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Academic year: 2021

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TÍTULO: ATUAÇÃO DE GRADUANDOS DE ENFERMAGEM NA SEMANA DA SAÚDE SOBRE ALIMENTOS COM CONSERVANTES

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: ENFERMAGEM SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO-BRASILEIRO INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): MISLENE ROBERTO DE OLIVEIRA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): CAIO LUISI ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): ADRIANA DE SOUSA ALVES BARROS, ANTONIA CELIA VIEIRA DE SOUZA, CARLOS LEONIDIO DOS SANTOS JUNIOR, MÔNICA VALERIA SIQUEIRA ZAMBELLI

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RESUMO

Com os inúmeros processos que permitiram tais modificações no modelo alimentar produzido pela indústria, novas formas ou ingredientes que permitiram não somente um novo modo de conservar os alimentos, mas também se tornaram mais atrativos com a acentuação de sabores, cores, maciez, e aumento de vida nas prateleiras a partir dos chamados Aditivos alimentares. O objetivo desse trabalho foi relatar a experiência vivida em uma atividade extraclasse sobre os aditivos alimentícios: conservantes e corantes. Usamos então esse método de relato de experiência da disciplina de Graduação em Enfermagem: Processo de Cuidar da Saúde da Criança e do Adolescente. Durante os estudos percebemos que o uso do conservante benzoato de sódio e os corantes alimentares causam sintomas como transtorno de déficit de atenção nas crianças. O uso de algumas substâncias encontradas em conservantes é prejudicial à saúde e podem provocar inúmeras situações como alergias, problemas gástricos e doenças mais graves como câncer. Em longo prazo, podem trazer malefícios como sedentarismo e estresse.

INTRODUÇÃO

Com o aumento da produção e do consumo dos alimentos prontos, ricos em gorduras, açúcares e muito pobres de vitaminas, minerais e fibras, ocorre o aumento e a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, tais como: doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, neoplasias, obesidade, disfunções biliares, problemas do aparelho locomotor (ALVES; ABRANTES, 2003).

Os efeitos dos aditivos químicos utilizados nos alimentos têm suas consequências na saúde humana tendo em vista que o modelo alimentar da atualidade em sua grande parte são industrializados e massificados (CONTE, 2016).

Ainda a mesma autora informa que entre os inúmeros processos que permitiram tais modificações no modelo alimentar criado pela indústria, foram as novas formas ou ingredientes que permitiram um novo modo de conservar os alimentos, mas também tornaram-se mais atrativos sensorialmente com a acentuação de sabores, cores, maciez, e aumento de vida de prateleira a partir dos chamados Aditivos alimentares.

São definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, pela Portaria SVS/MS 540, de 27/10/97, como conservantes e corantes em todo e qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos sem o propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante o processo de fabricação.

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Além da ingesta abusiva de alimentos industrializados a má alimentação, esta relacionados com a diminuição da atividade física e a urbanização, uma vez que se ampliaram os mercados, a produtividade industrial, a tecnologia, e assim a indução das mudanças nos padrões de vida e comportamentos alimentares das populações (HONORATO, BATISTA e NASCIMENTO, 2013).

O refinamento, o empacotamento, o crescimento e maturação forçada dos alimentos, através do uso de produtos químicos, geneticamente modificados (OGMs), tem como função acelerar todos os processos, deixar os alimentos aparentemente mais bonitos, com maior durabilidade, com maior praticidade (semi-prontos ou prontos), gerando um aumento do volume de produção, com perdas significativas para o usuário final (CAVALLI, 2001).

Devido a maior volume e frequência de alimentos ultra processados, maior estão sendo a ingestão de aditivos químicos alimentares, tornando-se um grande problema, por que os mesmos apresentam um efeito cumulativo no organismo ao longo do tempo, sem a possibilidade de predizer o grau de toxicidade promovida pelos mesmos (BRASIL, 2007).

O consumo de frutas e vegetais, cereais integrais, sementes, e tantos outros alimentos importantes estão aos poucos sendo “substituídos” pela praticidade e pelo sabor mais acentuado dos produtos prontos, e por uma infinidade de motivos que inclui desde as mudanças culturais à questão sócia econômica, visto que a produção massificada torna-se mais barata em relação aos alimentos orgânicos ou naturais (SANTOS, 2005).

Um dos aspectos relevante diz respeito ao consumo de aditivos químicos por crianças, por serem elas as maiores consumidoras, resultando em hiperatividade e déficit de atenção (POLONIO e PEREZ, 2009).

O elevado consumo de alimentos processado-industrializados trouxe uma modificação do cenário alimentar através da transição alimentar e nutricional, estes contribuindo para o aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade (AQUINO e PHILIPPI, 2002).

Sabendo-se que a obesidade traz com sigo uma maior chance de desenvolvimento de tumores, câncer diverso e/ou doenças crônicas não transmissíveis, contribuindo assim para as modificações no padrão de adoecimento global (ANDERSON; CASWELL, 2009).

As doenças crônicas não transmissíveis apresentam etiologia multifatorial entre elas esta a alimentação. Esta trazendo maior comprometimento pelo novo modelo com perfil industrializado, rico em conservantes e corantes (TAYLOR; HEFLE, 2006).

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Outro desfecho para o uso abusivo de alimentos industrializados são os processos histaminérgicos sendo observado um aumento principalmente em crianças e jovens nas últimas décadas (LARRAMENDI, 2003).

Está caracterizada por um aumento na capacidade de os linfócitos B sintetizarem a imunoglobulina do isotipo IgE contra antígenos que acessam o organismo via inalação, ingestão ou penetração pela pele (MOREIRA, 2006).

Estes conservantes que são encontrados “escondidos” ou “mascarados”, tido como inofensivos e seguros conforme a dosagem permitida pela ANVISA no caso do Brasil, ou por outros sistemas internacionais, está presentes em alimentos que contam com o apoio da mídia e das indústrias (CONTE, 2016).

OBJETIVO

Relatar a experiência vivida em uma atividade extraclasse sobre os aditivos alimentícios: conservantes e corantes.

MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência da disciplina de Graduação em Enfermagem: Processo de Cuidar da Saúde da Criança e do Adolescente, realizado no primeiro semestre de 2017em uma Universidade particular da região Sul de São Paulo.

Inicialmente foi decidido entre os discentes e os docentes o tema que o grupo apresentaria na semana da saúde. Diante disto, o tema determinado foi : Conservantes e corantes, quais as vantagens e desvantagens para o consumo humano.

Com o tema já decidido, fizemos encontros onde discutimos como seria a forma de apresentação, a exposição dos produtos, e qual seria a parte que cada componente desenvolveria.

Foi estabelecido um período de três semanas para o preparo do material, sendo então devidos em, duas partes: pratica e teórica. Os responsáveis pela parte prática foram aos supermercados para visualizar os rótulos, coletar dados e embalagens de produtos, e os que ficaram com a parte teórica ficou com o resumo e a produção do Banner.

Para a fundamentação teórica foi utilizado artigos científicos buscados principalmente na internet, onde há relatos da grande quantidade de conservantes e corantes que existem nos alimentos industrializados.

Após o termino e elaboração do processo, a forma de apresentação foi em formato Banner 1,00x1, 20m, com um resumo sobre os tipos de corantes e conservantes que são

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usados em alimentos industrializados. Decidimos também expor uma mesa com produtos contendo os alimentos estudados.

Apresentação realizada para os discentes de diversos cursos, com a ideia de mostrar os riscos que estes alimentos podem trazer para a saúde.

DISCUSSÃO E RESULTADOS

Durante a exibição tivemos experiências positivas, haviam vários Banners no ginásio com exposição de outros produtos, com informações especificas de cada um. Passamos nossas experiências para outros alunos, alertando os males que os conservantes nos trazem. Observamos que em outras mesas os produtos expostos traziam informações das inúmeras quantidades de açúcares, corantes e outros aditivos químicos.

Sabemos que os novos estilos de vida refletem sobre determinadas práticas sociais, sendo comum o compartilhamento ou socialização de padrões de consumo, sendo um exemplo às práticas alimentares não saudáveis, como o consumo de refrigerantes a base de cola, hambúrgueres, salgadinhos, entre outros, os quais são fortemente ligados à mídia, e à própria sociedade, refletindo sobre ações individuais, vontades e sentimento de identidade (POLAND, 2006).

A industrialização tem atingido todos os mercados, e todas as faixas etárias, e, entre os principais consumidores encontram-se crianças e adolescentes, que fazem dos produtos prontos (biscoitos recheados, salgadinhos, sopas prontas, lasanhas, refrigerantes, hambúrgueres, cachorro-quente, sucos artificiais) seus lanches e refeições diárias. O que futuramente se transformarão em adultos com maior probabilidade a doenças como Diabetes Mellitos, Hipertensão, Obesidade e doenças neoplásicas (RAO, 2004).

Durante os estudos percebemos que o uso do conservante benzoato de sódio e os corantes alimentares causam sintomas como transtorno de déficit de atenção nas crianças. O uso de algumas substâncias encontradas em conservantes é prejudicial a saúde e podem provocar inúmeras situações como alergias, problemas gástricos e doenças mais graves como câncer. Em longo prazo, podem trazer malefícios como sedentarismo e estresse (POLONIO; PEREZ 2007).

Por fim, a experiência nos proporcionou um grande aprendizado e reforçou que intervenção com embasamento cientifica geram resultados positivos e importantes no papel da enfermagem.

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Visto que atualmente o perfil sócio cultural da população tende a ser mais corrida, fica difícil não recorrer à praticidade dos alimentos com conservantes, mas o ideal é não consumir somente alimentos industrializados, preciso procurar os alimentos naturais que ainda não sofreram nenhum processo de industrialização.

FONTES CONSULTADAS

CONTE, F. A. Efeitos do consumo de aditivos químicos alimentares na saúde humana:

revista espaço acadêmico, n.181, jun 2016. Disponível em:

www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspaçoAcademico/article/download/.../16770. Acesso em: 26 ago. 2017.

VALSECHI, O. A. Tecnologia de Produtos Agrícolas de Origem Animal. Disponível em: www.cca.ufscar.br/~vico/Aditivos.pdf. Acesso em: 26 ago. 2017.

POLONIO, M. L. T. e PERES, F. Consumo de Aditivos Alimentares e efeitos a saúde: Desafios para a saúde publica brasileira, Cad. Saúde Pública, RJ, p.25, ago 2009.

Disponível em:

www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=SD102-311X2009000800002. Acesso em: 26 ago. 2017.

DIONYSIO, R. B; MEIRELLES, F. V. P. Conservação de Alimentos. Disponível em: web.ccad.puc-rio.br/condigital/mvsI/.../SL_conservacao_de_alimentos.pdf. Acesso em: 26 ago. 2017.

HONORATO, T. C; BATISTA, E; NASCIMENTO, K. O. Aditivos alimentares e

Toxicologia: revista verde, v. 8, n.5, p. 01-11, 2013. Disponível em:

www.gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/article/view/1950/pdf. Acesso em: 26 ago. 2017.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Aditivos alimentares. Portaria N° 540 -

SVS/MS, de 27 de outubro de 1997. Disponível em

http//portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/d1d6da0047457d4d880fdc3fbc4c6735/PORTAR IA-540-1997.pdf?MOD=AJPERES. Acesso em 08 set. 2017.

Referências

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