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Projeto de uma caixa de ferramentas computacionais aplicadas ao estudo técnico de ações

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Academic year: 2021

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Mogi Guaçu/SP

Projeto de uma caixa de ferramentas computacionais

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Projeto de uma caixa de ferramentas computacionais

aplicadas ao estudo técnico de ações

Equipe da Faculdade Municipal “Prof. Franco Montoro”

José Tarcísio Franco de Camargo

Responsável técnico

Elaboração e desenvolvimento do projeto

Estéfano Vizconde Veraszto

Responsável pelo Núcleo de Pesquisa e Extensão e coordenação geral do projeto

Desenvolvimento do projeto

Fabiano Correa da Silva

Supervisão geral de pesquisa e extensão

Jomar Barros Filho

Desenvolvimento do projeto

João Alexandre Bortoloti

Desenvolvimento do projeto

Patrícia Aparecida Zibordi Aceti

Desenvolvimento do projeto

Guilherme de Oliveira Martins

Responsável pelo projeto

Faculdade Municipal “Prof. Franco Montoro” (FMPFM)

Rua dos Estudantes, s/n – Cachoeira de Cima

Caixa Postal: 293 - 13.843-971 – Mogi Guaçu – SP

Resumo: Este projeto apresenta uma proposta para criação de um sistema computacional a ser

desenvolvido com o propósito de fornecer um instrumento para a análise técnica do mercado de ações. Dentre os principais objetivos deste trabalho, além da criação do sistema propriamente, temos o desenvolvimento de uma plataforma livre e aberta para uso e atualização. Dessa forma, espera-se que este projeto possa contribuir para a realização de análises mais seguras do mercado de ações sendo, na medida do possível, otimizado por seus próprios usuários. Todo o projeto deverá ser fundamentado dentro da concepção de software livre.

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1. JUSTIFICATIVA, OBJETIVOS E ALCANCE SOCIAL

O acesso ao mercado de compra e venda de ações é, atualmente, uma realidade ao alcance de qualquer investidor em nosso país. Os atuais sistemas computacionais e redes de telecomunicações tornaram esse acesso viável e simples a qualquer pessoa, bastando que o investidor conte com o auxílio de um computador e uma linha de conexão com a internet para realizar, em tempo real, negociações de ativos em bolsa através de um sistema home broker.

Por sua vez, o investidor informatizado que realiza operações em bolsa através da análise técnica [1] pode dispor de diversos programas de computador que podem ser utilizados para a orientação do investimento pretendido. Existem atualmente diversos softwares “proprietários” (que exigem pagamento para a sua utilização) e “livres” que fornecem diversas ferramentas para a análise técnica de ações. Contudo, virtualmente nenhum programa dispõe de código aberto disponível para a consulta e atualização por terceiros.

Embora, por razões óbvias, não seja do interesse das empresas e profissionais que comercializam software disponibilizar o código de seus sistemas ou mesmo tornar o acesso livre sob determinadas condições, acreditamos que esta é a melhor forma de construção de um sistema robusto, eficiente e atualizável de forma colaborativa e frequente. O código aberto, além de fornecer um mecanismo para a constante evolução de um sistema, fornece também uma segurança a mais ao usuário, tendo em vista que, dessa forma, falhas podem ser encontradas e corrigidas com mais facilidade.

É neste sentido que se encontra o escopo deste trabalho: fornecer uma caixa de ferramentas computacionais para a análise técnica do mercado de ações, fundamentada no conceito de software livre, com código fonte aberto a consultas e atualizações por qualquer usuário.

A caixa de ferramentas a ser desenvolvida apresentará alguns dos indicadores e osciladores de mercado mais utilizados atualmente na análise técnica. Esta seleção de indicadores e osciladores pode ser encontrada, de forma bastante didática em [2,3,8]. Noções fundamentais sobre o funcionamento do mercado de ações nacional podem ser encontradas em [5,7].

2. PAPEL DA INSTITUIÇÃO

Este projeto faz parte de um conjunto maior de projetos que tem por objetivo promover a Faculdade Municipal “Professor Franco Montoro” a um pólo de desenvolvimento tecnológico na área da computação e da automação em geral. Inicialmente, através do desenvolvimento de pequenos projetos envolvendo alunos de graduação, espera-se criar uma cultura de pesquisa e desenvolvimento entre docentes e discentes da Faculdade. Em um segundo passo, uma vez que essa cultura de pesquisa científica tenha se instaurado no ambiente institucional, pretende-se buscar parcerias externas, com vistas à inserção da Escola em um ambiente regional de desenvolvimento tecnológico em computação e automação.

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3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Para ilustrar as ferramentas de análise previstas para este sistema, esta seção apresenta os fundamentos teóricos dos indicadores e osciladores da análise técnica a serem implementados. Conforme mencionado previamente, serão apresentadas algumas das ferramentas mais comuns do estudo técnico, não sendo abordadas técnicas de estudo mais avançadas nesta área. Algumas técnicas mais elaboradas de negociação podem ser encontradas em [4,6].

Como este texto não tem a pretensão de ensinar de forma detalhada o funcionamento e as estratégias de uso dos indicadores e osciladores aqui descritos, os autores pressupõem que o leitor já tenha algum conhecimento prévio sobre estes. As ferramentas descritas nesta seção são apresentadas de forma didática em [2,3,8].

3.1 As médias móveis

Uma média móvel caracteriza-se por indicar um valor médio de um intervalo de amostras sequenciais dentro de uma série temporal. A Figura 1 ilustra o conceito de média móvel para a variação dos preços de fechamento da ação

VALE5.

Figura 1: Representação de uma média móvel para VALE5.

Duas médias móveis bastante comuns em econometria são a aritmética e a exponencial.

A média móvel aritmética (MMA) fornece pesos iguais para todas as amostras dentro do intervalo de observação. Por sua vez, uma média móvel exponencial (MME) caracteriza-se por conceder um maior peso às amostras mais recentes dentro do intervalo de observação. Cada uma delas apresenta implicações distintas para determinadas aplicações.

A MMA de k amostras avaliada sobre uma série temporal

S = {s1, s2, ... , sn}

composta por n elementos também é caracterizada por uma série temporal com (n-k+1) elementos, podendo ser definida na forma: MMA = {m1, m2, ... , mi, ... , mn-k+1} onde:

k

s

m

k i i j j i

+ − =

=

) 1 (

Dessa forma, convencionaremos que a MMA de k amostras (dias, por exemplo) sobre uma série temporal S será representada por:

(5)

A MME de k amostras avaliada sobre a mesma série temporal S também será caracterizada por uma série temporal com (n-k+1) elementos, sendo definida por:

MME = {m1, m2, ... , mi, ... , mn-k+1}

onde, para i>1:

m

i

=

s

k+i1

θ

+

m

i1

(

1

θ

)

e:

1

2

+

=

n

θ

sendo m1 calculado através de uma

média na forma:

k

s

m

k j j

=

=

1 1

Dessa forma, convencionaremos que a MME de k amostras (dias, por exemplo) sobre uma série temporal S será representada por:

MMEk(S)

3.2 Sistema de negociação por canais (ou envelopes)

O sistema de negociação por canais ou envelopes é constituído basicamente pela média móvel de uma série temporal (série de preços de fechamento de uma determinada ação, por exemplo), acrescida ou decrescida de um determinado percentual. A Figura 2

representa os canais que envolvem a MME da ação BVMF3 ao longo de um determinado intervalo de tempo.

Figura 2: Canais associados à MME da ação BVMF3.

Como pode ser observado, acima e abaixo da linha que representa a média móvel temos linhas semelhantes a esta que representam os limites dos canais que envolvem esta média. Tais linhas representam os limites razoáveis de negociação desta ação e podem ser determinadas na forma: ls = MMEk(S) + Ω∙MMEk ls = (1 + Ω ) MME (S) ou k(S) e li = MMEk(S) - Ω∙MMEk li = (1 - Ω ) MME (S) ou k(S) onde:

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ls representa a linha limite do canal superior;

li representa a linha limite do canal inferior;

S é a série temporal contendo os preços de fechamento de uma determinada ação e

Ω representa uma constante de

proporcionalidade que deve ser escolhida tal que as linhas dos canais envolvam pelo menos 95% dos preços de fechamento indicados.

As linhas superior e inferior dos canais tem como objetivo fornecer uma expectativa para a oscilação máxima e mínima do preço de fechamento dentro de um determinado período. Como estratégia de operação, sugere-se comprar próximo da média móvel ou abaixo desta e vender o mais próximo possível da linha limite do canal superior.

3.3 Sistema de negociação por Bandas de Bollinger

O sistema de negociação por Bandas de Bollinger possui funcionamento bastante semelhante aos canais, com a diferença de que as larguras dos canais são determinadas pelo desvio padrão das amostras consideradas no cálculo da média móvel dos preços de fechamento. Assim, as Bandas de Bollinger são bastante sensíveis à volatilidade do ativo em estudo, sendo que, quanto maior a volatilidade, maior será a largura do canal.

A Figura 3 representa as bandas que envolvem a MME da ação BVMF3 ao longo de um determinado intervalo de tempo.

Figura 3: Bandas de Bollinger associadas à MME da ação BVMF3.

Como pode ser observado, ao contrário dos canais, as Bandas de Bollinger apresentam um contorno relativamente desforme, o qual depende do desvio padrão das amostras consideradas no cálculo de cada ponto da média móvel. As bandas podem ser formalmente definidas como:

bs = MMEk(S) + 2 σk

e

bi = MMEk(S) - 2 σk

onde:

bs representa a linha limite da banda superior;

bi representa a linha limite da banda inferior;

S é a série temporal contendo os preços de fechamento de uma determinada ação e

σk representa o desvio padrão para um

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determinação de um elemento da média móvel.

Assim como para os canais, a estratégia de operação consiste basicamente em comprar próximo da média móvel ou abaixo desta e vender o mais próximo possível da linha limite da banda superior.

3.4 Convergência e divergência de médias móveis (MACD)

O MACD (Moving Average

Convergence/Divergence) ou convergência e divergência de médias

móveis é um indicador de tendências criado por Gerald Appel na década de 1960 e mostra a diferença entre dois sinais, denominados “rápido” e “lento”, gerados a partir de MMEs de uma determinada série temporal. A Figura 4 representa o gráfico MACD da ação

VALE5 ao longo de um determinado

intervalo de tempo.

Figura 4: Gráfico MACD para a ação

VALE5.

Este indicador é calculado a partir da diferença entre duas MMEs: uma de curto prazo (por exemplo de 12 dias) e outra de longo prazo (por exemplo de 26 dias) de uma série temporal. À diferença entre a MME de curto prazo e a MME de longo prazo damos o nome de “linha rápida” (lr):

lr = MME12(S) – MME26(S)

Por sua vez, se aplicarmos uma MME mais curta (de 9 dias, por exemplo) sobre a “linha rápida”, estaremos criando a “linha lenta” (ll) deste indicador:

ll = MME9(lr)

Finalmente, o histograma do MACD pode ser construído através da diferença entre as linhas “rápida” e “lenta”:

Histograma MACD = lr - ll

A “linha rápida” do MACD reflete o consenso de curto prazo do ativo em análise, enquanto que a “linha lenta” do MACD reflete o consenso de longo prazo do mesmo. Ao representarmos estas duas linhas em um mesmo gráfico, quando a linha rápida desloca-se acima da linha lenta temos a indicação de uma tendência altista. Por sua vez, quando a linha rápida cai abaixo da linha lenta temos a indicação de uma tendência baixista.

Neste contexto, o histograma MACD reflete a diferença entre o consenso de curto prazo e o de longo prazo. Quando as barras do histograma MACD adquirem uma inclinação

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ascendente, observa-se uma tendência altista. Por sua vez, caso as barras do histograma adquiram uma inclinação descendente, há uma tendência de baixa para o ativo em análise.

3.5 Índice de força

O Índice de Força (IF) é um oscilador desenvolvido por Alexander Elder, tendo sido apresentado pela primeira vez em [2]. Este índice ajuda a identificar pontos de inflexão através da conjunção de três fatores: direção, extensão e volume do movimento de preços.

O IF de uma ação pode ser determinado através da seguinte equação:

IFi = Vi∙(Si – Si-1)

onde: IFi

V

é o valor do índice de força para o “i-ésimo” elemento da série temporal;

i

S

é o volume de negociação para o “i-ésimo” elemento da série temporal;

i

S

é o “i-ésimo” preço de fechamento da série temporal e

i-1 é o preço de fechamento anterior a Si.

Pode ser facilmente verificado que, se os preços de fechamento formam uma série temporal de n períodos (dias ou semanas, por exemplo), então o IF também será uma série temporal, porém com n-1 elementos.

Sob o ponto de vista gráfico, a série gerada pela equação anterior pode se apresentar extremamente denteada.

Por este motivo, sugere-se que o IF seja filtrado através de uma MME de 2 dias, por exemplo:

IFfitlrado = MME2(IF)

O ajuste do IF através de uma MME de 2 dias é bastante interessante para a identificação de pontos de entrada e saída. Assim, quando for possível verificar uma tendência de alta através de uma MME dos preços de fechamento e a MME de 2 dias do IF cair abaixo de zero, temos um possível sinal de compra. Por outro lado, quando a tendência é de baixa e a MME de 2 dias do IF subir acima de zero, temos um possível sinal de venda. A Figura 5 apresenta uma representação gráfica para o IF.

Figura 5: Gráfico do IF para a ação

BVMF3.

Quando a MME de 2 dias do IF forma um espigão para cima ou para baixo, ultrapassando em muito suas máximas e mínimas normais, isso indica um movimento de exaustão. De acordo com [3], os espigões do IF identificam

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zonas de histeria em massa, onde se exaurem as tendências.

3.6 Índice de força relativa

O índice de força relativa (IFR) é um oscilador desenvolvido por J. Welles Wilder Jr. que mede a aceleração do movimento dos preços de uma determinada ação, sinalizando possíveis reversões à medida em que o movimento diminui de velocidade em um sentido, desacelerando, tal que possa reverter seu sentido original. Assim, seu acompanhamento possibilita observar o enfraquecimento de uma tendência até a sua reversão.

Este oscilador pode ser calculado através da seguinte equação:

)

1

(

100

k k

U

D

IFR

+

=

onde

IFR é o índice força relativa da ação; Dk

U

é a média (em módulo) de todas as variações negativas no preço de fechamento de uma ação dentro de um período de k amostras (dias ou semanas, por exemplo) e

k é a média de todas as variações

positivas no preço de fechamento de uma ação dentro de um período com as mesmas k amostras.

Para uma série temporal S com n amostras para o preço de fechamento de uma ação, o IFR também será caracterizado como uma série temporal,

porém constituída por (n-k+1) amostras. A Figura 6 representa graficamente o IFR para a ação BVMF3.

Figura 6: Gráfico do IFR para a ação

BVMF3.

O IFR é um oscilador proporcional, variado de 0 a 100%. De acordo com [3], valores acima de 80% podem indicar um mercado sobrecomprado, ou seja, há um risco de tendência de baixa caso o índice cai a um valor abaixo de 80%. Por outro lado, ainda de acordo com [3], valores abaixo de 20% podem indicar um mercado sobrevendido, ou seja, onde há uma perspectiva de tendência de alta caso o índice ultrapasse, para cima, este patamar de 20%.

3.7 Estocástico

O estocástico é um oscilador criado por George Lane na década de 1950. Este oscilador, que também varia dentro da faixa de 0 a 100%, aponta a correlação entre o último preço de fechamento e a faixa mínimo-máximo dentro de um período de análise. Assim, caso o preço de fechamento se aproxime

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do valor máximo deste período em análise, o estocástico tenderá a 100%. Caso contrário, se o preço de fechamento se aproximar do valor mínimo no período, o estocástico tenderá a 0.

Existem duas classes de estocástico: a “rápida” e “lenta”, sendo a segunda uma derivação da primeira. O estocástico “rápido” é muito sensível às oscilações do mercado, resultado em gráficos relativamente serrilhados. Por sua vez, o estocástico “lento”, por ser basicamente um filtro para o estocástico “rápido”, apresenta menos ruídos nos gráficos gerados.

Independente da classe a ser utilizada, as linhas %K e %D do estocástico “rápido” são as primeiras a serem determinadas através o equacionamento exposto a seguir. A linha %K do estocástico rápido é gerada na forma:

100

%

=

k k k atual rapido

L

H

L

S

K

onde: Satual H

é o preço de fechamento de hoje da ação;

k

L

é o valor máximo atingido pela ação dentro do período de k amostras em análise e

k é o valor mínimo atingido pela ação

dentro do período de k amostras em análise.

Lembrando que Satual pertence a

uma série temporal S com n elementos (preços de fechamento para um determinado ativo) e %K também será

uma série temporal, porém com (n-k+1) elementos. Por sua vez, a linha %D do estocástico rápido será calculada através de uma MMA (geralmente de 3 dias) da linha %K:

%Drápido = MMA3(%Krápido)

O estocástico lento, por sua vez, será construído fazendo a linha %K deste ser igual à linha %D do estocástico rápido:

%Klento = %Drápido

Finalmente, da mesmo forma que para o estocástico rápido, a linha %Dlento

do estocástico lento é calculada como uma MMA (geralmente também de 3 dias) da linha %K do estocástico lento:

%Dlento = MMA3(%Klento)

A Figura 7 mostra uma representação gráfica para o estocástico (lento).

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Figura 7: Gráfico do estocástico (lento) para a ação BVMF3.

Valores acima do patamar de 80% geralmente indicam mercados sobrecomprados, enquanto valores abaixo do patamar de 20% indicam mercados sobrevendidos. Assim, quando %K corta a linha %D de baixo para cima próximo ao patamar de 20% temos um possível sinal de compra. Por sua vez, quando %K corta a linha %D de cima para baixo próximo ao patamar de 80% temos um possível sinal de venda.

3.8 Williams%R

O Williams%R (ou Wm%R ou simplesmente %R) é um oscilador desenvolvido por Larry Williams na década de 1970 que tem por objetivo fundamental indicar pontos de compra e venda. O Wm%R também é capaz de confirmar tendências e advertir quanto à iminência de reversões.

Este oscilador pode ser determinado na forma:

100

%

=

k k atual k

L

H

S

H

R

Wm

onde: Satual H

é o preço de fechamento de hoje da ação;

k

L

é o valor máximo atingido pela ação dentro do período de k amostras em análise e

k é o valor mínimo atingido pela ação

dentro do período de k amostras em análise.

Lembrando que Satual

A Figura 8 mostra uma representação gráfica para o Wm%R.

pertence a uma série temporal S com n elementos (preços de fechamento para um determinado ativo) e Wm%R também será uma série temporal, porém com (n-k+1) elementos. Observe que o Wm%R possui grande semelhança com a linha %K do estocástico rápido.

Figura 7: Gráfico do Wm%R para a ação

BVMF3.

O Wm%R expressa a distância percentual entre o preço de fechamento atual e o topo da faixa “máxima-mínima” em k períodos (dias ou semanas, por exemplo). Quanto menor o valor do Wm%R, mais próximo do topo (ou seja, da máxima no período considerado). Deve ser lembrado que, no Wm%R, o topo vale 0% (de distância da máxima) e o fundo vale 100% (de distância da máxima). É comum considerar-se que valores entre 0 e 20% indicam mercados sobrecomprados

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e valores entre 80 e 100% indicam, por sua vez, mercados sobrevendidos.

3.9 Termômetro do mercado

O termômetro do mercado é um indicador que apresenta o “estado de agitação” do mercado, permitindo distinguir os períodos tranqüilos dos períodos turbulentos. Este indicador é apresentado detalhadamente em [3].

A “temperatura” indicada por este “termômetro” pode ser calculada na forma:

Ti = Maior entre ( |Maxi – Maxi-1| ,

|Mini-1 – Mini| )

onde: Ti

Max

é o “i-ésimo” valor da temperatura para uma série temporal com (i-1) elementos;

i

Min

é a cotação máxima do dia i e

i é a cotação mínima do dia i.

Esta série temporal deve ser representada graficamente através de um histograma, sendo que, no mesmo gráfico, deve ser impresso uma linha com a MME de 22 dias deste indicador. A Figura 8 apresenta este indicador para a ação

BVMF3.

Figura 8: Gráfico do termômetro do mercado para a ação BVMF3.

Quando o mercado está tranqüilo, as barras adjacentes tendem a ter altura relativamente próxima. O consenso de valor é bem definido e são poucas as compras realizadas fora da faixa anterior (de ontem, por exemplo). O termômetro do mercado cai e sua MME inclina-se para baixo, indicando mercado tranquilo.

Quando o mercado se acelera, seja ascendente ou descendente, as barras do histograma começam a pressionar os limites das faixas (dias) anteriores. O histograma do termômetro torna-se mais alto e cruza sua MME em tendência ascendente, que logo inclinará para cima confirmando a nova tendência.

O termômetro emite pelo menos três sinais de operação:

1. O melhor ponto de entrada: quando o histograma do termômetro cai abaixo de sua média móvel.

2. Uma possível condição de

saída: quando o histograma do

termômetro subir para o triplo da altura de sua MME.

3. Uma indicação de possível

movimento explosivo: se o

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MME durante 5 a 7 dias de negociação.

4. PROPOSTA PARA IMPLEMENTAÇÃO

Para a implementação sob a ótica do código livre e aberto, optou-se pela linguagem de programação do Scilab (http://www.scilab.org). Este software caracteriza-se por ser uma potente ferramenta de cálculo numérico e representação gráfica, que atende plenamente às necessidades da análise técnica do mercado de ações. Adicionalmente, os programas gerados através dele não necessitam de compilação (o Scilab é basicamente um interpretador de comandos), o que contribui para a caracterização definitiva da plataforma livre e aberta que foi implementada. Mais ainda, o Scilab fundamenta-se em uma linguagem de interpretação relativamente simples, podendo ser facilmente aprendida por profissionais de áreas distintas à computação.

5. CRONOGRAMA TENTATIVO

Fevereiro/2010 a Junho/2010: Estudo

detalhado das ferramentas de análise técnica a ser implementadas.

Agosto/2010 a Março/2011: Criação

computacional do sistema de análise técnica de ações.

Abril/2011 a Junho/2011: Testes para

validação da caixa de ferramentas implementada.

Agosto/2011 a Março/2012:

Transposição da caixa de ferramentas para um ambiente móvel (tablets).

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] ABE, M.; Manual de Análise Técnica: Essência e

Estratégias Avançadas, Novatec, 2009.

[2] ELDER, A.; Trading for a Living, John Willey &

Sons Inc., 1993.

[3] ELDER, A.; Come Into My Trading Room, John

Willey & Sons Inc., 2002.

[4] ELDER, A.; Sell and Sell Short, John Willey &

Sons Inc., 2009.

[5] FURTADO, W.; Guia para Investir em Ações,

Coleção “Expo Money”, Campus/Elsevier, 2010.

[6] MARTINS, C.; Os Supersinais da Análise

Técnica, Coleção “Expo Money”, Campus/Elsevier,

2010.

[7] PUGA, R.; Formação de Investidores, Coleção

“Expo Money”, Campus/Elsevier, 2010.

[8] PUGA, R. e RODRIGUES, M.; Formação de

Traders, Coleção “Expo Money”, Campus/Elsevier,

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