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Zero, 2004, ano 20, n.1, nov.

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(1)

Revelada

a

-,

identidade

da

primeira

cineasta

,

.. r

catarinense.

E

uma

das

primeiras

do Brasil

CUrso do

Jornalismo

da UFS£

-FllJrlanlildS.

B do novDlllbre do 2104

-

Ano XX

-Nlimoro 1

Nelson

lanure,

o

homem

que

aprofunda

as

crises

do

Jornaldo Brasl

e

da

GazetaMercantl

RETROCESSO

ERA BUSH

JÚNIOR

FRAGILIZA

IMPRENSA DOS

EUA

PÁGINAS

10 E11

JORNALISTAS

VERSUS

MIDIA GRANDE

PÁGINAS

2 E 3

o ADEUS DO POETA

(2)

ASSUMIDOS

Comitê

fortalece

Conselho

em

SC

,

Orgão

que defende Conselho Federal de Jornalismo

tem

fortes aliados

no

Estado

No

plenário

daAssembléia,

jornalistas

locais criticama

oposição

da

grande

mídia àcriaçãodo Conselho Federal dejornalismo

nãoteria

poder

para

tal, já

que

regula

a

profissão

nãoa

produ­

ção

dos

profissionais

eempresas.A

regulamentação

da

profis­

sãoeo

papel

fiscalizador dessa

regulamentação

ficarianasmãos

dos

jornalistas,

não maisnasmãosdo governocomo é

hoje,

atravésdoMinistériodo

Trabalho,

oquetrariamaior

indepen­

dênciaaos

jornalistas.

Segundo

a

Fenaj,

se o

projeto

trazdúvi­

das

quanto

aisso

poderá

serrevisadoemodificado

pelo

Con­ gresso. Conselhos Federais são

autarquias

ou

seja,

orgãos

autônomoscom

patrimônio

ereceita

próprios

e com

adminis-tração

independente

criados por lei. Temcomo

única

ligação

com ogovernoa

prestação

decon­

tasaoTribunal de Contas da Uniãoe suapropos­

tade

criação

competeexclusivamenteao

poder

executivo,

informação

estaque passou

desper­

cebidaao

presidente

da Câmara dos

Deputados,

João

Paulo

Cunha,

quecriticouofato deo

proje­

tonãotersido relatado porumsenador.

Aidéia da

criação

de umConselhoFederal

dejornalismo

nãoérecenteenão

partiu

do

go-verno.

Começou

a serdiscutidanoSindicato dos

Jornalistas

Profissionais do Estado de São Paulo ainda duran­

teosdebatesqueantecederama

votação

da

Constituição

de

1988,

após

a

campanha pela

volta das

eleições

diretas. Em

maiode

1996

foi

apresentada

no27"

Congresso

Nacional dos

Jornalistas

umatese

prevendo

a

criação

deumaOrdem dos

Jornalistas

doBrasil.Nessa

ordem,

a

regulamentação

da pro­

fissão deveria ficarnas mãosdos

jornalistas

assim como a

fiscalização

do mercadoafim deevitarque pessoas nãore­

gulamentadas

exercessema

profissão.

Tambémeradefendi­

daanecessidade deum

órgão

quetivesse

força

de lei para

aplicar

o

código

de ética. A tese foi

aprovada pela

Fenaj

e

pelos

sindicatos de

jornalistas

que

participaram

doevento.

Foicriadaumacomissão para elaboraro

anteprojeto.

Aidéia da

criação

deumconselho foi adiada

pois

a

Fenaj

e ossindi­

catosde

jornalistas

resolveram

apoiar

o

projeto

de leido

se-nador CarlosBezerraque transferiaa

regulamentação

da pro­

fissão do Ministériodo Trabalhoparaa

Fenaj.O projeto

que

foi

aprovado

nocongressoem

1999,

masvetado

pelo

presi­

denteFernando

Henrique

Cardoso soba

alegação

deintervir

na

organização

sindical e ameaçar aliberdade de

filiação.

Comoveto

presidencial,

voltouapautao

projeto

de

criação

do

CF].

Aversão atual do

projeto

foi amadurecidaem muitos

encontrosecongressosde

jornalistas,

otexto ficou

dispo­

nível para criticase

contribuições

duranteanos,e

chegou­

se ao

anteprojeto

em 12 de setembro de 2002. Otexto foi

entregueem dezembro

daquele

ano ao então ministro do

'Trabalho,

Paulo

Jobim.

Delá para cásofreu

algumas

modi­

ficações

recebendo

apoio

do

presidente

Lula emabril do ano

passado.

No dia 27 de maio desse ano o

projeto

foi

assinado

pelo

ministro do TrabalhoRicardoBerzoini eno

dia 4de agosto o governoanunciouqueestavaenviandoo

projeto

de lei para

votação

no

Congresso juntamente

com o

projeto

de lei do

deputado

CelsoRussomanoque

propõe

a

criação

deumaOrdem dos

Jornalistas

do Brasil. Não houve

mudança

de conteúdo dotexto

pelo

governo,somente

adap­

tações

técnlcas.O

textofoi

enxugado,

de

76

artigos

para19.

Código

de Etica-Aobediênciaao

código

de ética éum

dos

principais

pontos

paraa

criação

do conselhoe a ma­

neirapara se fazer

cumprir

este

código

é umdos pontos

que estão e,m debate.Para

julgar

questões

ligadas

àéticao

Comitê deEticae

Disciplina

contariacom

participantes

de

váriossetoresda sociedade.OComitêteriaautoridade para

aplicar

sanções

aos

jornalistas

que

desrespeitem

o

código

de

ética,

podendo

até tirar o

registro

profissional,

assim

como osconselhos deoutrasáreasfazem.A

composição

do conselhoseriavotadaportodosos

jornalistas,

emvoto di­

reto euniversal.

Priscila

Grison

...

3°Melhor

Jornal-Iaborató riodo Brasil

...

MelhorJornal-laboratório

IPrêmioFoca

ANO XX- Nº1- NOVEMBRO2004- CURSO DE

JORNALISMO- UFSC- CCE

-JORjornal-laboratóriodoCursodejornalismoda Universidade Federal deSanta CatarinaApoio: LabFoto,

LabInfografia

Arte:

WendelMartinsColaboração:AssessoriadeImprensada Assembléia

Legislativa

deSantaCatarina,DubesSonego, Fenaj,jonasCampos, MarquesCasara,SindicatodosjornalistasProfissionais doRiodejaneiro,Sindicato dosjornalistasProfissionais deSãoPaulo,ProfessorVictorCarlson Copy-writer:RicardoBarreto,

Felipe

Bãchtold,

je,anne

Callegari,

Luis Tasso Neto DireçãodeArteede

Redação:

jornalistae

professor

Ricardo

BarretoEditores-executivos:AlexandreBrandão,

Felipe

BãchtoldeWendelMartins Editores Sêniors: FabianoAvila,FernandaFava,LuisTassoNeto,MariaFernanda

Ziegler

Secretaria deRedação:Priscila

GrisonServiçoseditoriais:BBC, CBS,Comunique-se,

DesaparecidosPoliticos.org,

OEstado deSãoPaulo,Folha deSãoPaulo, Google, Guardian, Magnum,MonitordaMídia,MiamiHerald,NewYorkTimeson

theWeb,Observatório daImprensa, Photo,

Repórteres

semFronteiras,RevistaImprensa,SociedadeInteramericanadeImprensa,Veja,

Washington

Post,'Edição:AndréVendrami,André RibeiroVicente,Carlos

G.Petry,DanielA. Pereira,DéboraPiresSiles, Diogo

d'Ávila,

FernandaFava,Felipe Mendes,GutieresBaron,IsabelaAguiar, JoãoWernerGranda, JúliaAntunesLorenço,LeandroUchóas,LucasPereira,Luciana

Dyniewicz, MarcoAntônioJunqueira, MarianaVasconcellos, Marília Prado, Roberto Saraiva, Robson Martins, Tatyana de Azevedo Maia,Vitor Brandalisejúnior, Galena Lima, Luiz

Felipe

Seffrin

Editoração

eletrônica:Felipe Bãchtold,WendelMartins Produção

gráfica

ecirculação: FelipeBãchtoldSetordechecagem: LuizTasso Neto Tratamentodeimagens:AlexandreBrandão,

Felipe

BâchtoldeWendelMartins

Fotografia:

DaianeSchmitt, josef Koudelka,MarceloSouzaTextos:Alexandre

Albuquerque,

FernandaFava,FrancisFrança,GreiceBatista,MariaFernanda

Ziegler,

Mariana

Segala,

Maurício

Frighetto,

PriscilaGrison,Roberto

Saraiva,Robson Martins,

Rodrigo

Schmitt, TatianaLeme,Upiara Boschi, VanessaClasen,WendelMartinsImpressão: DiárioCatarinenseRedação: Cursodejornalismo (UFSC-CCE-jOR), Trindade,CEP 88040-900,

Florianópolis,

SCTelefones: 55(48)

331-6599,331-9490,331-9215

Fax:(48) 331-9490Sítio: www.zero.ufsc.br E-mail:

zero@cce.ufsc.brCirculação:

Nacional, gratuitae

dirigida

TIragem: 5.000exemplares

Oconselho

Federal de

Jornalismo

(CFJ)

éumaautar­

quia

quetem porfinalidade

regular

a

profissão

de

jornalista,

cuidar do exercício ético da

profissão

e

da

formação

defuturos

profissionais.

Noentanto, o

projeto

de lei que

propõe

sua

criação

tem recebidomuitas

críticas de

alguns

meiosde

comunicação

desde que foienvi­

ado ao

Congresso

no dia 4 de

agosto.

A

Fenaj

(Federação

Nacional dos

Jornalistas),

que éautorado

projeto,

vempro­

curando

responder

eesclarecerasdúvidase ascríticassobre a

criação

do

CF].

Para

isso,

estãosendo criados comitêsem

defesa do

órgão

emtodas as

capitais brasileiras,

buscando

ampliar

osdebatesediscussões. O comitê de Santa Catarina

foi instaladonodia26de

agosto

ematosolene realizadono

Plenarinho da Assembléia

Legislativa.

Sérgio

Murillo,

presidente

da

Fenaj,

estevenoeventoeres­

saltouanecessidade deumconselho que

regulamente

apro­

fissão de

jornalista

e a

formação

dos futuros

profissionais.

Tambémcompareceramrepresentantesda

Associação

Cata­

rinensede

Imprensa (ACO,

da seccional

catarínense

da Or­ dem dos

Advogados

doBrasil

(OAB),

daCentral Unicados Trabalhadores

(cur)

e do Conselho

Regional

de

Educação

Física.O eventofoi

presidido

por

Rogério

Christofoletti,

vice­

presidente

do Sindicato dos

Jornalistas

deSanta Catarina. Moacir

Pereira,

jornalista

e

presidente

interino da

ACI,

defendeuanecessidade de alterara

redação

do

projeto

para que ele

fique

claro e não assuste os

profissionais.

Adriano

Zanotto,

presidente

da seccional da

OAB,

garantiu

não ter

achado

qualquer imperfeição

notexto,que considerou levee

lembrou que

qualquer problema

que

haja poderá

sercorri­

gido pelo

Congresso.

Para

ele,

a OAB passou por

situação

semelhante

enquanto

estavasendocriada.

"Estáhavendo muitaconfusãoem

relação

ao

projeto.

O

conselhovaifazer

fiscalização

material,

não

fiscalização

de

opinião",

alertouMoacir Pereira. Ele tambémconsideraque

omomentoemqueo

projeto

foi

apresentado

foi

inoportuno

pela proximidade

das

eleições

em

outubro}

ao

projeto

decri­

ação

da

Agencia

Nacional de Cinemae Audiovisual

(Anci­

nav),

quetambémestáno

Congresso

ecom o

qual

o

CFJ

está

sendo confundidoalém do

problema

queo go-vernotevecomo

repórter

Larry Rohter,

dodiá­

rio americanoTheNewYork Times.

Sérgio

Murilloenfatizouqueaidéia docon­

selho foi vinculada com a censura

pela grande

mídia

com"uma

intenção

deliberada de

impe-/dirofortalecimento da

categoria".

Ele entende queo

CFJ

iriaaceleraro processo de valoriza­

ção

da

profissão

de

jornalista

efariatambémuma

mediação

entrea

imprensa

e a

sociedade,

que

poderia

recorrer ao

órgão

pararesolvercasos

de abuso da

imprensa,

queencontramdificuldades parase­ remresolvidos devido à lentidão da

justiça.

Todosos

representantes presentes

defenderamaexistên­

ciadeumconselhoquetiredo Estadoo

poder

de concedero

registro

profissional

de

jornalista

epasseafiscalizaroexer­

cício da

profissão, principalmente

paraevitaroexercício ile­

gal

e a

exploração,

do

profissional

de

imprensa.

"Nós quere­ mostermais autonomiacom

relação

aogoverno, emitindo os nossos

registros,

oque

hoje

éfeito

pelo

Ministério do Tra­

balho",

lembrou

Sérgio

Murillo,

esclarecendo ascríticas de

queo

CFJ

seriaummeiodeogoverno controlarotrabalhode

jornalistas.

"Oúnicovínculocom ogoverno éanecessidade de

prestar

contasasTribunal de Contas da União".

Ositensdo

primeiro artigo

do

projeto

delei são

polêmicos

porque

poderiam

dar espaço paraacensura.Noentantoo

CF]

...

MelhorPeçaGráfica

ZERO

..

Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina

(3)

�UEDA

DE

BRAÇO

Uma cartilha

publicada pela

Fenaj

diz que "as empresas sempreseopuserama

qualquer

regulamentação

do setore

temema

valorização

da

profissão".

O

jornalista

Sér&io

Muri­

llo de

Andrade,

presidente

da

Fenaj,

ementrevistaaRadio­

brás,

defendequeoConselho é tambémumainiciativapara

melhoraroacessoda sociedadeaosmeiosde

comunica5ão.

"A

democratização

da

comunicação

deve se darnãoso no

sentido de

questionar

a

concentração

absurda da

proprieda­

de

privada

damídiano

Brasil,

mastambém decriar mecanis­ mos,

possibilidades

de incidência sobre os conteúdos que

são

veiculados",

alerta. Paladino da esperança

-Umdaspoucasvozes adefen­

dero

projeto

foioveterano

jornalista

Mino Carta.Ele

afiança

quea

grande

mídianão querver o

projeto

aprovado

e con­

trapõe

atesededefesadaliberdadede

expressão

aosínteres­

ses

políticos

eeconômicos dos donos dosmeiosdecomuni­

cação.

"Nãoviriaa ser aliberdadedos

próprios

patrões

de

cuidarem exclusivamente dosseus

interesses,

edosínteres­

sesdo

poder,

os

quais

nãocoincidemnecessariamentecom

aqueles

dosseus leitorese da

nação

verde-amarela emge­

ral?",

indaga

no editorial da revista

CartaCapital

de 18 de

agosto.

Foiunânimeentreoscontráriosao

projeto

o

argumento

dequeoConselhoFederal de

Jornalismo

combinamaiscom

regimes

autoritáriosenãocomumademocracia.AlbertoDi­

nes, o mais

antigo

e

proeminente

crítico de mídiado

país,

dissesetratardeuma

"homenagem

ao

onipotente

EstadoNovo

com

toques

de

Mussolini, George

W.Bush e

Hugo Chavez",

exagerou. No dia 7 de

agosto,

Míriam

Leitão,

colunista do

jornal

OGloboescreveu num

artigo intitulado,Adeus, Lênin,

opinando

que

existem mecanismosde controle paraaim­

prensa. O

deputado

baiano

José

Carlos

Aleluia,

líder doPFL

na

Câmara,

rechaçou

o"viés autoritário" do

projeto.

"O que estão tentando fazercom a

imprensa

tentaram

fazer com oMinistério

Público,

como e o caso da Lei da

Mordaça", profere

João

deDeus

Duarte,

presidente

daAs­

sociação

Nacional dos Membrosdo Ministério Público.A

mesma idéia é

compartilhada pela

Associação

dos

Magis­

trados

Brasileiros,

queveioa

público

semanifestarcontra

a

proposta.

José

PauloCavalcanti

Filho,

advogado

do

jornal

OEstado de São Pauloe

presidente

do Conselho de Comu­

nicação Social,

afirmouque "esse Conselho Federal de

Jor­

nalismo nãovem numbommomento".

Sugere

queessede­

bate

pode

ficar para

depois,

masrelembraqueo

projeto

da

novaleide

imprensa

searrasta,no

Congresso,

desde 1992.

Equeaemendaestá

pronta

paraservotadanaCâmara há

exatos seteanos.

Nodia 17 de

agosto,

José Sarney (PMDB-AP),

presidente

do

Senado,

assegurou queo

projeto

de lei nãovaiserapro­

vadono

Congresso.

"Eumatentativaqueocorreciclicamente

dese tentarexercer

algum

controle sobre osmecanismos

da

imprensa",

bradao

parlamentar,

dono do Sistema Mi­

rante,maiorgrupo

privado

de

comunicação

do Maranhão. O

presidente

da

Câmara, João

PauloCunha

(PT-SP),

tam­

bém se

insurgiu

contraa idéia.

"Jornalismo

pode

ser

exercidocomtotalliberdadee,para

isso,

é

indispensável

a

crítica".A

proposta

segueemdiscussãoeparainiciaratra­

mitação

nascomissões

temáticas,

o

projeto

depende

deum

despacho

deCunha. Pitacodos

gringos

-O

projeto

de lei quetentacriaro

CFJ

tambémsofreucom ascnticasdeentidades

estrangeiras

que trabalham emfavor da liberdade de

expressão.

Rafael

Molina,

presidente

da Comissão de liberdade de

Imprensa

da Sociedade Interamericanade

Im-Patronato

da mídia

não

quer

tutela

Editoriais

e

reportagens

tendenciosas revelam interesses

da

grande imprensa

No

dia do

jornalista,

7 de

abril,

a

Federação

Nacional

dos

Jornalistas

(Fenaj)

emaudiênciacom o

presi­

denteLuizInácio Lulada Silva

apresentou

um

pro-l'eto

paraa

criação

do Conselho Federal de

Iorna­

ismo

(CFJ),

quevisa

regulamentar

efiscalizaraati­

vidade de

Jornalismo

e substituir aatual

regulamentação,

em

vi�or

desde

1979.Em 4de

agosto,

o governoenviou o

textoaCâmara dos

Deputados

eato

contínuo,

osmaiorese

mais

prestigiados

veículosda

grande

imprensa

protestaram

veementemente,sob

acusação

de cerceamentoda liberda­ de de

expressão

e

ilações

sobre a

implementação

no

país

deum

regime

nos moldes stalinistas.Um estudofeito

pelo

projetoMonitordeMídia,

da Universidade do Vale do

Itajaí

(Univali)

revela quea

grande

imprensa

tratouoassuntode

maneira

tendenciosa,

dando maior

destaque

para

opiniões

que criticavamo

projeto.

Odebate sobrea

criação

do Con­

selhoFederal de

Jornalismo

iniciounadécadade

80,

edes­ saidéia

depende

a

modernização

deumsetorquefatura8

bilhõesdereaisaoano, empregamaisde500 mil

profissi­

onais e quetema

capacidade

deinfluenciare mobilizara

opinião

pública

de todoo

país.

Acaldeira esquentou

quando

Lula,

em

jantar

decomemo­

ração

à posse deLeonel

Fernández,

presidente

da

República

Dominicana,

comentouemtomirônicoa umgrupode

jorna­

listas: "Vocês sãoumbando de covardesmesmo.Nãotiveram

coragem de defendero Conselho Federal de

Jornalistas".

A

repercussão

foi

imediata,

a

ponto

de

José

Genoíno,

presíden­

te do

PT,

pedir

queo governo retirasseo

apoio

ao

projeto,

delegando

à

Fenaj

a

negociação

com

parlamentares.

"Ogo­

vernoLula nadatemcomisso.Estãobotandonascostasdele

o que ele não

deve",

eximiu-se. O

jornal

OEstado de São Pauloinformouqueo

presidente

sovai retiraro

apoio

se a

entidade fizeruma

solicitação

formal.

A

Fen:y

não abremão do

projeto,

mas aceitamodifica­

ções.

O SItiO

Comunique-se

informa queadiretoriatemin­

tenção

de substituiraatual

proposta

porumaversão anterior encaminhadaem2002aPaulo

Jobim,

entãoministrodo Tra­ balho do governo de Fernando

Henrique

Cardoso.Emuma

audiêncianoSenadonodia 15de

agosto,

Aloísio

Lopes, pri­

meirosecretárioda

Fenaj

e

presidente

do SindicatodosJor­ nalistas Profissionais deMinas

Gerais,

ponderou

quemudan­

ças "são

necessárias, importantes

e

viáveis,

mas queremos

queo

Legislativo

nãonosnegueo direitoaterumconselho

profissional".

Para

Lopes

énecessário

suprimir

expressões

que dãoaentenderocerceamentoda liberdadede

imprensa,

edestacara

construção

deum

ór�ão'

que

vaizelar

pela quali­

dade da

informação

e

pelo

exercício eticodo

jornalismo.

Esse"novo"

projeto

pode

sermaisextensoqueo

atual,

o

textode 2002tinha 73

artigos;

aversãoatually.A

Fenaj

tam­

bémestudaa

possibilidade

deretiraras

modificações

feitas

pela

Casa

Civil,

incubindoo

CFJ

de

vigiar

não apenasoexercí­

cio da

profissão

de

jornalista,

mastambémas atividades de

veículosde

comunicação.

Pelo10

artigo

do

projeto

assinado

pelo

ministroRicardo

Berzoini,

em27 de

maio,

cabiaaoCon­

selho

"discíplínar

efiscalizaroexercícioda

profissão

de

jor­

nalista".

Após

apassagem

pela

Casa

Civil,

esse trecho teve

alguns

acréscimos,

eficou sendo

"disciplinar

efiscalizar o

exercícioda

profissão

de

jornalista

eda atividade de

jornalis­

mo". Essa

modificação

foio

estopim

paraamaior

parte

das

críticasao

projeto.

Tantoa

Associação

Nacional de

Jornais

(ANJ)

quantoaAs­

sociação

Brasileira de

Imprensa (ABI)

vêem no Conselhoo

diabo

personificado.

O

presidente

da

ANJ,

Francisco

Mesquita

Neto,

dafamília

que

controlaogrupo

OESP,

disse queos conse­

lhossão "na

pratica,

tribunais

espúrios

e cor­

porativistas,

com

poderes

para

impedir

jorna­

listas de exercersua

profissão

eparasuspen­

derveículos de

comunicação".

MaurícioAze­

do,

da

ABI,

afirmou quetemmedo da

criação

do

CF},

uma

"violação

da ordem democrática

definida

pela

Constituição

Federal".

AOrdemdos

Advogados

do Brasil dis­

corda da

opinião

das

instituições

que representamasempresas decomu­

nicação.

Em nota,

publicada

no

dia19de

outubro,

aOAB nãocon­

templa

"nenhum atentado às liber­

dades constitucionais de pensa­

mento,

opinião

e

informação

jor­

nalística".A

instituição

éfavorá­

vel à

criação

do

Conselho,

masfaz

algumas

ressalvas.A

principal

su­

gestão

é a

desvinculação

com o

poder

público,

ou

seja,

o

CFJ

não

podera

ser uma

autarquia

nem

prestarcontasaoTribunal deCon­

tasda União.

prensa

(SIf),

reprovouas

sanções

queotexto

prevê

aos

jor­

nalistas. "Eumatentativaabertade fiscalizare

castigar

aos

informadores",

disse

Molina,

clamando ao

presidente

Lula quereconsidereainiciativaeretireo

apoio

à idéia.

Nomesmotomforamàs críticasfeita

pela

ONG

Repórte­

resSem Fronteiras

(RSF),

que consideraa

obrigação

deins­

crição

nosConselhosde

Jornalismo

paraexercer a

profissão

contrária à

Declaração

de

Princípios

da liberdade de

Expres­

sãodaComissãoInteramericanade Direitos Humanos. "Não

questionamos

as

intenções

dos

profissionais

que estãonaori­

gem do

projeto

eque

desejavam

melhorar a

qualidade

do

jornalismo.

Noentanto,o

projeto

é

perigoso

paraaliberdade

de

imprensa",

anunciou num

comunicado,

Robert

Ménard,

secretário-geral

da RSF.

Até mesmo o

jornal

americanoMiamiHeraldescreveu

umeditorial atacandoaproposta delei enviada

pelo

governo

ao

Congresso

Nacional. Odiárioescreveuque

orgãos

do

gê­

nero"sãoinstrumentosde

intimidação

ecensuramaispopu­

laresemdemocraciasrepressoras,taiscomoVenezuelaeno

regime

totalitário de Cuba". No texto, o governo

Lula,

"en­

frenta

alegações

de

corrupção

e

incompetência"

eo conse­

lho évistocomo umaproposta

"pesada

e

vingativa

paracon­

trolar

quais

notíciaso

público

consome".OHeraldem con­

junto

comoutros26

grandes

jornais

americanos assinou o

manifesto

encabeçado pelo

New YorkTimesafavordacan­

didaturado

democrataJohn

Kerry,

em

oposição

àdireitara­

dical de

George

Bush que reduziu osdireitoscivisnosEsta­

dosUnidos.

Cobertura tendenciosa

-Duranteosdez

primeiros

dias

depois

doenviodo

projeto

quecriao

CFJ

à Câmara

pelo

pre­

sidente

Lula,

oMonitorda

Mídia,

umainiciativadaUniversi­

dade do Vale do

Itajaí,

de Santa

Catarina,

quecontacom

apoio

do Instituto de Estudos e

Pesquisas

em

Comunicação

(Ep­

com),

acompanhou

se os

principais jornais

do

país

tratavam

otemademaneira

imparcial.

Aanálise doMonitorda Mídia

contabilizouasfontesfavoráveisecontrárias à

concepção

do

Conselho. Todososdiáriosforam

reprovados.

Parao

estudo,

aFolha de São Paulo simulouum

equilí­

briode

fontes,

manteveumnúmerosemelhante de

opiniões

contrárias e

favoráveis,

mas "as

opiniões negativas

foram

muitomaisdestacadasdentrodasmatérias". Alémde edito­

riaisque

rechaçavam

o

projeto,

todososcolunistascritica­

ramde

alguma

maneirao Conselho. "Oito

artigos

sobre o

CFJ

foram

publicados

naFolha sendo apenasumdefenden­ do asua

criação (oo.)

Os demais textos bombardearam o

anteprojeto

do

CF]",

constataoMonitorda Mídia.

OEstadode S.Paulocobriuotema"demaneirabastan­

te tendenciosa". O

jornal

não

publicou

nenhum editorial

favorávelà idéia.Naáreade

notícias,

emapenasemumdos

dez dias que o estudo

monitorou,

o diário tratou o tema

com

imparcialidade,

dandovozaosdois lados da

polêmica.

Nas outras

edições,

oEstadãosemostroufrancamentecon­

trário à

proposta.

Oque não

surpreende.

oCorreioBraziliensesemostrouumpoucomaisma­

leáveleabriu espaço paraosquedefendiamo

CFJ,

entrevis­

tando inclusiveo

presidente

da

Fenaj,

Sérgio

Murillo deAn­

drade.Mesmo

assim,

oestudo revela queo

jornal

eracontra

o

projeto,

"chegando

adar

ligeiramente

mais espaçoaesse

vies". Acobertura dada

pelo

Jornal

do Brasil

primou

pela

área

editorial,

apenas

quatro

matériastrataramo assunto.O estudoapontaque asreportagens do

jornal

não esclarece­

ramaosleitoresoque éo

projeto,

nem sepreocuparamem

ouvirum

representante

da

Fenaj. "Já

nomaterial

opinativo

a

posição

do

jornal,

contrária à

criação

do

Conselho,

ficoumais

\

clara",

sentenciaoMonitorda Mídia.

\.

Apenas

o

jornal

O

Globo,

mostrouuma

cober-....

turarelativamente

equilibrada.

Apesar

de editori­

aisfrancamente contrários à

idéia,

oconteúdono­

ticioso se mostroumais

imparcial.

"Apesar

de a

estruturação

das matérias estarde acordocom a

linha editoriale

sugerir

queo

projeto

não é

adequado

nell!-

nece�s�rio,

dand?

.mai?

destaque

as posrçoes contranas a

criação

do

CFJ,

ooutrolado também

foiouvido.Nacontabilidade das Ion­

tesmencionadas

pelo jornal,

houve

equilíbrio

entreosataqueseo

apoio

aoconselho".O

jornal chegou

apu­

blicarno dia11 de

agosto reporta­

gem com o título

Fena}

denuncia massacredamídia.Acolunista Te­

rezaCruvinel

opinou

que "sustentar

queas

práticas

da

imprensa

não po­ dem serdiscutidas eacreditar que

tudo the é

permitido".

(4)

CRISE .JB E GM

Negociações

no

J8 continuam

críticas

Irritado,

Tanure

ofende

sindicato

e

jornalistas

aumentam tom

das

reivindicações

Dines critica

submissão

e

é

demitido

"OJB estáaserviçodogoverno do

Estadodo Rio de Janeiro". Este éum

dos motivos de revolta de Alberto Dines

com oJornal doBrasil, redaçãonaqual

trabalhou de1992atéodia 11dejunho,

quandopublicouoartigoAimprensasob

.

custódia, nosítioObservatório da

Imprensa.Dinescriticaamídia fluminensepor relaxarnacoberturado

massacrede30 presosdaCasade

Custódia deBenfica,noRio. Parao

jornalista, oJornal do Brasil colaborou

com ocasalGarotinhonomomentoem

quepraticamente ignorouosfatos

ocorridosque, segundoele,seriam

suficientesparaumimpeachmentdo

governo."OJB abdicou de fazer

jornalismo", acusou em seuartigo.

Dinesacusa adiretoria dojornalde

obedeceraocasal Garotinho. Paraele,

não há maiscompromissocom os

leitores. "Parecejamal, temperiodicida­

de dejornal,temosatributos formaisde

umjornal,temumahistóriaincorporada

aojornalismobrasileiro, masneste momentoé movido por dinâmicae

prioridadesdiferentes das deumjornal".

Asprioridadesdiferentes seriamos

interessescomerciais,que, paraele,

ficaramclarasquandofoiproibido pela direçãodo Jornal do Brasil dereplicar

umacontestaçãodogovernodo Rio de

Janeiroao seuartigosemanal.

Além das críticas feitasemAimprensa sobcustódia,Alberto Dinespublicou

apósa suademissão mais trêsartigos, entreeles A vitóriados Garotinhos1eO

JBe aideologiadocala-a-boca,que

criticaaposturadadireçãodo centená­

riodiário. De acordocom oartigo,

Nelson TanureeJosé Antônio do NascimentoBrito,presidentedo ConselhoEditorial,acreditam queo

jornalista"ao aceitarumsalário, desliga a suaconsciênciaedesplugao seu sensocrítico. Ao trabalhareganhar,

perdeodireito deexercer o seu

discernimento", ouseja,naconcepção

deles, ojornalistanão deveriapassarde

fantochesmanipuláveise sem senso

crítico,"meiojornalistas". Porém,

trabalharnumjornalnãosignificaque ele devaser"solidárioou

parceiroda empresa editora

nosnegóciosquefaz",éo

oposto disto, "seos

negóciosquefaz compro­ metemarespeitabilidade

dojamal, cabeaoprofissio­

naldainformaçãorecla­

mar", acrescenta.

ComooJornaldo Brasil não tomouascríticascomo

construtivas,demitiuo

jornalistaquejáeraquase

umafiguralendáriano

jornal, poisfoiumdos

principais responsáveis

pelareforma querevigorouoJornal do Brasilnadécada de 60.Dinesdiz quefoi censuradoemtodosossentidose

considerouademissão"uma violência contraaimprensa".A diretoriadoJB esperavaqueDines fossepedirsua

demissãoapósapublicaçãodoartigono

ObservatóriodaImprensa.Comonãoo

fez,sentiu-senodireito dedemiti-lo,pois

considerouasacusaçõesdojornalista

como"falsas,brutaseerradas". Noe­

maildedemissão,José Antônio do Nascimento BritoalegaqueoJamal do Brasilestápreocupadoemfazerobom

jornalismoequeamarcadojornalé

apurarosconteúdoscom"isençãoe

objetividade". Segundoopresidentedo

ConselhoEditorial, "nada maispoderia

serfeitoanãoserefetuarasuspenção

(sic)dojornalistaAlberto Dines".

Greice

Batista

Um

homementranasala dereuniãoda dire­

toriadeum

jornal,

com apresença de todos os

vice-presidentes,

diretores de administra­

ção,

de

redação

edo

jurídico,

além de três

representantesdo Sindicato dos

Jornalistas

doRiode

Janeiro,ecomeçaaberraredarsocos namesa,fala

dezminutossempararesaida

sala,

de formacine­

matográfica.

Estehomemseriapresosenãofosseo

senhor NelsonTanure,odono do

jornal

em

questão,

o

tradicionalJornal

do Brasil.

O

episódio

foi relatado porAziz

Filho,

presidente

do

sindicato,

que

presenciou

umareuniãonodia 13

de setembro que deveria procurarmeiosde solucio­

nar o

impasse

entreostrabalhadores

dojE

eadire­

toria.Tanure

"começou

a

agredir

o

sindicato,

dizer

queiriameprocessar

criminalmente,

que tinhain­

vestigado

aminha vidaedescobriu

pelas

minhasati­

tudes queeu sou umagentedo Globoa

serviço

da

implantação

do

monopólio

da

comunicação

no

país.

Quer

dizer,

falouummontede

sandices,

absurdos,

deusocos namesa esaiu,foi

embora",

contaAziz. A

reunião,

obviamente,

se encerrou com o

epi­

sódio.Osrepresentantesdostrabalhadoressereti­

raram edisseram só

negociar

nasede do sindicato ou na

Delegacia Regional

do

Trabalho,

nuncamais

nadiretoria

doJornal

do Brasil.Para Marcos Bar­

rosPinto,editor-chefe

dOjE,

"Tanure

reagiu

às agres­ sõesfeitascontraelenas

manifestações".

Pintore­

lata

que

osindicato distribuiu

panfletos

queataca­

ram

pessoalmente

o

empresário, julgando

sua com­

petência

deadministrador.

Questionado

sobreavi­

olência doataquedo dono

doJornal

do

Brasil,

ele diz que "foi

legítima".

OcasoJB-As

divergências

entreTanuree osin­

dicato começaramnodia16deagosto,com ademis­

são de64

jornalistas

do grupo

Jornal

do Brasile

GazetaMercantil.Na

redação

doRioforam28 pes­

soas,quatrodemitidoseramda sucursal de Brasilia e orestoeramdeoutrasatividadesouestavamespa­

lhados

pelo país.

A

intenção

dodono

dojE

erafazer uma

sinergia

entrea

redação

doRioe com adaGa­

zeta

Mercantil,

que tambémpertenceaele.Aidéia

eraque todaa

edição

deeconomia

dOjE

fosse feita

pela

Gazeta. Haveriaquatro

páginas

embrancono

Jornal

do Brasilno

qual

seriam"coladas"asmatéri­

asdo

jornal

econômico. Além

disso,

Tanuredemons­

troua

intenção

de demitiramaioriados

jornalistas

da edítoría

esportiva

dojE também,

substituindopor

material

comprado

do

jornalLance.

Aoutramudan­ çaque

"justificaria"

asdemissõesseriaofato detan­ toocaderno de informática dojEcomodaGazeta

seremfeitos porumasó pessoa.Parafinalizarocorte

degastos,a

direção

do

jornal

doRio

pediu

para

to-dosos

jornalistas

comcarteiraassinada

assinaremumdocumentoabrindomão

dodécimoterceirosalário.

O

problema

nãose resume a como

ficariaumdosmaistradicionais

jornais

do

país,

mas comoficariamosdemitidos. Todos eleseramcontratadoscomopes­ soas

jurídicas (PJ)

e, porisso,nãorece­

beram nenhuma

indenização

noatoda demissão. Como nãoeramcontratados

comcarteira

assinada,

tambémnão tive­

ram direito abenefícios

trabalhistas,

comofundo de

garantia,

fériase décimo

terceiro,

Segundo

o

Sindicato,

todos que

ganham

acimade

R$

2milou

seja,

70% dos

jornalistas

que trabalhamnojE,eramcontrata­

doscomopessoas

jurídicas,

Oeditor-chefe do

jornal

diz quesãoapenas 50%,

"Eventualmente é necessáriotomaressas atitu­

des",

dizMarcos Barros Pinto. Oeditor-chefe

explica

essa

situação

dizendoqueaeconomiadoRiode

Ja­

neiro nãotemcrescidocomo abrasileiraou apau­

listae asempresastemquese

adaptar

a essasitua­

ção.

"Nãoéfácil.

Ninguém

quer demitir"garante,

A

reação-

AzizFilhocontaqueocontra-ataque

do sindicato foi imediato, Elestentaram

negociar

di­

retamentecom adiretoria

dOjE,

Assembléias dos

jor­

nalistas da GazetaMercantil decidiram de forma al­

guma

produzir

materialparao

Jornal

do Brasil,A

possibilidade

de greve também foi

cogitada,

Além dis­

so,osindicato

organizou

uma

manifestação

na ave­

nidaRioBranco, nodia 30 de agosto,quereuniu maisde200pessoas, NelsonTanurefoiexpostoem

faixasecartazes, que tinhamcomo

objetivo

mostrar

paraasociedadeoqueestavaacontecendocomojE,

Nodia 5 de setembromaisde 300 pessoas

panfleta­

ram emfrenteaoPosto9, em

Ipanema,

"um

lugar

que reúnemaior

agitação

política

nofinal desema­

na", comocontaAzíz. Os

panfletos

alertavamapo­

pulação

parao

perigo

da

queda

da

qualidade dOjE

e

pediam

para que todos para quea

população

que

pressionassem

a

direção

do

jornal,

telefonandore­

clamando,

escrevendo e-mailsecancelandoasassi­

naturas,Oeventoduroumaisde três horas.Aspasse­

atasacabaram tendo resultados,Foramelas queirri­

taramNelson

Tanure,

que nãoestá acostumadoater

seu nometãoexposto,egerarama

explosão

de âni­ mosdareuniãoentreodono

dOJornal

do Brasile o

sindicato,Mastambém devidoas

manifestações

adi­

reção dOjEvoltou

umpouco atrásnaidéia de

explo­

ração

dos

jornalistas

do grupo,

Com

relação

àparteeconômica

doJornal

doBra­

sil,

foi decididomanteruma

redação

única dojEe

daGazeta,deixando três

jornalistas

do

jornal

cario­

ca equatrodo

jornal paulista,

com a

possibilidade

de

contratação

deoutras

pessoas, Aziz conta que

"vaihaver aindaumfecha­

dor para0]Ee umfecha­

dor paraaGazeta. Maso

conteúdovaisersemelhan­

te,Aidéiaanterioreraque

não haveria

ninguém

da

economia

dojE

etodosos

textos, títulose

opiniões

se­

riam tirados daGazeta", Houveum recuotambém

quantoàdemissão dos

jor­

nalistasda editoria deEs­

porte,graçasao sucessoda

cobertura das

Olimpíadas

1

deAtenas.Asúltimas notí-

Passeatas

aceteram

ciaseramqueo

responsá-vel

pelo

caderno de Infor­ mática

dOJornal

do Brasil tambémnãohavia sido de­ mitido,

Depois

demuitain­

sistênciado

sindicato,

adi­

reção

do

jornal

também decidiu pagar todasas

res-cisõesdecontratodosdemitidosedesistiu de obri­ garos

jornalistas

aabriremmãodo décimoterceiro

salário."Naverdade está acontecendouma

queda

de

braço

e oresultado dela

depende

da

mobilização

dos

trabalhadores

dO]E

eda sociedade,Seo

pessoal

re­

cuar,ele

(Tanure)

vaifazer tudooque ele

quer"

rela­

tao

presidente

do sindicato,

Aluta continua-

Apesar

das reviravoltasocasio­

nadas

pelas manifestações,

aluta dos

jornalistas

con­

tinuou portodoomêsde setembro, Asreivindica­

ções

do sindicatoerampara que houvesseacontra­

tação

imediata

pela legislação

atual de todosos

jor­

nalistas quesãopessoas

jurídicas,

ou

seja,

seguindo

asleis trabalhistas,

Pagamento

emdiae ofim da"ex­

ploração

criminosadamãode obra

estagiária"

tam­

bémeram

solicitações

da

categoria,

Osindicatotam­

bémmoveu uma

ação

civilnoMinistério

Público,

re­

latando as

irregularidades

que estamocorrendo.

"Queremos

apenas queosenhorTanure

respeite

a

lei" reivindicaAziz Filho,

As

negociações

entrediretores do

jornal

e os re­

presentantesdos

jornalistas

avançaram,Maselas só

ocorreramnasede do

sindicato,

graçasaodestem­

pero deIanure. Comoa

direção dOjE,

naspessoas

deMarcosBarros PintoeHélio

Iuscler,

estavadesen­ volvendoum

acordo,

aassembléia dos

jornalistas

do

Jornal

do Brasildecídiu cancelaras

manifestações

programadas

paraosdias 19e23 de setembro,

Aparentemente,

eraapenas issoquea

direção

do

]E

queria,

Com

relação

as

reivindicações

do sindica­ to,o

jornal

cariocaapresentouumacontra-propos­

ta,Elesconcordaramemassinaracarteirade todos

os

jornalistas

quesãocontratadoscomo

PJs,

desde

que cortando 50% dos salários deles,"Essaproposta

éumescárnio" reclamaAzizFilho, Ele relata queos

jornalistas

do

Jornal

do Brasil

estãohá trêsanos semreceberaumento,

Pessoas

jurídicas-

Oeditor-chefe

do]E

afirma queofato deexistirem

profissionais

sendocontrata­

doscomopessoas

jurídicas

nãoéumhábito só do

jornalismo,

ocorrendoemmuitas

profissões.

"Tam-bémnãoéuma

prática

criada

pelo

jE,

pois

aRede Globo fazissoeaFolhadeSãoPaulo também adota, AFolhamesmofezumamatériadizendo queistoestá

setornandouma

prática

comum"argumentaPinto. O

presidente

do Sindicato dos

Jornalistas

do

Riode

Janeiro

nãoconcorda, "Oqueocorreem

algumas

empresas, naverdade éumatendência que está acontecendo cadavezmais,é queos sa­

láriosmaisaltossãotransformadosem

PJ,

inclu­

siveporquecontamcom aconcordância dos

pró­

prios

jornalistas,

que temuma carga tributária menor

quando

viram

PJ.

Mas

nOJornal

do Brasil

nãoéuma

opção,

é

obrigação,

Nosoutros

jornais

éminoria, restrito aossalários altos,A

partir

de

R$

10

mil,

por

exemplo,

àsvezes o

jornalista

ava­

lia que émais

negócio

elevirar

PJ

porque paga

menos

imposto

de

renda,

por

exemplo.

Só que é absolutamente

ilegal.

Mesmoo

jornalista

aceitan­

do isso, se

depois

de trabalharmuitos anos ele

entrarna

justiça

ele consegue receber todoovín­

culo

empregatício, férias,

fundo de

garantia,

déci-mo terceiro que ele

nãorecebeu como

PJ.

Mesmo concordando.

Nocasodenãoconcor­

dar,

a

motivação

parair

na

justiça

buscarseus

direitoséaindamuito maior, E conta com

apoio

totaldo sindica­

to"afirmaAziz. Marcos Barros Pinto

afirma quena

época

das demissõesquatro

estagi­

áriostambém foram de­

mitidos,

com 33 conti­

nuando atrabalhar na

redação, Questionado

sobrea

proibição

dees­

tágio

para

jornalistas,

ele diz queessaainda éuma

"zonacinzenta"

dalegís­

lação.

Aempresa suge­ riuaosindicatoum

pla­

node

estágio,

queseria

posto em

prática

apar­

tirde março de 2005,Oeditor-chefe acreditaserim­

portanteaexistênciade

estagiários,

pois

"comodi­

zem noClube de

Regatas

Flamengo,

aqui

noRio,cra­

queagentedeve fazeremcasa", Com

relação

àsubs­

tituição

de

jornalistas

formados por

estagiários

para fazero mesmotrabalho porumsaláriomenor, Bar­ rosgaranteque"isso nãoé

algo

queaempresa ad­

mitanesta

gestão".

Osindicatonãoficoucontentecom aproposta

dOJornal

do Brasil, Ele reivindicava queos

estagiá­

riostrabalhassem apenasquatrohoras por

dia,

não

podendo

editar

matéria,

não

participando

de

plan­

tãonem

publicando

matéria,A

situação

dos

estagi­

ários é totalmentecontraa

lei,

contaAzíz.

"Alguns

estudantes trancamamatrículanafaculdade para

nãodeixarem deser

estagiários

e

perderem

o em­

prego",

garante,

Ultimos lances-

Depois

de quase doismesesdas demissões ocorridas

nOJornal

do

Brasil,

as

negocia­

ções

aindacontinuamtensas,

Depois

de"umaassem­

bléianervosa",onde

alguns

sindicalistas

queriam

aca­

barcom as

negociações

evoltar às

manifestações,

os

jornalistas do]E

decidiram sertotalmentecontraas

propostasda

direção

do

jornal,

Osindicato formulou

umanotasobrea

situação,

que

divulgou

na

imprensa,

e esse

artigo

deixoua

direção

do

Jornal

do Brasilirri­

tada, Atéofechamento desta

edição,

acrise

no]E

tinha crescidoumpouco mais, Por iniciativado PauloMari­

nho,

vice-presidente

da empresa,c

fornai

do Brasil

está

pretendendo

passar paraasucursal de Brasiliaa

confecção

da capa, além das editorias deEconomia,

PolíticaeInternacional,OSindicato dos

Jornalistas

do

RiodeJaneiroestá movendouma

campanha

intitulada

O]Eé doRio,que

gerouuma

paralisação

simbólica demeiahorana

redação,

na

quinta-feira,

21deoutu­

bro,Com

relação

às dívidas

trabalhistas,

odiário pa­

gouamaioriadas

rescisões,

masaindanãoatendeuas

exigências

do

Sindicato,

que decidiuentrarcom uma

ação

civil

pública

contrao

jornal,

. -

-negoctaçao

mas nao

garantem

direitos

Robson Marlins

I

J

---_ .._---�.. -. - c4 [

Referências

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