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Assimetria de membros superiores: uma pesquisa experimental com os métodos de treinamento de força e de resistência muscular localizada

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

SANDI TAIS REINEHR LUDWIG

ASSIMETRIA DE MEMBROS SUPERIORES: UMA PESQUISA EXPERIMENTAL COM OS MÉTODOS DE TREINAMENTO DE FORÇA E DE RESISTÊNCIA

MUSCULAR LOCALIZADA

SANTA ROSA, RS 2014

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SANDI TAIS REINEHR LUDWIG

ASSIMETRIA DE MEMBROS SUPERIORES: UMA PESQUISA EXPERIMENTAL COM OS MÉTODOS DE TREINAMENTO DE FORÇA E DE RESISTÊNCIA

MUSCULAR LOCALIZADA

Monografia apresentada à Banca Examinadora do Curso de Educação Física da Unijuí-Campus Santa Rosa, como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel e Licenciado em Educação Física Orientador: Prof. Ms. Luiz Serafim de Mello Loi

SANTA ROSA, RS 2014

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Dedico este trabalho à minha família, que desde o princípio da minha vida acadêmica me apoiou.

À equipe de profissionais da academia Dragões do Oriente, que me disponibilizou espaço físico para as práticas de estudo de caso e à Ana Carolina Dani, a qual se dispôs e confiou nas minhas orientações.

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AGRADECIMENTOS

Ao Professor orientador Luiz Serafim Mello Loi, por ter disponibilizado conhecimento e tempo a não somente para a disciplina final de trabalho de conclusão de curso, mas também por ter apresentado uma nova forma de pensar e agir perante as difíceis situações que encontramos no decorrer da jornada acadêmica.

Aos meus pais, por terem me apoiado a seguir em frente, nas horas em que desistir era o caminho mais fácil.

A todos aos meus amigos, que de alguma forma colaboraram com a construção do conhecimento e me apoiaram nos momentos necessários.

Especialmente à Ana Carolina Dani, que dispôs do seu tempo para se dedicar em figurar o estudo de caso utilizado neste trabalho.

E por último, e não menos importante, à Psicóloga Maura Pereira, pelas orientações e motivação para concluir com êxito esta graduação.

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RESUMO

Assimetria muscular é uma alteração de circunferência, resultado de possíveis lesões, ou ainda, de uma maior utilização de um dos membros do corpo. Esta pesquisa caracterizou-se como uma pesquisa experimental e teve como objetivo verificar os efeitos de programas de treinamento de força e de resistência muscular localizada na redução de assimetria de forma de membros superiores. A amostra constou de um indivíduo de 32 anos, do sexo feminino que passou por oito semanas de treinamento. As variáveis estudadas foram à assimetria, as dobras cutâneas e a força dos membros superiores, bem como o efeito da intervenção do treinamento de força e do treinamento de resistência muscular localizada. Constatou-se uma grande melhora nos níveis de simetria muscular, comprovando que no treinamento de força houve uma hipertrofia significativa, bem como o aumento da força muscular, enquanto que no treinamento de resistência muscular houve um aumento não significativo tanto da massa muscular, quanto da força dos membros superiores. Concluindo-se que essa metodologia de treinamento pode ser aplicada para amenizar a assimetria muscular. Palavras chaves: Assimetria. Força. Resistência muscular localizada.

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ABSTRACT

Muscular asymmetry is a circumference change caused by possible wounds, or even by the excessive use of one body member. This research consisted in a experimental research and its goal was to ease the asymmetry of the upper limbs, with application of the strength and localized muscular resistance training. The sample consisted in a 32 years old female subject who spent 8 weeks in training. The variables studied were the asymmetry, the skin folds and the strength of the upper limbs, as well as the effect of the strength and localized muscular resistance training interventions. It was noticed a huge improvement on the muscular symmetry levels, confirming that the strength training caused a significant hypertrophy, as well as the increase of the muscular strength, while the muscular resistance training was followed by an insignificant increase of muscle mass and strength. It was concluded that this training methodology can be applied to ease the muscular asymmetry.

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – Composição Corporal...22

QUADRO 2 – avaliação das circunferências dos membros superiores... 23

QUADRO 3 – Diferença entre as medidas de circunferência dos membros inferiores...24

QUADRO 4 – Dobras cutâneas de bíceps e tríceps braquial... 25

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 09 1.REFERENCIAL TEÓRICO... 11 1.1 ASSIMETRIA... 11 1.1.1 Assimetria de forma... 11 1.2 TREINAMENTOS FISICOS... 13

1.2.1 Bases de treinamento físico... 13

1.2.2 Treinamento de força... 15

1.2.3 Treinamento de resistência... 16

2. METODOLOGIA... 19

2.1 Tipo de pesquisa... 19

2.2 Amostra... 19

2.3 Instrumento de coleta de dados... 19

2.4 Variáveis estudadas... 20

2.5 Procedimentos de coleta de dados...20

2.6 Programa de exercício físico aplicado no sujeito da amostra... 21

2.7 Análise dos dados... 21

3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS... 22

CONCLUSÃO... 27 REFERÊNCIAS... 28 . Anexo A... 32 Anexo B... 33 Anexo C... 34 Anexo D... 35

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INTRODUÇÃO

Segundo Trivelato (2013), a assimetria ocorre por algumas razões, exemplos disso são usar mais o lado do corpo onde você tem mais destreza, como chutar uma bola, e a mão que você usa para escrever.

Todas as pessoas têm algum tipo de assimetria muscular entre os lados direito e esquerdo do corpo. Normalmente, isso pode ser visto em maior ou menor grau, um exemplo disso, ocorre quando alguém se acidenta e imobiliza por certo tempo os membros fraturados, na perna ou no braço. Essa imobilização faz com que a pessoa tenda a mexer muito pouco ou nada, aquela área específica. Dessa forma, aquele membro tem diminuído ou atrofiado os músculos envolvidos, somente pela falta de uso. Além ainda do fato da maior utilização do lado oposto para compensação gerando maior desnível de força e maior assimetria. Também podemos acrescentar motivos genéticos para está desigualdade. E esta disparidade pode ser tanto de força (ter maior força em um braço) quanto de circunferência (ter um braço maior que o outro).

Pelo grande numero de pessoas que possuem assimetrias, algumas delas insignificantes, porém, mesmo assim os indivíduos procuram seus orientadores físicos para saber qual a melhor forma de diminuir ou até mesmo eliminá-las, fazendo nos questionar, o treinamento físico é capaz disso? Para isto, faz-se importante a realização dessa pesquisa.

O sujeito da amostra , sentiu-se lisonjeada em fazer parte da pesquisa, pois a mesma há dezoito meses atrás saiu de uma vida sedentária, para uma vida ativa, e também de um índice de massa corporal considerado obeso para normal. Antes de iniciar a pesquisa, tive um dialogo com um fisioterapeuta, para saber se era possível executar esse treinamento, se poderia haver outras complicações, ver algumas dicas e sugestões, enfim, chegamos a conclusão que essa assimetria, o sujeito possa ter adquirido por causa da perda de peso e também que essa pesquisa seria um ótimo trabalho de conclusão de curso já que há poucos achados sobre o assunto.

O treinamento físico pode ser utilizado como intuito de amenizar as assimetrias, para isso precisa-se analisar o individuo para poder prescrever o treinamento, se o individuo vem de um processo de lesão ou imobilização deve ter um acompanhamento multiprofissional, caso contrario, somente o educador físico

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consegue suprir as necessidades do individuo. Com isso, o objetivo geral dessa pesquisa experimental é verificar os efeitos de programas de treinamento de força e de resistência muscular localizada na redução de assimetria de forma de membros superiores.

O presente estudo esta dividido em etapas, sendo a primeira uma revisão de literatura sobre assimetrias e os treinamentos físicos, a segunda é a metodologia empregada e a terceira etapa cabe a apresentação e discussão dos resultados encontrados.

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1. REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 ASSIMETRIA

1.1.1 Assimetria de forma

As assimetrias são muito comuns na sociedade moderna, todos os seres possuem algum tipo de assimetria, diante disso, Rothemnberg (1999, p. 56) alega que “existem dois tipos de desequilíbrios musculares: super desenvolvimento dos músculos sinergéticos e assimetria bilateral”. Por exemplo, quando um praticante realiza exercícios para o peito, pode se avaliar que ele está sobrecarregando os ombros, as costas, os bíceps e o antebraço mais do que os peitorais. “Ambos os desequilíbrios levam ao desenvolvimento impróprio do músculo. Entretanto uma vez que são reconhecidos, é possível direcionar o movimento e explicar a técnica correta de exercício”. (ROTHEMNBERG, 1999).

Conforme Freitas (2008, p.55) “a assimetria esquerda-direita (E/D) é comum na natureza. Por exemplo, todos os animais utilizam somente L-aminoacidos e D-carboidratos”. Sendo assim, todos os vertebrados têm estruturas assimétricas que são consistentemente orientadas E/D da linha média. Por exemplo, a curva que o tubo do coração se dá para a direita, o primeiro sinal de assimetria E/D observável no embrião, é vista em todos os cordados.

Segundo Struyf, (1995, p.110) “as duas metades do corpo, direita e esquerda, não são idênticas, a assimetria é um sinal de disponibilidade psicocorporal, flexibilidade e adaptabilidade, análoga às sinuosidades vistas no plano sagital”. É muito comum encontrar esse desequilíbrio, em alguns indivíduos é mais acentuada ou por um treinamento impróprio, ou pela maior utilização de um membro do corpo, ou por alguma imobilização.

Freitas (2008, p. 55) “nos membros, o superior direito e o inferior esquerdo são mais desenvolvidos que os seus contralaterais nos indivíduos destros; nos canhotos, têm-se a inversão dessa assimetria (assimetria cruzada).

A posição final das estruturas dos vertebrados assimetricamente localizadas, é determinada por pelo menos três mecanismos diferente.

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Assimetria de forma: caracterizada por simples diferença dimensional ou de volume de um órgão (o ovário direito geralmente é maior do que o esquerdo) ou, mais acentuada, com alteração da forma (lobação diferente dos pulmões direito e esquerdo)

Assimetria de posição: relacionada com a disposição dos órgãos nas cavidades do corpo (o rim direito situa-se em uma posição mais baixa do que o esquerdo). Nos órgãos pares, as assimetrias de forma e posição são independentes. Assim, os rins mostram nítida assimetria de posição, sem uma acentuada assimetria de forma.

Nos órgão impares elas estão associadas, como se pode citar o fígado: primitivamente está disposto simetricamente e depois, pelo desenvolvimento desigual de seus lobos, adquire assimetria de forma e de posição.

Dois processos fundamentais orientam a formação das assimetrias durante a ontogênese: crescimento desigual dos órgãos (assimetria de forma) e deslocamento dos órgãos (assimetria de posição).

* Assimetrias patológicas (anormais): caracterizam-se por apresentarem um grau muito acentuado de assimetria.

Assimetria anormal de forma (inversão morfológica): forma inversa do normal, por exemplo, o pulmão esquerdo com três lobos e o direito com dois lobos. (FREITAS, 2008).

Com relação às doenças da assimetria E/D (malformações de lateralidade) são encontradas em aproximadamente 1/10.000 nascimentos vivos, (FREITAS 2008, p.54) e ainda segundo Jorde, (2004, p. 252) “anormalidades de assimetria E/D são encontradas mais freqüentemente em gêmeos humanos monozigóticos do que em gêmeos fraternos, ou filhos de gestação única”, ou seja, em gêmeos idênticos, resultado da fecundação de um único ovulo por um único espermatozóide, cujo zigoto, no início da gestação, divide-se em dois.

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1.2 TREINAMENTOS FISICOS

1.2.1 Bases do Treinamento Físico

Os termos carga, peso e treinamento de força têm sido usados para descrever um tipo de exercício que requer que os músculos se movam contra uma força de oposição, normalmente representada por algum tipo de equipamento. Treinamento com pesos normalmente é utilizado para se referir ao treinamento de resistência normal que usa pesos livres ou equipamentos com peso. (FLECK e KRAEMER. 1999).

Guedes et al. (2008) apontam diferentes finalidades ao praticar o treinamento de força ou musculação, há um público que procura a musculação com outros objetivos, como quebra de tensões, lazer e higiene mental. Os indivíduos que procuram realizar o treinamento estão preocupados em se socializar, por isso não devem ser cobrados com rigidez. Ainda, temos a finalidade competitiva que engloba culturismo, levantamento básico, o levantamento olímpico e também como preparação física para outros esportes, respeitando o princípio da especificidade. (GUEDES, 2008)

“O treinamento de força tornou-se conhecido, tanto para o condicionamento de atletas como para melhorar a forma física de não-atletas”. (FLECK e KRAEMER, 1999).

Segundo Fleck e Kraemer (1999, p. 19), “as pessoas que participam de um programa de treinamento de força esperam que o programa produza alguns benefícios, tais como aumento de força, aumento do tamanho dos músculos, melhor desempenho esportivo, crescimento da massa livre de gordura e diminuição de gordura do corpo”, para produzir esses benefícios o treinamento deve ser planejado e executado de forma consistente.

Os mais bem sucedidos programas de treinamento de força tem um importante aspecto em comum-segurança. O treinamento de força apresenta alguns perigos, como todas as atividades físicas. A possibilidade de ocorrência de lesões pode ser muito reduzida ou completamente eliminada através do uso correto de técnicas de levantamento de peso, de assistência durante os exercícios e de respiração, mantendo-se os equipamentos em boas condições de uso e usando-se indumentária adequada (JONES ,1973).

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Fleck e Kraemer (1999, p. 20) alegam que:

É necessário definir alguns termos comumente usados na descrição de programas ou princípios de treinamento de força. Uma repetição é um movimento complemento de um exercício. Normalmente consiste na fase de ação concêntrica do músculo e a ação excêntrica do músculo. Série é um grupo de repetições desenvolvidas de forma contínua, sem interrupções, normalmente de 15 repetições. Repetição máxima (RM) é o número máximo de repetições por série que se pode executar com uma determinada carga, usando-se a técnica correta.

A recuperação entre as séries de um exercício, entre os exercícios e entre as sessões de treinamento é um fator importante para o sucesso do programa. Os períodos de descanso permitidos entre as séries e entre os exercícios durante uma sessão de treinamento são em grande parte determinados pelos objetivos do programa de treinamento. Os períodos de descanso entre séries e exercícios, a carga usada e o número de repetições realizadas por série, tudo afeta o planejamento e os objetivos de um programa. (GARHAMMER, 1981).

Exercícios de resistência progressiva ou sobrecarga progressiva referem-se à prática de aumentar continuamente o nível de exigência sobre o músculo à medida que ele se torna capaz de produzir mais força ou tenha mais resistência. Outro método de sobrecarregar progressivamente o músculo é aumentar o volume de treinamento. (GARHAMMER, 1981).

O treinamento excêntrico refere-se a uma ação muscular na qual o músculo se alonga de um modo controlado. Este tipo de ação muscular ocorre em atividades diárias, tais como caminhar. Durante o treinamento DRI (dinâmico de resistência variável) normal, quando o peso está sendo levantado, os músculos se contraem ou realizam uma ação concêntrica. Quando o peso está sendo abaixado, os mesmos músculos que levantaram o peso estão ativos e se alongam em um modo controlado ou realizam uma ação excêntrica. Se os músculos não realizassem uma ação excêntrica quando o peso fosse abaixado, o peso cairia. (DUDLEY et al. 1991)

Existem quatro tipos básicos de contrações musculares, existindo quatro tipos de programas de força e endurance, cada um deles estruturado ao redor de uma das contrações básicas. (FOSS E KETEYIAN, 2000, p. 320)

Sobre força e resistência muscular, Dantas (1998), afirma que é determinada pela qualidade que um músculo possui de realizar um grande número de contrações sem diminuir a amplitude do movimento, freqüência, velocidade e força de execução.

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O treinamento de resistência capacita o controle à fadiga e condiciona um rendimento prolongado de força.

Para Kiss, (2003), os treinamentos de força e de resistência visam à manutenção de uma postura corporal adequada, por meio do fortalecimento dos grupos musculares responsáveis pela ação. O treinamento de força fortalece o músculo, levando à diminuição dos problemas de degeneração musculoesquelética e, conseqüentemente, auxiliam na prevenção de doenças hipocinéticas.

Dantas, (1998) alega que o treinamento de força máxima e resistência de força buscam na musculação benefícios rápidos e com resultados devido à facilidade de controlar e especificar o treinamento, atendendo com destaque o princípio da especificidade em treinamento de atletas de alto nível. Esta capacidade está relacionada ao treinamento é mais segura e gera maior confiança, obtendo resultados melhorados na aplicação da preparação física.

1.2.2 Treinamento de Força

Segundo Garhammer, “a variação no volume do treinamento e intensidade é extremamente importante para melhorar os ganhos de força.” A intensidade de um exercício pode ser avaliada com um percentual de 1RM ou qualquer RM para o exercício. A intensidade mínima que pode ser usada para executar uma série até a fadiga voluntária momentânea que possa resultar em um aumento de força muscular é de 60 a 65% de 1 RM. (FLECK e SCHUTT, 1985). “Pequenas variações na posição do pé, da mão ou de outras partes do corpo, que não afetem a segurança do levantador, podem ser úteis para a produção de ganhos continuados de força”. (GARHAMMER, 1981).

Executar um grande número de repetições com uma carga muito leve não trará nenhum ganho de força muscular. Isto também significa que o número máximo de repetições por série de um exercício que resultará em um aumento de forças será variável de exercício para exercício e de grupo muscular para grupo muscular. (FLECK e SCHUTT, 1985).

Entende-se por volume de treinamento a medida da quantidade total de trabalho (Joules) realizado em uma sessão de treinamento em uma semana, um mês ou qualquer outro período. A freqüência e a duração têm um reflexo direto sobre o volume de treinamento. A maneira mais simples de calcular o volume é somar o

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número de repetições realizadas em período específico de tempo de treinamento, tal como uma semana ou um mês. O volume também pode ser calculado pela soma total de peso levantado. (FLECK e SCHUTT, 1985). A maioria dos treinadores e dos atletas afirma que uma parte do treinamento de força deveria ser realizado na velocidade que se usa de fato no evento esportivo para muitos dos eventos esportivos isso significa uma grande velocidade de movimento. Esta crença se fundamentou, no conceito de que o treinamento de força produz seu maior ganho de força na velocidade que o treinamento é realizado. O treinamento em alta velocidade, entretanto, resulta em ganhos de força e potência em uma extensão um pouco maior do que um treinamento em baixa velocidade e vice-versa (KANEHISA e MIYASHITA, 1983).

O treinamento DRI (dinâmico de resistência variável) normal das pernas tanto com uma ação excêntrica, como concêntrica, causa aumento de força excêntrica e concêntrica maiores do que o treinamento de força apenas concêntrico para o mesmo numero de repetições (DUDLEY ET AL., 1991)

A força máxima pode ser aumentada através do aumento da massa muscular, dentro de um treinamento específico ou também através da melhoria da coordenação intramuscular e combinação de outros métodos, respeitando os objetivos do treinamento e das atividades físicas de condicionamento.

Weineck (2003) apresenta dados que destacam os métodos de treinamento com cargas resistidas com um tempo determinado de contração e com determinada intensidade como fator importante e que influencia diretamente no aumento da força máxima, destacando também que o aumento de massa muscular para o desempenho de esportes de altíssimo e de alto rendimento poderão apresentar ganhos ainda melhores quando efetuados dentro dos limites do indivíduo.

Segundo Fleck (2003), a fase de força tem como principal objetivo aumentar a força máxima. As sessões devem ser de 2 a 3 series com repetições entre 4 e 6, o período de descanso deve ser de 1 a 3 minutos entre as series, a velocidade do movimento, tanto na fase excêntrica quanto na concêntrica deve ser lenta.

1.2.3 Treinamento de Resistência

Na maioria dos desportos, a resistência é um componente de extrema importância, se não for o dominante, e o determinante para a melhora desta

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capacidade é adaptar o treinamento o mais próximo das situações que enfrentaria no decorrer da performance, se possível aumentar a sobrecarga para elevar o índice desta resistência, suportando então as exigências dentro do próprio jogo dito (BOMPA, 2002). A resistência muscular pode ser definida como a capacidade de manter a atividade contrátil do músculo (UCHIDA 2004).

Segundo Foss e Keteyian (2000, p. 316), para aprimorar a capacidade de realizar uma determinada tarefa, é necessário trabalhar músculos ou sistemas orgânicos específicos com uma maior resistência. O princípio de especificidade do treinamento significa elaborar e programar um programa de treinamento destinado a desenvolver especificamente os músculos e órgãos envolvidos em determinada atividade desportiva. O princípio de sobrecarga visa estimular num maior nível os músculos ou órgãos envolvidos, o que lhes permite adaptar-se e alcançar um maior potencial de energia máxima dentro de cada célula. Esses princípios de treinamento aplicam-se em graus variáveis, aos desportos e às atividades tanto anaeróbicas quanto aeróbicas.

O resultado final do treinamento com sobrecarga, aplicado aos músculos ou órgãos que entram em ação para realizar uma tarefa específica, pode ser um movimento mais rápido, um movimento mais vigoroso ou uma maior capacidade de resistir à fadiga, mais especificamente, desempenho aprimorado.

A potencia anaeróbica representa uma característica local de um músculo que existe independentemente do suprimento de sangue e oxigênio a esse músculo. Portanto, todos os programas de treinamento anaeróbico deverão desenvolver o sistema ou sistemas enérgicos anaeróbicos dentro dos músculos necessários para a realização de um desporto especifico. (FOSS E KETEYIAN, 2000),

Em geral, quanto mais freqüente e mais longo for o programa de treinamento, maior será o aprimoramento no desempenho. Com relação a uma única sessão de treinamento, apenas raramente, ou nunca, um atleta deve despender toda a sua sessão de trabalho, apenas em treinamento anaeróbico.

Segundo Weineck (2003) o treinamento de resistência deve ser desenvolvido por meio de força dinâmica com máximo de repetições possíveis ou por meio do treinamento estático, com o máximo de tempo sustentando a carga utilizada. Este treinamento chega a um resultado significante devido ao grande número de repetições das fibras musculares, onde o aumento da resistência aeróbia e anaeróbia demanda uma carga energética propícia para aumentar a resistência.

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Conforme Uchida, (2004) as repetições devem ser de 15 a 50, com até 65% de 1 RM, caracterizado por pesos leves ou moderados, as series por grupo muscular consistem em 2 a 3 e uma freqüência semanal de 3 dias com intervalo entre as sessões de 24 a 48 horas em média, a velocidade do movimento deve ser moderada. Esta seqüência de volume e intensidade é o que da especificidade ao treinamento, sendo fundamental o treinamento de resistência, pois é através dele que se consegue trabalhar com cargas moderadas por um período de tempo sem entrar em fadiga muscular.

Encerrando a revisão da literatura, na próxima etapa constará informações a respeito da metodologia aplicada no estudo de caso.

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2. METODOLOGIA

A metodologia é fundamental, pois é o elo de ligação entre a teoria e a prática. Segundo Vianna (2001) “a metodologia pode ser entendida como a ciência e a arte do como desencadear ações de forma atingir os objetivos propostos para as ações que podem ser definidas com pertinência, objetividade e fidedignidade”.

A metodologia deverá ser escolhida através do objetivo do estudo do trabalho, sendo que o mesmo deverá suprir as demandas da pesquisa, e alcançar o objetivo traçado.

2.1 Tipo de Pesquisa

Para este estudo, empregou-se uma pesquisa experimental. Conforme Gil (2002), Pesquisa Experimental, quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Referindo-se ao pesquisador como um agente ativo, e não um observador passivo.

2.2 Amostra

O estudo de caso teve como amostra um sujeito do sexo feminino de 32 anos.

2.3 Instrumento e Coleta de Dados

Utilizou-se para a coleta de dados os seguintes instrumentos:

a - Anamnese para verificar possíveis restrições ao treinamento físico (ANEXO A).

b - Avaliação antropométrica de circunferência, sendo mensuradas as medidas do ombro, tórax, cintura, abdômen, quadril, coxa, panturrilha, braço relaxado, braço contraído e antebraço. (utilização da fita métrica 150 cm).

c - Protocolo de Pollock e Wilmore (1993), para avaliação das medidas de dobras cutâneas e o percentual de gordura corporal (% G)

d - Teste de 1RM de bíceps e tríceps para verificar a força muscular em membros superiores.

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e - Escala de Borg (ANEXO B) para avaliação da percepção subjetiva de esforço para os membros inferiores.

2.4 Variáveis estudadas

- Assimetria de forma dos membros superiores. - Dobras cutâneas dos membros superiores. - Efeito da intervenção do treinamento de força.

- Efeito da intervenção do treinamento de resistência muscular localizada. - Aumento de força muscular.

2.5 Procedimentos de coleta de dados

Após uma avaliação antropométrica no meu local de trabalho com uma mulher de 32 anos, foi constatado a assimetria de forma dos membros superiores, onde a mesma sentia-se incomodada. Então, sugeri que fizéssemos um treinamento diferenciado, que a literatura pouco nos diz. Ciente da dificuldade de encontrar material necessário para a correção simétrica questionei a ela se queria fazer parte de uma pesquisa do trabalho de conclusão de curso, onde observaríamos de que forma se da essa correção de simetria de forma. Ambas estando insatisfeitas, uma pela falta de literatura e a outra pela assimetria instalada, iniciaram-se o experimento.

Primeiramente utilizou-se a aplicação de anamnese para conhecer a participante, em seguida a realização das avaliações antropométricas de circunferência e dobras cutâneas.

Após os resultados, aplicou-se o teste de 1RM (ANEXO C) e a escolha dos exercícios que melhor se enquadrariam para realizar os objetivos propostos.

Passadas quatro semanas, foram coletados novos dados de circunferência, percentuais de gordura (Protocolo de Pollock e Wilmore) e 1RM de bíceps e tríceps, ou seja inicialmente temos um pré-teste, após quatro semanas o teste e ao termino das oito semanas o re-teste.

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2.6 Programa de exercício físico aplicado no sujeito da amostra

Constituiu-se como programa de treinamento de força, para membro superior esquerdo, a realização de cinco séries, de seis repetições, a 80% de 1RM; e para o membro superior direito, quatro séries de dezoito a vinte repetições, a 65% de 1RM.

Os exercícios resistidos para bíceps braquial e antebraço, e os exercícios de tríceps braquial e ombros, foram intercalados entre si, constituindo um ciclo de seis dias na semana, em um macro ciclo de oito semanas.

Na tentativa de tentar isolar ao máximo o grupo muscular, foram encolhidos os seguintes exercícios para bíceps braquial, os de flexão do antebraço com halter cotovelo apoiado sobre o banco Scott, flexão do antebraço em “pegada martelo” e flexão do antebraço no banco inclinado com halter. Para o antebraço, foram utilizados extensão e flexão de punhos. Para o tríceps, extensão do antebraço no cross com o tronco inclinado para frente (coice), extensão do antebraço, sentado, com um halter (rosca francesa) e extensão do antebraço com polia alta, mãos em supinação no cross. Os exercícios de ombro foram constituídos na elevação lateral e elevação frontal.

Os exercícios pra membros inferiores foram intercalados entre anterior e posterior, com o intuito de manutenção, utilizando a Escala de Percepção Subjetiva de Borg (ANEXO B).

2.7 Análise dos dados

A análise dos dados deu-se de forma comparativa, através dos dados do pré-teste, teste e re-teste. Verificaram-se, então, os dados de forma qualitativa e quantitativa. Gurvitch (1955) nos diz que a abordagem metodológica quantitativa atua nos níveis da realidade, onde os dados se apresentam aos sentidos: “níveis ecológicos e morfológicos”. Com relação ao modelo qualitativo, Granger (1982, (apud MINAYO, 1993, p.246) alega que esse tipo de metodologia descreve, compreende e explica, trabalhando exatamente nesta ordem.

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3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Aqui serão apresentados e discutidos os resultados encontrados após a realização do programa de exercício físicos.

Os resultados do presente estudo confirmam o que renomados autores embasam sobre os treinamentos físicos, bem como nota-se que é possível fazer dois tipos de treinamento em um mesmo individuo.

Quadro 1 – Composição Corporal

VARIÁVEIS PRÉ-TESTE TESTE RE-TESTE

1ª 13/10/2014 2ª 11/11/2014 3ª 05/12/2014 PESO 64,70 60,90 65,60 ALTURA 1,63 1,63 1,63 IMC 24,35 22,92 24,69 % GORDURA 20,57 16,70 15,98 MASSA MAGRA 51,39 50,73 55,12 MASSA GORDA 13,31 10,17 10,48

Fonte: Dados da autora

Ao analisar-se os dados do quadro 1, verificou-se que em relação a massa magra, os valores entre o pré-teste, teste e o re-teste mostram diferenças, sendo que o sujeito aumentou consideravelmente a massa magra, e também aumentou a massa gorda, porem de forma menos significativa, além disso, observou-se redução no percentual de gordura. Não se encontrou estudos que pudessem discutir estes resultados, sendo difícil fazer uma relação desses valores com o tipo de treinamento que o sujeito praticou, pois não há referencias sobre estudos, onde em um mesmo sujeito aplicou-se dois tipos de treinamentos físicos.

A seguir, tem-se o quadro 2, referente aos valores obtidos nas avaliações, ou seja, o pré-teste, teste e re-teste dos membros superiores.

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Quadro 2 – avaliação das circunferências dos membros superiores

VARIÁVEIS PRÉ-TESTE TESTE RE-TESTE

1ª 13/10/2014 2ª 11/11/2014 3ª 05/12/2014 OMBRO 95,00 95,00 97,00 TÓRAX RELAX. 88,00 87,00 86,50 ABDOME 89,00 86,00 88,00 CINTURA 78,00 73,50 76,00 QUADRIL 97,50 94,50 97,50 RCQ 0,80 0,78 0,78 ANTEBRAÇO ESQ. 23,00 23,30 23,50 ANTEBRAÇO DIR. 23,70 23,5 23,60

BRAÇO RELAX. ESQ. 28,50 29,00 29,50

BRAÇO RELAX. DIR. 30,50 30,50 30,00

BRAÇO CONTR. ESQ. 29,50 29,80 30,20

BRAÇO CONTR. DIR. 31,00 31,00 30,80

Fonte: Dados da autora

Ao analisar o quadro 2, observa-se que no braço esquerdo, onde a medida inicial era de 28,5cm passou a 29cm após quatro semanas de treinamento e 29,5cm na ultima semana, podendo-se inferir que o resultado do treinamento de força foi efetivo para aumentar a medida da circunferência do membro trabalhado, sendo um resultado contestado, pois estudos afirmam não haver resultados expressivos em oito semanas de treinamento, isto, parece estar associado a adaptações neurais ao treinamento, tais como: aumento do recrutamento de unidades motoras de alto limiar, aumento na freqüência de disparos e sincronização das unidades motoras ou, ainda, pela redução da coativação dos músculos antagonistas durante o exercício (FOLLAND; WILLIAMS 2007). Avelar (2013) em seu estudo que teve uma duração de dezesseis semanas onde o objetivo era hipertrofia, afirma haver resultados mais acentuados nas primeiras oito semanas de treinamento.

Costa (2007) em seu estudo que teve uma duração de nove semanas de treinamento de resistência muscular e hipertrofia, não resultaram em modificações das características físicas gerais.

Lima (2005) analisou o comportamento da força muscular e da área muscular do braço, durante vinte e quatro semanas de treinamento com pesos, tendo como resultado, na Fase 1 (após oito semanas), aumento significativo da força muscular, porém não houve diferença significativa na circunferência bicipital, já na Fase 2 (após

(24)

dezesseis semanas), foram verificados aumentos significativos tanto da força muscular quanto da área muscular do braço.

Com relação ao braço direito, onde inicialmente tínhamos uma medida 30,5cm manteve-se e finalizou em 30,0cm, observa-se que houve uma manutenção, seguida de uma diminuição mínima do mesmo, possivelmente devido ao tipo de treinamento designado, aonde as repetições chegavam a vinte.

Um estudo de Campos et al. (2002), em que um dos grupos realizava altas repetições, teve como resultado a manutenção muscular. Em contrapartida, esse mesmo estudo aponta que um protocolo de treinamento com repetições intermediárias tem como resultado o aumento da massa muscular, contrariamente ao presente estudo, Green et al. (1999) também observou um aumento da área muscular devido ao treinamento com repetições intermediárias. No entanto o estudo de Campos et al. (2002) e o de Green et al. (1999) tiveram como voluntários sujeitos que não praticavam treinamento com pesos.

Logo abaixo, tem-se o quadro 3, indicando os valores obtidos referentes ao pré-teste, teste e re-teste dos membros inferiores, ao qual passaram por sessões de treinamento com o intuito de manutenção, para isso foi utilizada a escala subjetiva de esforço de Borg.

Quadro 3 – Diferença entre as medidas de circunferência dos membros inferiores

PRÉ-TESTE TESTE RE-TESTE

1ª 13/10/2014 2ª 11/11/2014 3ª 05/12/2014

COXA ESQ. 55,50 55,00 57,00

COXA DIR. 55,50 54,50 57,00

PANTURRILHA ESQ. 40,50 40,00 41,00

PANTURRILHA DIR. 41,00 40,50 41,00

Fonte: Dados da autora

Com o treinamento de manutenção, o sujeito conseguiu uma hipertrofia acentuada das coxas e da panturrilha, porém, em menor proporção. Foram executados 3 series de 15 repetições com cargas consideradas “leve” há “moderada” segundo a escala de Borg.

A seguir tem-se o quadro 4, onde se refere às dobras cutâneas do bíceps e tríceps braquial, onde não foi possível relacioná-los com outros estudos pela falta de bibliografia (nenhum artigo foi encontrado que condiz sobre o assunto).

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Quadro 4 – Dobras cutâneas de bíceps e tríceps braquial

PRÉ-TESTE TESTE RE-TESTE

1ª 13/10/2014 2ª 11/11/2014 3ª 05/12/2014

Tríceps braquial direito 13,00 12,00 12,00

Tríceps braquial esquerdo 13,00 12,00 10,00

Bíceps braquial direito 10,00 7,00 6,00

Bíceps braquial esquerdo 10,00 9,00 7,00

Fonte: Dados da autora

Ao analisar o quadro 4, a qual se refere às dobras cutâneas do bíceps e do tríceps braquial, percebe-se que houve uma diminuição nos valores, tanto no braço direito como no braço esquerdo, tanto do bíceps quanto do tríceps. Porem observa-se que no lado esquerdo houve maior perda.

A seguir será apresentado os valor obtidos com a aplicação do teste de 1 RM.

Quadro 5 – Teste de 1 RM.

PRÉ-TESTE TESTE RE-TESTE

1ª 13/10/2014 2ª 11/11/2014 3ª 05/12/2014

Tríceps braquial direito 5 kg 5 kg 6 kg

Tríceps braquial esquerdo 4 kg 5 kg 7 kg

Bíceps braquial direito 4 kg 5 kg 6 kg

Bíceps braquial esquerdo 4 kg 5 kg 7 kg

Fonte: dados da autora

Embora o aumento de força muscular seja uma resposta esperada e já amplamente demonstrada pela literatura (AZEVEDO et al., 2007; BONGANHA et al., 2010; DIAS et al.,2005; KOK et al., 2009; LIANG et al., 2011; MAYHEW et al., 2010). A partir do teste de 1RM foi possível encontrar os dados, em ambos os tipos de treinamento foi verificado o aumento da força, porém a mesma ocorreu de forma mais acentuada para o membro superior esquerdo.

Segundo OKANO, (2008) existe uma tendência em se associar indiscriminadamente o desenvolvimento da força muscular com o aumento da área de secção transversal, os resultados do presente estudo indicam que essa hipótese nem sempre é verdadeira, pois o braço direito diminuiu a circunferência e aumentou a força. Segundo ele, em seu estudo, os ganhos iniciais de força foram superiores a hipertrofia muscular observada em um mesmo período de treinamento.

(26)

Além disso, Lima (2012) demonstra que o ganho de força nas primeiras quatro semanas de treinamento resistido são resultantes prioritariamente de alterações neurais, como o aumento da taxa de disparos, maior recrutamento de unidades motoras, mais coordenação na ativação de diferentes unidades motoras.

Dias (2005) em seus estudos afirma que, as mulheres apresentaram aumento de força muscular proporcionalmente maior ao observado nos homens, o que sugere que as mulheres parecem ter maior potencial para desenvolvimento da força muscular do que os homens após curtos períodos de treinamento com pesos.

(27)

CONCLUSÃO

De acordo com os resultados do atual estudo, oito semanas de treinamento de resistência muscular e força resultaram em modificações das características físicas gerais. Comprovando, apesar da pouca literatura especifica para casos de assimetrias, que o treinamento físico é capaz de fazer essas correções. Onde, antes havia uma assimetria de dois centímetros nos braços, com a conclusão das oito semanas de prática, a assimetria permanece porem de forma menos significativa, mais precisamente de 0,50 centímetros.

Como, já esperado, em ambos os treinamentos houve um aumento de força, contudo no treinamento de resistência muscular localizada foi menos acentuada. Com relação as medidas de dobras cutâneas, é difícil fazer uma relação pois não foram achados estudos que justifiquem ou tratam sobre o assunto, porém os dados podem servir para estudos e comparações futuras.

Agora saberei dizer aos futuros alunos e atuais que sim, quando se têm uma assimetria, o modo de treinamento físico pode fazer essa correção, basta ter paciência e executar o treinamento corretamente. Se a assimetria é advinda de um processo de lesão ou imobilização o acompanhamento de um fisioterapeuta pode ser muito útil, principalmente na escolha dos exercícios, para não comprometer outras regiões do corpo e criar um super desenvolvimento dos músculos sinergéticos.

Recomenda-se que esse tipo de treinamento onde em um lado do corpo passa a sofrer alterações mediante um tipo de treinamento e no outro lado outro tipo de intervenção, não seja feito em alunos iniciantes na musculação, pois os mesmo não possuem uma memória muscular para passar a ter treinamentos de força (com poucas repetições e altas cargas) podendo haver lesões musculares.

(28)

REFERÊNCIAS

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(32)

ANEXO A: Anamnese ANAMNESE

IDENTIFICAÇÃO:

NOME: Ana Carolina Dani ANAMNESE CLÍNICA: Nascimento.:_13_/_03_/_1982_ Peso: 64,7 Estatura: 1,63 Sexo: ( )M - F( x )

Tipo de Sangue: ( )A - ( )B - ( )AB - ( x )O

Fator RH: ( x )positivo - ( )negativo

Pressão Arterial: S 13/7 D

FC em Repouso: 76

Nível de Estresse: ( x )nenhum - ( )pouco - ( )moderado - ( )alto

Fumante:( )sim - ( x )não Já Fumou: ( x )não - ( )sim, quando parou: Alguma Dor:( x )não - ( )sim, quando começou: Onde: Ela Impede Alguma Atividade ou Movimento: ( )sim - ( x )não:

Ela é Acompanhada de Mais Algum Sintoma:( )sim - ( x )não Alergia:( )sim - ( x )não – Qual?

Doenças Anteriores (ou complicações devido a alguma doença): ( )sim - ( x )não – Qual?

Cirurgias ou Internações:( )sim - ( x )não – Medicações Contínuas:( )sim - ( x )não -

ANAMNESE NUTRICIONAL:

Nutricionista:( x )sim - ( )não Fone:

Refeições/Dia:( )1 - ( )2 - ( )3 - ( )4 - ( )5 - ( x )6 - ( )7 - ( )8 - ( )9 - ( )10 Almoço e Janta:( )lanche rápido - ( )lanche reforçado - ( x )refeição

Incompatibilidade Alimentar:( x )não - ( )sim, com o quê? Bebidas Alcoólicas:( x )não - ( )sim, com que frequência?

Água e ou Líquidos: Água copos dia: 1litro dia

Suplementos Alimentares: Não

ANAMNESE DE ATIVIDADE FÍSICA:

(33)

ANEXO B: Escala de Borg para avaliação da percepção subjetiva de esforço.

Escala Original Escala Modificada

6 0 Nenhum esforço

7 Muito, muito leve 0,5 Muito, muito fraco

8 1 Muito fraco

9 Muito leve 2 Fraco

10 3 Moderado

11 Leve 4 Moderado a forte

12 5 Forte

13 Moderado 6

14 7 Muito forte

15 Intenso, vigoroso 8

16 9

17 Muito intenso 10 Muito, muito forte

18 = Máximo

19 Muito, muito intenso 20

ACSM’s Resource Manual – Guidelines fo exercise testing and prescription, 1998 (Terceira edição) apud Nahas (2006)

(34)

ANEXO C: Teste de 1 RM

A força muscular foi determinada por meio do teste de uma repetição máxima (1-RM) no exercício rosca direta de bíceps e rosca francesa para triceps. Esses exercícios foram escolhidos por serem bastante utilizado em programas de treinamento com pesos realizados por indivíduos com diferentes níveis de treinabilidade.

O início da testagem foi precedido por uma série de aquecimento (6 a 10 repetições) com aproximadamente 50% da carga estimada para a primeira tentativa no teste de 1-RM. Após dois minutos de repouso o teste era iniciado. Os indivíduos foram orientados para tentarem completar duas repetições. Caso as duas repetições fossem completadas na primeira tentativa, ou mesmo se não fosse completada sequer uma única repetição, uma segunda tentativa era realizada, após um intervalo de recuperação de três a cinco minutos, com uma carga superior (primeira possibilidade) ou inferior (segunda possibilidade) àquela empregada na tentativa anterior. Tal procedimento foi repetido novamente em uma terceira e derradeira tentativa caso ainda não se tivesse determinado uma única repetição máxima. A carga registrada como 1-RM foi aquela na qual cada indivíduo conseguiu completar uma única repetição máxima. (CLARK, D.H apud OKANO; et AL)

(35)

ANEXO D: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificação

Título do Projeto: ASSIMETRIA DE MEMBROS SUPERIORES: ESTUDO DE CASO COM OS MÉTODOS DE TREINAMENTO DE FORÇA E DE RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA.

Pesquisador Responsável: SANDI TAIS REINEHR LUDWIG

Instituição a que pertence o Pesquisador Responsável: UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Telefone para contato: (55) 81286776

Nome do voluntário: __________________________________________________ Idade: ____ anos R.G. ________________________

O Sr. (ª) está sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa “Assimetria de Membros Superiores: Estudo de Caso com os métodos de Treinamento de força e de Resistência Muscular”, de responsabilidade do pesquisador Sandi Tais Reinehr Ludwig, cujo os objetivos e justificativas são: amenizar a assimetria dos membros superiores, com a aplicação do treinamento de força e do treinamento de resistência muscular localizada, a qual acredita-se ser capaz através dos métodos de treinamento físico.

A minha participação no referido estudo será no sentido de práticar os exercicios propostos, seis vezes na semana por uma periodo de 8 semanas, bem como me disponibilizar para as avaliações fisicas.

Fui alertado de que, da pesquisa a se realizar, posso esperar alguns benefícios, tais como: a simetria dos membros superiores, a manutenção dos membros inferiores e a qualidade de vida.

Recebi, por outro lado, os esclarecimentos necessários sobre os possíveis desconfortos e riscos decorrentes do estudo, levando-se em conta que é uma pesquisa, e os resultados positivos ou negativos somente serão obtidos após a sua realização. Assim, pode ocorrer de aumentar os niveis de assimetria muscular dos membros superiores, aumento de peso.

(36)

qualquer outro dado ou elemento que possa, de qualquer forma, me identificar, será mantido em sigilo.

Também fui informado de que posso me recusar a participar do estudo, ou retirar meu consentimento a qualquer momento, sem precisar justificar, e de, por desejar sair da pesquisa, não sofrerei qualquer prejuízo à assistência que venho recebendo.

É assegurada a assistência durante toda pesquisa, bem como me é garantido o livre acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo e suas conseqüências, enfim, tudo o que eu queira saber antes, durante e depois da minha participação.

Enfim, tendo sido orientado quanto ao teor de todo o aqui mencionado e compreendido a natureza e o objetivo do já referido estudo, manifesto meu livre consentimento em participar, estando totalmente ciente de que não há nenhum valor econômico, a receber ou a pagar, por minha participação.

Eu, ____________________________________, RG nº _____________________ declaro ter sido informado e concordo em participar, como voluntário, do projeto de pesquisa acima descrito.

Santa Rosa - RS, _____ de ____________ de _____

________________________

Nome e assinatura do paciente

_______________________________ _____________________________ Testemunha Testemunha

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