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Aprender e Conhecer a ASTROLOGIA e as Artes Adivinhatórias - Vol. 1b - Aprender Astrologia - DIDIER COLI

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(1)

Para ajudá-lo a encontrar

respostas claras

e concretas

às suas perguntas

(2)
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Astrologia: arte ou ciência?

A astrologia utiliza uma linguagem, ao mesmo tempo técnica, simbólica e poética.

Procede da ciência e da arte. Aprender o seu funcionamento ajuda no auto-conhecimento

e a compreender melhor os demais.

A

ntes de mais nada, você pode ob­ servar que, normalmente, acredi­ tamos ou não acreditamos na astrologia. Esta divergência baseia-se num mal-en­ tendido e no desconhecimento dos seus fundamentos. Com efeito, acreditar ou não acreditar é o resultado de uma su­ perstição e de um lugar-comum, já muito antigos. A crença relaciona-se com a idéia de que tudo está escrito em nós de antemão, e com a afirmação de que vivemos sob a influência dos astros. Os adeptos da astrologia encontram nisto uma maneira de justificar os seus erros, as suas fraquezas, a sua ignorância. Os seus opositores vêem nela uma crença arcaica e a negação do livre arbítrio.

Para dizer a verdade, afirmar que tudo está inscrito (e não escrito) em nós, desde o dia em que nascemos, não sig­ nifica que tudo esteja decidi­ do. A criança que chega ao mundo pode ser comparada a uma semente. Se se conhe­ cer a natureza da semente, a qualidade da terra, o período do ano em que se semeia, o clima da região na qual foi colhida... pode prever-se que planta surgirá da terra. Trata-se mais de condições do que de influências. São esses os critérios nos quais o astrólogo se baseia.

A ASTROLOGIA COMO CIÊNCIA

Para os homens da Antigüidade — que conceberam o sistema e o princípio do Zodíaco há aproximadamente 4.000 anos —, a astrologia era evidentemente uma ciência. Baseia-se no estudo da relação entre os fenômenos da natu­ reza e certas manifestações celestes, que reaparecem a intervalos regulares. Esta observação sistemática, didática e escrupulosa, construída sobre a lei de causa e efeito, é ainda a dos homens de ciência contemporâneos, embora hoje as novas aplicações tecnológicas te­

nham deixado mui­ to defasado tudo

que os nossos antepassados

possam ter

imaginado. Trata-se de um progresso? Sim e não. A nosso entender, a resposta é afirmativa, já que obtivemos os meios para viver com muita maior comodi­ dade, mais saudavelmente, e, por isso, mais tempo.

Assim, podemos pois considerar que o homem moderno não só desafiou o seu destino, mas também o venceu ao prolongar a sua esperança de vida na Terra. Mas vencemos realmente as grandes pragas que atormentaram a humanidade ao longo dos milênios: catástrofes naturais (atualmente cha­ madas "ecológicas"), as fomes e as epi­ demias? Não podemos ter tanta certe­ za disso. Nós as vencemos mas as suas sombras ameaçadoras ainda nos obser­ vam.

De ontem para hoje, os instrumentos do astrólogo mudaram, mas as preocupações dos homens continuam sendo as mesmas.

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Mais ainda, é muito raro que tenhamos uma visão otimista do nosso futuro. O grande teatro do mun­ do, tal como o vemos no dia-a-dia, inclina-se para a angústia, o medo e o desespero, mais do que para o entusiasmo ou a esperança.

É aqui que nos podemos questionar se, à medida que avançam as ciências e as suas aplicações prá­ ticas, não perdemos algo essencial: a capacidade de nos deslumbrarmos; essa capacidade que cada um de nós possui e sem a qual a vida pode pare­ cer-nos, muitas vezes, vazia de sentido. Mas para os homens da Anti­ güidade, estas partes de lendas, de mitos, de so­

nhos, de mistérios, encontrava-se no centro do grande sistema que é a as­ trologia, construído, apesar de tudo, sobre dados lógicos e observações ri­ gorosas.

Por isso, embora vivamos com um re­ lativo bem-estar material e moral, e em condições que permitem proteger-nos do frio e das intempéries, ver tanto de dia como de noite, aliviar as nossas do­ res quotidianas, vencer com certa faci­ lidade algumas doenças que, no passa­ do, dizimaram centenas de milhares de indivíduos, receber à vontade água fria e quente..., mesmo assim estamos imersos num certo desencanto e colo­ camo-nos sempre as mesmas questões sem conseguir descobrir as respostas: De onde viemos? Q u e m somos? Para onde vamos?

Embora os progressos da ciência te­ nham modificado os nossos costumes no aspecto formal, no fundo as nos­ sas preocupações continuam sendo as de sempre.

De fato, se nos embrenharmos seria­ mente no estudo das civilizações e das culturas do passado, constataremos que

os desejos, os sentimentos, as espe­ ranças, as motivações, as contradições, as preocupações, os comportamentos daquelas pessoas são comparáveis às dos nossos antepassados.

A ASTROLOGIA COMO ARTE Seja como for, o Zodíaco não é mais do que um gráfico no qual podemos ler alguns dados correspondentes a algu­ mas qualidades, a alguns valores hu­ manos.

Cada qual possui características que lhe são próprias. Mas o que fazemos delas depende tanto das circunstâncias (as condições nas quais nos encontramos) como de nós mesmos, das nossas esco­ lhas, dos nossos atos. Estes últimos não estão inscritos no nosso mapa astral. Em contrapartida, o fato de estarmos predispostos para esta escolha em vez da outra, inclinados a produzir tal ato e não outro, isso sim, está claramente ins­ crito.

Assim sendo, não é errado afirmar que o mapa astral serve de suporte para o nosso próprio conhecimento e para o conhecimento da nossa vida ativa.

Ter conhecimento dos dados e as in­ formações que se inscrevem no es­ quema do nosso zodíaco pessoal dá-nos os meios para sermos mais clarividen­ tes, mais conscientes das nossas quali­ dades, das nossas fraquezas e, também, das nossas próprias possibilidades e li­ mitações.

Deste modo, também aprendemos a distinguir o que pertence ao nosso ser e o que resulta das circunstâncias e das condições em que vivemos.

Em outras palavras, trata-se de distin­ guir entre a nossa responsabilidade e a dos outros.

Este é que é o verdadeiro espírito e o objetivo com que convém aprender as­ trologia.

Assim, entendemos que a astrologia se aproxima mais de uma arte de viver do que do exercício de uma ciência. N o entanto, para dominar esta arte, é necessário submeter-nos a regras e cál­ culos, análises e avaliações, métodos e teorias, hipóteses e experiências, resul­ tados e especulações, leis e consta­ tações. .. que recordam os trabalhos de um laboratório.

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Como fazer a nossa

primeira roda zodiacal

Para entender a estrutura, a forma e a função do Zodíaco, é necessário

que o saiba desenhar e inscrever nele os 12 signos zodiacais.

DESENHO

DE UMA RODA ZODIACAL

Para fazer uma roda zodiacal você pre­ cisa de uma folha de papel, um compas­ so, um transferidor, uma régua, um lá­ pis, uma borracha e uma esferográfica. O Com o compasso, desenhe dois cír­ culos: o primeiro, chamado círculo ex­ terior, com um raio de 7 cm; o segundo, o interior, com um raio de 5 cm. © Com a régua e o lápis, trace uma cruz no interior dos dois círculos. Esta será um ponto de referência que você poderá apagar depois de ter terminado a roda. Com o transferidor, divida a roda em 12 setores iguais.

© Destes 12 setores, o primeiro será o que tiver o bordo situado no lado es­ querdo da roda zodiacal e sob a barra horizontal da cruz que desenhou no interior.

O O bordo do quarto setor ficará junto à barra vertical da cruz, na parte inferior da roda.

© O bordo do sétimo setor ficará à frente do bordo do primeiro e à direita da barra vertical da cruz.

© Finalmente, o bordo do décimo se­ tor ficará à frente do quarto setor e na parte superior da barra vertical e da roda.

© Com a esferográfica e a régua, divida em dois a superfície que sobra entre estes quatros setores, para situar os oito setores restantes.

© Marque com a esferográfica os qua­ tro setores traçados conforme as ilus­ trações dos pontos 3 e 6.

0 Apague a cruz que você tinha de­ senhado no ponto 2 e ficando assim com uma roda zodiacal com 12 setores, no interior dos quais você pode inscrever os 12 signos astrológicos.

Como você pode ver, não é assim tão difícil fazer a sua própria roda do Zodíaco.

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COLOCAÇÃO DOS SIGNOS DO ZODÍACO

Depois de ter desenhado a roda zodia­ cal, você poderá colocar os 12 signos astrológicos para elaborar o seu primeiro Zodíaco.

Para fazer isso, primeiro deve nume­ rar de 1 a 12 o interior dos 12 setores da roda zodiacal.

O primeiro setor da roda encontra-se à sua esquerda, de frente para você, sob a linha horizontal que divide o círculo em dois. Escreva o número 1 neste setor. Em seguida, escreva os outros números, do 2 ao 12, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio (veja o esquema), sabendo que o setor 12 está situado

jus-justamente sobre o primeiro setor.

Por fim, dentro de cada um dos 12 se­

tores que acabou de numerar, pode es­ crever agora o no­ me de cada um dos signos astrológicos correspondentes, gi­ rando no interior da roda zodiacal no sen­ tido inverso ao dos pon­ teiros do relógio, e na se­ guinte ordem:

• Áries, 1.° signo do Zodíaco. • Touro, 2.° signo do Zodíaco. • Gêmeos, 3." signo do Zodíaco. • Câncer, 4.° signo do Zodíaco. • Leão, 5.° signo do Zodíaco. • Virgem, 6.° signo do Zodíaco. • Libra, 7.° signo do Zodíaco. • Escorpião, 8.° signo do Zodíaco. • Sagitário, 9.° signo do Zodíaco. • Capricórnio, 10.° signo do Zodíaco. • Aquário, 11.° signo do Zodíaco. • Peixes, 12.° signo do Zodíaco.

GRADUAÇÃO

DOS 12 SETORES DO ZODÍACO

A partir do signo de Áries, à esquerda da linha horizontal que divide

em dois o Zodíaco e que constitui o princípio do primeiro setor, escreva o grau zero: 0o. N o final do primeiro setor, e portanto no princípio do setor se­ guinte, ao nível da linha de interseção que separa o signo de Áries do de Touro, marque o grau do Zodíaco. E assim su­ cessivamente, de setor em setor, de signo em signo, so­

mando sempre 30 graus, no sentido

contrário ao dos ponteiros do relógio, até chegar a 330 graus (330°), no co­ meço do signo de Peixes.

Você acaba de elaborar o seu primeiro Zodíaco. Pode entrar agora no universo dos 12 signos, descobrir os símbolos e seus significados.

QUADRO DE CORRESPONDÊNCIAS

que indica as relações entre o grau 0 de cada signo astrológico e o número de graus

do Zodíaco. 0o de Áries = 0o do Zodíaco 0o de Touro = 30° do Zodíaco 0o de Gêmeos = 60° do Zodíaco 0o de Câncer = 90° do Zodíaco 0o de Leão = 120° do Zodíaco 0o de Virgem = 150° do Zodíaco 0o de Libra = 180° do Zodíaco 0o de Escorpião = 210° do Zodíaco 0o de Sagitário = 240° do Zodíaco 0o de Capricórnio = 270° do Zodíaco 0o de Aquário = 300° do Zodíaco 0o de Peixes = 330° do Zodíaco

Como se explica o sentido

de rotação dos signos?

A rotação da Terra em torno de seu eixo é o que produz a ilusão de que os astros se deslocam em sentido contrário ao dos pon-teiros do relógio; isto é, de leste para oeste. A esfera celeste que envolve a Terra, e na qual se encontra o Zodíaco, segue o movi-mento de rotação do nosso planeta. Por esta razão, visto da Terra, o Sol parece deslo-car-se pelos 12 signos, de leste para oeste, no decorrer do ano terrestre.

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Linguagem e símbolos

astrológicos

A linguagem astrológica é constituída por 32 símbolos; podemos dizer que estes símbolos

são para o astrólogo o que as notas são para o músico.

A

astrologia possui sua linguagem própria. Pode parecer obscuro aos iniciantes, mas é de grande utilidade no exercício da arte da interpretação de um mapa celeste ou de um mapa astral. A partir de agora, é conveniente observar com regularidade o quadro de símbo­ los astrológicos e empregar nossa me­ mória visual para poder assimilá-lo. A maneira de um músico que decifra uma partitura, um astrólogo versado sabe, com um rápido olhar, ler um ma­ pa astral.

Por pouco experiente que seja o astró­ logo, pode dar-nos em um instante sua própria e pessoal interpretação conhe­ cendo tão-somente este esquema de símbolos.

OS SÍMBOLOS

DOS 12 SIGNOS DO ZODÍACO

O símbolo de Áries, o primeiro signo do Zodía­ co, representa os chifres de um carneiro. T

O símbolo de Touro, se­ gundo signo do Zodíaco, representa a cabeça de um touro com seus chifres. 0

O símbolo de G ê m e o s , terceiro signo do Zodía­ co, é representado pelo traçado de duas linhas horizontais e paralelas, unidas por outras duas linhas verticais também paralelas, numa mitificação das estrelas alfa Castor e beta Pólux.

O símbolo de Câncer, quarto signo do Zodíaco, é representado por dois caracóis invertidos e en­ laçados, que fazem alu­ são às espirais das conchas e aos mo­ vimentos visíveis dos insetos na superfície da água. Por outro lado, este símbolo evoca também o yin e o yang chinês. 2>

O símbolo de Leão, quin­ to signo do Zodíaco, é representado por uma espécie de colchete defor­ mado. Na realidade, re­ presenta a juba de um leão, como tam­ bém o movimento do Sol no céu, que nesse período do ano começa a de­ clinar. S\

O símbolo de Virgem, sexto signo do Zodíaco, é representado por um m, cuja terceira perna é pro­ longada por um laço. É o símbolo do fim das colheitas e lembra a arquitetura dos antigos silos onde se guardava o grão. W

O símbolo de Libra, sé­ timo signo do Zodíaco, é representado por duas li­ nhas paralelas e horizon­ tais. A superior está visivelmente cur­ vada. Este símbolo faz alusão aos dois pratos de uma balança e à sua haste central. Porém, significa também o ocaso do Sol no horizonte, visto que

o signo de Libra coincide com o equinócio de O u t o n o , e anuncia o ocaso do dia. —

Sol: um círculo com um ponto no

centro.

Lua: uma meia-lua abaulada para a

direita.

Mercúrio: uma cruz com um círculo

na parte superior, coroado por sua vez por um semicírculo.

Vênus: uma cruz com um círculo

sem coroa na parte superior, para não confundir com o símbolo de Mercúrio. É também o símbolo da mulher. (0 símbolo da Terra, ao con-trário do de Vênus, é representado por um círculo rematado por uma cruz.)

Marte: um círculo com uma seta

sobre ele, orientada para o nordeste. É também o símbolo do homem.

Júpiter: representado por um

gran-de 4 estilizado.

Saturno: uma cruz em cuja base foi

traçado uma espécie de n minúsculo.

Urano: um círculo com uma barra

vertical colocada por cima e atra-vessada pela barra horizontal de um

H maiúsculo.

Netuno: o conhecido tridente do

deus dos oceanos, Posêidon-Netuno, sob o qual figura uma cruz.

Plutão: um círculo rematado com

uma barra horizontal, sobre a qual descansa um V maiúsculo.

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O símbolo de e s c o r

-pião, oitavo signo do Zo­

díaco, é semelhante ao de Virgem. Distingue-se de­ le pela seta que arremata a terceira perna do m no lugar do laço. Esta seta, orientada para o céu e para o futuro, é uma representação da se­ mente selecionada com cuidado nos silos, semeada na terra e que dará ori­ gem às próximas colheitas. %

O símbolo de Sagitário, nono signo do Zodíaco, é simplesmente represen­ tado por uma seta cujo extremo se orienta para o céu, na direção nordeste. ■/

O símbolo de

Capricór-nio, décimo signo do Zo­

díaco, é representado por um V maiúsculo, em cuja segunda barra está sus­ penso um S estilizado e torneado. De fato, este símbolo representa o corpo de uma cabra ou de caprino macho e uma cauda de peixe, ou também a ver­ tente de uma montanha pela qual flui a água. Y?

O símbolo de Aquário, décimo primeiro signo do 1 Zodíaco, é representado

por duas linhas paralelas e em ziguezague, que repre­ sentam o efeito produzido pelo Sol (materializado sob a forma de linhas ondulantes) sobre o gelo e as torrentes de água. «

O símbolo de Peixes, décimo segundo signo do Zodíaco, é representado por duas curvas ou dois semicírculos verticais, co­ locados um ao lado do outro e interli­ gados por um traço horizontal, que lem­ bram a figura de dois peixes: um com a cabeça para baixo, direcionada para as profundezas das águas, e o outro com a cabeça para cima, orientada para a superfície das águas. K

A Lua negra, os nós da Lua, a Parte

da fortuna e os aspectos

A Lua negra: uma foice sob

a qual está inscrita uma cruz.

O nó norte da Lua: um

col-chete.

0 nó sul da Lua: um colchete invertido.

A Parte da fortuna: um

cír-culo com uma cruz no centro, que o divide em quatro partes iguais.

OS ASPECTOS

A conjunção: um círculo e um

traço ligeiramente inclinado para a direita.

0 sextil: uma estrela com seis

pontas.

A quadratura: um quadrado,

simplesmente.

O trígono: um triângulo. A oposição: dois círculos

pe-quenos, unidos por uma peque-na linha oblíqua vertical. Finalmente, o símbolo do

pla-neta retrógrado: um R

maiús-culo cuja perna inclinada é que-brada por uma pequena barra, em forma de cruz.

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A cosmografia

Depois de ter aprendido a desenhar uma roda zodiacal, você poderá compreender agora

como esta foi engenhosamente colocada ao redor da Terra.

T

alvez você tenha visto realmente signos no céu, ou talvez estes fos­ sem frutos de sua imaginação sensível, dos seus desejos, da sua necessidade de não se sentir sozinho no mundo e no universo.

Mas o certo é que o homem milenar es­ tabeleceu relações mágicas com a natu­ reza e uma comunicação privilegiada com os céus.

Para abarcar o vasto céu, que podia ser ao mesmo tempo maravilhoso e angus­ tiante, ele povoou-o de animais conhe­ cidos da Terra.

Agiu de tal forma que, ao colocar no céu alguns pontos de referência, alguns ele­ mentos, algumas formas de vida e uma série de símbolos extraídos do seu uni­ verso tribal, conseguiu comunicar-se com o céu. Dirigia-se a ele e o céu res­ pondia-lhe.

O astrólogo (do grego astron, estrela, e logos, discurso) é a pessoa que fala de ou com as estrelas". Poderíamos acres­ centar que é a pessoa a quem as estre­ las falam.

Com efeito, os conhecimentos adquiri­ dos permitem-lhe observá-las com aten­ ção, para depois consultá-las e tirar suas próprias conclusões.

Como é possível? Quais são os elemen­ tos, os critérios, os princípios empre­ gados para sustentar seu discurso? Isto é o que você vai aprender graças à cosmografia (do grego kosmos, tradu­ zido por "universo", mas cujo primeiro sentido era "ordem", e graphicos, que si­ gnifica "relativo à escrita ou que está es­ crito"; ou seja, o universo ou a ordem escrita).

0 UNIVERSO, A ORDEM E 0 TEXTO

Fruto ou produto da terra, o homem, que não tinha no começo, nem a priori, nenhum poder sobre os elementos e as forças da natureza, outorgou-lhes um caráter mágico. Rapidamente descobriu que, ao contrário dele, que era mortal e cuja presença sobre a Terra não era eterna, o fogo, a terra, o ar e a água se transformavam ou amalgamavam com o tempo, para voltarem a aparecer sob aspectos que lhe eram familiares (as es­ tações, por exemplo). Precisou, por­ tanto, estabelecer algumas proteções contra estes elementos — previsíveis porém perigosos devido às múltiplas formas que podiam adotar —, para que sua sobrevivência e sua vida na Terra fossem possíveis. Da mesma maneira, impôs limites ao céu organizando

pou-A origem

da palavra Zodíaco

Zodíaco significa "roda dos animais", mas também "círculo dos seres vi-vos". Do termo grego zôidion, animal ou ser pequeno, deriva zôidiakos, zo-díaco; mas, na sua origem, ambos os termos derivam de zôion, ser vivo.

(10)

pouco a pouco um modelo que já conhe­ cia: o ordenamento do seu território. A partir de então, compreende-se melhor a razão pela qual a ordem e o universo são designados com a mesma palavra:

kosmos. É óbvio que o universo não é

caótico, estando, pelo contrário, bem estruturado, tal como a Terra, o chão sobre o qual o homem se mantém em pé sem cair.

De qualquer forma, nossos antepassa­ dos também compreenderam que a Terra estava suspensa no vazio por um fio — o da atração que o Sol exerce sobre ela —, e que se desloca a grande velocidade no espaço, arrastando em sua louca corrida um cortejo de planetas. Por outro lado, nem sequer podiam imaginar que a Terra se movia sob seus pés e efetuava um movimento de ro­ tação sobre si mesma. Enquanto con­ templavam o céu, viam que as estrelas também se deslocavam e como os pla­ netas luminosos (o Sol e a Lua) brinca­ vam de esconde-esconde, aparecendo e desaparecendo no céu alternadamente, perseguindo-se sem se encontrarem.

Deste modo, gravaram na memória a organização do céu. Assim, de geração em geração, puderam transmitir-se va­ liosas informações, muito úteis para a sobrevivência da comunidade e para o desenvolvimento da inteligência e da consciência. Mais tarde, o caráter vital desta ordem incentivou-os a deixar um vestígio escrito para que, depois deles, os fenômenos, dos quais foram teste­ munhas e que podiam repetir-se com efeitos semelhantes, não fossem nunca esquecidos.

A RODA ZODIACAL O Zodíaco é uma roda fictícia, um cír­ culo imaginário de 360 graus, estabele­ cido em volta da Terra para observar os movimentos dos astros. Mas por que ele foi colocado deste modo? Para isso, se­ guiu-se o movimento "aparente" do Sol em volta da Terra, em torno da denomi­ nada elíptica.

A partir desta linha, foi constituída a "zona celeste": um círculo de cerca de 17 graus de amplitude, que corresponde ao espaço necessário para observar a des­

locação dos astros considerados pelo as­ trólogos. Deste modo, o Zodíaco, ou zona celeste, foi situado em uma esfera celeste, também produto da imaginação, e cujos pontos de referência são estrita­ mente idênticos aos estabelecidos para medir a Terra.

O grau zero do Zodíaco encontra-se na interseção das linhas do equador celeste (prolongamento do equador terrestre no espaço e situado sobre a esfera celes­ te) e da elíptica. Este ponto de encontro chama-se ponto vernal, do latim ver­

­us, primaveril, ou ponto gama.

Nas anotações musicais antigas, a letra

grega gamma era utilizada para designar

a primeira nota, daí a palavra "gama". O Zodíaco é também denominado "tecla­ do simbólico".

Astronomicamente, este ponto corres­ ponde à passagem do Sol do hemisfé­ rio sul para o hemisfério norte. Mas as­ trologicamente, este ponto coincide com a entrada do Sol em Áries, no grau zero do Zodíaco, em 21 de março, dia do equinócio da Primavera ou ponto vernal.

Longitude, latitude, equador e hemisfério

A longitude é uma linha fictícia que percorre a superfície

terres-tre no sentido vertical. É de aproximadamente 180°, ou cerca de 12 horas a partir do meridiano de Greenwich, a oeste ou a les-te do meridiano. A partir destas longitudes os horários são esta-belecidos.

A latitude é uma linha imaginária que percorre a superfície terrestre no sentido horizontal. É de aproximadamente 90° a par-tir do equador, para o norte ou para o sul.

0 equador é uma linha fictícia e perpendicular ao eixo dos pólos da Terra, que corta o globo terrestre em duas partes iguais: os hemisférios.

Os hemisférios são as duas metades do globo terrestre ou da esfera celeste que o envolve, separados no seu centro pela linha do equador terrestre e celeste. 0 hemisfério norte é denominado também setentrional ou boreal e o hemisfério sul, meridional ou austral. Longitudes Latitudes Equador celeste Elíptica Hemisfério boreal Hemisfério austral Ponto vernal Equinócio da Primavera, 21 de março, 0°, ponto

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As efemérides

Apresentação e método de utilização

Para calcular um mapa do céu e elaborar um mapa astral, o astrólogo emprega três ferramentas:

as efemérides, as tabelas das casas e os fusos horários mundiais.

A

s tabelas das casas e os fusos horá­ rios servem para calcular as posi­ ções exatas do ascendente e das casas astrológicas, a partir do ano, mês, dia, hora e local exatos de nascimento do indivíduo a ser analisado.

Quanto às efemérides, estas contêm as posições dos astros no Zodíaco, dia a dia. Consultando as efemérides podemos sa­ ber exatamente a posição do Sol, da Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, etc, nos sig­ nos, e no momento do nascimento de um indivíduo, isto é, a tal hora, tal dia, tal mês e tal ano.

0 TEMPO SIDERAL E AS POSIÇÕES APARENTES

Nas efemérides que pomos à sua dis­ posição, você encontrará a indicação do tempo ou hora sideral, seguido das po­ sições, dia a dia (para as zero horas), do Sol, da Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, Plutão

e N ó lunar norte.

O tempo sideral (ou TS) figura na coluna

seguinte à que mostra os dias do mês (números de ordem dos dias). Repre­ senta exatamente uma vigésima quarta parte de um dia sideral, que é o tempo que a Terra leva para realizar uma ro­ tação completa sobre si mesma, ou seja 24 horas ou um dia.

O tempo sideral é indicado median­ te horas, minutos e segundos. E importante calcular a hora si­ deral do nascimento, gra­ ças à qual você po­

derá estabelecer as posições do ascen­ dente e as casas astrológicas.

As posições dos astros indicadas nas efe­ mérides, sem as quais o astrólogo não poderia traçar os mapas do céu, estabe­ lecem-se em função do que chamamos "posições aparentes" dos astros. Para cal­ culá-las baseamo-nos no ponto vernal. Para que possamos compreender o que são as posições aparentes dos astros, é necessário ter em conta que em astrolo­ gia, assim como o que provavelmente acontece com nosso comportamento na vida, não fazemos outra coisa senão ob­ servar o que vemos a partir de onde esta­ mos.

Basta imaginarmos que colocamos um telescópio no centro da Terra e o orien­ tamos para um ponto concreto para ob­ servarmos um ou outro astro em um determinado momento. Temos então, diante dos nossos olhos, a posição aparente deste astro visto da Terra. Se nos colocássemos em outro lu­ gar, como faria um astrônomo, por exemplo, nossa visão das coisas seria muito diferente, já que segundo

o sistema

heliocêntrico observamos tudo a par­ tir do Sol. Com efeito, tendo em conta que o Zodíaco é o espelho vivo do que somos, o princípio em si da astrologia baseia-se em uma projeção e uma toma­ da de consciência desta projeção. É isto que faz um astrólogo quando estabelece e, posteriormente, interpreta um mapa do céu ou um mapa astral. Ele se põe no papel de um espectador durante a proje­ ção de um filme, onde ele mesmo é ator, encenador e realizador. A partir daí, ve­ mos a grande importância que tem para um astrólogo a realização de um mapa do céu: consultando as efemérides, estas tabelas onde se inscrevem as posições do planeta, dia a dia, ele reúne as peças de um quebra-cabeças que, uma vez acabado, será um mapa do céu, isto é, um mapa do Zodíaco onde se inscrevem as posições exatas dos planetas em um dado momento. Em seguida, uma vez tendo feito os cálcu­ los e colocado o ascendente, o Meio do Céu e as restantes casas em seus lugares exatos do mapa do céu, um mapa astral é produ­ zido.

(12)

COMO LER AS EFEMÉRIDES?

Para ler as efemérides, e assim saber a posição dos astros, é indispensável conhecer os símbolos e a linguagem astrológicos. As efemérides que colo­ camos à sua disposição distribuem-se em 13 colunas:

• N a primeira coluna aparecem os dias do mês; as iniciais em maiúscu­ las de cada dia permitem-lhe saber o dia que lhe corresponde.

• N a segunda coluna aparece a hora sideral de cada dia, em função das zero horas. O primeiro número indica a ho­ ra; o segundo, os minutos; e o tercei­ ro, os segundos.

• N a terceira c o l u n a encontra-se a posição do Sol, dia a dia. O primeiro número indica o grau e o segundo os minutos. Assim será para o resto dos astros que figuram nas efemérides e também para o N ó lunar. O signo as­ trológico situado no começo desta co­ luna indica-nos o signo onde se en­ contrava o Sol no primeiro dia do mês às zero horas. Quando um novo signo astrológico aparece na coluna, anun­ cia que o Sol muda de signo. Para to­ dos os astros, trata-se sempre do signo seguinte no Zodíaco.

• N a quarta coluna indica-se a po­ sição da Lua, dia a dia. Ao

deslocar-se tão rapidamente no Zodíaco, é nor­ mal que apareça um novo signo do Zodíaco mais ou menos de dois em dois dias. Isto indica que a Lua mudou de signo. C o m o veremos, os cálculos da posição da Lua em um mapa do céu são um pouco mais complexos que os demais.

• N a quinta coluna figura a posição de Mercúrio no Zodíaco, dia a dia.

• Nas sextas, sétima, oitava, nona,

décima, décima primeira e décima segunda colunas aparecem respecti­

vamente as posições de Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, U r a n o , N e t u n o e

Plutão, dia a dia.

• Finalmente, na décima terceira

e última coluna encontram-se as po­

sições do N ó lunar norte, que dia a dia se desloca lentamente no Zodíaco. Tenha em conta também que quando aparece a letra R maiúscula em uma co­ luna sobre uma linha correspondente a um dia, significa que o astro na coluna onde aparece esta letra é retrógrado (ou seja, retrocede) a partir deste dia; deste modo, visto a partir da Terra, dá a im­ pressão de retroceder no Zodíaco. Quando aparece a letra D maiúscula, significa que o astro correspondente volta a ser direto nesse dia concreto; quer dizer, que continua normalmente seu curso para a frente no Zodíaco.

Alguns termos

astronômicos

A posição aparente é a posição para o

qual se orienta um telescópio, situado no centro da Terra, para observar um astro em um momento determinado.

A elíptica é o círculo, também aparente,

que o trajeto do Sol desenha ao redor da Terra.

0 equador celeste é o prolongamento

do equador terrestre, esfera imaginária situada em torno da Terra, em cujo inte-rior se encontra a roda zodiacal.

0 ponto vernal é o ponto de interseção

da elíptica com o equador celeste, quan-do o Sol, que se desloca sobre a elípti-ca, passa do sul para o norte. 0 ponto ver-nal corresponde ao grau 0 do signo de Áries e do Zodíaco. É o seu ponto de par-tida. Posição aparente Ponto vernal Hemisfério austral Hemisfério boreal Elíptica

(13)

As tabelas das Casas

Apresentação e modo de usar

Já explicamos como calcular e encontrar as posições dos astros através das Efemérides.

Agora ensinaremos a ler as tabelas das Casas, para que você possa descobrir as

posições destas e dos ascendentes.

N

o momento de aplicar as tabelas das Casas astrológicas e descobrir sua utilidade para calcular as posições dos ângulos e os astros, necessários para configurar um mapa do céu, você pode­ ria indagar: de que Casas se trata? de onde saem? para que servem? Tratare­ mos deste tema de forma detalhada mais adiante.

Você precisa saber que a partir das Efe­ mérides, das tabelas das Casas e dos seus próprios conhecimentos elementares de matemática você poderá calcular, entre outras coisas, a posição exata do ascen­ dente.

Dizemos exata, e não aproximada, como acontece muitas vezes no caso das tabe­ las propostas nas últimas páginas dos liv­ ros dedicados à astrologia ou a horósco­ pos que, ao apresentar uma exatidão apenas relativa, não podem excluir um certo número de erros.

ALGUMAS OBSERVAÇÕES SOBRE 0 ASCENDENTE

Os especialistas tratam as tabe­ las das Casas da mesma forma que com as Efemérides, com certa distância e ceticismo. Na realidade, são de simples utili­ zação, pois os as­ trólogos tra­ balharam para fazer com que suas ferramentas sejam as mais acessí­ veis e fiáveis possíveis. Portanto, não tenha ne­ nhum receio em trabalhar

com as Efemérides e as tabelas das Ca­ sas. Para aprender a ler e a usar estas tabelas você só precisa prestar um pou­ co de atenção, ter uma mente lógica e utilizar suas noções básicas de cálculo. Estas tabelas permitem desenhar um mapa astral a partir das seguintes coor­ denadas: hora, dia, mês, ano e lugar de nascimento.

Assim, você descobrirá a posição exata do seu ascendente. Atualmente, o ascen­ dente, embora não saibamos bem o que significa, se transformou em um dado tão importante quanto o próprio signo. É normal dizer: "Nasci sob o signo tal e tenho tal ascendente". Assim, acredi­ tamos estar resumindo as características

fundamentais de nossa personalidade. Imaginamos, portanto, que você vai des­ frutar poder calcular, para você e para seus amigos, as posições do Sol natal e do ascendente.

APRESENTAÇÃO DAS TABELAS DAS CASAS

As tabelas das Casas com as quais você vai trabalhar são estabelecidas a partir dos 66 graus de latitude norte. N o en­ tanto, você as utilizará tanto para calcu­ lar o mapa astral de uma pessoa nasci­ da em um lugar situado na latitude sul, como ao norte do equador.

Em outras palavras, graças às Efemérides e às tabelas das Casas que oferecemos

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aqui, você estará em condições de traçar o mapa astral de uma pessoa nascida em qualquer lugar do mundo. A latitude que corresponde ao lugar de nascimento da pessoa da qual você vai calcular o ma­ pa astral está inscrita no começo de cada página das tabelas das Casas.

Exemplo: o código inicial "01° N" significa "um grau de latitude norte".

Abaixo deste, você vai encontrar 3 ta­ belas, integradas por 7 colunas cada. Na primeira, inscreve-se a hora e o tempo sideral (TS).

A partir do TS, que logo você aprenderá a calcular, encontrará as posições exa­ tas do ascendente e das Casas astrológi­ cas que figuram nas 6 colunas seguintes. Vamos nos concentrar na página 01° N e imaginemos que, tendo realizado os cálculos a partir dos dados de nasci­ mento, estes nos enviam à décima

li-nha de n ú m e r o s inscritos na pri-meira tabela.

Na primeira coluna, a da Hora Side­ ral, podemos ler:

0 36, isto é: 0 horas e 36 minutos.

Na coluna seguinte, a que se refere ao Meio do Céu (MC) ou cúspide da Ca­ sa X, encontramos sua posição exata:

9 48, isto é: 9 graus e 48 minutos.

Sabemos que cada signo do Zodíaco cobre 30 graus, portanto, o Zodíaco forma assim um círculo perfeito de 360 graus. Devemos encontrar em que signo do Zodíaco está situado o Meio do Céu e a cúspide da Casa X. Isto nos indica o símbolo do signo do Zodíaco situado mais próximo, sobre a linha que estamos consultando. Em nosso exemplo, trata-se de Áries. A partir daí, sabemos que o Meio do Céu se situa exatamente a 9 graus e

48 minutos do signo de Áries.

Basta seguir este mesmo processo para saber as posições das cinco Casas res­ tantes.

Aqui estão as posições exatas das Casas para nosso exemplo, a partir de suas Tabelas:

• Meio do Céu ou Casa X (2.a coluna:

MC):

9 48, isto é: 9 graus e 48 minutos do signo de Áries.

• Casa XI (3.a coluna: 11):

11 32, isto é: 11 graus e 32 m i n u -tos do signo de Touro.

• Casa XII (4.a coluna: 12):

10 51, isto é: 10 graus e 51 m i n u

-tos do signo de G ê m e o s .

• Casa I ou ascendente (5.a coluna:

ASC):

8 40, isto é: 8 graus e 40 minutos do signo de Câncer.

• Casa II (6.a coluna: 2):

6 50, isto é: 6 graus e 50 minutos do signo de Leão.

•Casa III (7.a coluna: 30):

7 21, isto é: 7 graus e 21 minutos do signo de Virgem.

Da mesma forma que com as Efemé­ rides, quando na mesma coluna apa­ rece um novo signo do Zodíaco, este é o que levaremos em conta. Final­ mente, para situar as outras seis Casas

astrológicas —já sabemos que existem doze Casas, mas para as Tabelas só estão indicadas seis delas —, você só precisa inscrevê-las nos pontos exa­ tamente opostos a cada um dos sig­ nos do Zodíaco que você acaba de des­ cobrir.

Deste modo, você comprovará que o mapa do céu fica assim configurado: A cúspide da Casa VII encontra-se

sempre no eixo da cúspide da Casa I ou ascendente, que se situa, em nosso exemplo, a 8 graus e 40 minutos do signo de Câncer.

A Casa VII estará, deste modo, situada a 8 graus e 40 minutos do signo de Ca­ pricórnio (que se encontra em frente de Câncer no Zodíaco).

Continue com este mesmo procedi­ mento com as outras cinco Casas. Vol­ taremos a este ponto mais adiante.

(15)

A domificação ou cálculo

das posições das casas (I)

Agora que você está familiarizado com a cosmografia, as efemérides e as tabelas das casas,

vamos aprender a calcular um mapa astral.

D

o latim domus, que significa casa e que vemos também em "domi­ cílio" e "domínio", o termo domificação é utilizado exclusivamente pelos astrólo­ gos para designar o procedimento de cálculo das posições das casas no Zodía­ co, estabalecidas a partir do dia, mês, ano, hora e local de nascimento. Em um primeiro momento, a partir destas informações, indispensáveis para desenhar o mapa do céu, você poderá ter uma idéia aproximada das posições dos astros em um dia determinado. Bas­ ta simplesmente consultar as efeméri­ des. Alguns destes astros, como Netuno ou Plutão, que se movem lentamente no Zodíaco, dão a impressão de serem

imóveis — o que não passa de uma ilu­ são — e suas posições poderão ser real­ mente exatas.

Mas nunca se pode conseguir saber a posição exata da Lua — que percorre até 13 graus do Zodíaco em um dia —, do ascendente e das outras 11 casas, sem a ajuda de cálculos.

A METODOLOGIA

Para os cálculos, você precisa de uma folha de papel, uma caneta, uma régua, o Livro de Efemérides e o Livro das Ta­ belas das Casas. Assim, você já tem tu­ do que precisa em um primeiro m o ­ mento. Para calcular as posições das casas no Zodíaco da maneira mais fácil

possível, escolhemos de propósito um exemplo para o qual você não terá que consultar as tabelas horárias nem con­ tar as latitudes e as longitudes, que trata­ remos mais adiante. Com referência a isto, insistimos que, para iniciar-se na astrologia, seja para a realização dos cál­ culos, seja para a interpretação de um mapa astral, não se deve nunca ser im­ paciente. A melhor maneira de reali­ zar com êxito todos as etapas indispen­ sáveis para a prática da arte da astrologia é seguir uma metodologia lenta e rigo­ rosa. Se necessário, você deve reler vá­ rias vezes as explicações que lhe damos e não duvide em revê-las uma por uma, para se assegurar de que compreendeu

(16)

tudo bem e não se esqueceu de ne­ n h u m detalhe. Além disso, se possí­ vel, evite o uso da calculadora. Com efeito, para calcular um mapa astral, vo­ cê terá de ter em conta, ao mesmo tem­ po, medidas do tempo (horas, minutos e segundos) e medidas de arco de círcu­ lo (graus, minutos e segundos). Assim, tanto em um caso como no ou­ tro, é preciso utilizar um sistema de con­ versão: isto é, converter os segundos em minutos e os minutos em horas (quan­ do se tratar de medidas de tempo), e os segundos em minutos e os minutos em graus (quando se tratar de medidas de arco de círculo).

Mas também, para facilitar as coisas, eli­ minaremos os segundos, visto que não são muito importantes para seus cálcu­ los e não figuram nas efemérides que pusemos à sua disposição.

Para situar os astros no Zodíaco, você terá que levar em conta, principalmente, os graus. Certo número de minutos de um arco de círculo podem ser suscetí­ veis de acrescentar 1 grau na posição de um astro, particularmente se se trata da posição da Lua.

Uma distância de 1 ou 2 graus pode ou deslocar o astro em questão de um signo para outro, ou revelar ou não um aspecto de outro astro situado no Z o ­ díaco.

U m aspecto é o ângulo formado por dois astros no Zodíaco do mapa astral. Por exemplo, a Lua situada a 29 graus do signo de Áries pode, por 1 ou 2 graus, aproximadamente, situar-se no signo de Touro, e isto torna-se muito importante para uma interpretação cor­ reta e precisa: uma Lua em Áries e uma Lua em Touro não têm o mesmo sig­ nificado.

Assim, vemos como a ausência ou pre­ sença de um determinado aspecto em um mapa astral pode pesar em sua in­ terpretação.

PRIMEIROS PASSOS PARA OS CÁLCULOS

Tomemos como exemplo a seguinte data e local de nascimento: 22 de ja­ neiro de 1963, às 15:30, em Salvador. Consulta das efemérides

O primeiro passo no procedimento do cálculo de um mapa astral é consul­ tar as efemérides do ano, mês e dia em questão. N o t e que não dissemos do dia, mês e ano, mas ao inverso. Com efeito, as efemérides agrupam-se por anos.

Para cada ano, você dispõe de 12 ta­ belas que correspondem aos 12 meses do ano, em cada uma das quais, na pri­ meira coluna da esquerda, figuram os dias do mês que lhe interessam. A par­ tir daqui, você deve encontrar nas suas efemérides a página que corresponde ao ano de nascimento e em seguida a tabela do mês de nascimento. Final­ mente, na coluna da esquerda da tabela do mês de nascimento, você encon­ trará o dia de nascimento.

Exemplo:

Para o dia 22 de janeiro de 1963, pro­ curamos em primeiro lugar as páginas que correspondem ao a n o de 1963; a seguir, a página onde figura a tabela

do mês de janeiro desse ano. Depois disso, desça progressivamente pela co­ luna da esquerda onde está escrita a pa­ lavra "dia" até chegar ao 22. Aqui vemos que aparece a inscrição "T 22". Cada letra maiúscula corresponde a u m dia da semana. "T" é a letra de terça-feira. Na linha que aparece de­ pois de terça-feira 22 de janeiro de

1963, aparece, evidentemente, quarta-feira 23, assinalado como "Q 23". (Observe que a letra Q serve tanto para quarta como para quinta-feira, apare­ cendo logicamente em ordem crono­ lógica, o mesmo acontecendo com a letra S, que significa sexta-feira e sá­ bado.)

Agora coloque a régua na tabela do mês de janeiro de 1963 sob a linha do dia 23 de janeiro (e não sob a linha do dia 22 de janeiro!).

Com efeito, as efemérides mostrarão as posições dos astros a cada 0 hora. C o m o o nascimento da pessoa cujo mapa astral queremos elaborar foi às 15:30h, teremos que levar em conta a distância percorrida por cada astro du­ rante esse dia: primeiro, entre 22 de ja­ neiro à 0 hora e 23 de janeiro à 0 hora e, em seguida, entre 22 de janeiro à 0 ho­ ra e 22 de janeiro às 15:30h, como ve­ remos na ficha seguinte.

Para assinalar o dia 22 de janeiro de 1963, coloque sua régua sob a linha do dia 23 (e não do dia 22) de janeiro.

(17)

A domificação ou cálculo

das posições das Casas (II)

Depois de consultar as Efemérides, podemos realizar o cálculo das posições do Sol e da Lua

V

ocê já localizou o dia, nas tabelas

das Efemérides, a partir da data de nascimento da pessoa cujo mapa astral estamos fazendo. Agora, você poderá deduzir o Tempo Sideral, indicado co­ mo TS na segunda coluna da tabela, e a posição dos astros no dia de nasci­ mento à 0 hora e no dia seguinte à 0 ho­ ra. Você também já colocou a régua sob a linha M 23, que corresponde ao 23 de janeiro na tabela. Depois de haver anota­

do o dia, mês, ano, hora e lugar de nasci­ mento — no exemplo: 22 de janeiro de 1963, às 15:30h, em Salvador —, ano­ te as indicações que aparecem em cada coluna das Efemérides na linha corres­ pondente ao dia de nascimento da pes­ soa do exemplo e as do dia seguinte.

N o começo da segunda coluna figuram as letras TS (Tempo Sideral): mais tarde, você precisará dos dados desta coluna para realizar os cálculos. Por enquanto, anote os números que aparecem nesta coluna na linha de 22 de Janeiro, linha T 22. Nela aparecem: 8, 2, 31, que sig­ nifica: 8 horas, 2 minutos, 31 segundos. Anote em seu caderno:

TS: 8 horas 2 minutos 31 segundos. Não é preciso copiar o TS que aparece na linha 23 de janeiro porque ele não se­ rá necessário. Com efeito, você só preci­ sará das posições que correspondem ao dia de nascimento e ao dia seguinte no momento da realização dos cálculos re­ lativos aos astros, para poder calcular a distância percorrida por cada astro em

O cálculo do mapa astral requer uma boa organização prévia.

(18)

24 horas. Graças ao TS do dia de nas­ cimento, você poderá calcular as

posi-ções do ascendente e das Casas. N o

entanto, antes de iniciar os cálculos, é aconselhável continuar suas pesquisas nas tabelas das Efemérides e anotar todas as posições dos astros, no dia de nasci­ mento e no dia seguinte.

Assim, não será mais necessário voltar a consultá-las, concentrando-se exclusi­ vamente nos cálculos. Proceda da se­ guinte forma:

Sem perder a linha T 22, observe que no início da terceira coluna aparece o símbolo do Sol. Sob este símbolo as­ trológico, na linha que corresponde a 1o

de janeiro de 1963 à 0 hora, o Sol tran­ sitava ou estava em Capricórnio. Desça ao longo da coluna. Você logo ob­ servará que na linha 21 de janeiro, apa­ rece o símbolo de Aquário. Isto nos in­ dica que, neste dia, o Sol entrava em Aquário. Este é o símbolo no qual deve­ mos nos concentrar, pois entre Io de ja­

neiro à 0 hora e 21 de janeiro à 0 hora, como indicam as Efemérides, o Sol mu­ dou de signo.

Em seu caderno, embaixo dos dados re­ ferentes ao Tempo Sideral, escreva: Sol

em Aquário.

Portanto, a pessoa do exemplo é Aquá­ rio, pois o que determina o signo é a po­ sição do Sol em Zodíaco. Anote os nú­ meros que aparecem nesta coluna, nas linhas T 22 e Q 23. Faça a seguinte ano­ tação: Sol em Aquário em

22 de janeiro a 1 grau 15 minutos (Io 15') e em 23 de janeiro a 2 graus 16 minutos (2o 16').

Com efeito, aparecem dois números em cada uma das colunas. O pri­ meiro número revela a posição do astro em graus; o segundo, a posição do astro em minutos.

Aqui, os cálculos já não são mais feitos utilizando as medidas de tempo, como com o TS, mas sim com as medidas de um arco de cír­ culo (graus e minutos).

Uma vez encontradas as duas posições do Sol, consulte a coluna seguinte (a quarta), onde estão indicadas as posições da Lua.

Com efeito, no começo da coluna figura o símbolo astrológico deste astro. Sob este, você poderá ver o símbolo astro­ lógico do signo de Peixes, que indica que a Lua transitava ou estava neste signo em 1o de janeiro deste ano, à 0 hora.

Descendo ao longo da coluna até en­ contrar os dias que nos interessam, po­ demos observar numerosos símbolos de signos astrológicos. Isto se deve ao fato da Lua se deslocar rapidamente no Z o ­ díaco, percorrendo até três graus por dia. Em pouco mais de dois dias, transita em um signo e em seguida entra em outro. Na linha T 22, na coluna da Lua, estão marcados os números 17 29, os quais você já sabe que significam 17 graus 29 minutos.

O signo astrológico onde se encontrava a Lua a 17 graus 29 minutos, em 22 de janeiro à 0 hora, está indicado na linha

anterior: trata-se de Sagitário.

Dado que não aparece nenhum outro símbolo astrológico na linha do 22 de janeiro, a Lua não mudou de signo entre 21 de janeiro à 0 hora e 22 de janeiro à 0 hora.

Anote em seu caderno:

Lua em Sagitário em 22 de janeiro a 17 graus 29 minutos.

Em seguida, determine a posição da Lua no dia seguinte, 23 de janeiro, na linha Q 23. Você observará então que o sím­ bolo encontrado é o de Capricórnio. A partir daí, você sabe que entre 22 de janeiro à 0 hora e 23 de janeiro à 0 hora, a Lua passou de Sagitário a Capricórnio. Escreva em seu caderno o seguinte:

Lua em Sagitário em 22 de janeiro a 17 graus 29 minutos.

Lua em Capricórnio em 23 de janeiro a 0 grau 19 minutos.

(19)

A domificação ou cálculo

das posições das Casas (III)

V

ocê já conhece as posições do Sol e da Lua nos dias 22 e 23 de janeiro, anotadas em seu caderno. Faça agora o mesmo com o resto dos astros — Mer­ cúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão — , e o mesmo com o N ó lunar norte, indicado na úl­ tima coluna das efemérides, a partir da qual poderá situar exatamente no seu lado oposto o N ó lunar sul. Ponha de lado, por enquanto, as posições plane­ tárias, que em seguida lhe permitirão cal­

cular a situação exata dos astros no ma­ pa astral da pessoa do exemplo, para se dedicar agora, exclusivamente, ao cálcu­ lo das posições do ascendente e das Ca­ sas. Para isso, tenha em conta o seguinte: 1. A hora de nascimento da pessoa da qual vai elaborar o mapa astral, chamada

hora oficial.

2. A hora local, isto é, a hora que cor­

responde, determinada exatamente pela longitude, ao local geográfico onde se

deu o nascimento. Para tanto, consulte as longitudes ou fusos horários, estabe­ lecidos em volta da Terra a partir do me­ ridiano de Greenwich, que corresponde a 0 grau de longitude, 0 hora. A hora lo­ cal pode também ser chamada "hora so­ lar", já que é a hora que se estabelece a partir do nascer, zênite, pôr e nadir do Sol em função de um determinado local geográfico.

(20)

3. A hora de Verão ou adiantamento

da hora, hora fictícia imposta tanto por

razões históricas, políticas ou econômi­ cas e que acrescenta 1 ou 2 horas, con­ forme o caso, à hora local.

4. A hora ou tempo sideral, indicada na primeira coluna do seu Livro das Efemérides e que aparece anotada como TS (Tempo Sideral).

Os cálculos que lhe permitirão obter a posição do ascendente e das casas re­ sumem-se na seguinte operação:

hora oficial + ou hora local + ou -hora de Verão ou adiantamento da -hora + Tempo Sideral = hora sideral ou tempo sideral de nascimento, inscrito também na primeira coluna (TS) das ta­ belas das Casas.

ACHAR A HORA LOCAL REAL DE NASCIMENTO

Ao iniciar os cálculos de u m mapa as­ tral, você já conhece a hora oficial, ou seja, a hora de nascimento da pessoa em questão, que lhe foi indicada j u n ­ tamente com sua data e local de nas­ cimento. N o início, terá de transfor­ mar esta hora oficial na hora local real. Para isso, você deve ter em conta dois elementos:

1. A latitude e a l o n g i t u d e do local de nascimento.

2. As eventuais horas de Verão ou

a d i a n t a m e n t o da hora vigentes no

país e cidade onde a pessoa nasceu. Lembre-se que a pessoa do nosso exemplo nasceu em Salvador. N o seu livro das Horas no M u n d o , consulte a tabela de latitudes e longitudes

das principais cidades do m u n d o .

A linha que corresponde à cidade de Salvador indica:

latitude: 16° 56' S, longitude: 02H 340,

o que significa que esta cidade se situa a 16 graus e 56 minutos de latitude

Sul e a 2 horas e 34 m i n u t o s de l o n g i t u d e Oeste.

Para facilitar as coisas, apresentamos aqui as longitudes, não em graus e mi­ nutos, mas sim em horas e minutos, devido aos fusos horários — que per­ mitem saber a hora de Nova Iorque quando se está em Paris — serem es­ tabelecidos a partir das longitudes. Sendo assim, é necessário somar 4 mi­ nutos de tempo por cada grau de lon­ gitude Leste ou subtrair os mesmos 4 minutos de tempo quando se tratar de longitudes Oeste.

Anote em seu caderno:

latitude 16° 56' S e longitude 02 H 34 O.

O grau de latitude será útil mais tarde para consultar as Tabelas das Casas. Em seguida, você verá que terá que levar em consideração esses 34 minu­ tos quando trabalhar com a hora ofi­ cial de nascimento, já que a hora in­ dicada pela longitude de Salvador é igual a 02 H 34 O.

Em seguida, consulte as tabelas horá­ rias do Brasil no seu livro de Horas do M u n d o para identificar u m pos­ sível adiantamento da hora. Observe que na data que nos interessa não havia horas de Verão.

A seguir, faça a operação seguinte: 15 h 30 (hora oficial - 2 horas 34' (hora local) = 12 h 56' (hora local real).

SELEÇÃO

DOS PRINCIPAIS FUSOS HORÁRIOS

(21)

A domificação ou cálculo

das posições das Casas (IV)

S

abendo a hora local real, podemos descobrir a hora sideral, a partir da qual serão reveladas as posições das 12 Casas astrológicas e do ascendente.

CÁLCULO DA HORA SIDERAL DE NASCIMENTO

Podemos resumir este cálculo em uma simples soma. D e fato, basta acres­ centar o T e m p o Sideral, inscrito na segunda coluna das Efemérides (TS), à hora local real que você já calcu­ lou.

8 horas 2 minutos 31 segundos + 12 horas 56 minutos

= 20 horas 58 minutos 31 segundos Portanto, a hora sideral de nascimento da pessoa cujo mapa astral estamos cal­ culando é:

20 horas 58 minutos 31 segundos.

Considerando que para realizar uma carta astral para uma pessoa nascida no hemisfério sul é necessário acrescentar 12 horas à hora sideral (veja a ficha 35 desta seção: Utilização das Efemérides e cálculos para o hemisfério sul) a hora sideral real no nascimento será

20 horas 58 minutos 31 segundos + 12 horas

— 32 horas 58 minutos 31 segundos

Sendo o resultado mais de 24 horas, você deverá subtrair 24 horas. Portanto a hora sideral real de nas­ c i m e n t o para a pessoa de nosso exemplo é

8 horas 58 minutos 31 segundos

COLOCAR 0 ASCENDENTE E AS 11 CASAS RESTANTES

Na ficha anterior, indicamos que você anotasse a longitude e a latitude corres­ pondentes ao fuso horário da cidade de nascimento (Salvador), isto é 16° 56' S. Esta latitude é o primeiro dado que nos permitirá descobrir a posição das 12 Casas. Agora, consulte as Tabelas das Casas e encontre a tabela correspondente à latitude 16° Norte, visto que as Tabelas das Casas que oferecemos são válidas para o hemisfério norte e para o hemis­ fério sul. As tabelas que você possui vão do primeiro grau (01°) até o sexagésimo quinto grau (65°) de latitude Norte. Você só vai encontrar aí os graus ímpares. Você terá que fazer uso do grau de latitude que mais se aproxime da posição que lhe in­ teressa. O grau do nosso exemplo, 16° 56', está mais próximo do 17°. Assim, você terá que consultar as tabelas que

(22)

Calcule o Tempo Sideral nas Tabelas das Casas Nas Tabelas das Casas, procure as duas páginas intituladas "Tabela das Casas 17° N 00' "). Em cada uma delas figuram 21 colunas, no alto das quais encontram-se letras maiúsculas e números.

TS indica a coluna do Tempo Sideral. Observe que, em cada página, figuram sistematicamente 3 colunas chamadas TS. Nas colunas TS das páginas 17° N',

busque a hora sideral de nascimento

que você já calculou: 8 horas 58 m i ­ nutos 31 segundos, tendo em conta que os segundos não aparecem.

Nas tabelas das casas, escolherá sem­ pre o TS mais aproximado ao que obte­ ve com os seus cálculos. Por essa razão, é importante anotar os segundos quan­ do você calcular a hora sideral de nas­ cimento. Assim, o que nos interessa são as 9 horas, tempo mais aproximado das 8 horas 58 minutos 31 segundos que figura nas tabelas. Lembre que o Tem­ po Sideral é indicado com intervalos de 4 minutos.

Esta hora sideral corresponde ao Tem­ po Sideral que aparece nas colunas. De

fato, para realizar os cálculos, lembre-se que você começou de u m Tempo Sideral indicado na segunda coluna das Efemérides. Tratava-se do TS para 0 horas.

Depois de ter realizado os cálculos, você terá encontrado a hora sideral de nas­ cimento da pessoa em questão, isto é, o Tempo Sideral que corresponde à

hora real de nascimento. Portanto,

esta hora sideral é, igualmente, um Tempo Sideral. Em outras palavras, quando calculamos as posições das Casas, ou domificação, partimos sem­ pre de um TS base, que aparece nas Efemérides e que corresponde ao dia, mês e ano de nascimento, para chegar ao TS que corresponda ao dia, ano e hora (sideral) real de nascimento. Na primeira página que corresponde à latitude 17°, na terceira coluna TS, linha 16, você vai encontrar as 9 horas escri­ tas desta maneira: 9 0.

Assim, a linha TS correspondente a 9 0 permitirá descobrir as posições das Ca­ sas para este exemplo, pois a linha an­ terior, 8 56, encontra-se mais longe de 8 h 58 m 31 s que 9 0.

Calcule a posição do Meio do Céu ou Casa X

Para saber as posições das Casas relati­ vas a nosso indivíduo nascido em Sal­ vador, ponha uma régua sob a linha que corresponde a 9 0. Na coluna seguinte a este TS, você poderá ler os números

12-32, que significam 12 graus e 32 mi­

nutos.

Na cabeça desta coluna figuram as le­ tras maiúsculas M C (Meio do Céu). Lembremos que o Meio do Céu co­ rresponde ao angular ou cúspide da Casa X Estes 12 graus e 32 minutos (12° 32') indicam, portanto, a posição do Meio do Céu ou Casa X. Para saber em que signo do Zodíaco está situada esta Casa, desça ao longo dessa coluna M C (desde o início). O primeiro símbolo que você vai encontrar é o signo de Leão. E neste signo que está a Casa? Continue descendo pela coluna. Entre esta linha e a que corresponde ao TS que lhe interessa, não existe mais símbo­ los.

12-32 significa, portanto, que o Meio

do Céu ou Casa X do mapa astral está

(23)

A domificação ou cálculo

das posições das Casas (V)

E

screva em seu caderno a posição do Meio do Céu, ou Casa X, que você encontrou nas Tabelas das Casas, da se­ guinte forma:

MC ou Casa X: Leão 12° 32'.

Sabendo que o angular ou cúspide de cada Casa se encontra no eixo do an­ gular de outra Casa, depois do M C ou Casa X pode anotar em seu caderno a posição do Fundo do Céu (FC) ou Casa IV, situada sistematicamente cm frente e no signo oposto. Trata-se efetiva­ mente, de uma lei imutável. Portanto, a partir de agora você pode seguir o há­ bito de anotar as posições das Casas que

são diametralmente opostas às que você obtiver das colunas das Tabelas das Casas.

Assim, o signo oposto e complemen­ tar de Leão no Zodíaco é o signo de Aquário. Sob a posição do M C ou Casa X, anote o seguinte:

FC on Casa IV: Aquário 12° 32'.

Agora, determine uma por uma as po­ sições das 5 Casas restantes (XI, XII, I ou o ascendente, II e III), que são in­ dicadas nas colunas das Tabelas das

Casas e, obviamente, anote de passa­ gem as Casas situadas em frente a estas no Zodíaco. Para isso, opere exata­ mente da mesma forma que para en­ contrar o M C .

Por exemplo, na coluna imediatamente seguinte à do MC, cujo encabeçamento é "11" (que significa Casa XI), e na linha correspondente ao TS que nos interessa, isto é 9 0, você pode ver os números 14-24, isto é, 14° 24'. Para encontrar o signo onde se encontra esta Casa, basta subir ao longo da coluna c identificar seu sím­ bolo. Neste caso, trata-se do símbolo de Virgem. Portanto, escreva:

(24)

Casa XI: Virgem 14° 24'.

A seguir, escreva a posição da Casa oposta, isto é:

Casa V: Peixes 14° 24'

Se você ainda não estiver familiarizado totalmente com o princípio das opo­ sições entre os signos do Zodíaco, tenha à mão o tabuleiro do Zodíaco.

Assim, você poderá encontrar imedia­ tamente o signo oposto que corresponde a uma ou outra posição de uma Casa in­ dicada nas Tabelas.

Seguindo o mesmo método, calcule as posições das demais Casas:

Casa XII: Libra 14° 59' Casa VI: Áries 14° 59' Casa I ou ascendente (ASC): Escorpião 12° 33'

Casa VII on descendente (DESC): Touro 12° 33'

Casa II: Sagitário 11° 45' Casa VIII: Gêmeos 11° 45' Casa III: Capricórnio 11"31' Casa IX: Câncer 11" 31'

Para que o levantamento e elaboração do seu mapa astral seja mais clara e le­ gível — sem que isso afete o nível de correção dos cálculos e mais ainda sua interpretação deste mapa do céu per­ sonalizado — você pode prescindir dos minutos do arco de círculo no m o ­ mento de estabelecer a lista das posições das 12 Casas.

Por outro lado, quando souber utili­ zar corretamente as Tabelas das Casas,

já não será preciso copiar estas posições em seu caderno. Quando tiver dese­ nhado a roda zodiacal, pode escrever di­ retamente as posições de cada Casa no exterior do círculo, partindo do Meio do Céu.

Por enquanto, obrigue-se a fazer a lista em seu caderno para evitar qualquer possibilidade de erro:

MC ou Casa X: Leão 12°. Casa XI: Virgem 14". Casa XII: Libra 14°.

Casa I ou ASC: Escorpião 12".

Casa II: Sagitário 1 1°. Casa HI: Capricórnio 11" Casa IV ou FC: Aquário 12". Casa V: Peixes 14".

Casa VI: Áries 14".

Casa VII on DESC: Lauro 12". Casa VIII: Gêmeos 11".

Casa IX: Câncer 11".

Deste modo, você disporá de uma lista clara e completa das posições das 12 Casas. Em seguida, escreva-as em sua roda zodiacal e comece assim a levantar e elaborar um mapa do céu.

Por que temos que calcular o mapa astral?

De fato, esta é uma pergunta que temos o direito de fazer em uma época em que o computador é o rei e onde existem cada vez mais programas informáticos de cálculos astrológicos de grande precisão, que permitem obter muito rapidamente as po-sições exatas das Casas e dos astros e, às vezes, oferecem na tela até mesmo o mapa total do céu naquele momento. Entretanto, embora este método nos economize tempo no mo-mento de fazer os pesados cálculos e, obviamente, embora tenha-mos todo o direito de utilizar um destes programas, isto não sig-nifica que não devamos saber calcular inteligentemente um mapa astral. É bom e indispensável saber quais são os princí-pios, elementos e suportes que formam a base dos cálculos e os

resultados que obtemos, ou que recebemos eletronicamente. Por outro lado, com certa experiência em interpretação de mapas astrais, começamos intuitivamente a interpretação ao mesmo tempo que realizamos manualmente o mapa do céu. Obtém-se assim uma impressão de conjunto, graças aos elementos que vamos colocando no Zodíaco, impressão esta que nunca será a mesma que a que resulta ao observar um mapa astral já cal-culado e elaborado.

Por isso, na medida de suas possibilidades e do tempo dispo-nível, recomendamos sem dúvida realizar os cálculos pessoal-mente e, principalpessoal-mente, por pouco que possa, não deixe nunca de levantar um mapa astral mediante o método manual.

(25)

A

gora você já está em condições de inscrever cm seu Zodíaco as po­ sições exatas das 12 Casas e começar a constituir o seu mapa astral.

COLOCAÇÃO DOS 12 SIGNOS NO ZODÍACO

DE SEU MAPA ASTRAL

Você já sabe que no Zodíaco os signos giram no sentido inverso ao dos pon­ teiros do relógio. Quando desenhamos uma roda zodiacal, o signo de Áries situa-se sempre à esquerda. O começo de cada signo corresponde, portanto, ao grau 0 do Zodíaco. N o entanto, em nosso exemplo, você não desenhará um Zodíaco qualquer, mas o estabelecido segundo os dados das posições das 12 Casas que você já calculou previamente. O grau 0 de seu Zodíaco não se situa portanto no signo de Áries, mas cor­ responde exatamente ao grau do ascen­ dente que você obteve das Tabelas das Casas.

Entretanto, como você poderá obser­ var, a primeira coisa que lhe é indicada nas tabelas é a posição do Meio do Céu. Para constituir o Zodíaco deste mapa astral você partirá, portanto, do signo onde se encontra a cúspide da Casa X (MC ou Meio do Céu), inscrevendo os símbolos dos 12 signos tal como você aprendeu.

Em seu bloco, você tinha anotado que o M C estava a 12° 32' do signo de Leão. A seguir, desenhe o símbolo deste signo no setor situado acima à esquerda de sua roda zodiacal © . Depois, a partir deste signo, inscreva os restantes, cada um em seu setor, percorrendo o círculo no sen­ tido contrário ao dos ponteiros do re­ lógio e seguindo, evidentemente, sua ordem no Zodíaco, ou seja: Leão, Vir­ gem, Libra, Escorpião... e assim por diante até o signo de Câncer, que pre­ cede o signo de Leão que você inscre­ veu. Desta forma, você terá constituído o Zodíaco de seu mapa astral © .

COLOCAÇÃO DAS 12 CASAS NO ZODÍACO

DE SEU MAPA ASTRAL

Utilize uma régua e um lápis. Antes de continuar, verifique se os signos estão corretamente colocados no interior da roda zodiacal, se inverteu algum sím­ bolo ao desenhá-los ou se cometeu algum erro. Para fazer isto, consulte as fichas 2 e 3 da seção Aprender a Astrolo­

gia. Agora você já pode entrar na ver­

dadeira fase da montagem e realização de seu primeiro mapa astral. Sabendo que cada signo do Zodíaco consta de 30 graus, que o Meio do Céu (ou Casa X) está a 12° 32' do signo de Leão e o Fundo do Céu (ou Casa IV), situado

justamente na casa oposta, se encon­ tra a 12° 32' do signo de Aquário, co­ loque a régua no eixo formado pelos ângulos destas duas casas. Trace duas linhas retas para o exterior de seu Z o ­ díaco, a partir de ambos os ângulos das referidas casas Q.

Inscreva M C (Meio do Céu) no ex­ tremo superior da linha que determina sua colocação. Na interseção entre a re­ ferida linha e o Zodíaco, escreva X (ou seja, 10 em números romanos); em se­ guida, anote ao lado o grau que corres­ ponde à posição do ângulo da casa X. Faça o mesmo com o Fundo do Céu, mas no lado oposto: inscreva FC no ex­ tremo superior da linha que determina sua colocação; em seguida, anote IV na interseção da referida linha e do Zodíaco

Montagem e realização de um mapa do céu

As casas

(26)

co, e aponte o grau que corresponde ao ângulo da Casa IV Para trazer mais cla­ reza à realização do mapa astral, não ins­ creva os minutos.

Anote, portanto, 12° ao lado de X e de IV 0 Você acaba de situar o eixo do Meio do Céu e do Fundo do Céu do seu mapa astral. Recorra então ao seu bloco para obter as posições das Casas V e XI que, como sempre, estão situa­ das diametralmente opostas, e se situam imediatamente depois das casas IV e X Você anotou que o ângulo da Casa XI estava a 14° 24' de Virgem e o da Casa V a 14° 24' de Peixes.

Escreva, portanto, XI no ponto de seu Zodíaco a 14° de Virgem e, sempre no exterior e no extremo, anote os 14°. Faça o mesmo com a Casa V bem como com as Casas VI e XII que ficam depois das Casas V e XI O

-Em seguida, desenhe o eixo Ascenden­ te-Descendente, formado pelos ângu­ los das Casas I e VII, em Escorpião e

Touro, respectivamente, continuando passo a passo do mesmo modo que fez com o eixo Meio do Céu - Fundo do

Céu©.

Finalmente, coloque as Casas II e VIII, situadas nos signos de Sagitário e Gê­ meos respectivamente, bem como as Casas III e IX, que se encontram, a pri­ meira no signo de Capricórnio e a se­ gunda no de Câncer 0 .

Você acaba de realizar a primeira etapa completa da montagem do seu mapa as­ tral: a domificação, que consiste em cal­ cular e obter as posições das casas me­ diante as Tabelas das Casas; bem como inscrever o Zodíaco no mapa astral, que você começou a constituir, e anotar as posições dos dois eixos Meio do Céu - Fundo do Céu e Ascendente-Descen­ dente e as 8 casas restantes.

(27)

Cálculo das posições dos astros

Introdução aos cálculos

Uma vez colocadas as 12 Casas no Zodíaco no mapa astral, você poderá se concentrar

nos cálculos das posições dos astros.

C

omo sabemos, no exato momento em que a pessoa de nosso exem­ plo nasceu — 22 de janeiro de 1963, em Salvador, às 15h 30 —, os astros en­ contravam-se colocados em posições muito precisas no Zodíaco. Para co­ meçar, você precisa calcular as posições do Sol e da Lua; os astros restantes se­ guirão as mesmas regras e quando es­ tiver familiarizado com estas operações — que podem parecer em princípio di­ fíceis, mas que na realidade são muito simples —, poderá fazer os cálculos mentalmente. De fato, o mais impor­ tante é o grau de posição de um astro e não os minutos e segundos. Atual­ mente, reconhecemos que dispomos

de programas informáticos muito so­ fisticados que nos permitem obter a po­ sição de um astro com grande exatidão, mas saber se Júpiter está a 21 graus 17 minutos e 32 segundos ou a 21 graus 17 minutos e 33 segundos de Aquário, por exemplo, não tem muita impor­ tância no momento de interpretar sua situação no signo e na casa juntamente com os aspectos.

PROCEDIMENTO PE CÁLCULO Para que você mergulhe na mecânica dos astros, é importante que domine o procedimento de cálculo de suas po­ sições, de maneira que a referida mecâ­

nica e o procedimento se tornem per­ feitamente claros para você.

Poderíamos aqui traçar um novo para­ lelo entre o mapa do céu e a partitura musical, o astrólogo e o músico. De fato, tanto um como outro devem saber ler um código e dominar uma técnica que lhes permitirá interpretar as chaves co­ dificadas. Para chegar a este ponto, acon­ selhamos a seguir atenta e metodica­ mente as etapas que propomos e refazer tantas vezes quanto necessário os cál­ culos do nosso exemplo.

Referências

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