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Risco de Transmissão Ocupacional (Hepatites B e C e HIV)

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(1)

Risco de Transmissão

Ocupacional

(Hepatites B e C e HIV)

(2)

Risco Ocupacional

l Risco: probalidade de ocorrência de um evento não desejado

(acidente de trabalho)

l Ocupacional: relacionado aos procedimentos específicos à profissão

desempenhada desempenhada

Risco Acidente Conseqüência

Incapacidade para trabalho Danos pessoais § lesão corporal § pertubação funcional § doença

(3)

l Estimativa anual de acidentes com

AGULHA

Riscos de Doença Ocupacional

no ambiente hospitalar

Agency for Toxic Substances and Disease Registry, Springfield, Va,1990

Lavanderia, higiene e limpeza 11.700 a 45.300

Auxiliares enfermagem 9.900 a 17.900

Enfermeira 2.800 a 4.300

Profissionais laboratório 800 a 6.500

(4)

l Estimativa de 600.000 a 800.000 acidentes com pérfuro-cortantes / ano em hospital – EUA

Riscos de Doença Ocupacional

no ambiente hospitalar

l Verdadeira incidência é desconhecida

(5)

l Subnotificação

altas taxas: 40 a 95% das exposições envolvendo

Subnotificação

material biológico não são notificadas. média » 50% subnotificação.

(6)

l Evaluation of Under-Reporting of Occupational Exposure in an University Hospital - PHASE III

Entre as fase 1 e 2: treinamento

Entre fase 2 e 3: informação impressa

Subnotificação

Coutinho AP et al.SHEA/2004 48,98% 43% 39% 49% 34% 31% 0% 20% 40% 60% Phase 1 Phase 2 Phase 3

(7)

l Questões

Hospital de agudo

Riscos de Doença Ocupacional

no ambiente hospitalar

Hospitais de longa permanência (PQ)

Assistência ambulatorial (clínicas de estética) Assistência domiciliar (descarte)

(8)

l Custos com exposições ocupacionais

exames laboratoriais, tempo de trabalho perdido, aconselhamento, medidas exames laboratoriais, tempo de trabalho perdido, aconselhamento, medidas profiláticas pós exposição, acompanhamento, etc

profiláticas pós exposição, acompanhamento, etc

Custos pós exposição

Riscos de Doença Ocupacional

no ambiente hospitalar

l Custos pós exposição

sem profilaxia p/ HIV: US$ 80 a US$560. sem profilaxia p/ HIV: US$ 80 a US$560.

incluindo 28 dias de profilaxia ARV: US$ 1440 a US$2000. incluindo 28 dias de profilaxia ARV: US$ 1440 a US$2000. compensação por soroconversão: US$ 1300 milhão.

compensação por soroconversão: US$ 1300 milhão. Custo psicossocial: não estimado

Custo psicossocial: não estimado..

(9)

l

l CDC: National Surveillance System for Healthcare Workers CDC: National Surveillance System for Healthcare Workers -- NaSHNaSH

236.000 acidentes percutâneos / ano 75% (177.000) = preveníveis

Acidentes com pérfuro-cortantes

l

l Italian Study on Occupational Exposure to HIV Italian Study on Occupational Exposure to HIV -- SIROH SIROH

compensação

compensação 439 acidentes percutâneos analisados (1 ano)

74% preveníveis (alteração do comportamento).

GAO-01-60R Needlestick Prevention. 2000.

(10)

ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO

l Hepatite pelo vírus B

6-30 %

Hepatite pelo vírus C

l Hepatite pelo vírus C

1,8 % (0-7%)

l HIV

0,3% percutânea 0,09% mucosa

(11)

ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO

l Acidentes pérfuro-cortantes com paciente-fonte l HBsAg e HBeAg positivos:

hepatite clínica: 22 a 31%

Hepatite pelo vírus B

ü hepatite clínica: 22 a 31%

ü conversão sorológica: 37 a 62%

l Acidentes pérfuro-cortantes com paciente-fonte

l HBsAg positivo e HBeAg negativo:

ü hepatite clínica: 1 a 6%

(12)

ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO

l Após acidentes percutâneos com agulhas com lúmen:

1,8% (0 a 7%)

Hepatite pelo vírus C

1,8% (0 a 7%)

l após exposição de mucosas: < 1%

l após acidentes com agulhas sem lúmen (?)

(13)

ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO

l Após acidentes percutâneos: 0,3%

HIV

l Após acidentes percutâneos: 0,3%

l após exposição de mucosas: 0,09%

(14)

Hepatite B

l Fatores de Risco Tipo de exposição Categoria profissional l Em profissionais da saúde 3 a 4 vezes maior população geral

Denes, AE. JAMA, 239: 210-212, 1978. Categoria profissional

Tempo de trabalho

l Período de incubação:

45 -180 dias

l Meio ambiente

7 dias

Grady, GF. J. Infect. Dis., 138: 625-638, 1978 Denes, AE. JAMA, 239: 210-212, 1978.

l Cirurgiões 13 - 18%

Short, LJ. Am. J. Infect. Control, 21: 343-350, 1993.

l Dentistas 12 - 27%

(15)

Hepatite B

l

> 50% formas assintomáticas

l

90 - 95% = cura (adultos)

5 - 10% = forma crônica (adultos)

l

5 - 10% = forma crônica (adultos)

4

CIRROSE HEPÁTICA

4

HEPATOCARCINOMA

(16)

Hepatite B

l Hepatite B por exposição ocupacional

EUA - 1.000 casos/ano

250 casos = Doença clínica 63 casos = Cronicidade

4 casos = Carcinoma Hepatocelular 17 casos = Óbito por cirrose

1 caso = Óbito por H. fulminante

(17)

Hepatite B

l 1.200 casos/ano (1980) l 8.700 casos/ano (1990) l 1.450 casos/ano (1993) l 1.450 casos/ano (1993)

l Queda de 90% na incidência de HBV nos profissionais

(18)

Profilaxia para Hepatite B

Vacina

3 doses (1 ml IM-deltóide) 0,1 e 6 meses

0,1 e 6 meses

Comprovação de “viragem” sorológica após 2 meses da 3ª dose

Intervalos maiores não demandam mais doses Doses de reforço NÃO são necessárias

(19)

Vacina Hepatite B

l Triagem sorológica prévia é desnecessária l Anti-HBsAG pós vacina

Contato com pacientes ou sangue

Enfermeiros l Enfermeiros l Médicos l Flebotomistas l Dentistas l Técnicos l Estudantes

(20)

Imunoglobulina

l Paciente Fonte HBsAg POSITIVO ou desconhecido com risco

Profilaxia para Hepatite B

(paciente em hemodiálise, com cirrose, HIV+ usuários de droga e politransfundidos)

l Até 72 horas após exposição

l dose 0,06 ml/Kg

(21)

Situações indicadas para imunoglobulina

Profilaxia para Hepatite B

l PAS não vacinado, ou vacinação incompleta

l PAS vacinado sem resposta adequada (Anti HBs < 10 UI)

(22)

DURAÇÃO DA RESPOSTA anti-HBs inicial = 94%

Vacinação de Hepatite B

l inicial = 94% l pico de 6 meses l 15 anos de follou-up = 66%

(23)

l Após 12 anos do esquema vacinal Declínio em 60%

Vacinação de Hepatite B

l Desnecessário reforços periódicos ou triagem

sorológica (população normal)

l Triagem pós-vacinação é indicada em PAS com

(24)

Situação do profissional de saúde exposto

Paciente Fonte HBsAg + ou desconhecido com risco

Paciente Fonte HBsAg desconhecido sem risco

Paciente Fonte HBsAg negativo

Não vacinado

ou vacinação incompleta

01 dose de HBIG e iniciar esquema vacinal ou completar vacinação

Iniciar esquema vacinal ou completar vacinação

Iniciar esquema vacinal ou completar vacinação

Vacinado com resposta adequada

Anti-HBs > ou igual 10

Não imunizar Não imunizar Não imunizar

Vacinado sem resposta adequada Anti-HBs < 10 01 dose de HBIG e revacinar Revacinar Revacinar Anti-HBs < 10

Vacinado com resposta não conhecida

Fazer anti-HBs* com resposta adequada não imunizar sem resposta adequada : 01 dose de HBIG e revacinar

Fazer anti-HBs com resposta adequada não imunizar sem resposta adequada : revacinar

Fazer Anti-HBs

Não imunizar

* Na impossibilidade de fazer o teste Anti-HBs rapidamente, tratar o profissional acidentado com 01 dose de

(25)

Hepatite C

l identificado em 1989 l ANTI-HCV em 70 a 90% Hepatites NA/NB l Transmissão ambiental Hepatites NA/NB l Período de incubação: 6 -7 semanas Guideline CDC, 1998

(26)

Hepatite C

l Prevalência 60 a 90% usuários de drogas e hemofílicos Vacina ????? Imunoglobulinas ?? drogas e hemofílicos 20% pacientes em Hemodiálise 10% pacientes DST (não usuários de drogas) 0,5 a 2% em doadores de sangue Imunoglobulinas ?? Interferon ??? Guideline CDC, 1998

(27)

l

Infecção aguda < 25% apresentam sintomas

30 a 70% evoluem para forma crônica

0% evoluem para forma crônica

Hepatite C

30 a 70% evoluem para forma crônica

0% evoluem para forma crônica

CIRROSE HEPÁTICA HEPATOCARCINOMA

(28)

l 44 pacientes com infecção aguda, sintomática, por VHC l Ensaio clínico:

Hepatite C

tratamento com interferon alfa-2b (5 milhões de unidades /dia - SC por 4 semanas; a seguir 3 x por semana, por 20 semanas)

l Níveis indetectáveis de RNA do VHC è 43 pacts

(29)

Profilaxia para Hepatite C

A única medida eficaz

para eliminação do

para eliminação do

risco de infecção pelo

vírus da hepatite C

é prevenir a ocorrência

(30)

HIV -

Fatores de risco potenciais l Acidente tipo de Mbiológico envolvido lesão profunda l Paciente estágio terminal carga viral alta

uso de drogas

lesão profunda

agulha calibrosa e oca quantidade de sangue inoculado

dispositivo visivelmente contaminado com sangue e/ou ter sido utilizado em procedimento vascular uso de drogas antiretrovirais l PAS início tardio da quimioprofilaxia

(31)

HIV

l

Até 30 de junho de 1999 - USA

427.795 casos de AIDS 427.795 casos de AIDS

21.760 casos em PAS ( 5,1%)

(32)

l Enfermeiras 23

l Técnicos em venopunção 19

l Médico (clínico) 06

Técnico de laboratório 01

Casos documentados de soroconversão HIV por exposição ocupacional USA - 1999. l Técnico de laboratório 01 l Técnico cirúrgico 02 l Atendente 01 l Limpeza 01 l Terapeuta resp 01 l Técnico de diálise 01 Total 55

(33)

Casos documentados e suspeitos de aquisição de HIV por PAS 195 138 57 EUA (CDC)* Total Casos Suspeitos Casos Documentados País 85 280 43 181 42 99 Outros países Total

MMWR. Centers for Disease Control and Prevention, 2001 * Ann N. Do, MD. ICHE,2003

(34)

35 35 17 17

Ann N. Do, MD.ICHE,2003

Casos documentados e suspeitos de aquisição de HIV por PAS

138 138

(35)

Profilaxia para HIV

l Até 02 horas pós exposição, ¯ risco em 81% l Anti-retrovirais durante 04 semanas

02 inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa

AZT 03 (300mg) comprimidos 08/08 h + 3TC 01 (150mg) comprimido 12/12 h

Biovir (AZT + 3TC) 01 cp 12/12h

01 inibidor de protease

Indinavir 02 (800mg) cápsulas 08/08 h Nelfinavir 03 (750mg) cápsulas 08/08 h

(36)

Risco de infecção ocupacional pelo HIV, HBV e HCV e materiais biológicos envolvidos: Risco de infecção HIV HBV HCV Percutâneo 0,2 - 0,5% 6 - 40% 3 - 10%

Mucosa 0,09% Não medido Não medido

Pele não íntegra

Não medido Não medido Não medido

MB mais envolvido

Sangue Sangue Sangue

MB improváveis de oferecer risco Urina, fezes, saliva

Urina, fezes Urina, fezes, saliva

(37)

Fonte Tipo de exposição Densidade Quimioprofilaxia Regime antiretroviral

HIV + assintomático carga viral baixa

Percutânea Membrana mucosa ou pele íntegra + Grave -Grave Grande volume Pequeno volume Recomendado Recomendado Recomendado Recomendado ZDV+ 3TC+ IP ZDV+ 3TC ZDV+ 3TC ZDV+ 3TC HIV + sintomático, AIDS, ou carga viral

elevada Percutânea Membrana + Grave -Grave Grande volume Recomendado Recomendado Recomendado ZDV+ 3TC+ IP ZDV+ 3TC+ IP ZDV+ 3TC+ IP recomenda elevada Membrana mucosa ou pele íntegra Grande volume Pequeno volume Recomendado Recomendado ZDV+ 3TC Fonte ou sorologia anti-HIV desconhecidas Percutânea Membrana mucosa ou pele íntegra Em geral não se recomenda HIV negativo Percutânea

Membrana mucosa Em geral não se

(38)

Situação Atual no Brasil

• Portaria Interministerial MPAS/MS nº 11 de 14 de julho de 1995:

Programa Integrado de Assistência ao Acidentado do Trabalho (PIAT)

• Portaria Interministerial MPAS/MS nº 14 de 13 de fevereiro de • Portaria Interministerial MPAS/MS nº 14 de 13 de fevereiro de 1996:

Responsabilidade do Ministério da Previdência e Assistência Social/MPAS no sentido de prover assistência adequada ao trabalhador acometido de doença profissional ou vítima de

(39)

Situação Atual no Brasil

Novo Algoritmo para o Diagnóstico Sorológico da Infecção pelo HIV Novo Algoritmo para o Diagnóstico Sorológico da Infecção pelo HIV PORTARIA

PORTARIA NºNº 5959 MS/GM,MS/GM, DEDE 2828 DEDE JANEIROJANEIRO DEDE 20032003 Edição

Edição NúmeroNúmero 2222 dede 3030//0101//20032003::

• Implantar um programa que tem por objetivo o controle da qualidade

analítica do diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV; analítica do diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV;

• Definir e normatizar a sub-rede de laboratórios do Programa Nacional de

DST e Aids, que realizam testes sorológicos para a detecção de anticorpos anti-HIV, integrante da Rede Nacional de Laboratórios Clínicos, em conformidade com a Portaria No 15, de 03 de janeiro de 2002;

(40)

Situação Atual no Brasil

Manual de condutas

Manual de condutas:

l Exposição ocupacional a material biológico MS/99:

l Controle de Infecções e prática odontológica em tempos

de Aids MS/00 de Aids MS/00

l Recomendações para Terapia ARV em Adultos e

Adolescentes MS/01;

l Testes rápidos: considerações gerais para seu uso com

ênfase na indicação de terapia anti-retroviral em situações de urgência

(41)

Situação Atual no Brasil

l A quem compete a Responsabilidade de

notificar?

l Laudos laboratoriais morosos

l Laudos laboratoriais morosos

(42)

Situação Atual no Brasil

l

l DADOS NACIONAIS DE NOTIFICAÇÃO:DADOS NACIONAIS DE NOTIFICAÇÃO:

l ESTADO DE SÃO PAULO – SINABIO- 2002

CRT/AIDS;

l CRT/AIDS;

(43)

DADOS DO SINABIO

Dezembro de 1999 a agosto de 2002 SINABIO - 3513 notificações de acidentes

ocupacionais com exposição a fluidos biológicos

• 124 municípios:

20% de todos os municípios do Estado (lembramos que esses acidentes ainda não são de notificação compulsória esses acidentes ainda não são de notificação compulsória no Estado de São Paulo).

80% dos acidentes notificados ocorreram em funcionárias do sexo feminino;

Faixa etária - 1269 (36%) profissionais tinham entre 20 e 29 anos;

(44)

DADOS DO SINABIO

1742 acidentes notificados:

49,6% auxiliares de enfermagem

8,3% funcionários da limpeza

8,3% funcionários da limpeza

7,0% médicos

4,9% técnicos de enfermagem

3,5% enfermeiros

(45)

CASOS NOTIFICADOS PELO RISCO BIOLÓGICO

(46)

CASOS NOTIFICADOS PELO RISCO BIOLÓGICO

(47)

CASOS NOTIFICADOS PELO RISCO BIOLÓGICO

(48)

CASOS NOTIFICADOS PELO RISCO BIOLÓGICO

(49)

CASOS NOTIFICADOS PELO RISCO BIOLÓGICO

(50)

Caso documentado de soroconversão HIV por exposição ocupacional - BRASIL

l Julho de 1999 - Investigação Epidemiológica

PAS - um auxiliar de enfermagem 14/10/1994

punção venosa punção venosa

auxiliando o colega no procedimento

cateter perfurou acidentalmente o antebraço

paciente: diagnóstico clínico/laboratorial de AIDS

(51)

Caso documentado de soroconversão HIV por exposição ocupacional - BRASIL

l Foi realizado teste de HIV - 17/10/1994 Resultado: negativo

único parceiro sexual - HIV negativo

PAS - não tomou medicamento profilático

Brasil não havia padronização

(52)

Caso documentado de soroconversão HIV por exposição ocupacional - BRASIL

l Em novembro /1994 - PAS

febre e linfadenopatia cervical

diagnóstico definitivo não havia confirmado diagnóstico definitivo não havia confirmado paciente AIDS (estágio avançado) - óbito

(53)

Caso documentado de soroconversão HIV por exposição ocupacional - BRASIL

l 29 de dezembro /1994 - PAS

teste HIV - resultado negativo

l 11 de janeiro /1995 - PAS l 11 de janeiro /1995 - PAS

teste HIV - resultado positivo (ELISA)

l 27 de abril /1996 - PAS

Western Blot - resultado positivo

(54)

Caso documentado de soroconversão HIV por exposição ocupacional - BRASIL

l 27 de setembro /1996 - PAS

caso foi definido como AIDS CD4= 72

candidíase oroesofageana candidíase oroesofageana perda de peso importante anemia

tosse persistente

(55)

Caso documentado de soroconversão HIV por exposição ocupacional - BRASIL

l 10 de agosto /1997 - PAS

caso foi relatado não como exposição ocupacional

l Investigação do caso: agosto /1998

autores e profissionais do programa DST/AIDS

1° caso de contaminação de HIV por exposição ocupacional

(56)

Comissão de Biossegurança-MS

Cômite Técnico Nacional de Biossegurança

l MS l FUNASA l SAS l ANVISA l ANVISA l FIOCRUZ l MT

(57)

Norma técnica, resolução, legislação

l Obrigatoriedade de notificação

l Convênio com laboratórios para agilidade nos resultados

l Elaboração de Manual de Risco Ocupacional e

BIOSSEGURANÇA

l Folders explicativos

Programa de informação gratuito

(58)

Profissionais da saúde e aids: um estudo diferencial frente a

ocorrência de acidente ocupacional com material biológico

potencialmente contaminado

l PAS 4 por força de seu trabalho 4 expostos ao risco de acidente

com material biológico potencialmente contaminado

l Objetivo: compreender aspectos psicológicos implícitos na prática

de PAS que cuidaram de pacientes portadores do HIV/Aids 4

(Rissi, MRR.. Tese de Mestrado, Ribeirão Preto, 2001)

de PAS que cuidaram de pacientes portadores do HIV/Aids 4 questionário

l PAS que nunca haviam se acidentado

l PAS passaram pela experiência de acidente ocupacional

l 50 PAS 4 Unidade de Tratamento de Doenças Infecciosas do

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -USP

(59)

Resultados

l PAS que atenderam pacientes portadores do HIV/Aids

Ø exercem suas atividades motivados pela necessidade de

auto-realização

Ø reconhecem as demandas biológicas, psicológicas e sociais Ø valorizam sua atuação quando são capazes de atender às

necessidades emocionais destes pacientes necessidades emocionais destes pacientes

Ø valorizam também o papel do paciente no tratamento l PAS que nunca se acidentaram

Ø prevaleceu a crença de que o paciente se arrepende de ter se

exposto ao HIV

Ø aqueles que já se acidentaram esta crença não ficou bem

(60)

l Todos os profissionais

l acidente ocupacional 4 acarreta complicações na

vida pessoal

l relação aos aspectos técnicos 4 associam a pressa à possibilidade de ocorrência do acidente

Resultados

l Todos PAS 4 estão disponíveis para atender tanto as

necessidades clínicas, quanto as necessidades emocionais dos pacientes portadores do HIV/Aids, o que toma este atendimento diferenciado e propício ao vínculo que estes doentes precisam construir com a vida

(61)

DESCARTE E COLETORES

l 48 caixas avaliadas

l outubro de 1999 (5 dias)

l Fechamento adequado - 62,7% dos casos

37,5% (3740 agulhas) - reencapadas

21,6% das agulhas conectadas à seringa 45% das agulhas não-conectadas à seringa

35% (6533 objetos) - não eram perfurocortantes

(62)

Programa

de

Atendimento

de

Acidentes

Ocupacional

com

Material

Biológico

em

PAS

HSP/UNIFESP

ü

üPrograma:1992Programa:1992 ü

(63)

PROGRAMA DE NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTES DO HSP/UNIFESP

l Realiza prevenção e profilaxia

l “Pager” 24 horas/dia, 7 dias/semana l Formulário específico - código

l Formulário específico - código l Testes sorológicos

funcionários pacientes

(64)

Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina

Hospital São Paulo – Programa de Atendimento aos Acidentes com Material Biológico

¯ ¯

Fonte conhecida

(colher 10 ml de sangue - tubo seco

c/ nome e RH do paciente fonte) Fonte desconhecida Funcionário, residente ou aluno acidentou-se*

comunicar chefia/docente ¯

Cuidados locais imediatos: lavar exaustivamente a lesão c/ água+sabão, se mucosa lavar c/ água ou SF 0,9%

¯

comunicar CCIH (atendimento 24hs)**

FLUXOGRAMA DE ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO

FLUXOGRAMA DE ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO

c/ nome e RH do paciente fonte)

¯

atendimento na CCIH ¯

avaliação do acidente e conduta imediata pelo profissional capacitado acompanhamento ambulatorial se necessário

*Os acidentes com material biológico são considerados emergência médica, devem ser notificados imediatamente.

** Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) - R: Napoleão de Barros, 690 20 andar - tel. 5576-4463 ou

5571-8935 (2aa 6adas 08 as 17h) bip. 3444-4545 cod. 185080 (após as 17h, finais de semana e feriados)

notificar (Comunicado de Acidente de Trabalho) ao SESMT e ao Departamento Pessoal ¯

(65)

l

Período

junho de 1992 a dezembro de 2004

PROGRAMA DE NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTES DO HSP/UNIFESP

Profissionais do Hospital São Paulo (HSP)

3745

3745 acidentes notificados

Nursing

(66)

Exposição a sangue e secreções origem do acidente Outras 1% Mucosa 11% Percutânea 88%

(67)

Exposição a sangue e secreções origem do acidente Outros 10% Lâmina 8% Agulha 82%

(68)

Exposição a sangue e secreções: etiologia dos acidentes transportando 4% outros 1% reencapando 12% durante uso45% local impróprio 30% descarte 8%

(69)

Exposição a sangue e secreções perfil sorológico da fonte

Anti-HIV + 18% Desconhecido 66% HBsAG+ 7% Anti-HCV + 9%

(70)

Exposição a sangue e secreções: imunização dos profissionais em relação à hepatite B Não Sim 57% Não 43%

(71)

Comissão de Epidemiologia Hospitalar

Laboratório de Retrovirologia

Universidade Federal de São Paulo

Hospital São Paulo

ANÁLISE DA RESISTÊNCIA GENOTÍPICA DO HIV-1 AOS ANTI-RETROVIRAIS EM PACIENTES INFECTADOS QUE ATUAM

UNIFESP

RETROVIRAIS EM PACIENTES INFECTADOS QUE ATUAM COMO FONTE PROPRIAMENTE DITA OU POTENCIAL DE ACIDENTES OCUPACIONAIS EM PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE.

Fabiane El-Far

(72)

Ø Local: Enfermaria de Doenças Infecciosas e

Parasitárias do Hospital São Paulo - Escola Paulista

de Medicina – UNIFESP

Pacientes fonte

Período 1: abril de 2000 a 2001

População

1:

pacientes

fonte

de

acidente

ocupacional pérfuro-cortante envolvendo sangue

(73)

Paciente Potencialmente Fonte

Período 1’: setembro a novembro de 2000

População 1’: pacientes potencialmente fonte

(74)

Critérios de inclusão

Todos os pacientes portadores do HIV-1/AIDS, maiores de 18 anos, internados na enfermaria do Hospital São Paulo, que atuavam como fonte potencial de acidentes ocupacionais com material biológico, ou já eram paciente fonte de acidente percutâneo com indicação de quimioprofilaxia com medicamento anti-retroviral

Critérios de exclusão

Pacientes sem diagnóstico definitivo para HIV ou ausência de exame Pacientes sem diagnóstico definitivo para HIV ou ausência de exame laboratorial confirmatório, menores de 18 anos, pacientes em coma ou sem condições de entender o estudo e assinar o termo de consentimento

(75)

Etiqueta

FICHA DE DADOS DO PACIENTE FONTE HIV POSITIVO Data da coleta do sangue __/__/__ hora_______

Data da entrada no laboratório __/__/__ hora_______

Nome: _______________________________ sexo: (1) masculino

RG do hospital: _________ Idade: ___ anos (2)feminino Há quanto tempo tem HIV/AIDS: ___ meses

È virgem de tratamento: (1) sim (2) não

Se nãohá quanto tempo faz uso de ARV: ____ meses Quais ARV já usou:

(1) AZT (2) ddI (3) ddC (4) d4T (5) 3TC (6) adefovir (7) ABC (8) NVP (9) DLV (10) EFV (11) SQV (12) IDV (13) RTV (14) NFV (15) APV (16) LPV/r

Quais ARV esta tomando agora:

(1) AZT (2) ddI (3) ddC (4) d4T (5) 3TC (6) adefovir (7) ABC (8) NVP (9) DLV (10) EFV (11) SQV (12) IDV (13) RTV (14) NFV (15) APV (16) LPV/r

Há quanto tempo já esta fazendo uso do esquema atual: ___ meses Há quanto tempo já esta fazendo uso do esquema atual: ___ meses

Último CD4: ______ de ___/___/___ e Carga Viral: _________ de ___/___/___ Já apresentou alguma doença oportunista associada ao HIV?

(1) Tuberculose (2) Neurotoxoplasmose (3) Neurocriptococose (4) HTLV (5) Herpes simples (6) Linfoma (7) CMV (8) Pneumocistose (9) Herpes zoster (10) Sarcoma de Kaposi

(11) Micobacteriose atípica (12) Infecção fúngica (13) Candidose esofagiana

(14) outras __________________________________________________________________

Motivo da internação: ________________________________________________________ Grupo de risco: ______________________________________________________________

(76)

2 tubos 5 ml de sangue: CD4, CV e genotipagem CD4 – citometria de fluxo

CV – NASBA (< 80 cópias/ml)

Genotipagem – extração do DNA proviral e análise da

região da transcriptase e protease região da transcriptase e protease

(77)

Ficha de Dados do Profissional da Saúde:

l iniciais, idade, setor de trabalho, local onde ocorreu o acidente,

hora, tempo até a notificação, características do acidente, tipo de fluido envolvido, gravidade, conduta.

Todos os profissionais da saúde que sofreram acidente receberam esquema expandido com 3 drogas e foram acompanhados por 6 meses.

(78)
(79)

194 sorologia

negativa para

HIV, HBV, HCV

60

sorologia positiva

72

fonte desconhecida

45

estado imune

não definido

371 casos de acidentes em 1 ano

HIV, HBV, HCV

40 casos

HIV

11 casos

HCV

3 casos

HBV

3 casos

HIV + HCV

3 casos

HIV + HBV

não definido

(80)

46 pacientes fonte de acidentes com sorologia positiva para o HIV Þ 12,3% de prevalência nesta população

46 – 27 casos (exclusão) = 19 casos para análise genotípica

Exclusão: 6 Þ co-infecção, 6 Þ RN

6 Þ pele íntegra, 4 Þ óbito

(81)

Profissionais da Saúde (19 casos)

Características dos Acidentes

63% sexo feminino; 29 anos em média; 31,5% enfermeiras; 31,5% médicos residentes; 31,5% médicos residentes; 26% médicos;

58% unidades de internação (37% clínicas); 31,5% centro cirúrgico.

(82)

Profissionais da Saúde (19 casos)

Características dos Acidentes

47% demoram 2 e 48 para notificar o acidente e 42%

notificaram em < 2horas;

68% auto acidente; 68% auto acidente;

73% exposição a sangue e 26% fluidos contendo

sangue;

(83)

Profissionais da Saúde (19 casos)

Características dos Acidentes

Todos receberam esquema expandido por 28 dias com AZT + 3TC + NFV ou IDV

Todos os casos foram acompanhados por 6 meses e não houve soroconversão

(84)

Pacientes fonte potencial de acidente

No período de 01 de setembro a 31 de outubro de 2000, foram coletadas amostras de sangue, seqüenciais, de pacientes HIV positivos internados Não eram fonte de acidente

(85)

19 amostras de pacientes fonte de 27 amostras de pacientes potencialmetne 46 amostras encaminhadas para genotipagem

Total de amostras para análise genotípica

1 amostra a genotipagem não foi possível

18 amostras no total fonte de acidentes 1 amostra a genotipagem não foi possível

26 amostras no total

potencialmetne fonte de acidentes

(86)

Dos 44 casos analisados:

Resistência ao AZT Þ 11 casos (25%) Resistência ao 3TC Þ 7 casos (16%) Resistência ao NFV Þ 5 casos (11,3%) Resistência ao IDV Þ 3 casos (6,8%)

(87)

Dos 44 casos analisados:

Nenhum paciente apresentou resistência as 3 drogas do esquema expandido ao mesmo tempo

4 pacientes apresentavam resistência a associação 4 pacientes apresentavam resistência a associação AZT +3TC

16 pacientes (36,3%) apresentavam resistência a pelo menos 1 das 4 drogas propostas

(88)

Considerar que a prescrição da quimioprofilaxia deve ser realizada caso a caso sempre que houver suspeita de resistência a algum ARV pelo paciente fonte.

DISCUSSÃO e CONCLUSÕES

Pacientes com uso prévio de ARV, carga viral alta e CD4 baixo devem ser considerados de risco para resistência aos ARV

(89)

Considerar a prescrição de um esquema ARV com drogas novas ou pouco utilizadas;

Somar a possibilidade de resistência às características do

DISCUSSÃO e CONCLUSÕES

Somar a possibilidade de resistência às características do acidente como gravidade e volume;

Consultar um especialista nestes casos se disponível, mas nunca retardar o início da quimioprofilaxia.

(90)

Já existe a documentação da transmissão de cepas do HIV resistentes aos anti-retrovirais.

DISCUSSÃO e CONCLUSÕES

2000 e 2001- São Francisco (EUA) - 13,2% de resistência primária aos IRTNN e 7,7% aos IP.

(91)

Ter em mãos uma ficha específica para o atendimento destes casos;

QUAIS SERIAM AS MEDIDAS

QUAIS SERIAM AS MEDIDAS

FUTURAS CABÍVEIS ??????

FUTURAS CABÍVEIS ??????

Orientar sobre possÍveis eventos adversos ou intolerância – evitar a interrupção.

(92)

l

l TranqüilizarTranqüilizar oo profissionalprofissional dede saúdesaúde l

l CuidadosCuidados comcom áreaárea dada lesãolesão

Imediatamente após acidente, lavar o local com água e Condutas após Acidente com Material Biológico

concluindo....

Imediatamente após acidente, lavar o local com água e sabão ou soluções anti-sépticas

Exposição em mucosas - lavar com soro fisiológico

Não realizar a expressão do local - Ý exposição ao Material infectante

(93)

l

l Identificar pacienteIdentificar paciente--fontefonte

testes de realização rápida

Condutas após Acidente com Material Biológico concluindo....

l

l AvaliaçãoAvaliação dodo riscorisco dodo acidenteacidente

l

l AdotarAdotar sexosexo seguroseguro apósapós oo acidenteacidente

l

l ComunicarComunicar aa chefiachefia dodo ServiçoServiço -- parapara aa realizaçãorealização dodo CATCAT

(94)

Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes

l CDC - Guia para Precauções Padrão

l EPIs (luva, avental, máscara e óculos de proteção)

l Nunca reencape agulhas!!!Nunca reencape agulhas!!!

(95)

Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes

l Respeite as marcações existentes na caixa para descarte de material pérfuro-cortante

(96)

Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes

l Nunca despreze material pérfuro-cortante em sacos de lixo

Lembre

(97)

Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes

l Disponibilizar artigos hospitalares com desenho seguro

l Visando a segurança dos PAS

(98)

Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes

l Programas de educação

l Implementação: Programas de Biossegurança l Vigilância contínua

l Estudar fatores comportamentais dos PAS para implementar l Estudar fatores comportamentais dos PAS para implementar

(99)

Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes

Informação

Com permissão Comissão de Epidemiologia Hospitalar – UNIFESP - HSP

(100)

Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes

Lembre

(101)

Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes

Lembre

(102)

Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes

Lembre

(103)

Medidas Governamentais: Legislações

l Nacional

Portaria n.º 37 (06.12.2002)

Determinações para empregadores e trabalhadores.

§§ EPI fornecimento ou reposição.EPI fornecimento ou reposição.

§§ EPI fornecimento ou reposição.EPI fornecimento ou reposição.

§§ Recipiente apropriado para o descarte de pérfuroRecipiente apropriado para o descarte de pérfuro--cortantes: localização, preenchimento, etc.

cortantes: localização, preenchimento, etc.

§§ Treinamento.Treinamento.

§§ Vacinação Vacinação -- recomendação MS.recomendação MS.

§§ O trabalhador que utilizar objetos pérfuroO trabalhador que utilizar objetos pérfuro--cortantes deve cortantes deve ser responsável pelo seu descarte.

ser responsável pelo seu descarte.

§§ É vedado o reencape de agulhas.É vedado o reencape de agulhas.

Referências

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