• Nenhum resultado encontrado

TENDENCIA DAS PRECIPITAÇÕES NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BRÍGIDA ESTADO DE PERNAMBUCO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "TENDENCIA DAS PRECIPITAÇÕES NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BRÍGIDA ESTADO DE PERNAMBUCO"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

Fechine, J. A. L.; Galvíncio, J. D. 1

TENDENCIA DAS PRECIPITAÇÕES NA BACIA

HIDROGRÁFICA DO RIO BRÍGIDA – ESTADO DE PERNAMBUCO

José Alegnoberto Leite Fechine1, Josiclêda Domiciano Galvíncio2

Artigo recebido em 21/08/2009 e aceito para publicação em 31/08/2009.

RESUMO

A Bacia hidrográfica do Rio Brígida, localizada no Sertão do Estado de Pernambuco, possui um total de 15 municípios, dentre os quais, seis estão completamente inseridos. O objetivo deste trabalho é detectar as tendências anuais de precipitações das séries pluviais de Feitoria – Bodocó, Exu, Moreilândia, Serrita, Ouricuri, Barra de São Pedro – Ouricuri, Santa Filomena – Ouricuri, Santa Cruz – Ouricuri e Parnamirim, localizadas no semi-árido pernambucano como também as tendências em anos de El Niño e em segundo momento investigar a variação das secas, mediante a analise das séries. As séries analisadas na bacia hidrográfica do rio Brigida não apresentaram tendências nas precipitações. Em anos de El Niño, as precipitações também não apresentaram tendências nas precipitações. Isso implica que os eventos El Nino não têm proporcionado aumento nas intensidades das secas na bacia hidrográfica do rio Brígida.

Palavras Chaves: tendências de precipitações, secas, mudanças no clima.

RAINFALL TRENDS IN WATERSHED OF THE BRIGIDA RIVER –

PERNAMBUCO STATE

ABSTRACT

The river Brígida watershed, located in the Pernambuco State, has a total of 15 municipalities, among which, six are fully inserted. The objective of this work is to detect trends of annual rainfall series of rain factory - Bodocó, Exú, Moreilândia, Serrita, Ouricuri, Barra de San Pedro - Ouricuri, Santa Filomena - Ouricuri, Santa Cruz - Ouricuri and Parnamirim, located in semi - arid Pernambuco as well as trends in years of El Niño and in second time to investigate the variation of drought, by examining the series. The series analyzed in the river Brigida watershed showed no trend in rainfall. In El Niño years, the rain did not present trend in rainfall. This implies that El Nino events have provided no increase in intensity of droughts in the river Brígida watershed.

Key-works: rainfall tends, drought, climate change.

1 Doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco. Departamento de Ciências Geográficas Avenida professor Morais Rego, 1235. Cidade Universitária, Recife-PE. CEP: 50670-901. e-mail:

fechine02@yahoo.com.br

2 Professora adjunta do. Departamento de Ciências Geográficas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Avenida Professor Moraes Rego, 1235, Cidade Universitária, Recife, Pernambuco. CEP 50670-901 (josicleda@pq.cnpq.br)

(2)

Fechine, J. A. L.; Galvíncio, J. D. 2

INTRODUÇÃO

O semi-árido apresenta um regime pluviométrico marcado por extrema irregularidade de chuvas, no tempo e no espaço. Nesse cenário, a escassez de água constitui um forte entrave ao desenvolvimento socioeconômico e, até mesmo, à subsistência da população. A ocorrência cíclica das secas e seus efeitos catastróficos são por demais conhecidos e remontam aos primórdios da história do Brasil (FILHO, 2002).

Não obstante a identidade que a singulariza no cenário nacional, a região Nordeste apresenta grande heterogeneidade em termos agroecológicos e econômicos. Na realidade, o meio físico teve importância fundamental na definição das formas de ocupação humana, de desenvolvimento das atividades econômicas e de construção de uma identidade cultural.

A dispersão geográfica e a escassez relativa de terras agricultáveis, agravadas pela distribuição irregular das chuvas, são alguns dos fatores determinantes do desenvolvimento das atividades econômicas e da estrutura fundiária na zona rural do Nordeste brasileiro. O clima semi-árido que atinge a metade do território nordestino, e onde ocorrem às secas periódicas, ademais de ser característico do Nordeste no contexto

nacional, constitui-se num elemento de potencial instabilidade econômica, de crise social e um fator limitante do desenvolvimento regional (FILHO, 2002).

Os estudos sobre as secas no Nordeste revelam que, neste século, ocorreram 14 grandes estiagens, algumas das quais foram classificadas como extremas. Os anos de seca têm em comum o fato de as precipitações se situarem, via de regra, abaixo da média histórica. Outro aspecto diz respeito à variabilidade, expressa pelo coeficiente de variação, que mostra a variação relativa da precipitação em torno da média. Os efeitos da seca não decorrem da distribuição de chuva, mas sim da intensidade, que, nos anos de estiagem, chega a ser praticamente nula, mesmo nos meses típicos de chuva. Outro aspecto a destacar é o da distribuição espacial da seca, pois nem todas as subzonas são igualmente afetadas pela falta de chuva (PESSOA & CAVALCANTI, 1973).

A descrição do contexto em que ocorrem as secas no semi-árido nordestino mostra as dificuldades naturais e institucionais em que se dá a convivência do sertanejo com aquele fenômeno climático. A seca continua sendo um flagelo para milhões de nordestino (CAVALCANTI, 1981). A falta de reorganização fundiária, disponibilidade e o uso adequado dos recursos hídricos, de

(3)

Fechine, J. A. L.; Galvíncio, J. D. 3 tecnologias apropriadas para a agricultura

dependente de chuvas, de culturas adaptáveis às condições de clima e solo, causam efeitos econômicos e sociais, ampliando, assim, o triste quadro representando pelos milhões de flagelados que, periodicamente, ressurgem no sertão do Nordeste.

A zona semi-árida Nordestina, em particular à de Pernambuco encontra-se situada em posição marginal relativamente às regiões de clima áridos e semi-áridos tropicais e subtropicais do planeta. Os sistemas atmosféricos atuantes sobre o Nordeste são responsáveis pela grande heterogeneidade que a região apresenta em comparação com outras do país.

O clima quente apresenta variações pequenas, não sendo superior a 5º C a diferença entre a média do mês mais quente e do mais frio. As precipitações, mesmo na zona Semi-árida, apresentam-se bastante variadas, oscilando entre 400 e 800 milímetros e mudando também no tocante às épocas de início e fim da estação chuvosa (FILHO, 2002).

Outra característica do regime pluviométrico diz respeito às variações na distribuição das chuvas ao longo do inverno. Por essas razões, o semi-árido é considerado como as áreas do planeta mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas.

Diante disto, o objetivo deste trabalho é averiguar a relação das tendências anuais de precipitações das séries pluviais de Feitoria – Bodocó, Exu, Moreilândia, Serrita, Ouricuri, Barra de São Pedro – Ouricuri, Santa Filomena – Ouricuri, Santa Cruz – Ouricuri e Parnamirim, localizadas no semi-árido pernambucano como tendências em anos de El

Niño e em segundo momento investigar a

variação das secas, mediante a analise das séries.

MATERIAL E MÉTODO

Região em estudo

A área de estudo é a Bacia hidrográfica do Rio Brígida, localizada no Sertão do Estado de Pernambuco está entre as coordenadas 7° 30’ a 9° 00’ de latitude Sul e 39° 30’ a 41° 00’ de longitude Oeste e aproximadamente 700m de altitude, com nascente na Chapada do Araripe e Foz no Rio São Francisco, possui uma área de 14.366 Km² e uma extensão de 160 Km. A Bacia possui um total de 15 municípios, dentre os quais 6 estão completamente inseridos: Araripina, Bodocó, Granito, Ipubi, Ouricuri e Trindade. Os outros municípios que fazem parte de seu território são: Cabrobó, Exu, Moreilândia, Orocó, Parnamirim, Stª Maria da Boa Vista, Stª Cruz, Stª Filomena e Serrita (BRASIL, 2005(a)), Figura 1.

(4)

Fechine, J. A. L.; Galvíncio, J. D. 4 Figura 1: Localização da Bacia do Rio

Brígida com seus pluviômetros – Pernambuco – Brasil

O clima é do tipo (BSwh’); geologia (Recobrimento pedimentar constituído por material arenoso e areno-argiloso); relevo (Depressão do São Francisco); Solo (Latossolos Vermelho-Amarelo Distrófico); Hidrografia (Rio Brígida); Agropecuária (Pecuária, em particular a caprinocultura, a agricultura de sequeiro e, em algumas áreas, a presença da agricultura irrigada) e Vegetação de (caatinga) (BRASIL, 2005(b)).

Material

As informações hidrológicas foram fornecidas pelo Laboratório de Meteorologia e Recursos Hídricos de Pernambuco (LAMEPE, 2008), o qual organiza, analisa e divulga as informações sobre o clima pernambucano. O LAMEPE dispõe de várias estações pluviais distribuídas pelo Estado. De posse destes dados buscou-se analisar as

series pluviais localizadas nos municípios de Bodocó - Feitoria, Exu, Moreilândia, Serrita, Ouricuri e Parnamirim, localizados na bacia hidrográfica do rio Brígida, semi-árido do estado de Pernambuco (Figura 1), no intuito de verificar a tendência de aumento ou diminuição de precipitações.

No primeiro momento se trabalhou as séries pluviais ano a ano. A organização das séries se deu da seguinte forma: os dados foram ordenados de acordo com a faixa de anos, sem preenchimento de falhas, no intuito de obter séries reais e homogêneas, visto que as séries escolhidas teriam que ter mais de 40 anos de analise.

Diante destas informações procurou-se determinar: os anos menos chuvosos, as variações pluviais e as conseqüências das mudanças climáticas para os municípios da bacia hidrográfica do rio Brígida. Para tanto, utilizou-se análises de tendências para determinar os níveis de alterações climáticas na bacia.

Devido à quantidade e qualidade dos dados foi pertinente dividir o escopo em duas fase: primeira e segunda, descrita abaixo.

Na primeira fase se trabalhou as séries pluviais ano a ano. Os dados foram ordenados de acordo com a faixa de anos, sem preenchimento de falhas, no intuito de obter séries reais e homogêneas, visto que as séries

(5)

Fechine, J. A. L.; Galvíncio, J. D. 5 escolhidas teriam que ter mais de 40 anos de

analise.

A análise realizada na segunda fase partiu da avaliação das séries anuais de precipitações dos municípios de: de Bodocó - Feitoria, Exu, Moreilândia, Serrita, Ouricuri e Parnamirim entre os anos de 1912 a 2007, organizados de acordo com as faixas de anos de El Niño da Tabela 1 (modificada), obtida no site do CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), gerando séries acima de 40 anos. Nesta fase foi realizada uma analise das séries anuais de precipitações em anos de El Niño. Com intuito de averiguar a tendência de aumento/diminuição de precipitações em anos de El Nino.

Nestas fases procurou-se observar e entender a variação das máximas e mínimas anuais de precipitações e em seguida relacionar as mínimas com as secas ocorridas.

Tabela 1 – Anos de El Niño no século XX

Fonte: CPTEC (2002); METSUL (2007)

RESULTADOS E DISCUSSÕE

S

No Posto Feitoria a série analisada foi de 46 anos (1935 - 1988), com exceção dos anos de: 1938, 1955, 1957, 1960, 1961, 1962 e 1972 – neste posto não houve tendência nas precipitações, com R2 de 0,002, (Figura 2).

POSTO: FEITORIA - BODOCÓ

y = 0,0292x + 61,315 R2 = 0,0022 0 100 200 300 400 500 600 700 800 1935 1940 1944 1948 1952 1958 1966 1970 1975 1979 1983 1987 ANOS P R E C IP IT AÇÃO M E NS AL

Figura 2: Tendências das precipitações no posto pluviométrico de Feitoria – Bodocó

Em anos de El Niño não houve tendência precipitações, o R2 foi 0,0014. A média climatológica de 1939 a 1988 foi de 69 mm mensais (Figura 3).

(6)

Fechine, J. A. L.; Galvíncio, J. D. 6

POSTO: FEITORIA - BODOCÓ

y = 0,0365x + 59,604 R2 = 0,0014 0 100 200 300 400 500 600 1939 1940 1946 1951 1958 1963 1966 1968 1970 1976 1978 1980 1983 1986 1988 ANOS DE EL NIÑO P R E C IP IT A Ç Ã O M E N S A L

Precipitação Mensal Climatológica Linear (Precipitação Mensal)

Figura 3: Tendências das precipitações no posto pluviométrico de Feitoria – Bodocó, em anos de El Niño

O posto de Exu a série analisada foi de 56 anos (1935 – 2006), com exceção dos anos de: 1936, 1938, 1939, 1941, 1942, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962, 1974, 1991, 1993,1997 e 1998 – neste posto não houve tendência nas precipitações, o R2 foi de 0,0117, (Figura 4). POSTO: EXU y = -0,0449x + 81,915 R2 = 0,0117 0 100 200 300 400 500 600 1935 1944 1949 1953 1963 1967 1972 1977 1982 1986 1992 1999 2004 ANOS

Figura 4: Tendências das precipitações no posto de Exu.

Em anos de El Niño também não houve tendência nas precipitações, o R2 foi de 0,0311. A média climatológica entre 1940 a 2006 foi de 66 mm mensais (Figura 5).

POSTO: EXU y = -0,1185x + 86,21 R2 = 0,0311 0 100 200 300 400 500 600 1940 1951 1965 1970 1976 1080 1987 1992 2002 2006 ANOS DE EL NIÑO P R E C IP ÍT AÇÃO M E NS AL

Precipitação Mensall Climatológica Linear (Precipitação Mensall)

Figura 5: Tendências nas precipitações no posto de Exu em anos de El Nino.

O posto de Moreilândia também não apresentou tendência nas precipitações, o R2 foi de 0,0142. A série analisada foi de 42 anos (1963 – 2007), com exceção dos anos de: 1985 e 1993. As precipitações 1963 a 2006 estiveram uma média abaixo de 100 mm mensais (Figura 6). POSTO MOREILÂNDIA y = -0,0577x + 68,494 R2 = 0,0142 0 100 200 300 400 500 600 1963 1966 1970 1974 1978 1981 1986 1990 1995 1998 2002 2006 ANOS P R E C IP IT A ÇÃO M E NS A L

Figura 6: Tendências das precipitações no posto de Moreilândia.

Em anos de El Niño também não apresentou tendência nas precipitações, R2 foi de 0,0105. A normal climatológica esteve em torno de 50 mm mensais (Figura 7).

(7)

Fechine, J. A. L.; Galvíncio, J. D. 7 POSTO MOREILÂNDIA y = -0,0625x + 62,43 R2 = 0,0105 0 100 200 300 400 500 600 1963 1966 1969 1973 1977 1979 1983 1987 1990 1994 1997 2001 2004 2006 ANOS DE EL NIÑO P R E C IP IT ÃO M E NS A

Precipitação Mensal Climatológica Linear (Precipitação Mensal)

Figura 7: Tendências das precipitações no posto de Moreilândia, em anos de El Nino.

O posto Serrita a série analisada foi de 68 anos (1935 – 2007), com exceção dos anos de: 1938, 1959, 1960 e 1970 – este posto também não apresentou tendência nas precipitações, com R2 de 0,0004. A média nas precipitações de 1935 a 2007 foi de 50 mm mensais (Figura 8). POSTO: SERRITA y = 0,0054x + 45,826 R2 = 0,0004 0 50 100 150 200 250 300 350 400 1935 1941 1947 1953 1958 1966 1973 1978 1984 1990 1995 2001 2007 ANOS P R EC IP IT A Ç Ã O M E N S A L

Figura 8: Tendências nas precipitações no posto de Serrita

Em anos de El Niño também não apresentou tendência nas precipitações, o R2 foi de 0,0003, com normal climatológica de 45 mm mensais (Figura 9). POSTO: SERRITA y = -0,0073x + 47,487 R2 = 0,0003 0 50 100 150 200 250 300 350 400 1939 1946 1952 1958 1966 1972 1978 1982 1987 1991 1994 1998 2004 2007 ANOS DE EL NIÑO P R E C IP IT AÇÃ O M E N S AL

Precipitação Mensal Climatológica Linear (Precipitação Mensal)

Figura 9: Tendências nas precipitações no posto de Serrita, em anos de El Niño

O Posto Ouricuri a série analisada foi de 79 anos (1913 – 2007), com exceção dos anos de: 1915, 1921, 1922, 1926, 1927, 1957, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962, 1963, 1964, 1966 e 1986 – neste posto não houve variação nas precipitações, (Figura 10).

Em anos de El Niño também não apresentou tendência nas precipitações, o R2 foi de 0,0002. A normal climatológica é de 44 mm mensais (Figura 11). POSTO: OURICURI y = -0,00x + 48,71 R2 = 0,00 0 100 200 300 400 500 600 700 1913 1920 1931 1937 1944 1950 1965 1973 1979 1987 1993 2000 2007 ANOS PR EC IP IT A Ç Ã O ME N S A L

Figura 10: Tendências nas precipitações no posto de Ouricuri

(8)

Fechine, J. A. L.; Galvíncio, J. D. 8 POSTO: OURICURI y = 0,006x + 43,032 R2 = 0,0002 0 100 200 300 400 500 600 700 1913 1923 1941 1965 1972 1979 1988 1993 2001 2006 ANOS DE EL NIÑO P R E C IP IT ÃO M E NS A L

Precipitação Mensal Climatológica Linear (Precipitação Mensal)

Figura 11: Tendências nas precipitações no posto de Ouricuri, em anos de El Niño

O posto de Barra de São Pedro a série analisada foi de 44 anos (1936 – 1989), com exceção dos anos de: 1937, 1940, 1941, 1943, 1957, 1960, 1961, 1981 e 1982, este posto também não apresentou tendência nas precipitações, com R2 de 0,0009, (Figura 12).

POSTO: BARRA DE SÃO PEDRO - OURICURI

y = 0,0159x + 50,894 R2 = 0,0009 0 100 200 300 400 500 600 700 800 1936 1942 1947 1950 1954 1958 1964 1967 1971 1974 1978 1983 1987 ANOS P R E C IP IT AÇÃ O A NUA L

Figura 12: Tendências nas precipitações no posto de Barra de São Pedro

Em anos de El Niño também não apresentou tendência nas precipitações, com R2 de 0,0016. A normal climatológica foi de 53 mm mensais (Figura 13).

POSTO: BARRA DE SÃO PEDRO - OURICURI

y = -0,0382x + 59,223 R2 = 0,0016 0 100 200 300 400 500 600 700 800 1939 1946 1951 1958 1963 1966 1969 1972 1976 1978 1980 1986 1988 ANOS DE EL NIÑO P R E C IP IT ÃO M E NS A L

Precipitação Mensal Climatológica Linear (Precipitação Mensal)

Figura 13: Tendências nas precipitações no posto de Barra de São Pedro, em anos de El Nino

O posto de Santa Filomena a série analisada foi de 51 anos (1935 – 1992), com exceção dos anos 1954, 1960, 1966, 1967, 1976 e 1977 – neste posto não houve tendência nas precipitações, com R2 de 0,0004, (Figura 14).

POSTO: SANTA FILOMENA - OURICURI

y = 0,0077x + 45,625 R2 = 0,0004 0 100 200 300 400 500 600 1935 1939 1944 1949 1953 1959 1965 1971 1978 1983 1987 1992 ANOS P R E C IP IT ÃO ME NS A L

Figura 14: Tendências nas precipitações no posto de Santa Filomena – Ouricuri

Em anos de El Niño também não houve tendência nas precipitações, com normal climatológica de 42 mm mensais (Figura 15).

O posto Santa Cruz a série analisada foi de 45 anos (1937 – 1990), com exceção dos anos de: 1938, 1944, 1955, 1959, 1960, 1961, 1962 e 1976 – não apresentou tendência nas precipitações, com R2 de 0,0001, (Figura 16).

(9)

Fechine, J. A. L.; Galvíncio, J. D. 9

POSTO: SANTA FILOMENA - OURICURI

y = -0,01x + 43,85 R2 = 0,00 0 50 100 150 200 250 300 350 1939 1946 1953 1959 1968 1972 1979 1983 1988 1992 ANOS DE EL NIÑO P R E C IP IT AÇÃO ME NS A L

Precipitação Mensal Climatológica Linear (Precipitação Mensal)

Figura 15: Tendências nas precipitações no posto de Santa Filomena – Ouricuri, em anos de El Niño

POSTO: SANTA CRUZ - OURICURI

y = -0,0044x + 46,007 R2 = 0,0001 0 50 100 150 200 250 300 350 400 1937 1942 1947 1951 1956 1964 1968 1972 1977 1981 1985 1989 ANOS P R E C IP IT ÃO M E N S AL

Figura 16: Tendências nas precipitações no posto de Santa Cruz – Ouricuri

Em anos de El Nino também não apresento tendência nas precipitações. R2 foi de 0,0018, com normal climatológica de 41 mm mensais (Figura 17).

POSTO: SANTA CRUZ - OURICURI

y = -0,0256x + 45,66 R2 = 0,0018 0 50 100 150 200 250 300 350 1939 1941 1951 1958 1966 1969 1973 1979 1983 1987 1990 ANOS DE EL NIÑO P R E C IP IT AÇÃO M E N S A L

Precipitação Mensal Climatológica Linear (Precipitação Mensal)

Figura 17: Tendências nas precipitações no posto de Santa Cruz – Ouricuri, em anos de El Niño

No posto Parmamirim a série analisada foi de 75 anos (1912 – 2007), com exceção dos anos de: 1934, 1938, 1944, 1948, 1949, 1962, 1979, 1980, 1981, 1983, 1986, 1987, 1988, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1998 e 2003 – este posto também não apresentou tendência nas precipitações, com R2 de 0,0041, (Figura 18). POSTO: PARNAMIRIM y = -0,016x + 52,504 R2 = 0,0041 0 100 200 300 400 500 600 1912 1918 1925 1932 1941 1950 1957 1965 1972 1978 1997 2006 ANOS P R E C IP IT AÇÃO M E NS A L

Figura 18: Tendências nas precipitações no posto de Parnamirim

Em anos de El Niño também não apresentou tendência nas precipitações, o R2 foi de 0,006, com normal climatológica de 43 mm mensais (Figura 19). POSTO: PARNAMIRIM y = -0,0357x + 52,402 R2 = 0,006 0 100 200 300 400 500 600 1912 1918 1926 1941 1951 1959 1966 1970 1977 1995 2002 2007 ANOS DE EL NIÑO P R E C IP IT ÃO ME NS A L

Precipitação Mensal Climatológica Linear (Precipitação Mensal)

Figura 19: Tendências nas precipitações no posto de Parnamirim, em anos de El Niño

(10)

Fechine, J. A. L.; Galvíncio, J. D. 10

CONCLUSÃO

As séries analisadas na bacia hidrográfica do rio Brigida não apresentaram tendências nas precipitações. Reforçando que essas séries possuem alta consistência climatológica, uma vez que variaram entre 79 a 42 anos de dados .

Em anos de El Niño, as precipitações também não apresentaram tendências nas precipitações. Isso implica que os eventos El Nino não têm proporcionado aumento nas intensidades das secas na bacia hidrográfica do rio Brígida.

AGRADECIMENTOS

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo auxílio financeiro através do edital universal 2007, processo número 470746/2007-6 e pela concessão de bolsa.

REFERÊNCIAS

BRASIL. CPRM - Serviço Geológico do Brasil. Projeto cadastro de fontes de

abastecimento por água subterrânea. Diagnóstico do município de Parnamirim, estado de Pernambuco. Organizado [por]

João de Castro Mascarenhas, Breno Augusto Beltrão, Luiz Carlos de Souza Junior, Manoel Julio da Trindade G. Galvão, Simeones Néri Pereira, Jorge Luiz Fortunato de Miranda. Recife: CPRM/PRODEEM, 12 p. + anexos, 2005(a).

BRASIL. CPRM - Serviço Geológico do Brasil. Projeto cadastro de fontes de

abastecimento por água subterrânea. Diagnóstico do município de Ouricuri, estado de Pernambuco / Organizado [por]

João de Castro Mascarenhas, Breno Augusto Beltrão, Luiz Carlos de Souza Junior, Manoel Julio da Trindade G. Galvã o, Simeones Neri Pereira, Jorge Luiz Fortunato de Miranda. Recife: CPRM/PRODEEM, 12 p. + anexos, 2005(b).

CAVALCANTI, C. Nordeste do Brasil: um desenvolvimento conturbado. Recife: FUNDAJ, 1981. 125 p.

CPTEC. Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos. Tabela de anos El

Niño/La Niña. Disponível em:

www.cptec.inpe.br.

FILHO, J. C. M. A seca de 1993: Crônica de um flagelo anunciado/ José de Castro Moreira Filho, Osmil Torres Galindo Filho, Renato Santos Duarte. - Fortaleza: Banco do Nordeste; Recife: Fundação Joaquim Nabuco, v. 4 138 p. 2002.

LAMEPE. Laboratório de Meteorologia de Pernambuco, ano, 2008.

PESSOA, D.; CAVALCANTI,C. Caráter e

efeitos da seca nordestina de 1970. Recife:

Referências

Documentos relacionados

A nível da engenharia dos tecidos será abordada uma visão geral dos diferentes tipos de células estaminais dentárias, como as células estaminais da polpa dentária, de

A realização desta dissertação tem como principal objectivo o melhoramento de um sistema protótipo já existente utilizando para isso tecnologia de reconhecimento

Na população estudada, distúrbios de vias aéreas e hábito de falar muito (fatores decorrentes de alterações relacionadas à saúde), presença de ruído ao telefone (fator

A partir da máscara S0, o ponto de regulação da temperatura interna no modo verão (resfriamento) pode ser ajustado: prima a tecla “enter” , ajuste o valor do ponto de

O fortalecimento da escola pública requer a criação de uma cultura de participação para todos os seus segmentos, e a melhoria das condições efetivas para

[r]

A Política de M&A da Secretaria Executiva de Vigilân- cia em Saúde de Pernambuco (SEVS/PE) apresenta três processos de maior destaque: o monitoramento do de- sempenho da gestão