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Análise de custos, preços e resultados na criação dos Benefícios e Despesas Indiretas (BDI)

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

RICARDO DA COSTA

ANÁLISE DE CUSTOS, PREÇOS E RESULTADOS NA CRIAÇÃO DOS

BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS (BDI)

IJUÍ (RS)

2015

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RICARDO DA COSTA

ANÁLISE DE CUSTOS, PREÇOS E RESULTADOS NA CRIAÇÃO DOS

BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS (BDI)

Trabalho de conclusão de curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUÍ, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientadores: EUSÉLIA PAVEGLIO VIEIRA JORGE ONEIDE SAUSEN

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pela vida, saúde e por estar sempre presente em minha vida.

A minha esposa Fabiane, pelo apoio e compreensão nos momentos difíceis. Por estar sempre ao meu lado, me incentivando e dando força sempre que precisei.

Aos meus pais Alvarino e Hilda, por todo carinho, compreensão, incentivo e apoio. E também por toda ajuda e apoio que recebi.

Aos professores que no decorrer do curso me apoiaram e compartilharam seus

conhecimentos e experiências de vida, especialmente a minha orientadora professora Eusélia pelas palavras de incentivo e pelos conhecimentos e dedicação na reta final em que precisei.

A empresa que compartilhou as informações para que pudesse desenvolver o trabalho de conclusão.

Aos colegas e amigos, pela amizade compartilhada no decorrer destes longos oito anos de estudo.

A todas as pessoas, que de uma forma ou de outra contribuíram nesta caminhada, meu agradecimento.

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo a estruturação da matriz de formação do preço de venda de uma empresa no segmento de instalações industriais, dando assim base relevante para a gestão da mesma e embasamento para a correta mensuração do preço de venda; a empresa objeto de estudo está situada na região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul. A atividade principal da empresa é a fabricação de painéis elétricos e instalação elétrica com atuação em todo território brasileiro. A empresa fonte de estudo já possuía uma matriz de formação de preço de venda, porem pelo crescimento apresentado nos últimos anos bem como a constante alteração dos custos e impostos se fez necessário a validação desta planilha bem como a criação de planilhas auxiliares para desta forma garantir a correta mensuração dos valores de venda; desta forma amenizando erros nas tomadas de decisões. Percebeu-se ao longo do desenvolvimento do trabalho que os custos variam de obra para obra em função das especificidades de cada uma e da qualificação de profissionais exigidos, bem como a incidência de locações e alugueis que variam de projeto para projeto, desta forma, resultando em BDI’s distintos em cada projeto orçado.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01 - Ficha de abertura de orçamentação... 48

Quadro 02 - Planilha de controle de orçamento... 51

Quadro 03 - Nota da modalidade Empreitada Global... 53

Quadro 04 - Cronograma de estágios das etapas que compõem o projeto vendido... 54

Quadro 05 - Tela de Solicitação de material para compras... 57

Quadro 06 - Histograma de pessoal para Obra... 60

Quadro 07 - Planilha de gastos administrativos... 62

Quadro 08 - Planilha da compilação dos custos com a folha do setor administrativo... 63

Quadro 09 - Meta de vendas para 2015... 63

Quadro 10 - Compilação do Índice correspondente para custo administrativo... 64

Quadro 11 - Listagem de material para instalação... 65

Quadro 12 - Listagem de material de painéis... 67

Quadro 13 - Tabela de relação de funções e HH para instalações... 69

Quadro 14 - Tabela de relação de funções e HH para painéis... 70

Quadro 15 - Planilha inicial para compilação de preço de venda... 71

Quadro 16 - Planilha para compilação Horas Produtivas... 72

Quadro 17 - Custo efetivo médio da hora trabalhada... 73

Quadro 18 - Histograma de mão de obra previsto para execução das atividades... 74

Quadro 19 - Custo Total de Mão de Obra direta utilizada para execução... 75

Quadro 20 - Gastos gerais da obra A... 77

Quadro 21 - Gastos gerais da obra B... 79

Quadro 22 - Planilha de rentabilidade de Mão de Obra para a obra A e B... 82

Quadro 23 - Planilha de rentabilidade de Materiais para a obra A e B... 84

Quadro 24 - Planilha de rentabilidade de Painéis com e sem IPI para a obra A e obra B... 87

Quadro 25 - Planilha de rentabilidade da modalidade empreitada para a obra A e obra B... 90 Quadro 26 - Demonstrativo de valores a ser apresentado ao cliente para a obra A e obra B 92

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 - Organograma da empresa objeto do estudo... 14

Figura 02 - Vista frontal da empresa objeto de estudo... 15

Figura 03 - Vista do novo pavilhão da empresa estudada... 15

Figura 04 - Fluxograma do processo de orçamentação... 51

Figura 05 - Foto dos painéis elétricos montados pela empresa... 56

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LISTA DE SIGLAS

NBR - Norma Brasileira

IEC - International Engineering Consortium (Comissão Eletrotécnica

Internacional)

BDI - Budget Difference Income (Benefícios e Despesas Indiretas)

CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas

CFC - Conselho Federal de Contabilidade

MCU - Margem de Contribuição Unitária

MCT - Margem de Contribuição Total

FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

DSR - Descanso Semanal Remunerado

INSS - Instituto Nacional do Seguro Social

CVD - Custo Variável Direto

PEPS - Primeiro que Entra Primeiro que Sai

UEPS - Último que Entra Primeiro que Sai

MPM - Média Ponderada Móvel

CPC - Concelho Federal de Contabilidade

CLV - Custo, Volume e Lucro

PEC - Ponto de Equilíbrio Contábil

PEF - Ponto de equilíbrio Financeiro

PEE - Ponto de Equilíbrio Econômico

NBR - Norma Brasileira

PCH’s - Pequenas Centrais Hidrelétricas

KV - Kilovolt

NR - Norma Regulamentadora

SGE - Sistema de Gestão Empresarial

FOB - free on board - Livre a bordo ( Frete por conta do comprador)

CIF - Cost, Insurance and Freight - Custo, Seguros e Frete (frete por conta do

fornecedor)

NR-10 - Norma Regulamentadora Nº 10 – Segurança em Instalações e Serviços em

Eletricidade

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SEBRAE - Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas

SESI - Serviço Social da Indústria

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

HH - Homem Hora

QGBT’s - Quadro Geral de Baixa Tensão

CCM’s - Centro de Controle de Motores

QDL - Quadro de Distribuição de Luz

QDF - Quadro de Distribuição de Força

BC - Banco de Capacitores

ATPV - Arc Thermal Performance Value - Valor de Performance para Arcos

Térmicos.

NCO - Número de Controle de Obra

ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias e prestações de serviços

PIS - Programa de Integração Social

COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados

NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul

CFOP - Código Fiscal de Operações e Prestações

DDS - Diálogo Diário de Segurança

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9 SUMÁRIO RESUMO... 4 LISTA DE QUADROS... 5 LISTA DE FIGURAS... 6 LISTA DE SIGLAS... 7 INTRODUÇÃO... 11 1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO... 13

1.1 DEFINAÇÃO DO TEMA EM ESTUDO... 13

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA... 13 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA... 16 1.4 OBJETIVOS... 17 1.4.1 Objetivo geral... 17 1.4.2 Objetivos específicos... 17 1.5 JUSTIFICATIVA... 17 2. REFERENCIAL TEÓRICO... 19 2.1 CONTABILIDADE... 19 2.1.1 Princípios... 20 2.1.2 Objetivos... 21 2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS... 22

2.2.1 Classificação dos custos... 23

2.2.2 Custos patrimoniais... 24

2.2.3 Custos com Pessoal... 26

2.2.4 Custos materiais... 27

2.3 CUSTOS NA ATIVIDADE COMERCIAL... 28

2.4 CUSTOS NOS SERVIÇOS... 29

2.5 MÉTODO DE CUSTEIO... 30

2.5.1 Método de custeio por absorção... 31

2.5.2 Método de custeio variável... 31

2.6 ANÁLISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO... 32

2.6.1 Formação de preço de venda... 33

2.6.2 Margem de contribuição... 34

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2.6.4 Margem de segurança operacional ... 37

2.7 MODELO BDI... 38

3. METODOLOGIA DE ESTUDO... 40

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA... 40

3.1.1 Quanto à natureza... 40

3.1.2 Quanto à forma de abordagem do problema... 40

3.1.2.1 Pesquisa Qualitativa... 41

3.1.2.2 Pesquisa Quantitativa... 41

3.1.3 Quanto aos objetivos... 42

3.1.4 Procedimentos técnicos... 42

3.2 COLETA DE DADOS... 43

3.2.1 Instrumento de coleta dos dados... 44

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS... 45

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS... 46

4.1 MAPEAMENTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS... 46

4.2 APURAÇÃO DO CUSTO DAS OBRAS... 61

4.3 APURAÇÃO DO ORÇAMENTO DO CUSTO TOTAL... 70

4.4 COMPILAÇÃO DA MATRIZ DE PREÇO... 80

4.5 ANÁLISE DA RELAÇÃO CUSTO, VOLUME E RESULTADO... 93

CONCLUSÃO... 96

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho de conclusão de curso está pautado em uma empresa do segmento de instalações eletromecânicas, manutenção industrial e agroindustrial, fabricação de painéis elétricos e revenda de material. No atual cenário da economia, com o crescente aumento da competitividade e exigência técnica dos clientes, se faz necessário a implantação de técnicas que contribuam para a manutenção da rentabilidade dos negócios, sem que haja perda de qualidade nos produtos ofertados.

Para que aconteça este inteiração, é preciso conhecer os mínimos detalhes e a estrutura da empresa, bem como, os custos inerentes de cada atividade ou serviço prestado pela entidade, sendo que neste viés, a contabilidade de custos tornou-se uma ferramenta indispensável na gestão das empresas, gerando informações precisas e auxiliando no processo decisório.

O objetivo deste trabalho é poder auxiliar o entendimento da correta formação do preço de venda; iniciando com a forma adequada de classificação dos custos, bem como, o ponto de equilíbrio de vendas da empresa em função de seu porte e estrutura, tornando a tomada de decisões gerenciais mais confiáveis em função de uma correta formação do preço de venda, conseguindo assim mensurar de uma melhor forma os custos mais problemáticos e tratá-los adequadamente.

Inicialmente é apresentada a contextualização do estudo, detalhando a organização em estudo, além da problematização da temática em estudo, dos objetivos gerais e específicos e da justificativa.

Na sequência, o segundo capítulo é abordado o referencial teórico do estudo, sendo primeiramente apresentados os assuntos: contabilidade, contabilidade de custos, custos na atividade comercial, custo nos serviços, método de custeio, análise do custo, volume e resultado e modelo BDI.

Já no terceiro capítulo é tratada a metodologia do estudo, realizando a sua classificação; quanto à natureza, aos objetivos, a forma de abordagem do problema e aos procedimentos técnicos. É detalhado a forma de coleta de dados, os seus instrumentos e a análise e interpretação dos dados.

No quarto capítulo ocorre a aplicação do estudo de caso, sendo que todas as informações encontradas no decorrer da pesquisa são representadas através de quadros, ou seja, todo o levantamento de custos fixos, administrativos, custo com pessoal, custos com matéria prima

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que incide na elaboração do orçamento e planilhas de controles, passando pelos cálculos e até a margem de contribuição dos custos administrativos para a formação do preço de venda.

Neste capítulo é levantado os custos administrativos, a formação do índice deste custo para aplicação nas planilhas de rentabilidade, a apuração do valor homem hora, a formatação dos custos que incidem para a execução do projeto, a previsão de tempos gastos com burocracias na obra o que acarreta em majoração do valor da hora trabalhada, as análises de quais os profissionais necessários para a execução de cada projeto específico, passando pelos custos de locação de equipamentos; enfim, o levantamento total dos valores para a formatação do custo do profeto, bem como o cálculo de preço mínimo necessário para a manutenção da atividade da empresa.

Por fim a apresentação deste relatório de pesquisa apresenta-se as considerações finais e as referências, que foram utilizadas para a realização desse trabalho e algumas observações pertinentes para que a empresária possa continuar crescendo e se manter competitiva frente à concorrência no mercado, utilizando as informações geradas pelo sistema de custos proposto.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Neste primeiro capítulo apresenta-se a contextualização do estudo, nela é identificado o tema, a caracterização da instituição estudada, seguido da identificação e levantamento do problema, dos objetivos e da justificativa, os quais estão relacionados na sequência.

1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA EM ESTUDO

A contabilidade é uma ciência que auxilia as organizações tanto no registro de seus patrimônios, bem como na tomada de decisão. Nesta linha, entre os diversos campos de atuação do profissional Contador, um deles é a contabilidade gerencial que inclui fortemente a contabilidade de gestão de custos.

Neste sentido, o estudo desenvolveu-se na área da contabilidade de custos, especificamente na análise de custos, preços e resultados na criação do BDI junto à instituição.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A empresa objeto de estudo, atua no segmento elétrico, fundada em agosto de 2005, na cidade de Panambi-RS; iniciou suas atividades prestando serviços de engenharia e administração de obras, sendo que no decorrer da vida profissional a empresa acrescentou em seu portfólio de produtos a fabricação de painéis elétricos, montagens elétricas e mecânicas.

A empresa teve seu início por meio do espírito empreendedor de seus três sócios que juntamente com dois colaboradores iniciaram as atividades em 2005. Prezando sempre pelo pronto atendimento e por manter uma equipe de profissionais qualificados e de longa experiência, a empresa hoje conta com 191 pessoas em seu quadro de funcionários; sendo 12 na área administrativa, 26 na comercial, 113 na montagem eletromecânica e 40 na fábrica.

Em 2010 a empresa sofre uma grande transformação em sua vida profissional, pois ensaia seus painéis através das normas NBR IEC 60439-1 e NBR IEC 61641:2008 desta forma, chegando a um grupo seleto de empresas que são reconhecidas tecnicamente por alcançarem tal certificação; bem como, neste mesmo ano conta também com a construção de uma moderna e ampla sede própria com 1590mm², proporcionando assim condições para crescimento bem como atender os clientes com maior excelência.

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No ano de 2014 a empresa para melhor atender a sua clientela constrói mais um pavilhão de 950m², desta forma aumentando sua área fabril para 2.540m², sendo estes construídos em uma área total de 34.000m².

A empresa está situada em área nobre do distrito industrial, próximo ao trevo da BR 158 de acesso a Panambi.

Figura 01 – Organograma da empresa objeto do estudo

Fonte: Manual da qualidade da empresa

Com o fortalecimento de vendas de sua atividade fabril, a empresa altera sua atividade principal para o CNAE 27.31-7-00 sendo a mesma Fabricação de aparelhos e equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica; ou seja, passa desta forma trabalhar como atividade principal a indústria e não mais a prestação de serviço.

Atualmente a empresa está enquadrada fiscalmente no regime de lucro real, bem como atividade principal é a industrialização, mantendo ainda como atividades secundárias a prestação de serviço e revenda de material.

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Figura 02 – Vista frontal da empresa objeto de estudo

Fonte: Fotos Fornecidas pela Empresa

Figura 03 - Vista do novo pavilhão da empresa estudada

Fonte: Fotos Fornecidas pela Empresa

A empresa atua em todos os Estados brasileiros, já com uma experiência em exportação, sendo que em seu portfólio de clientes pode-se citar empresas de grande porte em diversos segmentos de mercado, tais como: Bunge Alimentos, Du Pont - divisão Pioneer Sementes, Camera, Fertimport, Kepler Weber, Terminal de Graneis do Guarujá, GM, Fitesa, Sotreq,

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Dedini, Agrária, Vale do Rio Doce, Languiru, Petrobrás, Hermasa Navegação da Amazonia, Vonpar – Coca Cola, entre outros.

Entre os fornecedores parceiros, a empresa conta com um seleto número de fornecedores com qualidade comprovada, tais como ABB, Siemens, Eaton, Schneider Electric, Phoenix Contact, Q&T Equipamentos, Pial Legrand, Philips, Blinda, Nutsteel, Prysmian, Nexans, Bandeirantes, Eletropoll, Intelli, Crimper, Hellermann, Rockwell entre outros.

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

A Contabilidade de custos tem como função principal coletar, sistematizar e acumular os custos de produção por meio de métodos e sistemas de custeio, os quais servem de base para formação de preços como para a análise gerencial na tomada de decisões.

Segundo Leone (1997 apud BASSO, DIDONÉ 2005, p.66) “a contabilidade de custos é o ramo da Contabilidade que se destina a produzir informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade, como no auxílio ás funções de determinação de metas de desempenho, de planejamento e controle das operações e tomadas de decisão”.

Nesta mesma linha de pensamento Linn, Vieira (2010, p.21) complementam dizendo que:

Quando se está comprometido com o gerenciamento de uma organização, sabe-se que a Contabilidade tem um papel fundamental como fonte geradora de informações para programar as tecnologias gerenciais. A Contabilidade de custos exerce uma função muito importante ao fornecer informações necessárias para o gerenciamento das operações de uma entidade.

Portanto, nas empresas que elaboram produtos utilizam-se do benefício e despesas indiretas (BDI) que é um indicador de rentabilidade do produto industrializado e comercializado. Neste sentido, Daros (2011, p.10) conceitua o BDI da seguinte forma:

A composição do BDI de um orçamento é tão importante quanto o levantamento quantitativo das despesas diretas que serão aplicadas na obra. No entanto, algumas empresas ainda continuam praticando valores estimados para calcular o BDI, não atualizando este valor de acordo com a evolução da empresa e para cada obra, ficando um vácuo no orçamento que geralmente é suprido pela perda de lucro, diminuindo gradativamente a rentabilidade da empresa, podendo chegar ao declínio da mesma, sem muitas vezes ser notado pela diretoria.

Neste cenário, a empresa objeto da pesquisa sente a necessidade de avaliar a sua matriz utilizada na formação de preços dos produtos por ela industrializados, dos componentes comercializados e também dos serviços prestados. Nesta matriz envolve os impostos, despesas, comissões e margens de lucros desejadas, as quais precisam ser confiáveis para que possam ser utilizadas e que atendam as expectativas de rentabilidade da empresa, e em alguns casos

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especiais para a formação do preço mínimo, que muitas vezes é a forma de atrair e conquistar novos clientes.

Diante do exposto, questiona-se: Qual a estrutura necessária da matriz de preços para os serviços realizados pela empresa que comporte a sua formação e flexibilização, atingindo os resultados de rentabilidade na gestão dos Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) dos diferentes tipos de serviços?

1.4 OBJETIVOS

Os objetivos dividem-se em geral e específicos.

1.4.1 Objetivo geral

Estruturar uma matriz de preços que proporcione informações para o gerenciamento das atividades da empresa na busca da análise dos custos, preços a serem praticados e dos resultados utilizando-se do método BDI na apuração da rentabilidade e na gestão empresarial.

1.4.2 Objetivos específicos

 Verificar as atividades existentes na empresa e sua forma de atribuição de preços;  Estruturar uma matriz de formação de preços para as diferentes atividades;  Analisar os resultados utilizando-se o método BDI desejado;

1.5 JUSTIFICATIVA

O assunto BDI é importante, em função de poder auxiliar o entendimento da correta formação do preço de venda; a correta classificação dos custos bem como o ponto de equilíbrio de vendas da empresa em função de seu porte e estrutura.

A empresa com este estudo conseguirá visualizar se está formulando corretamente o preço de venda de seus serviços e produtos, contribuindo assim para uma melhor gestão administrativa e gerencial.

Este trabalho pode servir para as empresas que pretendem gerenciar com segurança a formação de seus preços de venda, podendo medir onde estão os custos mais problemáticos e tratá-los da melhor forma.

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Para a universidade e especialmente aos estudantes do Curso de Ciências Contábeis, este estudo pode ser utilizado como fonte alternativa no levantamento de custos para formação do preço de venda.

Para os estudantes de Ciências Contábeis e áreas afins, este estudo pode contribuir para ampliar os conhecimentos específicos nesta área, oportunizando assim um profissional com maiores experiências na área de custos e viabilização de novos negócios.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo apresenta-se a revisão teórica, onde se buscou o conhecimento no tema desenvolvido no estudo de caso. Para tal, buscou-se como base a consulta em obras de autores da área contábil, sendo que foi mais explorada a área de custos e formação de preços.

2.1 CONTABILIDADE

A contabilidade é uma ciência, a qual busca registrar os fatos econômicos, financeiros e patrimoniais da entidade, desta forma auxiliando no controle do patrimônio da empresa, bem como em sua administração.

Para Basso (2005, p.23):

O objeto da Contabilidade é o patrimônio, geralmente constituído por um conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma determinada entidade. O patrimônio é enfocado pela contabilidade sob dois aspectos básicos, o qualitativo que considera bens, direitos e obrigações do ponto de vista da sua natureza e o quantitativo, que considera bens, direitos e obrigações do ponto de vista do valor monetário.

Para Leone (2002, p.16) a contabilidade pode ter inúmeros enfoques, tais como:

A Contabilidade é vista como uma ciência por ilustres estudiosos, Desses, muitos a consideram como uma ciência social. Outros, no entanto, a classificam como uma ciência exata ou uma ciência de informação; ou ainda, como uma ciência econômica ou um ramo da ciência da administração.

Segundo a Resolução do CFC Nº 774/94 (2014) caracteriza a contabilidade como:

A Contabilidade é uma Ciência Social com plena fundamentação epistemológica. Por consequência, todas as demais classificações – método, conjunto de procedimentos, técnica, sistema, arte, para citarmos as mais correntes – referem-se a simples facetas ou aspectos da Contabilidade, usualmente concernentes à sua aplicação prática, na solução de questões concretas.

Complementando a citação anterior o CFC (2014,p.5) disserta sobre: “A Contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – e consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e busca das causas, em nível qualitativo semelhante às demais ciências sociais”.

A contabilidade vem sofrendo inúmeras mudanças nos últimos anos, deixando de ser apenas uma ferramenta arrecadatório para o governo, para ser uma ferramenta para gerenciamento da entidade, pois através da mesma consegue-se evidenciar por diversos aspectos a situação da entidade.

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Basso (2005, p.24) complementa conceituando:

A finalidade fundamental da Contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e planejamento.

Como núcleo central do controle patrimonial, a Contabilidade registra os fatos que nele acontecem, emitindo relatórios qualitativos e quantitativos, permitindo ao usuário da informação contábil, entre outras atividades, comparar previsões e orçamentos com a realidade da entidade.

Assim sendo, pode-se entender contabilidade como uma ciência social extremamente necessária a organização, pois através da mesma conseguimos evidenciar a sua real conjuntura, medir sua condição de geração de dividendos, seus pontos fortes, as condições de honrar com as obrigações assumidas, o capital social da empresa, a remuneração das tarefas realizadas bem como demais aspectos, gerando assim pontos de medição em que se pode comparar com situações anteriores; sendo através da medição e comparação destes pontos é que a contabilidade consegui suprir a gerencia com informações importantes para a tomada de decisão.

2.1.1 Princípios de Contabilidade

Os princípios buscam orientar em especial a função de registrar todos os fatos que afetam o patrimônio de uma entidade. São os princípios contábeis que ditam as regras de como o contador deve se portar quando do registro contábeis, sendo a principal teoria que sustenta e fundamenta a Contabilidade.

Segundo Basso (2005, p.307) conceitua como:

Os princípios fundamentais da contabilidade representam o núcleo central da própria Contabilidade, na sua condição de ciência social, sendo a ela inerente. Os princípios constituem sempre as vigas-mestras de uma ciência, revestindo-se de atributos de universalidade e veracidade, conservando validade em qualquer circunstância.

Segundo a Resolução do CFC Nº 774/94 (2014) caracteriza os princípios como sendo parte importante na vivencia contábil, sendo que o mesmo disserta que:

Nos princípios científicos jamais pode haver hierarquização formal, dado que eles são os elementos predominantes na constituição de um corpo orgânico, proposições que se colocam no início de uma dedução, e são deduzidos de outras dentro do sistema. Nas ciências sociais, os princípios se colocam como axiomas, premissas universais e verdadeiras, assim admitidas sem necessidade de demonstração, ultrapassando, pois, a condição de simples conceitos.

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Após a redação dada pela Resolução CFC 1.282/2010 (2014), a qual revoga um dos princípios contábeis que disserta sobre a Atualização Monetária, ficaram remanescentes seis princípios fundamentais, sendo eles o da Entidade, Continuidade, Oportunidade, Registro pelo valor original, Competência e Prudência.

O Princípio da Entidade: Art. 4° O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Principio da Continuidade: Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

Principio da Oportunidade: Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

Principio pelo valor original: Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devam ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.

Principio da Prudência: Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

Principio da Competência: Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

Os princípios da Contabilidade constituem o alicerce da ciência, sendo que os mesmos permitem aos usuários desenvolverem padrões de comparabilidade e credibilidade devido o reconhecimento dos critérios adotados. Faz com que aumente a confiabilidade das demonstrações financeiras, bem como facilitam a adequada interpretação dos critérios adotados quando do registro das mesmas.

2.1.2 Objetivos da Contabilidade

Os objetivos da contabilidade é a correta mensuração das mutações que ocorrem financeira e patrimonial junto à entidade. Registros estes que fornecem informações estruturadas através de relatórios contábeis de qualidade e que permitam ao usuário tomar decisões gerenciais.

Complementando a citação anterior, Basso (2005, p.309) conceitua como:

O Objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentação do patrimônio e na apresentação e análise das causas das suas mutações. Sob a ótica pragmática, a aplicação da Contabilidade a uma entidade particularizada busca prover os usuários com informações sobre aspectos econômicos, financeiros e físicos do

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22 patrimônio da entidade e suas mutações, o que compreende registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob a forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas e outros meios.

A contabilidade consiste no processo sistemático e ordenado de registrar as alterações ocorridas no patrimônio de uma entidade. Todavia, a depender do usuário e do tipo de contabilidade requerida (BRUNI, FAMÁ, 2004).

Para Basso (2005, p.27), “ A Contabilidade foi concebida para gerar informações aos seus usuários, inicialmente bem sucinta e hoje, diante de novas e modernas tecnologias de informação, cada vez mais pormenorizada e, por conseguinte, cada vez mais útil e imprescindível na tomada de decisões aos seus usuários”.

Diante destes conceitos, evidencia-se que os objetivos da contabilidade é gerar informações corretas e tempestivas das informações da entidade para os diversos usuários da mesma, sejam eles os administradores, diretores e executivos, bem como sócios e acionistas, ou ainda aos bancos, financiadores, investidores, fornecedores ou até mesmo as esferas governamentais, sejam elas o governo federal, estadual e municipal.

2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS

Os custos são os gastos realizados pela entidade com o objetivo de produzir seu produto, comercializa-lo, fabricando ou apenas revendendo, bem como os gastos inerentes para execução de um serviço.

Na busca de um de um melhor resultado nos negócios, busca se o aperfeiçoamento do controle dos processos operacionais internos da organização, dadas a acirrada competitividade e as imposições do mercado, a qualidade e a necessidade da informação gerencial de custos se estendem por todos os ramos da gestão empresarial (VIEIRA, 2008).

Complementando o conceito, Wernke (2005, p.4) disserta que:

Como Custos são classificados os gastos efetuados para fabricar produtos ou prestar serviços. Portanto, em uma empresa industrial fatores como matérias-primas consumidas, salários e encargos sociais dos operários da fábrica; combustíveis, energia elétrica e água utilizados no processo fabril; seguro do prédio industrial; manutenção e depreciação das máquinas industriais, dos móveis e das ferramentas utilizados no processo produtivo (entre outros itens empregados na produção) devem ser considerados custos.

Para Bruni, Famá (2004, p.24) “A contabilidade de Custos pode ser definida como o processo ordenado de usar os princípios da contabilidade geral para registrar os custos de operações de um negócio”.

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De acordo com Padoveze (2003, p. 5) “A Contabilidade de Custos é o segmento da Ciên-cia Contábil espeCiên-cializado na gestão econômica do custo e dos preços de venda dos produtos e serviços oferecidos pelas empresas”.

Para Bomfim, Passarelli (2006, p.33) “O controle dos gastos, objetivando a sua contínua redução, será cada vez mais vital para a sobrevivência das empresas”.

Para Vieira (2008, p.11) a contabilidade de custos teve sua origem através da necessidade da correta mensuração, classificação e registra os dados operacionais das diversas atividades da entidade:

Com o desenvolvimento e o emprego cada vez mais intensivo das máquinas no processo de produção, os novos custos apareceram tornando bem mais complexos os métodos para medi-los. A complexidade destes métodos contábeis, capazes de solucionar cada vez com mais rapidez os custos de fabricação, foi que deu origem à contabilidade de custos.

Para Souza, Clemente (2011, p.5) “Não se deve objetivar a simples redução de custos, mas sim uma compatibilidade entre os investimentos, potencialização de competências, valores agregados, retornos esperados, riscos assumidos e satisfação do consumidor”.

A Contabilidade de custos coleta e registra todos os dispêndios necessários para a realização do produto ou serviço dentro de todos os processos produtivos, classificando conforme sua natureza e dando assim condições para comparabilidade entre os mesmos, gerando relatórios que auxiliam o gerenciamento da entidade.

2.2.1 Classificação dos custos

A classificação dos custos se faz necessária em função de um melhor gerenciamento do mesmo junto à entidade, sendo que os mesmo podem ser classificados pela facilidade de identificação com o produto, como no caso do custo direto e indireto, bem como quanto ao volume de produção do período, sendo este os custos fixos e variáveis.

Vieira (2008, p.20) ajuda a explicar a forma de classificação:

A separação de gastos em custos e despesas forma uma subdivisão quanto ao comportamento em relação às variações nos volumes de produção e de vendas, que podem ser classificados da seguinte forma: fixos ou variáveis. Mas ainda temos uma nova classificação desses mesmos gastos em relação à forma de distribuição e apropriação aos produtos, bastante empregados e definidos segundo a necessidade a que devem atender, classificando-os em diretos ou indiretos.

Por custos diretos, Wernke (2005, p.6) disserta que:

Os custos diretos são os gastos fácil ou diretamente atribuíveis a cada produto fabricado no período. São aqueles custos que podem ser identificados com facilidade

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24 como apropriáveis a este ou aquele item produzido. Por suas características próprias e objetividade de identificação no produto pronto, esses gastos são atribuídos aos artigos produzidos por medições ou controle individuais (como a ficha técnica), sem a necessidade de se recorrer a algum tipo de divisão ou rateio mais complexo.

Quanto a custos indiretos, Santos (1991, p.22) conceitua como:

São os outros custos que complementam uma atividade, incorridos de forma indireta ou geral, beneficiando dessa maneira todos os bens ou serviços produzidos ou prestados. Exemplos de insumos que são necessários para a obtenção do produto final, porem não mantem qualquer relação direta: supervisão geral da fábrica; limpeza; segurança; depreciação; óleos lubrificantes; energia elétrica; água; e peças de reposição de equipamentos.

Custos indiretos englobam os itens de custos em que há dificuldade de identifica-los as unidades de produtos fabricados no período. Nesses casos, a atribuição dos custos indiretos aos objetos acontece por intermédio de rateios (Wernke, 2005).

Quanto aos custos fixos, Padoveze (2003, p.54) caracteriza como:

Um custo é considerado fixo quando o seu valor não se altera com as mudanças, para mais ou para menos, do volume produzido ou vendido dos produtos.

Apesar da possibilidade de classificarmos uma série de gastos como custos fixos, é importante ressaltar que qualquer custo é sujeito a mudanças. Mas os custos que tendem a manter-se constantes nas alterações do volume das atividades operacionais são tidos como custos fixos.

Sobre custos variáveis, Padoveze (2003, p.56) conceitua como:

São assim chamados os custos e despesas cujo montante em unidades monetárias varia na proporção direta das variações do nível da atividade a que se relacionam. Tomando como referencial o volume de produção ou vendas, os custos variáveis são aqueles que, em cada alteração da quantidade produzida ou vendida, terão uma variação direta e proporcional em seu valor.

A correta classificação e entendimento e de vital importância para a realização de um bom sistema de custos, podendo os mesmos serem classificados e diferenciados dependendo da necessidade do negócio e/ou atividade, ou seja, a real necessidade do que se pretende medir ou gerenciar é que ira determinar o seu melhor formato (VIEIRA, 2008).

Assim sendo, a correta classificação e formato se darão através da necessidade especifica que cada entidade precisara para o melhor desempenho da sua atividade.

2.2.2 Custos patrimoniais

Custos patrimoniais correspondem ao custo relativo à perda de valor patrimonial dos ativos imobilizados, sendo que está perda pode ocorrer através do uso e desgaste do mesmo frente ao processo produtivo, ou através das ações do tempo, ou ainda pelo lançamento de um

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novo equipamento, entre outros fatores. Para a perda de valor do ativo imobilizado dá-se o nome de depreciação.

Entende se como ativo imobilizados aqueles bens capazes de gerar receita futura para a empresa durante vários exercícios, o imobilizado inclui elementos tangíveis e duráveis, tais como terrenos, edificações, galpões, máquinas, robôs, equipamentos, ferramentas, veículos, tratores, escavadeiras, embarcações, aeronaves, móveis, utensílios, instalações, gado reprodutor, entre outros, bem como bens intangíveis, como os custos de exploração de fundos de comércio, direitos autorais, etc, (OLIVEIRA, PEREZ JR, 2005).

A diferença de valores entre o bem novo e o bem usado e denominada depreciação, sendo que a cada queda de valor do bem, quanto mais usado ele é ou quanto mais transcorre o tempo, contabiliza-se um valor a título de depreciação (PADOVEZE, 2003).

Padoveze (2003, p. 138) conceitua a depreciação como sendo:

A depreciação representa a perda de valor dos bens – perda considerada como uma despesa ou um custo contábil. Em função disso, ela deve fazer parte dos conceitos da formação dos produtos para a formação de preço de venda, como um instrumento de recuperação dos investimentos nos ativos imobilizados operacionais.

Está depreciação se dá no decorrer da vida útil do bem, sendo que se entende por vida útil o tempo em que o bem irá levar para se desgastar pelo uso na produção e nas atividades empresariais, sendo que este período pode variar de bem para bem, dependendo do tempo de retorno estimado pela empresa, bem como através do surgimento de uma nova tecnologia que venha o tornar obsoleto (OLIVEIRA, PEREZ JR, 2005).

O Conselho Federal de Contabilidade, através da NBC TG 27, item 57 do pronunciamento (CFC, 2009, p. 13) defini a vida útil do ativo imobilizado:

A vida útil de um ativo é definida em termos da utilidade esperada do ativo para a entidade. A política de gestão de ativos da entidade pode considerar a alienação de ativos após um período determinado ou após o consumo de uma proporção específica de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. Por isso, a vida útil de um ativo pode ser menor do que a sua vida econômica. A estimativa da vida útil do ativo é uma questão de julgamento baseado na experiência da entidade com ativos semelhantes

Segundo o pronunciamento técnico 27 do CPC (CPC, 2009), o método de depreciação a ser utilizado deve evidenciar o padrão de consumo dos benefícios econômicos pela entidade, sendo que está modalidade pode ser o linear, dos saldos decrescentes e método de unidades produzidas. Independente do modelo adotado, o método de depreciação aplicado a um ativo deve ser revisado pelo menos ao final de cada exercício e, se houver alteração significativa no

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padrão de consumo previsto, o método de depreciação deve ser alterado para refletir essa mudança.

2.2.3 Custos com pessoal

Custos com pessoal correspondem a todos os custos relativos com a folha de pagamento, bem como os custos inerentes a contratação e manutenção deste funcionário.

Estes custos podem ser considerados diretos e indiretos; o custo direto é quando se consegue mensurar com clareza todo o tempo despendido para execução daquela tarefa / trabalho, já no custo indireto precisa-se através de rateio alocar este custo na composição do preço de venda deste produto ou serviço.

Fontoura (2013, p.40) considera como essenciais a observação de alguns tópicos quando da formação de custo, sendo eles:

Para o cálculo dos custos da mão de obra, é necessário determinar quais são as incidências sociais (INSS, FGTS normal e FGTS/Rescisão) e trabalhistas ( Provisões de Férias, 13º salário e Descanso Semanal Remunerado – DSR) sobre os valores das remunerações pagas

Complementando a citação anterior, Bomfim, Passarelli (2006, p.109) dissertam que:

Os custos com mão-de-obra incluirão, portanto, todos os gastos incorridos pela pessoa jurídica para contratar, treinar, manter, remunerar e desligar seus empregados tanto na área de produção como de administração e comercial.

Todos esses gastos estão relacionados ao “ciclo de vida da mão-de-obra”, pois vão desde o recrutamento, a seleção e a admissão até a saída do empregado.

Em boa parte das empresas prestadoras de serviços, o custo da mão-de-obra é o principal componente dos custos da produção dos serviços (OLIVEIRA, PEREZ JR, 2005). Sendo assim, ocorre a necessidade da correta registro do custo da mão de obra, bem como de sua correta classificação.

Nas empresas industriais e de prestação de serviço, há a necessidade de separar os dois tipos de mão-de-obra: a mão-de-obra direta e a mão-de-obra indireta (PADOVEZE , 2003).

Para a correta classificação dos custos, Martins ( 2008, p.133) define critérios a serem observados, “Se surgir a possibilidade de se conhecer o valor de mão-de-obra aplicado no produto de forma direta por medição, existe a mão-de-obra direta; se se recorrer a qualquer critério de rateio ou estimativa, configura-se, para efeito contábil, em indireta.”

Complementando a citação anterior, Padoveze (2003, p.25) define mão de obra direta como, “Considera-se mão-de-obra direta os gatos com pessoal que manipula diretamente os

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produtos ou executa os serviços vendidos. Basicamente, é o pessoal responsável pelas etapas das atividades de processamento para trabalhar os recursos e gerar os produtos e serviços.”

Já para a mão-de-obra indireta, Padoveze (2003, p.25) considera-se:

Considera-se mão-de-obra indireta os gastos com pessoal que desempenha as atividades de apoio aos setores diretos (onde está agrupada a mão-de-obra direta). A mão-de-obra indireta, em linhas gerais, não manipula os produtos, não faz os serviços, ou seja, não tem participação direta nos processos produtivos, Está locada nos setores de apoio á fábrica, tais como planejamento e controle de produção, setor de manutenção, controle de qualidade, engenharia de fábrica, engenharia de desenvolvimento etc.

Assim sendo pode-se entender como custos com pessoal uma fatia importante a ser considerada na formação do preço de venda, sejas a entidade industrial, comercial ou no segmento de prestação de serviços, sendo que a mesma terá índices de participação diferente em cada segmento de mercado, precisando ser mensurada corretamente em cada atividade empresarial.

2.2.4 Custos materiais

Os custos materiais são geralmente encontrados junto ao sistema de compras, sendo que o mesmo consiste no custo total dos insumos junto a entidade.

Para encontra-los, pode se utilizar o custo das ultimas aquisição, o custo das cotações ou de reposição. O custo médio, para fins legais e fiscais, é obtido normalmente do controle de estoque de materiais (PADOVEZE, 2003).

Os custos específicos das empresas, principalmente das empresas de transformação / industrialização, está muito associados aos custos de estoques, por isso da necessidade de conhecê-los, avalia-los e registra-los (BOMFIM, PASSARELLI, 2004).

Para Bomfim, Passarelli (2004, p.65) “ Segundo historiadores da administração, a

avaliações de estoques parece ter sido a primeira das aplicações gerenciais da Contabilidade de Custos”.

Para Fontoura (2013, p.39):

O custo dos materiais, também denominado de CVD (custo variável direto), é de simples identificação aos produtos ou serviços, necessitando apenas de controle de consumo efetivo. O problema nesse caso não é e nem a relação de consumo para cada item ou serviço, e sim a metodologia de cálculo a avaliação do custo líquido para imputação aos produtos.

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Existem alguns critérios de avaliação de estoque de materiais, entre eles o PEPS, UEPS e a Média Ponderada, sendo que para atender a Legislação do IR, apenas são aceitas a Média Ponderada e o PEPS. Este trabalho será baseado na Média Ponderada Móvel (MPM).

Bomfim, Passarelli (2006, p.97) conceituam MPM como:

Este método, também chamado de método da Média Ponderada ou Média Móvel, baseia-se na aplicação dos custos médios em lugar dos custos efetivos. O método de avaliação do estoque ao custo médio é aceito pelo Fisco e usado amplamente. Por este método, o valor dos itens de estoque em mãos, ao final do período, é representado pela média ponderada do custo do estoque dos itens em mãos no começo do período e de todas as compras efetuadas durante esse mesmo período.

O custo médio é calculado pela divisão do saldo total em valor pelo saldo total em quantidades, ou seja, cada entrada por custo diferente do custo médio anterior altera esse custo médio e que cada saída, embora não altere o custo médio, altera o fator de ponderação (OLIVEIRA, PEREZ JR, 2005).

Conhecer o correto custo dos insumos adquiridos, bem como conhecer as especificidades do método de avaliação adotado pela entidade, faz com que a gerencia possa tomar as melhores decisões quando da geração da planilha de rentabilidade. Assim conseguindo evidenciar qual é o mínimo que se pode praticar no ato da venda de seus produtos / mercadorias, bem como qual a margem ideal para se trabalhar.

2.3 CUSTOS NA ATIVIDADE COMERCIAL

Entende-se como custo na atividade comercial apenas o que diz respeito à comercialização dos produtos adquiridos, sendo a principal distinção do comercio com a indústria é que na indústria ocorre a transformação do material adquirido em um novo produto; já no comércio ocorre apenas a venda da mercadoria adquirida.

Conforme Vieira (2008, p.91) “Embora todo o tipo de empresa (industrial, comercial e de serviços) exerça atividade econômica com finalidade lucrativa, o comércio se diferencia por intermediar o produto entre as fontes de produção e o consumidor e por ser atuante em duas formas distintas de comercialização: atacado ou varejo”.

Bomfim, Passarelli (2006, p.171) conceituam custo comercial como sendo:

Entende-se como custo comercial o total dos dispêndios monetários (imediatos ou futuros) nos quais a empresa incorre para obtenção de uma mercadoria ou serviço. Sendo a atividade comercial caracterizada pela compra e venda de mercadorias com objetivo de lucro, o custo comercial deverá ser apurado de forma a evidenciar o custo, a receita e o lucro das mercadorias vendidas.

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Sendo assim, na atividade comercio o preço de aquisição do produto influi diretamente no preço de venda, pois o mesmo correspondem a maior parcela do custo total da mercadoria, apenas acrescido pelos valores provenientes das despesas diretamente relacionadas com a atividade comercial e pelo mark-up (BOMFIM, PASSARELLI, 2006).

Segundo Wernke (2005, p. 124), na década de 80 a economia brasileira vivenciou um im-portante acontecimento, quando o setor secundário (indústria) foi suplantado pelo setor terciário (serviços) na condição de setor de maior peso na economia nacional. O grau de importância atribuída ao comércio prende-se aos fatos de que este segmento é o responsável pela maior participação no produto, combinada com o elevado número de empresas.

Apesar do custo da mercadoria compor a maior parcela do preço de venda, a correta apropriação das despesas comerciais é necessária para a formação do mesmo. Na geração deste valor de venda, necessita-se mensurar vários custos que recaem sobre o produto, como o custo comercial (composto pelas despesas indiretas, que corresponde às despesas administrativas), o custo contábil (custo de compra das mercadorias acrescido de despesas tais como armazenamento, seguro de estocagem, frete, etc.), despesas de vendas e despesas financeiras, além da tributação de impostos pertinentes à classificação fiscal de cada família de produtos (BOMFIM, PASSARELLI, 2006).

Assim sendo, entende-se como contabilidade comercial a correta mensuração das despesas, custos e impostos que incidem sobre a mercadoria quando do seu repasse entre a indústria produtora do bem de consumo e o cliente final.

2.4 CUSTOS NOS SERVIÇOS

As empresas prestadoras de serviços existem desde o início da civilização, assim como as atividades de indústria e comércio, acompanhando naturalmente a evolução das mesmas. No mundo econômico moderno, é cada vez mais significativa a parcela da economia relacionada com atividades empresariais de prestação de serviços, gerando emprego e renda. Desta forma, torna-se cada vez mais importante a apuração correta dos custos dos serviços. (OLIVEIRA, PEREZ JR., 2005).

Para formar o preço de venda de um serviço, é necessário mapear a estrutura do serviço e o processo ou roteiro de execução. Na estrutura do serviço deve-se considerar todos os equipamentos e estrutura física usados diretamente para sua execução. Já o processo de

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execução do serviço considera a utilização de pessoas para fazê-lo (PADOVEZE, TAKAKURA JÚNIOR, 2013).

Para Padoveze, Takakura Júnior (2013, p.54), “A estrutura do serviço está intrinsecamente ligada aos materiais que serão consumidos no serviço, bem como a estrutura de equipamentos necessária para que seja prestado. A estrutura de cada serviço é o primeiro grande diferenciador do custo do serviço.”

Para Padoveze, Takakura Júnior (2013, p.54):

Todo o serviço tem um processo genérico de execução, ou seja, as etapas, atividades e tarefas que são necessárias para produzir o serviço ou para disponibilizar o serviço. Todos os funcionários envolvidos com essas etapas, atividades ou tarefas são considerados como pessoal direto ou mão de obra direta. O esforço da mão de obra direta para cada serviço é identificado, quantificado e mensurado e consta do processo de execução.

Para determinar os custos incorridos para a realização de um serviço, os valores monetários dos recursos consumidos (material, pessoal e organização), podem ser acumulados nas ordens de serviço, para posteriormente serem analisadas (LEONE, 2002).

Desta forma, entende-se que para formar o custo dos serviços são levados em conta a estrutura física e atividades realizadas para produzi-lo. Sua correta apuração é de grande importância para obtenção do lucro sob sua prestação.

2.5 MÉTODO DE CUSTEIO

Método de custeio é como a entidade agrega ao preço de venda o custo da produção. Sendo que o preço de venda pode variar dependendo do modelo de custeamento que a empresa adotar.

Os métodos de custeio mais comumente utilizados são o Método por Absorção e o Método de Custeio Variável.

Wernke (2005, p.17) disserta que:

Método é um vocábulo de origem grega e resulta da soma das palavras meta (resultado que se deseja atingir) e Hodós (caminho). É portanto, o caminho para chegar aos resultados pretendidos. Custeio significa atribuir valor de custo a um produto, mercadoria ou serviço.

Sendo assim, seria a forma em que se trabalhará para a formação do preço de venda dos produtos junto à entidade.

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2.5.1 Método de custeio por absorção

O Método de custeio por absorção é o mais comumente utilizado, sendo este o exigido pela legislação Brasileira para a contabilização do Imposto de Renda. Ele considera todos os custos inerentes à produção, sendo eles os custos fixos, variáveis, diretos e indiretos.

Wernke (2005, p.20) conceitua o Custeio por Absorção como, “O custeio por absorção designa o conjunto de procedimentos realizados para atribuir todos os custos fabris, quer fixos ou variáveis, diretos ou indiretos, aos produtos fabricados em um período.”

Para tal quando da formação de preço de venda, são atribuídos os custos fixos e variáveis ao mesmo através da modalidade de rateios.

Para Bomfim, Passarelli (2006, p.62) esta modalidade possui deficiências:

Esta modalidade de custos fixos, entretanto, implica, naturalmente, a utilização de rateios. E nisso reside a principal falha do custeio por absorção como instrumento de controle. Por mais objetivos que pretendam ser os critérios de rateio, sempre apresentarão um forte componente arbitrário, que distorce os resultados apurados por produto e dificulta (quando não desorienta) as decisões da gerência com relação a assuntos de vital importância para a empresa, como, por exemplo, a determinação de preços de venda ou o cancelamento da fabricação de produtos deficitários.

Este método de custeio é o modelo oficial de apuração de resultados das empresas para formação dos custos unitários dos produtos e serviços, considerando apenas os gastos da área industrial (PADOVEZE, 2003).

Basso, Didoné (2005, p.69) complementando os conceitos citados dizendo que: “O método de custeio por absorção trabalha com todos os tipos de custos de produção, tanto fixos quanto variáveis, e se destaca por ser uma metodologia que busca encontrar o custo total de cada objeto de custeio, além de ser o método aceito pela legislação”.

Dessa forma, a modalidade de custeio por absorção apropria todos os custos aos produtos, mesmo havendo inúmeras críticas quanto à forma de apropriação da parcelo relativa aos custos fixos, está modalidade é a aceita bem como obrigatória para fins contábeis e fiscais.

2.5.2 Método de custeio variável

Nesta modalidade de custeio, são considerados apenas os gastos variáveis como custos ocorridos no mês, e os custos fixos são apropriados como despesa; desta forma facilitando a formação do preço de venda.

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32 São assim chamados os custos e despesas cujo montante em unidades monetárias varia na proporção direta das variações do nível de atividade a que se relacionam. Tomando como referencial o volume de produção ou vendas, os custos variáveis são aqueles que, em cada alteração da quantidade produzida ou vendida, terão uma variação direta e proporcional ao seu valor.

Ou seja, consideram-se custos variáveis todos os que variam proporcionalmente ao volume produzido (SOUZA, CLEMENTE, 2011).

Possuem como característica ser fixo em se tratando de custo unitário, sendo que o insumo aumenta na medida em que também aumenta a escala, e o custo unitário continua igual, existindo uma correlação de 100% de aumento do insumo para cada unidade produzida (FONTOURA, 2013).

Para Bomfim, Passareli (2006, p.62), está modalidade terias vantagens sobre o custeio por absorção, pois:

Em oposição ao custeio por absorção, o custeio variável ou direto toma em consideração, para custeamento dos produtos da empresa, apenas os gatos (custos e despesas) variáveis. Com isso, elimina-se a necessidade de rateios e, consequentemente, as distorções deles decorrente.

Assim, está modalidade de custeio apresenta sobre a modalidade anterior significativas vantagens no que diz respeito á apuração dos resultados financeiros gerados pelos diferentes produtos da empresa.

Está modalidade de apuração facilita a mensuração de quanto o produto custou e de quanto o mesmo gerou de retorno unitariamente à empresa, podendo desta forma conhecer de maneira mais clara a margem de contribuição unitária (MCU) que este produto gerou, sendo assim mais comumente utilizado na contabilidade gerencial, já que para fins contábeis fiscais a modalidade que deve ser seguida é o custeio por absorção.

2.6 ANÁLISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO

Com base na análise do custo, volume e resultado, a empresa consegue mensurar com maior clareza as margens em que se deve trabalhar em cada produto ou serviço a fim de gerir o seu custo administrativo bem como a manutenção da margem desejada. Desta forma permitindo a análise entre as receitas totais, custos totais e despesas.

Wernke (2008, p.41) define que: “As análises de custo/volume/lucro são modelos que visam demonstrar, de forma gráfica ou matemática, as inter-relações existentes entre vendas, os custos (fixos ou variáveis), o nível de atividade desenvolvido e o lucro alcançado ou desejado”.

A utilização dos custos para auxiliar a tomada de decisões, bem como a previsão e planejamento do lucro da empresa e de suma importância, para tal se faz necessário à análise de

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custo-volume-lucro, pois o mesmo determina a influencia no lucro provocado por alterações nas quantidades vendidas e nos custos (BORNIA, 2010).

Para Souza, Clemente (2011, p.171):

A análise da relação custo-volume-lucro (CVL) busca apresentar o comportamento dos custos e do lucro em função do nível da atividade. Mas especificamente, a análise da relação custo-volume-lucro considera os custos e as receitas como funções do nível de produção vendida em certo período. Essa relação proporciona informações valiosas sobre a estrutura de custo e o risco operacional da empresa.

A analise da CVL se faz necessária em função de determinar se o que está sendo produzido e vendido é suficiente para obtenção do resultado esperado. Pois apenas a venda de itens com margem por si só não garante que a entidade obterá resultado, mas sim a correta mensuração de quanto de precisa vender com aquele resultado para que a empresa assim possa obter lucro, já que em muitos casos apenas a majoração de preços não acarreta resultado e sim em muitos casos mais prejuízo em função de deixar a empresa fora dos custos aceitáveis pelo mercado que é quem de fato rege o valor que deve ser praticado para cada produto.

2.6.1 Formação de preço de venda

O método de formação do preço de venda é bastante complexo, pois o mesmo está intrinsecamente ligado ao que a administração pensa em matéria de dividendos a serem alcançados remunerando assim seu capital investido, bem como qual a fatia de mercado que a instituição busca alcançar.

Para Wernke (2008, p.126):

Preço é a expressão do valor de troca que se oferece por alguma coisa que satisfaça uma necessidade ou desejo. No cálculo do preço de venda, as empresas devem procurar valores que:

a) maximizem os lucros;

b) possibilite alcançar as metas de vendas com tal preço; c) permitam otimização do capital investido; e

d) proporcionem a utilização eficaz da capacidade de produção instalada.

Para Vieira (2008, p.69):

O processo de determinação de preços de venda deve merecer a atenção da alta administração da empresa dado a importância que o assunto representa, inclusive em termos de obtenção de resultados, grau de retorno do investimento, fatia de mercado desejada pela empresa e demais fatores de caráter empresarial.

Segundo Padoveze (2003, p.309) “A teoria econômica indica que quem faz o preço de venda dos produtos é o mercado, basicamente por meio da oferta e da procura, com as devidas

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considerações para situações de monopólio, oligopólio, mercados cativos e situações similares”.

Para Bomfim, Passarelli (2006, p.431) “ A formação ou simples reajuste de dos preços de venda são sempre orientados por três fatores básicos: os custos do bem apreçado, a concorrência que o mercado oferece a esse bem e o nível de lucro pretendido pela empresa”.

Fontoura (2013, p.125) disserta que:

Vários autores definem que a formação de preços não é realizada por cálculos de custos, e sim pela competitividade e adequação de mercado. Em linhas gerais todo produto tem um equilíbrio entre preço e demanda. E a organização precisa ter uma gestão integrada (estratégica, custos e marketing), para perceber este ponto de maximização dos resultados.

Para a formação do preço de venda, a instituição precisa primeiramente analisar o mercado para assim conhecer seus concorrentes, como eles praticam seus preços, os valores aceitos pelos consumidores, conhecer a sua estrutura para mensurar o tempo de retorno do investimento e qual a taxa de remuneração pretendida e assim definir quantidade de produtos que deve colocar no mercado a fim de obter a remuneração desejada.

2.6.2 Margem de contribuição

A Margem de Contribuição Unitária (MCU) é a diferença entre preço de venda e o custo e despesas variáveis de cada produto ou serviço, ou seja, é quanto de resultado que cada produto gerou para a entidade a fim de cobrir o custo fixo e gerir rentabilidade.

Toda e qualquer parcela de custo fixo que lhe queiramos imputar na composição do preço de venda não será existente apenas se houver produção e venda, sendo assim, não adianta embutir esta parcela sem estar intimamente ligada a quantidade produzida e vendida. Sendo que a diferença entre o preço de venda e o custo variável de cada produto se dá o nome de margem de contribuição unitária, ou seja, é o valor que cada unidade efetivamente traz á empresa e sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e que pode ser mensurado sem erro para que possas cobrir as despesas fixas e resultar no retorno esperado (MARTINS, 2008).

Para Padoveze (2003, p.279):

Margem de contribuição é a margem bruta, obtida pela venda de um produto ou serviço, que excede seus custos variáveis unitários. Em outras palavras, a margem de contribuição é o mesmo que o lucro variável unitário, ou seja, o preço de venda unitário do produto deduzido dos custos e despesas variáveis necessários para produzir e vender o produto.

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O custo fixo normalmente não se tem muita autonomia de gestão, bem ao contrário dos gastos variáveis, que por sua vez, representam parcelas de despesas e custos sobre os quais os gerentes podem administrar; sendo que a diferença entre o preço de venda adotado sobre cada produto e a sua despesa e custo variável se dá o nome de margem de contribuição, que em outras palavras, significa a “sobra financeira” de cada produto ou divisão de uma empresa para a recuperação – ou amortização – das despesas e dos custos fixos de uma entidade e para a obtenção do lucro esperado pelos empresários (OLIVEIRA, PEREZ JR, 2005).

Bornia (2010, p.55) exemplifica o conceito:

A margem de contribuição unitária representa a parcela do preço de venda que resta para a cobertura dos custos e despesas fixos e para a geração de lucro, por produto vendido. Para melhor entender esse conceito, suponha que a empresa decida produzir (e vender) uma unidade A MAIS de seu produto. A receita será acrescida de um valor equivalente ao preço de venda do produto, enquanto que os custos aumentarão em um montante igual aos custos variáveis unitários. A diferença é justamente a margem de contribuição unitária.

Sendo assim, a margem de contribuição bruta espelha o potencial de geração de resultados da área de produção antes do ressarcimento dos custos fixos, sendo assim a margem unitária que cada produto ou serviço contribuiu para o resultado operacional da empresa antes da dedução dos custos fixos (SOUZA, CLEMENTE, 2011).

Assim sendo, a diferença entre o preço de venda de determinado produto / serviço com seu custo e despesa variável se dá o nome de Margem de Contribuição Unitária (MCU), sendo que a soma das margens obtidas com a venda de inúmeros produtos se dá o nome de Margem de Contribuição Total (MCT). A obtenção de MCT não está intrinsicamente relacionada que a empresa obteve lucro, pois para a empresa obter lucro a MCT deve superar os custos e despesas fixos da instituição.

Desta forma, a margem de contribuição corresponderá a uma parcela de lucro gerada por cada produto/serviço a fim de que a sua soma venha suprir os gastos e despesas fixas e a sua sobra possa gerir o retorno esperado a instituição.

2.6.3 Ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio significa a quantidade de receita que deve ser gerada para que a entidade possa equilibrar as suas expectativas. Este ponto de equilíbrio para ser conhecido precisa primeiramente identificar qual a margem unitária que cada produto vendido gerou.

Referências

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