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QUANTA Lite TM Intrinsic Factor ELISA Para utilização em diagnóstico In Vitro Complexidade CLIA: Elevada

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QUANTA Lite

TM

Intrinsic Factor ELISA

708780

Para utilização em diagnóstico In Vitro

Complexidade CLIA: Elevada

Aplicação Diagnóstica

O QUANTA LiteTM Intrinsic Factor ELISA é um teste imunoenzimático (ELISA) para a detecção semi-quantitativa de anticorpos anti-Factor Intrínseco, no soro humano. A presença de anticorpos anti-Factor Intrínseco pode ser utilizada, em conjunto com outros dados clínicos e testes laboratoriais, para ajudar no diagnóstico da anemia perniciosa.

Resumo e Explicação do teste

A anemia perniciosa (Biermer's anemia) é uma doença crónica e é a fase final da gastrite atrófica crónica tipo A (auto-imune). O Tipo A é de natureza auto-imune e está associado com a anemia perniciosa. O Tipo B (não auto-imune ) está associado com infecção pelo H. pylori.1,2,3 Durante a progressão da gastrite crónica atrófica do tipo A, as células parietais gástricas, que produzem Factor Intrínseco e HCl, e as células zimogénicas, que produzem pepsinogénio, são destruídas e deixa de haver produção de Factor Intrínseco (FI) e de HCl. O Factor Intrínseco é essencial para a absorção da vitamina B12 no intestino e a sua ausência

leva à deficiência da referida vitamina e à anemia megaloblástica. O diagnóstico da anemia perniciosa é importante para o seu tratamento e para a prevenção de danos neurológicos irreversíveis.1,4 Tem sido descrito que os pacientes com anemia perniciosa têm um risco 3 vezes aumentado de carcinoma gástrico, um risco 13 vezes aumentado de carcinóide gástrico e um risco aumentado de carcinoma esofágico de células escamosas.5-7 Os anticorpos anti-Factor Intrínseco em circulação, são extremamente específicos e podem ser detectados em mais de 50% dos pacientes com anemia perniciosa.1,3 Estes anticorpos são de 2 tipos: Tipo 1, anticorpos bloqueadores que impedem a ligação da vitamina B12 à molécula de FI e os

anticorpos do Tipo 2 que podem interferir com a ligação do complexo FI-vitamina B12 ao receptor ilieal.1,8 O

QUANTA LiteTM Intrinsic Factor ELISA, ao contrário dos métodos de radioimunoensaio (RIA), detecta ambos os tipos de anticorpos. Em conjunto com outros dados clínicos e laboratoriais, um resultado positivo para anticorpos anti-Factor Intrínseco pode ajudar a distinguir uma anemia perniciosa auto-imune de outras anemias megaloblásticas, assim como a distinguir uma gastrite atrófica do tipo A de outras formas de gastrite histológica não específica.1,3,9

Princípio do método

O antigénio Factor Intrínseco humano, purificado e recombinante de cadeia completa está ligado aos micropoços de poliestireno da placa, em condições que o preservam na sua forma nativa. Os controlos pré-diluídos e o soro diluído dos doentes são adicionados aos diferentes poços, permitindo que quaisquer anticorpos Intrinsic Factor presentes se liguem ao antigénio imobilizado. A amostra não ligada é lavada e adiciona-se um conjugado IgG anti-humano marcado a cada poço. Uma segunda incubação permite ao conjugado enzimático ligar-se a quaisquer anticorpos de doentes que tenham ficado agarrados aos micropoços. Depois da segunda lavagem para retirar o excesso de conjugado, a restante actividade das enzimas é medida adicionando um substrato cromogénico e medindo a intensidade da cor que se desenvolve. O ensaio pode ser avaliado por espectrometria, medindo e comparando a intensidade da cor desenvolvida nos poços do doente com a cor dos poços de controlo.

Reagentes

1. Placa de ELISA de micropoços de poliestireno revestidos com Factor Intrínseco recombinante humano (12-1 x 8 poços), com suporte em embalagem de protecção com dessecantes

2. Controlo Negativo ELISA, 1 frasco de solução tampão com conservante e soro humano sem anticorpos humanos anti-Intrinsic Factor antígeno, pré-diluído, 1,2 ml

3. Positivo Baixo Intrinsic Factor ELISA, 1 frasco de solução tampão com conservantes e soro humano com anticorpos anti-Intrinsic Factor antígeno, pré-diluído, 1,2 ml

4. Positivo Alto Intrinsic Factor ELISA, 1 frasco de solução tampão com conservantes e soro humano com anticorpos anti-Intrinsic Factor antígeno, pré-diluído, 1,2 ml

5. Diluente da amostra HRP, 1 frasco cor-de-rosa, contém solução tampão salina Tris, Tween 20, estabilizadores proteicos e conservante, 50 ml

6. Solução de lavagem HRP, 1 frasco 40x concentrado, de cor vermelha com solução tampão salina Tris e Tween 20, 25 ml. As instruções de diluição encontram-se na Secção Método.

7. Conjugado HRP IgG, (de cabra), IgG anti-humana, 1 frasco – de cor azul com solução tampão, estabilizadores proteicos e conservante, 10 ml

8. Cromogénio TMB, 1 frasco com estabilizadores, 10 ml

9. Solução de Paragem HRP, ácido sulfúrico 0,344 M, 1 frasco – incolor, 10 ml

Advertências

1. ADVERTÊNCIA: Este produto contém um químico (0,02% cloranfenicol) no diluente da amostra, nos controlos e no conjugado, considerado como cancerígeno no Estado da Califórnia.

2. Todo o material de origem humana utilizado na preparação dos controlos deste produto foi testado e deu resultados negativos para métodos aprovados pela FDA para anticorpos anti HIV, HBsAg e HCV. Contudo, nenhum teste pode garantir com certeza absoluta a ausência de HIV, HBV, HCV ou outros agentes infecciosos. Assim, o Positivo Baixo Intrinsic Factor ELISA, o Positivo Alto Intrinsic Factor ELISA e o Controlo Negativo devem ser manipulados como se fossem material potencialmente infeccioso.10

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3. A azida de sódio é utilizada como conservante. Este produto é venenoso e pode ser tóxico se for ingerido ou absorvido pela pele ou pelos olhos. A azida de sódio pode reagir com componentes de chumbo ou cobre das canalizações formando azidas metálicas explosivas. Por esta razão, ao deitar fora os restos de reagentes é necessário deixar correr água em quantidade abundante para evitar a formação destas substâncias.

4. O Conjugado HRP contém um químico diluído venenoso/corrosivo, que pode ser tóxico quando ingerido em grandes quantidades. Evitar o contacto com a pele e os olhos para prevenir a ocorrência de queimaduras químicas.

5. O Cromogénio TMB contém um produto irritante, que pode ser prejudicial quando inalado, ingerido ou absorvido pela pele. Evitar inalar, ingerir ou o contacto com a pele e os olhos para evitar lesões. 6. A Solução de paragem HRP consiste numa solução de ácido sulfúrico diluído. Evitar a exposição a bases, metais ou outros componentes que possam reagir com ácidos. O ácido sulfúrico é venenoso e corrosivo e pode ser tóxico se ingerido. Evitar o contacto com a pele ou os olhos para prevenir a ocorrência de queimaduras químicas.

7. Usar equipamento de protecção apropriado para trabalhar com os reagentes.

8. Os salpicos de reagentes devem ser limpos imediatamente. Observar todas as regulamentações ambientais nacionais e locais relativas à eliminação de resíduos.

Precauções

1. Utilizar somente para diagnóstico In Vitro.

2. A substituição de componentes do dispositivo por outros que não pertençam a este sistema pode originar resultados inconsistentes.

3. Uma lavagem incompleta ou inadequada e a aspiração insuficiente dos líquidos dos poços ELISA pode dar origem a imprecisão e/ou a uma elevada interferência de fundo.

4. A adaptação, total ou parcial, deste teste para processadores automatizados e outros aparelhos de processamento de líquidos pode dar origem a diferenças nos resultados obtidos nos testes por técnica manual. É da responsabilidade de cada laboratório garantir que o seu procedimento automático dá origem a resultados dentro dos limites aceitáveis.

5. Uma grande variedade de factores influencia a qualidade dos resultados obtidos. Entre eles devemos considerar a temperatura inicial dos reagentes, a temperatura ambiente, a precisão e a reprodutibilidade da técnica de pipetagem, a eficácia da lavagem e aspiração dos poços ELISA, o fotómetro utilizado na leitura dos resultados e a duração das incubações dos testes durante o ensaio. Deve ser dada atenção especial à consistência, necessária para obter resultados precisos e reprodutíveis.

6. O protocolo deve ser criteriosamente respeitado.

7. Uma selagem inadequada da saqueta com tiras de micropoços e dessecantes pode provocar a degradação do antigénio e baixa precisão dos resultados.

8. Absorvâncias demasiado baixas podem ser observadas depois de duas ou mais utilizações do mesmo frasco de Conjugado HRP num determinado período de tempo. É importante cumprir todas as recomendações de preparação e manipulação do Conjugado HRP para evitar estas ocorrências. 9. A contaminação química do Conjugado HRP pode surgir por limpeza insuficiente dos equipamentos e instrumentos utilizados. Resíduos dos agentes químicos comuns em laboratórios, tais como a formalina, lixívia, etanol ou detergentes provocam a degradação do Conjugado HRP. Lavar bem todo o equipamento ou instrumentos após o uso de detergentes/desinfectantes químicos.

Precauções particulares de conservação

1. Conservar todos os reagentes a 2-8º C. Não congelar. Os reagentes permanecem estáveis até à data de validade indicada, quando armazenados e manipulados conforme descrito no protocolo. 2. As tiras dos micropoços revestidas com antigénios que não forem logo utilizadas, devem ser seladas

na embalagem protectora original com dessecantes e conservadas a 2-8º C. 3. O tampão de lavagem depois de diluído é estável durante uma semana a 2-8º C.

Colheita da amostra

Este procedimento deve ser efectuado com uma amostra de soro. A adição de azida ou de outros conservantes às amostras do teste pode interferir negativamente nos resultados. As amostras de soro com contaminação bacteriana, que sofreram tratamento térmico ou contendo partículas visíveis não devem ser utilizadas. Amostras ou soro muito hemolizados ou lipémicos devem ser evitados.

Após a colheita, o soro deve ser separado do coágulo. O documento H18-A3 da CLSI (NCCLS) recomenda as seguintes condições de armazenamento para as amostras: 1) Não armazenar as amostras à temperatura ambiente durante mais de 8 horas. 2) Se o teste não for concluído num prazo de 8 horas, guardar a amostra a 2-8º C. 3) Se o teste não for concluído num prazo de 48 horas, ou se houver transporte da amostra, congelar a –20º C ou a uma temperatura inferior. As amostras congeladas devem ser bem agitadas depois de descongelarem e antes de serem testadas.11

Procedimento

Material fornecido

1 Placa de micropoços Intrinsic Factor ELISA (12-1 x 8 poços), com suporte 1 1,2 ml Controlo Negativo ELISA, pré-diluído

1 1,2 ml Positivo Baixo Intrinsic Factor ELISA, pré-diluído 1 1,2 ml Positivo Alto Intrinsic Factor ELISA, pré-diluído 1 50 ml Diluente da amostra HRP

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1 10 ml Conjugado HRP IgG, (de cabra), IgG anti-humana 1 10 ml Cromogénio TMB

1 10 ml Solução de paragem HRP, ácido sulfúrico 0,344 M

Material adicional necessário mas não fornecido

Micropipetas de 5, 100, 200-300 e 500 µl Pontas descartáveis para as micropipetas

Tubos de teste para diluições de amostras de doentes, volume de 4 ml Água destilada ou desionizada

Recipiente de 1 L para Solução de lavagem HRP diluída

Fotómetro para leitura da placa de micropoços, com capacidade de medição da densidade óptica de 450 nm (e 620 nm para leituras duplas de comprimento de onda)

Método

Antes de iniciar

1. Todos os reagentes e amostras devem encontrar-se à temperatura ambiente (20-26 ºC) e ser bem misturados.

2. Diluir a Solução de lavagem HRP 1:40, adicionando o conteúdo do frasco de Solução de lavagem HRP a 975 ml de água destilada ou desionizada. Se não for utilizada a placa toda durante este período, podem ser preparadas quantidades inferiores, adicionando 2,0 ml de concentrado a 78 ml de água destilada ou desionizada por cada 16 poços utilizados. A solução tampão diluída mantém-se estável durante uma mantém-semana a 2-8º C.

3. Preparar uma diluição de 1:101 de cada amostra de doente, adicionando 5 µl de amostra a 500 µl de Diluente da amostra HRP. As amostras diluídas devem ser usadas num prazo de 8 horas após a sua preparação. NÃO DILUIR o Positivo Baixo Intrinsic Factor ELISA, o Positivo Alto Intrinsic Factor ELISA e o Controlo Negativo ELISA.

4. A determinação da presença ou ausência de anticorpos anti-Factor Intrínseco, utilizando unidades arbitrárias, necessita de dois poços para cada um dos três controlos e de um ou dois poços para cada amostra de paciente. Recomenda-se que as amostras sejam testadas em duplicado.

Técnica

1. ANTES DE INICIAR O TESTE, TODOS OS COMPONENTES DEVEM ENCONTRAR-SE À TEMPERATURA AMBIENTE (20-26º C). Coloque o número de tiras/micropoços necessários no

suporte. Guarde imediatamente as tiras que não foram utilizadas na saqueta com dessecante,

selando-a para minimizar a exposição ao vapor de água.

2. Adicione 100 µl de Positivo Baixo Intrinsic Factor ELISA, de Positivo Alto Intrinsic Factor ELISA, de Controlo Negativo ELISA pré-diluídos e das amostras diluídas dos doentes aos poços. Tape os poços e efectue, numa superfície nivelada, a incubação durante 30 minutos à temperatura ambiente. A incubação inicia-se após a adição da última amostra.

3. Lavagem: Aspire bem o conteúdo de cada poço. Adicione 200-300 µl de Solução de lavagem HRP

diluída a todos os poços e, em seguida, aspire. Repita esta sequência mais duas vezes num total

de três lavagens. Depois da última lavagem, inverta a placa e coloque-a sobre papel absorvente para retirar qualquer líquido residual. É imprescindível esvaziar completamente os poços após cada passo do procedimento de lavagem. Mantenha a mesma sequência para a aspiração como aplicada na adição das amostras.

4. Adicione 100 μl do Conjugado HRP IgG a cada poço. O conjugado deve ser removido dos frascos, usando condições padrão assépticas e boas práticas de laboratório. Retire do frasco apenas a quantidade necessária para o ensaio. PARA EVITAR UMA POTENCIAL CONTAMINAÇÃO

MICROBIANA E/OU QUÍMICA, NUNCA DEVE VOLTAR A COLOCAR O CONJUGADO NÃO USADO NO FRASCO. Faça a incubação dos poços durante 30 minutos, como descrito no passo 2.

5. Lavagem: Repita o passo 3.

6. Adicione 100 µl do Cromogénio TMB a cada poço e faça a incubação durante 30 min., no escuro e à temperatura ambiente.

7. Adicione 100 µl de Solução de paragem HRP a cada poço. Mantenha a mesma sequência e contagem de tempo na adição da Solução de paragem HRP, tal como efectuado para o Cromogénio TMB. Bata suavemente na placa para obter uma mistura homogénea nos poços.

8. Determine a densidade óptica (DO) de cada poço a 450 nm num prazo de 1 hora após a paragem da reacção. Se desejar uma leitura bicromática, pode usar como referência um comprimento de onda de 620 nm.

Controlo de qualidade

1. O Positivo Baixo Intrinsic Factor ELISA, o Positivo Alto Intrinsic Factor ELISA e o Controlo Negativo ELISA devem ser processados com todos os lotes de amostras para garantir que todos os reagentes e procedimentos actuam correctamente.

2. Uma vez que o Positivo Baixo Intrinsic Factor ELISA, o Positivo Alto Intrinsic Factor ELISA e o Controlo Negativo ELISA se encontram pré-diluídos, estes não controlam o procedimento associado à diluição das amostras.

3. Outros controlos podem ser testados de acordo com as directivas ou requerimentos locais e/ou nacionais ou de acordo com as disposições de organizações acreditadas. Outros controlos adequados podem ser preparados efectuando alíquotas de amostras de soro humano e conservando a < -20°C.

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4. Para que os resultados dos testes possam ser considerados válidos, devem ser cumpridos todos os critérios a seguir definidos. Se algum não for cumprido, o teste deve ser considerado inválido e o ensaio repetido.

a. A absorvância do Positivo Alto Intrinsic Factor ELISA pré-diluído deve ser superior à absorvância do Positivo Baixo Intrinsic Factor ELISA pré-diluído, que deve ser superior à absorvância do Controlo Negativo ELISA pré-diluído.

b. O Positivo Alto Intrinsic Factor ELISA pré-diluído deve ter uma absorvância superior a 1,0, enquanto que a absorvância do Controlo Negativo ELISA pré-diluído não pode ser superior a 0,2.

c. A absorvância do Positivo Baixo Intrinsic Factor ELISA deve ser mais do dobro da absorvância do Controlo Negativo ELISA ou superior a 0,25.

d. O Controlo Negativo ELISA e o Positivo Alto Intrinsic Factor ELISA servem para monitorizar falhas substanciais dos reagentes. O Positivo Alto Intrinsic Factor ELISA não consegue assegurar a precisão no ponto de decisão do ensaio.

e. O utilizador deve recorrer ao documento C24-A2 da CLSI (NCCLS) para obter instruções suplementares sobre as práticas do Controlo de Qualidade apropriadas.12

Cálculo dos resultados

Em primeiro lugar é determinada a densidade óptica média (DO) para cada conjunto de duplicados. A reactividade de cada amostra pode ser calculada dividindo a DO média da amostra pela DO média do Positivo Baixo Intrinsic Factor ELISA. O resultado é multiplicado pelo número de unidades do Positivo Baixo Intrinsic Factor ELISA que se encontram no rótulo.

Densidade óptica da amostra

Valor da amostra = ———————————————————— x Positivo Baixo Intrinsic Factor ELISA (unidades) DO do Positivo Baixo Intrinsic Factor ELISA (unidades)

A relação entre a reactividade e a quantidade de anticorpos presentes é não linear. Apesar de o aumento ou a diminuição das concentrações de anticorpos no doente se reflectirem num correspondente aumento ou diminuição da reactividade, a alteração não é proporcional (ou seja, a duplicação da concentração de anticorpos não duplica a reactividade). Se for necessária uma quantificação mais exacta dos anticorpos do doente, será necessário efectuar diluições em série das amostras do doente, e a última diluição com resultado positivo no ensaio deve ser reportada como sendo o título de anticorpos do doente.

Interpretação dos resultados

O teste ELISA é muito sensível à técnica aplicada e é capaz de detectar até pequenas diferenças nas populações de doentes. Os valores abaixo indicados são apenas valores sugeridos. Cada laboratório deve estabelecer os seus próprios valores de referência, com base nas suas técnicas, controlos, equipamentos e população de doentes e em função dos seus próprios procedimentos estabelecidos.

As amostras são interpretadas como negativas, não conclusivas ou positivas de acordo com a tabela abaixo:

Unidades

Negativa ≤ 20

Ambígua 20,1 – 24,9

Positiva > 25

1. Um resultado positivo indica a presença de anticorpos anti-Factor Intrínseco e sugere a possibilidade de anemia perniciosa.

2. Um resultado negativo indica a ausência de anticorpos anti-Factor Intrínseco ou então a sua presença em níveis abaixo do valor do cut-off negativo do teste.

3. Um resultado negativo não exclui o diagnóstico de anemia perniciosa, dado apenas 60% dos pacienes com esta doença terem este anticorpo.9

4. Uma amostra com níveis não conclusivos de anticorpos anti-Factor Intrínseco não pode ser avaliada relativamente ao estado dos anticorpos. Se a leitura permanecer equívoca após a repetição do teste, o resultado deverá ser dado como não conclusivo e/ou uma amostra adicional deverá ser colhida posteriormente.

5. A presença de anticorpos anti-células parietais gástricas poderá ser concordante ou não com a presença de anticorpos anti-Factor Intrínseco e a sua determinação, para além de ou em conjunção com a determinação dos anticorpos anti-FI, pode ajudar na avaliação dos pacientes com suspeita de anemia perniciosa.9

6. Sugere-se que os resultados apresentados pelo laboratório devem incluir a declaração: “Os seguintes resultados foram obtidos com o dispositivo INOVA QUANTA LiteTM Intrinsic Factor ELISA. Valores Factor Intrínseco obtidos através de métodos de ensaio de outros fabricantes não podem ser comparados. A magnitude dos níveis de IgG descritos não pode ser correlacionada com um título final”.

Limitações do método

1. A presença de imunocomplexos ou de outros agregados de imunoglobulinas na amostra do doente pode causar um aumento do nível de ligação não-específica e produzir resultados falsos positivos neste ensaio.

2. Os resultados deste ensaio devem ser utilizados em conjunto com as conclusões clínicas e outros testes serológicos. Os pacientes com anemia perniciosa podem ter anticorpos anti-Factor Intrínseco e/ou anticorpos anti-células parietais gástricas. Embora a presença de ambos os tipos de anticorpos

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dos dois.1,9

3. As características de desempenho do ensaio não foram determinadas para outras matrizes além do soro.

Valores esperados

Intervalo de valores normais

Um painel de 476 amostras recolhidas de indivíduos saudáveis e assintomáticos foi testado com o kit QUANTA LiteTM Intrinsic Factor ELISA. As idades variavam entre os 14-78 anos (mediana 43). Das 276 amostras com informação sobre idade e género, 150 eram de homens e 126 de mulheres. Das 476 amostras, uma era um positivo forte com 103,2 unidades, uma era um positivo borderline com 25,5 unidades e uma era um não conclusivo borderline com 20,2 unidades. A especificidade do teste era de 99,4% (473/476). A frequência da anemia perniciosa foi estimada nos 0,1-0,2%. Excluindo o valor extremo (outlier) positivo forte, a média e a mediana para o grupo de controlos saudáveis era de 5,7 unidades e 5,0 unidades, respectivamente.

Características Específicas

Um total de 177 amostras de pacientes com suspeita, probabilidade ou confirmação de anemia perniciosa, tal como é descrito em “Estudos Clínicos” e 499 amostras de controlos saudáveis (476) e controlos doentes (23) foram analisadas com o QUANTA LiteTM Intrinsic Factor ELISA, para avaliar a sensibilidade e a especificidade do teste. A média e a mediana do grupo com anemia não perniciosa era de 5,9 e 4,9 unidades, respectivamente.

Estudos Clínicos

As amostras foram classificadas em 3 categorias, de modo a reflectir o grau de confiança num diagnóstico de anemia perniciosa: 1) “Suspeita de anemia perniciosa” - anticorpos anti-células parietais gástricas positivos e/ou níveis baixos de vitamina B12, mas com resultados discrepantes de anticorpos anti-Factor

Intrínseco; 2) “Presumível anemia perniciosa” – resultados laboratoriais consistentes com anemia perniciosa, incluindo anticorpos anti-células parietais gástricas positivos, níveis baixos de vitamina B12 e

volume globular médio aumentado (típico da anemia perniciosa); 3);“Anemia perniciosa confirmada” – resultados laboratoriais consistentes com anemia perniciosa, incluindo anticorpos anti-células parietais gástricas positivos, níveis baixos de vitamina B12, volume globular médio aumentado (típico da anemia

perniciosa) e confirmaçãohematológica de anemia megaloblástica.

A sensibilidade foi calculada: 1) por contagem das amostras com anemia perniciosa “confirmada ou presumível” como sendo positivas para a doença e das “suspeitas” de anemia perniciosa como sendo negativas para a doença e 2) por contagem das amostras com anemia perniciosa “confirmada, presumível ou suspeita“ como sendo positivas para a doença. Nenhuma das amostras “suspeitas” era positiva para os anticorpos anti-Factor Intrínseco.

Tabela 1: Sensibilidade e Especificidade de QUANTA Lite™ Intrinsic Factor ELISA

n= pos eq neg

Anemias perniciosas Confirmadas (n=43) e presumíveis (n=55)* 98 92 2 4

Todas as amostras com anemia perniciosa**

Anemias perniciosas Suspeitas (n=79), Presumíveis (n=55) & Confirmadas (n=43) 177 92 2 83

Anemia não perniciosa

(controlos saudáveis e controlos doentes) 499 2 1 496

* amostras suspeitas de anemia perniciosa consideradas como negativas para a doença ** amostras suspeitas de anemia perniciosa consideradas como positivas para a doença

Sensibilidade

1) Grupos presumíveis & confirmados de anemia perniciosa incluídos como positivos para a doença: 93,9% (92/98); 95% Intervalo de Confiança (IC): 87,1%- 97,7%

Nota: Resultados não conclusivos são considerados negativos nesta análise

2) Grupos Suspeitos, Presumíveis & Confirmados de Anemia Perniciosa incluídos como positivos para a doença:

52,0% (92/177); 95% Intervalo de Confiança (IC): 44,4%- 59,5% Nota: Resultados não conclusivos são considerados negativos nesta análise

Especificidade

99,6% (497/499); 95% Intervalo de Confiança (IC): 98,8-100%

Nota: Resultados não conclusivos são considerados negativos nesta análise

Eficiência

1) Grupos presumíveis & confirmados de anemia perniciosa incluídos como positivos para a doença: 98,7% 2) Grupos Suspeitos, Presumíveis ou Confirmados de Anemia Perniciosa incluídos como positivos para a doença: 87,1%

Comparação com Dispositivos Afirmados

O QUANTA LiteTM Intrinsic Factor ELISA foi comparado com um teste ELISA de anticorpos anti-células parietais gástricas (APCA), aprovado pela FDA (Food and Drug Administration) e com um teste RIA de anticorpos anti-Factor Intrínseco (FI). A concordância de percentagem de negativos encontrava-se entre os 97,5 e os 100%, para os três testes. A concordância de percentagem de positivos entre o QUANTA LiteTM Intrinsic Factor ELISA e o teste IF RIA, executados no local 1 era de 93,3%, mas de 30,3% no local 2. Todos os resultados positivos por RIA, no local 1, eram de indivíduos com evidências hematológicas de anemia perniciosa. No local 2 não estava disponível informação clínica sobre as amostras.

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Tabela 2: Concordância entre o QUANTA LiteTM Intrinsic Factor ELISA e Testes Predicativos Predicaco GPA ELISA Predicado Intrinsic Factor RIA Local 1 Predicado Intrinsic Factor RIA Local 2 Positivo % Acordo 29,7% (22/74) 93,2% (41/44) 30,3% (24/79) Negativo % Acordo 97,5% (193/198) 100% (25/25) 100% (26/26) QUANTA LiteTM Intrinsic Factor

Antibody ELISA Global Acordo 49,1% (220/278) 95,6% (66/69) 63,3% (50/79)

Reactividade cruzada

Soros de 23 pacientes com anticorpos auto-imunes ou de doenças infecciosas, incluindo o H. pylori, mitocôndriais M2, citomegalovírus, herpesvírus simplex, ASCA, RNP, SS-A, SS-B, Scl-70, dsDNA, transglutaminase tecidular e membrana glomerular basal foram testados quanto à reactividade cruzada com o QUANTA LiteTM Intrinsic Factor ELISA. Nenhuma das amostras era positiva com o QUANTA LiteTM Intrinsic Factor ELISA.

Precisão e Reprodutibilidade

O desempenho intra-ensaio foi avaliado mediante a análise de 7 amostras e do controlo altamente positivo do kit (HPC), num total de 5 vezes cada.

Tabela 3: Desempenho de entra-ensaio QUANTA LiteTM Intrinsic Factor ELISA

Espec. A (HPC) Espec. B Espec. C Espec. D Espec. E Espec. F Espec. G Espec. H Unidades média 108,1 45,4 115,2 108,7 21,3 17,1 10,6 13,4

DP 2,1 0,8 2,5 3,4 1,7 0,8 0,4 0,7

SV % 1,9 1,8 2,2 3,2 8,0 5,0 4,0 5,3

O desempenho inter-ensaio foi avaliado, testando em duplicado, 5 amostras mais o controlo altamente positivo do kit (HPC) e o controlo negativo (NC), duas vezes por dia (uma vez de manhã e uma vez à tarde) durante 3 dias.

Tabela 4: Desempenho do inter-ensaio QUANTA LiteTM Intrinsic Factor ELISA

(HPC) NC Espec. 1 Espec. 2 Espec. 3 Espec. 4 Espec. 5

Unidades média 109,1 1,1 107,9 47,4 13,9 108,0 29,2

DP 6,0 0,2 4,8 1,7 0,7 5,4 2,4

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Referências

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