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PORTUGUÊS - 2 o ANO MÓDULO 03 SIGNIFICAÇÃO TEXTUAL: AMBIGUIDADE E IRONIA

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

PORTUGUÊS - 2

o

ANO

MÓDULO 03

SIGNIFICAÇÃO

TEXTUAL: AMBIGUIDADE

E IRONIA

(2)
(3)
(4)

Fixação

1) (UNICAMP) O tema desta tira é, tecnicamente falando, um “neologismo semântico”, isto é,

um novo sentido – surgido há alguns anos –, assumido por uma palavra que já existia. A palavra

em questão é o verbo “ficar”, que ocorre três vezes neste caso.

(O Estado de S.Paulo, 21/11/93)

a) Qual (ou quais) das ocorrências representa(m) um sentido mais antigo do verbo “ficar”? Qual(is)

representa(m) o novo sentido?

b) Que palavra provavelmente preencheria as reticências da terceira fala?

c) A última fala pode ser interpretada como sendo irônica. Por quê?

Fixação

2) (ITA) No texto seguinte, sobre as eleições em São Paulo, há ambiguidade no último período,

o que pode dificultar o entendimento.

Ao chegar à Liberdade*, a candidata participou de uma cerimônia xintoísta (religião

japonesa anterior ao budismo). Depois, fez um pedido: “Quero paz e amor para todos”.

Ganhou um presente de um ramo de bambu.

(Folha de S.Paulo, 9/7/2000, adaptado. (*) Bairro da cidade de São Paulo. )

A ambiguidade deve-se:

a) à inadequação na ordem das palavras;

b) à ausência do sujeito verbal;

c) ao emprego inadequado dos substantivos;

d) ao emprego das palavras na ordem indireta;

e) ao emprego inadequado de elementos coesivos.

(5)

Fixação

1) (UNICAMP) O tema desta tira é, tecnicamente falando, um “neologismo semântico”, isto é,

um novo sentido – surgido há alguns anos –, assumido por uma palavra que já existia. A palavra

em questão é o verbo “ficar”, que ocorre três vezes neste caso.

(O Estado de S.Paulo, 21/11/93)

a) Qual (ou quais) das ocorrências representa(m) um sentido mais antigo do verbo “ficar”? Qual(is)

representa(m) o novo sentido?

b) Que palavra provavelmente preencheria as reticências da terceira fala?

c) A última fala pode ser interpretada como sendo irônica. Por quê?

Fixação

2) (ITA) No texto seguinte, sobre as eleições em São Paulo, há ambiguidade no último período,

o que pode dificultar o entendimento.

Ao chegar à Liberdade*, a candidata participou de uma cerimônia xintoísta (religião

japonesa anterior ao budismo). Depois, fez um pedido: “Quero paz e amor para todos”.

Ganhou um presente de um ramo de bambu.

(Folha de S.Paulo, 9/7/2000, adaptado. (*) Bairro da cidade de São Paulo. )

A ambiguidade deve-se:

a) à inadequação na ordem das palavras;

b) à ausência do sujeito verbal;

c) ao emprego inadequado dos substantivos;

d) ao emprego das palavras na ordem indireta;

e) ao emprego inadequado de elementos coesivos.

(6)

Fixação

3) (ITA) Leia o texto seguinte:

A aposentada A. S., 68, tomou na semana passada, uma decisão macabra em relação

ao seu futuro. Ela pegou o dinheiro de sua aposentadoria (um salário mínimo) e comprou

um caixão.

A. mora com a irmã, M. F., 70, que também é aposentada. Elas não têm parentes. A. diz

que está investindo no futuro. Sua irmã a apoia. A. também comprou a mortalha - roupa que

quer usar quando morrer. O caixão fica guardado na sala da casa.

(Aposentada compra caixão para o futuro. Folha de S.Paulo, 22/8/1992, daptado.)

a) Localize um trecho que revela ironia.

b) Explique como se dá esse efeito de ironia.

Fixação

A psicologia evolucionista aprontou mais uma: “descobriu” que mulheres preferem homens

mais másculos quando estão na fase fértil do ciclo menstrual.

A pesquisa foi realizada pela Escola de Psicologia da Universidade de Saint Andrews, na

Escócia (Reino Unido). É um gênero de investigação que anda na moda e acende polêmicas

onde aparece. Os adeptos da psicologia evolucionista acham que escolhas e comportamentos

humanos são ditados pelos genes, antes de mais nada.

Dito de outro modo: as pessoas agiriam, ainda hoje, de acordo com o que foi mais

vantajoso para a espécie no passado remoto, ou para a sobrevivência dos indivíduos. Entre

outras coisas, esses darwinistas extremados acreditam que machos têm razões biológicas

para ser mais promíscuos. (...)

(LEITE, Marcelo. Ciclo menstrual pode alterar escolha sexual, Folha de S.Paulo, Caderno Ciência, 24/6/1999.)

4) (ITA)

a) Aponte duas marcas ou expressões linguísticas usadas, no texto, que produzem efeito de

ironia.

(7)

Fixação

A psicologia evolucionista aprontou mais uma: “descobriu” que mulheres preferem homens

mais másculos quando estão na fase fértil do ciclo menstrual.

A pesquisa foi realizada pela Escola de Psicologia da Universidade de Saint Andrews, na

Escócia (Reino Unido). É um gênero de investigação que anda na moda e acende polêmicas

onde aparece. Os adeptos da psicologia evolucionista acham que escolhas e comportamentos

humanos são ditados pelos genes, antes de mais nada.

Dito de outro modo: as pessoas agiriam, ainda hoje, de acordo com o que foi mais

vantajoso para a espécie no passado remoto, ou para a sobrevivência dos indivíduos. Entre

outras coisas, esses darwinistas extremados acreditam que machos têm razões biológicas

para ser mais promíscuos. (...)

(LEITE, Marcelo. Ciclo menstrual pode alterar escolha sexual, Folha de S.Paulo, Caderno Ciência, 24/6/1999.)

4) (ITA)

a) Aponte duas marcas ou expressões linguísticas usadas, no texto, que produzem efeito de

ironia.

(8)

Fixação

Ironia fina

Ironia é como onda de rádio, se não encontrar um receptor adequado, perde-se. Não adianta você escrever com ironia se não é lido com ironia, e o desencontro pode ser perigoso. Uma vez, escrevi que a solução para o Brasil era eliminar o povo, único responsável pelos nossos maus índices sociais. Sem o povo e sua miséria, seríamos um dos países mais adiantados do mundo.

Recebi uma carta de um leitor que entendia que eu estava brincando quando falava em “eliminar” o povo, o que seria uma impossibilidade, mas me cumprimentando pela coragem: finalmente, alguém apontava o dedo para os verdadeiros culpados pela nossa situação. Outra vez, escrevi que o Movimento dos Sem-Terra tinha cometido o pior crime que um movimento de reivindicação social poderia cometer, que era se organizar e agir, e não faltaram leitores me chamando de insensível e reacionário. Estes, pelo menos são desentendimentos sinceros, devidos à falta de discernimento ou senso de humor. Também há os que leem o que querem, não o que você escreveu, ou lhe atribuem posições que você não tem, mas aí já passamos para a falta de outra coisa.

Muitas vezes, a culpa pelo mal-entendimento é de quem escreve, e tem a mínima obrigação profissional de ser claro. Mas uma mínima, também,

colaboração do leitor é indispensável. Talvez a solução seja fazer como naquele filme americano, uma comédia cujo título eu não vou me lembrar, em que de repente, um dos atores interrompe a ação e começa a recitar um texto filosófico e inspirador enquanto na tela aparece, em flashes, a palavra “Mensagem, mensagem”. Algumas publicações ainda encabeçam seções de cartuns ou textos com a palavra “Humor”, que é para o leitor não ter dúvidas. No fundo, a culpa é destes tempos confusos em que é difícil saber o que é gozação e o que não é, e que mensagem esperam que a gente entenda. Quem nos assegura que esse último decreto do governo, mais um passo no nosso amargo regresso às relações capital/ trabalho do século XIX, não seja uma peça de fina ironia com a nossa cara? Ou então, levaram a minha sugestão a sério e decidiram-se pela eliminação do povo, só que agora sem gradualismo.

(Luís Fernando Verissimo) 5) Na abordagem inicial do tema, o autor aponta uma condição essencial para o sucesso da ironia. Essa condição está ligada à (ao):

a) solidariedade e competência interpretativa do inter-locutor;

b) correta organização do texto; c) nomeação do texto como humor;

d) equilíbrio entre o que se diz e o que se quer dizer; e) necessidade de tema essencialmente cômico.

Fixação

6) A ideia de que o ato da leitura pressupõe intercâmbio entre o autor e o leitor, pode ser

ex-pressa pela seguinte passagem do texto:

a) “Estes pelo menos são desentendimentos sinceros”;

b) “Também há os que leem o que querem”;

c) “... ou lhe atribui posições que você não tem”;

d) “Mas uma mínima, também, colaboração do leitor é indispensável”;

e) “e não faltaram leitores me chamando de insensível e reacionário”.

(9)

Fixação

6) A ideia de que o ato da leitura pressupõe intercâmbio entre o autor e o leitor, pode ser

ex-pressa pela seguinte passagem do texto:

a) “Estes pelo menos são desentendimentos sinceros”;

b) “Também há os que leem o que querem”;

c) “... ou lhe atribui posições que você não tem”;

d) “Mas uma mínima, também, colaboração do leitor é indispensável”;

e) “e não faltaram leitores me chamando de insensível e reacionário”.

(10)

Fixação

7) A solução irônica, apresentada pelo texto, para evitar desentendimentos entre o que o autor

quer comunicar e o que o leitor entende, consiste em:

a) evitar a ironia nos textos;

b) escrever sempre com clareza;

c) dar título à seção que contém o texto;

d) preparar o leitor para o assunto;

e) eliminar as ambiguidades.

Fixação

8) Na tirinha abaixo, uma palavra é responsável pelo humor da tira. Diga que palavra é essa

e qual o efeito de sentido responsável pelo humor.

(11)

Fixação

8) Na tirinha abaixo, uma palavra é responsável pelo humor da tira. Diga que palavra é essa

e qual o efeito de sentido responsável pelo humor.

(12)

Fixação

A partir da tirinha, responda às questões 9 e 10.

(www.leninja.com.br)

Muito popularizadas pelas redes sociais na internet, as tirinhas “O que queremos?” ficaram

famosas pelo uso de recursos linguísticos bem conhecidos nessa forma textual.

9) Explique qual recurso linguístico foi utilizado na tirinha acima.

Fixação

(13)

Fixação

(14)

Proposto

A carregadora de pedras

Desde que conquistou o direito à jornada dupla de trabalho, a chamada mulher moderna ainda parece estar longe de conseguir desfazer o mal-entendido que provocou ao brigar pela igualdade profissional com os homens. Não era bem isso: mas no afã de se libertar de outras opressões, ela acabou partindo para o mercado de trabalho como se ele fosse a solução de todos os problemas financeiros, conjugais, maternais e muitos outros “ais”. E pagou o preço da precipitação, claro. Agora, não adianta chorar sobre o leite derramado  até porque, a maior parte das vezes, continua sendo ela que vai limpar, ah, ah. Mas, falando sério, todas sabemos que há muito a fazer para promover alguns ajustes e atualizações nessa relação de direitos e deveres de homens e mulheres. Como falar sobre isso ajuda, vamos lá.

Em primeiro lugar, a questão do tempo livre. Que não existe, de fato. Aquele ditado que enquanto se descansa carrega pedras, foi feito para ela. Trabalhe fora ou dentro de casa, a mulher dificilmente se livra da carga das tarefas domésticas, mesmo que não se envolva pessoalmente. Costuma ser dela a responsabilidade pela arregimentação de empregadas, faxineiras, babás, jardineiros, lavadeiras, passadeiras, prestadores de serviços em geral, sem falar no abastecimento da casa. Quando dá tudo certo, ainda vai. Só que se alguma coisa der errado, a cobrança da família será terrível. No vasto histórico da luta feminina, muitas mulheres conseguiram autorização de seus maridos para trabalhar fora com a condição

Fixação

11) Graça e Humor apresentam diferenças em sua definição. A graça é definida pelo entendimento mais subjetivo, pessoal sobre o texto lido. Já o humor se faz de forma mais objetiva, impessoal, a partir de técnicas textuais. Atente para a tirinha abaixo:

No caso da tirinha acima, o humor se faz:

a) pela crítica na fala do menino, revelando o que pensa sobre a inteligência da menina. b) pelo mal uso da palavra “abrir”, no 3o quadrinho.

c) pelo duplo sentido da palavra “torcer”, provocado no último quadrinho. d) pela ironia no trato do menino com a menina, na falado 3o quadrinho.

(15)

Proposto

A carregadora de pedras

Desde que conquistou o direito à jornada dupla de trabalho, a chamada mulher moderna ainda parece estar longe de conseguir desfazer o mal-entendido que provocou ao brigar pela igualdade profissional com os homens. Não era bem isso: mas no afã de se libertar de outras opressões, ela acabou partindo para o mercado de trabalho como se ele fosse a solução de todos os problemas financeiros, conjugais, maternais e muitos outros “ais”. E pagou o preço da precipitação, claro. Agora, não adianta chorar sobre o leite derramado  até porque, a maior parte das vezes, continua sendo ela que vai limpar, ah, ah. Mas, falando sério, todas sabemos que há muito a fazer para promover alguns ajustes e atualizações nessa relação de direitos e deveres de homens e mulheres. Como falar sobre isso ajuda, vamos lá.

Em primeiro lugar, a questão do tempo livre. Que não existe, de fato. Aquele ditado que enquanto se descansa carrega pedras, foi feito para ela. Trabalhe fora ou dentro de casa, a mulher dificilmente se livra da carga das tarefas domésticas, mesmo que não se envolva pessoalmente. Costuma ser dela a responsabilidade pela arregimentação de empregadas, faxineiras, babás, jardineiros, lavadeiras, passadeiras, prestadores de serviços em geral, sem falar no abastecimento da casa. Quando dá tudo certo, ainda vai. Só que se alguma coisa der errado, a cobrança da família será terrível. No vasto histórico da luta feminina, muitas mulheres conseguiram autorização de seus maridos para trabalhar fora com a condição

de que, antes de tudo, garantissem que os afazeres domésticos seriam cumpridos sem alteração. Apesar de triste, o pacto legitimou, com um preço altíssimo, um sem número de vitórias pessoais. Aquelas raras

 que por acaso tenham se livrado da dupla jornada,

costumam permanecer, por sua vez, exercendo no doce organograma do lar, as funções de mãe-supervisora nas folgas, feriados e fins de semana.

Depois, com o desaparecimento gradual da parceria patroa/ empregada doméstica, homens e mulheres terão, mais cedo do que se pensa, que lidar com a administração do caos doméstico. Sem privilégios. E a primeira providência para esse futuro cor-de-rosa começa com a educação progressista dos filhos, os novos maridos e esposas que, tal qual os personagens do desenho animado Os Jetsons, contarão com uma boa ajuda de um arsenal de maravilhas eletrônicas  entre elas, uma empregada-robô. Que não enguiça. Porque, se enguiçar, já sabem quem vai mandar consertar. Ou não?

(Sônia Biondo - JB 12/10/96) 1) (UFRJ) Apesar de apresentar o texto em terceira pes-soa, em um momento, a jornalista se inclui, especificamen-te, entre as mulheres modernas que lhe servem de tema. a) Transcreva do primeiro parágrafo do texto, o segmento que mostra essa inclusão.

b) A ironia é definida como “Modo de exprimir-se que consiste em dizer o contrário daquilo que se está pen-sando ou sentindo...”; transcreva do segundo parágrafo do texto, a expressão que é considerada ironia segundo a definição dada.

(16)

Proposto

A classe

A eliminação gradual da classe média brasileira, um processo que começou há anos mas que de uns tempos para cá, assumiu proporções catastróficas, a ponto de a classe média brasileira ser hoje classificada pelas Nações Unidas como uma espécie em extinção, junto com o mico-rosa e a foca-focinho-verde, está preocupando autoridades e conservacionistas nacionais. Estudam-se medidas para acabar com o massacre indiscriminado que vão desde o estabelecimento de cotas anuais  só uma determinada parcela da classe média poderia ser abatida durante uma temporada  até a criação de santuários onde, livre de impostos extorsivos e protegida de contracheques criminosos e custos predatórios, a classe média brasileira se reproduziria até recuperar sua antiga força numérica, e numerária. Uma espécie de reserva de mercado. A tentativa de recriar a classe média brasileira em laboratório, como se sabe, não deu certo. Os protótipos, assim que conseguiram algum dinheiro, fretaram um avião para Disneyworld.

A preservação natural da classe média brasileira evitaria coisas constrangedoras como a recente reunião da classe realizada em São Paulo, à qual, de vários pontos do Brasil, compareceram dezessete pessoas. As outras cinco não conseguiram crédito para a passagem. A reunião teve de ser transferida do Morumbi para a mesa de uma pizzaria, e ninguém pediu vinho. Uma proposta para que a classe fizesse greve nacional para chamar a atenção do país para a sua crescente insignificância foi rejeitada sob a alegação de que ninguém iria notar. Fizeram uma coleta para financiar a eleição de representantes da classe média na Assembleia Constituinte, mas acabaram devolvendo os 10 cruzeiros. A única resolução aprovada foi a de que, para evitar a perseguição, todos se despojassem de sinais ostensivos de serem da classe média, como carro pequeno etc., e passassem a viver como pobres. Aí, não seria rebaixamento social, seria disfarce. No fim, os garçons se cotizaram e deram uma gorjeta para os integrantes da mesa.

Cenas lamentáveis têm ocorrido também com ex-membros da classe média que, passando para uma classe inferior, não sabem como se comportar e são alvo de desprezo de pobres tradicionais, que os chamam de “novos pobres”.

— Viu aquela ali? Quis fazer caneca de lata de óleo e não sabe nem abrir um buraco com prego.

— E usa lata de óleo de milho. — Metida a pouca coisa...

— Já viram ela num ônibus? Não sabe empurrar a borboleta com a anca enquanto briga com o cobrador.

— E não conta o troco!

— Berço é berço, minha filha. Alguns pobres menos preconceituosos, ainda tentam ajudar os novos pobres a evitar suas gafes.

— Olhe, não leve a mal... — O quê?

— É o seu jeito de falar. — Diga-me.

— Você, às vezes, usa o pronome oblíquo muito certo. — Mas...

— Aqui na vila, pronome oblíquo certo pega mal. — Sei.

— E outra coisa... — O quê? — Os seus discos.

— O toca-discos foi a única coisa que eu consegui salvar quando me despejaram.

— Eu sei. Mas Julio Iglesias?!

(VERISSIMO, Luís Fernando. Comédia da vida pública. 17/07/85) 2) (PUC) O título do texto, A Classe, estabelece uma ambiguidade que resume toda a questão apresentada no mesmo. Explique essa ambiguidade.

(17)

Cenas lamentáveis têm ocorrido também com ex-membros da classe média que, passando para uma classe inferior, não sabem como se comportar e são alvo de desprezo de pobres tradicionais, que os chamam de “novos pobres”.

— Viu aquela ali? Quis fazer caneca de lata de óleo e não sabe nem abrir um buraco com prego.

— E usa lata de óleo de milho. — Metida a pouca coisa...

— Já viram ela num ônibus? Não sabe empurrar a borboleta com a anca enquanto briga com o cobrador.

— E não conta o troco!

— Berço é berço, minha filha. Alguns pobres menos preconceituosos, ainda tentam ajudar os novos pobres a evitar suas gafes.

— Olhe, não leve a mal... — O quê?

— É o seu jeito de falar. — Diga-me.

— Você, às vezes, usa o pronome oblíquo muito certo. — Mas...

— Aqui na vila, pronome oblíquo certo pega mal. — Sei.

— E outra coisa... — O quê? — Os seus discos.

— O toca-discos foi a única coisa que eu consegui salvar quando me despejaram.

— Eu sei. Mas Julio Iglesias?!

(VERISSIMO, Luís Fernando. Comédia da vida pública. 17/07/85) 2) (PUC) O título do texto, A Classe, estabelece uma ambiguidade que resume toda a questão apresentada no mesmo. Explique essa ambiguidade.

Proposto

3) O texto de Verissimo faz uso de ironia para falar da extinção da classe média. Transcreva

duas passagens que comprovem a afirmação acima.

(18)

Proposto

Leia o fragmento a seguir, retirado da revista Superinteressante, de abril 2000, e responda

à questão:

Os dialetos do Brasil: maternidade

A exploração levou gente do Brasil todo para Minas Gerais no século XVIII. Como toda

mão de obra se ocupava da mineração, foi necessário criar rotas de comércio para importar

comida. Uma delas ligava a zona do minério com o atual Rio Grande do Sul, onde se criavam

mulas, via São Paulo. As mulas, que não se reproduzem, eram constantemente importadas

para escoar ouro e trazer alimentos. Também espalharam a língua brasileira pelo Centro-Sul.

4) O texto anterior, tal como foi redigido, permite uma interpretação estranha com relação ao

papel das mulas.

a) Identifique esta interpretação indesejável.

(19)

Proposto

Leia o fragmento a seguir, retirado da revista Superinteressante, de abril 2000, e responda

à questão:

Os dialetos do Brasil: maternidade

A exploração levou gente do Brasil todo para Minas Gerais no século XVIII. Como toda

mão de obra se ocupava da mineração, foi necessário criar rotas de comércio para importar

comida. Uma delas ligava a zona do minério com o atual Rio Grande do Sul, onde se criavam

mulas, via São Paulo. As mulas, que não se reproduzem, eram constantemente importadas

para escoar ouro e trazer alimentos. Também espalharam a língua brasileira pelo Centro-Sul.

4) O texto anterior, tal como foi redigido, permite uma interpretação estranha com relação ao

papel das mulas.

a) Identifique esta interpretação indesejável.

b) Reescreva o trecho sublinhado de modo a eliminar a interpretação indesejável.

Proposto

Leia atentamente o fragmento a seguir:

Por exemplo, a frase:

Em casual encontro com Júlia, Pedro fez comentários sobre SEUS exames. Tem um

enunciado equívoco; os comentários de Pedro podem ter sido feitos sobre os exames de

Júlia, ou sobre os exames dele, Pedro; ou ainda, sobre os exames de ambos.

(CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.)

5) O fragmento acima aponta o problema de ambiguidade resultante do emprego do termo “seus”.

A ocorrência da ambiguidade, no caso, pode ser explicada por uma característica relativa à

signifi-cação geral da palavra em questão.

Essa característica do vocábulo “seus” é a de:

a) indicar a pessoa gramatical, sem flexionar-se ou remeter a termos antecedentes;

b) referir-se à pessoa gramatical, sem nomeá-la ou indicar-lhe a característica própria;

c) substituir o nome próprio, sem individualizá-lo ou permitir a devida concordância;

(20)

Proposto

6) (UNICAMP) No trecho que se segue há uma passagem ambígua (isto é, uma passagem

que poderia ser interpretada de duas maneiras, se ignorássemos o que é geralmente

pres-suposto sobre a vida de John Kennedy). Identifique essa passagem, transcreva-a, aponte as

duas interpretações possíveis e explique o que a torna ambígua do ponto de vista estrutural:

“E se os russos atacassem agora?”, perguntou certa ocasião (...) Judith Exner, uma das

intocáveis amantes de Kennedy, que, simultaneamente, mantinha um caso com o chefão

mafioso Sam Giancana.

Referências

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