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pANdOrA

pANdOrA

O QUE É

O QUE É

DISCRIMINAÇÃO

DISCRIMINAÇÃO

Edição n˚1 - Dezembro/2017 Edição n˚1 - Dezembro/2017

PALAVRA DO CURADOR

PALAVRA DO CURADOR

/0

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7

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CASO REAL

CASO REAL

/20

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ATIVISTAS

ATIVISTAS

/23

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SENSO COMUM

SENSO COMUM

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ADILSON J. MOREIRA

ADILSON J. MOREIRA

+

(2)
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O QUE É

O QUE É

DISCRIMINAÇÃO

DISCRIMINAÇÃO

+

+MAISMAIS

JUSTIFICANDO

JUSTIFICANDO

Acesse todos os conteúdos em:

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(4)

CURADOR:

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Adilson J. Moreira

Adilson J. Moreira

TEXTO:

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Igor Leone

Igor Leone

REVISÃO DE TEXTO:

REVISÃO DE TEXTO:

Brenno Tardelli

Brenno Tardelli

CAPA:

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André Zanardo

André Zanardo

ARTE E DIAGRAMAÇÃO:

ARTE E DIAGRAMAÇÃO:

André Zanardo e Andrew Luscher

André Zanardo e Andrew Luscher

Todos os dieitos

Todos os dieitos reservados.reservados.  Nenhuma parte desta edição pode ser  Nenhuma parte desta edição pode ser

utilizada ou reproduzida - por qualquer meio ou forma, utilizada ou reproduzida - por qualquer meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação etc. seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação etc. nem apropriada ou est

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 sem expressa autorização da editora.

Justificando Conteúdo Cultural LTDA Justificando Conteúdo Cultural LTDA

Av. Paulista, 1776 - Cerqueira César, São Paulo - SP, 01310-921 Av. Paulista, 1776 - Cerqueira César, São Paulo - SP, 01310-921

DIRETOR EXECUTIVO:

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André Zanardo

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DIRETOR EDITORIAL:

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Igor Leone

Igor Leone

[EDIÇÃO N˚1 - O

[EDIÇÃO N˚1 - O QUE É DISCRIMINAÇÃO]

QUE É DISCRIMINAÇÃO]

p

p

(5)

7

21

10

22

13

24

17

29

INTRODUÇÃO

CASO REAL

Introdução

NA GRINGA

Tipos de

 Discriminação

ATIVISTAS

 HISTÓRICOS

Clichês

FILMES

-O Q U E V -O C Ê V A I

E N C O N T R A R A Q U I

PALAVRA DO

CURADOR

Se você não sabe por onde começar, aqui pode ser um bom ponto de partida. A Pandora é isso, uma caixa repleta de pensamento crítico para você se perder e quem sabe encontrar alguma esperança.

Em 2017 ainda existem muitos clichês racistas que precisam acabar.

Lembrar para nunca esquecer. Rafael Braga Vieira, mais um caso.

Discriminação ”na gringa” sim, pois esse não é um problema só dos brasile-iros. Conheça os Dalits na Índia.

Quem nunca trocou uma boa aula por um filme maneiro?

(6)

O L Á , M E N T E S

I N Q U I E T A S

5

Sejam muito em vindos ao nosso Guia de In-trodução ao Direito Antidiscriminatório, elab o-rado pelo time do Justificando  e com a

coor-denação do  Professor Adilson J Moreira. Esse

manual, assim como o curso, é completamente baseado no livro ”O Que é Discriminação”, da

Editora Letramento com o selo do Justificando

e de autoria do próprio Adilson. Aqui você vai encontrar conceitos básicos, exemplos práticos, indicações de filmes, autores e como operam as principais formas de discriminação. Preparado?

Esperamos que gostem, pois esse e mais um capítulo do Justificando que está sendo escrito

com a sua ajuda.

(7)

Q U E M

A P O I A

E S T A

I D E I A

e x t r e m a m e n t e

d e s c o l o n i z a d o r

s o b t o d o s

o s p o n t o s d e

v i s t a

“ A d i l s o n

m o r e i r a é u m

d o s g r a n d e s

i n t e l e c t u a i s d o

n o s s o t e m p o ”

e l e p r e e n c h e

d e r e a l i d a d e o

t e m a d o s d i r e i

  t o s f u n d a m e n

-t a i s

6

[Sílvio Almeida] JURISTA e PRESIDENTE Do Instituto Luís Gama

[Djamila Ribeiro]

Mestre em filosofia política

[JOICE BERTH]

FEMINISTA NEGRA E COLUNISTA DO JUSTIFICANDO

(8)

C O M A P A L A V R A,

A D I L S O N J . M O R E I R A

O curso que está sendo apresentado ao público bra-sileiro pode ser visto como um dos pontos culmi-nantes da minha trajetória como indivíduo e como acadêmico. Esse percurso teve início na minha adolescência, momento no qual começou a minha militância pela igualdade racial. Não há dúvidas de que minha decisão de ingressar em uma faculdade de direito decorreu do meu interesse em lutar pela transformação da situação social de grupos margin-alizados. Meu interesse sobre esse tema aumentou

ainda mais quando me deparei com a completa aus-ência de reflexões sobre a questão racial na litera-tura jurídica brasileira. Embora temas como direitos humanos e direitos fundamentais sejam sempre discutidos nesse espaço, os motivos que impedem o gozo desses direitos nunca são debatidos e, por-tanto, nunca adequadamente compreendidos. Isso obviamente contribui para a reprodução da opressão social porque os mecanismos de exclusão permane-cem encobertos por uma dogmática jurídica que

MOREIRA s empr e quis entender os mecanismos que perp etuam o r acismo. Doutor p ela pr est igiosa un iversidade de har v ar d, o profess or

acaba de lançar s eu livro o Que é discrimin ação e é o cur ador do mês na pandor a do Justificando.

(9)

Conhecer as pessoas que idealizaram e construíram o Portal Justificando  foi um momento de grande relevância para a minha trajetória e para o meu propósito de divulgar um tipo de conhecimento  jurídico que tem importância central para o avanço da democracia na nossa sociedade. Esses indivídu-os procuram transformar a cultura jurídica brasileira por meio de uma crítica das formas como interesses de grupos particulares determinam as nossas práti-cas jurídipráti-cas. Temos normas progressistas cuja apli-cação e interpretação é limitada por causa de uma cultura jurídica comprometida com a reprodução do poder de grupos tradicionais. Estou muito feliz por fazer parte da iniciativa dessas mentes inquietas que procuram pensar o direito também a partir do ponto de vista dos subordinados.

O curso“O que é discriminação?” explora temas cen-trais do direito antidiscriminatório, um campo que ainda não está adequadamente sistematizado no Brasil. O curso enfatiza o estudo de diversas teorias de discriminação, conhecimento essencial para a construção de um país mais igualitário, um dos ob- jetivos centrais do nosso sistema jurídico e político. Juristas, gestores, políticos, estudantes, militantes terão acesso ao conhecimento de temas necessários para o alcance das mudanças que almejamos. Es-tou extremamente feliz em poder desenvolver esse projeto com pessoas efetivamente progressistas porque estão comprometidas com o protagonismo de pessoas que não encontrariam expressão em veículos tradicionais. O lançamento desse curso é um momento de realização pessoal porque dediquei as últimas duas décadas ao estudo desse tema. Ele agora atingirá dezenas de milhares de pessoas que poderão compreender melhor a própria experiência pessoal, a forma como nossa sociedade funciona, e também ter acesso a ideias e teorias que têm o po-tencial de promover a igualdade entre nós.

“ D e d i q u e i a s ú l t i m a s d u a s

d é c a d a s a o e s t u d o d e s s e

t e m a . ”

A D I L S O N M O R E I R A

Doutor em Direito por Harvard Professor de Direito Constitucinal

(10)

[

tem vida lá fora

...]

f o r 

a t e 

m e r 

p

9

(11)

As leis que se referem à garantia

da efetividade da igualdade, à

proteção de grupos socialmente

vulneráveis, bem como a

juris-prudência* relativa à interpretação

e aplicação dessas leis.

O estudo das diversas teorias

sobre formas de discriminação que

ocorrem dentro de uma sociedade,

práticas que impedem a realização

dos ideais igualitários que as leis

tentam garantir.

A doutrina* referente às formas

como as leis devem ser

interpreta-das e aplicainterpreta-das, além da reflexão

sobre as medidas necessárias para

a inclusão de grupos sociais

minoritários. Esses estudos são

importantes para o esclarecimento

de como sistemas de opressão

O D I R E I T O A N T I D I S C R I

-M I N A T Ó R I O É U -M A S S U n T O

Q U E E N G L O B A 3 C O I S A S

* Doutrina para leigos: conjunto de ideias, opiniões e conceitos que servem para sustentar teorias e interpretações jurídicas. As doutrinas são muitas vezes o que embasam uma determinada jurisprudência.

*Jurisprudência para leigos: decisões judiciais recorrentes que formam uma linha de pensamento.

1

2

3

(12)

Discriminar significa categorizar uma

pessoa a partir de uma característica,

como a cor da pele, aparência física,

orientação sexual ou situação jurídica,

para atribuir a ela uma consequência.

Significa também impor a outra pessoa

um tratamento desvantajoso a partir

de um julgamento moral negativo.

Além do mais, a discriminação pode ser

provocada tanto por pessoas como por

empresas e instituições, é o caso da

discriminação organizacional e

estru-tual, que você vai ver mais na frente.

Preconceito é uma atude negava de alguém em relação a outra pessoa, que

se baseia em generalizações e julga

-mentos irracionais ou prematuros. Uma pessoa preconceituosa, quando interage com o outro, acredita que existem diferenças essenciais entre ela e o outro. São os preconceitos que acabam movando comportamentos discriminatórios, pelo simples fato da pessoa acreditar que pertence a um grupo diferente ou superior.

      p

      r

      e

      m

      i

      s

      s

      a

      s

D I S C R I M I N A ç Ã O

P R E C O N C E I T O

11

(13)

      p

      r

      e

      m

      i

      s

      s

      a

      s

São modelos mentais que determinam a percepção das pessoas. É a

forma como grupos sociais dominantes expressam seus valores e

seus códigos culturais, geralmente na forma de associações

simbóli-cas inseridas no imaginário social. O estereótipo cumpre uma função

ideológica e serve pra sustentar práticas discriminatórias. É fácil

identificar estereótipos principalmente no humor, quando suas

man-ifestaçõs de xenofobia, racismo, machismo e intolerância religiosa

são gritantes. Exemplos clássicos que você já ouviu por aí: "árabes

são terroristas", "chineses são todos iguais", "baianos são

preguiçosos", "mulheres dirigem mal". Dica de som, se liga na música

do Rashid - "Estereótipo".

E S T E R E Ó T I P O

(14)

t i p o s d e

d i s c r i m i n a ã o

Discriminação Direta:

esse tipo de discriminação

ocorre quando você trata alguém de forma desvan

-tajosa a partir de um critério que é proibido por lei.

Esse tipo de discriminação precisa ser intencional

e arbitrária, ou seja, cria-se uma desvantagem não

 justificada para um indivíduo ou para um grupo. Há

também uma relação de poder, de status social, en

-tre aquele que discrimina e aquele que é discrimi

-nado.

Discriminação Indireta:

diferente da discriminação

direta, que se baseia na ideia de arbitrariedade, in

-tencionalidade e relação de poder, a indireta não

tem a intenção de discriminar (ou, ao menos, essa

intenção esta encoberta). A discriminação indire

-ta -também se caracteriza pelo conceito de impacto

desproporcional, é o caso da Súmula 70 do Tribunal

de Justiça do Rio de Janeiro. Essa súmula afirma ser

possível a condenação criminal de pessoas em pro

-cessos que teve como única base a palavra dos poli

-ciais que efetuaram a prisão. Sendo assim, a súmula

tem um peso muito maior para pessoas negras, que

são maiores alvos da atuação policial, que é e

sem

-pre foi claramente discriminatória.

(15)

Discriminação Estrutural:  O racismo é

estrutural e estruturante. Isso significa dizer que se você é negro ou negra no Brasil, há uma estrutura em vigor que prejudica sua vida, indaependente da vontade da pessoa negra ou branca. Ou seja, o racismo estrutural está acima de experiências individuais, por submeter pessoas discriminadas a experiências comuns. Exemplos: suas chances de morrer vítima de um tiro da polícia são maiores do que se você for uma pessoa branca; o mesmo vale para chances de receber salários menores, de morrer vítima de aborto inseguro e assim por diante em inúmeros casos.

(16)

-Organizacional:

 A discriminação organizacional ocorre, por

exemplo, quando instituições (empresas e órgãos do

gover-no) não tomam as medidas necessárias para que pessoas

de diferentes grupos sociais estejam representadas em

seus quadros. Entenda esse conceito em duas fotos:

//Encon tre um n

egro

/ / E ncont re um branco

(17)

Interseccional:

 Os indivíduos podem ser discriminados a partir de diferentes vetores, pois existem

minorias dentro de minorias. Um bom exemplo pra você compreender o conceito de discriminação

interseccional é o da mulher negra. Ela sofre duas experiências de desvantagem social, uma

basea-da no racismo e outra no sexismo. E essas duas desvantagens não operam de forma

independen-te, pelo contrário, são simultâneas, formando uma convergência de desvantagens que torna sua

subordinação ainda maior.

(18)

 A adoção por casais homossexuais causa problemas para crianças?

Inúmeros estudos desenvolvidos ao longo das últimas três décadas demon-stram de forma clara que a homoparen-talidade não prejudica o desenvolvimen-to emocional e cognitivo de crianças. Algumas pesquisas mais recentes deixam claro que filhos de pais e mães homossexuais se desenvolvem de forma mais positiva do que filhos de pais heter-ossexuais. Isso ocorre porque os primeiros passam mais tempo conver-sando com seus filhos, fator importante para o desenvolvimento de um senti-mento de segurança emocional.

 Ações afirmavas são prácas discrimi -natórias contra brancos?

Ações afirmativas não podem ser carac-terizadas como uma discriminação contra brancos porque esse termo implica, entre outras coisas, a intenção de impor desvantagem social a membros de um grupo social. Essas medidas não procur-am impedir que brancos possprocur-am ter acesso a oportunidades sociais, mas sim reverter as consequências das práticas discriminatórias que, para garantir o status social privilegiados de brancos, provocam a subordinação de negros.

C l i c h ê s

Q U E A I N D A

E X I S T E M E M 2 0 1 7

c a , s e n s u a l e , m e m b a h a

r , b a d a i , u l a l a , c i y u s ,

g g u h , f b d p , m a s y a ,

y o i

a m a c

c e t a

c u n g

e l e c

t r o l e

c u n g

B R A S I

x e t a

P O D E R

a m a c

N U N C

s u n g

c e t a r

z e y g y

c e t a r , b a d a i ,

m a c a

e t a R

l e c a

r o l e

A S I L

e t a R

m a c a

U N C O

u a L E

u a L E

u a L E

u a L E

u a L E

17 

(19)

"Na média mundial, os salários

das mulheres são 24% menores

do que os dos homens. No Brasil,

o salário das mulheres equivale a

72% dos salários

dos homens.

18

(20)

80

países do mundo connuam a

considerar a homossexualidade

ilegal. Destes, cinco ainda

apli-cam a pena de morte pela

avidade homossexual.

19

(21)

20

Rafael Braga Vieira  é sem dúvida um dos casos mais simbólicos da seletividade do sistema penal e também um dos casos mais denunciados pelo movimento negros dos últimos anos. Preso em flagrante no dia 20 de julho de 2013, com uma garrafa de Pinho Sol e outra de água sanitária, Rafael foi acusado, processado e condena-do por porte de material explosivo e incendiário. Mesmo após o resultado da perícia, dizendo que a combinação dos dois produtos tinha "mínima aptidão e ínfima possibilidade de funcionar", Rafael foi condenado a 4 anos e 8 meses de prisão. Ele cumpriu pena até progredir ao regime semi aberto, ou seja, saía para trabalhar durante o dia e à noite voltava para o presí-dio. Um dia, voltando do trabalho, ele posa para uma foto em frente uma pichação com os dizeres "você só olha da esquerda para direita, o estado te esmaga de cima abaixo". Essa foto foi o suficiente para que o juiz decidisse pela regressão do seu regime e o deixasse 10 dias de castigo na solitária.

O tempo passa novamente e Rafael progri-de progri-de regime, passando ao regime aberto, com tornozeleira eletrônica. Um dia, indo comprar pão pra sua mãe, Rafael é parado pela polícia e levado a delegacia. Lá, acaba sendo mais uma vítima negra do flagrante forjado, acusado de portar 9 gramas de cocaína e 0,6 gramas de maconha. Pena, 11 anos de prisão.

Rafael ilustra diversos aspectos da discriminação, apenas pare pra pensar se um homem, branco, rico seria preso pelo porte de produtos de limpeza? Ou se o homem, branco, rico ficaria 10 dias de castigo na solitária por ter tirado uma foto em uma pichação? E por fim, se o homem, branco, rico seria condenado a 11 anos de prisão, por tráfico, portando 9 gramas de cocaína? Pronto, você entendeu o que é discriminação.

U M

C A S O

R E A L

(22)

são afetadas por discriminação de castas no mundo,  principalmente na Índia, Siri Lanka, China e Japão.

www.unicef.org/protecon

250 milhões

de pessoas

Dalits é um termo utilizado para designar um grupo formado por trabalhadores braçais, considerados "intocáveis" e impuros de acordo com o sistema de castas hinduísta. A eles ficou destinado os empregos que envolviam lidar com mortos (animais e pessoas), lixo, esgoto e qualquer outra profissão considerada desa-gradável, tendo em vista que eram vistos como "menos humanos".

Dr. Ambedkar, nascido na casta dalit, foi um  jurista e o primeiro ministro da Justiça da Índia,

é considerado uma das figuras centrais no combate a discriminação social contra os dalits. Ambedkar participou da elaboração da Constituição indiana de 1947, que não só proib-iu a "intocabilidade", como também proibproib-iu o sistema de discriminação por castas. No entanto, o preconceito ainda é muito presente, pois os dalits continuam enfrentando dificul-dades no mercado de trabalho e geralmente casam entre si. Em 1997, o país elegeu o primeiro presidente de origem dalit, K.R.Narayanan.

21

     N

     A

     G

     R

     I

     N

     G

     A

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p h o t o t i t l e

Quam cum quis idupecri cora goblok begok Etrurimpris ad caudellario

(23)

CAPA

PERSONALIDADES

      A

      T

      I

      V

      I

      S

      T

      A

      S

      h

      i

      s

      t

       ó

      r

      i

      c

      o

      s

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25

22

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Foi um pastor protestante e ativista político norte americano. Se destacou como um dos líderes mais importantes do movimento dos direitos civis negros dos Estados Unidos, organizando marchas pelo direito ao voto, o fim da segregação, o fim das discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos. Apoiava os ideais do socialismo, acreditando que o capitalismo não era capaz de oferecer uma solução para a miséria do povo negro americano. Toda sua campanha foi pautada no princípio da não violência, baseada na filosofia pregada pelo líder indiano Manhatman Gandhi. Estrat-egista, Luther King apostou que usando essa metod-ologia a opinião pública se tornaria favorável ao movimento negro. Em 1963 liderou a Marcha sobre Washington, que reuniu 250 mil pessoas, onde faz seu clássico e eterno discurso, “I Have a dream”, que descreve uma sociedade, onde negros e brancos vivem harmoniosamente. Em 14 de outubro de 1964 King recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelo combate à desigualdade racial através da não violência e quatro anos depois foi assassinado em Memphis, Tennessee, pouco antes do início de um protesto que participaria.

M A r t i n

L u t h e r K I N G J R .

(25)

De líder rebelde a presidente da África do Sul, o advogado Nelson Mandela é sem dúvida um dos mais importantes líderes africanos que já existiu e um ícone internacional na defesa das causas humanitárias. Foi figura central na resistência não violenta contra o regime de segre-gação racial, acusado, julgado e condenado por traição, tornou-se o prisioneiro mais famoso do mundo. 27 anos preso. Em 2013, o jornal The New York Times revelou que a CIA teve participação decisiva na sua perseguição e captura. Mandela foi o primeiro presidente eleito da África do Sul. Depois de exercer seu manda-to, continuou advogando em causas humanitárias, até falecer em sua casa em 2013.

Mandela

Nelson

N E L S O N M A N D E L A

(26)

Foi uma ativista negra brasileira e umas das principais lideranças do Movimento Negro Unificado (MNU). Durante sua trajetória empenhou-se em sistematizar o legado da feminista negra Lélia Gonza-lez. Foi imprescindível nos direitos mulheres negras e umas das primeiras a propor o enfrentamento ao genocídio dos  jovens negros. Foi uma figura importante

nas negociações que implementaram o Estatuto da Igualdade Racial, em 2009, o primeiro grande marco de direitos para a população negra. Também trabalhou na pré-implementação do Programa de Combate ao Racismo Institucional para os Estados de Pernambuco e da Bahia junto ao Ministério do Governo Britânico para o Desenvolvimento Internacional (DFID). Participou de projetos do PNUD (Pro-grama das Nações Unidas para o Desen-volvido) de combate ao racismo e possuía Mestrado em Ciências sociais pela Univer-sidade Federal da Bahia e doutorado em Sociologia pela Universidade de Michigan. Foi titular da Secretaria de Promoção da Igualdade Social da Bahia, de 2008 a 2010, e ministra-chefe da Secretaria de Políti-cas PúbliPolíti-cas da Igualdade Racial, de 2011 a 2014. Faleceu em julho de 2016.

L U I Z A

D E  B A I R R O S

H E L E N A

(27)

filmes

Reel Bad Arabs  é um documentário de

2006 que analisa como Hollywood corrompeu e manipulou a imagem dos árabes através do cinema, demonstran-do que são o povo mais perseguidemonstran-do da indústria de filmes americana. A humanidade inteira deles foi roubada pouco a pouco, sendo projetados apenas através de estereótipos de homens malvados e fanáticos religiosos. O filme explora a premissa de que a política reforça imagens míticas, assim como imagens míticas reforçam a política, em um processo que se retroalimenta continuamente. A criação do Estado de Israel, o embargo árabe do petróleo e a Revolução Iraniana foram alguns dos marcos históricos explorados pelo docu-mentário para revelar como a imagens dos árabes começou a ser moldada para servir a determinadas agendas.

26

Era o Hotel Cambridge mostra a chegada

de refugiados ao Brasil que dividem a ocupação de um velho edifício abandona-do no centro de São Paulo com um grupo de sem-tetos. Com uma câmera circu-lando lá dentro, a diretora Eliane Caffé retrata o drama real dos moradores e a interação deles com personagens fictícios que enfrentam juntos a dura realidade da vida nas ruas, colocando em pauta uma das principais questões sociais do Brasil: a habitação, ou a falta dela.

(28)

É um documentário narrado pelo ator Samuel L. Jackson e produzido pelo diretor e ativista haitiano Raoul Peck. O filme explora o livro inacabado de James Baldwin sobre a vida e morte de três grandes amigos seus: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King, grandes líderes de movimentos civis americanos. O filme expõe a violência vivida na época, traçando um paralelo com os dias atuais e com o surgimento de importantes movimentos sociais como Black Lives Matter e os Panteras Negras.

27 

      f

      i

      l

      m

      e

      s

(29)

Quem manja do tema

nas redes sociais?

O QUE FAZ:

SÍLVIO ALMEIDA

IDADE:

POR QUE SEGUIR: CIDADE:

Advogado / Presidente do Instituto Luis Gama 38 anos

Um dos maiores pensadores marxistas da São Paulo

atualidade, escreve sobre filosofia e direito.

fb/silvioalmeida @silviolual

O QUE FAZ:

STEPHANIE RIBEIRO

IDADE:

POR QUE SEGUIR: CIDADE:

Ativista Feminista Negra / Colunista Marie Claire 23 anos

Com mais de 40 mil seguidores, a escritora São Paulo

traz enfoque interseccional para as polêmicas da atualidade.

fb/stephanie.ribeiro.93 @RibSte

O QUE FAZ:

GELEDÉS

IDADE:

POR QUE SEGUIR: CIDADE:

Organização que tem como missão combater

Fundado em 1988 (29 anos)

Uma das ONGs de maior importãncia São Paulo

para o feminismo negro no Brasil, traz textos diários.

fb/geledes   @geledes

30

(30)
(31)

25

pANdOrA

(32)

"Se você não for cuidado

-so,

os jornais farão você

odiar as pessoas que estão

sendo oprimidas, e amar as

pessoas que estão

oprimin-do". Malcolm X.

Referências

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