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Manual de Atividades Económicas

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INDÍCIE

RESULTADOS DA APRENDIZAGEM --- 3

1.ATIVIDADE ECONÓMICA --- 4

2.PRINCIPAIS INTERVENIENTES NA ATIVIDADE ECONÓMICA --- 7

3.RELAÇÕES ENTRE AGENTES ECONÓMICOS --- 8

4.OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA --- 9

5.PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS --- 14

6.DISTRIBUIÇÃO --- 17 7.COMÉRCIO --- 19 8.CONSUMO --- 22 9. MERCADOS E PREÇOS --- 26 10.MOEDA --- 40 BIBLIOGRAFIA --- 50

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INTRODUÇÃO

 Enunciar os principais intervenientes na atividade económica e as relações estabelecidas

entre estes, através de um circuito económico.

 Distinguir os diferentes tipos de necessidades e relaciona o surgimento de novas

necessidades com o desenvolvimento tecnológico.

 Classificar os diferentes tipos de bens económicos.

 Utilizar e aplica os principais conceitos económicos.

 Utilizar os instrumentos económicos para interpretar a realidade económica portuguesa, em

matéria de consumo.

 Reconhecer o conceito de mercado e os diferentes tipos e estruturas de mercado

existentes.

 Descrever a lei da oferta e da procura.

 Identificar os fatores que influenciam a formação dos preços.

 Descrever o histórico associado ao aparecimento da moeda, bem como os tipos e funções

da mesma.

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1.Atividade económica

1.1.Conceito

A economia é o sistema consolidado de atividades humanas relacionadas com a produção, distribuição, troca e consumo de bens e serviços de um país ou outra área.

A atividade económica gera riqueza através da extração, transformação e distribuição de recursos naturais, bens e serviços, tendo como objetivo satisfazer as necessidades humanas. A economia é inseparável da evolução tecnológica, da história da civilização, da organização social, da geografia e da ecologia do planeta Terra.

Objeto de estudo: Qual a perspetiva própria da realidade social que a Economia pretende estudar?

Questões que interessam à Economia: • Produção

• Consumo

• Distribuição Tentar encontrar soluções • Poupança

• Repartição da riqueza

• Satisfação das necessidades da população • Maximização do seu bem-estar

O problema económico

Encontramo-nos perante uma situação contraditória: de um lado, a multiplicidade das nossas necessidades, que são ilimitadas; do outro, a escassez dos recursos capazes de as satisfazer. É aqui que reside o problema fundamental da economia.

A Racionalidade Económica consiste na gestão eficaz dos recursos de modo a obter-se o máximo benefício.

O custo de oportunidade

Custo de oportunidade: custa da alternativa que tem de ser sacrificada para se obter um bem ou benefício.

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1.2.Tipos

Os tipos ou setores da atividade económica corresponde a uma divisão das atividades económicas de cada país, de acordo com a essência da tarefa em questão. Estão no mesmo setor instituições que produzam bens ou prestem serviços de uma mesma classe.

Tradicionalmente divide-se a economia de cada país em três setores:

Primário - compreende as atividades ligadas à natureza: agricultura, silvicultura,

pescas, pecuária, caça ou indústrias extrativas;

Secundário - engloba as atividades industriais transformadoras, a construção, a

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Terciário (ou dos serviços) - engloba o comércio, o turismo, os transportes e as atividades financeiras.

Vários autores propõem a individualização do ensino e da investigação do sector terciário, formando estas duas atividades o setor quaternário. No entanto, esta metodologia não tem sido grandemente seguida.

Existe uma relação entre o nível de desenvolvimento de um país e a distribuição da sua população ativa pelos três setores.

De facto, quanto maior for a população ativa a trabalhar no setor primário, mais atrasado economicamente deverá ser o país. À medida que ele se vai desenvolvendo, a sua população vai sendo transferida para os setores industrial e de serviços.

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2.Principais intervenientes na atividade económica

2.1.Agentes económicos

A sociedade é constituída por uma multiplicidade de agentes económicos.

Os agentes económicos são indivíduos, instituições ou conjunto de instituições que, através das suas decisões e ações, tomadas racionalmente, influenciam de alguma forma a economia. Os agentes económicos são classificados de acordo com o critério funcional que se baseia nas principais funções exercidas pelos agentes económicos na atividade económica.

Funções: Famílias:

• Consumo: utilização de bens e serviços na satisfação de necessidades • Poupança: parte do rendimento que não é utilizada no consumo Empresas:

• Repartição dos rendimentos: distribuição das mais-valias geradas durante o processo produtivo pelos diversos intervenientes nessa atividade, conforme a sua participação no processo

• Produção: processo através do qual se obtém os bens e serviços

• Distribuição: conjunto das operações que permitem encaminhar um produto da fase final da fabricação para a fase do consumidor ou do utilizador

Estado:

• Satisfação das necessidades coletivas da população (produção de B&S)

• Redistribuição dos rendimentos: ação que consiste em tornar possuidor de um rendimento um determinado número de indivíduos que pela sua atividade ou qualificação não o teria recebido espontaneamente (minimizar as desigualdades económicas e sociais)

Resto do mundo:

• Conjunto dos agentes económicos não residentes que estabelecem relações económicas com residentes.

Cada um dos agentes económicos utiliza os rendimentos recebidos para efetuar os seus consumos ou constituindo uma poupança.

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3.Relações entre agentes económicos

3.1.Circuito económico

O circuito económico representa a atividade económica e a forma como se estabelecem as relações entre os agentes económicos.

Existem duas espécies de agentes económicos, os micro-sujeitos, unidades individuais de produção (empresa) ou de consumo (individuo/família), e os macro-sujeitos que agregam todas as unidades individuais que exercem a mesma função, no âmbito da atividade económica. Nesta situação, quando falamos, por exemplo, em Famílias ou em Empresas, queremos referir o conjunto de todas as famílias e de todas as empresas de determinado país ou região.

À Economia interessa o comportamento dos macro-sujeitos. Os agentes económicos são as Famílias, cuja principal função na atividade económica é de consumir, as Empresas cuja função principal é a produção de bens e serviços não financeiros, as Instituições Financeiras que prestam serviços financeiros, como o financiamento aos que pretendem produzir, adquirir algo e não o conseguem suportar por si, onde depositamos as nossas poupanças, a Administração Pública (Estado), que garante a satisfação das necessidades coletivas da população e o Resto do Mundo (Exterior) com os quais trocamos bens, serviços e capitais, pois nenhum país sobrevive sozinho, estabelecendo-se relações com os restantes países.

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4.Objetivos da atividade económica 4.1.Necessidades

4.1.1.Conceito

Como referido, a atividade económica consiste no conjunto dos atos realizados pelo homem que têm como objetivo a satisfação das necessidades, desejos e interesses do homem, particularmente através do consumo, mediante a produção, a distribuição e o intercâmbio de bens e serviços.

Necessidade humana relevante para a análise económica é todo e qualquer estado de carência, simples apetência ou de insatisfação que move o indivíduo (ou o grupo social) a procurar obter coisas (ou aprestação de serviços) que julga capazes de preencher esse vazio ou a fazer cessar esse estado de insatisfação.

O objetivo da atividade económica é satisfazer as necessidades através da produção. O termo necessidade é utilizado muito frequentemente no nosso quotidiano e designa, geralmente, um estado de carência ou de mal-estar que se sente pela falta de qualquer coisa ou pela não realização de qualquer ato, por exemplo, a necessidade de comer ou de ir ao cinema.

Contudo, na terminologia económica, a noção de necessidade engloba tudo aquilo que se deseja, desde uma refeição num restaurante até uma jóia mais cara

4.1.2.Características

As necessidades humanas são múltiplas e variam no tempo e no espaço. Existe uma enorme diversidade de necessidades que apresentam as seguintes características:

 Multiplicidade: diz respeito ao facto do indivíduo sentir necessidades ilimitadas

(múltiplas). Segundo o psicólogo americano Maslow, as necessidades podem ser hierarquizadas em níveis diferentes, desde as fundamentais, como a alimentação, Às de nível superior, onde se inclui a realização pessoal.

 Substituibilidade: significa que as mesmas necessidades podem ser satisfeitas por

bens alternativos (que se substituem uns aos outros).

 Sociabilidade: significa que a intensidade de uma necessidade vai diminuindo à

medida que a vamos satisfazendo, acabando por desaparecer.

 Relatividade: enquanto factos sociais, as necessidades variam temporal e

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4.1.3.Tipos

As necessidades podem ser classificadas nos seguintes tipos: 1. Quanto a importância

2. Quanto ao custo na aquisição 3. Quanto à abrangência

4. Quanto ao processo de aquisição

4.1.4.Classificação quanto à importância

Quanto à importância as necessidades podem ser:

1. Básicas ou Primárias – São aquelas necessidades sem as quais o homem não vive. Ex: Alimentação, Vestuário, Saúde, etc.

2. Secundárias ou não essenciais – São aquelas que apesar de serem importantes

delas não dependem a vida do homem, e podem ser adiadas para secundo plano. Ex: Cultura e lazer, educação, desporto e turismo.

4.1.5. Classificação quanto ao custo na aquisição

Quanto ao custo na aquisição as necessidades podem ser:

1. Económicas: Aquelas que para satisfazer necessitam da intervenção da moeda, Ex: Pão, sapato, peixe, etc.

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2. Não Económicas: Aquelas que para satisfazer não necessitam a intervenção da moeda. Ex: o ar, praia. etc.

4.2.Correspondência entre o desenvolvimento tecnológico e a manifestação de novas necessidades

À medida que a sociedade evolui e novas situações são descobertas e possíveis, o homem deseja coisas novas e diferentes. Pode-se dizer que á medida que o mundo evolui, o homem procura coisa novas, fazendo estas parte das suas necessidades atuais.

Compreender este fenómeno é tão simples como analisar o que as pessoas tinham e precisavam há uns anos para serem felizes, e o que têm e precisam atualmente. Este desejo ou necessidade faz evoluir o mundo.

4.3.Bens

4.3.1.Conceito

“Bem é tudo aquilo que permite satisfazer uma ou várias necessidades humanas.”

Os bens materiais são coisas ou objetos com realidade material (da esferográfica ao avião). Podem-se vêr, apalpar e sentir.

Os serviços (bens imateriais) são atividades humanas cuja realidade, na maior parte dos casos, se esgota no momento em que acabam de ser prestados. É o caso dos serviços de transporte, de um espetáculo, de uma aula, de um programa de televisão.

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São aqueles que existem em quantidade ilimitada e podem ser obtidos com pouco ou nenhum esforço humano, ou seja, sua utilização não implica relações de ordem económica.

Bens Livres não possuem preço, isto é, tem preço zero, como o mar, a luz solar, o ar.

O ar é um bem livre, pois a terra oferece ar para todas as pessoas em quantidades maiores do que as desejadas por todos os indivíduos.

4.3.3.Bens económicos (produtos e serviços)

São relativamente escassos e supõe a ocorrência de esforço humano na sua obtenção, por esse motivo, possuem preço, ou seja, preço maior que zero.

4.4.Classificação de bens económicos

Para além da classificação de bens económicos os bens podem-se ainda classificar de acordo com os critérios:

 Quanto à função

 Quanto à duração

 Quanto à relação com outros bens

4.4.1.Quanto à função

1. Bens de consumo – Aquele bem que destina ao consumo final, esta pronto a ser

consumido. Ex: pão, manga.

2. Bens de Produção – São aqueles bens utilizados na produção de outros, sofrem

uma alteração. Ex: farinha, a manga para a produção do sumo de manga.

4.4.2.Quanto a sua duração

1. Bens duradouros – Aquele que ao satisfazerem uma necessidade não perdem as

suas qualidades iniciais: Uma casa. etc.

2. Bens não duradouros – São aqueles que ao satisfazerem as suas necessidades

perdem as suas qualidades iniciais. Ex: O combustível.

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1. Bens complementares – São aqueles que se complementam, não se utilizam sem a utilização de outros. Ex: o carro e as rodas; ou combustível.

2. Bens sucedâneos ou substituíveis – Aqueles que se podem substituir para uma satisfação idêntica: Ex: Margarina e a manteiga

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5.Produção de bens e serviços

5.1.Noção

Produzir consiste em criar bens e serviços. A produção designa a atividade económica que consiste em criar bens e serviços. A produção aparece de início como resultado de um trabalho produzido pelo homem.

5.2.Sectores de atividade económica

A classificação da atividade económica em três sectores é devida ao economista australiano Colin Clark nos anos 40. Um sector compreende então o conjunto das empresas que têm a mesma atividade principal, tendo cada empresa uma única atividade principal.

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O sector primário corresponde ao conjunto das atividades produtoras de matérias-primas (agricultura, minas).

O sector secundário diz respeito às atividades industrial considerado em sentido lato (energia, industrias agroalimentares, industria de bens de produção e de bens de consumo, construção e obras públicas).

O sector terciário inclui todas as atividades que não estão classificadas nos dois outros sectores. Trata-se dos serviços, quer sejam mercantis (comércio, transportes e telecomunicações, turismo, serviços prestados às empresas e às famílias) ou não mercantis (saúde, por exemplo).

Os serviços são bens imateriais que podem se produzidos em todos os tipos de atividades. Certas medidas de produção fizeram da produção destes bens a sua atividade principal. Distingue-se hoje, por vezes, um subconjunto do sector terciários chamado “sector quaternário”, incluindo o conjunto dos serviços ligados à informação e à comunicação (imprensa, informática, publicidade, etc.).

5.3.Produto Interno Bruto (PIB)

O produto interno bruto (PIB) representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (países ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc.). O PIB é um dos indicadores mais utilizados para medir a atividade económica de uma região.

SECTOR

SECUNDÁRIO

SECTOR

TERCIÁRIO

SECTOR

PRIMÁRIO

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5.4.Produção

Produção: é a atividade do Homem sobre a Natureza com vista à obtenção dos bens e dos serviços necessários à satisfação das suas necessidades.

Processo produtivo: sequência de etapas através das quais as matérias-primas são transformadas em produtos finais.

5.5.Fatores de produção

Para realizar a atividade produtiva, o Homem necessita de dispensar energia física e intelectual (trabalho), de assegurar a utilização de outros bens (capital), não esquecendo as matérias-primas.

Os ou Fatores de Produção são limitados e escassos, ou seja, não existem em quantidade suficiente para produzir todos os bens desejados pela sociedade.

Trabalho

Mão-de-obra: todo esforço humano, físico ou mental, despendido na produção de bens e serviços. Como o trabalho no sentido econômico do serviço prestado de um médico, do operário da construção civil, a supervisão de um gerente de banco, o trabalho de um agricultor no campo.

Capital técnico (fixo e circulante)

São várias as aceções do termo capital. É constituído por tudo o que participa no processo produtivo com exceção dos recursos naturais e do trabalho.

Capital Circulante: Constituída por Meios de produção não duradouros (matérias primas e matérias subsidiárias que desaparecem por que são incorporadas nos produtos acabados). Capital Fixo: Constituída por Meios de produção duradouros utilizados várias vezes e que permitem a realização do processo produtivo por vários períodos, mas que sofrem um natural desgaste devido ao uso e ao clima. Ex: Edifícios e equipamentos

Capital Humano

Designa o conjunto das capacidades economicamente produtivas de um individuo, nomeadamente a sua instrução e formação

Capital Natural

Referente aos recursos naturais disponíveis e utilizados no processo produtivo Recursos Naturais Renováveis

Os recursos naturais ou reservas naturais constituem a base sobre a qual se exercem as atividades dos demais recursos, pois se encontram na origem de todo o processo de produção. Compreende todos recursos da natureza, como florestas, recursos minerais e hídricos, energia solar, ventos, marés, a gravidade da Terra, que são utilizados na produção de bens econômicos.

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6.Distribuição

6.1.Conceito

O conceito de distribuição está associado ao transporte de mercadorias mas a distribuição, enquanto variável de negócio, é um conceito muito mais abrangente que pode referir:

 À distribuição física de produtos

 Um sector de atividade (tradicionalmente designado por comércio);  Uma componente da política de marketing de uma empresa produtora  A estratégia de negócio do distribuidor.

6.2. Importância da distribuição na atualidade

A distribuição é a atividade intermediária entre produtores e consumidores que comporta o transporte e o comércio dos produtos (estes complementam-se) e neste sentido tem de se compatibilizar com produtores e consumidores / oferta e procura.

A distribuição assume uma importância vital na atualidade, na medida em que as empresas têm de garantir o produto na quantidade e qualidade certa, no tempo certo.

Atividades ligadas ao processo de distribuição

6.3.Circuitos de distribuição

6.3.1.Conceito

Um circuito de distribuição é composto por todas as entidades (empresas, equipamentos, pessoas) que desempenham uma função na condução de um fluxo de bens ou serviços do produtor ou fabricante para o consumidor final.

 Armazenista ou grossista: comerciante que compra os bens aos produtores em

grandes quantidades, fraciona-os e armazena-os, vendendo-os depois aos retalhistas.

 Retalhista: comerciante que, em geral, compra os bens aos armazenistas,

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6.3.2.Tipos (ultra curtos, curtos e longos)

As entidades que, mais frequentemente, integram um canal de distribuição são:

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7.Comércio

7.1.Conceito

Para satisfazer as necessidades, não basta que um bem seja produzido, é necessário que chegue aos consumidores, de forma cómoda e em quantidades certas. Para isso existe um conjunto de atividades que estabelecem ligação entre a produção e o consumo, designadas por comércio.

O Comércio corresponde à fase em que se estabelece a troca de bens. E pode ser:

 Comércio Grossista – É quando o grossista contacta diretamente com o produtor e

reúne, por vezes produções que se encontram dispersas.

 Comércio retalhista – quando o retalhista adquire os produtos junto do grossista,

oferecendo-o aos consumidores nos locais e nas quantidades que eles necessitam.

7.2.Tipos (ou formatos)

O comércio retalhista, de forma a obter melhores resultados, organiza-se de várias formas:  Comércio independente

 Comércio integrado  Comércio associado

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7.2.1.Independente

É constituído na maioria das vezes por empresas familiares, de dimensões relativamente pequenas, com um reduzido número de trabalhadores, ou até mesmo nenhum, pois encontram-se a cargo do próprio proprietário e operam normalmente num único ponto de venda.

Este comércio encontra-se espalhado por centros habitacionais, junto dos consumidores ou em pequenos centros urbanos.

Ex: Lojas de ferramentas, minimercados, lojas de roupa ou até o caso do comércio ambulante ou itinerante.

7.2.2.Associado

O comércio associado compreende empresas que mantêm a sua independência jurídica, associando uma ou mais atividades, de modo a obter vantagens, e a competir com o comércio integrado.

Estas associações de comerciantes, têm como objetivo efetuar compras em conjunto e obter preços mais baixos, devido ao grande volume de compras, que nunca conseguiriam assegurar isoladamente.

Desta forma, podem desenvolver operações promocionais de maior escala, conhecer melhores mercados e gerir mais racionalmente os stocks, o que também isoladamente se tornaria mais difícil.

Ex: Frescos, Grula (Grupo Lisboeta de abastecimento de produtos alimentares)

7.2.3.Integrado (sucursais, franchising, grandes superfícies e grandes superfícies especializadas)

O comércio integrado ou organizado, devido à sua grande dimensão, reúne as funções grossista e retalhista, explorando cadeias em pontos de vendas identificados pela mesma insígnia, e, aplicando políticas comuns de gestão. Como os supermercados Pingo Doce, a Vobis, a Worten, entre outros.

Dentro do comércio integrado temos:  Sucursais,

 Franchising,

 Grandes superfícies e

 Grandes superfícies especializadas

Sucursais

Uma sucursal é uma empresa que está dependente de uma outra, a sua sede. A forma de trabalho é indicada pela empresa-mãe que controla as suas diversas dependências ou filiais. Exemplo: bancos

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Franchising

Neste tipo de organização, as empresas, apesar de serem jurídica e independentes umas das outras, estão ligadas por contrato á empresa mãe – O franqueador – aplicando políticas de gestão comuns.

Ex: Benetton, McDonald’s, entre outros.

Grandes superfícies

Lojas de grande dimensão que oferecem uma grande variedade e diversidade de bens, sobretudo alimentares e de higiene. (São consideradas grandes superfícies quando a sua área é igual ou superior a 2000 m2.) Ex: Continente, Jumbo, Carrefour.

Oferecem no mesmo local diversas categorias de produtos arrumados em secções, funcionando cada secção quase como uma loja especializada.

Grandes superfícies especializadas

São lojas de grande dimensão, dirigidas para uma mesma gama de produtos, bastante especializada.

Ex: “ Toys ‘R’ Us” brinquedos, Ikea na decoração, Aki de bricolage, entre outros. 7.3.Método de vendas

Para haver comércio, não é necessário existir o conceito físico de ponto de venda á distância, de forma automática, porta a porta, ou pela internet. As vendas podem ser realizadas das seguintes formas:

7.3.1.Venda direta

Exige o contacto direto entre o vendedor e o consumidor, no entanto, este contacto não é feito no ponto de venda, mas na casa do cliente ou no emprego, sendo habitualmente designada por venda porta-à-porta.

7.3.2.Cibervenda

Consiste na venda/ aquisição de bens ou serviços através da internet. Pode-se comprar de tudo, desde livros, CDs, bilhetes, roupa, software.

7.3.3.Venda automática

Este tipo de venda utiliza equipamentos automáticos instalados em locais públicos e de grande circulação. (estações de comboios, aeroportos, hospitais, escolas, etc…) Neste meio de vendas, podemos comprar desde bilhetes, tabaco, a bebidas, comida.

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Na grande maioria, a forma de pagamento utilizada é o dinheiro, no entanto, já há também através de cartões de débito ou crédito.

7.3.4.Venda por catálogo

Técnica de venda onde os produtos são apresentados ao consumidor através de catálogo. Neste tipo de venda não existe o contacto direto entre o comprador e o vendedor.

8.Consumo

8.1.Conceito

É o ato de utilizar um bem ou serviço com vista à satisfação de necessidades. Pode ser entendido como ato económico e social.

Consumo – ato económico

O consumo representa um ato económico porque para satisfazer determinadas necessidades em vez de outras e ao decidir consumir certos bens e serviços, está-se a efetuar escolhas com implicações em toda a economia.

Além disso, é um comportamento relativo às funções estudadas pela ciência económica –

produção, consumo, acumulação, repartição de rendimentos, etc. Consumo – ato social

Ao consumir está-se a dar origem a consequências que podem ser benéficas ou prejudiciais para os consumidores, mas também para a atividade coletiva mais próxima ou para o Mundo.

8.2. Influência dos preços e do rendimento no consumo A quantidade consumida de um bem (Ex. Bem A) também depende do preço:

 Do próprio bem (se aumentar o preço do bem A diminui o consumo do bem A ou se

diminuir o preço do bem A aumenta o consumo do bem A) Efeito-rendimento

 De outros bens (Ex. bem B) → bens substituíveis (se aumenta preço de B aumenta o

consumo de A ou se diminui o preço de B, diminui o Consumo de A) Efeito-substituição

No caso de serem bens complementares (se aumenta o preço de B diminui o consumo de A ou se diminui o preço de B aumenta o consumo de A)

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8.3.Tipos

8.3.1.Final/Intermédio

Consumo Final: consumo de bens e serviços pelas famílias.

Consumo Intermédio: consumo de bens para posterior transformação pelas empresas, até se transformarem em bens de consumo final.

8.3.2.Essencial/supérfluo

Consumo Essencial: consumo de bens e serviços indispensáveis à sobrevivência do indivíduo.

Consumo supérfluo: consumo de bens e serviços dispensáveis 8.4.Fatores explicativos

O consumo é um fenómeno social complexo, condicionado por múltiplos fatores, com influência sobre a vida humana e a do Planeta.

8.4.1.Rendimento

O consumo dá-se em função do rendimento. Isto significa que uma alteração no nível de rendimentos dos consumidores reflete-se, em princípio, no nível do consumo.

8.4.2.Preços

O consumo liga-se diretamente preço dos bens, dado que dele depende a capacidade aquisitiva dos consumidores:

- Uma subida generalizada dos preços dos bens pressupõe uma diminuição na capacidade aquisitiva das famílias, se os respetivos rendimentos se mantiverem.

- Pelo contrário, uma descida generalizada dos preços supõe um aumento da capacidade aquisitiva dos consumidores, mesmo que se mantenha o nível dos respetivos rendimentos.

Um aumento dos preços, não acompanhado da elevação proporcional dos rendimentos, obriga os consumidores a abdicarem de consumos não essenciais, atribuindo assim, uma maior parcela do seu rendimento à satisfação das necessidades básicas.

A diminuição generalizada dos preços dos bens equivale à possibilidade de as famílias utilizarem uma maior parte do seu rendimento na aquisição de bens não essenciais, melhorando assim o seu padrão de vida.

Quando a subida dos preços não abrange a totalidade dos bens ou dos serviços é natural que a procura dos consumidores se desloque para aqueles bens ou serviços que apresentam preços mais baixos e satisfaçam as mesmas necessidades.

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8.4.3.Moda

A moda influencia a renovação constante do consumo de alguns produtos e suscita novas necessidades, começando nas classes sociais superiores. As classes sociais mais baixas procuram imitar o comportamento das classes superiores (Efeito demonstração/imitação).

8.4.4. Publicidade

Esta técnica de marketing dá a conhecer os produtos, mas também cria nos indivíduos a necessidade e o desejo de adquirir certos bens, os designados bens publicitários que surgem através da televisão, do rádio, do jornal, entre outros.

8.5.Consumismo

8.5.1.Conceito

Consumismo: é o conjunto dos comportamentos e atitudes suscetíveis de conduzir a um consumo sem critério, compulsivo, irresponsável e perigoso.

O consumismo, a que a sociedade portuguesa não é alheia, tem causado problemas económicos e sociais às famílias. O endividamento é um desses problemas.

8.5.2.Consequências – endividamento e problemas ambientais

A produção e consumo em massa trouxe uma série de consequências, onde se destacam as seguintes:

 Manipulação do consumidor

 Consumo de produtos desnecessários e sem valor

 Prejuízo para a sociedade/Humanidade

• Matérias-primas não renováveis

• Degradação do meio ambiente

• Endividamento das famílias

8.6.Consumerismo e o movimento dos consumidores

O consumerismo é a ação social conduzida a vários níveis para legitimar ou aprofundar os direitos dos consumidores, incluindo-se aqui a intervenção no mercado com o objetivo de aperfeiçoar a qualidade de vida e os valores sociais.

Para conseguir o consumerismo deve-se apostar na consciencialização para a defesa do consumidor e do meio ambiente investindo em aspetos como:

• Informação ao consumidor

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• Educação do consumidor

8.7.Direitos e deveres dos consumidores

De acordo com a Constituição Portuguesa (art.º 60º), os direitos fundamentais do consumidor são:

• Direito à proteção da saúde e da segurança; • Direito à proteção dos direitos económicos; • Direito à reparação de danos;

• Direito à informação e à educação; • Direito à representação;

• Direito a uma justiça acessível e pronta.

Além dos seus direitos, os consumidores devem ter consciência dos seus deveres. • Consciência crítica (questionar-se acerca da sua compra)

• Ação (reclamar quando os direitos como consumidores são violados)

• Preocupação social (estar conscientes dos nossos consumos sobre os outros Concidadãos)

• Consciência do meio ambiente (devemos sempre preservar o ambiente) • Solidariedade (defesa comum dos interesses dos consumidores)

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9. Mercados e preços

9.1.Conceito de mercado

Mercado é um local ou um contexto em que compradores e vendedores de bens, serviços ou recursos estabelecem contatos e comercializam.

 Os mercados estão no centro da atividade económica.

 Um mercado usa preços para conciliar decisões sobre consumo e produção.

Em sentido corrente pode designar o local físico onde se encontram compradores e vendedores (espaço), normalmente, em data(s) fixa(s) (espaço).

Em sentido económico (noção mais abstrata designa as unidades físicas de tempo e de espaço já não são necessárias e a existência de um intermediário (ex.: bolsa de valores)

9.2.Componentes de mercado Para um mercado funcionar tem de ter uma oferta e uma procura. Produção ≠ Oferta

Produção - Tudo o que é efetivamente Produzido (toda a produção de um país)

Oferta - parte da produção que é posta à venda (parte da produção que os vendedores estão dispostos a vender).

9.3.Estruturas dos mercados de bens e serviços

9.3.1.Concorrência perfeita

É o mercado em que existem muitos produtores ou vendedores de um bem homogéneos e muitos compradores.

Os preços resultam da interação entre a oferta e a procura (a empresa não tem poder para fixar os preços)

Nº Produtores: inúmeros Controlo sobre o preço: nulo Bens produzidos: homogéneos Concorrência: muita

9.3.2.Concorrência Imperfeita (monopólio, oligopólio e concorrência monopolística) Monopólio

É o mercado em que existe um único produtor ou vendedor Nº Produtores: um

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Controlo sobre o preço: total Bens produzidos: único Concorrência: nenhuma

Oligopólio

É o mercado em que existem poucos produtores ou vendedores de bens diferenciados ou de bens idênticos.

Nº Produtores: alguns

Controlo sobre o preço: limitado Bens produzidos: pouco diferenciados Concorrência: pouca

Concorrência monopolista

Os preços dependem do poder que a empresa tiver no mercado: -monopólio: total poder

-oligopólio: algum poder

-concorrência monopolística: pouco poder

É o mercado em que existem muitos produtores ou vendedores de um bem parecido, mas não idêntico, e muitos compradores.

Nº Produtores: muitos

Controlo sobre o preço: pouco Bens produzidos: diferenciados Concorrência: bastante

Tipos de

Mercado

Aspetos positivos Aspetos negativos

Concorrência perfeita

-O preço é definido através do confronto entre a oferta e a procura em mercados de bens homogéneos. -O mercado apresenta condições a

transparência, a atomicidade, a

homogeneidade, a mobilidade dos fatores de produção, a livre entrada e saída de mercado

-A atomização e a pequena dimensão das empresas são so

fatores que dificultam o

investimento em pesquisa e

melhoramento dos bens.

-É o mercado que afeta de melhor forma os recursos existentes.

Monopólio -O preço é estipulado pelo

monopolista

-As barreiras tecnológica legal e a dimensão do mercado impedem a entrada de novos concorrentes. -O monopolista, ao obter lucros

elevados, pode destiná-los a

aumentar o investimento na empresa,

ao contribuir para a inovação

tecnológica e para a melhoria na

-A capacidade do monopolista controlar o preço pode lesar os interesses do consumidor, ao exigir

preços mais elevados e ao

apresentar bens sem grande

evolução qualitativa.

-O poder de mercado do

monopolista não é absoluto, é limitado pela intervenção do estado

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qualidade dos bens substitutos

Oligopólio -O controlo sobre o preço de mercado

que cada oligopolista tem depende da reação dos seus concorrentes

-Há possibilidade dos oligopolistas estabelecerem acordos entre si com objetivo de controlar o preço.

-No mercado oligopolista as

empresas podem oferecer produtos diferenciados ou não diferenciados.

-A capacidade do oligopolista controlar o preço pode lesar os interesses do consumidor fixando

preços mais elevados e

apresentando bens sem grande evolução qualitativa.

-A possibilidade dos oligopolistas estabelecerem acordos entre si, com o objetivo de aumentar os preços e os lucros, pode obrigar o consumidor a pagar preços mais elevados pelo bem.

Concorrência monopolística

-Muitos vendedores sem capacidade para controlar preços

-Produtos diferenciados

-A atomização e a pequena

dimensão das empresas são

fatores que dificultam o

investimento em pesquisa e

melhoramento na qualidade dos bens

9.4.Mercado de concorrência perfeita Nº Produtores: inúmeros

Controlo sobre o preço: nulo Bens produzidos: homogéneos Concorrência: muita

É o mercado em que existem muitos produtores ou vendedores de um bem homogéneos e muitos compradores.

Os preços resultam da interação entre a oferta e a procura (a empresa não tem poder para fixar os preços).

9.4.1.Oferta e Lei da oferta

(29)

 Oferta individual: para cada vendedor consiste na quantidade de um bem que esse vendedor está disposto a vender a cada preço.

S – Curva da oferta (S): esta curva representa, graficamente, as quantidades de um bem que um conjunto de vendedores está disposto a vender a cada preço.

Relação direta ou função crescente

Devido às maiores perspetivas de lucro quando os preços são mais elevados. Lei da Oferta

A quantidade oferecida de um bem varia no mesmo sentido ao do seu preço, desde que o resto se mantenha constante.

OU

Um aumento do preço provoca um aumento na quantidade oferecida e uma redução do preço provoca uma redução da quantidade oferecida, ceteris paribus.

(30)

Fatores determinantes da oferta: • Custos de produção

• Tecnologia ou métodos de produção • Preço de outros bens

• Objetivos da empresa • Sazonalidade

• Nº de produtores (empresas)

9.4.2.Procura e lei da procura

Procura: A procura de um bem é a quantidade desse bem que os compradores estão dispostos a adquirir a cada preço.

 Procura agregada (global ou de mercado): consiste nas intenções de compra de todos

os consumidores a cada preço (é o somatório das procuras individuais).

 Procura individual: consiste na quantidade de um bem que um determinado comprador

está disposto a adquirir a cada preço.

D – Curva da procura (D): esta curva representa, graficamente, as quantidades de um bem que um conjunto de consumidores está disposto a comprar a cada preço.

(31)

Relação inversa ou função decrescente, Devido a 2 efeitos:

• Efeito-substituição: efeito resultante da alteração das condições de concorrência entre os bens, quando o preço varia. O consumidor compra outros bens.

• Efeito-rendimento: efeito resultante da alteração do rendimento real. É como se o consumidor ficasse mais pobre.

Lei da procura

A quantidade procurada de um bem varia em sentido inverso ao do seu preço, desde que o resto se mantenha constante.

OU

Um aumento do preço provoca uma redução na quantidade procurada e uma redução do preço provoca um aumento da quantidade procurada, ceteris paribus.

Fatores determinantes da procura: • Rendimento dos consumidores • Preço de outros bens

• Preferências dos consumidores • Nº de consumidores

• Sazonalidade

• Expectativas dos consumidores

9.4.3.Equilíbrio do mercado: Preço de Equilíbrio

Para que se verifique a concorrência perfeita deve ser preenchido um conjunto de condições, sendo as principais as seguintes:

- Atomização do mercado, ou seja, que exista um grande número de consumidores e um grande número de produtores, e que nenhum deles tenha dimensão suficiente para influenciar o mercado;

(32)

-Transparência do mercado, no sentido de que todos os consumidores e todos os produtores devem ter um conhecimento perfeito de todos os preços; é por este motivo que a legislação obriga à afixação dos preços dos produtos, nas montras dos estabelecimentos, nas bancas do peixe, etc.

-Mobilidade dos fatores de produção; o mecanismo de mercado pressupõe a fácil reconversão e deslocalização dos fatores produtivos, capital e força de trabalho, para os setores que mais oportunidades lucrativas ofereçam aos produtores.

- Homogeneidade dos produtos; no caso de não existir homogeneidade, ou seja, no caso dos produtos serem diferenciados, o funcionamento do mercado aproxima-se duma situação de monopólio, onde cada produtor tende a ser o "monopolista" do seu próprio produto.

Um exemplo desta diferenciação, ou falta de homogeneidade, encontra-se nas calças de ganga (jeans) que, embora basicamente semelhantes, são objeto de diferenciação por meio de características secundárias ou da "marca", permitindo a existência de preços muito diferenciados e impedindo que haja uma concorrência perfeita; esta tendência para a diferenciação mais ou menos artificial dos produtos é uma característica das economias modernas.

Quando se verificam condições de concorrência perfeita, o preço de mercado tende a situar-se no ponto onde a oferta é igual à procura. Este preço toma a designação de preço de equilíbrio. Conforme podemos ver na figura seguinte, o preço de equilíbrio corresponde ao ponto onde a curva da procura se cruza com a curva da oferta:

Equilíbrio significa estabilidade, e o preço de equilíbrio representa, de facto, um ponto de estabilidade do mercado.

Poderemos compreender melhor este conceito de estabilidade se procurarmos saber o que é que se passa se o preço de mercado (aquele que efetivamente ocorre no mercado num dado momento) não for um preço de equilíbrio.

(33)

Vejamos o caso da figura seguinte, onde o preço P1 se encontra acima do preço de equilíbrio. Para este preço não existe igualdade entre oferta e procura. O que acontece é que a oferta é superior à procura.

E o motivo é fácil de compreender: a um preço mais elevado, os produtores estão dispostos a vender mais, mas os consumidores estão dispostos a comprar menos.

Nesta situação de oferta superior à procura vão ficar muitos bens para vender pelo que se trata de uma situação insustentável. O resultado é que o preço tenderá a descer para o ponto de equilíbrio.

Vejamos agora a hipótese do preço de mercado se situar abaixo do preço de equilíbrio, situação representada na figura seguinte.

Neste caso a procura é superior à oferta, precisamente porque o preço é aliciante para os consumidores mas indesejável para os produtores. Trata-se de uma situação insustentável, porque rapidamente os produtos se esgotarão no mercado. O preço tenderá agora a subir para o ponto de equilíbrio.

(34)

Contudo o preço de equilíbrio não é sempre o mesmo: ele pode modificar-se em resposta a deslocações das curvas da oferta e da procura, deslocações cujas causas já analisámos noutra parte deste capítulo.

Vejamos o caso da figura seguinte, em que a curva da oferta sofre uma deslocação de para a direita, de S para S1. Isto determina a fixação de um novo preço de equilíbrio, P1, que se situa abaixo do preço de equilíbrio anterior.

Se a curva da oferta se deslocar para a esquerda, o novo preço de equilíbrio estará acima do anterior, conforme se pode ver na figura seguinte, onde a curva da oferta se desloca de S para S2.

Vejamos agora o que acontece com as deslocações da curva da procura. A deslocação da curva da procura para a direita, de D para D1, representada na figura seguinte, traduz-se por uma subida do preço de equilíbrio.

(35)

No caso da curva da procura se deslocar para a esquerda, de D para D2, o resultado será a descida do preço de equilíbrio, conforme se pode ver na figura seguinte.

9.5.Preço:Factores que influenciam a formação dos preços

9.5.1.Custos de produção

(36)
(37)

9.5.2.Mecanismos de mercado

(38)
(39)

9.5.3.Outros

Aumento do rendimento (caso de um bem normal) / diminuição do rendimento (caso de um bem inferior)

(40)

Aumento do rendimento (caso de um bem inferior) / diminuição do rendimento (caso de um bem normal

10.Moeda

10.1.Evolução da moeda

A dinâmica que a atividade comercial tomou e a multiplicidade de produtos a trocar exigiu o aparecimento de um bem que servisse para medir o valor de todos os outros, facilitando e permitindo, assim, o desenvolvimento das trocas. O desenvolvimento da atividade produtiva exigiu a criação da moeda.

(41)

A moeda é, portanto, um bem de aceitação generalizada que se utiliza como intermediário nas trocas, isto é, em todos os atos de compra e de venda de bens e serviços. A moeda surge, assim, como um bem que todos os indivíduos aceitam sem contestação e que é utilizada para medir o valor de todos os bens e serviços.

10.1.1.Troca direta

Inicialmente, as trocas assumiram uma forma muito rudimentar, trocando-se um bem diretamente por outro bem diretamente por outro bem. Era a troca direta.

Na prática, este tipo de troca levantava grandes inconvenientes:

 Dupla coincidência de desejos: Para realizar a troca era necessário encontrar alguém

que possuísse exatamente o que queria e que quisesse exatamente aquilo que eu tinha. Esta necessidade de dupla coincidência de valores levava, a que por vezes, a troca não se efetuava.

 Atribuição de valor de bens: Uma vês ultrapassado o obstáculo de coincidência de

desejos, havia agora a problema na atribuição de valores aos bens.

 Divisibilidade ou fracionamento dos bens: Se para alguns bens o fracionamento não

constitui um problema, para outros como animais ou até peles, dividi-los tornava-se difícil ou inconveniente.

 Transportar bens – Por vezes, para efetuar um elevado número de trocas, ter-se-ia de

transportar um elevado número de bens que nem sempre eram fáceis de transportar.

 Elevado número de transações – Para que se tivesse o bem desejado, era necessário,

por vezes, efetuar trocas intermédias, obrigando á realização de um número de transações mais ou menos elevado e ao transporte de um considerável número de bens.

10.1.2.Troca indireta

A troca direta constituía um entrave ao desenvolvimento das trocas e da economia.

Assim, passaram a ser utilizados alguns bens como intermediários na troca, que, sendo aceites por todos os membros da comunidade, permitem dividir a operação da troca em três partes: trocar o bem que possuo por um bem intermediário e posteriormente utilizá-lo para adquirir outros bens.

(42)

Tratava-se assim da troca indireta, funcionando esse intermediário como moeda, a moeda-mercadoria, que constitui a forma mais rudimentar da moeda.

10.2.Funções

 A moeda é um meio de pagamento geral e definitivo. Significa isto que qualquer dívida

pode ser paga em moeda, já que esta é de aceitação generalizada, pelo que, como consequência, o devedor fica definitivamente liberto dessa obrigação;

 É uma medida de valor, porque serve para exprimir o valor dos bens. O preço de cada

bem é expresso na moeda, o que permite, inclusivamente, comparar o valor dos bens;

 Constitui-se como uma reserva de valor, visto que podemos conservá-la para a

utilizarmos posteriormente, ou seja, não sendo gasta, permite ao seu detentor a aquisição de bens no futuro.

10.3.Tipos de moeda na atualidade

Inicialmente a moeda era de ouro e prata e o seu peso correspondia ao seu valor, sendo esta a fase da moeda pesada. Por vezes verificavam-se erros, e a moeda não era prática e por isso ela passou a ser contada, assemelhando-se a pequenos discos com determinados pesos para determinar a quantidade de ouro. (Moeda contada)

Para garantir a sua autenticidade, ela passou a ser cunhada. – Moeda cunhada

Com as longas distâncias a percorrer, os comerciantes passaram a depositar a moeda em bancos, onde recebiam um certificado de depósito, podendo ser levantado noutra cidade, era assim mais seguro e prático. Estes certificados representavam o ouro depositado, sendo eles designados por moeda papel.

Para evitar situações de abuso, o estado passou a intervir, chamando assim toda a exclusividade da emissão de moeda, decretando a obrigatoriedade da aceitação da sua moeda papel, tornando o seu curso forçado, sem que fosse possível converte-la, tornando-a inconvertível.

A moeda passou assim a circular com base na confiança nas pessoas que nela depositavam, era por isso moeda fiduciária.

(43)

Desta forma, a moeda papel transformou-se em papel-moeda. Passando agora o estado a poder emitir papel-moeda, os bancos continuavam a aceitar os depósitos dos seus clientes, mas agora em notar de banco, dando ordens ao seu banco através de cheques para movimentar dinheiro na sua conta. – Moeda escritural.

Formas atuais de moeda:

 Divisionária ou de trocos, constituída pela moeda metálica, utilizada sobretudo nos

pagamentos de baixo valor.

 Papel-moeda, notas de banco, utilizadas principalmente para pagamentos de valor

mais elevado.

 Moeda escritural, constituída por depósitos previamente efetuados nos bancos e que

pode ser movimentada, através de cheque, cartões de débito e de crédito. Fases da união económica e Monetária

• Existiram 3 fases Critérios de convergência:

 Inflação

 Défice orçamentaL

 Dívida pública

 Taxas de juro de longo prazo

 Estabilidade cambial

Défice orçamental: diferença entre as despesas e as receitas do Estado. Vantagens da moeda única:

Para os particulares:

• Facilita a comparação dos preços dos produtos nos vários países; • Facilita o turismo porque não é necessário fazer câmbio de moeda;

• Os salários, as poupanças e as reformas tornam-se mais estáveis porque o valor da moeda é mais estável o que implica maior poder de compra;

• Economia mais estável o que implica crescimento económico implicando assim a criação de emprego.

Para as empresas:

• Diminui os custos dos negócios, porque evita câmbios;

• Diminui os riscos dos negócios com países que não pertencem à EU, porque o euro é uma moeda internacionalmente aceite, que compete com o dólar;

• Permite obter empréstimos mais favoráveis, porque os juros tendem a baixar;

• Incentiva o investimento, porque, além de facilitar os empréstimos, a estabilidade que proporciona gera confiança.

Para a EU e os diversos países que a integram:

• Torna a Europa mais competitiva no comércio internacional, porque o euro pode mais facilmente rivalizar com o dólar e o iene;

(44)

• Torna a economia de cada país mais estável (alguns países deixam de ter uma moeda fraca);

• Estabilidade monetária duradoura o que implica a descida das taxas de juro e por sua vez implica o aumento do investimento e do emprego.

Desvantagens da moeda única:

• Sobrecarga de informação para o consumidor final, devido à dupla fixação dos preços;

• Custos de preparação da introdução do euro por parte do sector bancário;

• Elevado investimento em caixas automáticas, cabinas telefónicas, máquinas de contagem de moedas e notas, parquímetros, máquinas registadoras, etc.;

• Dupla contabilização e utilização de dois sistemas de pagamentos diferentes.

A única desvantagem que perdura é a perda de autonomia no que respeita à condução da política económica.

10.4.Novas formas de pagamento

10.4.1.Desmaterialização da moeda

Atualmente, enormes quantias circulam entre contas bancárias no mesmo país, ou entre países, através de meios eletrónicos, o que constitui mais um passo no processo de desmaterialização da moeda.

A desmaterialização da moeda acentuou-se com as formas atuais de moeda como os cartões eletrónicos (Multibanco, Visa, etc.) sendo a moeda eletrónica e a moeda informática, quando podemos efetuar transações através de um computador, efetuando os negócios de uma forma muito mais eficaz.

10.5. Inflação

Um bem tem um determinado valor que varia consoante a sua procura e a oferta. Por estas razões, é natural que o preço dos bens não se mantenha inalterável ao longo dos tempos. No entanto, quando assistimos a uma subida generalizada do preço, não de um ou de alguns bens ou serviços, mas na sua generalidade, independentemente da época do ano, do tipo de bem ou serviço, do nível da procura por parte dos consumidores, entre outras, é a esta subida anormal ou generalizada dos preços dos bens e dos serviços que se dá o nome de inflação. Mas o que é a inflação?

É o aumento persistente dos preços em geral. A inflação gera perdas de poder aquisitivo para a população do país onde ocorre. Para medir a inflação foram criados vários índices, elaborados a partir da Coleta de preços em vários segmentos da economia.

Mas o que origina a inflação?

São muitos os fatores que contribuem para a inflação, mas apesar da sua variedade podem destacar-se os seguintes:

(45)

- Inadequação entre a moeda em circulação e o volume de bens e de serviços postos à disposição dos consumidores: acarreta um excesso de procura devido ao aumento de moeda disponível nos compradores;

- Aumento de preço de alguns bens essenciais ao processo produtivo: matérias-primas e serviços relacionados com a produção/comercialização;

Causas para a Inflação

- As relações comerciais entre países: importação de inflação dos outros países quando se importa um bem de outro país;

- O aumento da massa salarial distribuída;

- Os gastos excessivos do Estado (que levam o governo a emitir mais dinheiro para pagar as suas dívidas, sem que haja aumento da atividade económica) – situação que já não é possível para os países da UE;

- Reajuste frequente do câmbio – situação que já não é possível para os países da EU;

- Inflação pelos custos - Ocorre quando o nível da procura agregada permanece o mesmo, mas os custos de produção aumentam, diminuindo a oferta agregada. Também chamada de inflação de oferta;

- Inflação pela procura - Diz respeito ao excesso de procura agregada, em relação à produção disponível (oferta agregada) de bens e serviços.

Como consequências da inflação temos uma bastante importante: consequência negativa em termos socioeconómicos.

Dessas consequências podemos destacar: - Depreciação do valor da moeda;

- Deterioração das condições de vida das pessoas.

Na sua essência, a inflação constitui um desequilíbrio entre a procura e a oferta e que cria uma tensão nas estruturas produtivas. Muitas definições e explicações se podem dar, o que varia de autor para autor. A inflação não é um aumento dos preços, imagem errada que muitos consumidores têm de inflação. A subida generalizada dos preços, o racionamento e o tabelamento dos preços não são mais do que sintomas e consequências da tensão inflacionária provocada pelo desequilíbrio entre a procura e a oferta.

Há vários Tipos de Inflação:

- Hiperinflação - Fenómeno económico caracterizado por um elevado aumento dos preços num curto espaço de tempo. As hiperinflações são raras, surgem em períodos de instabilidade política e de guerra. Por exemplo em 1990 a Polónia registou uma taxa de inflação superior a 1000 % .

- Inflação galopante ou trotante - Fenómeno económico que se caracteriza por um aumento rápido e elevado dos preços. A taxa varia entre 20 a 200 % e começam a surgir distorções económicas graves. Há uma grande descida do poder de compra e a moeda perde rapidamente o seu valor. Este tipo de inflação não é rara. A Economia da Inglaterra, da França e da Itália sofreram esta categoria de inflação após o choque petrolífero de 1973. Contudo, os países, através de instrumentos macroeconómicos conseguiram manter a inflação em níveis aceitáveis.

(46)

- Inflação moderada ou rastejante - Fenómeno económico caracterizado por um aumento reduzido dos preços. Os preços dos bens e serviços aumentam pouco. A taxa de inflação é inferior a 10%.

Mas associado à inflação também encontramos outro conceito:

deflação que é tão negativa como uma inflação elevada. A deflação é a variação negativa dos preços da economia. Significa a produção e o consumo decrescentes de bens e serviços produzidos num país. É má porque se for constante, conduz à diminuição e ao agravamento do padrão de vida das pessoas e à recessão 2.

Porque Queremos Medir A Inflação?

Os problemas motivados pela existência de inflação, ou com ela de algum modo relacionados, são de vária ordem.

Vejamos alguns exemplos teóricos.

Se os preços no consumidor sobem, tal facto poderá afetar a competitividade da economia, pois se os produtos de origem nacional se tornam mais caro, é natural que sejam menos procurados nos mercados internacionais. Neste caso, as exportações ressentir-se-ão, e poderão ficar em perigo alguns postos de trabalho, inicialmente, e de forma mais direta em empresas exportadoras, mas também, posteriormente, por via das várias interdependências que vigoram no seio do tecido produtivo, em empresas não exportadoras.

Por outro lado, a subida dos preços pode ser causada por um aumento dos custos de produção, o qual, pelo menos em parte, pode ser o resultado de medidas de política económica, seja na área dos preços administrados (combustíveis, por exemplo), seja noutras áreas, como a política monetária (se as taxas de juro cobradas pelos “A recessão é um período em que ocorre um grande declínio na taxa de crescimento económico de uma determinada região ou país. Resulta na diminuição da produção e do trabalho, dos salários e dos benefícios das empresas. Do ponto de vista dos empresários, recessão significa restringir as importações, produzir menos e aumentar a capacidade ociosa. Para o consumidor, significa restrição de crédito, juros altos e não ter estímulo para compras. Para o trabalhador, baixos salários e desemprego”.

As Taxas de Inflação

Como vimos até agora, a inflação é a subida do nível geral dos preços, podendo ser entendida como um processo de aumento gradual dos preços que resulta numa diminuição do poder de compra de uma dada quantidade de dinheiro.

A inflação é calculada através da evolução de um índice, que representa a média ponderada dos preços de um conjunto de bens. A percentagem de crescimento desse índice designa-se como taxa de inflação

Índice de Preços no Consumidor e no Produtor - o nome de Índice de Preços no Consumidor (IPC) e é a taxa que se utiliza usualmente como referência nas negociações salariais.

Existe ainda o Índice de Preços no Produtor (IPP) que mede a subida de preços de bens representativos das aquisições dos produtores.

Quando se fala de taxa de inflação sem referência expressa a um dado índice, supõe-se que nos estamos a referir ao Índice de Preços no Consumidor (IPC).

Os cálculos da inflação são bastante complexos, e a inflação pode ainda ser calculada com base numa taxa média ou taxa homóloga.

(47)

A taxa homóloga de inflação resulta da comparação dos preços de um determinado mês com os preços do mês homólogo (mês com o mesmo nome) do ano anterior.

A taxa média de inflação é a média das últimas 12 taxas homólogas.

Tanto a taxa média como a taxa homóloga são utilizadas para análise da inflação, mas é a taxa média que é utilizada como referencial das negociações salariais.

(48)

O EURO

A introdução do euro comportou um duplo desafio a todos os níveis e sectores da sociedade: a modernização e a racionalização de procedimentos ao nível da gestão e do controlo, bem como a alteração operacional para a nova moeda.

Para a introdução do euro houve necessidade de adotar um calendário de introdução da mesma no sistema monetário. Assim:

- A partir de 1 de Setembro de 2001, as moedas em euros foram disponibilizadas e preposicionadas junto das instituições de crédito e das Tesourarias de Finanças;

- A partir de 1 de Outubro de 2001, as notas em euros foram disponibilizadas e pré posicionadas junto das instituições de crédito, das Tesourarias de Finanças;

- A partir de 1 de Dezembro de 2001, os retalhistas puderam solicitar junto das instituições de crédito notas e moedas em euros para os seus fundos de caixa, sendo que as mesmas apenas poderão ser utilizadas em transações, a partir de 1 de

Janeiro de 2002;

- A partir de 17 de Dezembro de 2001, as instituições de crédito começaram a distribuir pelos particulares moedas até ao valor de 10 euros, sendo que as mesmas apenas foram utilizadas em transações, a partir de 1 de Janeiro de 2002; O desafio do

Euro

- A partir de 31 de Dezembro de 2001, as instituições de crédito deixaram de fornecer notas e moedas em escudos;

- A partir de 1 de Janeiro de 2002, um número significativo de ATM's distribuiu notas de 5, 10, 20 e 50 euros;

- A partir de 1 de Janeiro de 2002, todos os retalhistas que tiverem de efetuar trocos nas transações com os seus clientes, tiveram de fazê-lo em euros;

- O período de dupla circulação das notas e das moedas em euros e em escudos, iniciou-se em 1 de Janeiro de 2002, e terminou no dia 28 de Fevereiro do mesmo ano, deixando, no dia 1 de Março seguinte, de ter curso legal e poder liberatório todas as notas e moedas em escudos; - Até 30 de Junho de 2002, a troca das notas e moedas em escudos, por notas e moedas em euros, pode ser efetuada junto dos balcões das instituições de crédito e das Tesourarias de Finanças;

- Até 31 de Dezembro de 2002, a troca das moedas em escudos, por moedas em euros, só poderá ser efetuada na sede, filial, delegações regionais ou agências do Banco de Portugal; - Para além dos prazos previstos nas duas alíneas anteriores , o pagamento em euros, das notas em escudos retiradas de circulação efetuar-se-á, nos termos da lei, num prazo de 20 anos, na sede, filial, delegações regionais ou agências do

Banco de Portugal.

Mas o que é o Euro?

O euro (€) é a moeda oficial de 13 dos 27 países da União Europeia. O euro existe na forma de notas e moedas desde 1 de Janeiro de 2002, e como moeda escritural desde 1 de Janeiro de 1999. São os seguintes os países que adotaram a moeda comum:

Alemanha, Áustria, Bélgica, Eslovénia (aderiu a moeda em 2007), Espanha, Finlândia, França, Grécia (aderiu a moeda em 2001), Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal, prevendo-se que com a expansão da União Europeia, alguns dos aderentes possam nos próximos anos partilhar também o euro como moeda oficial. Alguns pequenos países europeus que não praticavam políticas de moeda própria usam também o euro: Andorra, Mónaco, São

(49)

Marino e Vaticano. O Montenegro também utiliza o euro como sua moeda oficial. A 1 de Janeiro de 2007 a Eslovénia foi o 13.º país a aderir à moeda única.

Benefícios do Euro

Há um conjunto alargado de benefícios da existência de uma única moeda corrente europeia que eram os motivos principais que estavam por atrás da criação do euro. Benefícios práticos para cidadãos como sejam viajar com o euro, haver um único mercado, um só mercado financeiro, benefícios de uma única moeda corrente à economia de toda de Europa e uma referência no mundo, vantagens para o papel internacional de Europa Integração política. Os benefícios relacionaram-se ao processo mais largo da pesquisa académica da integração sobre os méritos relativos de fixo e as taxas de troca flexível (área de moeda corrente) apontam também a um número de desafios económicos para os países que participam numa única Benefícios do Euro moeda corrente. Estes incluem o aumento da mobilidade de trabalho e importante e incentivar a competição de comércio e mais forte.

O Símbolo do Euro Inspira-se na letra grega "epsilón", remetendo assim, simultaneamente, para o berço da civilização europeia e para a primeira letra da palavra "Europa". As linhas paralelas representam a estabilidade do euro.

O Euro e as implicações com o Estado

O euro não trouxe só a alteração da moeda do escudo para o euro e na conversão dos preços. O próprio Estado também teve consequências na aplicação do Euro. Algumas das implicações passam por:

• melhores resultados, em termos de estabilidade de preços; • Impossibilidade de criar moeda para suprimir défices orçamentais;

• Os défices orçamentais dos Estados-membros não devem exceder 3% do PIB, salvo se tiverem carácter excecional;

• A dívida pública não deve exceder 60% do PIB, ou deve aproximar-se dos valores de referência, com uma rapidez satisfatória.

(50)

Bibliografia

Gomes, Rita; Silva, Fernando, Economia, Manual nível 3 - Ensino profissional, Porto Editora, 2010

Henriques, Lucinda Sobral; Leandro, Manuela, Economia A, Manual 10º-11º anos, Porto Editora, 2008

Neves, João César, O meu livro de economia, Texto Editores, 2009

Sites Consultados Universidade Aberta

Apontamentos “Introdução à Economia”

Referências

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