de integrar a cidade. Três foram concluídos: TRANSOESTE, TRANSCARIOCA e TRANSOLÍMPICA, ficando inacabado o denominado TRANSBRASIL que ligará a área suburbana ao centro da cidade, fluxo de grande importância servir de transporte para também a população da região metropolitana, e desafogar a Av: Brasil, via que além de transportar milhares de pessoas, é a entrada e saída da cidade, portanto de fluxos de mercadorias e serviços.

Referências:

1 – CARLOS ALESSANDRI, ANA FANI. A condição espacial. São Paulo: Contexto, 2011.

2 - HARVEY, David. A producão capitalista do espaco. São Paulo: Annablume, 2005.

3 - FERREIRA, Álvaro. A cidade no século XXI: segregação e banalização do

espaço. Rio de janeiro: Consequência, 2011.

4- SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção.

São Paulo: Edusp, 2002.

Acessos Online: https://mktg.zap.com.br/marketing-hospedagem/e_marketing/2017/julho/fipezap/fipezap_loca_junho.pdf Acesso em: 18/07/2017 http://infograficos.estadao.com.br/esportes/rio-2016-legado-olimpico/complexo-de-deodoro.php Acesso em: 17/07/2017 http://web.observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_content&view =article&id=52&Itemid=63&lang=pt#

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12 Acesso em: 18/07/2017 http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/especiais/olimpiadas/jogos20 16/jogos2016- noticias/1,1715,1,1428/2017/05/14/se_noticia_rio_2016,401721/nove-meses-apos-rio-2016-complexo-de-deodoro-esta-abandonado.shtml Acesso em: 26/07/2017 http://infograficos.estadao.com.br/esportes/rio-2016-legado-olimpico/ Acesso em: 26/7/2017

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