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28/05/2013 PRIMEIRA TURMA : MIN. DIAS TOFFOLI EMENTA

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Ementa e Acórdão

28/05/2013 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 726.624 SÃO

PAULO

RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI

AGTE.(S) :GENIALI DISTRIBUIDORA DE VEÍCULOS LTDA

ADV.(A/S) :KLEBER ROBERTO CARVALHO DEL GESSI E OUTRO(A/S)

AGDO.(A/S) :PAULO CELSO LAÍS

ADV.(A/S) :PAULO CELSO LAÍS

EMENTA

Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Propaganda enganosa. Restituição de valores. Código de Defesa do Consumidor. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes.

1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas da causa. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF.

2. Agravo regimental não provido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.

Brasília, 28 de maio de 2013. MINISTRO DIAS TOFFOLI

Relator

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal

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Relatório

28/05/2013 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 726.624 SÃO

PAULO

RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI

AGTE.(S) :GENIALI DISTRIBUIDORA DE VEÍCULOS LTDA

ADV.(A/S) :KLEBER ROBERTO CARVALHO DEL GESSI E OUTRO(A/S)

AGDO.(A/S) :PAULO CELSO LAÍS

ADV.(A/S) :PAULO CELSO LAÍS

RELATÓRIO

O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):

Geniali Distribuidora de Veículos Ltda. interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 126 a 140 - fax - e 143 a 157 - original) contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 122/123), com a seguinte fundamentação:

“Vistos.

Trata-se de agravo contra a decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário interposto contra acórdão proferido pela Quarta Turma Cível do Colégio Recursal do Estado de São Paulo, assim ementado:

‘Ação de restituição de valores. Compra e Venda de Veículo. Propaganda veiculada em jornal de grande circulação indicando, através de letras grandes, maiúsculas e amarelas, que na compra do veículo o IPVA seria grátis, observando, no rodapé, através de letras minúsculas e quase ilegíveis, que apenas a primeira parcela do IPVA seria grátis, devendo as demais ser pagas pelo consumidor. Relação de consumo configurada. Aplicação do Código de Defesa do Consumidor.

Supremo Tribunal Federal

28/05/2013 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 726.624 SÃO

PAULO

RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI

AGTE.(S) :GENIALI DISTRIBUIDORA DE VEÍCULOS LTDA

ADV.(A/S) :KLEBER ROBERTO CARVALHO DEL GESSI E OUTRO(A/S)

AGDO.(A/S) :PAULO CELSO LAÍS

ADV.(A/S) :PAULO CELSO LAÍS

RELATÓRIO

O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):

Geniali Distribuidora de Veículos Ltda. interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 126 a 140 - fax - e 143 a 157 - original) contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 122/123), com a seguinte fundamentação:

“Vistos.

Trata-se de agravo contra a decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário interposto contra acórdão proferido pela Quarta Turma Cível do Colégio Recursal do Estado de São Paulo, assim ementado:

‘Ação de restituição de valores. Compra e Venda de Veículo. Propaganda veiculada em jornal de grande circulação indicando, através de letras grandes, maiúsculas e amarelas, que na compra do veículo o IPVA seria grátis, observando, no rodapé, através de letras minúsculas e quase ilegíveis, que apenas a primeira parcela do IPVA seria grátis, devendo as demais ser pagas pelo consumidor. Relação de consumo configurada. Aplicação do Código de Defesa do Consumidor.

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Relatório

ARE 726624 AGR / SP

improvido’ (fl. 79).

No recurso extraordinário, sustenta-se violação do artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal.

Decido.

Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’.

Não merece prosperar a irresignação, uma vez que o dispositivo constitucional apontado como violado carece do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Ademais, é certo que para ultrapassar o entendimento firmado pela instância de origem seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional pertinente e reexaminar os fatos e as provas dos autos, o que é inviável no recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279 desta Corte. Nesse sentido:

‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. RESTITUIÇÃO DE VALORES. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. IMPOSSIBILIDADE DA

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Supremo Tribunal Federal

ARE 726624 AGR / SP

improvido’ (fl. 79).

No recurso extraordinário, sustenta-se violação do artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal.

Decido.

Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’.

Não merece prosperar a irresignação, uma vez que o dispositivo constitucional apontado como violado carece do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Ademais, é certo que para ultrapassar o entendimento firmado pela instância de origem seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional pertinente e reexaminar os fatos e as provas dos autos, o que é inviável no recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279 desta Corte. Nesse sentido:

‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. RESTITUIÇÃO DE VALORES. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. IMPOSSIBILIDADE DA

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Relatório

ARE 726624 AGR / SP

ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. II, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 636 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (ARE nº 660.889/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 13/12/11).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.”

Aduz a agravante, in verbis, que

“(...) o recorrido tinha plena ciência de que o IPVA não seria total, pois no próprio contrato de compra e venda

assinado por ele consta que inclui somente a primeira parcela do IPVA.

(…) [O] apelado não experimentou nenhum prejuízo. Mesmo não tendo nenhum direito, ainda se viu beneficiado com brindes de cortesia que são vendidos na loja apelante.

(…)

Estão presentes nos autos todos os requisitos necessários para o cabimento do Recurso em tela, quer seja os Pressupostos Objetivos e os Subjetivos.

(…) [J]á tendo sido pré-questionado toda Matéria, Legislação e Jurisprudências citadas in casu quando da interposição do Recurso de Apelação.

(…)

O r. depacho ora agravado tão somente cerceia o Direito da agravante de ter seu acesso à Justiça, bem como cerceia o Direito dessa à Ampla Defesa, ferindo, com isso, Princípio Constitucional/Legal” (fls. 145/146, 148, 152/153).

Supremo Tribunal Federal

ARE 726624 AGR / SP

ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. II, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 636 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (ARE nº 660.889/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 13/12/11).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.”

Aduz a agravante, in verbis, que

“(...) o recorrido tinha plena ciência de que o IPVA não seria total, pois no próprio contrato de compra e venda

assinado por ele consta que inclui somente a primeira parcela do IPVA.

(…) [O] apelado não experimentou nenhum prejuízo. Mesmo não tendo nenhum direito, ainda se viu beneficiado com brindes de cortesia que são vendidos na loja apelante.

(…)

Estão presentes nos autos todos os requisitos necessários para o cabimento do Recurso em tela, quer seja os Pressupostos Objetivos e os Subjetivos.

(…) [J]á tendo sido pré-questionado toda Matéria, Legislação e Jurisprudências citadas in casu quando da interposição do Recurso de Apelação.

(…)

O r. depacho ora agravado tão somente cerceia o Direito da agravante de ter seu acesso à Justiça, bem como cerceia o Direito dessa à Ampla Defesa, ferindo, com isso, Princípio Constitucional/Legal” (fls. 145/146, 148, 152/153).

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Relatório

ARE 726624 AGR / SP

É o relatório.

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Supremo Tribunal Federal

ARE 726624 AGR / SP

É o relatório.

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(6)

Voto - MIN. DIAS TOFFOLI

28/05/2013 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 726.624 SÃO

PAULO

VOTO

O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):

O inconformismo não merece prosperar.

Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido:

“(...) Com efeito, o informe promocional trazido aos autos na fl. 50, da maneira em que redigido, noticiando, em letras enormes e grifadas, ‘DOCUMENTAÇÃO E IPVA GRÁTIS’, e, em letras tão miúdas, que até mesmo esta Magistrada somente as localizou após muito esforço, e porque alertada pelas alegações perfilhadas pela ré acerca de sua existência, a observação ‘Documentação e IPVA grátis somente primeira parcela para as ofertas Mille e Palio versão 2 portas’, configura inexoravelmente a tão repudiada propaganda enganosa, que o Código de Defesa do Consumidor procurou severamente punir, qualificando-a, em seu artigo 37, parágrafo 1º (…).

Assim, tal informe promocional violou nitidamente os princípios básicos de transparência e boa-fé nas relações de consumo, que o aludido diploma legal tentou proteger ao coibir tão veementemente a propaganda enganosa, induzindo o autor a erro, atraindo-o ao estabelecimento da ré pela grande publicidade das facilidades do negócio, mas surpreendendo-o com o não cumprimento da propaganda.

Portanto, ao veicular publicidade enganosa, a ré descumpriu a proibição legal do artigo 37 do Código de Defesa do Consumidor, cometendo, juridicamente, um ato ilícito.

E esse ato causou danos ao autor, pois, acreditando no teor do informe promocional, ele adquiriu o veículo e teve de arcar

Supremo Tribunal Federal

28/05/2013 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 726.624 SÃO

PAULO

VOTO

O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):

O inconformismo não merece prosperar.

Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido:

“(...) Com efeito, o informe promocional trazido aos autos na fl. 50, da maneira em que redigido, noticiando, em letras enormes e grifadas, ‘DOCUMENTAÇÃO E IPVA GRÁTIS’, e, em letras tão miúdas, que até mesmo esta Magistrada somente as localizou após muito esforço, e porque alertada pelas alegações perfilhadas pela ré acerca de sua existência, a observação ‘Documentação e IPVA grátis somente primeira parcela para as ofertas Mille e Palio versão 2 portas’, configura inexoravelmente a tão repudiada propaganda enganosa, que o Código de Defesa do Consumidor procurou severamente punir, qualificando-a, em seu artigo 37, parágrafo 1º (…).

Assim, tal informe promocional violou nitidamente os princípios básicos de transparência e boa-fé nas relações de consumo, que o aludido diploma legal tentou proteger ao coibir tão veementemente a propaganda enganosa, induzindo o autor a erro, atraindo-o ao estabelecimento da ré pela grande publicidade das facilidades do negócio, mas surpreendendo-o com o não cumprimento da propaganda.

Portanto, ao veicular publicidade enganosa, a ré descumpriu a proibição legal do artigo 37 do Código de Defesa do Consumidor, cometendo, juridicamente, um ato ilícito.

E esse ato causou danos ao autor, pois, acreditando no teor do informe promocional, ele adquiriu o veículo e teve de arcar

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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI

ARE 726624 AGR / SP

autor o valor por ele pago pelas demais parcelas do IPVA, a r. sentença observou rigorosamente o aludido diploma legal, devendo ser integralmente mantida” (fl. 80).

Desse modo, conforme expresso na decisão agravada, o Colégio Recursal concluiu, com fundamento na legislação infraconstitucional pertinente (Código de Defesa do Consumidor) e nos fatos e nas provas da causa, que a ora agravante, mediante informe promocional, veiculou publicidade enganosa, razão pela qual deveria restituir ao consumidor, ora agravado, os valores pagos em razão do erro a que teria sido induzido. Assim, é certo que, para ultrapassar tal entendimento, seria necessário analisar a legislação infraconstitucional pertinente, bem como reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. Nesse sentido, anote-se:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO CONSUMIDOR. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. RESTITUIÇÃO DE VALOR PAGO INDEVIDAMENTE. 1. Conversão em agravo regimental. 2. Matéria infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. 3. Inviabilidade de reexame de fatos e provas. Incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 4. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE nº 680.645/MG- ED, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 14/6/12).

“Aplicação do CDC. Propaganda enganosa. Controvérsia infraconstitucional. Ofensa reflexa à CF. Regimental não provido” (AI nº 428.928/BA-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Nelson Jobim, DJ de 27/6/03).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO DO CONSUMIDOR.

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Supremo Tribunal Federal

ARE 726624 AGR / SP

autor o valor por ele pago pelas demais parcelas do IPVA, a r. sentença observou rigorosamente o aludido diploma legal, devendo ser integralmente mantida” (fl. 80).

Desse modo, conforme expresso na decisão agravada, o Colégio Recursal concluiu, com fundamento na legislação infraconstitucional pertinente (Código de Defesa do Consumidor) e nos fatos e nas provas da causa, que a ora agravante, mediante informe promocional, veiculou publicidade enganosa, razão pela qual deveria restituir ao consumidor, ora agravado, os valores pagos em razão do erro a que teria sido induzido. Assim, é certo que, para ultrapassar tal entendimento, seria necessário analisar a legislação infraconstitucional pertinente, bem como reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. Nesse sentido, anote-se:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO CONSUMIDOR. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. RESTITUIÇÃO DE VALOR PAGO INDEVIDAMENTE. 1. Conversão em agravo regimental. 2. Matéria infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. 3. Inviabilidade de reexame de fatos e provas. Incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 4. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE nº 680.645/MG- ED, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 14/6/12).

“Aplicação do CDC. Propaganda enganosa. Controvérsia infraconstitucional. Ofensa reflexa à CF. Regimental não provido” (AI nº 428.928/BA-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Nelson Jobim, DJ de 27/6/03).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO DO CONSUMIDOR.

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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI

ARE 726624 AGR / SP

RESCISÃO DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE VEÍCULO. RESTITUIÇÃO DOS VALORES PAGOS. ALEGADA ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. CONTROVÉRSIA DECIDIDA À LUZ DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E DAS PROVAS DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 625.148/ES-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 7/4/11)

Nego provimento ao agravo regimental.

Supremo Tribunal Federal

ARE 726624 AGR / SP

RESCISÃO DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE VEÍCULO. RESTITUIÇÃO DOS VALORES PAGOS. ALEGADA ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. CONTROVÉRSIA DECIDIDA À LUZ DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E DAS PROVAS DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 625.148/ES-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 7/4/11)

Nego provimento ao agravo regimental.

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Extrato de Ata - 28/05/2013

PRIMEIRA TURMA

EXTRATO DE ATA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 726.624

PROCED. : SÃO PAULO

RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI

AGTE.(S) : GENIALI DISTRIBUIDORA DE VEÍCULOS LTDA

ADV.(A/S) : KLEBER ROBERTO CARVALHO DEL GESSI E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : PAULO CELSO LAÍS

ADV.(A/S) : PAULO CELSO LAÍS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos

termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 28.5.2013.

Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Rosa Weber.

Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas.

Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma

Supremo Tribunal Federal

PRIMEIRA TURMA

EXTRATO DE ATA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 726.624

PROCED. : SÃO PAULO

RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI

AGTE.(S) : GENIALI DISTRIBUIDORA DE VEÍCULOS LTDA

ADV.(A/S) : KLEBER ROBERTO CARVALHO DEL GESSI E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : PAULO CELSO LAÍS

ADV.(A/S) : PAULO CELSO LAÍS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos

termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 28.5.2013.

Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Rosa Weber.

Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas.

Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma

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