Parasitologia
Protozoários – Parte I
1Giardia duodenalis
Reino: • Protozoa Filo: • Sarcomastighophora Subfilo:Mastigophora • Ordem: • Diplomonadida Família: • Hexamitidae Gêneros: • Giardia Espécie:• Giardia duodenalis (G.lamblia e Giardia intestinalis)
Agente etiológico: Giardia lamblia, G.
intestinalis, G. duodenales: protozoário,
flagelado.
Morfologia: duas formas: trofozoíta e cisto.
Causa doença Giardose em humanos, animais domésticos e selvagens.
Epidemiologia:
200
- milhões de pessoas entre África, Ásia e América latina (principalmente crianças)
Local habitual do parasitismo:
•
duodeno
• e jejuno. Raramente em vesícula biliar e condutos biliares.
Transmissão: F
• ecal- Oral (direta ou indireta) Ingestão de cistos em alimentos e bebidas
contaminadas.
Morfologia
• : trofozoítos e cistos.
Parasita
• monoxeno e eurixeno. Hospedeiros:
• homem e mamíferos em geral, aves e répteis. Divisão
• por fissão binária longitudinal.
5
Os trofozoítos vivem no duodeno e primeiras
porções do jejuno, sendo encontrados tb nos
condutos biliares e na vesícula biliar.
Trofozoíto: forma móvel (flagelada) ativa
(reprodutiva)
Cisto: forma infectante e resistente (até mesmo ao
2 a 4 núcleos axonemas de flagelos corpos parabasais ou Primórdios do disco suctorial?
Cisto
Trofozoíto
Disponível em Parasitologia Humana. Neves, 2005
2 núcleos Disco suctorial 2 Corpos Parabasais ou medianos 8 Blefaroplastos ou corpos basais Axonemas
20 µm x 10 µm
Trofozoíto 4 pares de flagelos: anterior, ventral, posterior e caudalGiardia duodenalis
• Disco suctorial– Responsável pela aderência do parasito • Axonemas
– Eixo por onde passam os flagelos em trajeto intra-celular. • Blefaroplasto
– Aglomerado de cromatina responsável pela formaçãodo flagelo
• Corpos parabasais ou medianos
– Formado por microtúbulos e proteínascontráteis • Flagelos
– Responsáveis pela locomoção do parasito
Citoplasma com presença de retículo endoplasmático, Aparelho Fig 1: Disponíve em: http://techalive.mtu.edu/meec/module03/Sources-SurfaceWater.htm
Fig 2: disponível em:http://www.brasilescola.com/doencas/giardiase.htm
Ciclo biológico
• Ingestão do cisto.
• Desencistamento no estômago pela ação do ph ácido (pH 2).
• Liberação dos trofozoítos no duodeno e jejuno. • Aderência à superfície da mucosa através do disco
suctorial.
• Formação de revestimento extenso na superfície da mucosa. Nutrição do parasito realizada por pinocitose. • O ciclo se completa pelo encistamento do parasito,
principalmente no ceco, e sua eliminação para o exterior através das fezes formadas.
Ciclo biológico
O
•
trofozoíto inicia o processo de encistamento
no baixo íleo nas seguintes condições:
Influência – do ph intestinal Estímulo de – sais biliares Destacamento – do trofozoíto da mucosa
Ciclo biológico
O
•
trofozoíto recolhe os flagelos e secreta uma
membrana cística formada de quitina.
No
•
interior do cisto ainda ocorre a
nucleotomia.
Resiste
•
no ambiente por 2 meses.
Dois
•
trofozoítos são liberados de cada cisto.
Ciclo de vida: Monoxênico Ingestão do cisto desencistamento no estomago liberação dos trofozoítos adesão à mucosa do intestino delgado divisão por fissão binária
encistamento no cólon fezes
Patologia
Atrofia
•
das vilosidades e dos microvilos, com
redução da área de absorção intestinal,
infiltração de leucócitos e aumento da
secreção de muco.
Os
– trofozoítos na luz intestinal tornam-se
aderentes ao epitélio e podem invadir a mucosa. Ação
– citotóxica dos macrófagos para os parasitos.
Patologia
• Ativação de linfócitos e liberação de linfocinas
suficientes para destruir os parasitos na
maioria dos indivíduos.
• Ação dos granulócitos sobre trofozoítos.
• Ação de anticorpos anti-Giardia :IgA, IgG, IgM
e IgE.
Patologia
IgE
•
promove degranulação de mastócitos
que liberam histamina : edema e contração
do músculo liso com
> da motilidade
intestinal.
Liberação
•
prostaglandina pelos mastócitos
que aumentam a motilidade intestinal.
Patologia
Pacientes
•
parasitados geralmente
assintomáticos com cura espontânea.
Quadros
•
sintomáticos
Quadro agudo(poucos
– dias): diarreia com má absorção intestinal, malcheirosa, cólicas, fraqueza e perda de peso.
Crianças:
– sintomas associados à irritabilidade, insônia, náuseas e vômito.
Quadro
– crônico: esteatorreia , perda de peso e má absorção.
Epidemiologia
• Giardose encontrada em todo mundo.
• Alta prevalência em crianças por mau hábitos
higiênicos.
• Transmissão através de água e alimentos
contaminados
– Diarreia dos viajantes para áreas endêmicas
• Transmissão através da atividade sexual:
fecal-oral.
Epidemiologia
Infecção encontrada
•
em ambientes coletivos.
Viabilidade
•
dos cistos por dois meses no
ambiente, sendo resistentes ao processo de
cloração da água, mas destruídos em água
fervente.
Viabilidade
•
dos cistos por longo tempo
quando localizados embaixo das unhas.
Diagnóstico;
Diagnóstico
- nas fezes: à fresco (trofozoítos) ou PPF
- (3 amostras); ELISA,
- Imunofluorescência, PCR.
Tratamento:
- Derivados nitroimidazólicos: metronidazol, ornidazol,tinidazol e nimorazol;
Derivados
- benzimidazol: Mebendazol e Albendazol Cloroquina.
Atividade Acadêmica Supervisionada
Questões
Giardose:1. Quais são as formas que a Giardia lamblia pode
apresentar? Qual é a diferença entre elas? 2. Qual é a forma de transmissão da giardíase? 3. Descreva os sintomas da doença giardíase?
4. Porque devemos coletar 3 amostras em dias alternados para obter o diagnóstico da giardíase?
23
Amebas
Reino: • Protozoa Filo: • Sarcomastighophora Subfilo: • Sarcodina Ordem: • Amoebida Família: • Entamoebidae Gêneros: • Entamoeba Espécie:• Entamoeba histolytica, E. dispar, E.coli, E.hartmanni, etc
Locomoção:
- pseudópodes (falsos pés). - Hábito de vida: comensal ou parasita Parasitas humanos: Gênero
- Entamoeba e Endolimax
Espécies: Entamoeba histolytica, Entamoeba coli,
Endolimax nana
25
Entamoeba histolytica
Entamoeba histolytica
Doença: • amebose. Habitat: • Intestino grosso. Locomoção• por emissão de pseudópodes. Via
• de transmissão: Ingestão de cistos em alimentos e bebidas contaminadas, contato oral-anal e transporte mecânico por insetos.
Morfologia:
• cistos, metacistos, trofozoítos e pré-cistos Parasita
• monoxeno.
Reprodução
• por divisão binária. Comensal
• (90% casos assintomáticos).
8 µm a 20µm
Disponível em:http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/Amebiasis_il.htm
Trofozoíto
Hemácias
núcleo com cariossoma pequeno e central ectoplasma
20 a 60 μm
endoplasma
vacúolos
Disponível emhttp://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/Amebiasis_il.htm
Ciclo biológico – T minuta
Ingestão
•
de cistos.
Resistem
•
ao pH estômago.
Processo
•
de desencistamento no final do ID e
início IG com temperatura de 37°C em meio
anaeróbio.
Um
•
cisto tetranucleado rompe a parede cística
e libera o metacisto.
Ciclo biológico – T minuta
Divisões
•
nucleares e citoplasmáticas com
formação de 8 trofozoítos.
Os
•
trofozoítos liberados ficam aderidos à
parede intestinal alimentando-se de bactérias
e detritos. (10-20μm)
Multiplicação
•
na luz do IG
Ciclo biológico
Trofozoítos
• são encontrados em fezes diarréicas. Processo • de encistamento: Formação – dos pré-cistos Diminuição da atividade de • fagocitose
Diminuição da motilidade pela não
• emissão de
pseudópodes Desaparecimento
• dos vacúolos
Aparecimento
• dos corpos cromatóides Transformação
• em pré-cistos e secreção de membrana cística
Ciclo biológico
Divisão nuclear
• com produção de cistos tetranucleados. Grande
• área do citoplasma ocupada por formação de glicogênio.
– Obs: A coloração por hematoxilina férrica remove o glicogênio deixando no lugar um grande vacúolo vazio, enquanto na coloração por lugol, o glicogênio cora-se de castanho–avermelhado.
Os
Trofozoíto magna
• Trofozoíto magna:
– Adquirem a capacidade de invadir a mucosa intestinal penetrando nos tecidos e produzindo formas ainda maiores. (até 60 μm)
– Produção de hialuronidase, proteases e mucopolissacaridases
– Fagocitose de hemácias.
– Emissão de pseudópodes grossos e digitiformes – Divisão binária
– Incapacidade de produção de cistos
– Raramente encontrada nas fezes exceto em casos de diarreia e disenteria
Trofozoíto magna
Metabolismo
•
trofozoítico
Utilização
– de glicose e produção de ácido pirúvico Grande
– necessidade de ferro utilizado pelo protozoário para mecanismos respiratórios
Disponível em: Bases da parasitologia Médica. Luís Rey, 2010
Patologia
Amebose
•
intestinal crônica
Colite amebiana
•
fulminante
Apendicite
•
amebiana
Amebose
•
hepática
Abcesso amebiano
•
pulmonar
Amebose
•
cutânea
Disponível em Parsitologia Humana. Neves,2005
Patologia
Varia • conforme a cepa Dependentes • da flora bacteriana Lesões iniciais• no intestino grosso. Mutiplicam-se pela submucosa, ganhando profundidade até atingirem o tecido muscular.
Exercem
• ação lítica por processo enzimático Produzem
• necrose
Invasão
• da corrente sanguínea pelo sistema porta podendo atingir o fígado, pulmões, cérebro e pele (normalmente da região anal e genital).
Patologia
Observa
• -se escassez de infiltrações leucocitárias em torno dos parasitos
Incidência
• de infecção bacteriana no tecido Lesões
• com maior frequência na região cecal, no sigmóide e no reto
Locais de
• trânsito rápido são menos frequentes Incubação
• de 7 dias a 4 meses.
Patologia
• Forma intestinal
– Colite não disentérica:
• 2 a 4 evacuações/dia com fezes diarreicas ou pastosas • Cólica e desconforto abdominal
– Colite disentérica
• Aguda com presença de cólica, diarreia e tenesmo • 8 a 10 evacuações diárias
Patologia
Forma
•
hepática:
Maior
– resistência ao parasitismo amebiano Causam
– necrose de coagulação com liquefação asséptica do tecido pela produção de abcessos amebianos
Material
– necrosado formado por tecido hepático lisado, sangue, bile, e algumas amebas – pus de chocolate
Lesões
– antigas podem ser envolvidas por cápsula fibrótica.
Patologia
Sintomas
•
Dor ou
– desconforto no hipocôndrio direito que se agrava com movimentação.
Confunde
– -se com cólica biliar. Febre
– irregular com calafrios, suores, náuseas e vômitos.
– Fígado aumentado de volume e doloroso à percussão na área do abcesso.
Ligeira
Patologia
• Amebíase pulmonar :
– Invasão torácica pode ocorrer via hematogênica ou hepatobrônquica – ruptura do abcesso hepático na cavidade pleural e peritonial
• Sintomas
– Tosse com expectoração de material gelatinoso, ora de coloração achocolatada ora avermelhada
– Febre – Dor torácica
– Em caso de infecções bacterianas secundárias: secreção de aspecto amarelado.
Entamoeba coli
Doença:
•
amebose
Habitat:
•
cavidade intestinal
Via de transmissão:
•
Ingestão de cistos em
alimentos e bebidas contaminadas.
Morfologia:
•
trofozoítos e cistos.
Parasita
Entamoeba coli
Cistos:
•
Esféricos – ou ligeiramente ovóides. Parede – cística espessa. Ausência de – vacúolos citoplasmáticos. Contém – de 1 a 8 núcleos. Cariossomo – irregular e excêntrico. Presença– de reserva de glicogênio (cistos imaturos). Presença
– de corpos cromatóides finos.
Entamoeba coli
Cariossoma excêntrico
Vacúolo de glicogênio de cisto imaturo
15-20 µm
cisto imaturo cisto maduro
Disponível em:http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/IntestinalAmebae_il.htm
Entamoeba coli
Trofozoíto:
•
Nutrição
– através de restos celulares e bactérias. Citoplasma
– com vacúolos que podem apresentar bactérias, leveduras e outros cistos de
protozoários. Eliminados
Trofozoítos com cariossoma grande e excêntrico
15 a 50 µm
Disponível em:http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/IntestinalAmebae_il.htm
Formas de diagnóstico
Identificação
• de trofozoítos e cistos Análise
• macroscópica do aspecto e consistência das fezes
Verificação
• da presença de muco ou sangue Fezes
• líquidas coletadas com conservantes Encontro
– de formas trofozoíticas Encontro
– de hemácias no campo microscópico devido as ulcerações no caso de E.histolytica
Fezes
• formadas:
Encontro
Formas de diagnóstico
• Técnicas para pesquisa de trofozoítos:
– Método direto a fresco– Hematoxilina férrica
• Fezes formadas:
– Utilização de métodos de concentração – Centrífugo-flutuação: Método de Faust – Flutuação espontânea: Método de Willis
Formas de diagnóstico imunológico
para E.histolytica/E.dispar
PCR
•
Imunológico:
•
ELISA – Hemaglutinação – indireta Imunoflorescencia – indiretaEpidemiologia
Importante para Saúde pública Mundial
• Maior prevalência em crianças de países subdesenvolvidos.
Estima
• -se que existam cerca de 500 milhões de pessoas infectadas no mundo por E. histolytica. 50 milhões de casos/ano (10%) de amebíase invasiva.
• Uma das principais causas de morte (100.000/ano no mundo) entre as parasitoses humanas.
• Os cistos permanecem viáveis (ao abrigo da luz solar e em condições de umidade) durante cerca de 20 dias
55
Profilaxia
Educação
•
sanitária
Hábitos de – higieneSaneamento
•
ambiental
Tratamento – da águaTratamento
•
de esgoto
Destruição dos– cistos antes do lançamento das águas em rios, lagos..
Identificação
•
e tratamento das fontes de
Tratamento
O
• tratamento é baseado no uso de amebicidas que atuam na luz intestinal e nos tecidos.
Amebicidas
• da luz intestinal:
Compostos
– insolúveis em água que não são absorvidos pela mucosa intestinal
Destroem
– os trofozoítos, mas não possuem ação contra cistos Ciclo – de 5 a 10 dias de tratamento Dicloracetamidas: – Teclosan • Furamida • Etofamida • Clefamida •
Tratamento
Amebicidas
•
teciduais:
Absorvidos pela – mucosa intestinal Rápida– absorção (fato que leva a utilização conjunta de amebicidas para luz intestinal) Metronidazol – Tinidazol • Ornidazol • Nimorazol •
Amebas comensais
E.
•
hartmanni
Endolimax
•
nana
Iodamoeba
•
butschlii
Chilomastix
•
mesnili
Entamoeba coli E. histolytica Endolimax nana
Até 8 núcleos Até 4 núcleos Até 4 núcleos (sem cromatina aparente)
Caso clínico
Mulher
• , 45 anos, 6 semanas de dor constante no abdome, perda de peso e febre constante. A paciente migrou do México para os EUA há 7 anos. Os exames laboratoriais mostraram níveis elevados de bilirrubina. O exame de tomografia mostrou abscessos hepáticos. A sorologia para Entamoeba histolytica foi positiva.
Responda:
Como
1) ocorre a transmissão da Entamoeba histolytica ? Quais
2) os sintomas mais comuns dependendo da forma da doença?
Quais
3) os outros testes utilizados para o diagnóstico da doença? Qual
4) o tratamento recomendado? Ressalte
5) os métodos de prevenção utilizados. 61
Balantidium coli Reino: Protazoa Filo: Ciliophora Classe: Kinetofragminophorea Ordem: Trichostomatida Família: Balantidiidae Gênero: Balantidium Locomoção : cílios - Morfologia esférica:
Balantidium coli (Balantidíase) Ciclo biológico : Monoxênico
Transmissão: Ingestão de cistos através de água ou alimentos (Transmissão fecal-oral);
Formas: Trofozoítas e cistos
Desencistamento (intestino delgado) Trofozoítos presentes no intestino grosso
Reprodução: Assexuada;divisão binária (só os trofozoítos)
Encistamento, eliminação de cistos nas fezes (trofozoitas tb são liberados nas fezes mas morrem no ambiente)
63
HABITAT:
Intestino grosso porcos Ocasional no homem
MORFOLOGIA:
Trofozoíto: ovóide, ciliado (60-90 m X 50-60 m) Cisto: esférico, liso (40-60 m de diâmetro)
Multiplicação: divisão binária conjugação
Balantidium coli
Trofozoíto Cisto
Ciclo de vida: Ciclo biológico Monoxêmico
PATOGENIA :
• Pode ser assintomático (~50% dos casos)
• Muitos casos apresentam colite indistinguível da colite amebiana
• Úlceras superficiais, sem bordas definidas presença do B. coli nas partes necrosadas e tecidos sãos ao redor • Pode ocorrer invasão de órgãos extra-intestinais (em
geral, pulmão, peritônio) em indivíduos imunocromprometidos
• Penetram mecanicamente na mucosa entre as aberturas glandulares multiplicação por divisão binária necrose tecidual e formação de abscesso
68
Epidemiologia
• A distribuição da balantidiose é mundial, porém a prevalência é muito baixa (<1%)
• O porco tem sido
considerado a principal fonte das infecções humanas
Tratamento
• Os casos assintomáticos evoluem para a cura espontaneamente • Metronidazol • Nimorazol • Paramomicina Diagnóstico laboratorial Diagnóstico parasitológico • Exame direto: à fresco.
Fezes diarréicas com trofozoítos
Fezes formadas presença de cistos;
PPF
•
(protoparasitológico de fezes ou coproparasitológico)
Prevenção (Profilaxia)
Saneamento básico•
Destino e tratamento adequado dos dejetos e dos • animais Higiene pessoal • Higiene alimentar • Educação •
Controle dos insetos •
Controle de roedores e outros animais
• sinantrópicos
Atividade Acadêmica Supervisionada Caso clínico
JK,
• homem, 67 anos, passou por uma quimioterapia e cirurgia para o tratamento de um adenocarcinoma intestinal. Outras massas tumorais apareceram, juntamente com sintomas de diarréia aguda, sanguinolenta, cólica e flatulência. Por estar em tratamento, acreditou-se que este eram sintomas da evolução do câncer. Porem os sintomas não diminuiram com antidiarreicos, anti-inflamatórios e antibióticos. O médico solicitou um PPF e o resultado revelou a presença de parasitas ciliados: Balantidium
coli.
Responda:
Neste
1) caso como possivelmente ocorreu a transmissão do
Balantidium coli?
Quais
2) os sintomas mais comuns da doença, porque ocorreu perfuração do intestino?
Isosporíase - Isospora sp
71
Esporozoário
Isospora belli é a espécie mais importante para o ser humano causa
a isosporíase.
Parasita obrigatório das células epiteliais do Intestino Delgado.
Oocisto
• (formado após fecundação) constitui a forma infectante da isosporíase, pois é eliminado nas fezes e possibilita a infecção por via fecal-oral.
Epidemiologia:
Ocorre em países desenvolvidos ou não; •
Comum em regiões tropicais; •
Pacientes
• imunocomprometicos (ex.: HIV+)
Transmissão: Ingestão dos oocistos maduros
De água ou alimentos contaminados com fezes Isospora belli
72
Isospora belli
Ciclo de vida: Monoxênico
Fases: assexuada (merogonia/esquizogonia) e
sexuada (gametogonia): ocorre no intestino delgado e resulta na
liberação de oocistos imaturos nas fezes que é maturado no ambiente.
73
Isospora belli
Oocistos
Esporozoítos
Reprodução
Merogonia/ Esquizogonia: Divisão nuclear seguida de divisão do citoplasma.
75 Ciclo assexuado Ciclo sexuado 76 Patogenia : Alterações
• na mucosa intestinal resultando em má absorção; Lesões
• epiteliais (destruição do epitélio); Atrofia • das vilosidades; Infiltrado • inflamatório. Manifestações clínicas: Assintomático • ou sintomático:
- Diarréia, cólicas abdominais, náusea e febre; - Perda de peso (pode resultar em anorexia); - Desidratação.
Pacientes com AIDS: Diarréia intensa com perda de até 2L
de líquido nas fezes/dia.
77
Diagnóstico:
Laboratorial
• - através da visualização de oocistos (álcool-ácido-resistentes) nas fezes.
- PPF: Métodos de citocentrifugação (ex.: Hoffman, Ritchie);
Aspiração
• duodenal e biliar ou biópsia (oocistos).
Tratamento: Sulfametoxazol+Trimetropima (Bactrim®) Prevenção: Higiene • pessoal e alimentar; Tratamento
• da água, fervura da água.
Atividade Acadêmica Supervisionada
Isosporíase
1. Quais são as morfologias que a Isospora belli pode apresentar? Qual é a morfologia infectante?
2. Qual é a forma de transmissão da doença isosporíase?
3. Descreva o ciclo de vida do parasita Isospora belli . 4. Descreva os sintomas da doença isisporíase
principalmente em indivíduos imunocomprometidos. 5. Qual é o tratamento adequado para a isosporíase?
Cryptosporidium sp
79
Cryptosporidium sp, causador da Criptosporidiose infectam a
maioria dos animais e representam uma causa significante de morbidade e mortalidade em países desenvolvidos ou não.
Transmissão: Fecal-Oral, Ingestão de água e/ou alimentos
contaminados com oocistos (com 4 esporozoítos) de
Cryptosporidium; Facilitada ( densidade populacional);
Morfologia: Oocistos: constitui a forma infectante da
Criptosporidiose. Oocisto maduro Esquizonte Oocisto maduro (c/ 4 esporozoítas) Esporozoário 80 oocistos Ciclo de vida: Monoxênico Oocistos maduros Merozoítas
81 Ciclo de vida:
Hospedeiro ingere os
1. oocistos maduro (com 4 esporozoítas) e
infectantes.
No intestino, as formas
1. merozoíta realiza o ciclo assexuado
ou formam gametócitos (macrogameta e microgameta). Da
1. união dos gametas resulta um oocisto maduro, que deve abandonar a mucosa.
O oocisto maduro
1. , esférico ou ovóide, constitui a forma infectante e contém quatro esporozoíto.
Cryptosporidium sp
Patogenia e sintomatologia:
A criptosporidiose é uma das causas mais comuns de diarréia não viral em humanos, de ocorrência mundial.
Diagnóstico:
Laboratorial
• - através da visualização de oocistos nas fezes. - PPF: Métodos de citocentrifugação (ex.: Hoffman, Ritchie);
Tratatamento:
Paromomicina, a azitromicina e a espiramicina, por diminuírem a gravidade da infecção, quando administradas por via oral.
Profilaxia:
Igual
• a da Giardíase.
Atividade Acadêmica Supervisionada
Criptosporidiose
Qual
1. é a forma de transmissão do Cryptosporidium sp ? Descreva
2. de forma resumida o ciclo de vida do parasita
Cryptosporidium sp.
Qual
3. é o diagnóstico mais adequado para a criptosporidiose?
Qual
4. é o tratamento utilizado para a criptosporidiose? Como
5. prevenir a doença criptosporidiose?
83 Filo: • Sarcomastigophora Subfilo: • Mastigophora Ordem: • Trichomonadida Família: • Trichomonadidae Gênero:Trichomonas • Espécie: • Trichomonas vaginalis, Trichomonas tenax e Pentatrichomonas hominis
Tricomonose
Trichomonas
Trichomonas
• hominis ( Pentatrichomonas hominis):
Habita
– o trato intestinal humano - IG Não – patogênico Transmissão – oral-fecal Ausência de – cistos Trichomonas • tenax Habita
– a cavidade bucal humana. Não patogênico Alimentam
– -se de bactérias e detritos orgânicos Presente – na placa dental Transmissão – através da saliva Ausência de – cistos
T. vaginalis
Protozoário
•
causador da tricomonose
Morfologia
•
Célula polimorfa – em hospedeiros e meios de cultura Podem– ser elipsóides ou esféricas. Medem
– em média 9,7 µm x 7,0 µm Capacidade
– de emissão de pseudópodes para alimentação e não locomoção.
Possuem somente
Trichomonas vaginalis
Trofozoítos- piriformes
- 4 flagelos livres anteriores - 1 posterior
com membrana ondulante - divisão binária
- habitat: trato urogenital
Canal periflagelar Blefaroplasto Pelta Núcleo Costa Hidrogenossomos Axóstio Flagelo posterior e membrana ondulante
Ilustração disponível em Rey, 2010
Corpo parabasal e Aparelho de Golgi
T. vaginalis
Características
•
:
Reprodução
– por fissão binária longitudinal Desenvolvimento – em pH 5,0 e 7,5 O • pH vaginal varia de 3,5-4,5 Temperatura – entre 20 a 40 °C Anaeróbio – facultativo
T .vaginalis
Habitat • : Trato– genitourinário feminino e masculino Não
– sobrevive fora do sistema urogenital Não se
– instala em cavidade bucal ou no intestino
Transmissão
• :
Relação
– sexual
Parasito
– sobrevive por uma semana sobre prepúcio do homem sadio
Podem
Trichomonas vaginalis
ciclo de vida direto
Não há formação de cistos!
Trichomonas vaginalis
Mecanismos de Transmissão 1. sexual + frequente 2. Água de banho, roupas molhadas, sanitários, etc Vida média secreção vaginal: 6hs Água: 2hsPatologia
A infecção não se estabelece em vaginas normais
- facilitada por alterações da flora bacteriana, aumento do pH, descamação excessiva, etc.
Acarretadas por alterações hormonais, inflamações, etc PI: 20 dias
a) Forma assintomática - + comum homens: subclínica e benigna
b) Forma sintomática - + comum mulheres: vaginite, vulvovaginite e cervicite
Corrimento, forte prurido, ardor, odor fétido, pH
alcalino, dor e incômodo durante relação sexual, disúria e frequência miccional.
Ciclo
evolutivo
T.vaginalis
Fatores• que alteram a parasitose: Alteração
– da flora bacteriana
redução
• da ação do Lactobacillus acidophilus com diminuição da acidez local
Diminuição do
– glicogênio
A
• utilização do glicogênio das paredes vaginais pelos
Trichomonas eleva do pH vaginal Capacidade
– de revestimento com proteínas
plasmáticas do hospedeiro para evasão do sistema imunológico
T.vaginalis
Mecanismos de
•
proteção do hospedeiro
Menstruação – Diminuição• do número de parasitos mas aumentam a resistência contra degradação via complemento.
Presença do
– bacilo de Döderlein
Metabolizam
T.vaginalis
Complicações relacionadas
•
a gravidez
A
– resposta inflamatória gerada pela infecção por T.vaginalis pode conduzir a alterações na membrana fetal ruptura prematura – de membrana, baixo – peso de recém-nascido endometrite – natimorto – e morte neonatal.
T.vaginalis
Complicações relacionadas
•
a fertilidade
– a infecção do trato urinário superior ocasiona a destruição da estrutura tubária danificando as células ciliadas ocasionando inibição da passagem dos espermatozóides ou óvulos.
Parasito
– desenvolve-se melhor no trato urinário masculino pela presença do glicogênio
Pode – ser assintomática Pode • apresentar complicações como: Prostatite – Balanopostite – (glande e prepúcio) Cistite – Epididimite – Quando – sintomática: Uretrite
• com fluxo leitoso ou purulento
Sensação
• de prurido na uretra Secreção
• matinal (antes da primeira urina ) clara , viscosa e pouco abundante
Desconforto
• ao urinar
T.vaginalis
–O T.vaginalis pode amplificar a transmissão do vírus da imunodeficiência humana através de:
aumento
– das lesões e sangramento de mucosa que produz estimulo da migração de leucócitos, inclusive Linfócitos T CD4+
e macrófagos capacidade de
– degradação do inibidor de protease leucocitária secretória, que bloqueia ataque do HIV às células.
Diagnóstico
Coleta
• de material Para os homens:
Não
– realizar higienização e não urinar antes da coleta
O
– parasito é melhor encontrado no sêmen do que na urina ou esfregaços uretrais. Centrifugação – e análise do sedimento Secreção – uretral e material subprepucial: swab umedecido em solução isotônica Coleta • de material Para mulheres Não – realizar higienização matinal de 18 a 24hrs antes da coleta Maior – concentração do parasito logo após a menstruação Coleta – de material através de swab
Diagnóstico
Parasitológico: • Suspender o– uso de medicação ou anticoncepcionais um ou dois dias antes do exame
Exame direto
– de esfregaços à fresco
Visualização
• da motilidade do parasito: análise imediata do material
Corados
• ou não corados Coloração:
• laranja de acridina, Giemsa, Leishman, Gram e hematoxilina férrica.
Cultura
– em meios específicos contendo penicilina e streptomicina
CPLM,
Diagnóstico
Clínico:
•
Difícil
– realização através dos sinais e sintomas
Imunológico
•
Aglutinação – IF – direta e indireta ELISA –Tratamento
Tratamento
•
para paciente e parceiro
Metroinidazol: – 10 dias Ornidazol: – 5 dias Tinidazol: – dose única Nimorazol: – 6 diasEpidemiologia
Ampla
• distribuição geográfica Faixa
• etária: 16 a 35 anos 20-40% mulheres Mais
• frequente entre as mulheres Promiscuidade
• e falta de higiene favorecem a transmissão Permanência • fora do habitat: Toalhas – úmidas: 24 horas Urina – coletada: 3 horas Sêmem ejaculado: – 6 horas Podem
– sobreviver a temperaturas de até 40 graus
Profilaxia
Educação
•
sanitária
Diagnóstico
•
precoce
Uso de
•
preservativos
Medidas
•
higiênicas
Cosmopolita
Morfologia semelhante T. vaginalis (menor) Habitat: cavidade bucal (tártaro)
Não é patogênico Transmissão saliva