• Nenhum resultado encontrado

A EXPANSÃO URBANA E AS CONSEQUÊNCIAS PARA CABECEIRAS DE DRENAGEM: UM ESTUDO DE CASO NAS NASCENTES DO CÓRREGO VERTENTE 1 UBERABA MG

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A EXPANSÃO URBANA E AS CONSEQUÊNCIAS PARA CABECEIRAS DE DRENAGEM: UM ESTUDO DE CASO NAS NASCENTES DO CÓRREGO VERTENTE 1 UBERABA MG"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

A EXPANSÃO URBANA E AS CONSEQUÊNCIAS

PARA CABECEIRAS DE DRENAGEM: UM ESTUDO

DE CASO NAS NASCENTES DO CÓRREGO

VERTENTE 1 – UBERABA – MG

Juliana Paula da Silva Rodrigues Universidade Federal de Goiás julianna_paula@hotmail.com

INTRODUÇÃO

A ocupação urbana, associada ao pouco ou nenhum planejamento, ocasiona inúmeras alterações do meio físico, no qual se encontra a cidade, propiciando a ocorrência de diversos impactos ambientais.

Como consequências dessa ocupação desordenada do meio urbano têm se a retirada da vegetação natural, a ocupação de áreas com riscos de deslizamentos, uso e ocupação desordenada do solo, aumento das áreas urbanas impermeabilizadas, ampliação das taxas de escoamento superficial o que pode gerar processos erosivos nas encostas, assoreamento dos rios e enchentes na área urbana. O que se intensifica com a constante expansão urbana.

Em áreas urbanas um dos exemplos que pode-se mencionar de ação antrópica que influencia nos impactos ambientais é a construção de loteamentos, sendo que um desses impactos consiste no aparecimento de processos erosivos, pois tem se uma desproteção do solo e uma concentração de águas superficiais devido à diminuição ou inexistência de área de infiltração e à necessidade de canalizar o esgoto das estruturas locais. Sendo que quando há sistemas apropriados de condução das águas, o problema pode ter origem no ponto de lançamento das águas captadas. Pois, os incrementos das vazões, por ocasião das chuvas intensas, aliadas às alterações no nível freático, fazem com que a dinâmica do processo seja acelerada. (IDE, 2009)

(2)

preservação dos recursos hídricos, estando as nascentes, muitas vezes, propensas à degradação, apesar de serem elementos de suma importância na dinâmica hidrológica. Pois, constituem focos da passagem da água subterrânea para a superfície e pela formação dos canais fluviais, sendo importantes para a recarga dos aquíferos.

Segundo a resolução nº 303 do CONAMA estabelece-se que “nascente ou olho d’água é o local onde aflora naturalmente, mesmo que de forma intermitente, a água subterrânea” (BRASIL, 2002. Art. 2º, II). Essa definição é o ponto de partida para a gestão ambiental, pois a partir dela, são definidas as áreas de preservação permanente.

A cidade de Uberaba, na qual ocorreu a sua ocupação ao entorno do Córrego das Lajes, tem sofrido diversos impactos ambientais urbanos provenientes de sua formação e expansão sem o devido planejamento.

Portanto, o presente artigo, fruto da monografia em Geografia, tem por objetivo discorrer sobre as consequências da implantação de um loteamento nas proximidades da cabeceira do Córrego Vertente 1, um dos afluentes do Córrego das Lajes, em Uberaba- MG.

Localização e caracterização da área de estudo:

A área do presente estudo encontra-se no perímetro urbano de Uberaba. Cidade esta que se localiza no estado de Minas Gerais, mais precisamente no Triângulo Mineiro.

A cidade de Uberaba (MG) encontra-se localizada no interior da bacia do Córrego das Lajes. Esta bacia possui 26,38 km2 e é afluente esquerdo do Rio Uberaba e está densamente ocupada pela população, conforme observada na figura 1, já ultrapassado pela mancha urbana do município os limites da bacia.

(3)

Figura 1: Mapa de localização da bacia do córrego das Lajes - Uberaba (MG)

Autor: SILVA, R. T. S. Org.: RODRIGUES, J. P.S

Conforme afirma Carvalho (1998) em seu processo histórico de crescimento urbano, o Córrego das Lajes vem tendo suas águas, e de seus afluentes, utilizadas em diversos momentos e de diferentes formas. Portanto, as primeiras moradias da cidade foram construídas nas proximidades do córrego, o que facilitava o abastecimento. Assim, a formação e expansão urbana de Uberaba se deram ao entorno do mesmo.

A área de estudo do presente trabalho, a bacia do Córrego Vertente 1, conforme figura 2, é uma das sub-bacias do Córrego das Lajes, está localizada a NE do perímetro urbano, onde encontra- se as nascentes. Podendo ser caracterizada a partir do uso e ocupação do solo, sendo este marcado pela densa ocupação da população, estando seu

(4)

entorno margeada por moradias, na maioria dos casos, condomínios fechados. Várias vias públicas e há a presença de uma linha férrea. Na área, tem-se a presença de um reservatório de contenção, conhecido como “piscinão”.

Figura 2: Localização da bacia Córrego das Lajes e a área de estudo em destaque

Fonte: Prefeitura Municipal de Uberaba (2009) modificado por RODRIGUES (2013)

Devido à utilização associada à recreação e lazer que, ao entorno do “piscinão”, foi criado o Parque das Acácias, que possui uma pista para caminhada, quadras para prática de esportes e aparelhos de ginástica. A criação desse parque, consequentemente, valorizou a área ao seu redor, que até então, (conforme figura 3) possuía um menor adensamento populacional, conforme pode ser observado em imagem do Google Earth de 2006, período em que o mesmo ainda se encontrava em fase de construção. A valorização imobiliária nessa área atraiu empreendimentos para a construção de condomínios fechados ao redor, alguns voltados para as classes mais altas da população, como é o caso do residencial Flamboyant.

(5)

Figura 3: Situação em que se encontrava a área de estudos antes da inauguração do Parque das Acácias, 2006

Fonte: Google Earth

METODOLOGIA

Inicialmente, para a metodologia deste trabalho, com objetivo de estudar sobre a análise de bacias hidrográficas em áreas urbanas, assim como o que já está escrito referente ao córrego da presente pesquisa e as características ambientais da área, foi realizada uma revisão de literatura bibliográfica, incluindo livros, artigos, teses e dissertações. Esta etapa prosseguiu durante toda a pesquisa, com o intuito de aprofundar nos temas referentes aos estudos de impactos ambientais, sobretudo em área urbanas, paisagem e teoria geossistêmica.

A metodologia de análise foi pautada nos diferentes estudos como: Beltrame (1995) que propõe estudo em bacias hidrográficas; Coelho Neto (2003) e análise de bacias hidrográficas, mais especificamente da evolução das cabeceiras de drenagem; Bertrand (1972) a partir de sua análise da paisagem; Tricart (1977) com a teoria dos meios ecodinâmicos; Casseti (1991) e a compartimentação da paisagem; Christofoletti (1999) e a teoria sistêmica nos estudos ambientais; Ross (1990) com suas contribuição para o entendimento da paisagem e Guerra (2010, 2012) com os estudos ambientais, mais

(6)

precisamente os realizados em áreas urbanas;

De modo geral, a metodologia de análise teórica utilizada no presente trabalho foi a teoria geossistêmica, uma vez que esta permite uma análise integrada da paisagem. Sendo assim, a paisagem foi analisada como base na teoria dos meios ecodinâmicos de Tricart (1977) e Christofolett (1999) com suas contribuições através da teoria sistêmica nos estudos ambientais. Nesse sentido a paisagem foi entendida como a resultante dos diversos elementos que a compõe, e tendo seu equilíbrio regulado pelos fluxos de matéria e energia. Foram realizados trabalhos de campo na área com o intuito de se fazer uma análise da sua atual situação, bem como o uso e ocupação do solo e os principais impactos ambientais provenientes das ações antrópicas, sobretudo após a implantação do loteamento na área de estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A partir das análises do uso e ocupação do solo na sub-bacia foi possível constatar que a mesma encontra-se altamente urbanizada, devido à criação de vários loteamentos ao seu redor. O que provocou diversas consequências à bacia hidrográfica, pois “as alterações impostas ao meio físico (ou aos seus componentes) pelo homem, implementadas mediante ocupação desordenada, exploração e utilização predatória dos recursos naturais, resultam em impactos negativos, tanto para o meio físico quanto para o meio biótico.” (COSTA, 2008, p.28).

Além do loteamento (Figura 4), há ainda presença de pequena propriedade rural com atividade pecuária. Nas áreas onde não esta impermeabilidade devido à construção dos arruamentos, tem-se o solo caracterizado como pastagem e solo exposto. A jusante da área de estudo encontra-se a bacia de contenção. Nas proximidades da bacia de contenção, devido à valorização da área, tem-se a presença de condomínios fechados, voltados para as classes mais altas da população. Essa densa ocupação populacional gera diversas consequências para conservação dos cursos hídricos na área urbana. Uma vez que, segundo Tucci & Collischonn (1998):

À medida que a cidade se urbaniza, em geral, ocorrem os seguintes impactos: (i) aumento das vazões máximas (em até 7 vezes, Leopold, 1968) devido ao aumento da capacidade de escoamento através de condutos e canais e impermeabilização das superfícies; (ii) aumento da produção de sedimentos devido a desproteção das superfícies e a produção de resíduos sólidos (lixo); (iii)

(7)

deterioração da qualidade da água, devido a lavagem das ruas, transporte de material sólido e as ligações clandestinas de esgoto cloacal e pluvial. (p. 2) Podendo ocasionar ainda o aumento na frequência das enchentes “não só pelo aumento da vazão, mas também pela redução de capacidade de escoamento provocada pelo assoreamento dos condutos e canais”. (TUCCI & COLLISCHONN, 1998, p. 2)

Figura 4: Loteamento de casas populares na área de estudo

Autor: RODRIGUES, J. P. S (2013)

A área de estudo vem sofrendo diversos danos provenientes às ações antrópicas, primeiramente devido à canalização do córrego das Lajes nas porções mais baixas, o que esta ocasionando que este sistema busque novas formas de equilíbrio, o que pode ser evidenciado no aparecimento de processos erosivos a montante do córrego. E, posteriormente, devido à expansão urbana ao redor da nascente, que pode se observado pelas obras de infraestrutura da prefeitura ao redor da área para a implantação de ruas para a construção de um loteamento de casas populares.

A construção desse loteamento ocasionou mais degradação à área, pois esse tipo de obra altera o uso do solo. Uma vez que para a criação de loteamentos urbanos, estes são precedidos por intensa atividade de retirada da cobertura vegetal, movimentação de volumes de terra e desestruturação da camada superficial de solo. E essa camada superficial do solo, tendo sua estrutura alterada, torna-se menos resistente à erosão. (TUCCI et al. 1998)

(8)

Figura 5: Obras para a implantação do loteamento

Autor: RODRIGUES, J.P.S. (2013)

As obras para a criação desse loteamento (figura 5) tem ainda como consequência um aumento na produção de sedimentos que, posteriormente, vão sendo depositados no curso d’água, pois os solos “ficam expostos para erosão no lapso de tempo entre o início do loteamento e o fim da ocupação. Quando a bacia urbana está completamente ocupada e o solo praticamente impermeabilizado, a produção de sedimentos tende a decrescer.” (TUCCI & COLLISCHONN, 1998)

Outras consequências das obras que ocorreram na área foram a retirada de vegetação e de solos pelas máquinas (figura 6), o que gerou uma maior fragilidade deste solo. Pois a retirada de vegetação assim como revolvimento deste solo interfere na coesão dessas partículas, tornando este solo mais susceptível a ter partículas arrastadas pela enxurrada.

(9)

Figura 6: retirada de solo e vegetação para a implantação do loteamento

Autor: RODRIGUES, J. P.S. (2013)

Associada a textura do solo nessa área, com a presença da argila, que cria uma zona compactada, grande parte dos sedimentos menores que encontra-se acima tendem a ser arrastados em um evento chuvoso.

Figura 7: Foto panorâmica da área de estudo no período das obras

Autor: NEVES, S. A.(2013)

Foi possível observar também, na ocasião, que nas obras havia o intuito de se despejar os dejetos do loteamento nas proximidades da área das nascentes (figura 7), o que posteriormente foi modificado, pois as obras, nesse local, foram abandonadas.

(10)

ocupação populacional, aumenta as taxas de escoamento superficial. Esse escoamento acaba por gerar processos erosivos nas encostas, o que se intensifica em consequência do uso e ocupação do solo, pois na área que ainda não é asfaltada, o solo é caracterizado com área de pastagem e solo exposto. Os arruamentos das partes altas dos loteamentos ao redor faz com que água da chuva escoe sentido nascente, fazendo com que a declividade aumente a energia cinética da chuva.

A alta taxa de impermeabilização do solo ao redor da área da nascente, associada ao solo exposto, que se encontra bem próximo a rua, aumenta a quantidade de água que escoa nessa superfície, uma vez que nessa área não há vegetação que possa “barrar” o escoamento, o que acaba por acarretar um aumento na quantidade de sedimentos transportados.

A enxurrada que chega pelos arruamentos não traz apenas sedimentos, mas também grande quantidade de lixo. Bem próximo à rua tem se a formação de processos erosivos que devido à forma que já se encontram, futuramente, tende a se tornar ainda maiores.

Figura 8: Sulcos no solo e presença de lixo

Autor: RODRIGUES, J. P. S. (2013)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

(11)

encontra-se bastante fragilizada. Como consequência das modificações antrópicas, esse sistema buscou uma nova forma de equilíbrio, alterando a sua dinâmica natural.

A alta taxa de impermeabilização do solo, em seu entorno, proveniente da expansão urbana, faz com que se tenha um aumento do escoamento superficial em detrimento da infiltração. O aumento do escoamento superficial, por sua vez, intensifica o aparecimento de processos erosivos. E como consequência da diminuição da infiltração, tem se uma perda no abastecimento de água no lençol subterrâneo, uma vez que a área de recarga foi diminuída.

O aumento da taxa de sedimentos sendo arrastados e depositados a jusante, devido ao aumento do escoamento superficial, pode acarretar um assoreamento desse córrego assim como uma diminuição da vida útil da bacia de contenção devido a grande quantidade de sedimentos que estão sendo depositados.

Como a área a montante das nascentes era uma área de contribuição de recarga, que agora encontra-se diminuída devido a intensa urbanização, o que provocou uma diminuição na infiltração. Com isso a tendência da nascente é recuar a jusante, tendo um rebaixamento do nível do freático, alterando a capacidade de reposição de água. Descaracterizando assim a área úmida, o que deixa de ser protegida por lei, permitindo a ocupação e exploração da área. Estando a existência dessa nascente comprometida futuramente.

Algumas recomendações para diminuição da degradação da área são: proteger as cabeceiras de drenagem mantendo ou recuperando a vegetação arbórea, não só na área da APP, mas também na área ao em torno, permitindo uma maior infiltração da água que vai contribuir para o abastecimento dos lençóis subterrâneos; impedir a entrada do gado na área de proteção permanente a fim de se diminuir a compactação dos solos.

E medidas relacionadas à drenagem urbana, ou seja, buscando medidas que propiciem a contenção do escoamento próximo ao local onde ele está sendo gerado, tais como superfícies de infiltração, valetas de infiltração abertas, bacias de percolação e pavimentos porosos (CANHOLI, 2005). Além de planejamento urbano a fim de evitar que os desenhos dos arruamentos permitam a concentração demasiada do escoamento superficial.

(12)

REFERÊNCIAS

BELTRAME, A.V. Diagnóstico do meio físico de bacias hidrográficas: modelo e aplicação. Florianópolis, SC: Ed. da UFSC, 1995. 112p. BERTRAND, G. Paisagem e Geografia

física-esboço metodológico. Caderno de Ciências da Terra. Instituto de Geografia da Universidade de São Paulo, n. 13, 1972.

BIGARELA, J. J. Estrutura e origem das paisagens tropicais e subtropicais. Florianópolis: Editora da UFSC. 2003.

BOESCH, H. ; CAROL, H. Princípios do conceito de paisagem. Boletim Geográfico. n. 202, ano 27, janeiro/ fevereiro 1968.

BOTELHO, R. G. M. Planejamento ambiental em microbacia hidrográfica. In: GUERRA, A. J. T. ,et. al. Erosão e conservação dos solos: conceitos, temas e aplicações. 6 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010. 340 p.

BRASIL. Estatuto da Cidade: Lei 10.257/2001 que estabelece diretrizes gerais da política urbana. Brasília, Câmara dos Deputados, 2001, 1ª Edição.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 303, de 20 de março de 2002. Ministério do Meio Ambiente, 2002.

CAMPOS, C. A. A. ; RODRIGUES, J. P. S.; NEVES, S.A. . Condicionantes Hidromorfodinâmicos nas cabeceiras do Córrego das Lajes - Uberaba-MG- Brasil. In: 6 Coloquio Geográfico sobre América Latina, 2012, Paraná Província de Entre Ríos. Las Nuevas configuraciones territoriales latinoamericanas desde una perpectiva geográfica, 2012.

CANHOLI, A. P. Drenagem urbana e controle de enchentes. São Paulo: Oficina de textos, 2005. CARVALHO, Renato M. B. de. Vida e morte de um córrego: a história da expansão urbana de Uberaba, MG e do córrego das Lages. 2004. 304f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade

Federal de Uberlândia, Uberlândia- MG. 2004. CASSETI, V. Elementos de Geomorfologia.

Goiânia: Editora UFG, 1994

CASSETI, V. Ambiente e Apropriação do Relevo. São Paulo: Contexto, 1991.

CASSETI, V. Estrutura e Compartimentação da Paisagem de Serra Negra – MG. Goiânia: Editora UFG, 1981.

CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo: Editora Blucher, 1980.

CHRISTOFOLETTI, A. Modelagem de sistemas ambientais. São Paulo: Blucher, 1999.

COELHO NETO, A. L. Hidrologia de Encosta na Interface com a Geomorfologia. In: CUNHA, S.B; GUERRA, A.J.T (Orgs.). Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.

COELHO NETTO, A. L. Evolução de Cabeceiras de Drenagem no Médio Vale do Rio Paraíba do Sul (SP/RJ): a Formação e o Crescimento da Rede de Canais sob Controle Estrutural. Revista Brasileira de Geomorfologia, Ano 4, Nº 2 (2003).

COSTA, R. A. Zoneamento Ambiental da Área de Expansão Urbana de Caldas Novas (GO): Procedimentos e Aplicações. Tese de Doutoramento em Geografia. Instituo de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, 2008.

CUNHA, S.B. Bacias Hidrográgicas. In.: CUNHA, S.B; GUERRA, A.J.T (Orgs.) Geomorfologia do Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.p.229-272.

CUNHA, S. B.; GUERRA, A. J. T. Degradação ambiental. In: GUERRA, A. J. T

CUNHA, S. B.; (orgs.) Geomorfologia e meio ambiente. 7 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.

(13)

Erosão e conservação dos solos: conceitos, temas e aplicações. 6 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010. 340 p.

GUERRA, A. J. T. Processos erosivos nas encostas. In: CUNHA, S.B; GUERRA, A.J.T (Orgs.). Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012. p.149-209.

GUERRA, A. J. T(org.). Geomorfologia urbana. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.

GUERRA, A. J. T; MARÇAL, M. D. S. Geomorfologia Ambiental. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.

IBGE. Censo 2010: população do Brasil é de 190.732.694 pessoas. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/no ticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1766>. Acesso em: 21 out. 2013.

IDE, D.M. Investigação geotécnica e estudo de um processo erosivo causado por ocupação urbana. 129p. Dissertação (Mestrado) – Departamento de Geotecnia, Universidade de São Paulo, São Carlos-SP, 2009.

IGA. Instituto de Geociências Aplicadas. Disponível e acesso em: <http://www.iga.br/> NOBREGA, M. T. Fisiologia da Paisagem (tema

geral). Seminários Gerais, Instituto de Geociências USP: 1989.

PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERABA. Estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental dos reforços nos canais centrais da macrodrenagem urbana do centro da cidade de Uberaba, estado de minas gerais. Dezembro de 2009.

PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERABA. Uberaba em dados. Disponível e acesso em:<http://www.uberaba.mg.gov.br/portal/ace rvo/desenvolvimento_economico/arquivos/ube

raba_em_dados/Edicao_2009/capitulo_01.pdf> Acesso em agosto de 2013.

RODRIGUES, J. P. S. Considerações acerca da fisiologia da paisagem na cabeceira do Córrego vertente 1– Uberaba – MG. 2013. Trabalho de conclusão de curso de Geografia, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba (MG), 2013.

ROSS, J. L. S. Geomorfologia: ambiente e planejamento. São Paulo: Contexto, 1990. SCHIER, R. A. Trajetórias do conceito de

paisagem na geografia. R. RA’E GA, Curitiba, n. 7, p. 79-85, 2003. Editora UFPR.

SOUZA, J. S. Áreas de preservação permanente urbanas: mapeamento, diagnósticos, índices de qualidade ambiental e influência no escoamento superficial: estudo de caso: Bacia do Córrego das Lajes, Uberaba – MG. 2008. 187 f. Dissertação (mestrado em engenharia civil) Programa de Pós- Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia –MG. 2008.

TRICART, J. Ecodinâmica, Rio de Janeiro IBGE/SUPREN, 1997.p. 91.

TUCCI, C. E. M.; COLLISCHONN, W. Drenagem urbana e controle de erosão. VI Simpósio nacional de controle de erosão. Presidente Prudente- São Paulo, 1998. Disponível e acesso em:

<http://www.semarh.se.gov.br/modules/wfdo wnloads/visit.php?cid=1&lid=196> Acesso em agosto de 2013.

VIEIRA, V. T. CUNHA, S. B. Mudanças na rede de drenagem urbana de Teresópolis (Rio de Janeiro). In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. org. Impactos ambientais urbanos no Brasil. 9 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.

(14)

A EXPANSÃO URBANA E AS CONSEQUÊNCIAS PARA CABECEIRAS DE

DRENAGEM: UM ESTUDO DE CASO NAS NASCENTES DO CÓRREGO

VERTENTE 1 – UBERABA – MG

EIXO 4 – Problemas socioambientais no espaço urbano e regional

RESUMO

O êxodo rural possibilitou um crescimento urbano desordenado, com a ocupação de locais inapropriados, causando impactos ambientais em áreas urbanas. Como consequências dessa ocupação desordenada do meio urbano têm se a retirada da vegetação natural, a ocupação de áreas com riscos de deslizamentos, uso e ocupação desordenada do solo, aumento das áreas urbanas impermeabilizadas, ampliação das taxas de escoamento superficial o que pode gerar processos erosivos nas encostas, assoreamento dos rios e enchentes na área urbana. O que se intensifica com a constante expansão urbana. A cidade de Uberaba, na qual ocorreu a sua ocupação ao entorno do Córrego das Lajes, tem sofrido diversos impactos ambientais urbanos provenientes de sua formação e expansão sem o devido planejamento. Portanto, o presente artigo, fruto da monografia em Geografia, tem por objetivo discorrer sobre as consequências da implantação de um loteamento nas proximidades da cabeceira do Córrego Vertente 1, um dos afluentes do Córrego das Lajes, em Uberaba- MG. A proposta metodológica pautou-se em uma revisão bibliográfica referente aos estudos ambientais, sobretudo aos impactos ambientais em áreas urbanas, cabeceiras de drenagem, teoria geossistêmica. De modo geral, a metodologia de análise teórica utilizada no presente trabalho foi a teoria geossistêmica, uma vez que esta permite uma análise integrada da paisagem. Foram realizados trabalhos de campo na área com o intuito de se fazer uma análise da sua atual situação, bem como o uso e ocupação do solo e os principais impactos ambientais provenientes das ações antrópicas, mais precisamente da implantação do loteamento. A partir das análises realizadas em campo, assim como de imagens de satélites, foi possível constatar que a área de estudo vem sofrendo diversos danos provenientes às ações antrópicas, primeiramente devido à canalização do córrego das Lajes nas porções mais baixas, o que esta ocasionando que este sistema busque novas formas de equilíbrio, o que pode ser evidenciado no surgimento de processos erosivos a montante do córrego. Processos esses que foram intensificados devido à implantação do loteamento, pois este tipo de obras é precedido por intensa atividade de retirada da cobertura vegetal, movimentação de volumes de terra e desestruturação da camada superficial de solo, camada esta que fica mais susceptível à erosão. Tem se ainda como consequência um aumento na produção de sedimentos que, posteriormente, vão sendo depositados no curso d’água, ocasionando o assoreamento do córrego. Como a área a montante das nascentes era uma área de contribuição de recarga, que agora se encontra diminuída devido à intensa urbanização, o que provocou uma diminuição na infiltração. Com isso a tendência da nascente é recuar a jusante, tendo um rebaixamento do nível do freático, alterando a capacidade de reposição de água. Estando a existência dessa nascente comprometida futuramente.

Referências

Documentos relacionados

O objetivo deste trabalho foi realizar o inventário florestal em floresta em restauração no município de São Sebastião da Vargem Alegre, para posterior

ambiente e na repressão de atitudes conturbadas e turbulentas (normalmente classificadas pela escola de indisciplina). No entanto, as atitudes impositivas da escola

Ressalta-se que mesmo que haja uma padronização (determinada por lei) e unidades com estrutura física ideal (física, material e humana), com base nos resultados da

Na apropriação do PROEB em três anos consecutivos na Escola Estadual JF, foi possível notar que o trabalho ora realizado naquele local foi mais voltado à

[72] SERVIÇOS FARMACÊUTICOS DO CENTRO HOSPITALAR DO PORTO, E.P.E, Instrução de Trabalho: Orientações para a dispensa de medicamentos na farmácia de ambulatório

ITIL, biblioteca de infraestrutura de tecnologia da informação, é um framework que surgiu na década de mil novecentos e oitenta pela necessidade do governo

Com base nos resultados da pesquisa referente à questão sobre a internacionalização de processos de negócios habilitados pela TI com o apoio do BPM para a geração de ganhos para

Nos corpos onde há empreendimentos minerários em atividade (porção norte) foi constatado que o carste é pouco vulnerável, uma vez que não foram identificadas feições