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GUARUJÁ PREVIDÊNCIA. Analista Previdenciário de Benefícios PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE GUARUJÁ DO ESTADO DE SÃO PAULO

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GUARUJÁ PREVIDÊNCIA

PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES DO MUNICÍPIO

DE GUARUJÁ DO ESTADO DE SÃO PAULO

Analista Previdenciário de Benefícios

EDITAL 001/2021

OP-093FV-21

CÓD: 7908433201670

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ÍNDICE

Língua Portuguesa

1. Ortografia . . . 01

2. Acentuação gráfica . . . 01

3. Flexão nominal e verbal. Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. Emprego de tempos e modos verbais. Vozes do verbo . . . 02

4. Concordância nominal e verbal . . . 09

5. Regência nominal e verbal. . . 11

6. Ocorrência da crase . . . 11 7. Pontuação . . . 12 8. Interpretação de texto . . . 13

Noções de Informática

1. Pacote Office 2010 . . . 01

Conhecimentos Específicos

Analista Previdenciário de Benefícios

1. Noções de Direito Constitucional. Organização do Estado e dos Poderes . . . 01

2. Lei Complementar Municipal n.º 179/2015 que reestrutura o Regime Próprio de Previdência Social e cria a Autarquia Guarujá Previ-dência . . . 17

3. Lei Complementar n.º 135/2012 que institui o Estatuto do Servidor Público de Guarujá . . . 40

4. Direito Previdenciário: Lei Geral da Previdência no Serviço Público – Lei Federal nº 9.717/98. . . .113

5. Regulamentação da Lei Geral da Previdência no Serviço Público – Decreto Federal 3.048/99 . . . .115

6. Constituição da República Federativa do Brasil: Artigos 37, 38, 39, 40, 201 e 202. – Com redação da EC n.º 103/2019 . . . .182

(3)

LÍNGUA PORTUGUESA

1. Ortografia . . . 01

2. Acentuação gráfica . . . 01

3. Flexão nominal e verbal. Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. Emprego de tempos e modos verbais. Vozes do verbo . . . 02

4. Concordância nominal e verbal . . . 09

5. Regência nominal e verbal. . . 11

6. Ocorrência da crase . . . 11

7. Pontuação . . . 12

(4)

LÍNGUA PORTUGUESA

ORTOGRAFIA

A ortografia oficial diz respeito às regras gramaticais referentes à escrita correta das palavras. Para melhor entendê-las, é preciso ana-lisar caso a caso. Lembre-se de que a melhor maneira de memorizar a ortografia correta de uma língua é por meio da leitura, que também faz aumentar o vocabulário do leitor.

Neste capítulo serão abordadas regras para dúvidas frequentes entre os falantes do português. No entanto, é importante ressaltar que existem inúmeras exceções para essas regras, portanto, fique atento!

Alfabeto

O primeiro passo para compreender a ortografia oficial é conhecer o alfabeto (os sinais gráficos e seus sons). No português, o alfabeto

se constitui 26 letras, divididas entre vogais (a, e, i, o, u) e consoantes (restante das letras).

Com o Novo Acordo Ortográfico, as consoantes K, W e Y foram reintroduzidas ao alfabeto oficial da língua portuguesa, de modo que

elas são usadas apenas em duas ocorrências: transcrição de nomes próprios e abreviaturas e símbolos de uso internacional. Uso do “X”

Algumas dicas são relevantes para saber o momento de usar o X no lugar do CH: • Depois das sílabas iniciais “me” e “en” (ex: mexerica; enxergar)

• Depois de ditongos (ex: caixa)

• Palavras de origem indígena ou africana (ex: abacaxi; orixá)

Uso do “S” ou “Z”

Algumas regras do uso do “S” com som de “Z” podem ser observadas: • Depois de ditongos (ex: coisa)

• Em palavras derivadas cuja palavra primitiva já se usa o “S” (ex: casa > casinha) • Nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou origem. (ex: portuguesa) • Nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa” (ex: populoso)

Uso do “S”, “SS”, “Ç”

• “S” costuma aparecer entre uma vogal e uma consoante (ex: diversão) • “SS” costuma aparecer entre duas vogais (ex: processo)

• “Ç” costuma aparecer em palavras estrangeiras que passaram pelo processo de aportuguesamento (ex: muçarela)

Os diferentes porquês

POR QUE Usado para fazer perguntas. Pode ser substituído por “por qual motivo”

PORQUE Usado em respostas e explicações. Pode ser substituído por “pois”

POR QUÊ exclamação, ponto final) O “que” é acentuado quando aparece como a última palavra da frase, antes da pontuação final (interrogação, PORQUÊ É um substantivo, portanto costuma vir acompanhado de um artigo, numeral, adjetivo ou pronome

Parônimos e homônimos

As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pronúncia semelhantes, porém com significados distintos. Ex: cumprimento

(extensão) X cumprimento (saudação); tráfego (trânsito) X tráfico (comércio ilegal).

Já as palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma pronúncia, porém são grafadas de maneira diferente. Ex: conserto

(correção) X concerto (apresentação); cerrar (fechar) X serrar (cortar).

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

A acentuação é uma das principais questões relacionadas à Ortografia Oficial, que merece um capítulo a parte. Os acentos utilizados no português são: acento agudo (´); acento grave (`); acento circunflexo (^); cedilha (¸) e til (~).

Depois da reforma do Acordo Ortográfico, a trema foi excluída, de modo que ela só é utilizada na grafia de nomes e suas derivações

(ex: Müller, mülleriano).

Esses são sinais gráficos que servem para modificar o som de alguma letra, sendo importantes para marcar a sonoridade e a intensi-dade das sílabas, e para diferenciar palavras que possuem a escrita semelhante.

A sílaba mais intensa da palavra é denominada sílaba tônica. A palavra pode ser classificada a partir da localização da sílaba tônica,

como mostrado abaixo:

• OXÍTONA: a última sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: café)

• PAROXÍTONA: a penúltima sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: automóvel) • PROPAROXÍTONA: a antepenúltima sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: lâmpada)

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LÍNGUA PORTUGUESA

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As demais sílabas, pronunciadas de maneira mais sutil, são denominadas sílabas átonas. Regras fundamentais

CLASSIFICAÇÃO REGRAS EXEMPLOS

OXÍTONAS • terminadas em A, E, O, EM, seguidas ou não do plural

• seguidas de -LO, -LA, -LOS, -LAS

cipó(s), pé(s), armazém

respeitá-la, compô-lo, comprometê-los

PAROXÍTONAS

• terminadas em I, IS, US, UM, UNS, L, N, X, PS, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS

• ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não do plural

(OBS: Os ditongos “EI” e “OI” perderam o

acento com o Novo Acordo Ortográfico)

táxi, lápis, vírus, fórum, cadáver, tórax, bíceps, ímã, órfão, órgãos, água, mágoa, pônei, ideia, geleia, paranoico, heroico

PROPAROXÍTONAS • todas são acentuadas cólica, analítico, jurídico, hipérbole, último, álibi

Regras especiais

REGRA EXEMPLOS

Acentua-se quando “I” e “U” tônicos formarem hiato com a vogal anterior, acompanhados ou não de “S”, desde que não sejam seguidos por “NH”

OBS: Não serão mais acentuados “I” e “U” tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo

saída, faísca, baú, país feiura, Bocaiuva, Sauipe Acentua-se a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos “TER” e “VIR” e seus compostos têm, obtêm, contêm, vêm Não são acentuados hiatos “OO” e “EE” leem, voo, enjoo

Não são acentuadas palavras homógrafas

OBS: A forma verbal “PÔDE” é uma exceção pelo, pera, para

FLEXÃO NOMINAL E VERBAL. PRONOMES: EMPREGO, FORMAS DE TRATAMENTO E COLOCAÇÃO. EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS. VOZES DO VERBO

Classes de Palavras

Para entender sobre a estrutura das funções sintáticas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes morfológicas. A gramática tradicional pressupõe 10 classes gramaticais de palavras, sendo elas: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção, in-terjeição, numeral, pronome, preposição, substantivo e verbo.

Veja, a seguir, as características principais de cada uma delas.

CLASSE CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS

ADJETIVO Expressar características, qualidades ou estado dos seresSofre variação em número, gênero e grau

Menina inteligente... Roupa azul-marinho... Brincadeira de criança... Povo brasileiro... ADVÉRBIO Indica circunstância em que ocorre o fato verbalNão sofre variação A ajuda chegou tarde.A mulher trabalha muito.

Ele dirigia mal.

ARTIGO Determina os substantivos (de modo definido ou indefinido)Varia em gênero e número A galinha botou um ovo.Uma menina deixou a mochila no ônibus. CONJUNÇÃO Liga ideias e sentenças (conhecida também como conectivos)Não sofre variação Não gosto de refrigerante nem de pizza.Eu vou para a praia ou para a cachoeira? INTERJEIÇÃO Exprime reações emotivas e sentimentosNão sofre variação Ah! Que calor...Escapei por pouco, ufa!

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LÍNGUA PORTUGUESA

PRONOME Acompanha, substitui ou faz referência ao substantivoVaria em gênero e número

Posso ajudar, senhora?

Ela me ajudou muito com o meu trabalho. Esta é a casa onde eu moro.

Que dia é hoje?

PREPOSIÇÃO Relaciona dois termos de uma mesma oraçãoNão sofre variação Espero por você essa noite.Lucas gosta de tocar violão. SUBSTANTIVO Nomeia objetos, pessoas, animais, alimentos, lugares etc.Flexionam em gênero, número e grau. A menina jogou sua boneca no rio.A matilha tinha muita coragem.

VERBO

Indica ação, estado ou fenômenos da natureza

Sofre variação de acordo com suas flexões de modo, tempo, número, pessoa e voz.

Verbos não significativos são chamados verbos de ligação

Ana se exercita pela manhã. Todos parecem meio bobos.

Chove muito em Manaus.

A cidade é muito bonita quando vista do alto.

Substantivo

Tipos de substantivos

Os substantivos podem ter diferentes classificações, de acordo com os conceitos apresentados abaixo: • Comum: usado para nomear seres e objetos generalizados. Ex: mulher; gato; cidade...

• Próprio: geralmente escrito com letra maiúscula, serve para especificar e particularizar. Ex: Maria; Garfield; Belo Horizonte... • Coletivo: é um nome no singular que expressa ideia de plural, para designar grupos e conjuntos de seres ou objetos de uma mesma espécie. Ex: matilha; enxame; cardume...

• Concreto: nomeia algo que existe de modo independente de outro ser (objetos, pessoas, animais, lugares etc.). Ex: menina;

cachor-ro; praça...

Abstrato: depende de um ser concreto para existir, designando sentimentos, estados, qualidades, ações etc. Ex: saudade; sede;

imaginação...

Primitivo: substantivo que dá origem a outras palavras. Ex: livro; água; noite...

Derivado: formado a partir de outra(s) palavra(s). Ex: pedreiro; livraria; noturno...

Simples: nomes formados por apenas uma palavra (um radical). Ex: casa; pessoa; cheiro...

Composto: nomes formados por mais de uma palavra (mais de um radical). Ex: passatempo; guarda-roupa; girassol... Flexão de gênero

Na língua portuguesa, todo substantivo é flexionado em um dos dois gêneros possíveis: feminino e masculino.

O substantivo biforme é aquele que flexiona entre masculino e feminino, mudando a desinência de gênero, isto é, geralmente o final

da palavra sendo -o ou -a, respectivamente (Ex: menino / menina). Há, ainda, os que se diferenciam por meio da pronúncia / acentuação

(Ex: avô / avó), e aqueles em que há ausência ou presença de desinência (Ex: irmão / irmã; cantor / cantora).

O substantivo uniforme é aquele que possui apenas uma forma, independente do gênero, podendo ser diferenciados quanto ao

gêne-ro a partir da flexão de gênegêne-ro no artigo ou adjetivo que o acompanha (Ex: a cadeira / o poste). Pode ser classificado em epiceno (refere-se

aos animais), sobrecomum (refere-se a pessoas) e comum de dois gêneros (identificado por meio do artigo).

É preciso ficar atento à mudança semântica que ocorre com alguns substantivos quando usados no masculino ou no feminino,

trazen-do alguma especificidade em relação a ele. No exemplo o fruto X a fruta temos significatrazen-dos diferentes: o primeiro diz respeito ao órgão que protege a semente dos alimentos, enquanto o segundo é o termo popular para um tipo específico de fruto.

Flexão de número

No português, é possível que o substantivo esteja no singular, usado para designar apenas uma única coisa, pessoa, lugar (Ex: bola;

escada; casa) ou no plural, usado para designar maiores quantidades (Ex: bolas; escadas; casas) — sendo este último representado,

geral-mente, com o acréscimo da letra S ao final da palavra.

Há, também, casos em que o substantivo não se altera, de modo que o plural ou singular devem estar marcados a partir do contexto, pelo uso do artigo adequado (Ex: o lápis / os lápis).

Variação de grau

Usada para marcar diferença na grandeza de um determinado substantivo, a variação de grau pode ser classificada em aumentativo

e diminutivo.

Quando acompanhados de um substantivo que indica grandeza ou pequenez, é considerado analítico (Ex: menino grande / menino

pequeno).

Quando acrescentados sufixos indicadores de aumento ou diminuição, é considerado sintético (Ex: meninão / menininho). Novo Acordo Ortográfico

De acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, as letras maiúsculas devem ser usadas em nomes próprios de

pessoas, lugares (cidades, estados, países, rios), animais, acidentes geográficos, instituições, entidades, nomes astronômicos, de festas e festividades, em títulos de periódicos e em siglas, símbolos ou abreviaturas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

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Existem, ainda, casos em que o uso de maiúscula ou minúscula é facultativo, como em título de livros, nomes de áreas do saber,

disciplinas e matérias, palavras ligadas a alguma religião e em palavras de categorização.

Adjetivo

Os adjetivos podem ser simples (vermelho) ou compostos (mal-educado); primitivos (alegre) ou derivados (tristonho). Eles podem flexionar entre o feminino (estudiosa) e o masculino (engraçado), e o singular (bonito) e o plural (bonitos).

Há, também, os adjetivos pátrios ou gentílicos, sendo aqueles que indicam o local de origem de uma pessoa, ou seja, sua nacionali-dade (brasileiro; mineiro).

É possível, ainda, que existam locuções adjetivas, isto é, conjunto de duas ou mais palavras usadas para caracterizar o substantivo. São formadas, em sua maioria, pela preposição DE + substantivo:

• de criança = infantil • de mãe = maternal • de cabelo = capilar

Variação de grau

Os adjetivos podem se encontrar em grau normal (sem ênfases), ou com intensidade, classificando-se entre comparativo e superlativo. • Normal: A Bruna é inteligente.

• Comparativo de superioridade: A Bruna é mais inteligente que o Lucas. • Comparativo de inferioridade: O Gustavo é menos inteligente que a Bruna. • Comparativo de igualdade: A Bruna é tão inteligente quanto a Maria. • Superlativo relativo de superioridade: A Bruna é a mais inteligente da turma. • Superlativo relativo de inferioridade: O Gustavo é o menos inteligente da turma. • Superlativo absoluto analítico: A Bruna é muito inteligente.

• Superlativo absoluto sintético: A Bruna é inteligentíssima.

Adjetivos de relação

São chamados adjetivos de relação aqueles que não podem sofrer variação de grau, uma vez que possui valor semântico objetivo, isto é, não depende de uma impressão pessoal (subjetiva). Além disso, eles aparecem após o substantivo, sendo formados por sufixação de um substantivo (Ex: vinho do Chile = vinho chileno).

Advérbio

Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Eles se classificam de acordo com a tabela abaixo:

CLASSIFICAÇÃO ADVÉRBIOS LOCUÇÕES ADVERBIAIS

DE MODO bem; mal; assim; melhor; depressa ao contrário; em detalhes

DE TEMPO ontem; sempre; afinal; já; agora; doravante; primei-ramente logo mais; em breve; mais tarde, nunca mais, de noite DE LUGAR aqui; acima; embaixo; longe; fora; embaixo; ali Ao redor de; em frente a; à esquerda; por perto

DE INTENSIDADE muito; tão; demasiado; imenso; tanto; nada em excesso; de todos; muito menos

DE AFIRMAÇÃO sim, indubitavelmente; certo; decerto; deveras com certeza; de fato; sem dúvidas

DE NEGAÇÃO não; nunca; jamais; tampouco; nem nunca mais; de modo algum; de jeito nenhum

DE DÚVIDA Possivelmente; acaso; será; talvez; quiçá Quem sabe

Advérbios interrogativos

São os advérbios ou locuções adverbiais utilizadas para introduzir perguntas, podendo expressar circunstâncias de: • Lugar: onde, aonde, de onde

• Tempo: quando • Modo: como

• Causa: por que, por quê

Grau do advérbio

Os advérbios podem ser comparativos ou superlativos. • Comparativo de igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto • Comparativo de superioridade: mais + advérbio + (do) que • Comparativo de inferioridade: menos + advérbio + (do) que • Superlativo analítico: muito cedo

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LÍNGUA PORTUGUESA

Curiosidades

Na linguagem coloquial, algumas variações do superlativo são

aceitas, como o diminutivo (cedinho), o aumentativo (cedão) e o uso de alguns prefixos (supercedo).

Existem advérbios que exprimem ideia de exclusão (somente;

salvo; exclusivamente; apenas), inclusão (também; ainda; mesmo)

e ordem (ultimamente; depois; primeiramente).

Alguns advérbios, além de algumas preposições, aparecem sendo usados como uma palavra denotativa, acrescentando um

sentido próprio ao enunciado, podendo ser elas de inclusão (até,

mesmo, inclusive); de exclusão (apenas, senão, salvo); de designa-ção (eis); de realce (cá, lá, só, é que); de retificadesigna-ção (aliás, ou

me-lhor, isto é) e de situação (afinal, agora, então, e aí). Pronomes

Os pronomes são palavras que fazem referência aos nomes, isto é, aos substantivos. Assim, dependendo de sua função no enunciado, ele pode ser classificado da seguinte maneira:

• Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas do discurso, e po-dem ser retos (eu, tu, ele...) ou oblíquos (mim, me, te, nos, si...).

• Pronomes possessivos: indicam posse (meu, minha, sua, teu,

nossos...)

• Pronomes demonstrativos: indicam localização de seres no tempo ou no espaço. (este, isso, essa, aquela, aquilo...)

• Pronomes interrogativos: auxiliam na formação de questio-namentos (qual, quem, onde, quando, que, quantas...)

• Pronomes relativos: retomam o substantivo, substituindo-o na oração seguinte (que, quem, onde, cujo, o qual...)

• Pronomes indefinidos: substituem o substantivo de maneira imprecisa (alguma, nenhum, certa, vários, qualquer...)

• Pronomes de tratamento: empregados, geralmente, em si-tuações formais (senhor, Vossa Majestade, Vossa Excelência, você...)

Colocação pronominal

Diz respeito ao conjunto de regras que indicam a posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as, lo,

la, no, na...) em relação ao verbo, podendo haver próclise (antes do

verbo), ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo). Veja, então, quais as principais situações para cada um deles: • Próclise: expressões negativas; conjunções subordinativas; advérbios sem vírgula; pronomes indefinidos, relativos ou demons-trativos; frases exclamativas ou que exprimem desejo; verbos no gerúndio antecedidos por “em”.

Nada me faria mais feliz.

• Ênclise: verbo no imperativo afirmativo; verbo no início da frase (não estando no futuro e nem no pretérito); verbo no gerún-dio não acompanhado por “em”; verbo no infinitivo pessoal.

Inscreveu-se no concurso para tentar realizar um sonho.

• Mesóclise: verbo no futuro iniciando uma oração.

Orgulhar-me-ei de meus alunos.

DICA: o pronome não deve aparecer no início de frases ou

ora-ções, nem após ponto-e-vírgula.

Verbos

Os verbos podem ser flexionados em três tempos: pretérito (passado), presente e futuro, de maneira que o pretérito e o futuro possuem subdivisões.

Eles também se dividem em três flexões de modo: indicativo (certeza sobre o que é passado), subjuntivo (incerteza sobre o que é passado) e imperativo (expressar ordem, pedido, comando).

• Tempos simples do modo indicativo: presente, pretérito per-feito, pretérito imperper-feito, pretérito mais-que-perper-feito, futuro do presente, futuro do pretérito.

• Tempos simples do modo subjuntivo: presente, pretérito im-perfeito, futuro.

Os tempos verbais compostos são formados por um verbo auxiliar e um verbo principal, de modo que o verbo auxiliar sofre flexão em tempo e pessoa, e o verbo principal permanece no parti-cípio. Os verbos auxiliares mais utilizados são “ter” e “haver”.

• Tempos compostos do modo indicativo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do preté-rito.

• Tempos compostos do modo subjuntivo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro.

As formas nominais do verbo são o infinitivo (dar, fazerem,

aprender), o particípio (dado, feito, aprendido) e o gerúndio (dando, fazendo, aprendendo). Eles podem ter função de verbo ou função

de nome, atuando como substantivo (infinitivo), adjetivo (particí-pio) ou advérbio (gerúndio).

Tipos de verbos

Os verbos se classificam de acordo com a sua flexão verbal. Desse modo, os verbos se dividem em:

Regulares: possuem regras fixas para a flexão (cantar, amar,

vender, abrir...)

• Irregulares: possuem alterações nos radicais e nas termina-ções quando conjugados (medir, fazer, poder, haver...)

• Anômalos: possuem diferentes radicais quando conjugados (ser, ir...)

• Defectivos: não são conjugados em todas as pessoas verbais

(falir, banir, colorir, adequar...)

• Impessoais: não apresentam sujeitos, sendo conjugados sem-pre na 3ª pessoa do singular (chover, nevar, escurecer, anoitecer...)

• Unipessoais: apesar de apresentarem sujeitos, são sempre conjugados na 3ª pessoa do singular ou do plural (latir, miar, custar,

acontecer...)

• Abundantes: possuem duas formas no particípio, uma regular e outra irregular (aceitar = aceito, aceitado)

• Pronominais: verbos conjugados com pronomes oblíquos átonos, indicando ação reflexiva (suicidar-se, queixar-se, sentar-se,

pentear-se...)

• Auxiliares: usados em tempos compostos ou em locuções verbais (ser, estar, ter, haver, ir...)

• Principais: transmitem totalidade da ação verbal por si pró-prios (comer, dançar, nascer, morrer, sorrir...)

• De ligação: indicam um estado, ligando uma característica ao sujeito (ser, estar, parecer, ficar, continuar...)

Vozes verbais

As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a ação, podendo ser três tipos diferentes:

• Voz ativa: sujeito é o agente da ação (Vi o pássaro) • Voz passiva: sujeito sofre a ação (O pássaro foi visto)

• Voz reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação (Vi-me no reflexo

do lago)

Ao passar um discurso para a voz passiva, é comum utilizar a partícula apassivadora “se”, fazendo com o que o pronome seja equivalente ao verbo “ser”.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

PACOTE OFFICE 2010

Microsoft Office

O Microsoft Office é um conjunto de aplicativos essenciais para uso pessoal e comercial, ele conta com diversas ferramentas, mas em geral são utilizadas e cobradas em provas o Editor de Textos – Word, o Editor de Planilhas – Excel, e o Editor de Apresentações – Power-Point. A seguir verificamos sua utilização mais comum:

Word

O Word é um editor de textos amplamente utilizado. Com ele podemos redigir cartas, comunicações, livros, apostilas, etc. Vamos então apresentar suas principais funcionalidades.

• Área de trabalho do Word

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

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• Iniciando um novo documento

A partir deste botão retornamos para a área de trabalho do Word, onde podemos digitar nossos textos e aplicar as formatações de-sejadas.

• Alinhamentos

Ao digitar um texto, frequentemente temos que alinhá-lo para atender às necessidades. Na tabela a seguir, verificamos os alinhamen-tos automáticos disponíveis na plataforma do Word.

GUIA PÁGINA INICIAL ALINHAMENTO TECLA DE ATALHO

Justificar (arruma a direito e a esquerda de acordo com a margem Ctrl + J Alinhamento à direita Ctrl + G Centralizar o texto Ctrl + E Alinhamento à esquerda Ctrl + Q

• Formatação de letras (Tipos e Tamanho)

Presente em Fonte, na área de ferramentas no topo da área de trabalho, é neste menu que podemos formatar os aspectos básicos de nosso texto. Bem como: tipo de fonte, tamanho (ou pontuação), se será maiúscula ou minúscula e outros itens nos recursos automáticos.

GUIA PÁGINA INICIAL FUNÇÃO

Tipo de letra Tamanho

Aumenta / diminui tamanho Recursos automáticos de caixa-altas e baixas

Limpa a formatação

• Marcadores

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Podemos então utilizar na página inicial os botões para operar diferentes tipos de marcadores automáticos:

• Outros Recursos interessantes:

GUIA ÍCONE FUNÇÃO

Página inicial - Mudar cor de Fundo- Mudar Forma - Mudar cor do texto Inserir - Inserir Imagens- Inserir Tabelas Revisão Verificação e correção ortográfica Arquivo Salvar

Excel

O Excel é um editor que permite a criação de tabelas para cálculos automáticos, análise de dados, gráficos, totais automáticos, dentre outras funcionalidades importantes, que fazem parte do dia a dia do uso pessoal e empresarial.

São exemplos de planilhas: – Planilha de vendas; – Planilha de custos.

Desta forma ao inserirmos dados, os valores são calculados automaticamente.

• Mas como é uma planilha de cálculo?

– Quando inseridos em alguma célula da planilha, os dados são calculados automaticamente mediante a aplicação de fórmulas espe-cíficas do aplicativo.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

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– Podemos também ter o intervalo A1..B3

– Para inserirmos dados, basta posicionarmos o cursor na célula, selecionarmos e digitarmos. Assim se dá a iniciação básica de uma planilha. • Formatação células • Fórmulas básicas ADIÇÃO =SOMA(célulaX;célulaY) SUBTRAÇÃO =(célulaX-célulaY) MULTIPLICAÇÃO =(célulaX*célulaY) DIVISÃO =(célulaX/célulaY)

• Fórmulas de comum interesse

MÉDIA (em um intervalo de células) =MEDIA(célula X:célulaY)

MÁXIMA (em um intervalo de células) =MAX(célula X:célulaY)

MÍNIMA (em um intervalo de células) =MIN(célula X:célulaY)

PowerPoint

O PowerPoint é um editor que permite a criação de apresentações personalizadas para os mais diversos fins. Existem uma série de recursos avançados para a formatação das apresentações, aqui veremos os princípios para a utilização do aplicativo.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Área de Trabalho do PowerPoint

Nesta tela já podemos aproveitar a área interna para escrever conteúdos, redimensionar, mover as áreas delimitadas ou até mesmo excluí-las. No exemplo a seguir, perceba que já movemos as caixas, colocando um título na superior e um texto na caixa inferior, também alinhamos cada caixa para ajustá-las melhor.

Perceba que a formatação dos textos é padronizada. O mesmo tipo de padrão é encontrado para utilizarmos entre o PowerPoint, o Word e o Excel, o que faz deles programas bastante parecidos, no que diz respeito à formatação básica de textos. Confira no tópico referen-te ao Word, ireferen-tens de formatação básica de referen-texto como: alinhamentos, tipos e tamanhos de letras, guias de marcadores e recursos gerais.

Especificamente sobre o PowerPoint, um recurso amplamente utilizado a guia Design. Nela podemos escolher temas que mudam a aparência básica de nossos slides, melhorando a experiência no trabalho com o programa.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ANALISTA PREVIDENCIÁRIO DE BENEFÍCIOS

1. Noções de Direito Constitucional. Organização do Estado e dos Poderes . . . 01

2. Lei Complementar Municipal n.º 179/2015 que reestrutura o Regime Próprio de Previdência Social e cria a Autarquia Guarujá Previ-dência . . . 17

3. Lei Complementar n.º 135/2012 que institui o Estatuto do Servidor Público de Guarujá . . . 40

4. Direito Previdenciário: Lei Geral da Previdência no Serviço Público – Lei Federal nº 9.717/98. . . .113

5. Regulamentação da Lei Geral da Previdência no Serviço Público – Decreto Federal 3.048/99 . . . .115

6. Constituição da República Federativa do Brasil: Artigos 37, 38, 39, 40, 201 e 202. – Com redação da EC n.º 103/2019 . . . .182

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ANALISTA PREVIDENCIÁRIO DE BENEFÍCIOS

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E DOS PODERES

Poder legislativo.

1) Do Congresso Nacional

O Legislativo Federal brasileiro adota um sistema bicameral, contando com uma casa representativa do Povo e uma casa repre-sentativa dos Estados-membros. No caso, a Câmara dos Deputados desempenha um papel de representação do povo; ao passo que o Senado Federal é responsável pela representação das unidades fe-deradas da espécie Estados-membros.

No Congresso Nacional se desempenham as atividades legisla-tivas e determinadas atividades fiscalizatórias. Uma legislatura tem a duração de quatro anos, ao passo que uma sessão legislativa tem duração de um ano, sendo esta dividida em dois períodos legislati-vos cada qual com duração de 6 meses. Por seu turno, o Deputado Federal tem mandato equivalente a uma legislatura (4 anos), ao passo que o Senador tem mandato equivalente a duas legislaturas (8 anos).

A respeito, destaca-se o artigo 44 da Constituição Federal:

Artigo 44, CF. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.

Por sua vez, o artigo 45 da Constituição Federal expõe como se dá a composição da Câmara dos Deputados:

Artigo 45, CF. A Câmara dos Deputados compõe-se de repre-sentantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada

Es-tado, em cada Território e no Distrito Federal.

§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei com-plementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma

daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.

§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.

Nota-se que na Câmara dos Deputados é adotado um sistema proporcional de composição – quanto maior a população de um Estado, maior o número de representantes que terá, respeitado o limite de setenta deputados; quanto menos a população de um Es-tado, menor o número de representantes que terá, respeitado o li-mite mínimo de oito deputados. O Distrito Federal recebe o mesmo tratamento de um Estado e por ser menos populoso possui a repre-sentação mínima – quatro deputados. Já os Territórios, se existen-tes, teriam cada qual 4 deputados. No total, a Câmara é composta por 513 deputados.

O artigo 46 da Constituição Federal disciplina a composição do Senado Federal nos seguintes termos:

Artigo 46, CF. O Senado Federal compõe-se de representantes

dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio ma-joritário.

§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.

§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será

renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e

dois terços.

§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.

O Senado Federal é composto por 81 Senadores, sendo que 78 representam cada um dos Estados brasileiros, que são 26, e 3 representam o Distrito Federal. O mandato do Senador é de duas legislaturas, ou seja, 8 anos. No entanto, a cada 4 anos sempre são eleitos Senadores, garantindo a alternância no Senado a cada novas eleições. Por isso, nunca vagam as 3 cadeiras no Senado Federal de um Estado para a mesma eleição; alternadamente, vagam 2 cadei-ras ou 1 cadeira (ex.: nas eleições de 2014 vagou apenas 1 cadeira no Senado para cada unidade federativa com representação; nas eleições de 2010 vagaram 2 cadeiras).

Note que, diferente do que ocorre na Câmara dos Deputados, não há um maior número de representantes por ser a unidade fe-derativa mais populosa, o número de cadeiras é fixo por Estado/ Distrito Federal. Adota-se, assim, o princípio majoritário e não o princípio proporcional.

Finalmente, o artigo 47 da Constituição prevê:

Art. 47, CF. Salvo disposição constitucional em contrário, as de-liberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por

maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

Logo, em regra, o quórum de instalação de sessão é de maioria absoluta dos membros da Casa ou Comissão (metade mais um), ao passo que o quórum de deliberação é de maioria simples (metade mais um dos membros presentes).

2) Atribuições do Congresso Nacional

A União, como visto no capítulo anterior, possui competência para legislar sobre determinadas matérias, sendo esta competência por vezes privativa e por vezes concorrente. A atividade legislativa, por seu turno, em regra será desempenhada pelo Poder Legislativo, exercido pelo Congresso Nacional. Neste sentido, a disciplina do ar-tigo 48 da Constituição.

Artigo 48, CF. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:

I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado;

III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de de-senvolvimento;

V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;

VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembleias Legisla-tivas;

VII - transferência temporária da sede do Governo Federal; VIII - concessão de anistia;

IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Públi-co e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal;

X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b;

XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública;

XII - telecomunicações e radiodifusão;

XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições fi-nanceiras e suas operações;

XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mo-biliária federal.

XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Fe-deral, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I.

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Contudo, a competência do Congresso Nacional não é exclu-sivamente legislativa, de forma que possuem funções atípicas de caráter administrativo, além da função típica de controle.

Artigo 49, CF. É da competência exclusiva do Congresso Na-cional:

I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos

ao patrimônio nacional;

II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a

celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo

território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressal-vados os casos previstos em lei complementar;

III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a

se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias;

IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal,

auto-rizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;

V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que

exorbi-tem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;

VI - mudar temporariamente sua sede;

VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os

Se-nadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;

VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da

República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;

IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da

República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;

X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas

Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração

indireta;

XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em

face da atribuição normativa dos outros Poderes;

XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;

XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;

XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a ativi-dades nucleares;

XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;

XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o

aprovei-tamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas mi-nerais;

XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares.

Com vistas à consecução destas tarefas, o artigo 50 da Cons-tituição disciplina providências que podem ser tomadas por cada qual das Casas do Congresso Nacional:

Artigo 50, CF. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à

Pre-sidência da República para prestarem, pessoalmente, informações

sobre assunto previamente determinado, importando crime de res-ponsabilidade a ausência sem justificação adequada.

§ 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas Comis-sões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa res-pectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério.

§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de informações a Ministros

de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste

arti-go, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não--atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas.

3) Da Câmara dos Deputados

Delimitada a competência do Congresso Nacional, necessário definir a competência de cada uma de suas Casas, sendo que o arti-go 51 da Constituição cumpre este papel em relação à Câmara dos Deputados.

Artigo 51, CF. Compete privativamente à Câmara dos Depu-tados:

I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;

II - proceder à tomada de contas do Presidente da República,

quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessen-ta dias após a abertura da sessão legislativa;

III - elaborar seu regimento interno;

IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e

fun-ções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva

remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de

diretrizes orçamentárias;

V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do

art. 89, VII.

4) Do Senado Federal

Na mesma toada do artigo 51, o artigo 52 da Constituição de-limita as competências da outra Casa do Congresso Nacional, o Se-nado Federal.

Artigo 52, CF. Compete privativamente ao Senado Federal:

I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da

Re-pública nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de

Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica

nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;

II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Fede-ral, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade;

III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição

pú-blica, a escolha de:

a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;

b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo

Pre-sidente da República;

c) Governador de Território;

d) Presidente e diretores do banco central;

e) Procurador-Geral da República;

f) titulares de outros cargos que a lei determinar;

IV - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em

sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de

ca-ráter permanente;

V - autorizar operações externas de natureza financeira, de

in-teresse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;

VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites glo-bais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados,

do Distrito Federal e dos Municípios;

VII - dispor sobre limites globais e condições para as opera-ções de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal;

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VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de

ga-rantia da União em operações de crédito externo e interno;

IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;

XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exone-ração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do

térmi-no de seu mandato;

XII - elaborar seu regimento interno;

XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e

fun-ções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva

remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de

diretrizes orçamentárias;

XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos

do art. 89, VII.

XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tri-butário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o

de-sempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios.

Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a

conde-nação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercí-cio de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

5) Dos Deputados e Senadores

As imunidades e impedimentos parlamentares, ao lado de questões correlatas, encontram previsão constitucional dos artigos 53 a 56 da Constituição Federal.

Imunidades parlamentares são prerrogativas que asseguram aos membros do Legislativo ampla liberdade, autonomia e inde-pendência no exercício de suas funções, sendo estas tanto ineren-tes a um aspecto material (inviolabilidade propriamente dita) quan-to correlatas a um aspecquan-to formal (sujeição a processamenquan-to por foro especial – foro por prerrogativa de função).

A essência da imunidade parlamentar está descrita no caput do artigo 53, CF:

Art. 53, CF. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.

Trata-se da faceta material da imunidade parlamentar, consis-tente na inviolabilidade civil e penal por opiniões, palavras e votos. Entende-se que o parlamentar tem irrestrita liberdade de expres-são na defesa de seus posicionamentos políticos, sob pena de se caracterizar uma ruptura no próprio modelo democrático, que exi-ge o debate de ideias.

Por seu turno, a principal imunidade parlamentar de caráter formal está descrita no §1º do artigo 53, CF:

Art. 53, §1º, CF. Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

Propriamente, é o denominado foro por prerrogativa de fun-ção. Não se trata de privilégio pessoal, que tem a ver com a pessoa do parlamentar, mas de privilégio do cargo, inerente ao cargo.

Ainda sobre a questão do julgamento, estendem os §§ 3º a 5º do mesmo dispositivo:

Art. 53, §3º, CF. Recebida a denúncia contra o Senador ou De-putado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribu-nal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.

Art. 53, §4º, CF. O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu

recebimento pela Mesa Diretora.

Art. 53, §5º, CF. A sustação do processo suspende a prescrição,

enquanto durar o mandato.

Outras imunidades encontram-se descritas nos demais pará-grafos do artigo 53. Neste sentido, o §2º do artigo 53 da Constitui-ção aborda o impedimento de prisão, salvo em caso de flagrante por crime inafiançável:

Art. 53, §2º, CF. Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.

Ainda, disciplina o §6º do artigo 53 que:

Art. 53, §6º, CF. Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.

Prevê o §7º do artigo 53:

Art. 53, §7º, CF. A incorporação às Forças Armadas de Deputa-dos e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.

Destaca-se a perenidade destas imunidades parlamentares descritas no artigo 53, porque o §8º do dispositivo assegura:

Art. 53, §8º, CF. As imunidades de Deputados ou Senadores

subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas

mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.

No entanto, ao lado das imunidades, a Constituição Federal prevê vedações em seu artigo 54:

Artigo 54, CF. Os Deputados e Senadores não poderão:

I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista

ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o con-trato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado,

inclusive os de que sejam demissíveis ‘ad nutum’, nas entidades constantes da alínea anterior;

II - desde a posse:

a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa

que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ‘ad nu-tum’, nas entidades referidas no inciso I, ‘a’;

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das

enti-dades a que se refere o inciso I, ‘a’;

d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público ele-tivo.

A consequência do desrespeito a estas proibições é a perda do mandato, conforme o artigo 55, I, CF. Existem outras causas de perda de mandato, também descritas no artigo 55 da Constituição:

Artigo 55, CF. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no arti-go anterior;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;

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IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos

nesta Constituição;

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.

§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas

assegu-radas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vanta-gens indevidas.

§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será

decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de

partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será

decla-rada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provo-cação de qualquer de seus membros, ou de partido político

repre-sentado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise

ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os

§§ 2º e 3º.

Por fim, o artigo 56 da Constituição disciplina situações em que poderia se entender a princípio que caberia a perda de mandato, notadamente por incompatibilidade ou afastamento, mas que não geram esta consequência por previsão expressa.

Artigo 56, CF. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:

I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática tempo-rária;

II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou

para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que,

neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por ses-são legislativa.

§ 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de

inves-tidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.

§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição

para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.

§ 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá

optar pela remuneração do mandato.

6) Das reuniões

O artigo 57 da Constituição descreve os períodos de reuniões do Congresso Nacional e as hipóteses de sessão conjunta e de con-vocação extraordinária, além de outras situações práticas envolvi-das no funcionamento do Legislativo Federal:

Artigo 57, CF. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.

§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em

sába-dos, domingos ou feriados.

§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a

aprova-ção do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

§ 3º Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câ-mara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão

conjunta para:

I - inaugurar a sessão legislativa;

II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;

III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente

da República;

IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar.

§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias,

a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para man-dato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.

§ 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo

Presi-dente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos,

alter-nadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

§ 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional

far--se-á:

I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de

auto-rização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República;

II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a

apro-vação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional.

§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional

somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado,

ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação.

§ 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de

convo-cação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas automati-camente incluídas na pauta da convocação.

Vale destacar que durante o recesso o Congresso Nacional não fica isento de qualquer tipo de atividade, prevendo o artigo 58, CF em seu §4º:

Art. 58, §4º, CF. Durante o recesso, haverá uma Comissão re-presentativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na

úl-tima sessão ordinária do período legislativo, com atribuições defi-nidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária.

Processo legislativo é o conjunto de atos que devem ser pra-ticados para a adequada elaboração das espécies normativas. O desatendimento das normas de processo legislativo gera inconsti-tucionalidade formal. O artigo 59 da Constituição Federal traz o rol de espécies normativas, sendo que cada qual exige um processo legislativo específico.

Por seu turno, quanto a estas espécies normativas, o processo legislativo pode adotar um procedimento sumário, ordinário (é a regra, válida como base para todos os demais processos legislati-vos, aplicável às leis ordinárias) ou especial (ex.: emenda constitu-cional, lei delegada, lei complementar – estabelecem-se variações em relação ao procedimento ordinário).

Destaca-se que a Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998, dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a con-solidação das leis, conforme determina o parágrafo único do artigo 59 da Constituição Federal, e estabelece normas para a consolida-ção dos atos normativos que menciona.

Artigo 59, CF. O processo legislativo compreende a elaboração

de:

I - emendas à Constituição;

II - leis complementares;

III - leis ordinárias;

IV - leis delegadas;

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VI - decretos legislativos;

VII - resoluções.

Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.

As leis ordinárias são denominadas na Constituição como “leis”, de modo que o constituinte só utiliza a expressão “lei ordiná-ria” quando quer trazer uma contraposição com a lei complemen-tar. Tanto é assim que as leis ordinárias do país são denominadas apenas como leis (Lei nº X); enquanto que as leis complementares são denominadas como tais (Lei complementar nº Y).

A primeira lei ordinária foi elaborada a partir da promulgação da Constituição de 1946, enquanto que a primeira lei complemen-tar foi elaborada a partir da promulgação da Constituição de 1967. Não há problemas com o fato de existirem leis anteriores à Cons-tituição Federal de 1988, eis que se faz presente o fenômeno da recepção.

Após enumerar as espécies normativas no artigo 59, a Cons-tituição Federal descreve as peculiaridades de cada uma delas. Somente os decretos legislativos e as resoluções não são regula-mentados no texto constitucional, mas em regimento interno do Congresso Nacional e de suas Casas.

1) Emenda à Constituição

As emendas à Constituição se sujeitam aos limites do poder de reforma, já abordadas quando da temática poder constituinte (ar-tigo 60, §4º, CF). A possibilidade de emenda à Constituição decorre do Poder Constituinte derivado, investido pelo Poder Constituinte originário quando da elaboração do texto constitucional. Sendo as-sim, a Constituição Federal pode ser modificada mediante o proces-so legislativo adequado.

Se desrespeitado o processo legislativo adequado, haverá in-constitucionalidade. Destaca-se que isso responde à seguinte per-gunta: é possível norma constitucional inconstitucional? A resposta é sim, desde que esta norma constitucional decorra de uma refor-ma do texto da Constituição. Em hipótese algurefor-ma há norrefor-ma consti-tucional inconsticonsti-tucional na redação originária da Constituição, na norma que decorra do Poder Constituinte originário.

Em outras palavras, o procedimento da emenda à Constituição descrito no artigo 60 deve ser respeitado para que a reforma cons-titucional possa produzir efeitos e adquirir plena vigência.

Basicamente, o processo legislativo da emenda constitucional é muito parecido com o processo legislativo da lei ordinária, dife-renciando-se nos seguintes aspectos:

a) Iniciativa – como se depreende dos incisos do caput do

ar-tigo 60, a iniciativa para a apresentação de proposta de emenda constitucional é, em regra, coletiva. Somente o Presidente da Repú-blica pode, sozinho, apresentar uma PEC. Um deputado federal ou um Senador sozinhos não possuem este poder, precisam da anuên-cia de pelo menos um terço da Casa. Nem ao menos uma Assem-bleia Legislativa pode apresentar a proposta sozinha, precisa que a maioria dos membros presentes em sessão de votação concordem e também necessita estar acompanhada de mais da metade das As-sembleias Legislativas do país (14, no mínimo). A doutrina entende majoritariamente que cabe a iniciativa popular, mas não se trata de previsão expressa do artigo 60 da Constituição. Nota-se que o poder de iniciativa legislativa é bastante diverso do fixado para os projetos de leis.

Artigo 60, caput, CF. A Constituição poderá ser emendada me-diante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Depu-tados ou do Senado Federal;

II - do Presidente da República;

III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das

uni-dades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maio-ria relativa de seus membros.

b) Quórum para aprovação – nos termos do §2º do artigo 60

da Constituição, “a proposta será discutida e votada em cada Casa

do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada

se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos

mem-bros”. Com efeito, para a emenda à Constituição exige-se quórum especial para a aprovação – 3/5 do total dos membros de cada Casa – além da votação em dois turnos – cada Casa vota duas vezes.

c) Promulgação – segundo o §3º do artigo 60 da Constituição,

“a emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem”. Comoas emendas constitucionais decorrem de um poder exclusivo conferido ao Congresso Nacional, o Poder Constituinte, não serão enviadas ao Presidente da República para sanção, pro-mulgação e publicação. Sendo assim, são promulgadas e remetidas para publicação pelas Mesas das Casas.

d) Limitações ao poder de reforma – o poder de reforma à

Constituição se sujeita a diversos limites temporais, materiais e cir-cunstanciais, já estudados, descritos notadamente nos §§ 1º, 4º e 5º do artigo 60 da Constituição.

Artigo 60, §1º, CF. A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

Artigo 60, §4º, CF. Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

Artigo 60, §5º, CF. A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

e) Não aplicação do princípio da primazia da deliberação prin-cipal – se um projeto de emenda constitucional for emendado na

deliberação revisional, irá voltar para a Casa da deliberação princi-pal e, se esta não concordar com a emenda, volta novamente para a Casa da deliberação revisional, até se decidir sobre qual a redação que irá prevalecer. Instaura-se um vai e volta sem fim.

2) Leis ordinárias

Lei é um ato normativo típico revestido de abstração e genera-lidade. Por ser ato primário e autônomo, se sujeita diretamente ao controle de constitucionalidade, verificando-se sua conformidade/ contrariedade com a Constituição Federal.

a) Fase introdutória – Iniciativa

A iniciativa das leis encontra regulamentação notadamente no

caput do artigo 61, CF:

Artigo 61, caput, CF. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos

Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Pre-sidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na

forma e nos casos previstos nesta Constituição.

A iniciativa pode ser parlamentar quando de membro ou Co-missão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do

Con-gresso Nacional; ou extraparlamentar nos demais casos.

Ainda, poderá ser genérica, quando permitir que a iniciati-va seja exercida quanto a quaisquer projetos de leis (membro ou Comissão do Congresso ou das Casas, Presidente da República, iniciativa popular); ou específica, quando permitir que apenas se

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