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A elaboração do trabalho de conclusão de curso no curso de administração da Unijuí: significados, facilidades e dificuldades

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RS DACEC – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – BACHARELADO – MODALIDADE PRESENCIAL

A ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA UNIJUÍ:

SIGNIFICADOS, FACILIDADES E DIFICULDADES

Trabalho de Conclusão de Curso

CRISTINE ROSANE MERG

Orientadora Profª Drª Enise Barth Teixeira

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todas as pessoas que, de forma direta ou indireta, fizeram parte dessa conquista, me motivando, compartilhando conhecimentos e amizade; em especial:

Aos meus pais, por terem me dado a vida, pelo amor, por todos os sacrifícios que já passaram.

Aos meus queridos e amados filhos Andrei, Andressa e Gustavo, razão da minha existência, pela paciência, força e compreensão durante esses oito anos.

A todos os demais familiares e amigos que, de uma forma ou de outra, fazem parte da minha vida.

A minha orientadora professora doutora Enise Barth Teixeira e aos demais mestres, por partilharem conosco seus conhecimentos e com isso contribuir para o nosso desenvolvimento.

Aos egressos e formandos 2012 por terem respondido ao questionário, insumo para o meu TCC.

À Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, incentivadora do desenvolvimento de seus colaboradores, proporcionando meus estudos através de bolsa de estudos.

E acima de tudo a Deus, pois sem Ele nada somos. O nosso tempo pertence a Deus, e cada momento é um presente.

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RESUMO

Este estudo tem o objetivo de analisar as percepções dos alunos e egressos do curso de Administração da UNIJUÍ sobre o significado, as facilidades e dificuldades na elaboração do TCC. O estudo foca-se na percepção dos alunos formados no segundo semestre de 2011 e acadêmicos que estão matriculados no TCC e o defenderão no primeiro semestre de 2012. É uma pesquisa de abordagem qualitativa. Quanto aos fins é uma pesquisa descritiva e exploratória e ainda participante, pois a autora do trabalho é também sujeito da pesquisa. Em relação aos meios de investigação é uma pesquisa de campo, pois foi aplicado questionário, enviado por e-mail aos 57 alunos formados, 61 formandos e o professor responsável pelo TCC. O retorno dos questionários dos formados soma um total de oito, o que representa 14% do total, Obteve-se um retorno maior nos questionários dos formandos, totalizando 13, o que representa 21% do total. De acordo com os objetivos estabelecidos para este estudo, inicialmente foram analisados aspectos documentais referentes à instituição e seu contexto de estudo, visando investigar a organização e a elaboração do TCC no Curso de Administração: Significados, Facilidades e Dificuldades, para então, verificar a percepção dos sujeitos acerca do assunto investigado. Os dados foram tratados de forma qualitativa, em que as respostas foram agrupadas construindo quadro síntese por sujeito. As respostas foram analisadas por questão, identificando assim as expectativas e significados, facilidades, dificuldades e sugestões de cada de sujeito. As principais expectativas são medir conhecimentos adquiridos ao longo do curso, contribuição e sugestão de melhorias para com a organização em estudo e confronto entre teoria e prática. A disponibilidade da ajuda do professor orientador e realizar o TCC na empresa em que trabalha, foram as principais facilidades. As maiores dificuldades foram a coleta de dados, o baixo índice de retorno das entrevistas e a defesa do TCC na banca. Em relação aos prazos de entrega do TCC e apresentação para a banca os resultados foram unânimes em afirmar que os prazos são bons, basta planejamento por parte do aluno. As melhorias sugeridas referem-se a uma programação pré-definida com relação às orientações por parte dos orientadores, limite de alunos por orientador, preparação do aluno para o TCC, com trabalhos semelhantes no decorrer do curso, e assim diminuir as dificuldades no TCC. O estudo não se esgota aqui, foi mais um passo dado, no sentido de aperfeiçoar cada vez mais o processo de elaboração do TCC no Curso de Administração da UNIJUÍ. Novas pesquisas podem ser realizadas com outros cursos e em outras IES. Que a UNIJUÍ possa valer-se do mesmo para modificar, implementar o que achar viável, visto que tem-se um resultado empírico, que reflete os anseios de seus acadêmicos e egressos. Nenhum regulamento permanece o mesmo para sempre, precisa estar de acordo com as necessidades de seus clientes internos e externos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...05

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ...06

1.1 Apresentação e Delimitação do Tema ...06

1.2 Problema ...07

1.3 Objetivos...07

1.4 Justificativa ...07

2 REFERENCIAL TEÓRICO...09

2.1 Universidade...09

2.2 Curso de Administração no Brasil...12

2.3 Trabalho de Conclusão de Curso ...15

3 METODOLOGIA ...21

3.1 Classificação da Pesquisa ...21

3.2 Sujeitos da Pesquisa ...22

3.3 Coleta de Dados ...22

3.4 Análise e Interpretação dos Dados ...23

4 O TCC DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA UNIJUÍ ...24

4.1 A UNIJUÍ...24

4.2 O Curso de Administração...25

4.3 O Projeto Político Pedagógico do Curso de Administração da UNIJUÍ...28

4.4 O TCC...33

5 ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ...45

5.1 Expectativas e Significados do TCC...45

5.2 Facilidades no Desenvolvimento do TCC ...47

5.3 Dificuldades na Elaboração do TCC ...49

5.4 Prazos, Avaliação e Relação com o Orientador ...53

5.5 Sugestões...57

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...61

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...63

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INTRODUÇÃO

O presente documento refere-se ao Trabalho de Conclusão de Curso, que tem como tema a Elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no Curso de Administração da UNIJUÍ, significados, facilidades e dificuldades.

Este estudo foi desenvolvido com formandos do 1º semestre de 2012 e formados do 2º semestre de 2011 do Curso de Administração da UNIJUÍ, e também com o professor responsável pelo TCC.

O TCC está composto por seis partes. A primeira parte refere-se à contextualização do estudo que apresenta o tema e sua delimitação, a questão de pesquisa, os objetivos e a justificativa.

O referencial teórico constitui-se na segunda parte, a qual aborda conceitos sobre Universidade, Curso de Administração no Brasil e TCC.

A terceira parte descreve a metodologia contemplando a classificação da pesquisa, sujeitos da pesquisa, coleta, análise e interpretação dos dados.

O TCC do Curso de Administração da Unijuí, a UNIJUÍ, o Curso de Administração, o Projeto Político Pedagógico do Curso de Administração da UNIJUÍ e o TCC, compreendem a quarta parte.

A quinta parte refere-se aos resultados empíricos do TCC no Curso de Administração: Significados, Facilidades, Dificuldades e Sugestões.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

1.1 Apresentação e Delimitação do Tema

Apresentam-se a seguir o tema em estudo e sua delimitação, o problema, os objetivos e a justificativa.

O tema em estudo é o Trabalho de Conclusão de Curso, nas percepções dos alunos do Curso de Administração, na ótica dos egressos do 2º semestre de 2011, acadêmicos que estão matriculados no TCC e o defenderão no 1º semestre de 2012e professor responsável pelo TCC, sobre o significado, as facilidades e dificuldades na elaboração do mesmo, além de sugestões para a melhoria do processo.

Conforme o artigo 9º da Resolução nº 4 de 13 de julho de 2005, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, bacharelado, e dá outras providências, o Trabalho de Conclusão de Curso é um componente curricular opcional da Instituição que, se o adotar, poderá ser desenvolvido nas modalidades de monografia, projeto de iniciação científica ou projetos de atividades centrados em áreas teórico práticas e de formação profissional relacionadas com o curso, na forma disposta em regulamento próprio.

Optando a Instituição por incluir no currículo do curso de graduação em Administração o Trabalho de Conclusão de Curso, deverá emitir regulamentação própria, aprovada pelo seu conselho superior acadêmico, contendo, obrigatoriamente, critérios, procedimentos e mecanismos de avaliação, além das diretrizes técnicas relacionadas com a sua elaboração.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para cursos de Administração estabelecem a relevância da interação dos estudantes com o meio organizacional, sendo assim o Projeto Político Pedagógico do Curso de Administração prevê a realização do TCC, que contempla esta interação.

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1.2 Problema

Quais as percepções dos alunos e egressos do Curso de Administração da UNIJUÍ sobre o significado, as facilidades e dificuldades na elaboração do TCC?

1.3 Objetivos

1.3.1 Geral

Analisar as percepções dos alunos e egressos do curso de Administração da UNIJUÍ sobre o significado, as facilidades e dificuldades na elaboração do TCC.

1.3.2 Específicos

Descrever a proposta pedagógica do Curso de Administração, no que concerne ao papel do TCC.

Caracterizar a processualidade de elaboração do TCC do Curso de Administração.

Verificar os significados, facilidades e dificuldades na elaboração do TCC, na visão dos acadêmicos e formados.

Apontar sugestões para o aperfeiçoamento do processo relativo ao TCC.

1.4 Justificativa

Identificar o significado, as facilidades e dificuldades enfrentadas na elaboração do TCC são importantes para a pesquisa científica, uma vez que geram subsídios a

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serem trabalhados pela universidade, com o objetivo de quebrar esse paradigma, para que futuros formandos possam ter um sentimento prazeroso na realização do TCC, tarefa que antecede a realização de um grande objetivo, a formatura.

A investigação do tema “Elaboração do TCC no Curso de Administração da UNIJUÍ” justifica-se pela tentativa de agregar valor teórico e empírico em torno do assunto.

A escolha e desenvolvimento do tema surgiu após a pesquisadora assistir várias bancas de TCC, em que percebeu dificuldades, ao ouvir comentários de colegas concluintes de que a elaboração e defesa do TCC é tarefa difícil. Assim, mediante a inquietação e a curiosidade em saber quais são os motivos que tornam o TCC tão desafiador, é o que motivou este estudo.

A pesquisa se desenvolve num período histórico do curso, que já completou 40 anos de funcionamento. Até então já se formaram no curso de Administração da UNIJUÍ 2090 alunos.

Este tema se insere na linha de estudo Pesquisa e Ensino de Administração do Grupo de Estudos e Pesquisas em Organizações Gestão e Aprendizagem (GEPOG), coordenada pela orientadora do TCC, a professora e doutora Enise Barth Teixeira.

Na condição de acadêmica do Curso de Administração e em fase de elaboração do TCC, a pretensão é de contribuir com a universidade, que durante vários anos a preparou, desenvolveu e contribuiu com sua aprendizagem teórica e prática; deixando uma contribuição relevante, que possa servir de base para buscar melhorias no processo de desenvolvimento de futuros TCCs. O estudo também é viável pela facilidade de acesso às informações.

Expôs-se a contextualização do estudo, apresentação do tema, problema, definição do objetivo geral e objetivos específicos e também a justificativa. A seguir apresenta-se a literatura que diz respeito ao tema em estudo

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Refere-se à literatura, essencialmente na área do Curso de Administração e

TCC, construindo o quadro teórico de referência que sustenta o estudo sobre o TCC; a qual se divide em três subpartes. A primeira versa sobre Universidade; a segunda aborda aspectos relacionados ao Curso de Administração no Brasil e por fim, a terceira sistematiza aspectos do TCC.

2.1 Universidade

O surgimento das primeiras universidades aconteceu na Europa, inicialmente em países como Itália, França e Inglaterra no inicio do século XII, disseminando-se por todo o território europeu, e a partir dos séculos XIX e XX, por todos os continentes, passando as universidades a integrarem o elemento central da prática do ensino superior (MENDONÇA, 2000).

No Brasil, a educação se inicia com a vinda dos jesuítas às terras brasileiras, em 1549, na tentativa de instituir um processo de civilização dos nativos e integrá-los ao padrão de educação europeu (JUNIOR e BITTAR, 1999). Apesar do interesse em civilizar os nativos que aqui se encontravam as prioridades da metrópole lusitana sempre foram fiscalizar e defender a colônia, tirando dela todas as riquezas possíveis. Se não fosse por interesse das ordens religiosas em educar os aborígines que aqui se encontravam, nada em matéria de ensino teria sido realizada no Brasil Colônia.

Durante todo o Período Colonial, o Brasil dispôs de pessoas educadas como doutores de várias formações (bacharéis, físicos e sacerdotes). A diplomação só se conseguia nas universidades européias, especialmente, em Coimbra. E, somente altos funcionários da Igreja ou da Coroa, ou filhos de burocratas, de grandes latifundiários ou de comerciantes estudavam nas escolas do Velho Mundo (SOUZA, p.10, 1991; OLIVEN, 2005).

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A implantação do ensino superior no Brasil iniciou-se apenas em 1808, com a chegada da Família Real, expulsos de Portugal pela invasão francesa, e cujo rei D. João VI, criou institutos de ensino superior a exemplo dos de Medicina, Engenharia e Economia. Esse nível de instrução nasce no Brasil como um modelo de instituto isolado e de natureza profissionalizante, destinado essencialmente a atender os filhos da aristocracia, que não podiam ir estudar no Velho Mundo devido ao bloqueio pela esquadra napoleônica (RAUBER, 2008).

Todos os esforços realizados para a criação de universidades no período colonial e monárquico sofreram interferência negativa por parte de Portugal, demonstrando uma política de controle por parte da metrópole, destruindo qualquer perspectiva que vislumbrasse sinais de independência cultural e política da colônia.

Por muitos anos, a teoria da universidade brasileira foi técnica e prática, formando profissionais competentes para administração do Estado, prevalecendo a formação de elites. Os primeiros cursos superiores criados foram os de Medicina, Direito e Engenharia, os cursos funcionavam em instituições isoladas mantidas pelo Estado, destinadas a formação de profissionais para atender as necessidades do próprio Estado e da sociedade.

Todas as tentativas de implantação de entidades universitárias durante o período de 1843 a 1920 fracassaram, e somente nesse último ano que se consolida a criação de uma universidade, a Universidade do Rio de Janeiro, que se converteria posteriormente, em Universidade do Brasil, e depois, em Universidade Federal do Rio de Janeiro. De acordo com MENDONÇA, (2000) somente em 1920 surgiria a Universidade do Rio de Janeiro, formada pela união dos cursos superiores existentes na Escola Politécnica, na Faculdade de Medicina e na Faculdade de Direito. É a primeira instituição universitária criada legalmente pelo governo federal. E nas décadas de 20 e 30 a questão universitária adquire intensidade no Brasil.

A partir de 1930 inicia-se o esforço de arrumação e transformação do ensino superior no Brasil. O ajuntamento de três ou mais faculdades podia legalmente chamar-se universidade. Nesses termos que se fundam as Universidades de Minas Gerais, reorganizada em 1933 e a Universidade de São Paulo, que em 1934, já

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expressa uma preocupação de superar o simples agrupamento de faculdades (LUCKESI, 1991).

A primeira instituição fundada e regida de acordo com as novas regras do Estado foi a Universidade de São Paulo (USP) (EVANGELISTA, 2001). Fundada em 1934, a USP promoveu uma inovação na concepção estrutural e funcional das faculdades preexistentes. Em 1935, cria-se a Universidade do Distrito Federal (UDF) a partir da integração das Escolas de Ciências, Educação, Economia e Direito, Filosofia e o Instituto de Artes.

A criação das universidades federais em quase todos os estados brasileiros ocorre principalmente entre os anos 1940 e 1970, com destaque os estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais, com mais de uma universidade criada. Esse período marcou a descentralização do ensino superior e a regionalização do mesmo.

O cenário cultural nas universidades passa a sofrer drásticas mudanças a partir do no de 1964, por causa do impacto surtido pelo golpe militar, (EVANGELISTA, 2001; MENDONÇA, 2000) o qual procurava conter a todo custo os debates travados pelos movimentos estudantis dentro e fora das universidades, por meio da repressão e da desarticulação dos movimentos, através de intervenções violentas por parte dos militares dentro dos campi universitários, tentando silenciar alunos e professores.

Entretanto, os movimentos estudantis mostravam-se fortes e destemidos da repressão militar. Essas manifestações ganharam força e respaldo após a implementação da Reforma Universitária de 1968, que propôs a universidade na sua forma mais ideal de organização do ensino superior, alicerçado no tripé ensino, pesquisa e extensão, e enfatizando a indissolubilidade entre os três pilares (SANFELICE, 2007).

O movimento de modernização do ensino superior no Brasil atinge seu ápice no ano de 1961, com a criação da Universidade de Brasília (UnB), a mais moderna universidade do país. E, partir dos anos 70, por causa das políticas educacionais implantadas no Brasil, verifica-se um alastramento do ensino superior pelo país, devido a grande concentração populacional urbana, o avanço do capitalismo e a

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exigência de melhor qualificação profissional. No entanto, a perda da qualidade do ensino foi notável. A grande busca por cursos superiores permitiu a expansão da iniciativa privada no ensino superior, o que se tornou uma característica marcante (RAUBER, 2008).

Na formação acadêmica, o aluno produz conhecimento, e ao construí-lo gera definições e conceitos. Estes se traduzem e se expressam nas mais variadas formas, dentre elas o TCC.

Faz-se necessário clarear o que se entende por conhecimento científico ao término de um curso de nível superior. Iniciação científica é o processo desencadeado progressivo do dever ou da relação entre teoria e prática, sendo que a prática é o fundamento da teoria (BARROS, LEHFELD, 2001).

Neste contexto, os autores trazem outro aspecto essencial na própria elaboração da pesquisa, a etapa quando o pesquisador debruça-se na definição do tema, qual seja “a sua relevância”. Então alerta, que possua uma relevância não somente “acadêmica”, mas, principalmente, “social”. Assim, afirma que “na sociedade brasileira, marcada por tantas e tão graves contradições, a questão da relevância social dos temas de pesquisa assume então um caráter de extrema gravidade” (SEVERINO, 2000, p.159).

No entendimento de Manolita, “cabe às instituições de educação superior assumir o compromisso efetivo e oferecerem formação acadêmica de alto nível. Para tanto, devem identificar, aplicar e aperfeiçoar estratégias didático-pedagógicas que contribuam para a elevação da qualidade da formação do estudante enquanto profissional e cidadão”.

2.2 Curso de Administração no Brasil

A partir de década de 40 tornou-se necessária a qualificação da mão de obra e a profissionalização do ensino de Administração. Necessitava-se da criação de

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centros de investigação para dar suporte a questões econômicas e administrativas, pois a sociedade passava do estágio agrário para a industrialização (ANDRADE; AMBONI, 2002).

A formação de um administrador profissional para atender ao processo de industrialização desenvolveu-se gradativamente a partir da década de 30 e oficializou-se em 1952, quando a profissão foi regulamentada através da Lei Nº 4.769, de nove de setembro de 1965. Com essa lei o acesso ao mercado profissional seria privativo dos portadores de títulos expedidos pelo sistema universitário.

“O surgimento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a criação da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA/USP) marcaram o ensino e a pesquisa de temas econômicos e administrativos no Brasil, contribuindo para o processo de desenvolvimento econômico do país” (ANDRADE; AMBONI 2002).

A FGV foi a primeira e mais importante instituição que desenvolveu o ensino de administração e onde surgiram os primeiros institutos de investigação sobre assuntos econômicos do país, para fornecer resultados às atividades do setor estatal e privado.

A FEA foi criada por interesses públicos e privados para atender as demandas provenientes do acelerado crescimento econômico, por meio da preparação de recursos humanos. Possuía apenas os cursos de Ciências Econômicas e Ciências Contábeis e não oferecia cursos de Administração nos seus primeiros 20 anos. Mas os dois cursos evidenciavam um conjunto de disciplinas que tratavam de questões administrativas.

No início dos anos 60 a FEA foi reestruturada, surgindo assim o Departamento de Administração, com disciplinas integradas aos cursos de Ciências Econômicas e Ciências Contábeis. Apenas em 1963 a faculdade ofereceu os cursos de Administração de Empresas e de Administração Pública.

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Observa-se que a criação e evolução dos cursos de Administração no Brasil, aconteceram no interior das instituições universitárias, fazendo parte de um complexo de ensino e pesquisa, segundo Andrade e Amboni.

O número de cursos de Administração evoluiu muito ao longo das décadas no Brasil, em 1960 existiam 31 cursos e na década de 90 somavam 823. Em 2005 o Brasil tinha 2.300 cursos de Administração (MEC).

Merece destaque na expansão dos cursos de Administração a participação da rede privada nesse processo, ocorrido a partir do final dos anos 70. No início da década de 80, o sistema particular representava 79% dos alunos. Nas demais áreas do conhecimento a rede privada representava 61%.

No início da década de 80, as regiões Sul e Sudeste respondiam por 80.722 alunos e 81% de todo ensino de Administração do país. Uma forte prevalência das regiões de maior concentração e diferenciação produtiva, onde se localizam as maiores oportunidades de mercado de trabalho para essa profissão.

A preocupação não deve estar voltada à preparação de profissionais para empresas privadas apenas. O Brasil se encaminha para uma sociedade democrática, sendo oportuna a formação de um profissional capaz de atuar em outras formas organizacionais como cooperativas, associações de bairros e outros campos novos à espera de formas organizacionais inovadoras (ANDRADE; AMBONI, 2002).

Compete à Instituição de Ensino Superior (IES) dar condições para o discente optar por habilitações e competências específicas, dentro das três áreas de formação: formação de bacharéis; formação aplicada profissional e formação de docentes pesquisadores, dependendo do Projeto Pedagógico de cada curso.

O Curso de Administração possui uma base comum de conhecimentos e uma carga horária diversificada de até 50%, que será definida pela IES a partir das características locais e regionais da sociedade, da cultura e da economia. Essa parte diversificada é que dá a identidade ao Curso de Administração.

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Cabe às IES formular Projetos Pedagógicos diferenciados para atender às necessidades vocacionais da região, desde que respeitem a base comum dos quatro campos de conhecimento definidos para os Cursos de Administração quais sejam Estudos Humanos, Estudos Administrativos, Estudos Econômicos e os Estudos Quantitativos.

A carga horária do curso e ou da habilitação não pode ser inferior a 2.400 horas e nem inferior a 700 dias letivos.

O estudo da realidade atual e do mercado é de fundamental importância para os responsáveis pelo processo tomarem conhecimento das potencialidades e fraquezas e também das oportunidades e das ameaças ao Curso de Administração, para a sustentabilidade do mesmo (ANDRADE; AMBONI, 2002).

2.3 Trabalho de Conclusão de Curso

Criado em 1983 como disciplina obrigatória no Curso de Pedagogia da Universidade de Franca, logo se tornou institucional e se estendeu a todos os cursos de graduação. Refere-se a uma dissertação científica, de cunho monográfico iniciático, que os alunos concluintes devem elaborar. Procurou-se, por meio desta exigência, criar espaço para os alunos iniciarem-se no campo da pesquisa, buscando ampliar os conhecimentos teóricos acumulados ao longo da graduação.

Roesch conceitua o Trabalho de Conclusão de Curso como sendo um documento escrito que descreve o trabalho de preparação do estágio, algumas partes modificadas do projeto original, a seguir relata o que foi realizado na prática e apresenta a análise dos resultados, conclusões e proposições à organização em estudo. Não é apenas o relato de uma experiência profissional vivenciada, também possui caráter de trabalho acadêmico.

Marconi selecionou alguns conceitos sobre TCC, encontrados em obras cujos autores abordam este assunto.

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Asti Vera (1979) define TCC como sendo “tratamento escrito de um tema específico” e Salomon (1972), como o “trabalho escrito de um tema específico que resulte de interpretação científica com o escopo de apresentar uma contribuição relevante ou original e pessoal à ciência”.

“Trabalho sistemático e completo sobre um assunto particular, usualmente pormenorizado no tratamento, mas não extenso em alcance” (American Library

Association).

Para Rehfedt (1980), o TCC “é um degrau rumo à pesquisa mais ampla, além de possibilitar ao futuro professor condições de habilitar-se para o treinamento de jovens”.

Para Bertucci o TCC é hoje uma prática, para cursos de graduação e de pós-graduação. A Resolução número um, de dois de fevereiro de 2004, do Conselho Federal de Educação, que estabelece novas diretrizes curriculares para os cursos de graduação em administração, define a obrigatoriedade de realização do TCC. As Instituições de Ensino Superior (IES) devem estabelecer em seus projetos pedagógicos, a forma como será realizado o TCC.

O trabalho de Conclusão de Curso deve seguir a estrutura tradicional, apresentando introdução, desenvolvimento e conclusão. E ainda apresentar características básicas dos trabalhos científicos como:

(...) ser um trabalho escrito, sistemático e completo; desenvolver um tema específico; apresentar um estudo pormenorizado e exaustivo do tema escolhido; dispensar um tratamento extensivo em profundidade, mas não em alcance, ao tema tratado; utilizar de forma clara e sistemática os métodos consagrados de coleta e análise de dados e oferecer uma contribuição importante (ainda que modesta), para o estudo e a sistematização do conhecimento na área de administração (LAKATOS; MARCONI, 1986 p. 151).

O Trabalho de Conclusão de Curso consiste “num trabalho escrito sobre um tema específico, exigido pelas Instituições de Ensino Superior para colação de grau,

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envolvendo levantamento, organização, relacionamento e análise de dados, de onde resulte a demonstração de habilidades gerais do concluinte para a adequação

manipulação de dados técnicos e científicos” (Furasté, 2001, p. 12).

Obedecendo ao princípio da transparência a apresentação do TCC ocorre em sessão pública, aberta a alunos, professores e demais interessados, para que estes conheçam seus critérios de avaliação de qualidade. E também porque a apresentação do TCC significa a culminância do trabalho desenvolvido por todo o corpo docente ao longo do curso.

No Brasil, o TCC deve estar padronizado, tendo como referência os parâmetros prescritos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que se constitui o Fórum Nacional de Normalização, instituindo as Normas Brasileiras (NBRs) para as mais diferentes áreas científicas.

De acordo com a NBR 14724:2005 da ABNT, o TCC é um “documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados”. É necessário que haja um orientador coordenando a produção desse trabalho. Em outras palavras, espera-se que o aluno produza uma monografia, um escrito completo, sobre um tema específico de domínio do escritor.

O TCC é uma monografia que se diferencia da dissertação e da tese, em função do menor ou maior aprofundamento dado ao tema investigado. O TCC é exigência própria dos cursos de graduação, enquanto a dissertação e a tese são, respectivamente, exigências do mestrado e doutorado.

Espera-se que as IES imprimam qualidade técnico-científica ao Trabalho de Conclusão de Curso, para contribuir efetivamente com a formação acadêmica do estudante. Ampliando assim as condições para que haja valorização do diploma de graduação pelo mercado de trabalho, valorização do egresso do curso e da IES (MANOLITA, 2004).

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Antecede ao TCC o Projeto, após aprovação deste, inicia-se o TCC, com o processo de coleta de dados, análise das informações, redação das conclusões e a formatação do trabalho final. Na maioria dos cursos, os alunos contam com o auxílio do orientador, que faz a orientação de conteúdo e, às vezes também metodológica (BERTUCCI, 2009).

Outro fator importante diz respeito ao relacionamento entre o professor e aluno como algo a ser negociado. O professor orientador deve ter conhecimento na área e também apresentar interesse pelo tema, mas é fundamental que haja certa empatia entre professor e aluno.

A orientação é muito mais efetiva quando há cooperação entre as partes, em vez de cobrança por parte do orientador. Por outro lado, a falta de conhecimento ou desinteresse do aluno no tema, pouco tempo dedicado ao projeto e, em consequência, um projeto mal elaborado, bem como a pressa em terminar o trabalho apenas para cumprir um requisito, são fatores negativos em que levam à elaboração de um trabalho malfeito e ao desinteresse do orientador (Roesch, 1996, p. 33).

Professores do Curso de Administração da UNIJUÍ realizaram em 2011 uma pesquisa com o tema: Relação Orientador-Orientando e seus reflexos na elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC): Uma avaliação no Curso de Administração da UNIJUÍ, com o objetivo de discutir e avaliar a relação orientador-orientando e seus reflexos no processo de elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Administração. Material que foi consultado e será citado também neste TCC, visto ser pertinente pela similaridade do tema pesquisado. No presente TCC a ótica está mais direcionada aos alunos, que foram os principais sujeitos da pesquisa.

Descreve-se as cinco etapas básicas para a realização do TCC que são: elaboração do Projeto de TCC, atividades de campo junto à organização em que se realiza o estudo do TCC, elaboração do documento sistematizador do estudo que será submetido à banca examinadora, apresentação e defesa do estudo em banca e realização de adequações sugeridas pela banca no relatório.

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Estas etapas estão detalhadas no quadro abaixo: Etapa 1 = Elaboração do projeto de TCC.

1.1 – Atividades preliminares

a) Explicitação do plano de ensino do componente;

b) Orientações gerais necessárias para começar o trabalho; c) Escolha do tema;

d) Escolha da organização/ões, setor ou segmentos organizacionais; e) Escolha de orientador - co-orientação - negociação da orientação.

1.2 – Estrutura do Projeto

1.2.1 – Pré-textuais: capa, folha de rosto, sumário, lista de ilustrações; 1.2.2 – Textuais:

a) Introdução;

b) Contextualização com apresentação do tema, do problema ou questão de estudo, dos objetivos e da justificativa;

c) Referencial Teórico;

d) Metodologia: trazendo a classificação da pesquisa; sujeitos da pesquisa e universo amostral; plano de coleta de dados; plano de análise e interpretação dos dados; plano de sistematização do estudo.

e) Cronograma

1.2.3 - Pós-textuais - referências bibliográficas, anexos e apêndices.

1.3 – Encaminhamentos imprescindíveis

a) Prazos para entrega das versões parciais e final do projeto; b) Assistência à bancas e emissão do atestado de frequência; c) Atribuições de notas parciais e final.

Etapa 2 = Realização das atividades de campo ou observações junto à organização em que se realiza o estudo do TCC.

a) Processo de validação, ou de aprimoramento, ou de consolidação dos instrumentos de coleta de dados;

b) Aplicação desses instrumentos de coleta; c) Relações do orientador com as organizações; d) Dossiê dos instrumentos de coleta de dados.

Etapa 3 = Elaboração do documento sistematizador do estudo a ser submetido à banca examinadora.

3.1 Estrutura do documento sistematizador

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ilustrações; 3.1.2 - Textuais: a) Introdução;

b) Contextualização com apresentação do tema, do problema ou questão de estudo, da justificativa e dos objetivos;

c) Referencial teórico;

d) Metodologia, trazendo a classificação da pesquisa; sujeitos da pesquisa e universo amostral; detalhamento da coleta de dados e da análise e interpretação dos dados; e) Diagnóstico e análise com sustentação teórica;

f) Conclusão.

3.1.3 - Pós-textuais - referências bibliográficas, anexos e apêndices.

3.2 - Versões parciais do documento sistematizador e agenda de orientações com o(a) professor(a);

3.3 - Versão provisória com atribuição de até 20 pontos

3.4 – Documentos finais e protocolo para habilitação ao processo de banca. 3.5 – Nomeação de banca

Etapa 4 = Apresentação e defesa do estudo em banca examinadora. 4.1) Procedimentos preparatórios por parte do aluno;

4.2) Modalidades: Sessão pública individual ou em sala de aula; 4.3) Convite para representante da organização estudada; 4.4) Apresentação por parte do aluno;

4.5) Análise pela banca, debate e sustentação pelo aluno;

4.6) Avaliação: pareceres dos professores, atribuição de notas e ata da banca.

Etapa 5 – Finalização do processo e encaminhamentos de adequações sugeridas pela banca. 5.1) Organização do dossiê final;

5.2) Destinação dos documentos sistematizadores encadernados e do arquivo eletrônico dos trabalhos e de resumos.

Quadro 1 : Etapas do processo de TCC e seus desdobramentos Fonte: Trabalho de Conclusão de Curso – Orientações Gerais

Foram estes os principais conceitos de TCC, suas etapas e relação com o professor orientador. A seguir descreve-se a metodologia utilizado neste trabalho.

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3 METODOLOGIA

A classificação da pesquisa, assim como a coleta, tratamento, análise e interpretação dos dados sobre o estudo e a elaboração do TCC, constituem esta parte do estudo.

3.1 Classificação da Pesquisa

Apresentam-se a seguir os tipos de pesquisa, que nortearam o estudo.

O modelo de pesquisa adotado baseou-se predominantemente em uma abordagem de avaliação qualitativa, cujo principal foco foi a compreensão de aspectos do comportamento humano, preocupando-se em explicar seus significados.

Quanto aos fins é uma pesquisa descritiva e exploratória e ainda participante, pois a autora do trabalho é também sujeito da pesquisa. Tem abordagem qualitativa, pois apresentou as percepções dos alunos de Administração sobre o significado, facilidades e dificuldades na elaboração do TCC. E também a percepção de um professor responsável pelo TCC.

Em relação aos meios de investigação é uma pesquisa de campo, pois foi aplicado questionário, enviado por e-mail aos alunos formados no 2º semestre de 2011, acadêmicos que estão matriculados no TCC, que o defenderão no 1º semestre de 2012 e para um professor responsável pelo TCC.

Também é bibliográfica, porque identifica literatura já desenvolvida sobre os temas apresentados na base conceitual do estudo, com o apoio de livros, periódicos e anais científicos e nas redes eletrônicas.

No que concerne à pesquisa documental, o estudo se valeu da documentação disponibilizada pela UNIJUÍ, incluindo-se o Plano Político Pedagógico do Curso de

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Administração e o acervo do DACEC (Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação). É um estudo de caso, uma vez que se ateve ao Curso de Administração da UNIJUÍ.

3.2 Sujeitos da Pesquisa

Os sujeitos da pesquisa de campo são compostos por universitários formandos do 1º semestre de 2012 e formados do 2º semestre de 2011, do Curso de Administração da UNIJUI. O universo dos formados compreende um total de 57 alunos, sendo 32 do sexo masculino e 25 do sexo feminino. Os formandos totalizam 61 alunos, 33 do sexo masculino e 28 do sexo feminino. E ainda a participação de um professor responsável pelo TCC.

3.3 Coleta de Dados

A amostra foi definida pelo critério da acessibilidade, quando foram distribuídos questionários aos formados do 2º semestre de 2011 e acadêmicos que se encontram na fase de elaboração do TCC e que o defenderão no 1º semestre de 2012. Os modelos dos questionários encontram-se nos apêndices A e B. O apêndice C compreende o roteiro de entrevista realizado com um professor responsável pelo TCC.

Para a coleta de dados foi realizado um questionário, composto por sete questões descritivas, um para os egressos formados no segundo semestre de 2011 e outro, também com sete questões descritivas, para os formandos do primeiro semestre de 2012. E ainda um terceiro questionário com quatro questões descritivas para um professor responsável pelo TCC.

A partir da lista de endereços eletrônicos fornecida pela instituição, enviou-se o questionário no dia 10/03/2012 para o e-mail de cada sujeito, com prazo para retorno

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no dia 20/03/2012. Devido ao baixo índice de retorno, por ainda se caracterizar período de férias escolares, o e-mail foi reencaminhado no dia 15/03/2012.

O retorno dos questionários dos formados soma um total de oito, o que representa 14% do total, sendo que seis são do sexo masculino e dois do sexo feminino. O baixo índice de retorno por parte dos formados é comum, após se desligarem de suas IES. Alunos que se utilizaram do e-mail da instituição durante o curso, ainda tem acesso ao mesmo por um período de seis meses após a formatura, porém, pode ser que deixaram de usá-lo, por não mais estar estudando.

Obteve-se um retorno maior nos questionários dos formandos, totalizando 13, o que representa 21% do total, sendo que nove foram do sexo feminino e apenas quatro do sexo masculino. Percebe-se que pelo fato da acadêmica que enviou o questionário ser do sexo feminino, possa ter se refletido na quantidade de retorno por sexo.

3.4 Análise e Interpretação dos Dados

De acordo com os objetivos estabelecidos para este estudo, inicialmente foram analisados aspectos documentais referentes à instituição e seu contexto de estudo, visando investigar a organização e a elaboração do TCC no Curso de Administração: Significados, Facilidades e Dificuldades, para então, verificar a percepção dos sujeitos acerca do assunto investigado.

Os dados foram tratados de forma qualitativa, em que as respostas foram agrupadas construindo quadro síntese por sujeito. As respostas foram analisadas por questão, identificando assim as expectativas e significados, facilidades, dificuldades e sugestões de cada de sujeito.

Fundamentada a abordagem teórica, analisados os dados documentais e verificadas as percepções dos entrevistados, foram traçadas sugestões para a melhoria do processo do TCC no Curso de Administração da UNIJUÍ.

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4 O TCC DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA UNIJUÍ

Esta parte descreve como ocorre na prática o TCC do curso de Administração da UNIJUÍ. E para isto inicia-se pelo histórico da UNIJUÍ, o Curso de Administração, O Projeto Político Pedagógico do Curso de Administração da UNIJUÍ e o TCC.

4.1 A UNIJUÍ

A história da UNIJUÍ iniciou na década de 1950, quando a Ordem dos Frades Franciscanos ( Capuchinos) do Rio Grande do Sul e a comunidade de Ijuí e região iniciaram uma mobilização para implantação do ensino superior. Como resultado desse movimento constituiu-se em 1956 a faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí (FAFI), pioneira no ensino superior da região noroeste do Rio Grande do Sul.

Em 1969, o patrimônio da FAFI passa à Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (FIDENE), atual mantenedora da UNIJUÍ, do Museu Antropológico Diretor Pestana, do Centro de Educação Básica Francisco de Assis e Rádio Educativa UNIJUÍ.

A UNIJUÍ oferece, aos seus mais de dez mil alunos, cursos de graduação presenciais e a distância, programas de Pós-Graduação Lato e Stricto Sensu, destacando-se quatro programas de Mestrado, reconhecidos e recomendados pelo Ministério da Educação e um programa de Doutorado implantado em 2010.

A UNIJUÍ tem como visão: Consolidar-se como universidade comunitária, pública não estatal, referenciada pela excelência e organicidade de suas ações e integrada ao processo de desenvolvimento da região.

Formar e qualificar profissionais com excelência técnica e consciência social crítica, capazes de contribuir para a integração e o desenvolvimento da região, resumem a missão da UNIJUÍ.

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Seu propósito é participar do processo de desenvolvimento da região pela educação superior.

A metodologia de ensino na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Vice-Reitoria de Graduação é reconhecida pela Portaria Ministerial nº 497 de 28/06/1985 - D.O.U 01/07/1985 Regionalizada pelas Portarias Ministeriais nº 1626 de 10/11/1993 - D.O.U 11/11/1993 e nº 818 de 27/05/1994 - D.O.U 30/05/1994.

Com mais de 50 anos de história e estrutura multucampi nas cidades de Ijuí, Panambi, Santa Rosa, Três Passos e o Núcleo Universitário de Tenente Portela, além das unidades de apoio e polos de atendimento de educação a distância, a UNIJUÍ promove o desenvolvimento da região.

4.2 O Curso de Administração

O curso de Administração na UNIJUÍ tem uma trajetória consolidada, já existe há mais de 40 anos. Apresenta modalidade presencial e à distância. A modalidade presencial tem duração de cinco anos, ministrado nos campi de Ijuí, Panambi, Três Passos e Santa Rosa no turno da noite, pois grande parte dos alunos trabalham durante o dia.

A criação do Curso de Administração data de 1971, contudo só em 1974 foi reconhecido pelo Conselho Federal de Educação. Surgiu dentro da proposta da instituição FIDENE, que tinha como um de seus alicerces o desenvolvimento da região. Até então só havia cursos de licenciatura, como o de Letras, Ciências, Filosofia e Estudos Sociais. E em uma parceria com a Associação Comercial de Ijuí (ACI), com a comunidade e com as empresas da região se encaminhou o projeto para criação do curso de Administração, justamente para criar quadros na área empresarial da região.

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Em 28 de junho de 1985, a faculdade foi reconhecida como Universidade, e a ser chamada UNIJUÍ, sendo batizada por Tancredo Neves como ‘‘primeira universidade da Nova República’’. E em consequência disto, não só o curso de Administração, mas os demais cursos passaram a ter um reconhecimento muito maior por toda a região noroeste do estado.

Em 1993, após a formalização do caráter regional e multicampi, transforma-se na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

O corpo docente do curso também teve um papel fundamental para o desenvolvimento do ensino superior em Administração na região, com participações em diversos outros cursos, já que o maior núcleo de professores da região se encontrava em Ijuí. Muitas vezes o curso cedeu professores para ministrarem aulas, cursos em outras cidades com o intuito de qualificar estes outros novos cursos como Pós-Graduações por exemplo, tanto é que a instituição hoje tem mais três campis universitários em cidades próximas, com o curso de Administração em andamento.

Outro fato importante, também no contexto da pesquisa, é a produção científica que aumenta cada vez mais e tem maior qualidade em seus trabalhos. Devido a isso foi criada a Revista de Estudos de Administração (REA) no ano de 2000, que hoje tem classificação no Qualis Capes, possibilitando a publicação de estudos dos professores em diversas áreas. A elaboração dos cadernos por área temática foi importante para a complementação dos estudos dos alunos durante o curso, assim como a implementação da Empresa Excelência Junior que hoje possibilita aos estudantes uma grande experiência e também um ótimo aprendizado no contexto da realidade regional.

Os eventos realizados junto com outras entidades parceiras favorecem a visibilidade e a qualidade do curso, como o CIDEAD (Ciclo de Debates de Administração do Rio Grande do Sul) e a Tec-e-Inova (Tecnologia e Empreendorismo). Estes são alguns fatos importantes dentro da trajetória dos quarenta anos do curso.

(27)

O laboratório de gestão Empresa Júnior, oportuniza aos estudantes a aplicação de seus conhecimentos em atividades práticas ao longo do curso, principalmente na área de consultoria.

A Universidade oferece ainda possibilidade de intercâmbios internacionais, viagens de estudo, oficinas e estágios em empresas da região.

O curso de Administração a Distância (EaD) tem duração de quatro anos. Possui polo regional, estruturado com biblioteca, salas de aula e laboratórios de informática. Atende ao aluno, distribui e controla materiais didáticos. Serve de referência para a realização das provas periódicas presenciais aplicadas aos alunos matriculados nesta modalidade de ensino.

As unidades de apoio são estruturas físicas e administrativas qualificadas representativas do projeto de Educação Superior a Distância da UNIJUÍ, à disposição dos alunos da Universidade, estruturadas com salas de aula e laboratórios de informática. Prestam serviços de atendimento ao aluno, distribuição e controle de materiais didáticos, realização de eventos extracurriculares de iniciativa sua ou da UNIJUÍ, e mantém um cadastro dos alunos da unidade de apoio segundo seus respectivos cursos.

Oferece uma metodologia de educação inovadora e de alta qualidade, baseada em material impresso e ambiente virtual de aprendizagem. O curso não possui aulas presenciais, o que possibilita flexibilidade de horários e locais de estudo. Os alunos possuem acompanhamento de tutores qualificados e professores com mestrado e doutorado. História da UNIJUÍ. Disponível em: <www.unijui.edu.br>. Acesso em 06 nov. 2011.

Nestes mais de 40 anos de trajetória do Curso de Administração da UNIJUÍ, já se formaram 2.090 alunos, sendo que 1.198 em Ijuí, 660 em Santa Rosa, 120 em Panambi e 112 em Três Passos. Uma média de 52 novos administradores anualmente são recebidos na região, vindo a qualificar o mercado de trabalho e também agregar valor às empresas onde se encontram inseridos.

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O administrador formado pela UNIJUÍ está capacitado para resolver questões estratégicas organizacionais, diagnosticar problemas, planejar e avaliar, com o melhor aproveitamento de recursos financeiros, humanos ou de materiais, potencializando os resultados da empresa.

4.3 O Projeto Político Pedagógico do Curso de Administração da UNIJUÍ

No Projeto Político-Pedagógico do Curso de Administração da UNIJUÍ (2006, p 03), consta como objetivo geral a formação de profissionais com visão estratégica de negócios, sólida formação teórico-prática, postura ética e capacidade de reflexão e decisão. E como objetivos específicos:

a) acompanhar e avaliar sistematicamente a proposta do curso fundamentada na dinâmica curricular integradora;

b) constituir uma equipe de professores atualizada para o efetivo papel de articulador do processo ensino-aprendizagem, que priorize a teoria à prática e à ética;

c) promover atividades extracurriculares, como: interação com organizações via práticas organizacionais, viagens de estudos, visitas técnicas e ainda palestras, seminários, workshop, etc;

d) oportunizar condições reais de aplicação dos conhecimentos aos acadêmicos do Curso de Administração, mediante práticas organizacionais, projetos de pesquisa e de extensão do departamento;

e) fomentar a integração do ensino com a extensão e a pesquisa, por meio de parceria, convênios e prestação de serviços às organizações da região ou via outras formas;

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f) coletar informações junto aos alunos, professores, egressos, mercado de trabalho, com vistas a perceber tendências que demandam a contínua atualização da proposta do curso;

g) oportunizar a concentração de estudos em áreas temáticas de interesse do acadêmico.

As justificativas do Projeto Político Pedagógico do Curso de Administração da UNIJUÍ se resumem na argumentação acerca da importância/necessidade do curso em relação ao Planejamento Institucional da UNIJUÍ, à legislação profissional, ao contexto da área de conhecimento, ao mercado de trabalho (empregabilidade), ao compromisso social, à demanda na região, aos princípios e à estrutura da UNIJUÍ e a outros aspectos.

“A equipe de professores de cada conjunto de componentes constitui o Fórum das Áreas Temáticas, que se reúne com vistas a desenvolver estudos e reflexões sobre o papel de cada Área no currículo como um todo e a inter-relação com os eixos curriculares” (Projeto Político-Pedagógico do Curso de Administração da UNIJUÍ, 2006).

Todo o processo de constituição de profissionais em Administração na UNIJUÍ sempre buscou atender ao disposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Ministério da Educação inerentes a Cursos de Administração, conforme descrito na íntegra:

“Art. 3º O Curso de Graduação em Administração deve ensejar, como perfil desejado do formando, capacitação e aptidão para compreender as questões científicas, técnicas, sociais e econômicas da produção e de seu gerenciamento, observados níveis graduais do processo de tomada de decisão, bem como para desenvolver gerenciamento qualitativo e adequado, revelando a assimilação de novas informações e apresentando flexibilidade intelectual e adaptabilidade contextualizada no trato de situações diversas, presentes ou emergentes, nos vários segmentos do campo de atuação do administrador.

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Art. 4º O Curso de Graduação em Administração deve possibilitar a formação profissional que revele, pelo menos, as seguintes competências e habilidades:

I - reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão;

II - desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou intergrupais;

III - refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função na estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento;

IV - desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais;

V - ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender, abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional;

VI - desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável;

VII - desenvolver capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos em organizações; e

VIII - desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais”

(MEC - Diretrizes Curriculares do Curso de Administração, 2005).

No processo do Trabalho de Conclusão de Curso, desafia-se ao futuro profissional à aplicação de suas competências de modo a mostrar que efetivamente o perfil almejado foi conquistado. Se não conquistado na íntegra, cada aluno faça uma autoavaliação para diagnosticar em que aspectos devem qualificar suas competências. Nisso terá a contribuição do professor orientador, do professor examinador do seu trabalho, e também do professor do componente curricular.

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A proposta do curso está estruturada em dez semestres, com cinco componentes curriculares cada um, sendo que o Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso é realizado no nono semestre e apenas o componente curricular Trabalho de Conclusão de Curso no último semestre, com oito créditos e 120 horas/aula. Totalizando o curso 200 créditos e 3.000 horas/aula. Conforme Grade Curricular abaixo.

SEM. Componentes curriculares Créd C/h

Teoria da Administração I 04 60

Matemática Aplicada à Administração 04 60

Contabilidade I 04 60 Pesquisa em Administração 04 60 I FH: Língua Portuguesa 04 60 Sub-total 20 300 Teoria da Administração II 04 60

Elementos de Economia e Finanças 04 60

Direito Empresarial 04 60

Contabilidade II 04 60

II

FH: Formação e Desenvolvimento Brasileiro 04 60

Sub-total 20 300

Teoria da Administração III (*) 05 75

Análise Financeira (*) 05 75

Direito do Trabalho 04 60

Métodos Estatísticos 04 60

III

FH: Sociedade, Política e Cultura 04 60

Sub-total 22 330 Comportamento Organizacional 05 75 Planejamento Organizacional (*) 05 75 Logística 04 60 Custos 04 60 IV

FH: Tecnologia e Meio Ambiente 04 60

Sub-total 22 330

Administração da Produção e Operações I (*) 05 75

Administração de Marketing I (*) 05 75 Economia 04 60 Gestão de Pessoas I 04 60 V Estratégias Organizacionais 04 60 Sub-total 22 330 Gestão de Pessoas II (*) 05 75 Direito Tributário 04 60 VI Administração de Marketing II 04 60

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Administração da Produção e Operações II 04 60

Estrutura e Processos Organizacionais 04 60

Sub-total 21 315

Práticas Organizacionais 06 90

Pesquisa Operacional 05 75

Planejamento e Controle Financeiro 04 60

Administração de Vendas 04 60

VII

Gestão da Tecnologia e da Inovação 04 60

Sub-total 23 345

Sistema de Apoio à Decisão 05 75

Gestão de Negócios I 04 60

Administração Financeira 04 60

Tópico Especial em Administração 04 60

VIII

Tópico Especial em Administração 04 60

Sub-total 21 315

Gestão de Negócios II 05 75

Jogos Empresariais 04 60

Tópico Especial em Administração 04 60

Tópico Especial em Administração 04 60

IX

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso 04 60

Sub-total 21 315

X Trabalho de Conclusão de Curso 08 120

Sub-total 08 120

TOTAL 200 3.000

Quadro 2 : Grade Curricular estruturada no PPC 2006 do Curso de Administração da UNIJUÍ. Fonte: Projeto Pedagógico do Curso de Administração da Unijuí – Currículo 2006

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4.4 O TCC

Antecede ao TCC o componente curricular Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso que trata do planejamento que direcionará o acadêmico para um estudo teórico-prático e de formação profissional em áreas da Administração (Projeto Político Pedagógico 2006).

Após aprovação nesse componente o aluno está apto a fazer o TCC. No Componente Curricular TCC, desenvolve-se o diagnóstico, sistematização e análise de um estudo teórico-prático em áreas da administração, o qual terá defesa em banca (Ementa do Componente Curricular TCC – Plano de Ensino 2012).

O TCC do curso de Administração da UNIJUÍ tem como objetivo geral executar o Projeto de TCC, anteriormente elaborado, aplicando a coleta de dados planejada, sistematizando esses dados, analisá-los e posicionar-se com base em referencial teórico sobre o constatado em uma organização, setor ou segmento organizacional.

Para alcance deste objetivo geral são traçados como objetivos específicos desenvolver no aluno competências para:

a) A condução da coleta de dados planejada no Projeto de TCC, constituindo a capacidade de diagnóstico e de uma atuação visando preparar-se para realizar consultoria em gestão e administração, formulando pareceres administrativos, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais, ou mesmo equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão;

b) agir com a pro atividade, iniciativa, criatividade, a capacidade lógica, crítica e analítica na apresentação e sistematização do documento final e de proposição para o caso em estudo, gerando um documento que expresse as competências na dimensão do conhecimento pertinente ao estudo em questão, a habilidade de focalizar o tema, dando coerência entre tema, base conceitual, dados coletados,

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análise feita e conclusões produzidas, com manifesta capacidade de expressão e comunicação escrita e que sirva para a transferência de conhecimentos a leitores;

c) a gestão do seu tempo em termos de distribuir as fases nos prazos seus e dos demais sujeitos envolvidos orientador, encadernador, professor do componente curricular);

d) a defesa oral do trabalho, debatendo com o aluno aspectos de sua defesa oral que reforçam o seu perfil de “desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional e nas comunicações interpessoais ou intergrupais;” ou mesmo de “desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável”.

O conteúdo programático desenvolve-se através de:

a) Revisão de conteúdos programáticos transcorridos em outros componentes, como: conhecimentos construídos em Pesquisa em Administração, Língua Portuguesa, Fundamentos da Pesquisa/Pesquisa aplicada à administração/Métodos Estatísticos;

b) orientações emanadas do processo já desencadeado em Projeto de TCC;

c) literatura pertinente ao tema especifico em estudo;

d) os dados coletados de acordo com os instrumentos de coleta de dados;

e) análise dos dados;

f) sistematização dos dados no relatório de TCC;

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O conteúdo do componente curricular é trabalhado em atividades não presenciais em classe, contudo em constante agendamento com o professor orientador, executando leituras e pesquisas bibliográficas, enfim colocando o projeto de trabalho de conclusão de curso, já concluído, em ação nos termos planejados. O aluno deve apresentar uma versão preliminar, contendo já os dados coletados. Depois avança na análise e diante da autorização do seu orientador, protocola a documentação necessária para a banca. A partir daí é designada a banca e perante esta o aluno apresenta o seu trabalho e o defende (Plano de Ensino, Componente Curricular Trabalho de Conclusão de Curso, 2012).

O Projeto Pedagógico do Curso prevê a regulamentação do Trabalho de Conclusão de Curso. Traz considerações sobre o TCC como instrumento de interação com o meio empresarial (Projeto Pedagógico do Curso de Administração da UNIJUÍ, 2006).

Estabelece, ainda, o PPC que os meios de interação com o meio empresarial tenham uma regulamentação, o que consta do PPC como apêndice sob o título “Regulamento das práticas organizacionais, do trabalho de conclusão de curso e das atividades extracurriculares do curso de graduação em administração do DACEC”.

Este regulamento define o TCC no Art. 4°, assim expresso:

“Art. 4º - O Trabalho de Conclusão de Curso, vinculado ao processo de formação, é comprovadamente um instrumento de grande valia para um ensino de bom nível, propiciando ao estudante, sempre individualmente, contato sistematizado e metódico com o mundo da Administração, com os processos decisórios, as preocupações, as necessidades e objetivos dos gestores, sendo uma oportunidade ímpar de integração entre teoria e prática.

§ 1° - O Trabalho de Conclusão de Curso deverá proporcionar ao estudante a realimentação do processo ensino aprendizagem, não se constituindo, apenas, em uma última oportunidade de, no fim do curso, ensaiar uma aplicação dos conteúdos teóricos à prática.

(36)

§ 2° - O Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Administração é uma atividade de aprendizagem profissional e cultural numa situação real de vida e de trabalho com orientações e acompanhamento de professores do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação.

§ 3° - O Trabalho de Conclusão de Curso é, também, uma oportunidade de associar e documentar os conhecimentos gerais e específicos adquiridos, as competências que o profissional precisa desenvolver e o posicionamento pessoal frente às exigências contextuais.”

No Regulamento mencionado há um detalhamento maior sobre a estrutura e organização do TCC, transcreve-se este título:

TÍTULO TRÊS

DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CAPÍTULO I

DA ESTRUTURA E DA ORGANIZAÇÃO DO TCC

Art. 13 - O Trabalho de Conclusão de Curso é uma atividade curricular obrigatória ao aluno que procede sua matrícula ao ter cursado o componente Práticas Organizacionais do sétimo semestre de acordo com o Projeto Político Pedagógico.

§ único - O TCC consiste de uma monografia com objetivo de fazer uma reflexão sobre um tema ou questão de estudo específico que resulta de um processo de investigação sistemática, com análise, crítica, reflexão e aprofundamento por parte do acadêmico.

Art. 14 - O Trabalho de Conclusão de Curso desenvolve-se em dois componentes curriculares:

a) de Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso com duração de 60 (sessenta) horas-aula, equivalente a 04 (quatro) créditos.

b) de Trabalho de Conclusão de Curso com duração de 120 (cento e vinte) horas-aula, equivalente a 08 (oito) créditos.

(37)

§ único - Os dois componentes curriculares que integram o Trabalho de Conclusão de Curso são finalizados nos prazos máximos previstos no Calendário Acadêmico da UNIJUI, em que o Acadêmico efetivou a respectiva matrícula.

O artigo 15 descreve os sujeitos envolvidos no processo do TCC.

Art. 15 - Os sujeitos envolvidos no processo de TCC são: a) DACEC - Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis,

Econômicas e da Comunicação;

b) Coordenação de Práticas Organizacionais e de TCC; c) Professor – Orientador;

d) Professores dos Componentes Curriculares relacionados ao TCC; e) Organização em que se realiza o TCC;

f) Acadêmico;

g) Integrantes da Banca Examinadora;

h) Professores dos componentes curriculares do curso.

O artigo 16 relata as atribuições da Coordenação de Práticas Organizacionais e de TCC em relação ao Trabalho de Conclusão de Curso.

Art. 16 – A Coordenação de Práticas Organizacionais e de TCC tem como atribuições em se tratando de TCC:

i) Planejar em conjunto com o corpo docente os trabalhos de conclusão de curso, explicitando políticas e diretrizes, que existem ou que venham surgir no processo pedagógico do curso;

j) Coordenar com base no planejamento as múltiplas atividades de TCC, de forma a que se realizem harmônica e integradamente; k) Acompanhar e avaliar, sistematicamente o que ocorre,

realimentando a dinâmica dos TCC;

l) Organizar as bancas formalizando convite às organizações para presenciarem a apresentação do aluno, bem como fazer chegar às mãos da organização em que se realizou o estágio uma cópia do documento sistematizador apresentado.

(38)

No artigo 17 estão descritas as atribuições do Professor-Orientador de TCC.

Art. 17 - São atribuições do Professor-Orientador:

a) Coordenar, orientar e acompanhar o desenvolvimento dos TCC sob sua orientação, quer no campo especifico do tema em estudo, da metodologia de pesquisa e de análise, bem como de apresentação de relatórios de trabalhos científicos e de expressão, seguindo parâmetros, critérios e orientações oriundas do aprendizado produzido no componente curricular Pesquisa em Administração;

b) Avaliar periodicamente o acadêmico, indicando alterações necessárias, sistematizando suas observações em documento próprio para tal;

c) Manter a Coordenação de Práticas Organizacionais e de TCC informado do andamento dos trabalhos de seu Orientando;

d) Encaminhar o Orientando para a Banca Examinadora se julgar o trabalho em condições para tal;

e) Participar da banca examinadora.

As competências dos professores dos Componentes Curriculares relacionados ao Trabalho de Conclusão de Curso estão relacionadas no artigo 18.

Art. 18 - Compete aos Professores dos Componentes Curriculares relacionados ao TCC:

a) Planejar as atividades de cada semestre, em forma de Plano de Ensino, a ser informado aos acadêmicos;

b) Coordenar, orientar e acompanhar o desenvolvimento dos estudos de TCC em sua turma, em especial quanto a metodologia TCC, bem como de apresentação de relatórios de trabalhos científicos; c) Manter a Coordenação de Práticas Organizacionais e de TCC informado do andamento dos trabalhos de sua turma.

O artigo 19 relata as atribuições do acadêmico matriculado em componentes curriculares relacionados ao TCC.

Art. 19 - São atribuições do acadêmico matriculado em componentes curriculares relacionados ao TCC:

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