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Disciplina - Geografia 3 a Série Ensino Médio Professor: Gelson Alves Pereira

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Academic year: 2021

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(1)

Disciplina - Geografia

3

a

Série – Ensino Médio

(2)

 O processo de modernização subordinou a

agropecuária às necessidades do capital urbano-industrial. Os velhos complexos rurais que

caracterizavam o modelo agroexportador foram substituídos pelos complexos agroindustriais, fortemente integrados com o setor industrial e financeiro.

 Da relação ou integração entre os setores

agropecuários e industrial surgiram os seguintes tipos de indústrias: indústria da agricultura ou

agroindústrias e indústrias para a agricultura.

 Complexo agroindustrial é a articulação ou junção

da agropecuária com as chamadas indústrias para a agricultura e com as agroindústrias.

(3)

 O setor agropecuário representa 10% do PIB

brasileiro. Entretanto, o conjunto das cadeias

produtivas dinamizadas pelos complexos industriais, que começam nas fábricas de insumos e terminam nas grandes redes de distribuição e nos portos

exportadores, movimentam cerca de 33% do PIB brasileiro e oferecem 37% do total de empregos.

 Os produtores rurais que participam dessas cadeias

produtivas podem ser enquadrados em duas grandes categorias:

grandes empresários rurais – grandes

proprietários da terra e dos meios de produção. agricultores familiares – pequenos e médios

proprietários que contam fundamentalmente com a mão de obra de suas famílias.

(4)

 Nove estados são responsáveis por cerca de 85% do

valor da produção das lavouras agrícolas.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

ESTADOS PARTICIPAÇÃO NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA

São Paulo 19,9%

Paraná 13,1%

Rio Grande do Sul 12,5%

Minas Gerais 10,2%

Mato Grosso 8,6%

Bahia 8,1%

Goiás 6,6%

Santa Catarina 3,7%

Mato Grosso do Sul 3,0%

(5)

As práticas tradicionais predominam, porém

existem áreas de intensa modernização.

Oeste baiano

: soja, avicultura e suinocultura.

Vale do Rio São Francisco

: polos de

fruticultura irrigada, comandados por

Petrolina (PE) e Juazeiro (BA)

.

Cerrados do sul Maranhão e do Piauí

: a soja

começa tomar lugar da pecuária extensiva e

tradicional.

Zona da Mata

: Cana-de-açúcar.

(6)

São Paulo

Pecuária leiteira: Vale do Paraíba.

Pecuária de corte: Araçatuba, Andradina, Barretos e Fernandópolis

Cana-de-açúcar: Ribeirão Preto, Jaú e Piracicaba. Laranja: Araraquara, Matão, Bebedouro,

Taquaritinga e São José do Rio Preto.

Minas Gerais – exibe agropecuária diversificada e

inúmeras especializações regionais. No conjunto do estado, a agricultura empresarial convive com a

produção familiar tradicional.

Café: domina o sul de minas e avança sobre as áreas do cerrado.

Pecuária de corte: Triângulo Mineiro. Pecuária leiteira: sul de Minas.

(7)

A integração do pequeno agricultor aos

complexos agroindustriais realiza-se

especialmente na esfera da produção de

carne suína e de frango. A Região Sul tem o

maior rebanho suíno do país. Também cria a

maior quantidade de frangos e galinhas.

Paraná:

café, algodão, soja, milho e trigo.

Santa Catarina:

soja, milho, trigo e fumo.

Rio Grande do Sul:

soja, milho, uva, trigo,

(8)

No Centro-Oeste encontram-se os

maiores rebanhos bovinos do país. O

Mato Grosso do Sul lidera, com mais de

23 milhões de cabeças, seguido de perto

pelo Mato Grosso, com mais de 22

milhões. Mas, especialmente no Mato

Grosso, a soja avança sobre terras

tradicionalmente ocupadas pela

pecuária.

(9)

A região é considerada uma fronteira agrícola

do Brasil; nela são produzidos desde

produtos

tradicionais, como mandioca, milho e arroz, até

de exportação, como a soja, que tem sido uma

cultura bastante difundida na região e ao

mesmo tempo provoca desmatamento da

floresta Amazônica.

A atividade pecuária também tem crescido na

região Norte, modificando a paisagem de

forma significativa, pois a vegetação da floresta

Amazônica é substituída pela pastagem. As

principais

criações

são de bovinos e bubalinos

(é a região que possui o maior rebanho

(10)

 A modernização agrícola acarretou e está

acarretando vários danos ao meio ambiente:

 O envenenamento do solo, das águas, das

plantas e dos animais.

 A erosão e a compactação do solo, provocadas

pela pecuária e pela modernização (importação de técnicas de países temperados).

 Falta uma política de um modelo de

desenvolvimento sustentável.

 Outro tipo de agressão é a substituição de

culturas nativas pelo reflorestamento (pinus e eucalipto).

(11)

 Os defensores dos organismos geneticamente

modificados (OGMs) argumentam que o Brasil seria capaz de alavancar a produtividade e tornar mais competitiva a agricultura do país nos mercados mundiais. O outro argumento é ecológico: os

transgênicos necessitariam de aplicação menos intensa de agrotóxicos.

 Os que são contra assinalam que não há conclusões

definitivas sobre as repercussões ambientais do cultivo de transgênicos ou sobre seu consumo para a saúde das pessoas. A maior parte do movimento ambientalista

sustenta que os OGMs vão acelerar ainda mais o

processo de “erosão genética” (é o processo de redução da diversidade de plantas cultivadas), e que o Brasil se transformará em refém de companhias transnacionais.

(12)

 O IBGE considera, para fins de comparação, três

grandes categorias de uso da terra:

 lavouras, que podem ser permanentes ou

temporárias;

 pastagens, naturais ou plantadas;

 matas e florestas naturais, aquelas destinadas à

preservação ou usadas para lavoura e pastoreio.

 Entre 1996 e 2006, a área de lavoura do país

aumentou 83,5%, enquanto a área de pastagem diminuiu 3%. O Censo agropecuário 2006 apontou que, nesse período, houve a substituição de áreas de pastagens por lavouras, principalmente em razão da progressiva inserção do Brasil no mercado mundial de produção de grãos, com destaque para a soja.

(13)

Quanto ao aumento da área de lavoura, os

resultados mais expressivos vieram da

Região Norte, que apresentou um

crescimento de 275%. Em contrapartida, os

menores incrementos ocorreram nas

regiões de ocupação mais consolidada:

Sudeste, com 50%, e Sul, com 48,8%.

A diminuição das áreas de pastagens entre

1996 e 2006 revela o uso mais intensivo da

terra, pois, paralelamente a essa redução,

constatou-se o crescimento dos principais

rebanhos no mesmo período: 11% do

(14)

A intensificação da pecuária ocorreu onde já

havia desenvolvimento da atividade, como em

áreas dos estados de Minas Gerais, São Paulo,

Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás

e Mato Grosso do Sul.

O censo também verificou a interiorização da

pecuária bovina, com a ocupação de novas

áreas no leste do Pará, em Rondônia e no

noroeste do Maranhão. Outra área de aumento

da ocupação por bovinos é a faixa ao longo do

Rio Amazonas e de alguns afluentes

importantes, desde o norte do Pará, seguindo

em direção ao norte do Acre.

(15)

Mesmo o Brasil tendo à disposição uma das

mais extensas áreas agricultáveis de todo o

mundo, existem no país milhões de famintos

e, portanto, possíveis demandantes de terra.

A concentração fundiária tem sua origem no

sistema das sesmarias, do século XVI. Na

época colonial, surgiram os dois

personagens básicos da economia rural do

país: de um lado, o latifundiário (sesmeiro) e

do outro, o posseiro.

(16)

 No século XIX, a introdução do trabalho livre na

economia cafeeira assinalou um momento

decisivo no ordenamento econômico e jurídico da agropecuária brasileira. A extinção do

sistema de sesmarias, em 1822, gerou uma expansão descontrolada do apossamento de terras. Em 1850, a Lei de Terras veio frear esse processo, determinando que a única via para o acesso à terra seria a compra. A Lei de Terras

representou o seguro dos latifundiários diante da extinção do tráfico negreiro.

(17)

Criação das Ligas Camponesas (1955).

Confrontos entre posseiros e grileiros em

vários pontos do Brasil.

Um setor da Igreja Católica, denominado

“progressista”, ligado à

Teologia da

Libertação

, posicionou-se ao lado dos

trabalhadores rurais e urbanos,

aumentando a politização e as lutas, no

campo e na cidade, por uma sociedade

justa.

(18)

O governo, após o golpe de 1964, tinha

como objetivo resolver as tensões sociais no

campo.

É um conjunto de leis criado em

30/11/1964.

Para atingir os seus objetivos foi criada uma

unidade de medida de imóveis rurais.,

tendo por base um

“módulo rural”

fixado

para cada região.

MÓDULO RURAL

– a propriedade deve

proporcionar condições dignas de vida a

uma família de quatro pessoas adultas.

(19)

 Minifúndio – imóvel rural com área explorável

inferior ao módulo fixado para a respectiva região.

 Empresa rural – imóvel rural com área de até 600

vezes o módulo rural da respectiva região, explorada economicamente e racionalmente.

 Latifúndio por exploração – todo imóvel rural cuja

dimensão não exceda aquela admitida como máxima para empresa rural (600 vezes o módulo rural). Trata-se dos imóveis rurais improdutivos, voltados à

especulação imobiliária, chamado de latifúndio improdutivo.

 Latifúndio por dimensão – todo imóvel rural com

área superior a 600 vezes o módulo rural fixado para a respectiva região.

(20)

 A questão agrária assumiu novos contornos políticos

com o encerramento do regime militar. Em 1984, era fundado o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e em 1985 foi fundada a União

Democrática Ruralista (UDR).

 Em 1985, o governo Sarney, sob forte pressão social

e política, lançou o Plano Nacional de Reforma Agrária, que incluía, como beneficiários, os

posseiros, parceiros, arrendatários, assalariados

rurais e minifundiários. A meta consistia em assentar 1,5 milhão de famílias em 130 milhões de hectares de terras improdutivas ou subutilizadas.

(21)

 Em prosseguimento às discussões em torno da

reforma agrária, em 25/02/1993, foi sancionada a lei no 8629 pelo presidente Itamar Franco.

 A terra tem de cumprir a função social; caso isso não

ocorra, fica passível de desapropriação.

 Estabeleceu novos conceitos relativos às dimensões

e classificações dos imóveis rurais. Tendo por base o conceito de módulo rural, utilizou o conceito

derivado deste, de módulo fiscal (corresponde ao módulo rural médio do município).

 A variação do módulo fiscal no território brasileiro é

de 5 a 110 hectares. Próximo às capitais dos estados é de 5 hectares, enquanto no Pantanal

(22)

Classificação dos imóveis rurais segundo a

dimensão.

Minifúndio

– todo imóvel rural cuja

dimensão é inferior ao módulo fiscal fixado

para o município.

Pequena propriedade

- o imóvel rural cuja

dimensão esteja compreendida entre um e

quatro módulos fiscais.

Média propriedade

– o imóvel rural cuja

dimensão esteja compreendida entre mais

de quatro e quinze módulos fiscais.

Grande propriedade

– o imóvel rural cuja

dimensão é superior a quinze módulos

fiscais.

(23)

 Existem dois modos fundamentais de exploração

agrícola:

 A exploração direta: proprietário

 A exploração indireta: parceria, arrendamento e

ocupação.

 A principal modificação foi o crescente emprego do

trabalho assalariado em lugar dos sistemas tradicionais: colonos, parceiros e outros.

 Crescente substituição do regime de trabalho

permanente (fixo) pelo regime do trabalho

temporário (boias frias) favoreceu o aparecimento de um novo tipo de relação de trabalho, a

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