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Segurança e saúde no trabalho de funcionários de condomínios residenciais em Fortaleza

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

PEDRO HENRIQUE DOS SANTOS MOURA

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO DE FUNCIONÁRIOS DE CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS EM FORTALEZA

FORTALEZA 2019

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PEDRO HENRIQUE DOS SANTOS MOURA

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO DE FUNCIONÁRIOS DE CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS EM FORTALEZA

Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Administração do Departamento de Administração da Universidade Federal do Ceará, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Administração. Orientador: Professor Dr. Cláudio Bezerra Leopoldino.

FORTALEZA 2019

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___________________________________________________________________

MOURA, PEDRO HENRIQUE DOS SANTOS. SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO DE FUNCIONÁRIOS DE CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS EM FORTALEZA / PEDRO HENRIQUE DOS SANTOS MOURA. – 2019.

66 f. : il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade, Curso de Administração, Fortaleza, 2019.

Orientação: Prof. Dr. Cláudio Bezerra Leopoldino.

1. Condomínios residenciais; Saúde e Segurança; Normas Regulamentadoras; Saúde ocupacional. I. Título. CDD 658

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PEDRO HENRIQUE DOS SANTOS MOURA

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO DE FUNCIONÁRIOS DE CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS EM FORTALEZA

Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Administração do Departamento de Administração da Universidade Federal do Ceará, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Administração.

Aprovado em 17 de Junho de 2019.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________ Prof. Dr. Cláudio Bezerra Leopoldino (Orientador)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

________________________________________________ Prof. Dr. Diego de Queiroz Machado

Universidade Federal do Ceará (UFC)

________________________________________________ Prof. Dr(a). Márcia Zabdiele Moreira

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À Deus,

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Francisca e Pedro, que mesmo em condições adversas me deram suporte para continuar seguindo no caminho da educação e me apoiaram até aqui. Marcos Paulo, pelo apoio e dedicação em todos os momentos.

Aos meus familiares, pelo incentivo.

Ao professor Cláudio, orientador que me ajudou neste trabalho.

Aos síndicos, que me receberam em suas casas e me esclareceram sobre o assunto, contribuindo com respostas.

A todos os colaboradores, amigos, colegas de profissão que contribuíram de alguma forma para a realização deste trabalho.

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RESUMO

O estudo relata sobre as condições de condomínios residenciais em Fortaleza, abordando questões de saúde e segurança no trabalho, analisando quais residenciais visitados cumprem ou não com as disposições estabelecidas. Identificou-se uma escassez de programas de saúde ocupacional para o segmento, deixando esses empreendimentos despreparados quanto a fiscalizações e passíveis de multas. De acordo com o programa eSocial, será necessário a implantação de programas de SST para todas as empresas, incluindo condomínios. O objetivo dessa pesquisa é identificar através de pesquisa de campo e observação direta as condições de trabalho desses colaboradores. A metodologia utilizada foram através dos instrumentos de formulários e entrevistas. Os principais resultados foram de acordo com o que se esperava: pouco ou nenhum conhecimento sobre o tema, não conformidades com as normas regulamentadoras e ausência de itens necessários como por exemplo, brigada de incêndio e primeiros socorros. Com as devidas observações verificou-se a realidade vivenciada por funcionários, síndicos confirmando sobre o pouco conhecimento sobre o assunto.

Palavras-chave: Condomínios residenciais; Saúde e Segurança; Normas Regulamentadoras; Saúde ocupacional.

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ABSTRACT

The study reports on the conditions of condominiums residing in Fortaleza, addressing health and safety issues at work, analyzing which residential aspects would be met or not with the detailed provisions. A shortage of occupational health programs for the segment was identified, based on enterprises that were unprepared for supervision and subject to fines. According to the eSocial program, it will be necessary to implement OSH programs for all companies, including condominiums. The goal is to do research through field surveys. The methodology used was through the form instruments and interviews. The results were as follows: according to what happened: little or no knowledge on the subject, non-compliance with regulatory rules and absence of items such as fire brigade and first aid. With the due observations, a reality was experienced by officials, trustees confirming about the little knowledge on the subject.

Keywords: Residential condominiums; Health and safety; Regulatory Standards; Occupational health.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – ​Pirâmide hierarquia das necessidades 22

Figura 2 ​ Cronograma de implantação eSocial 25

Figura 3 ​–​ ​Hierarquia para fornecimento do EPI 31

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 –​ ​Pessoas Entrevistadas 42

Gráfico 2 – Níveis de Conhecimento sobre SST 45

Gráfico 3 – ​Condomínios com Programa de SST 46

Gráfico 4 –​ Ambientes de riscos em Condomínios 47

Gráfico 5 –​ Conhecimento em geral sobre brigada de incêndio 48

Gráfico 6 –​ ​Necessidade de Programa de SST 49

Gráfico 7 –​ ​Unidades Familiares por Condomínio 50

Gráfico 8 –​ ​Quantidade de funcionários por condomínio 51

Gráfico 9 –​ T​ipos de profissionais por condomínio 52

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1​Classificação Nacional de Atividades Econômicas e Grau de risco de

acidente do Trabalho 24

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Profissionais Especializados do SESMT 27

Quadro 2 – Dimensionamento do SESMT 28

Quadro 3 – ​Hierarquia do CNAE 29

Quadro 4 – Dimensionamento da CIPA 30

Quadro 5 – Equipamentos de proteção individual 32

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

AGE Assembleia Geral Extraordinária

APC Acidentes Pessoais e Coletivos

ASO Atestado de Saúde Ocupacional

CBMCE Corpo de Bombeiro Militar do Ceará

CCT Convenção Coletiva de Trabalho

CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CLT Código de Leis Trabalhistas

CNAE Código Nacional de Atividades Econômicas

CREA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia

DF Distrito Federal

EPI Equipamento de Proteção Individual

IPA Invalidez Permanente por Acidente

PF Pessoa Física

PCMSO Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional

PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

MTE Ministério do Trabalho e Emprego

NR Norma Regulamentadora

NT Norma Técnica

SECOVI Sindicato

SESMT Sistema Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho

SIT Secretaria de Inspeção do Trabalho

SINTRACONDCE Sindicato dos Trabalhadores de Condomínios Residenciais

SRTE Superintendência Regional do Trabalho e Emprego

SST Segurança e Saúde no Trabalho

SSTI Secretaria de Segurança do Trabalho

VG Seguro de Vida em Grupo

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 16 1.1 ​Problema de pesquisa 17 1.2 ​Objetivos da pesquisa 18 1.2.1 Objetivo Geral 18 1.2.2 Objetivos Específicos 18 1.3 Justificativas 19 1.4 Metodologia utilizada 19 1.5 Organização do trabalho 20

2 FUNDAMENTOS DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO 21

2.1 Teoria da hierarquia das necessidades 21

2.2 ​Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e SST 2​2

2.3 Segurança e Saúde no Trabalho relacionado ao eSocial 24

2.4 Aplicação das Normas Regulamentadoras 26

2.4.1 NR 1 Disposições Gerais 26 2.4.2 ​NR 4 SESMT 27 2.4.3 ​NR 5 CIPA 29 2.4.4 ​NR 6 EPI 31 2.4.5 ​NR 7 PCMSO 33 2.4.6 ​NR 9 PPRA 35 2.4.7 ​NR 17 Ergonomia 36

2.5​CCT e suas disposições sobre SST 36

2.6 Normas Técnicas do CBMCE 38

2.7 Inspeção Predial 40

3 METODOLOGIA 41

3.1 ​Caracterização da pesquisa 41

3.2 ​Instrumento de Coleta 42

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3.4 ​Tratamento de Dados 44

4 ​ANÁLISE DOS RESULTADOS 45

4.1 ​Análise do Formulário 45

4.2 Estrutura para Entrevista 49

4​.2.1 ​Análise da Entrevista 52

5 ​CONCLUSÃO 55

REFERÊNCIAS 57

Anexo A - ​Informações sobre EPI 59

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1 INTRODUÇÃO

De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE, 2019) as empresas são obrigadas a manter serviços de segurança e saúde no trabalho (SST). As organizações devem ficar em alerta, adequando-se dentro das normas legais e não deixando de cumprir nenhum item nesse subsistema operacional, isentando-se de passivos trabalhistas.

No segmento de condomínios existe um questionamento sobre como cumprir ou não com as normas legais. É realizado uma análise sobre a necessidade de programas de SST considerando o pequeno quadro de colaboradores. Outra interrogação são sobre os residenciais se enquadram como empresas? Neste estudo serão apresentadas informações a respeito desses questionamentos.

Conforme citado em Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, capítulo 1 no Art. 1º, condomínio:

As edificações ou conjuntos de edificações, de um ou mais pavimentos, construídos sob a forma de unidades isoladas entre si, destinadas a fins residenciais ou não-residenciais, poderão ser alienados, no todo ou em parte, objetivamente considerados, e constituirá, cada unidade, propriedade autônoma sujeita às limitações desta Lei.

§ 1º Cada unidade será assinalada por designação especial, numérica ou alfabética, para efeitos de identificação e discriminação. § 2º A cada unidade caberá, como parte inseparável, uma fração ideal do terreno e coisas comuns, expressa sob forma decimal ou ordinária

Além o artigo citado, sobre a definição de edificações, existem demais artigos que dispõem sobre despesas, convenções, seguros, administração, assembleias e outras disposições gerais que complementam a toda a estrutura legal de condomínios residenciais.

De acordo com o Sindicato de Empresas Compra Venda Locação e Administração de Imóveis do Ceará (SECOVI-CE, 2018), atualmente em Fortaleza existem cerca de 6.500 condomínios, dentre esses, alguns possuem mão de obra própria ou terceirizada integrando o quadro de trabalhadores. A preocupação quanto a programas de SST dos colaboradores é de responsabilidade dos síndicos,

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condôminos, contadores ou suas respectivas administradoras que devem seguir as normas trabalhistas, regulamentadoras e legais, obedecendo a esfera municipal, estadual e federal.

Quanto a SST é estabelecido pelo MTE (2019), que designa os empregadores a cumprir com as normas regulamentadoras com o objetivo de minimizar ocorrências de acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e proporcionar um local de trabalho adequado aos empregados.

Consolidando os fatos abordados e levando em consideração os itens da pesquisa adiante, como estudo de caso em alguns condomínios em Fortaleza, este trabalho relata as condições de higiene, saúde e segurança no trabalho dos funcionários nesse segmento. Destacando a importância de um programa de SST para prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, evitando passivos em sua ausência.

Correlacionando com outros temas envolvendo gestão condominial, qualidade de vida no trabalho, contabilidade para condomínio, esse assunto é relativamente novo em Fortaleza, visto que no decorrer da pesquisa foram detectados algumas características que concretizam essa informação.

A pesquisa facilitará a compreensão quanto às exigências e critérios estabelecidos dos órgãos regulamentadores seguindo a Consolidação das Leis do Trabalho (2017, p.36) que em seu Art. 162, dispõe sobre normas expedidas pelo MTE quanto a obrigatoriedade nas empresas, de acordo com sua classificação, número de empregados, risco de suas atividades, profissionais especializados, qualificações e atribuições. Interligando as normas com o quadro de funcionários desses condomínios, será compreensível entender quais serão os itens obrigatórios dentro programa de SST.

1.1Problema de pesquisa

A escassez ou inexistência de um programa adequado de SST dentro das organizações, deixa os funcionários expostos a riscos ambientais nas suas

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atividades laborativas, mesmo diante do pouco risco de acordo com sua classificação de atividades de risco. (CHAGAS , 2012, p. 21)

O estudo de caso detalha a escassez quanto às principais obrigações de um programa de SST em Fortaleza, citando por exemplo: plano de saúde, seguro de vida, programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO), equipamentos de proteção individual (EPI), comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA) e programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA), ergonomia, exames médicos e atestados de saúde ocupacional.

Considerando que condomínios residenciais, também se enquadram como empresas, é definido a seguinte problemática: Como condomínios residenciais em Fortaleza promovem segurança e saúde aos seus funcionários?

1.2 Objetivos da pesquisa

Através da pesquisa, detalha-se as condições físicas de trabalho especificando quais pontos devem ser alterados, melhorando a administração pessoal, prevenindo questões de saúde ocupacional e higiene no trabalho, e em sua ausência realizar ações corretivas. Além de exemplificar fatos ocorridos pela má gestão desse subsistema de recursos humanos.

1.2.1 Objetivo Geral

Este trabalho descreve a aplicação dos programas de SST nos condomínios residenciais de Fortaleza.

1.2.2 Objetivos Específicos

Para alcance do objetivo geral, são trabalhados alguns objetivos específicos:

1 Detalhar as responsabilidades legais quanto a obrigatoriedade de SST; 2 Descrever aspectos administrativos próprios dos condomínios;

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1.3 Justificativas

A elaboração e aplicação de um sistema de segurança e saúde no trabalho bem estruturado vem prevenir eventuais acidentes, doenças ocupacionais, além de manter a higiene no trabalho para os colaboradores de condomínios edilícios.

De acordo com a teoria de Maslow (1943), existe uma hierarquia de necessidades que são classificadas através de um esquema piramidal categorizadas em ordem de necessidade: fisiológica, segurança, social, estima e auto realização. O ambiente de trabalho em que todos os empregados devem estar, independente do segmento, obrigatoriamente devem oferecer os dois primeiros itens dessa categoria. Destacam-se também as Normas Regulamentadoras (NRs), que devem reger as empresas, relacionadas à segurança e medicina do trabalho com objetivo de garantir a integridade física e psicológica do trabalhador.

1.4 Metodologia utilizada

A pesquisa realizada está baseada em obras primárias de cunho legais, relacionadas ao SST, Normas Regulamentadoras e Códigos de Segurança municipais, além convenções coletivas de trabalho de associações ligadas a condomínios residenciais, autores contemporâneos que escrevem sobre assunto em artigos e a internet por meio de sites específicos .

De acordo com Andrade (2010, p. 27), são fontes de bibliografias diversos tipos de documentos: livros, revistas, documentos manuscritos, jornais, mapas dentre outros. Utilizado de algumas destas fontes de pesquisa, foi desenvolvido o tema apresentado.

O estudo de caso tem como base a observação direta intensiva, além de coleta de dados por meio de formulário e entrevista realizada em diferentes condomínios em nossa cidade, em diferentes portes ​(tamanhos e número de funcionários), direcionadas a síndicos, moradores, conselheiros, funcionários e administradoras.

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A pesquisa visa conhecer sobre as atividades de um determinado grupo, estudando as rotinas que são aplicadas aos colaboradores de condomínios com a finalidade de obter informações generalista a respeito do restante dessa comunidade. (ANDRADE, 2010, p.122)

1.5 Organização do trabalho

As informações contidas nessa pesquisa descrevem o problema quanto a ausência e precariedade de um programa de segurança e saúde do trabalho em condomínios, esse estudo foi estruturado em sessões.

No desenvolvimento deste trabalho há seções, onde são relatados itens bibliográficos, que facilitarão a compreensão quanto a fundamentação do tema, abordando exigências legais, normas regulamentadoras, procedimentos que devem ser adotados pelos empregadores de acordo com Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), órgãos municipais, estaduais e federais.

Através do problema encontrado, foi necessário desenvolver um método para pesquisa, utilizando de instrumentos como formulários e entrevistas. Para maior esclarecimento sobre os tipos de instrumentos de coleta de dados foi necessário abrir uma sessão comentada.

Após o devido desenvolvimento da metodologia, fez-se necessário a análise dos resultados, descritos em um novo capítulo, comentados criticamente sobre as condições dos condomínios de Fortaleza.

Em conclusão foi descrito sobre as principais sugestões para resolução do problema, seguidos de informações para futuras pesquisas sobre o tema abordado.

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2 FUNDAMENTOS DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Esta pesquisa discorre sobre os aspectos legais que são exigidos para manter a segurança e saúde no trabalho em condomínios e que fundamentam a problemática do assunto, assim como aborda as características necessárias aos condomínios residenciais.

2.1 Teoria da hierarquia das necessidades

A necessidade de disponibilizar o básico nas organizações é ponte para estreitar relações de trabalho e motivar seus colaboradores. Segundo Maslow (1943), sua teoria da motivação existe uma hierarquia das necessidades, que todas as pessoas têm consigo, são elas:

1. Fisiológica: definidas por itens essenciais à sobrevivência, como comer, beber, abrigo, sexo e outras necessidades fisiológicas do corpo.

2. Segurança: definidas pela necessidade de segurança física e emocional, sentimento de proteção.

3. Social: necessidade de pertencer a um grupo, amizades, colegas de trabalho. 4. Estima: são fatores internos, que dizem respeito a sentimentos pessoais com

reconhecimento, estima e atenção.

5. Auto realização: necessidade de conquistar outros itens além da estima, como crescimento profissional, autodesenvolvimento.

Tais necessidades são naturais e fazem parte do processo de formação de cada indivíduo, onde há o interesse de conquista do próximo patamar após concretização de uma das etapas, é perfeitamente normal.

Apresentando essas necessidades em forma piramidal conforme a figura a seguir, visualizamos que a base das necessidades encontrasse nos dois primeiros itens. As duas bases citadas estão ligadas diretamente com a saúde e segurança do trabalhador, fatores intrínsecos para a obtenção e ascensão das demais necessidades.

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Figura ​1​–​ Pirâmide hierarquia das necessidades

Fonte: Adaptado de Maslow (1997)

Ao relacionar com o assunto estudado, entendemos que o mínimo que deve ser ofertado por empresas são itens que atendam às necessidades fisiológicas e de segurança. Os demais itens que compõem a pirâmide são relevantes de acordo com a necessidade atendida da base.

Conforme cita Robbins (2005, p.133) o alto nível é diretamente ligado a satisfação pessoal. Logo então compreendemos que as empresas participam neste nível quando reconhecem o trabalho dos empregados, incentivam o crescimento profissional, oferecem autonomia e assistem atenção.

As necessidades com nível baixo devem ser ofertadas para garantir itens básicos humanos como segurança, higiene e saúde, que serão temas recorrentes neste estudo.

2.2 Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e SST

A Lei 5.452/1943 da CLT em seu capítulo V, apresenta algumas sessões que discorrem sobre as obrigações referentes a segurança e medicina no trabalho, às condições que as empresa devem oferecer aos empregados, fiscalizações de órgãos responsáveis e sobre os próprios empregados e convenções coletivas.

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A Lei 6.514 implementada em 22 de dezembro de 1977, alterou na CLT em seu Art. 155, onde relata que os órgãos de âmbito nacional como o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), tem algumas competências relacionadas ao tema pesquisado (2017, p.35):

I – estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste Capítulo;

II – coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho;

III – conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e medicina do trabalho.

Ao concluir essas etapas, existem itens quanto às obrigações das empresas: cumprir com as normas de segurança e medicina do trabalho; orientar e acompanhar seus empregados quanto alguns riscos de acidentes e doenças ocupacionais; estabelecer medidas de prevenção e colaborar com fiscalizações.

Os empregados também poderão contribuir com as exigências estabelecidas observando as condições físicas informando aos superiores diretos e quando participarem dos órgãos internos de segurança, como brigada de incêndio e comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA).

Tendo em vista todas essas etapas, e considerando que condomínios se enquadram como empresas, por terem profissionais ativos ligados a sua estrutura organizacional, esses devem respeitar o regimento da CLT.

O segmento de condomínios apresenta algumas atividades relacionados à sua existência, compostas desde início de sua construção até a administração posterior. De acordo com a Previdência Social (2019) existe uma classificação nacional de atividades econômicas (CNAE), onde são definidas graus de risco inerentes às atividades laborativas, que subsidiarão informações para as devidas obrigações legais que os condomínios deverão cumprir.

Na tabela a seguir apresenta-se a denominação de todas as atividades que possuem tarefas associadas a condomínios, que subsidiaram informações sobre o grau de risco para dimensionamento de Normas Regulamentadora (NR's), procedimentos para Normas Técnicas do corpo de bombeiros do estado e outras considerações vistas mais adiante.

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Tabela 1​Classificação Nacional de Atividades Econômicas e Grau de risco de acidente do Trabalho

CNAE Denominação da atividade Grau de

Risco

41.20-4 Construção de edifícios 3

43.21-5 Instalações elétricas 2

43.22-3 Instalações hidráulicas, de sistemas de ventilação e refrigeração 2

68.22-6 Gestão e administração da propriedade imobiliária 1

81.11-7 Serviços combinados para apoio a edifícios, exceto condomínios prediais 3

81.12-5 Condomínios prediais 3

81.21-4 Limpeza em prédios e em domicílios 3

Fonte: ​http://sa.previdencia.gov.br

Apresentado suas as principais atividades com grau de risco associado, compreende-se quais serão os órgãos necessários para segurança e medicina do trabalho.

2.3 Segurança e saúde no trabalho relacionado ao eSocial

O Governo visando melhorar processos de fiscalização lançou o decreto nº 8.373/2014, Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) que têm o objetivo de garantir o acompanhamento de todos estabelecimentos de forma online, para assegurar que todas as obrigações sejam cumpridas.

Segundo o MTE (2018), esse projeto foi sequenciado de maneira cronológica de acordo com faturamento dos estabelecimentos, do maior para o menor. Onde são enviadas informações desde a origem das empresas, até as movimentações nos dias atuais do trabalhador.

O envio dar-se por meio de tabelas enviadas de maneira prioritária conforme apresenta a figura 2, respeitando os faturamentos de cada empresa, na seguinte ordem: cadastro da empresa, eventos não periódicos, folha de pagamento, contribuições previdenciárias, guias de recolhimento de encargos e dados de SST.

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Em sua última fase será exigido o envio de informações sobre segurança e saúde do trabalhador, previsto para julho de 2019 para empresas do primeiro grupo.

De acordo com o manual de instruções do eSocial, serão enviados eventos sobre SST (2017, p.56):

S-1060 - Tabela de Ambientes de Trabalho; S-2210 - Comunicação de Acidente de Trabalho; S-2220 - Monitoramento da Saúde do Trabalhador; S-2221 - Exame Toxicológico do Motorista Profissional;

S-2240 - Condições Ambientais do Trabalho - Fatores de Risco;

S-2245 - Treinamentos, Capacitações, Exercícios Simulados e Outras Anotações​.

O prazo estabelecido pelo Governo de acordo com o MTE para as empresas se adequarem é feito através de cronograma, dividido grupos, dimensionados por tamanho e faturamento dos empreendimentos, incluindo grandes empresas, demais entidades empresariais como sem fins lucrativos, produtor rural, empregadores de pessoas físicas (PF) e órgãos públicos.

Figura 2 ​–​ Cronograma de implantação eSocial

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Ao correlacionar com o estudo desta pesquisa, os condomínios residenciais se enquadram no terceiro grupo, pois de acordo com a Instrução Normativa da RFB nº 971, de 2009, Art 3º, §4º: “Equipara-se a empresa para fins de obrigações previdenciárias: associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, inclusive o condomínio”. Logo então a sua obrigatoriedade do envio dessas informações se dará a partir de julho de 2020.

2.4 Aplicação das Normas Regulamentadoras

Apresentar as obrigações legais, esta seção destaca as características e como aplicar as normas regulamentadoras voltadas ao segmento de condomínios residenciais.

No decorrer de cada norma apresentada, compreende-se o que é necessário, como funciona e quais são realmente aplicadas, interligando com condomínios.

2.4.1 NR 1 Disposições Gerais

Essa primeira norma esclarece sobre quais empresas devem cumprir com as disposições das demais NRs. Segundo Camisassa (2015) qualquer empresa que contenha ao menos um funcionário celetista estará obrigado a cumprir com os dispostos da NRs, considerando empresas privadas, públicas, órgãos públicos da administração direta e indireta e órgão dos poderes legislativo e judiciário, que tenham funcionários em regime CLT.

Com objetivo que todas essas empresas cumpram com as devidas obrigações, existem órgãos competentes para inspeção das empresas. As atribuições desses órgãos são fiscalizar, coordenar, orientar, controlar e supervisionar atividades relacionadas à segurança e saúde no trabalho a fim de assegurar o cumprimento desses regulamentos nos âmbitos nacional e regional.

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O órgão nacional que direciona assuntos sobre SST é a Secretária de Inspeção do Trabalho (SIT), enquanto no âmbito regional o órgão responsável é Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) existente nos 26 estados da federação e no Distrito Federal (DF). Esses têm o dever de executar o planejamento elaborado da SIT. (ENIT, 2019)

Para efeitos de cumprimento, condomínios não são obrigados a atender todas as NRs dispostas pelo MTE. Deve-se haver uma análise para cada caso identificando os dimensionamentos necessários para seguir as devidas obrigações.

2.4.2 NR 4 SESMT

Ao ponderar sobre o tema de medicina do trabalho em condomínios residenciais, é necessário definir o grau de risco das atividades de acordo com as funções laborais dos empregados envolvidos, enquadrando ao segmento do empreendimento.

Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) é a NR responsável pela saúde e integridade física dos trabalhadores se estendendo a até a condição psicológica, onde são destinados profissionais especializados para zelar pelos empregados. Para inteirar a essa comissão são necessários graus de instrução de acordo com a formação:

Quadro 1 – Profissionais Especializados do SESMT

Área de atuação Nível Médio Nível Superior

Segurança do trabalho Técnico de Segurança Engenheiro de Segurança

Saúde do Trabalho

Auxiliar de Enfermagem Enfermeiro do Trabalho

Técnico de Enfermagem Médico do Trabalho

* Psicólogo do Trabalho

Fonte: Adaptado de Camisassa (2015).

De acordo com a NR4 da seção III do Art. 162 da CLT, para cumprimento desta norma é necessário obedecer a quatro regras:

1.º passo: Identificar a atividade econômica principal do estabelecimento. 2.º passo: Identificar o grau de risco da atividade econômica principal. 3.º passo: Identificar a quantidade de empregados do estabelecimento. 4.º passo: Enquadrar as informações anteriores no Quadro II da NR4.

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Quadro 2 – Dimensionamento do SESMT Grau de risco Nº de empregados no estabelecimento 101 a 250 101 a 250 251 a 500 501 a 1.000 1.001 a 2.000 2.001 a 3.500 3.501 a 5.000 Acima de 5.000 para cada grupo de 4.000 ou fração acima de 2.000** 1 Técnico Técnico Seg. Trabalho - - - 1 1 1 2 1 Engenheiro Seg. Trabalho - - - 1* 1 1* Aux. Enfermagem Trabalho - - - 1 1 1 Enfermeiro do Trabalho - - - 1* - Médico do Trabalho - - - - 1* 1* 1 1* 2 Técnico Seg. Trabalho - - - 1 1 2 5 1 Engenheiro Seg. Trabalho - - - - 1* 1 1 1* Aux. Enfermagem Trabalho - - - - 1 1 1 1 Enfermeiro do Trabalho - - - 1 - Médico do Trabalho - - - - 1* 1 1 1 3 Técnico Seg. Trabalho - 1 2 3 4 6 8 3 Engenheiro Seg. Trabalho - - - 1* 1 1 2 1 Aux. Enfermagem Trabalho - - - - 1 2 1 1 Enfermeiro do Trabalho - - - 1 - Médico do Trabalho - - - 1* 1 1 2 1 4 Técnico Seg. Trabalho 1 2 3 4 5 8 10 3 Engenheiro Seg. Trabalho - 1* 1* 1 1 2 3 1 Aux. Enfermagem Trabalho - - - 1 1 2 1 1 Enfermeiro do Trabalho - - - 1 - Médico do Trabalho 1* 1* 1 1 2 3 1

(*) - Tempo parcial (mínimo de três horas) (**) - O dimensionamento total deverá ser feito levando-se em consideração o dimensionamento da faixa de 3.501 a 5.000 mais o dimensionamento do(s) grupo(s) de 4.000 ou fração de 2.000.

OBS.: Hospitais, Ambulatórios, Maternidades, Casas de Saúde e Repouso, Clínicas e estabelecimentos similares com mais de 500 (quinhentos) empregados deverão contratar um Enfermeiro do Trabalho em tempo integral.

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A atividade econômica é definida na abertura do estabelecimento de acordo com o segmento do negócio, pode ser encontrada no cartão CNPJ. Conforme apresentado no quadro 2 da NR 4, como funciona o dimensionamento.

De acordo com esse dimensionamento as empresas deverão se enquadrar com os profissionais especializados responsáveis para manter a integridade dos colaboradores dentro das organizações.

Ao relacionar com a pesquisa, os condomínios residenciais em nossa cidade ficam dispensados da obrigatoriedade de profissionais especializados, visto que o CNAE (em sua hierarquia), grau de risco (risco dois), quantidade de funcionários (em média oito), e o enquadramento dessas informações no dimensionamento no quadro 2 da NR 4 não pontuam para essa obrigação, não dispensando o cumprimento de outras normas regulamentadoras.

Quadro 3 – Hierarquia do CNAE

HIERARQUIA DO CNAE

DIVISÃO 81. SERVIÇOS PARA EDIFÍCIOS E ATIVIDADES PAISAGÍSTICAS

GRUPO 81.1 Serviços combinados para apoio a edifícios

CLASSE 81.11-7 Serviços combinados para apoio a edifícios, exceto condomínios prediais

SUBCLASSE 81.11-7/00 Serviços combinados para apoio a edifícios, exceto condomínios prediais Fonte: ​http://cnae.ibge.gov.br​ (2019)

2.4.3 NR 5 CIPA

Essa sigla é a definição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, responsável pela integridade dos demais colaboradores, prevenindo acidentes de trabalho, alertando sobre comportamento irregulares, análises de ambientes de riscos dentre outras atribuições. Diferenciando-se da NR anterior, os ingressantes dessa comissão não necessitam de profissionais especializados.

De acordo com MTE (2019) essa comissão é composta por dois grupos, o primeiro é formado por empregados representante dos demais e o segundo por trabalhadores de confiança do empregador. No primeiro grupo a escolha é feita através de eleição, onde vence quem conseguir cerca de 51% ou mais do total de empregados. Já no segundo grupo é designado pelo empregador.

(31)

Seguindo as normas estabelecidas,

a CIPA deve ser constituída por estabelecimento. A obrigatoriedade de constituição dessa comissão depende da quantidade de empregados no estabelecimento e também do enquadramento da atividade econômica da empresa em determinado grupo, de acordo com os Quadros I, II e III da NR5​(CAMISASSA, 2015, p.143).

Conforme citado, é necessário estabelecer primeiramente os parâmetros a fim de analisar sobre a constituição da CIPA. Nem todos os estabelecimentos devem cumprir com essa exigência.

Com objetivo de interligar as informações com a pesquisa, foi elaborado um quadro de acordo com o grupo (condomínios prediais), definindo a quantidade de empregados efetivos e suplentes para integrar a CIPA:

Quadro 4 – Dimensionamento da CIPA

*G R U P O Nº de empregados no Estabelecim ento Nº de membros da CIPA 0 a 19 20 a 29 30 a 50 51 a 80 81 a 100 101 a 120 121 a 140 141 a 300 301 a 500 501 a 1000 1001 a 2500 2501 a 5000 5001 a 10000 Acima de 10.000 para cada grupo de 2.500 acrescent ar C-35 Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1 Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 5 1

*Agrupamento de setores econômicos pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas-CNAE, para dimensionamento de CIPA (a lista detalhada das atividades encontra-se na NR5, que pode ser

consultada no site www.mte.gov.br) Fonte: Adaptado de Marras (2011, p.212)

De acordo com o grupo C-35 que estabelece sobre outros serviços, se encaixa CNAEs voltados atividades de condomínios, conforme citado na tabela 2, há um dimensionamento no quadro 3. Definindo dessa maneira que um condomínio fica obrigado a constituir uma CIPA a partir de 51 empregados.

Ao relacionar com a realidade dos condomínios residenciais em nossa capital, esses ficam desobrigados a executar essa NR, salvo a quantidade de empregados nesses estabelecimentos serem inferiores a exigência. Segundo dados do SECOVI (2018), a média de funcionários por estabelecimento neste ramo é cerca de seis empregados.

Ressaltasse que as administradoras de condomínios também ficam obrigadas a cumprir com essa norma regulamentadora.

(32)

2.4.4 NR 6 EPI

Essa norma trata de equipamentos de proteção individual (EPI), que devem ser fornecidos pelos empregadores com objetivo de assegurar a saúde, segurança e integridade física dos seus colaboradores nas atividades laborais, respeitando as atribuições do MTE.

De acordo com Camisassa (2015, p. 178), existem medidas que devem ser cumpridas de maneira hierárquica para o fornecimento do EPI, classificada com ordem prioritária, conforme mostra a figura:

Figura 3 - Hierarquia das medidas a serem adotadas antes do fornecimento do EPI

Fonte: Camisassa (2015, p.179)

Conforme apresentado a figura 3, todas essas etapas devem ser respeitadas para garantir o fornecimento adequado dentro dos padrões exigidos. Deve-se haver a preocupação além das atividades laborais, com o ambiente onde o trabalhador está alocado, para o devido fornecimento dos EPIs de acordo com as condições físicas, químicas e biológicas do ambiente.

De acordo com a Portaria SIT Nº 25, de 15 de outubro de 2001, existe uma lista de equipamentos de proteção individuais, com objetivo de prevenir riscos suscetíveis a segurança e saúde do trabalhador. O quadro a seguir exemplifica os tipos de EPIs classificados de acordo com a parte do corpo:

(33)

Quadro 5 – Equipamentos de proteção individual

Tipos EPIs

EPI para proteção da cabeça

Capacete Capuz EPI para proteção dos

olhos e da face

Óculos Protetor Facial Máscara de solda EPI para proteção

auditiva Protetor auditivo

EPI para proteção respiratória

Respirador purificador de ar Respirador de adução de ar

Respirador de fuga

EPI para proteção do tronco

Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos de origem térmica, mecânica, química,radioativa e meteorológica e umidade

proveniente de operações com uso de água.

Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica. (Incluído pela Portaria SIT n.º 191, de 04 de dezembro de 2006)

EPI para proteção dos membros superiores Luva Creme protetor Manga Braçadeira Dedeira

EPI para proteção dos membros inferiores

Calçado Meia Perneira

Calça EPI para proteção do

corpo inteiro

Macacão Conjuntos

Vestimenta para o corpo inteiro EPI para proteção

contra quedas com diferença de nível

Dispositivo trava queda Cinturão Fonte: Adaptado de Camisassa (2015).

Após as recomendações citadas, empregadores e empregados são responsáveis respectivamente por fornecer, higienizar e guardar conservar os EPIs, garantindo a durabilidade e eficácia na proteção.

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Com o objetivo de verificar a pertinência do uso de EPIs em condomínios residenciais, deve-se ter o cuidado em analisar essas prioridades, determinando quais serão necessários de acordo com o cargo.

De acordo com o Tribunal Regional do Trabalho (2018), para a função de zelador de edifício ou auxiliar de serviços gerais, é necessário o uso de calçados, calça, luvas, máscara de proteção, óculos em casos de manuseio de produtos químicos, lavagem de pisos e separação do lixo, e trabalhos acima de dois metros o uso do cinto de segurança. No cargo de porteiro, é obrigatório o fornecimento de calçado de segurança e fardamento.

O uso de alguns dos itens citados é disposto para condomínios e suas respectivas administradoras cumprirem, responsabilizando pelo fornecimento desses equipamentos aos trabalhadores.

2.4.5 NR 7 PCMSO

As disposições desta norma são referentes ao controle da saúde ocupacional, em toda trajetória dos colaboradores de qualquer empresa, caracterizando a realização de exames na seguintes situações: admissão, controle periódico, mudança de função, retorno ao trabalho, complementares e demissional. De acordo com a Secretária de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST), essa NR tem por objetivo de promover e prevenir a saúde e segurança dos seus trabalhadores respeitando os prazos, conforme mostra a tabela 4.

Diferente das NRs já citadas, o PCMSO deve ser cumprindo pelas empresas independentemente do número de empregados ou grau de risco, obedecendo os parâmetros mínimos estabelecidos: deve estar articulado com as demais NRs, deve possuir uma abordagem clínica-epidemiológica e possuir um caráter prevencionista.

De acordo com Camisassa (2015, p.224), é de responsabilidade do empregador a elaboração do PCMSO, e o cumprimento das obrigações como: o custeio de todos os tipos de exames médicos, fornecer o transporte até o local de realização, e devem ser efetuados dentro do horário de trabalho e respeitar os

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prazos para realização. Ressalta-se que é necessário a prestação de primeiros socorros para eventuais casos de acidente, e sempre constar nos estabelecimentos algum material de primeiros socorros.

Tabela 2 – Tipos de exames obrigatórios e seus prazos

Exames Trabalhadores sujeitos Prazo de realização da avaliação clínica Admissional Todos sem exceção Antesassumam suas atividades ​ ​que os trabalhadores

Periódico

Expostos a riscos que impliquem o

desencadeamento ou agravamento de doença

ocupacional A cada ano ou intervalos menores

Portadores de doenças crônicas Expostos a

condições hiperbáricas

Trabalhadores sob ar

comprimido e mergulhadores 6 meses

Exames complementares para

atividades de mergulho 12 meses (Anexo 6, NR 15)

Menores de 18 e maiores de 45 anos Anual

Trabalhadores entre 18 e 45 anos A cada dois anos

Mudança de função

Trabalhador submetido a qualquer alteração de atividade, posto de trabalho, ou de setor com exposição a risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança

Antes da data da mudança de função

Retorno ao trabalho

Trabalhador ausente por período igual ou superior a trinta dias por motivo de doença ou

acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto

No primeiro dia da volta ao trabalho

Demissional

Trabalhadores de empresas com grau de risco 1 e 2, desde que o último exame médico

ocupacional tenha sido realizado há mais de 135

dias Até a data da homologação

Trabalhadores de empresas com grau de risco 3 e 4, desde que o último exame médico

ocupacional tenha sido realizado há mais de 90 dias

Fonte: Camisassa (2015, p.218)

Em observação crítica, os condomínios costumam cumprir em partes com essas determinações. Em maior número, os responsáveis por cuidarem dessa área solicitam apenas os atestados de saúde ocupacional (ASO) na admissão ou demissão dos empregados, deixando os demais tipos de exames sem o devido cuidado.

Sobre o fornecimento de materiais de primeiros socorros também são poucos que costumam fornecer o básico. Nessa situação deixam os empregados desamparados quanto a um material de primeiros socorros adequado.

(36)

2.4.6 NR 9 PPRA

Esse item prevê juntamente com NR5 e NR7 a prevenção de doenças ocupacionais dos trabalhadores, bem como a integridade física. O programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA), é destinado para avaliação dos ambientes laborais cumprindo com diretrizes de agentes biológicos, químicos e físicos prezando pela higiene ocupacional tanto dos empregados como do ambiente e seus recursos naturais.

Conforme o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na Portaria MT, n ​º 871, de 06 de julho de 2017​, no item 9.2.1, o PPRA em sua estrutura deve seguir:

a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; (109.003-8/I1);

b) estratégia e metodologia de ação; (109.004-6/I1);

c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados; (109.005-4/ I1);

d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. (109.006-2 / I1).

É necessária essa estrutura para viabilizar o PPRA dentro de qualquer organização. De acordo com os estabelecimentos estudados, os responsáveis envolvidos para esses processos poderão ser comissão do SESMT ou CIPA (quando existir), administradoras de condomínios, síndicos ou um técnico de segurança do trabalho. A periodicidade desse documento é anual, para análise dos possíveis riscos e medidas de correção quando necessário.

A estrutura é determinada, mas há também etapas a serem feitas para eficácia do documento, segundo Camisassa (2015, p.251) são: reconhecimento dos riscos, estabelecimentos de prioridades, avaliação dos riscos e exposição, monitoramento das exposições aos riscos, implantação das medidas de controle e registro e divulgação de dados.

Correlacionando à edifícios residenciais, esta NR deve ser elaborada por um técnico de segurança do trabalho, que deve avaliar os ambientes, identificando quais os riscos existentes, com o auxílio dos síndicos e principalmente funcionários, com os relatos de suas atividades durante a jornada de trabalho, pontuando sobre as tarefas que exigem um esforço maior, e até mesmo um determinado risco quanto a sua saúde e segurança.

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2.4.7 NR 17 Ergonomia

Essa NR discorre sobre os parâmetros necessários para que as empresas se enquadrem oferecendo boas condições de trabalho aos empregados. De acordo com Wachowicz (2013, p.21):

[...] visam melhorias referentes ao levantamento, transporte e descarga individual de materiais; mobiliário dos postos de trabalho; uso correto dos equipamentos dos postos de trabalho; condições físicas ambientais de trabalho envolvendo ruído, temperatura, iluminação e ventilação; a organização do trabalho no que tange ao ritmo, exigência de tempo, conteúdo das tarefas e modo operatório do trabalho.

Conforme relatado além da preocupação do empregador, devem oferecer condições físicas para o desempenho das atividades dos colaboradores. Ressalta-se que é necessário que o trabalhador cumpra com todas as determinações, assegurando sua própria segurança e evitando doenças ocupacionais.

Trabalhadores desse segmento costumam trabalhar em escalas de 12 horas de trabalho e 36 de descanso no caso de porteiros, e seis dias de trabalho e um de descanso para demais funcionários. O síndico ou responsável direto pelo condomínio deve preocupar-se com o ambiente em que os funcionários estarão inseridos.

De acordo com Marras (2011) deve-se fornecer o mínimo de conforto no ambiente de trabalho, estendendo-se a outras áreas como forma de prestação de serviço aos colaboradores, por exemplo: local para refeições, ambulatório ou material de primeiros socorros, brigada de incêndio e segurança do patrimônio. Deve disponibilizar itens para manter a economia, como: cadeiras ergonômicas, monitores adequados, descansos de pés, equipamento de comunicação para porteiros, material de EPI auxiliares de serviços gerais, além de um ambiente arejado e iluminado, água potável e banheiros limpos.

2.5 CCT e suas disposições sobre SST

Quanto ao que se sabe anualmente é feito uma assembleia geral

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trabalhadores desse segmento. Os principais sindicatos responsáveis por essa negociação são: sindicato empregadores compra e venda, locação e administração de imóveis (SECOVI) e sindicato dos trabalhadores de condomínios comerciais e residenciais do município de Fortaleza (SINTRACONDCE).

São definidos em CCT melhorias nas condições de trabalho para os empregados, como reajustes salariais, benefícios e seguros. Conforme a última convenção (2018, p.4), em sua 19ª cláusula é disposto sobre um dos benefícios envolvidos com a segurança do trabalhador, o seguro de vida:

Os CONDOMÍNIOS estipularão as suas expensas, para os seus empregados e síndico sem qualquer ônus para estes, os seguintes seguros nos termos (Decreto-lei no 73, de 21 de novembro de 1966 e art. 7o, XXVIII, CF de 1988). Observando-se sempre as regras contratuais impostas pelas seguradoras.

I - SEGURO DE VIDA EM GRUPO: - (VG-POR MORTE NATURAL) com o capital segurado no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). II - SEGURO DE ACIDENTES PESSOAIS / COLETIVO: - (APC POR MORTE ACIDENTAL EM SERVIÇO) com capital segurado no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

III - SEGURO DE INVALIDEZ PERMANENTE POR ACIDENTE EM SERVIÇO: - (IPA) - Com o capital segurado no valor de R$20.000,00 (vinte mil reais).

De acordo com o sindicato se faz necessário esses seguros para garantir subsídio ao trabalhador em casos de acidentes ou a família do trabalhador em caso de óbito.

Ainda sobre as cláusulas de SST, o sindicato prevê em CCT (2018, p.7) sobre assistências médicas:

[...] fica assegurado aos condomínios, consultas médicas ambulatoriais e tratamento odontológico aos seus empregados. Não é permitida nenhuma exclusão, separação, divisão ou distinção entre usuários, quer sejam empregados ou síndicos.

Tal cláusula existe para garantir assistência médica a todos os profissionais da categoria, cumprindo com as condições vigentes para promoção da saúde do mesmo. Quanto ao que se trata de garantir um programa de SST para condomínios residenciais, os sindicatos da categoria fornecem subsídios para os edifícios de Fortaleza que desejam seguir com as normas. Logo conclui-se que os

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condomínios residenciais que possuem funcionários celetistas devem fornecer assistência médica através do SECOVIMED.

2.6 Normas Técnicas do CBMCE

Existem algumas Normas Técnicas (NT), elaboradas diretamente pelo Corpo de Bombeiros do Ceará (CBMCE), que estão dispostas à todas as edificações no estado, com o objetivo de prevenir incêndios. Condomínios são obrigados a apresentar um planos de prevenção e/ou emergência, de acordo com NTs para evitar esses tipo de incidente.

Segundo as Norma Técnica N.º01/2008 do CBMCE (2008, p.7) a segurança contra incêndios todos os edifícios comerciais, residenciais ou de qualquer natureza devem apresentar um projeto de segurança contra incêndio sobre suas edificações, que são analisados, documentados, vistoriados, aprovados e emitidos os certificados de aprovação.

De acordo com a NT N.º08/2008 (2008, p.2) é feito um levantamento de características das edificações de acordo com as áreas de riscos para avaliar as possíveis cargas de incêndios. A partir dos riscos mensurados são determinadas as medidas de segurança.

Ainda sobre as NTs, são dispostas informações sobre o sistema de alarme que devem existir nas edificações, na NT N.º12/2008 (2008, p.2) são esclarecidos os requisitos mínimos para sistemas de alarme em áreas de risco nas edificações, como: sinalização de fácil visualização, sistema audível, sistema de pré alarme, acionadores manuais e saídas de emergência.

Em condomínios deve ser feito essa classificação com o objetivo de identificar a possível carga de incêndio em megajoules nessas ocupações. 1

Conforme mostra a tabela a seguir sobre a carga de incêndio em ocupações residenciais.

1 Megajoules (MJ): é igual a 1 milhão (106) joules. Aproximadamente a energia cinética de um megagrama

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Quadro 6 - Classificação da Classes de Incêndio por Ocupação

OCUPAÇÃO/USO DESCRIÇÃO DIVISÃO CARGA DE INCÊNDIO (qfi) em

MJ/m

Residencial Alojamentos estudantis A-3 300

Apartamentos A-2 300

Casas térreas ou sobrados A-1 300

Pensionatos A-3 300

Fonte: Adaptado do CBMCE - NORMA TÉCNICA N.º 008/2008

Ainda sobre as NTs, são dispostas informações sobre o sistema de alarme que devem existir nas edificações, na NT N.º12/2008 (2008, p.2) são esclarecidos os requisitos mínimos para sistemas de alarme em áreas de risco nas edificações, como: sinalização de fácil visualização, sistema audível, sistema de pré alarme, acionadores manuais e saídas de emergência.

Ao relacionar no segmento de residenciais, foi identificado os seguintes procedimentos:

4.21 Edifícios residenciais acima de 23m deverão ter, no sistema de interfone, dispositivo de alarme paralelo que emita som ao mesmo tempo para todos os apartamentos, com seqüência de 10 segundos e no mínimo 1 minuto de duração.

4.21.1 As garagens de edifícios residenciais que se valerem do sistema de interfone como substituto do alarme devem possuir interfone devidamente sinalizado, bem como o dispositivo do item 4.21.

4.22 Edifícios com escada pressurizada poderão ter alarme setorizado alarmando conjuntamente o pavimento sinistrado e os dois outros contíguos acima e abaixo.

Essas são algumas medidas de segurança que devem ser adotada para prevenir incêndios. Considera-se que em todo condomínios residencial é obrigatório a formação de uma equipe de brigadistas de contra incêndios, que deve ser formada e capacitada anualmente.

Além das NTs citadas existem outras que complementam sobre medidas protetivas à edificações em geral. Sobre o assunto em questão SST em condomínios, foram abordadas estas, devido a correlação da segurança dos colaboradores, sem esquecer de descartar a segurança em geral do condomínio.

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Sob ótica da esfera municipal, um assunto pertinente ainda sobre segurança dos empregados, é sobre a inspeção predial em condomínios, quanto a questões legais e preventivas.

A Lei ​Nº 9913 de 16 de Julho de 2012, Art. 1º: “Fica estabelecida a obrigatoriedade de vistoria técnica, manutenção preventiva e periódica das edificações e equipamentos públicos e privados no âmbito do Município de Fortaleza”. Tal artigo vem defender sobre laudos emitidos por engenheiros, para precaver sobre incidentes que venham ocorrer por negligência. É importante ter inspeções prediais para assegurar sobre as condições físicas dos prédios.

Residenciais estão incluídos na obrigatoriedade dessa Lei, sendo necessário visitas técnicas periódicas de acordo com o tempo de construção do prédio. Conforme apresenta o Art. 3º dessa mesma Lei:

● I – anualmente, para edificações com mais de 50 (cinquenta) anos;

● II – a cada 2 (dois) anos, para edificações entre 31 (trinta e um) e 50 (cinquenta) anos;

● III – a cada 3 (três) anos, para edificações entre 21 (vinte e um) e 30 (trinta) anos e, independentemente da idade, para edificações comerciais, industriais, privadas não residenciais, clubes de entretenimento e para edificações públicas; ● IV – a cada 5 (cinco) anos, para edificações com até 20

(vinte) anos.

Realizado as devidas vistorias, são emitidos certificados denominando a segurança do prédio, emitidos por profissionais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), que podem ser acompanhados por órgãos de fiscalização em nosso município.

Em casos de constatação de irregularidades, deve-se haver a recuperação da segurança da edificação através de obras de manutenção dentro dos prazos estabelecidos pelos órgãos fiscalizadores, posteriormente é feito um novo laudo de vistoria técnica.

Os condomínios devem apresentar os devidos laudos de maneira visível para todas as partes envolvidas, garantindo o cumprimento da lei e a segurança de todos.

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Segundo Andrade (2010, p.116): “Metodologia é o conjunto de métodos ou caminhos que são percorridos na busca do conhecimento”. De fato, são todas as formas que pode-se usar para alcançar um objetivo.

Nesta seção apresenta-se os métodos que foram utilizados na pesquisa, demonstrando os detalhes, definindo como foram coletados os dados e análise das informações para subsidiar uma conclusão da realidade vivenciada por trabalhadores de condomínios residenciais em Fortaleza.

3.1 Caracterização da pesquisa

A pesquisa foi elaborada através de fontes primárias e secundárias. Inicialmente foi estruturado um formulário de perguntas direcionadas sobre a realidade e o conhecimento sobre o tema pesquisado, distribuídos entre pessoas que trabalham em administradoras de condomínios, síndicos profissionais e os próprios trabalhadores. Todas as perguntas elaboradas neste formulário têm embasamento nas fontes secundárias: normas regulamentadoras, normas técnicas e leis trabalhistas.

Sobre as fontes primárias foi posto a visão do autor sobre os termos das fontes secundárias, inteirando o assunto de SST em condomínios. Os métodos utilizado nesta pesquisa foi uma pesquisa de campo.

Tal análise foi realizada através de observação direta intensiva. Além de uma pesquisa de campo, através de amostragem de respostas de entrevistas realizadas com síndicos, funcionários e alguns poucos moradores sobre o assunto. Conforme cita Marconi (2010, p.169):

Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, de descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.

O intuito da realização dessa pesquisa é esclarecer sobre a realidade dos condomínios residenciais sobre o assunto de SST, a fim de obter soluções para o problema.

(43)

3.2 Instrumento de Coleta

Para este trabalho foi realizado enviado um questionário, contendo perguntas sobre conhecimentos de SST para funcionários de condomínios residenciais, aplicados pela plataforma do ​Google Forms.

De acordo com Andrade (2010, p. 136) o formulário é usado com intuito de obter o maior número informações. Com o questionário devidamente concluído, foi encaminhado através de ​e-mail para síndicos, membros do conselho, funcionários e administradora de condomínios para obtenção do maior número de respostas, foram encaminhados cerca de de 57 ​e-mails​ e obtidas ​20 r​espostas.

Considerou-se como um pré-teste, devido às poucas respostas, além de informações repassadas ao pesquisador para reformulações de perguntas e alterações de acordo com a realidade de condomínios.

Conforme citado fez-se necessário o uso de um segundo instrumento para complementar as informações, a entrevista e roteiro similar ao questionários, porém de maneira aberta para maior esclarecimento sobre o tema. As entrevistas totalizaram 9 respostas, realizada através de ligações e visita à administradores, síndicos, funcionários em 3 condomínios localizados em Fortaleza e 1 em Aquiraz. Gráfico 1 - Pessoas Entrevistadas

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Os instrumentos de coleta apresentaram algumas vantagens e limitações ao pesquisador no decorrer do período de coleta. De acordo com o primeiro instrumento de coleta, o formulário considerou-se vantagens, no período de uma semana:

1. Otimização do tempo de pesquisa; 2. Maior alcance de respondentes;

3. Liberdade do pesquisador de alterar o formulário de acordo com o perfil dos entrevistados;

4. Facilitar a coleta de dados por meio do sistema automático de tabulação; 5. Obtenção de dados mais complexos e úteis.

Em contrapartida verificou se algumas limitações: 1. Riscos de distorções das respostas;

2. Insegurança nas respostas devido o anonimato da pesquisa em geral;

3. Pessoas detentoras de respostas mais concretas estarem sem tempo pra responder.

Considerando o segundo instrumento de coleta, a entrevista, observou-se as seguintes vantagens, em um período de duas semanas:

1. Permite maior liberdade entre os participantes; 2. Têm-se respostas mais concretas;

3. É possível, de acordo com as respostas dos entrevistados, descobrir sobre os assuntos mais conhecidos, assim como os menos conhecidos.

Houve algumas limitações quanto a esse método usado: 1. Disponibilidade de tempo dos respondentes e do pesquisador; 2. Deslocamento do pesquisador até os entrevistados.

3.3 Análise de Dados

Conforme já mencionado no item 3.2 foram elaborados dois instrumentos de coletas de dados: formulário e entrevista. Logo então, existiram duas elaborações dos dados que compreendem: seleção, categorização e tabulação. Ressalta-se que além dos instrumentos coletados, a observação direta contribuição para compreensão da realidade desses estabelecimentos.

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De acordo com Andrade (2010, p. 138), “A seleção visa à exatidão das informações obtidas”. É perceptível por qualquer pessoa que não tenha muito conhecimento em informática que o formulário da plataforma do ​Google Forms seleciona as informações de maneira automática de acordo com as novas respostas, facilitando essa etapa. Em contrapartida a entrevista requer maior cuidado do pesquisador para selecionar de maneira correta.

Existe uma categorização, que são a transformação dos dados obtidos em símbolos para facilitar a tabulação dos dados obtidos, conforme cita Andrade (2010, p.138): “[...] transformar dados qualitativos em quantitativos, tornando clara sua representação”. Essa categorização é aplicável para entrevista, visto que o pesquisador teve que analisar todas as informações dos entrevistados.

Ainda sobre a elaboração desses dados foi realizado uma tabulação de maneira eletrônica, para ambos os tipos de coleta. No caso do formulário, o sistema

Google Forms já disponibiliza conforme as respostas recepcionadas. Já para o

segundo houve uma análise feita em planilha de acordo com as respostas dos entrevistados, que foram anotadas e contabilizadas.

3.4 Tratamento de Dados

Logo as tabulações feitas, já descritas no item 3.3, o tratamento desses dados foram feitos por meios estatísticos.

Houve a tabulação para análise desses dados através de planilha, representados por tabelas que facilitarão a compreensão dos resultados para as considerações finais, expostas a seguir.

(46)

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Conforme os métodos de coletas de dados citados fez-se necessário a análise separadamente para maior entendimento.

4.1 Análise do Formulário

Sobre o formulário já descrito no item 3.2, foram realizadas 21 perguntas no total e divididas em três seções. O perfil dos respondentes se restringe a pessoas que possuem algum tipo de relação com condomínios residenciais: moradores, síndicos, membros do conselho, funcionários de condomínios e funcionários de administradoras.

A primeira seção trata diretamente sobre o perfil dos respondentes e sobre o nível de conhecimento sobre o assunto. Conforme as respostas coletadas apresenta-se o gráfico 1 que demonstra um índice geral das respostas:

Gráfico 2 – Níveis de Conhecimento sobre SST

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De modo geral, percebeu-se que a maioria, quase total dos respondentes, têm pouco ou nenhum conhecimento sobre assuntos que envolvem SST de funcionários de condomínios.

Ainda na primeira seção foi abordado (no formulário) sobre a existência de um programa de SST no condomínio no qual o respondente baseou suas respostas. Destaca-se que cerca de ​60% ​relatou que não existe esse item no condomínio citado.

Gráfico 3 – Condomínios com Programa de SST

Fonte: Elaborado pelo autor (2019)

Com base nas respostas da última pergunta citada, o formulário posiciona o respondente para segunda ou terceira seção de acordo com a resposta. Em caso de sim ele é direcionado para a segunda seção, se for não ele é encaminhado diretamente para a terceira seção.

Sobre a análise da segunda seção, de acordo com a pequena quantidade de respostas houveram algumas indagações sobre os procedimentos e aplicações das normas. Questionando sobre a existência e formação de brigada de incêndio e como eram abordadas as normas regulamentadoras.

Percebeu-se de acordo com as respostas que, da parte dos respondentes sobre o tema, não há conhecimento, outros não sabem informar, alguns indicam que

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existem parcialmente e também há relatos que de fato não existem esses programas de prevenção nos condomínios. Confirmando, sobre a problemática da pesquisa, a escassez de programas adequados voltados a saúde e segurança dos funcionários.

Uma das perguntas realizadas foi sob o ponto de vista dos respondentes em relação a quais ambientes dos condomínios possuem algum risco para o funcionários e as respostas são apresentadas no gráfico 3. O intuito dessa pergunta foi analisar sob perspectiva dos respondentes o que consideram um ambiente de risco.

Os ambientes citados apresentam riscos sob as condições técnicas, físicas, químicas e biológicas, como já citados no item 2.4.6.

Gráfico 4 – Ambientes de Risco no Condomínios

Fonte: Elaborado pelo autor (2019)

Referente a brigada de incêndio e equipe de formação, os respondentes (de acordo com a pequena amostragem reproduzida) ficaram em dúvidas, apresentando as seguintes respostas: sim, não e não sabiam informar, conforme ilustra o gráfico a seguir.

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De acordo com as NT citadas pelo CBMCE, as edificações necessitam de projetos de prevenção para evitar esse tipo de incidentes. Os entrevistados comentário que é necessário algum conhecimento mínimo na área, porém quase deles detinha das informações básicas. Consideravam ainda que os funcionários deveriam passar por algum treinamento sobre o assunto.

Gráfico 5 – Conhecimento em geral sobre brigada de incêndio

Fonte: Elaborado pelo autor (2019)

Conforme observado no gráfico 5, o alto percentual de falta de conhecimento sobre o assunto de brigada de incêndio e procedimentos sobre prevenção de incêndios, deixam um questionamento sobre as condições desses condomínios conforme as NTs do CBMCE.

Finalizado este item, observa-se a terceira seção. Neste tópico as respostas foram direcionadas quando os respondentes afirmaram não ter muito conhecimento sobre o tema. Em uma das perguntas foi questionado se eles achavam necessário a abordagem do assunto por meio de palestras nos condomínios.

Conforme foram surgindo as respostas, o formulário direcionava

questionamentos sobre o assunto, com o objetivo de identificar quais outras informações o público alvo ainda não tem conhecimento, como por exemplo, sobre a necessidade de se ter um programa de SST em condomínios. Diante das respostas obtidas, de acordo com a amostragem dos pesquisados, constatou-se que é quase

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unânime a demanda por conhecimento neste assunto, cerca de 16,7% responderam que talvez seja necessárias mais informações sobre o assunto, mas não se obtive respostas negativas, conforme exemplifica o gráfico 5:

Gráfico 6 - Necessidade de Programa de SST

Fonte: Elaborado pelo autor (2019)

4.2 Estrutura para entrevista

As entrevistas foram analisadas diretamente nos condomínios, através de visita e conversa aberta com síndicos e funcionários sobre o tema. Os edifícios que foram analisados no estudo de caso se localizam em diferentes pontos da cidade nos bairros Meireles, Messejana e Porto das Dunas..

Conforme eram relatadas as respostas eram gravadas para posterior análise do autor sobre o tema. A pesquisa resume-se a poucas pessoas, que foram entrevistadas devido o perfil do público alvo da pesquisa. O autor com intuito de compor um quadro de respostas com concretas observou que seria necessário as respostas de funcionários dos condomínios, síndicos e suas respectivas administradoras para conciliar as informações.

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Sobre os respondentes:

O primeiro condomínio a ser realizado a entrevista foi localizado no bairro Meireles, contendo 84 unidades residenciais. Neste foram entrevistados o administrador do prédio e um porteiro de uma empresa terceirizada.

Sobre os próximos condomínios entrevistados, ficam localizados em

Messejana, ambos contendo 50 unidades habitacionais, e fazem parte de um

complexo de condomínios. Os entrevistados foram as síndicas, um porteiro e os respectivos responsáveis pela administração de pessoal do condomínio.

Com ótica de realizar uma análise comparativa, e obter informações sem influência de terceiros foi acrescentada uma entrevista em um quarto condomínio. Este último fica localizado em Aquiraz e foram entrevistados: o responsável pela administração de pessoal e também o síndico do empreendimento.

Com objetivo de resguardar e preservar os nomes dos condomínios, utilizei para definir esses, apenas números de um a quatro, em sequência das respectivas entrevistas.

Resumo das unidades familiares dos respectivos condomínios:

Gráfico 7 - Unidades Familiares por Condomínio

Referências

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