Metodologia ArqUrb Prof Frederico Braida

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Curso de Arquitetura e Urbanismo ● História da Arquitetura e do Urbanismo I ● professor: Frederico Braida

Minicurso de extensão | Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo: noções práticas de metodologia ●professor: Frederico Braida 2011/2

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MÓDULO 1 : Tipos de pensamento e introdução à pesquisa. Tipos de pesquisa.

MÓDULO I

Tipos de pensamento. Introdução à pesquisa científica.

2 O objetivo deste módulo é responder:

O que é pesquisa científica?

Quais as características que a diferencia

dos demais tipos de pesquisa?

3 Comecemos pela seguinte questão:

O que nos diferencia dos outros animais,

os ditos não racionais?

4 Comecemos pela seguinte questão:

O que nos diferencia dos outros animais,

os ditos não racionais?

Somos seres de linguagem. Linguagem é

pensamento.

5 Comecemos pela seguinte questão:

O que nos diferencia dos outros animais,

os ditos não racionais?

Somos seres de linguagem. Linguagem é

pensamento.

O desenvolvimento do pensamento só se dá

por um único caminho que é a comunicação.

6 São várias as formas que pensamos.

E são as formas de pensamentos que nos

levam às formas de conhecimento.

Já ouviram falar que ...

...manga com leite

faz mal?

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7 Já ouviram falar que...

...Baco é o deus do vinho?

8 Já ouviram falar que ...

...cientificamente é comprovado (pela

Medicina) que há cura para problemas de

catarata?

9 Já ouviram falar que ...

...humanos têm de 20000 a 25000 genes

(pesquisa de 2003)

10 Já ouviram falar que ...

...ser ou não ser é uma questão?

11 Já ouviram falar que ...

...a fé move montanhas?

12 São várias as formas que pensamos:

Pensamento Mágico

Pensamento Mítico

Pensamento Religioso

Pensamento Vulgar (Senso Comum)

Bom Senso

Pensamento Crítico

Pensamento Filosófico

Pensamento Científico

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13 Pensamento Mágico

é uma das formas antigas de manifestação,

da qual há registros desde o homem da

caverna. Está baseado na magia, que

corresponde à crença na realização de

desejos mediante certas práticas – uma

lógica irracional dos desejos que tenta

vencer o medo e interferir nos

acontecimentos.

14 Pensamento Mágico

Se o animal era morto no

desenho, acreditavam-se

tê-lo matado na realidade.

Acredita-se que bater na

madeira, fazer figa, afasta

o azar.

Todo ser humano é passivo de crer em

magia, consciente ou não.

15 Pensamento Mágico

Quem nunca...

...rezou para São Longuinho (e

depois deu três pulinhos)?

...cruzou os dedos em final de

campeonato esportivo?

...assoprou os dados antes de

lançá-los?

16 Pensamento Mítico

É a forma de pensamento um pouco mais

elaborada que procura explicar os

fenômenos da natureza ou qualidades e

estados humanos por meio de projeções

simbólicas.

Está baseada na crença de uma ordem

sobrenatural.

17 Pensamento Mítico

O mito é uma narrativa sagrada, uma história

tida como verdadeira. As personagens são

deuses que simbolizam esses fenômenos da

natureza ou qualidades e estados humanos.

Eros simboliza o amor e Anteros,

o ódio. Zeus é o poder. Palas

Atenas é a sabedoria. Para os

gregos, na origem de tudo só

havia um deus: Caos.

18 Pensamento Religioso

Procura ver a realidade transcendental.

Baseia-se em dogmas, a fé suficiente para

sustentar as afirmações. As argumentações

não são baseadas em verdades

objetivamente comprovadas por experiências

comuns ou científicas.

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19 Pensamento Religioso

Para o homem religioso, a fé é suficiente

para sustentar como verdade as suas

afirmações.

A crença religiosa dispensa

a argumentação de suas

afirmações ou provas

materiais concretas e

racionalmente

compreensíveis.

20 Pensamento vulgar ou Senso comum

É decorrente de nossa experiência de vida,

incluindo-se nessa experiência o contínuo

ato de pensar assim, nessa experiência

vamos produzindo e fazendo afirmações a

partir de nossa capacidade racional, de

intuições, sensações, de observações,

das tradições que herdamos de pressões

que sofremos.

21 Pensamento vulgar ou Senso comum

Opiniões vindas de pressões, por exemplo,

tradição, classe dominante, da maioria, da

moda que nos induz aceitar sem

questionar.

Preconceitos: são conceitos

prévios elaborados sem

exames racionais, ou críticos.

Por exemplo, o homem é mais

inteligente que a mulher.

22 Pensamento vulgar ou Senso comum

Chavões, clichês ou lugares comuns são

afirmações batidas que se impõem pela

repetição e rebatidas, sem originalidade, que

acabam se impondo por repetição.

Exemplo:

todo político é desonesto.

23 Bom senso

Do senso comum é retirado o bom senso.

Costuma-se chamar as ideias do senso

comum que acabam provando ser

verdadeiras, ou com mais possibilidade, ou

aparência de ser verdade.

Fontes do bom senso: intuição, sensações,

observação e razão.

24 Pensamento Crítico

Vimos que o senso comum aceita as ideias

sem muitas exigências, enquanto o bom

senso é mais exigente. Ainda há um tipo de

pensamento mais exigente ainda: o

pensamento crítico ou reflexivo ou

espírito crítico.

Crítico, porque avalia as crenças do senso

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25 Científico

Religioso

Filosófico

Tipos de Pensamento / Conhecimento

26 Pensamento Filosófico

Há pensamentos mais exigentes. São

aqueles que produzem conhecimento dentro

de certas teorias ou disciplinas do

conhecimento, como a filosofia, a ciência e

a lógica.

Assim, embora todos nós saibamos pensar com

lógica e correção, temos que aprender a

disciplinar nosso pensamento de acordo com

os objetos e métodos dessa disciplina.

27 Pensamento Filosófico

A partir da mitologia e do pensamento crítico,

alguns homens começaram a organizar em

teorias novas explicações sobre os

fenômenos que nos cercam. Eram reflexões

sobre o conhecer, o ser e o fazer.

Suas explicações são sobre as essências

dos fenômenos, para chegar a verdades

universais, totais.

28 Pensamento Científico

Já as ciências são sistemas de

conhecimentos, muitas vezes nascidos da

filosofia, que tentam chegar ao “porquê” e

ao “como” dos fenômenos, mas sem a

preocupação com sua essência

transcendental, contentando-se com a

realidade natural, tangível.

Não quer a totalidade, mas sim a visão parcial.

29 Pensamento Científico

Quanto aos métodos, grande parte das ciências

usa de experiências e de observações, que

não são usadas em filosofia.

Assim, para compreender os fenômenos, as

ciências criam teorias a partir de: explicações

dedutivas, explicações mediantes

observações de fenômenos (casos que não

podem ser reproduzidos em laboratórios) e de

experimentação (testes em laboratórios).

30 O que é conhecimento?

Sujeito

Objeto

(6)

31 Quando o Sujeito capta o Objeto, tendo dele

uma fiel representação mental, podemos dizer

que atingiu um conhecimento

verdadeiro

.

Sujeito

Conhecedor

Objeto

Conhecido

32

O que é Verdade?

A

verdade

é a exata correspondência de

um enunciado com a

realidade

da coisa

por ele referida.

A

verdade

é a

evidência

manifestada nas

coisas.

33 Conhecimento Científico

É a tentativa de descrição da realidade como

percebida pelos sentidos e interpretada

pela razão humana.

“A ciência é todo um conjunto de atitudes e

atividades racionais, dirigidas ao sistemático

conhecimento com objeto limitado, capaz de

ser submetido a verificação”

Lakatos e Marconi

34 • é

factual

porque lida com ocorrências ou fatos,

isto é com toda “forma de existência que se

manifesta de algum modo”;

• é

contingente

, pois suas proposições têm sua

verdade ou falsidade conhecidas através da

experimentação;

• é

sistemático

, já que se trata de um saber

ordenado logicamente, formando um sistema de

ideias;

Conhecimento Científico

35 • possui

verificabilidade

,

a

tal

ponto

que

as

afirmações que não podem ser comprovadas não

pertencem ao âmbito da ciência; e

• é

falível

, em virtude de não ser definitivo,

absoluto ou final.

Conhecimento Científico

36 Ciência

Corpo organizado de conhecimentos

Teorias

Leis

Hipóteses

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37 Leis

São regras de como a natureza se comporta.

São enunciados generalizadores que descrevem

relações constantes entre fenômenos.

38 Exemplos:

Lei da Queda Livre - Galileu

Lei da conservação da Matéria - Lavoisier

Leis de Newton

• Princípio da Inércia;

• F = m x a; e

• Lei da ação e reação.

39 Hipóteses

São conjecturas, palpites, explicações provisórias,

proposições admissíveis a cerca de um fato ou

fenômeno.

40 Teorias

Teoria é o nome dado ao sistema organizado de leis,

hipóteses, conceitos, definições interligadas e

coerentes.

A teoria especifica a causa ou mecanismo

subjacente tido como responsável pela regularidade

descrita na lei.

Uma teoria científica é empírica, falseável e possui

poder preditivo.

41 Método Científico

“Não existe um método científico”

42 Não existe

no sentido de uma receita

universal para se fazer ciência

Método Científico

O escopo da ciência é tão amplo e diversificado

que é ilusória a ideia de um procedimento único

aplicável a todas as áreas.

(8)

43 Método:

É o caminho ordenado que o pensamento segue

por

meio

de

um

conjunto

de

regras

e

procedimentos racionais, com três finalidades:

• conduzir à descoberta de uma verdade até então

desconhecida;

• permitir a demonstração e a prova de uma verdade já

conhecida; e

• permitir a verificação de conhecimentos para averiguar se

são ou não verdadeiros.

44 O método é, portanto, um instrumento racional

para

adquirir

,

demonstrar

ou

verificar

conhecimentos.

Por que necessitamos dele?

45 PROBLEMA

Em sua casa você gasta normalmente um certo

número de metros cúbicos de água.

De repente você recebe uma conta enorme,

correspondente ao dobro do que é normal.

Como é que você procederia para resolver o

problema, passo a passo?

46 1. Você está certo de que o consumo de água não

aumentou.

2. Logo, há um equívoco em alguma parte.

3. Será necessário perguntar: quais os possíveis circuitos

onde o problema se deu? Se não tiver um modelo destes

circuitos, você não poderá fazer nenhuma hipótese. Não

poderá estabelecer nenhum plano de investigação.

47 4. O consumo de água é expresso em números. E há um

indivíduo que lê os números no hidrômetro uma vez por mês.

Pode ser que ele tenha feito uma leitura errada. Existirá uma

forma de verificar se o erro é dele? Na conta do mês anterior

está anotada a última leitura feita. E se você for ao hidrômetro

poderá ver quanto é que ele marca hoje. A comparação entre

estes dois números lhe permitirá levantar uma "suspeita"

acerca da correção ou não da leitura feita pelo funcionário

5. O hidrômetro poderá estar defeituoso.

Nos dois casos examinados você levanta a hipótese de que

não houve um consumo maior de água, mas apenas um

registro errado da água consumida.

48 6. Mas será necessário pressupor também que tenha havido

um consumo maior de água não notado por você.

Vazamentos. Válvulas de privada. Ladrões. Neste caso você

deverá reconstituir o mapa dos encanamentos e proceder a

um teste sistemático deles.

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49 De uma forma genérica, o

método científico

consiste dos

seguintes passos:

1. Definição e delimitação da questão de pesquisa: uma

pergunta, por exemplo.

2. Formulação de mecanismos que orientem a busca da

resposta (P.Ex. uma hipótese: a possível resposta para a

pergunta com base em informações anteriores.)

3. Coleta de dados relevantes para responder a pergunta

formulada.

4. Análise e interpretação dos resultados: verificação se a

resposta da questão de pesquisa foi obtida.

50 A ideia de que todo cientista é uma pessoa de

inteligência incontestável é amplamente

divulgada pela mídia e essa divulgação não é

gratuita.

Com essa imagem de “ser superior” o cientista

torna-se um formador de opinião, induzindo o

pensamento das camadas populares e

vendendo produtos nos comerciais de televisão.

Só que a realidade passa longe disso.

51 Um indivíduo é considerado cientista quando se

especializa em um determinado assunto e essa

especialização parte de um conhecimento prévio

do indivíduo.

Em outras palavras, todo indivíduo dotado de um

conhecimento prévio comum a todos pode

buscar uma especialização.

Mas o que é esse conhecimento prévio? É o que

se costuma chamar de senso comum.

52 CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

COSTA, Marco Antonio F. da; COSTA, Maria de Fátima Barrozo da. Metodologia da pesquisa: conceitos e

técnicas. Rio de Janeiro: Interciência, 2001.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Ed. Perspectiva, 2007.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de Pesquisa Social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

LAVILLE, Christian e DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências

humanas. Porto Alegre: ed. artes médicas sul ltda; Belo horizonte: ed. UFMG, 1999.

LUNA, Sergio Vasconcelos de. Planejamento de pesquisa: uma introdução. 8. reimp. São Paulo: EDUC, 2007.

MARCONI, Marina; LAKATOS, Eva. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens

e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2002; 2006.

MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 8. ed. São Paulo:

Atlas, 2006.

OLIVEIRA, Silvio Luiz. Tratado de metodologia científica. São Paulo: Ed. Pioneira, 1997.

PAULA, César de et al. Metodologia Científica.

RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 34. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

SANTAELLA, Lucia. Comunicação e pesquisa: projetos para mestrado e doutorado. (2. reimp.). São Paulo:

Hacker Editores, 2006.

SANTOS, Antonio Raimundo dos. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 5. ed. Rio de Janeiro:

DP&A, 2002.

SANTOS, João Almeida; PARRA FILHO, Domingos. Metodologia Científica. São Paulo: Futura, 1998.

SERRA, Geraldo G. Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo: guia prático para o trabalho de pesquisadores em

pós-graduação. São Paulo: Edusp: Mandarim, 2006.

SILVA, José Maria da; SILVEIRA, Emerson Sena da. Apresentação de trabalhos acadêmicos: normas e

técnicas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

53 MÓDULO II

Tipos de pesquisa científica.

54 Lakatos e Marconi (2002) apresentam

diversas visões de diversos autores sobre as

classificações das pesquisas, pois segundo

elas,

os critérios para a classificação dos tipos de

pesquisa variam de acordo com o enfoque

dado pelo autor. A divisão obedece a

interesses, condições, campos, metodologia,

situações, objetivos, objetos de estudo etc.

(10)

55 Segundo Cervo e Bervian (2002), a pesquisa

é uma atividade voltada para a solução de

problemas teóricos ou práticos com o

emprego de processos científicos.

Pode-se dividir em três os tipos de pesquisa,

segundo o procedimento utilizado:

Bibliográfica, Descritiva ou Experimental.

56 (1)Bibliográfica: busca explicar um

problema a partir de referências teóricas

em fontes documentais;

57 (2) Descritiva: observa, registra, analisa e

correlaciona fatos ou fenômenos sem

manipulá-los, buscando descobrir a

frequência com que um fenômeno ocorre,

além de sua relação com os outros e sua

natureza; e

58 (3) Experimental:

manipula

diretamente as

variáveis

relacionadas com o

objeto de estudo, o

que proporciona o

estudo da relação

entre causas e

feitos de um

fenômeno.

59 Já de acordo com Gil (1999), geralmente

classificam-se as pesquisas em três grupos:

Exploratórias, Descritivas e Explicativas

(1)Exploratórias: a finalidade é desenvolver,

esclarecer e modificar conceitos e ideias,

visando proporcionar uma visão ampla e

aproximada sobre um fato;.

60 (2) Descritivas: têm como principal alvo a

descrição das características de

determinada população ou fenômeno; e

(3) Explicativas: são as que mais

aprofundam o conhecimento da realidade,

uma vez que visam identificar os fatores

que determinam a ocorrência dos

fenômenos, explicando os porquês.

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61 Exemplos:

(1)Exploratórias: a finalidade é desenvolver,

esclarecer e modificar conceitos e ideias,

visando proporcionar uma visão ampla e

aproximada sobre um fato;

Pesquisa sobre as arquiteturas

da Construtora Pantaleone

Arcuri em Juiz de Fora.

62 Exemplos:

(2) Descritivas: têm como principal alvo a

descrição das características de

determinada população ou fenômeno;

Pesquisa sobre o

comportamento dos

alunos do ensino

fundamental em salas

de aula com baixa

iluminação natural.

63 Exemplos:

(3) Explicativas: são as que mais

aprofundam o conhecimento da realidade,

uma vez que visam identificar os fatores

que determinam a ocorrência dos

fenômenos, explicando os porquês.

Pesquisa sobre o porquê de uma

determinada pintura em uma

fachada não dura mais que cinco

anos, com qualidade.

64 Rudio (2007) classifica as pesquisas em:

Descritiva e Experimental

(1)Descritiva: quando o pesquisador

procura conhecer e interpretar a

realidade, sem nela interferir para

modificá-la, apenas narrando o que

acontece.

65 São formas da pesquisa descritiva:

(a)Pesquisa de opinião (ou pesquisa de

atitude);

(b)Pesquisa de motivação;

(c)Estudo de caso;

(d)Pesquisa para análise de trabalho; e

(e)Pesquisa documental;

66 Exemplos:

Estudos de casos são muito utilizados

em arquitetura e urbanismo.

Vou fazer um projeto de

um hospital. Então

estudarei,

exaustivamente, um

projeto de hospital

(caso) de referência.

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67 Exemplos:

Pesquisa para

análise de

trabalho muito

utilizada em

ergonomia.

Vou fazer um projeto de uma lanchonete. Então farei uma

pesquisa sobre as alturas das bancadas, observando

alguns atendentes e as suas atividades; as facilidades

e obstáculos que encontram no exercício de seu

trabalho.

68 (2) Experimental: quando o pesquisador

manipula deliberadamente algum aspecto

da realidade, dentro de condições

anteriormente definidas com a finalidade

de observar se produz certos efeitos

(experimento).

69 Exemplos:

Pesquisa sobre o

efeito das

cores na

arquitetura de

interiores.

Vou fazer um projeto de uma clínica de psicologia. A cor da

sala de espera interfere no humor do paciente? Posso

pintar a sala por um tempo de branco e por outro de

roxo e observar pacientes com condições comparáveis.

70 Tipos de pesquisa segundo

OBJETIVOS

Exploratória

Descritiva

Explicativa

FONTES DE DADOS

Campo

Laboratório

Bibliografia

PROCEDIMENTOS DE COLETA DE

DADOS

Experimental

Ex-post-facto

Levantamento

Estudo de caso

Pesquisa-ação

Bibliografia

Documento

71 Objetivos gerais

Objetivos específicos

Definição

“Os objetivos gerais

definem o que o

pesquisador pretende

atingir com sua

investigação”.

“Os objetivos específicos definem

as etapas do trabalho que devem

ser realizadas para que se alcance

o objetivo geral”.

V

er

b

o

s

Pesquisa exploratória

Conhecer, descobrir,

identificar, levantar.

Aplicar, caracterizar, classificar,

descrever, determinar, distinguir,

enumerar, exemplificar, explicar,

reconhecer, selecionar.

Pesquisa descritiva

Caracterizar, descrever,

traçar.

Pesquisa explicativa

Analisar, avaliar, verificar,

explicar.

72 ETAPAS

OPERAÇÕES METODOLÓGICAS

Definição do objeto

revisão de literatura

pesquisa exploratória

definição do problema e das hipóteses

Observação

definição do corpus da pesquisa

Descrição e interpretação

definição da dimensão e do dispositivo

de análise

pré-teste e revisão da dimensão e do

dispositivo de análise

análise descritiva e interpretativa

Conclusão

verificação das hipóteses e elaboração

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74