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o testemunho de watchman nee

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(1)

O

O

Testemunho

Testemunho

d

d

e

e

Watchman Nee

Watchman Nee

E-book digitalizado e enviado por:

PAULO ROBERTO MENESES

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(2)

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(3)

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SUM RIO Introdu o Primeiro Testemunho Segundo Testemunho Terceiro Testemunho Primeiro Ap ndice

Meu relacionamento espiritual com o irm o Watchman Nee

\u00c1

\u00e7\u00e3

\u00ea

(4)

PREF CIO DA PRIMEIRA EDI

Á

ÇÃ

O EM L NGUA PORTUGUESA

Í

Sem d vida alguma, neste s culo, Watchman Nee tornouse

ú

é

um grande expoente no que se refere consagra

à

çã

o a Deus, revela

çã

o nas Escrituras, vida crist exemplar e forte testemunho pelo Senhor.

ã

O peso e a influ ncia de sua pessoa e obra no meio crist o s o

ê

ã ã

consider veis at hoje. Basta ver a quantidade de literatura impressa

á

é

e difundida em todo o nosso pa s.

í

Com rela

çã à

o literatura impressa, podemos dizer que ela se divide em duas abordagens: uma que se refere edifica

à

çã

o da vida crist individual e outra que se refere

ã

à

edifica

çã

o da vida crist

ã

corporativa — a igreja.

(5)

A literatura difundida sobre Watchman Nee tem se restringido a este primeiro aspecto: a edifica

çã

o da vida crist individual. Por

ã

causa disso, o prop sito da sua consagra

ó

çã

o a Deus n o conhecido

ã é

claramente; a revela

çã

o que recebeu sobre as Escrituras ainda per manece oculta em muitos aspectos fundamentais; a sua vida crist

ã

exemplar aparentemente tem um fim em si mesma; o seu forte testemunho pelo Senhor d a impress o generalizada de que ele um

á

ã

é

gigante espiritual individual.

PREF CIO

Á

Justamente devido a esta vis o distorcida e incompleta que

ã

é

este livro foi impresso.

Watchman Nee foi uma pessoa muito equilibrada. Se por um lado discorreu sobre a vida espiritual, por outro tamb m mostrou a

é

vida da igreja, um viver no qual esta vida espiritual praticada.

é

Vida da igreja! Talvez para muitos este termo ainda seja in dito, misterioso, estranho.

é

Todos sabem que Cristo a nossa vida — interior, individual,

é

oculta — mas a igreja deve ser o nosso viver — exterior, coletivo, manifesto.

Em Watchman Nee, a sua consagra

çã é

o para a edifica

çã

o da igreja. A revela

çã

o que recebeu nas Escrituras referese exclusivamente

à

igreja. Sua vida crist exemplar sempre visou a

ã

edifica

çã

o pr tica do Corpo de Cristo, quer dos seus contempor neos,

á

â

quer de n s hoje, seus p steros. Seu forte testemunho pelo Senhor

ó

ó

jamais apontou em qualquer outra dire

çã

o sen o para a igreja, o

ã

Corpo vivo do Cristo vivo! Suas experi ncias, sua obra, sua vida

ê

foram totalmente para a edifica

çã

o da igreja. Ele se deu igreja.

à

Do mesmo modo como Deus fez com Cristo, conforme est

á

escrito em Ef sios 1:2023: "O qual exerceu Ele (Deus) em Cristo,

é

ressuscitandoO dentre os mortos, e fazendoO sentar Sua direita

à

(6)

nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e dom nio, e de todo nome que se possa referir n o s no presente

í

ã ó

s culo, mas tamb m no vindouro. E p s todas as coisas debaixo dos

é

é

ô

Seus p s e, para ser o Cabe a sobre todas as coisas,

é

ç

O deu igreja,à a qual o Seu corpo, a plenitude Daquele que a tudo enche em todas as

é

coisas.”

Por fim, queremos deixar claro que neste livro est o as

ã

palavras de Watchman Nee: n o uma interpreta

ã é

çã

o ou uma mera composi

çã

o romanceada de impress es de outrem, mas as suas

õ

palavras textuais, proferidas em confer ncias, reuni es, ou

ê

õ

registradas em cartas, etc.

Este livro O Testemunho de Watchman Nee é important ssimo

í

para sabermos qual a vontade e o mover de Deus nestes ltimos

é

ú

dias, bem como tamb m recomendamos a leitura do livro

é

Fu r ther Talks on the Church Life, j traduzido e impresso por esta Editora,

á

com o t tulo

í

Palestras Adicionais sobre a Vida da Igreja, do mesmo autor.

(7)

INTRODU

ÇÃ

O

Estes tr s testemunhos foram proferidos pelo irm o Watchman

ê

ã

Nee numa reuni o de cooperadores realizada em Kulongsu, uma ilha

ã

situada na costa sudeste da Prov ncia de Fukien, China, em outubro

í

de 1936. Pelo que sei, esta foi a nica ocasi o em sua vida em que

ú

ã

falou a respeito de suas lides pessoais em detalhes. Muito raramente relatou ele em p blico a sua experi ncia espiritual particular,

ú

ê

provavelmente "para que ningu m se preocupe comigo mais do que

é

em mim v ou de mim ouve" (2 Co 12:6). O testemunho que Paulo deu

ê

no cap tulo doze de 2 Cor ntios n o foi divulgado publicamente sen o

í

í

ã

ã

quatorze anos mais tarde. Eu, muitas vezes no passado, pensei em publicar estes tr s testemunhos, mas, querendo compartilhar do seu

ê

ponto de vista, vim protelando at agora — um lapso de trinta e sete

é

anos. Creio ser esta a ocasi o oportuna de faz lo, depois da sua

ã

ê

morte ocorrida em l de junho de 1972.9

Espero que o leitor n o coloque nfase em como ele era, mas

ã

ê

sim, em como o Senhor operou nele. Por estar disposto a permitir que o Senhor trabalhasse nele, foi ent o poss vel que a Sua gl ria se

ã

í

ó

manifestasse, conforme o que Paulo disse: "A fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em v s, e v s Nele, segundo a

ó

ó

gra a do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo" (2 Ts 1:12).

ç

Primeiro Testemunho — Salvação e Chamamento Segundo Testemunho:

1) Aprender a Li o da Cruz 2) Deus Quem me cura 3) O In cio do Reavivamento

4) Quatro Aspectos da Obra confiada por Deus

çã é

í

Terceiro Testemunho:

1) Como Viver uma Vida de F

2) Atitude com Rela o ao Dinheiro

3) Esperando de Deus o Suprimento para a Necessidade da Obra de Literatura

é çã

(8)

Estes tr s testemunhos de modo algum abrangem toda a sua

ê

vida e obra espirituais, anteriores a 1936. Ao lermos as revistas "O PRESENTE TESTEMUNHO" e "A REVISTA CRIST ", e ainda as

Ã

cartas abertas publicadas por ele antes de 1936, podemos ver que havia ainda outro grande n mero de testemunhos e obras dignas de

ú

men

çã

o. Naquela reuni o de cooperadores, ele n o p de falar mais

ã

ã ô

devido exiguidade de tempo.

à

PRIMEIRO TESTEMUNHO DE WATCHMAN NEE Proferido em 18 de outubro de 1936.

Leitura da B blia: At 26:29; GI 1:15

í

SALVA

ÇÃ

O E CHAMAMENTO — OS ANTECEDENTES F MILIARESA

Meu nascimento foi uma resposta a ora

çã

o. Minha m e temia

ã

vir a seguir o mesmo caminho de sua cunhada, que teve seis filhas, uma vez que, conforme o costume chin s, meninos eram prefer veis s

ê

í

à

meninas. Ela j havia dado luz duas filhas e, embora provavelmente

á

à

n o compreendesse de todo as implica

ã

çõ

es da ora

çã

o, disse ao Senhor: "Se eu puder ter um filho var o, hei de entreg lo a Ti.” O Senhor

ã

á

ouviu a sua ora

çã

o, e eu nasci. Meu pai disseme, tempos mais tarde, que antes do meu nascimento minha m e havia feito a promessa de

ã

oferecerme ao Senhor.

SALVA

ÇÃ

O E SERVI O

Ç

Para a maioria das pessoas, o principal acontecimento de sua salva

çã é

o o fato de terem sido libertadas do pecado. Contudo, para

(9)

mim, a quest o era se eu deveria aceitar a Jesus e tornarme tanto

ã

Seu seguidor quanto Seu servo. Receava que, caso me tornasse um crist o, viria a ser chamado para servir a Cristo, o que me seria por

ã

demais custoso. Por fim, o conflito foi resolvido quando percebi que minha salva

çã

o precisava ter dois aspectos. Decidi aceitar a Cristo como meu Salvador e serviLo como o meu Senhor. Era o ano de 1920 e eu tinha dezessete anos de idade.

DECIS O FINAL

Ã

Na noite de 29 de abril de 1920, eu estava sozinho em meu quarto, lutando para decidir se creria ou n o no Senhor. No princ pio

ã

í

fiquei hesitante, mas quando tentei orar, vi a magnitude dos meus pecados e a realidade e efic cia de Jesus como o Salvador. Enquanto

á

visualizava as m os do Senhor estendidas na cruz, pareceume que

ã

elas me acenavam com boasvindas e que o Senhor dizia: "Eu estou esperando aqui para receberte.” Percebendo a efic cia do sangue de

á

Cristo para purificar os meus pecados e sendo vencido por aquele amor, aceiteiO ali. Anteriormente eu zombava de pessoas que haviam aceitado a Jesus, mas naquela noite a experi ncia se tornou

ê

real para mim, e eu chorei e confessei os meus pecados, buscando do Senhor o perd o. Enquanto fazia a minha primeira ora

ã

çã

o, conheci alegria e paz como nunca antes. Luz parecia inundar o quarto e eu disse ao Senhor: " Senhor, Tu foste de fato gracioso para comigo.”

Ó

LAN ANDO FORA AS MINHAS

Ç

QUERIDAS AMBI

ÇÕ

ES

Entre aqueles que hoje me ouvem, h pelo menos tr s antigos

á

ê

colegas de escola meus, um dos quais o irm o Kwang Hsi Weigh,

é

ã

que pode dar testemunho tanto do meu comportamento quanto dos meus excelentes resultados escolares. Por um lado, eu

(10)

frequentemente infringia as normas da escola, enquanto que por outro, a intelig ncia dada por Deus me capacitava a ser o primeiro

ê

colocado em todos os exames. Os textos que escrevia muitas vezes eram colocados

à

vista p blica no quadro de notas. Eu confiava

ú

totalmente em meu pr prio ju zo e tinha muitos sonhos de juventude

ó

í

e planos quanto minha carreira. Cria que se desse duro o bastante

à

poderia alcan ar qualquer n vel que almejasse. Ap s a minha

ç

í

ó

salva

çã

o ocorreram muitas mudan as; todo o planejamento de mais

ç

de dez anos tornouse sem sentido e as minhas acalentadas ambi

çõ

es foram postas de lado. A partir daquele dia, com a indubit vel

á

confirma

çã

o do chamamento de Deus, eu soube qual haveria de ser a carreira da minha vida. Compreendi que o Senhor me conduzira a Si pr prio, tanto para a minha salva

ó

çã

o quanto para a Sua gl ria. Ele

ó

me chamara para serviLo e para ser Seu cooperador. Antes disto, eu havia desprezado os pregadores e as prega

çõ

es porque, naqueles dias, a maioria dos pregadores eram empregados de mission rios europeus

á

ou americanos, tendo de ser servis a eles e ganhando apenas oito ou nove d lares por m s. Nunca imaginara nem por um momento que

ó

ê

viria a tornarme um pregador, uma profiss o que eu considerava

ã

insignificante e vil.

APRENDENDO A SERVIR AO SENHOR

Ap s ser salvo, enquanto outros levavam romances para ler em

ó

classe, eu levava uma B blia para estudar. Mais tarde, deixei a escola

í

com o fito de ingressar no Instituto B blico estabelecido em Xangai

í

pela irm Dora Yu. N o demorou muito para que ela, cortesmente,

ã

ã

me desligasse do Instituto, com a explica

çã

o de que me era inconveniente permanecer por mais tempo ali. Por causa do meu apetite de "bom garfo", das minhas roupas inadequadas e do meu

(11)

costume de acordar tarde pelas manh s, a irm Yu pensou ser melhor

ã

ã

mandarme para casa. Meu desejo de servir ao Senhor sofrera um s rio abalo. Embora eu pensasse que minha vida havia sido

é

transformada, na verdade restavam ainda muitas outras coisas para serem mudadas. Percebendo que n o estava ainda preparado para o

ã

servi o de Deus, decidi voltar

ç

à

escola. Meus colegas de escola reconheciam que algumas coisas haviam mudado, mas que muito do meu velho temperamento ainda permanecia. Por causa disto, o meu testemunho na escola n o era muito poderoso, e quando testemunhei

ã

ao irm o Weigh, ele n o deu aten

ã

ã

çã

o.

APRENDENDO A LEVAR PESSOAS A DEUS

Depois de tornarme um crist o, espontaneamente tive desejo

ã

de conduzir outros a Cristo, entretanto, depois de um ano testificando e dando testemunho aos meus colegas de escola, n o havia resultado

ã

vis vel. Pensava que mais palavras e mais arrazoamentos seriam

í

eficazes, mas o meu testemunho n o parecia ter um efeito poderoso

ã

nos outros. Algum tempo mais tarde, encontrei uma mission ria

á

ocidental, a Srta. Grose, que me perguntou quantas pessoas haviam sido salvas por meu interm dio durante aquele primeiro ano. Curvei

é

minha cabe a e, envergonhado, confessei que, apesar dos meus

ç

esfor os em pregar o evangelho aos meus colegas de escola, nenhum

ç

deles reagira. Ela me disse com franqueza que havia algo entre o Senhor e eu bloqueando a minha efic cia. Talvez fosse algum pecado

á

oculto, ou d vidas, ou algo semelhante. Admiti que tais coisas de fato

í

existiam. Ela me perguntou se eu estava disposto a desvencilharme imediatamente delas. Disse que sim. Ela ent o perguntoume sobre

ã

como havia feito o meu testemunho e eu lhe respondi que escolhia qualquer pessoa minha volta e lhe falava a respeito do Senhor, n o

à

ã

importando se demonstravam ou n o algum interesse. A isto, ela

ã

(12)

replicou que eu deveria, ao inv s disso, primeiramente fazer uma

é

lista dos meus amigos e orar nome por nome e depois aguardar a oportunidade de Deus para falarlhes.

Imediatamente comecei a endireitar as quest es que estavam

õ

bloqueando a minha efic cia, e tamb m fiz uma lista de setenta

á

é

amigos p los quais orava diariamente. Em certos dias, orava por eles

ê

a toda hora, at mesmo em classe. E quando surgia a oportunidade,

é

eu tentava persuadilos a crerem no Senhor Jesus. Meus colegas de escola frequentemente diziam, gracejando: "O Sr. Pregador est

á

chegando. Ou amos a sua prega

ç

çã

o.” N o obstante, n o tinham eles

ã

ã

qualquer inten

çã

o real de me ouvir. Contei o meu fracasso Srta.

ã

Grose e ela me convenceu a continuar orando at que alguns fossem

é

salvos. Com a gra a do Senhor, continuei a orar diariamente e, depois

ç

de muitos meses, com exce

çã

o de uma, todas as setenta pessoas foram salvas.

BUSCANDO SER ENCHIDO COM O ESP RITO SANTO

Í

Embora algumas pessoas tivessem sido salvas, eu n o estava

ã

satisfeito, uma vez que muitos, tanto na escola quanto na cidade, ainda permaneciam do mesmo modo, e senti a necessidade de ser enchido com o Esp rito Santo e de receber o poder do alto. Procurei a

í

irm M. E. Barber, uma mission ria brit nica, e, sendo muito

ã

á

â

imaturo nas quest es espirituais, pergunteilhe se seria necess rio

õ

á

ser enchido com o Esp rito Santo a fim de receber o Seu poder. Ela

í

respondeume: "Sim, voc deve oferecerse a Deus de maneira que Ele

ê

possa ench lo Consigo mesmo.” Repliqueilhe que j havia dado

ê

á

minha vida a Deus e que tinha certeza da Sua salva

çã

o e chamamento, mas que ainda experimentava uma falta de poder espiritual. Ela contoume ent o a seguinte hist ria: "O irm o Prigin

ã

ó

ã

era um americano que estivera na China. Ele estava estudando para obter o grau de Doutor em Filosofia (Ph. D.) e naquela poca sentiu

é

(13)

que a condi

çã

o de sua vida espiritual n o era satisfat ria. Ele disse a

ã

ó

Deus que havia em sua vida per odos de descren a, pecados que n o

í

ç

ã

conseguia vencer e pouco poder para a obra. Por duas semanas ele orou desta maneira, pedindo a Deus que o enchesse com o Esp rito

í

Santo, a fim de poder levar uma vida vitoriosa. Ele sentiu Deus dizer lhe: "Voc est mesmo desejoso de ter esta vida vitoriosa? Se de fato

ê á

é

assim, deixe ent o de prestar os exames para obter o seu

ã

doutoramento quando chegar a ocasi o, daqui a dois meses, pois Eu

ã

n o preciso de um Doutor em Filosofia.” O irm o se encontrou num

ã

ã

dilema, pois estava certo de que obteria aquele grau de Doutor em Filosofia, e n o conseguia atinar com a raz o porque Deus lhe pedira

ã

ã

que abandonasse aquilo. O conflito durou dois meses e, embora a obten

çã

o daquele diploma tivesse sido sua ambi

çã

o durante trinta anos, ele por fim escreveu s autoridades universit rias notificando

à

á

as de que n o mais se submeteria aos exames na segundafeira

ã

seguinte. Ele estava t o esgotado naquela noite que n o conseguiu

ã

ã

encontrar uma mensagem para liberar no dia seguinte, de modo que simplesmente relatou congrega

à

çã

o a hist ria da sua rendi

ó

çã

o ao Senhor. Naquele dia, tr squartos da congrega

ê

çã

o recebeu uma experi ncia de reavivamento, e ele mesmo achouse muito encorajado

ê

e disse que se soubesse qual seria o resultado, teria se submetido a Deus muito antes. Posteriormente, ele foi um homem muito usado pelo Senhor.”

Quando estive na Inglaterra, era minha inten

çã

o visitar este homem nos Estados Unidos, mas n o tive esta oportunidade. Quando

ã

pela primeira vez ouvi este testemunho, disse ao Senhor: "Estou desejoso de remover tudo o que h entre Deus e eu a fim de ser

á

enchido com o Esp rito Santo.” Entre 1920 e 1922, confessei minhas

í

ofensas perante, no m nimo, trezentas pessoas, contudo ainda sentia

í

que havia uma barreira entre Deus e eu e, apesar dos meus esfor os

ç

subsequentes, n o ganhei for a ou efic cia.

ã

ç

á

(14)

UM TESTE SEVERO

Recordo que um dia, enquanto procurava o tema para um serm o, abri a minha B blia ao acaso e li as palavras: "Quem mais

ã

í

tenho eu no c u? N o h outro em quem eu me compraza na terra.”

é

ã á

Disse a mim mesmo: "O autor do Salmo 73 pode dizer estas palavras, eu por m n o. A raz o disto era o meu relacionamento com a jovem

é

ã

ã

que, tempos depois, se tornaria a minha esposa, e a quem eu falara a respeito do Senhor, mas recebera apenas esc rnio em resposta. Isto

á

ocorreu h dez anos atr s, e devo admitir que, mesmo n o sendo ela

á

á

ã

uma crist , eu a amava. E desta forma descobri, a exemplo de muitos

ã

jovens hoje, que o afeto do cora

çã

o era algo t o forte que chegava a

ã

competir com a minha fidelidade ao Senhor no que toca a ter um lugar em minha vida. Pedi a Deus que adiasse o tratamento quanto a esta quest o. Nesta poca eu pensava evangelizar no desolado Tibete,

ã

é

nas fronteiras, e sugeri a Deus muitas coisas para fazer, esperando que Ele n o levantasse a quest o de ter que deixar aquela a quem

ã

ã

amava. Por m Deus, uma vez tendo posto o Seu dedo sobre tal

é

assunto, n o o removeria da , e descobri que ora

ã

í

çã

o e estudo em nada ajudavam. O Senhor queria que eu negasse a mim mesmo e O amasse de todo o cora

çã

o. Retornei escola buscando o preenchimento do

à

Esp rito Santo e o amor de Cristo, mas descobri que ainda n o podia

í

ã

dizer com convic

çã

o as palavras do Salmo 73. Por fim, em 13 de fevereiro de 1922 eu estava disposto a colocar de lado aquele relacionamento, e foi quando conheci uma experi ncia de grande

ê

alegria. No dia em que me converti, lancei fora o fardo dos meus pecados, mas nesta ltima ocasi o o meu cora

ú

ã

çã

o foi esvaziado de tudo o que viria a separarme de Deus. A partir de ent o as pessoas

ã

come aram a ser salvas. Naquele dia, troquei minhas roupas finas

ç

por uma vestimenta simples, fui cozinha, fiz um pouco de cola e,

à

com um ma o de cartazes de evangeliza

ç

çã

o sob o bra o, sa

ç

í à

rua para col los nas paredes e para distribuir folhetos evangel sticos. Naquela

á

í

(15)

é

poca, este foi um ato pioneiro em Foochow, Prov ncia de Fukien. A

í

partir do segundo semestre de 1922, passei a orar diariamente por aqueles colegas de escola cujos nomes estavam no meu caderno, e muitos deles foram salvos. No ano seguinte, tivemos que tomar emprestado ou alugar lugares para reuni es, e muitas centenas de

õ

pessoas foram salvas, inclusive, com exce

çã

o de uma, todas aquelas cujos nomes estavam no meu caderno. Tais acontecimentos s o

ã

evid ncia de que Deus nos ouve quando oramos para que os pecadores

ê

sejam salvos.

APRENDENDO A SUBMISS O

Ã

Naquela

é

poca, o nosso grupo compreendia sete obreiros. T nhamos uma reuni o toda sextafeira, mas a maior parte do tempo

í

ã

era gasta em argumenta

çõ

es entre eu e o outro l der do grupo. Sendo

í

jovens, ramos orgulhosos de nossas pr prias ideias e prontos em

é

ó

criticar as opini es dos outros. s vezes eu perdia a calma e achava

õ

À

muito dif cil admitir que estava errado. Todo s bado eu ia visitar a

í

á

irm Barber e reclamava das atitudes do meu companheiro, pedindo

ã

a ela que interviesse e corrigisse os erros dele. Ela repreendeume, pois ele era cinco anos mais velho do que eu, e disseme que "a Escritura afirma que o mais jovem deve obedecer ao mais velho.” Retruquei: " me imposs vel fazer isto; um crist o deve agir de acordo

É

í

ã

com o que

é

direito.” Ela disseme: "N o h necessidade de se

ã

á

preocupar com isto ser ou n o direito, pois a Escritura diz que o mais

ã

jovem deve obedecer ao mais velho.” Algumas vezes eu chorava de noite depois de uma discuss o na tarde de sextafeira. Ia a ela

ã

novamente no dia imediato para exporlhe os meus ressentimentos, esperando que ela tomasse o meu partido, mas chorava novamente ao voltar para casa no s bado. Desejava ter nascido alguns anos mais

á

cedo. Numa determinada controv rsia, eu possu a boas raz es e

é

í

õ

(16)

pensava que, quando enfatizasse a ela como o meu cooperador estava errado, ela certamente me apoiaria. Ent o me disse: "Se aquele

ã

cooperador est errado ou n o, uma outra quest o. Agora quando

á

ã é

ã

acusa o seu irm o diante de mim, voc est sendo semelhante ao

ã

ê

á

Cordeiro ou a algu m que carrega a sua cruz?” Sentime realmente

é

envergonhado ao ser interrogado desta forma por ela, e jamais esquecerei isto. Com a minha palavra e atitude naquele dia, de fato n o me assemelhava nem a algu m que carrega a cruz nem ao

ã

é

Cordeiro. Era desta maneira que eu estava aprendendo a me submeter ao meu cooperador mais velho. Devo dizer que naquele ano e meio aprendi a mais preciosa li

çã

o em minha vida. Minha cabe a

ç

estava cheia de fantasias, mas Deus desejava que eu entrasse na realidade espiritual. Percebi o que significa carregar a cruz. Hoje, em 1936, tenho mais de cinquenta cooperadores. Se n o fosse pela li

ã

çã

o de submiss o que aprendi naquele tempo, temo que n o teria sido

ã

ã

capaz de trabalhar junto com quem quer que seja. Deus colocoume em tais circunst ncias para que eu pudesse estar sob a restri

â

çã

o do Esp rito Santo. Por dezoito meses n o tive oportunidade de levar

í

ã

avante meus prop sitos, e tudo o que podia fazer era somente chorar

ó

e sofrer penosamente. Mas se n o fosse assim, eu jamais teria

ã

percebido o quanto eu era intrat vel. Deus estava removendo os

á

â

ngulos agudos da minha personalidade de modo que hoje posso dizer aos obreiros mais jovens que a caracter stica preeminente do servi o

í

ç

a Deus o esp rito de mansid o, de humildade e de paz. Ambi

é

í

ã

çã

o, prop sito e habilidade s o de pouco valor quando n o se est

ó

ã

ã

á

carregando a cruz de Cristo. Andei por este caminho, de modo que a

ú

nica coisa que posso fazer

é

confessar os meus defeitos. Tudo o que

é

meu est nas m os de Deus. N o se trata da quest o de certo ou er

á

ã

ã

ã

rado, mas sim de se ser como algu m que carrega ou n o a cruz. Na

é

ã

igreja n o h lugar para certo ou errado; o que conta o carregar a

ã á

é

cruz e aceitar o seu quebrantamento. Isto trar o transbordar da vida

á

de Deus e a concretiza

çã

o de Sua vontade.

(17)

Durante aquele per odo de dezoito meses, aprendi por meio

í

desta experi ncia cont nua a submeterme ao meu irm o mais velho.

ê

í

ã

Minha cabe a estava repleta de ideias, mas afinal vim a perceber que

ç

esta n o era a maneira de carregar a cruz nem de ser semelhante ao

ã

Cordeiro de Deus. Hoje, em 1936, temos mais de cinquenta obreiros e a minha capacidade de trabalhar ao lado deles em grande parte

é

devido s experi nci daqueles primeiros anos.

à

ê

QC

(18)

SEGUNDO TESTEMUNHO DE WATCHMAN NEE Proferido em 20 de outubro de 1936

A LI

ÇÃ

O DA CRUZ

Um crente pode ser capaz de ler o ensinamento a respeito da cruz, estud lo ou exp lo, mas isto n o significa que,

á

ô

ã

necessariamente, ele tenha recebido a li

çã

o da cruz ou verdadeiramente conhecido o caminho da cruz.

Quando, por causa do servi o, eu ia sendo ajustado junto aos

ç

meus companheiros de obra, o Senhor designou muitas cruzes para mim. Eu achava dif cil obedecer, mas interiormente sabia que se a

í

cruz fora ordenada pelo Senhor seria correto obedecer e aceit la,

á

mesmo sendo dif cil. Quando na terra, o Senhor aprendeu a

í

obedi ncia pela cruz que sofreu (Hb 5:8; Fp 2:8). Como poderia ser eu

ê

uma exce

çã

o? Quando comecei a aprender a aceitar a li

çã

o da cruz, n o fui obediente durante os primeiros oito ou nove meses, embora

ã

soubesse que deveria renderme

à

cruz dada pelo Senhor. Decidi ent o obedecer, mas tal decis o durou apenas pouco tempo. Quando

ã

ã

uma situa

çã

o exigindo obedi ncia realmente ocorria, eu achava dif cil

ê

í

obedecer e enchiame de pensamentos de rebeli o, que me faziam

ã

sentir muito incomodado. Reconhe o agora que a cruz que o Senhor

ç

ent o ordenou foi deveras ben fica para mim. Cinco dos meus

ã

é

companheiros de obra haviam sido meus colegas de escola desde a inf ncia, ao passo que um deles, aquele cinco anos mais velho, era de

â

uma outra regi o. Os cinco sempre se colocavam ao lado dele, opondo‐

ã

se a mim. Qualquer que fosse o caso, invariavelmente me condenavam como estando errado. Muitas das coisas que eu fazia terminavam sendo creditadas a eles. Algumas vezes, quando eles

(19)

rejeitavam as minhas opini es, eu subia urna colina pr xima para ali

õ

ó

lamentarme perante Deus. Pela primeira vez experimentei o significado da "comunh o dos Seus sofrimentos" (Fp 3:10), pois ao

ã

mesmo tempo em que n o me era poss vel ter comunh o com o

ã

í

ã

mundo, podia entretanto desfrutar a comunh o celestial.

ã

Dois anos depois da minha salva

çã

o, eu ainda n o sabia o que

ã

era a cruz, e comecei a aprender a sua li

çã

o. Tanto na escola em geral quanto em minha classe, sempre obtive a primeira coloca

çã

o. Desejava, do mesmo modo, ser o primeiro nas quest es relativas ao

õ

servi o divino e, por isso, quando era posto em segundo lugar, eu

ç

desobedecia. Todos os dias eu dizia a Deus que aquilo era demasiado para que eu o pudesse suportar, que eu estava obtendo muito pouca honra e autoridade, e que todos estavam se colocando ao lado daquele obreiro mais velho. Hoje, por m, posso dar gra as a Deus de todo o

é

ç

meu cora

çã

o e ador Lo por tudo o que aconteceu, pois aquilo me foi o

á

melhor treinamento. Deus me fez deparar com muitas dificuldades porque queria que eu aprendesse obedi ncia e, assim, disseLhe que

ê

estava disposto a ser colocado em segundo lugar. Uma vez disposto a renderme, experimentei uma alegria diferente daquela que experimentara quando da minha salva

çã

o, pois esta era antes profunda do que ampla. Em muitas ocasi es, durante os

õ

subsequentes oito ou nove meses, estive disposto a ser quebrantado e a negar a mim mesmo aquilo que desejava fazer, de maneira que fui enchido de alegria e de paz em minha jornada espiritual. O Senhor submeteuSe m o de Deus e eu estava desejoso de fazer da mesma

à ã

forma. O Senhor, subsistindo na forma de Deus, n o julgou como

ã

usurpa

çã

o o ser igual a Deus (Fp 2:6). Como pude ousar colocarme acima do nosso Senhor! Quando comecei a aprender a obedi ncia foi

ê

dif cil a princ pio, mas, medida em que prosseguia, achava cada vez

í

í

à

mais f cil, de modo que, mais tarde, pude dizer a Deus que escolhia a

á

cruz, aceitava o seu quebrantamento e punha de lado as minhas pr prias ideias.

ó

(20)

A DIRE

ÇÁ

O DE DEUS EM MEU SERVI O

Ç

Quando a obra de Deus iniciouse em diversos lugares da China, em 1921, algumas verdades n o eram claramente discernidas.

ã

Por exemplo, a gra a e a lei n o estavam claramente definidas, nem o

ç

ã

eram o reino dos c us e a vida eterna. Mesmo a gra a e o galard o, a

é

ç

ã

salva

çã

o e a vit ria, n o eram claramente definidas. A compreens o

ó

ã

ã

das verdades no Senhor n o era nem profunda nem rica o suficiente.

ã

Todavia, a compreens o do evangelho da gra a era relativamente

ã

ç

clara e ele ia sendo pregado com muita clareza naquele tempo quando o Sr. Wang Ming T o estava em Tehchow, as irm s Pearl Wang e

ã

ã

Ruth Lee em Nanking, e alguns outros obreiros e eu em Foochow.

L pelo final do ano de 1922, quando havia j algumas pessoas

á

á

salvas em Foochow e seu n mero ia aumentando, senti um forte

ú

encargo de publicar uma revista. Naquela ocasi o eu estava sem

ã

vint m. Depois de orar por uma, duas semanas, depois j por mais de

é

á

um m s, n o t nhamos ainda um centavo. Certa manh , levanteime

ê ã í

ã

e disse; "N o h mais necessidade de orar. Seria falta de f . O que

ã á

é

devemos fazer agora come ar a escrever. Iria Deus primeiro colocar

é

ç

o dinheiro em nossas m os para depois esperar que escrev ssemos?

ã

ê

De agora em diante eu n o orarei pelo dinheiro, mas irei avante e

ã

escreverei os textos.”

Quando a ltima palavra fora escrita e tudo estava pronto,

ú

disse: "O dinheiro vir !.” Por fim, ajoelheime para orar novamente e

á

disse a Deus: "Deus, o material est pronto para a impress o, todavia

á

ã

ainda n o h dinheiro algum.” Depois de orar, sentime totalmente

ã á

seguro de que Deus iria com certeza conceder o dinheiro, de modo que, a seguir, n s O louvamos. Foi maravilhoso. Assim, que nos

ó

colocamos de p , ouvimos algu m bater

é

é

à

porta. Logo pensei que pudesse ser algu m vindo com algum dinheiro. Foi uma surpresa ver

é

(21)

que a pessoa que batia era uma rica por m mesquinha irm , e pensei

é

ã

que, como fora ela quem aparecera, n o haveria dinheiro algum. Mas

ã

ela me disse: "Tenho algo extremamente importante a tratar com voc .” Respondi: "Por favor, prossiga.” Ela perguntoume: "De que

ê

forma deve um crist o fazer oferta?.” Disse a ela que n o dever amos

ã

ã

í

adotar a maneira do Velho Testamento de pagar o d zimo, mas

í

dever amos seguir o que

í

é

dito em 2 Cor ntios 9:7, ou seja, cada

í

pessoa d conforme a ordem de Deus; pode ser metade, ou um ter o,

ê

ç

ou um d cimo ou uma vig sima parte. Ela indagou onde deveria ser

é

é

dada a oferta, e eu respondi: "N o oferte a uma igreja que se oponha

ã

ao Senhor, nem queles que n o cr em na B blia nem na reden

à

ã

ê

í

çã

o pelo derramamento do sangue do Senhor. Se ningu m contribuir com

é

eles, ent o n o ser o capazes de levar avante a prega

ã ã

ã

çã

o. Ore antes de ofertar, para ver se deve faz lo aos pobres ou a alguma causa

ê

digna, mas jamais oferte a alguma organiza

çã

o indigna.” Ela disse: "O Senfior j h algum tempo me tem falado: 'Voc

á á

ê é

demasiadamente devotada ao dinheiro'. A princ pio n o pude me

í

ã

conformar com isto, mas agora sim. Enquanto eu estava orando esta manh , disseme o Senhor: 'Voc n o precisa orar; primeiramente o

ã

ê ã

dinheiro deve ser oferecido'. Fiquei um pouco embara ada, mas eis

ç

aqui 30 d lares para voc usar na obra do Senhor.” Esse dinheiro foi o

ó

ê

suficiente para imprimir apenas mil e quatrocentos exemplares da revista "O PRESENTE TESTEMUNHO.” Mais tarde, outra pessoa nos deu outros 30 d lares, o que foi o bastante para cobrir as

ó

despesas de correio e outras despesas ocasionais. Foi assim que a primeira edi

çã

o de "O PRESENTE TESTEMUNHO" foi publicada.

O COME O DO REAVIVAMENTO

Ç

No in cio de 1923, come amos a fazer reuni es numa casa

í

ç

õ

pertencente a um de nossos irm os em Foochow. Obt nhamos os

ã

í

assentos em v rios lugares quando necess rio, e percorr amos as

á

á

í

(22)

redondezas convidando as pessoas para virem e ouvir. Nosso m todo

é

de convidar as pessoas era bem eficiente: cada irm o colocava uma

ã

vestimenta branca portando as frases "Voc morrer " e "Jesus salva",

ê

á

tanto na parte da frente como na de tr s. Com bandeiras nas m os e

á

ã

cantando hinos, march vamos em prociss o pelas ruas. Os

á

ã

espectadores ficavam at nitos. Era desta maneira que atra amos

ó

í

muitas pessoas ao nosso lugar de reuni o. March vamos assim todos

ã

á

os dias, e todos os dias as pessoas vinham ouvir o evangelho. Elas enchiam a sala de visitas, a cozinha, e at mesmo a rea fora da casa.

é

á

Visto que o Senhor j havia come ado a operar ali, muitas foram

á

ç

salvas.

Hav amos alugado alguns banquinhos para a reuni o, todavia,

í

ã

depois de duas semanas ficamos sem dinheiro. Os banquinhos tiveram de ser devolvidos ao propriet rio. A reuni o deveria ser

á

ã

suspensa? Anunciei que todos os que quisessem participar da reuni o

ã

no futuro teriam que trazer seu pr prio banquinho. Naquela tarde, a

ó

colina inteira, a colina Tsang Chien, foi cen rio de pessoas, jovens e

á

velhos, meninos e meninas, carregando banquinhos. Os policiais ficaram espantados diante daquela cena.

Gra as ao Senhor, muitas centenas de pessoas foram salvas.

ç

Naquela ocasi o, o fundamento da salva

ã

çã

o foi colocado claramente. At essa

é

é

poca, na China, muitos crentes n o estavam claros a

ã

respeito da salva

çã

o. Foi atrav s daquelas reuni es e atrav s da

é

õ

é

prega

çã

o dos nossos irm os em diversos lugares que muitos, a partir

ã

da , vieram a compreend la.

í

ê

COME AMOS ALUGANDO UMA CASA PARA A REUNI O

Ç

Ã

Cerca de um m s ap s termos come ado as reuni es, muitos de

ê

ó

ç

õ

n s sentimos que dever amos ter um lugar mais apropriado para tal

ó

í

fim. Visto que est vamos sem dinheiro, era al m de nossas pos

á

é

sibilidades alugar uma casa. Todavia, uma fam lia chamada Ho, cujos

í

(23)

membros todos eram pessoas salvas, disseme que nos alugaria uma casa por apenas 9 d lares mensais. Tornei a orar, junto com v rios

ó

á

irm os, pedindo a Deus que nos desse algum dinheiro a fim de

ã

pagarmos os tr s meses de adiantamento antes de nos mudarmos

ê

para ali.

Todos os s bados ia a Ma Kiang, em Foochow, ter comunh o

á

ã

com a irm Barber, uma mission ria vinda da Inglaterra. Desta vez,

ã

á

quando a fui ver, ela me disse: "Aqui est o 27 d lares que certo amigo

ã

ó

pediume que entregasse a voc para a sua obra.” Tendo em vista que

ê

o aluguel era de 9 d lares mensais, ou seja, 27 d lares por tr s meses,

ó

ó

ê

esta quantia era exatamente a suficiente, nem mais nem menos. Quando voltei, sem hesita

çã

o paguei o adiantamento de tr s meses.

ê

Posteriormente, oramos de novo, e outra vez o Senhor nos supriu. Este foi o come o da nossa obra em Foochow.

ç

O REAVIVAMENTO DE MUITOS CRENTES

Jamais vira um reavivamento maior que este. Naquela poca,

é

pessoas eram salvas todos os dias. Era como se todos os que nos contatavam, seriam imediatamente salvos. Eu estava ent o

ã

estudando no Trinity College, em Foochow. Quando chegava escola

à

toda manh

ã à

s cinco horas, via em todo lugar pessoas lendo a B blia

í

— mais de uma centena delas. A leitura de romances havia sido uma moda muito comum, por m agora, aqueles que o desejassem fazer,

é

tinham de faz lo s escondidas. Por outro lado, ler a B blia tornara

ê à

í

se algo muito popular e honroso. Havia oito classes em nossa escola, cada qual com um monitor e com monitor substituto. Era impressionante ver que os monitores de praticamente todas as classes haviam sido salvos. At mesmo todos os famosos atletas

é

haviam sido salvos, entre os quais o irm o Kwang Hsi Weigh, que por

ã

muitos anos fora campe o de t nis da Prov ncia de Fukien. Mais de

ã

é

í

sessenta pessoas, todos os dias marchavam em prociss o, carregando

ã

(24)

bandeiras, e umas poucas d zias tamb m percorriam as redondezas

ú

é

diariamente distribuindo folhetos. Toda a cidade de Foochow — cerca de cem mil pessoas — foi sacudida. Conforme a dire

çã

o do Esp rito

í

Santo na ocasi o come amos a ter reuni es e, medida que mais e

ã

ç

õ

à

mais pessoas iam sendo salvas, nossa obra se espalhou pelas cidades circunvizinhas.

UM NOVO IN CIO

Í

Entre 1921 e 1923, houve reuni es de reavivamento em

õ

diferentes lugares, e muitos pensaram que, tendo em vista que estas reuni es conduziam as pessoas ao Senhor, deveriam ser encaradas

õ

como tudo o que era necess rio. Todavia, Deus me levou a ver que o

á

Seu prop sito requer que aqueles j salvos permane am sobre a base

ó

á

ç

da unidade e representem a igreja de Deus na terra, mantendo o testemunho de Deus. Por m, alguns obreiros tinham diferentes

é

pontos de vista com respeito verdade concernente igreja. Quando

à

à

estudei Atos dos Ap stolos vi que

ó

é

o desejo de Deus estabelecer igrejas locais em cada cidade. Foi como se uma luz brilhasse sobre mim com clareza e eu entendesse o Seu prop sito. Com esta

ó

revela

çã

o, levantouse um problema, pois alguns obreiros, n o tendo

ã

visto esta luz, mantinham diferentes pontos de vista no tocante a aspectos importantes da nossa obra, o que resultou no surgimento de atritos entre n s. Eles sentiam que dever amos ser entusiastas do

ó

í

reavivamento e da obra de evangeliza

çã

o, e que o resultado de tal trabalho poderia claramente ser visto, ao passo que eu fortemente sentia que igrejas locais deveriam ser estabelecidas, com menos

ê

nfase em outra obra. Quando o obreiro mais velho saiu a fim de realizar reuni es de evangeliza

õ

çã

o fora, pensei secretamente em realizar reuni es de reavivamento e evangeliza

õ

çã

o por minha pr pria

ó

conta. Enquanto ele estava ausente, de imediato fazia conforme a vis o que havia recebido. Ao retornar, ele desfazia o que eu fizera, e o

ã

(25)

refazia conforme o seu pensamento; mas, quando ele de novo se ausentava, eu tornava ao meu caminho anterior. Conseq entemente,

ü

havia altera

çõ

es e revers es entre n s todo o tempo. Como a luz que

õ

ó

cada um de n s recebera no tocante nossa obra era diferente, do

ó

à

mesmo modo se tornaram as nossas maneiras de trabalho. Uma maneira era aquela de reavivamento e evangeliza

çã

o, e a outra, aquela de estabelecimento de igrejas locais. O que o Senhor me revelara era extremamente claro: antes que se passasse muito tempo, Ele levantaria igrejas em v rias partes da China. Sempre que

á

fechava os meus olhos, a vis o do nascimento de igrejas surgia diante

ã

dos meus olhos interiores.*

*Nota do editor: Por volta de 1949, cerca de quatro ou cinco centenas de igrejas locais em quase todas as grandes cidades vieram a existir.

Em 1924, aconteceu de alguns obreiros n o estarem satisfeitos

ã

comigo, e Deus permitiu que a igreja em Foochow fosse repentinamente conduzida a um teste. A fim de impedir uma divis o,

ã

deixei Foochow. Posteriormente, recebi um convite para visitar as Ilhas do Mar do Sul, de maneira que para l fui, e tamb m ali foram

á

é

iniciadas reuni es. Retornei em maio de 1925, e aluguei uma casa em

õ

Pagoda, Foochow, uma pequena vila pr xima ao mar, com o objetivo

ó

de estabelecerme ali. Nesta poca, senti que dever amos publicar

é

í

uma revista que enfatizasse as verdades referentes salva

à

çã

o e

à

igreja, e tamb m tratasse das profecias e figuras na B blia. Minha

é

í

inten

çã

o original para com esta revista, conhecida como A REVISTA CRIST , era que deveria ser de natureza apenas tempor ria. Em

Ã

á

1925, duas edi

çõ

es foram publicadas, em 1926, dez, e, em raz o da

ã

cont nua demanda, doze em 1927.

í

No primeiro semestre de 1926, visitei as cidades de Amoy, Kulongsu, Changchow e Tungan, a fim de dar testemunho, e ent o

ã

muitas pessoas foram salvas. No segundo semestre do ano, retornei

à

queles lugares. Desta vez, sentime muito cansado, pois tinha que conduzir reuni es, escrever artigos e tamb m cuidar da correspon

õ

é

(26)

d ncia. Eu j estava me sentindo levemente indisposto.

ê

á

Originalmente, estava programado haver dez dias de reuni es, mas

õ

no nono dia ca doente. Um outro obreiro veio e assumiu o trabalho

í

por uns poucos dias mais. Foi na segunda metade do ano de 1926, que a obra no Sul de Fukien come ou, com reuni es em Amoy, Tungan e

ç

õ

nos distritos circunvizinhos.

Alguns m dicos disseramme que a doen a que eu contra ra em

é

ç

í

Amoy era provavelmente fatal e que eu deveria esperar viver apenas uns poucos meses mais! N o temia a morte, por m n o podia

ã

é

ã

suportar o pensamento de que tudo o que aprendera do Senhor durante os muitos anos anteriores e as li

çõ

es que experimentara ainda n o houvessem, nenhuma delas, sido postas no papel. Por certo

ã

que aquilo tudo n o poderia ir comigo para a sepultura! Prepareime

ã

para escrever O HOMEM ESPIRITUAL.

Quando cheguei a Nanking, soube que alguns irm os e irm s

ã

ã

que se posicionavam sobre a base da unidade na igreja, partiam o p o

ã

juntos, de modo que, espontaneamente, fui l e a eles me juntei em

á

mem ria do Senhor. O irm o Kwang Hsi Weigh, meu antigo colega de

ó

ã

escola, estava na poca estudando na Universidade de Nanking. Por

é

meio de uma apresenta

çã

o sua, fui Universidade liberar diversas

à

mensagens, ao mesmo tempo ganhando dois irm os, os quais

ã

recebemos na mesa do Senhor. Este foi o in cio da nossa obra em

í

Nanking.

INDO A XANGAI

Com o objetivo de poder devotarme elabora

à

çã

o de O HOMEM ESPIRITUAL, cedo deixei Nanking e fui para o interior, a Wusih, onde escrevi os primeiros quatro volumes da obra. Havia uma a

çã

o militar em Nanking em mar o de 1927 e, como se tornara imposs vel

ç

í

a comunica

çã

o com os irm os e irm s em alguns lugares, deixei o

ã

ã

interior e fui para Xangai. Uma vez l , descobri que muitos irm os e

á

ã

(27)

irm s vinham chegando, um ap s outro, de v rios lugares. Antes da

ã

ó

á

minha chegada a Xangai, havia reuni es de partir o p o na casa da

õ

ã

irm Pearl Wang, em Hsin's Garden. Depois da nossa chegada, nosso

ã

local de reuni es foi transferido para a Alameda Keng Ching, e foi

õ

iniciada em Xangai a Biblioteca do Evangelho.

Pelo final de 1927, t nhamos uma reuni o de ora

í

ã

çã

o todos os dias. Os crentes que moravam em Pingyang e arredores, ao norte do rio Yang s , e que haviam sido ajudados por nossos testemunhosT

é

escritos, come aram a se corresponder conosco. Percebendo que eles

ç

estavam preparados para receber instru

çã

o e que os crentes na China disto necessitavam, pensamos em realizar uma reuni o especial para

ã

eles. Em janeiro de 1928, alugamos uma casa na Alameda Wen Teh, em Hardoon Road, Xangai, e em primeiro de fevereiro, iniciamos a reuni o especial. O tema central das mensagens foi unicamente o

ã

prop sito eterno de Deus e a vit ria de Cristo. N o nos referimos a

ó

ó

ã

outras quest es, nem mesmo verdade concernente igreja. Havia

õ

à

à

vinte ou trinta irm os e irm s vindos de outros lugares, e Deus os

ã

ã

iluminou e os capacitou a verem como deveriam prosseguir no caminho da vida. Eles por si mesmos resolveram problemas tais como o batismo, abandonaram as denomina

çõ

es, e outras coisas semelhantes. Nos quatro anos seguintes, at 1936, setecentos ou

é

oitocentos irm os e irm s foram salvos ou reavivados em

ã

ã

aproximadamente dez lugares de reuni es ao norte do rio Yang s .

õ

T

é

Em cerca do mesmo n mero de lugares de reuni es nos arredores de

ú

õ

Pingyang e Taishun, outros quatro mil foram salvos ou reavivados. Toda esta obra foi feita pelo pr prio Senhor, e para que isto fosse

ó

poss vel, Ele esteve trabalhando por muitos anos.

í

Depois de nos mudarmos para a Alameda Wen Teh em 1928, decidiuse continuar a publicar O PRESENTE TESTEMUNHO, tendo em vista que A REVISTA CRIST havia deixado de ser

Ã

publicada. Em 1930, foi publicado NOTAS SOBRE O ESTUDO DA B BLIA.

Í

(28)

Durante aqueles poucos anos em Xangai, havia sido nossa meta fazer com que as pessoas seguissem o pr prio Senhor, os

ó

ensinamentos das Escrituras e a dire

çã

o do Esp rito Santo. N o

í

ã

esper vamos nem dever amos esperar que algu m se desse a n s. Isto

á

í

é

ó

n o a uma "pol tica de exclus o", e nem deve ser encarado como

ã é

í

ã

querendo dizer que nos julg ssemos os nicos a estarem certos; nosso

á

ú

ú

nico desejo

é

sermos fi is at

é

é

o fim. Escrevi O HOMEM ESPIRITUAL enquanto estive doente; depois de t lo conclu do, piorei

ê

í

e estive confinado cama praticamente todo o tempo. Tendo em vista

à

que a casa terrena do meu tabern culo estava prestes a entrar em

á

colapso a qualquer momento, nada digno de men

çã

o foi feito durante os meus primeiros poucos anos em Xangai. Foi nos dois anos subsequentes que tudo de fato come ou. Em 1931, havia novamente

ç

uma reuni o especial, na qual a mensagem principal se relacionava

ã

com dois temas de peso: o Novo Testamento e a sabedoria de Deus. Nesta reuni o, havia mais irm os e irm s de outros lugares.

ã

ã

ã

DEUS QUEM CURA

É

No in cio da minha enfermidade em 1924, eu padecia somente

í

de ligeira febre, sentia fraqueza e tinha apenas uma leve dor no meu peito. N o sabia o que andava errado comigo. O Dr. H. S. Wong disse

ã

me: "Sei que voc tem f em que Deus pode cur lo, todavia ser que

ê

é

á

á

me permitiria examin lo para diagnosticar a sua doen a?.” Ap s

á

ç

ó

examinarme, ele falou em voz baixa ao irm o Wang Teng Ming por

ã

algum tempo. Quando indaguei a respeito do resultado do exame, eles n o me quiseram responder a princ pio. Disselhes ent o que nada

ã

í

ã

temia. O Dr. Wong me disse que a situa

çã

o da minha tuberculose era t o s ria que seria necess rio um descanso prolongado. N o pude

ã é

á

ã

dormir aquela noite; senti que n o poderia encarar a face do Senhor

ã

se tivesse que ir a Ele sem ter completado o meu trabalho. Estava muito deprimido. Decidi ir para o campo descansar e para ter mais

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comunh o com o Senhor. PergunteiLhe: "Qual a Tua vontade para

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é

comigo? Se tenho que dar a minha vida por Ti, ent o n o temo a

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morte.” Por cerca de seis meses n o pude ver a vontade do Senhor,

ã

mas havia alegria em meu cora

çã

o, e eu sabia que o Senhor jamais poderia estar errado. Nessa poca, nenhuma das muitas cartas que

é

eu recebia de diferentes lugares trazia alguma exorta

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o ou consolo, pelo contr rio, traziam censuras pelo meu excesso de trabalho sem o

á

devido cuidado por minha vida. Um irm o repreendeume usando

ã

Ef sios 5:29.

é

Logo depois, o irm o Chen Chi Kwei, de Nanking, escreveume

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pedindo que ficasse em sua casa e descansasse enquanto, ao mesmo tempo, o ajudasse a traduzir o curr culo do Instituto de

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Correspond ncia B blica do Dr. C. I. Scof eld. Nessa ocasi o, cerca de

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í

í

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trinta irm os e irm s vieram ter comunh o comigo, e conversei com

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eles a respeito da quest o da igreja. Percebi que a m o de Deus

ã

ã

estava sobre mim na ocasi o, com o prop sito expresso de fazerme

ã

ó

voltar minha primeira vis o que tivera, pois, de outra forma, eu

à

ã

estaria tomando o caminho de um pregador de reavivamen o.

í

Dia ap s dia se passava e a minha tuberculose n o era curada.

ó

ã

Tinha ido a um famoso m dico alem o, que radiografara meu peito.

é

ã

Mais tarde, quando lhe pedi que tirasse uma outra radiografia, ele me respondeu que n o seria necess rio. Mostroume a chapa de uma

ã

á

outra pessoa e disse: "A condi

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o desta pessoa era melhor que a sua, e ela morreu duas semanas depois desta chapa ter sido tirada. N o me

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procure mais, eu n o quero tirar o seu dinheiro.” Fui para casa muito

ã

desapontado. Embora pudesse empenharme em escrever algo ou em estudar a B blia, achei que isto seria muito extenuante. Tinha uma

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febre ligeira todas as tardes e noite transpirava e n o conseguia

à

ã

dormir. Alguns irm os aconselharamme a descansar mais, por m eu

ã

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repliquei: "Tenho medo de descansar tanto que fique enferrujado.” Sentia que, embora n o fosse viver muito tempo mais, deveria crer

ã

que Deus aumentaria as minhas for as e que eu precisava trabalhar

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para Ele. Perguntei ent o ao Senhor que obra ainda n o finalizada

ã

ã

Ele desejava que eu fizesse. Se Ele de fato quisesse que eu realizasse algo, eu Lhe rogaria que poupasse a minha vida, mas, caso contr rio,

á

nada mais haveria na terra que eu almejasse.

Tinha sido capaz de levantarme anteriormente, todavia, naquela ocasi o n o pude faz lo. Algu m solicitou que eu dirigisse

ã ã

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é

uma reuni o de evangeliza

ã

çã

o, e esforceime por levantar, suplicando ao Senhor que me fortalecesse. Enquanto caminhava para a reuni o,

ã

precisava ami de apoiarme em algum poste de luz a fim de

ú

descansar. Cada vez que fazia isto, falava ao Senhor: "Vale a pena morrer por Ti!.” Alguns irm os que vieram a saber disto,

ã

repreenderamme por n o poupar a minha pr pria sa de, por m eu

ã

ó

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repliquei que arnava o meu Senhor e que daria a minha vida por Ele. Depois de orar por mais de um m s, senti que deveria escrever um

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livro a respeito do que eu aprendera de Deus. No passado, eu pensava que algu m n o deveria escrever livros sen o quando fosse idoso, mas

é ã

ã

decidi que, tendo em vista que deixaria brevemente o mundo, deveria come ar a escrever agora, em meus

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ú

ltimos dias. Sendo assim, aluguei um pequeno quarto em Wusih, na Prov ncia de Kiangsu, no

í

qual me tranquei e escrevia o dia inteiro. Naquela poca, minha

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doen a agravouse tanto que eu n o podia sequer abaixarme. Para

ç

ã

escrever, sentavame numa cadeira de alto espaldar e pressionava o meu peito contra a escrivaninha para aliviar a dor em meu peito. Satan s faloume: "Logo voc morrer ; sendo assim, porque n o

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ê

á

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morre em um relativo conforto ao inv s de esta forma, dolorosa

é

mente?” Retorqui: "O Senhor me quer como eu estou. Saia daqui!.” Em quatro meses completei tr s volumes de O HOMEM

ê

ESPIRITUAL. Enquanto escrevia, havia muito sangue e suor e l grimas. Cada vez que terminava de escrever, dizia a mim mesmo:

á

"Este o meu ltimo testemunho igreja.” Embora os escritos tives

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ú

à

sem sido preparados em meio a toda sorte de dificuldades e sofrimentos, sentia que Deus estava mais pr ximo de mim que de

ó

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costume. As pessoas pensavam que eu estava sendo maltratado por Deus; por exemplo, o irm o Chen escreveume dizendo: "Voc est se

ã

ê á

esfor ando ao m ximo e um dia h de se arrepender disto.” Respondi

ç

á

á

lhe: "Amo o meu Senhor e por Ele devo viver.”

Para a publica

çã

o de O HOMEM ESPIRITUAL precisar amos

í

de cerca de 4.000 d lares. Sem nenhum recurso em m os, orei a Deus

ó

ã

para que suprisse a necessidade. Apenas quatro obreiros sabiam disto e mais ningu m. Antes de se ter passado muito tempo, o Senhor nos

é

forneceu 400 d lares e assinamos um contrato com um editor para

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come ar a imprimir o livro. Concordamos em que, caso deix ssemos

ç

á

de pagar as presta

çõ

es subsequentes, n o somente perder amos o

ã

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direito

à

entrada de 400, como tamb m ter amos que pagar pela

é

í

quebra do compromisso. Por causa disto, unanimemente oramos fervorosamente pela quest o. Quando o editor aparecia atr s do

ã

á

pagamento, o Senhor sempre nos socorria com os recursos para efetu lo em tempo. Vendo que ramos dignos de confian a, o editor

á

é

ç

disse: "Ningu m faz os pagamentos t o pontualmente como voc s da

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ã

ê

igreja.”

Depois que o livro foi publicado, orei diante de Deus: "Agora permite ao Teu servo partir em paz.” Por aquela poca, minha doen a

é

ç

piorou a tal ponto que eu n o conseguia dormir em paz

ã

à

noite; acordava e permanecia revirandome incessantemente de um lado para o outro na cama. Eu era apenas uma saco de ossos. Suava

à

noite, e minha voz tornarase rouca. Diversas irm s cuidavam de

ã

mim aos turnos; uma delas, uma experimentada enfermeira, chorava sempre que me via. Ela testificou: "Vi muitos pacientes, mas jamais me deparei com um cuja condi

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o fosse mais lament vel. Receio que

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ele v viver apenas mais tr s ou quatro dias.” Quando algu m me

á

ê

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contou isto, eu disse: "Seja este o meu fim! Tamb m eu sei que

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morrerei em breve.” Um irm o telegrafou s igrejas em diferentes

ã

à

lugares, avisandoas de que n o havia mais esperan a e que elas j

ã

ç

á

n o necessitavam mais orar por mim. Um dia perguntei a Deus: "Por

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que me chamas t o cedo?.” Confessei ent o as minhas faltas a Deus,

ã

ã

dizendoLhe, na mesma ocasi o, que n o tinha f . Naquele dia,

ã

ã

é

devoteime ao jejum e ora

à

çã

o desde a manh at

ã é à ê

s tr s horas da tarde, dizendo a Deus que eu nada faria exceto o que Ele quisesse de mim. Ao mesmo tempo, os obreiros juntos oravam fervorosamente por mim na casa da irm Ruth Lee. Enquanto orava a Deus no intuito de

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que me concedesse f , deume Ele a Sua palavra, que jamais

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esquecerei. A primeira frase era: "O justo viver por f " (Rm 1:17); a

á

é

segunda era: .”..porquanto pela f j estais firmados" (2 Co 1:24); e a

é á

terceira era: "Visto que andamos por f ..." (2 Co 5:7). Devido a estas

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palavras, enchime de grande alegria, pois a B blia diz: "Tudo

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é

poss vel ao que cr " (Mc 9:23). Dei ent o gra as e louvei a Deus

í

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ç

porquanto Ele me havia dado a Sua palavra; cri que o Senhor me havia curado. Fui testado a seguir, pois a B blia diz: "Porquanto pela

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f j estais firmados", e eu, entretanto, ainda jazia na cama. Nesta

é á

hora, ocorreu um conflito em minha mente, quanto a se deveria levantarme e permanecer em p ou continuar deitado. Afinal de con

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tas, o homem ama a si pr prio e considera ser mais confort vel

ó

á

morrer na cama do que morrer em p . Ent o, a Palavra de Deus

é

ã

manifestou poder e, ignorando tudo o mais, pus a roupa que j por

á

cento e setenta e seis dias n o usava, e estava preparado para deixar

ã

a minha cama e levantarme quando comecei a transpirar profusa mente, como se tivesse sido encharcado pela chuva.

Satan s novamente faloume: "Por que tenta levantarse

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quando nem ainda sequer consegue sentarse?.” Respondilhe: "Deus me disse que me levantasse", e erguime em meus p s. De novo

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suando frio, quase ca . Continuei a repetir: "Firmado pela f .” Tive

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ent o que andar para apanhar minhas cal as e meias. Depois de

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ç

vestilas, senteime. Nem bem sentara quando a Palavra de Deus tornou a mim, dizendo que eu n o somente deveria levantarme por f

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como tamb m caminhar por f . Senti que ser capaz de erguerme e de

é

é

caminhar uns passos para pegar minhas cal as e meias era j algo

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maravilhoso; como poderia esperar andar novamente? Perguntei a Deus: "Onde queres que eu v ?.” E Deus respondeu: "V

á

á à

casa da irm Lee, no n mero 215.” Ali, v rios irm os e irm s estavam

ã

ú

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ã

jejuando e orando por causa da minha doen a havia j dois ou tr s

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á

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dias. Pensei que andar em volta de um quarto seria poss vel, mas

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como poderia ser capaz de descer as escadas? Orei a Deus: " Deus,

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posso firmarme em meus p s por f , e por f tamb m serei capaz de

é

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é

descer as escadas!.” Imediatamente dirigime porta que conduzia

à

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escada e abria. Sinceramente digo que quando estava l no alto da

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escada, pareceume ser aquela a mais alta escada que vira em toda a minha vida. Disse a Deus: "Visto que me dissestes que andasse, eu o farei, ainda que venha a morrer em consequ ncia. Senhor, n o posso

ê

ã

andar; por favor, sustentame com a Tua m o ao caminhar.”

ã

Apoiandome no corrim o, desci degrau por degrau, novamente

ã

suando frio.

À

medida que descia, continuava clamando "andar por f "; e a cada degrau, orava: " Senhor,

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Ó

é

s Tu quem me fazes caminhar!.” medida que descia os vinte e cinco degraus, era como

À

se eu estivesse com as minhas m os nas m os do Senhor em f . Ao

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alcan ar o fim da escada, sentime forte e caminhei com rapidez para

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a porta dos fundos. Abrindoa, dirigime diretamente casa da irm

à

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Lee. Disse ent o ao Senhor: "De agora em diante viverei pela f , e n o

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mais serei t mido.” Bati porta como fez Pedro (sem Rode para abri

í

à

la; ver Atos 12:1217) e, ao entrar, sete ou oito irm os e irm s

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ã

puseram os olhos em mim, sem fala e sem a

çã

o, e, a seguir, todos se sentaram ali quietamente por aproximadamente uma hora, como se Deus tivesse aparecido entre os homens. Tamb m eu senteime, cheio

é

de a

çõ

es de gra a e de louvor. RelateiIhes ent o tudo o que

ç

ã

acontecera no decurso da minha cura. Estando alegres at ao j bilo

é

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no esp rito, todos n s louvamos em altas vozes a maravilhosa obra de

í

ó

Deus. Naquele dia alugamos um carro para ir a Kiangwan, nos sub rbios, para visitar a irm Dora Yu, uma famosa irm

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ã

ã

evangelista. Ela ficou terrivelmente chocada ao verme chegando, pois

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nos

ú

ltimos dias recebera not cias da minha morte iminente; de

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forma que quando eu apareci, fui encarado como algu m ressuscitado

é

de entre os mortos. Esta foi outra ocasi o de jubiloso oferecimento de

ã

a

çõ

es de gra a e de louvor perante o Senhor. No domingo seguinte,

ç

falei durante tr s horas de cima de um tablado.

ê

Cerca de quatro anos atr s (aproximadamente em 1932), li

á

num jornal o an ncio do leil o de um pr dio, da mob lia e dos

ú

ã

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pertences que haviam sido do famoso m dico alem o que me

é

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radiografara, e que agora estava morto. Ergui minhas m os para

ã

louvar a Deus, dizendo: "Este m dico morreu. Ele dissera que eu

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morreria dentro em breve, mas agora foi ele que morreu. O Senhor reveloume a Sua gra a.” E, debaixo do Seu sangue, disse mais: "Este

ç

m dico, que era mais vigoroso do que eu, morreu, por m eu fui curado

é

é

pelo Senhor e ainda estou vivo!.” Naquele dia, comprei grande quan tidade de coisas para fazer uma comemora

çã

o.

DIRE

ÇÃ

O PARA A OBRA

Desde o tempo em que fiquei confinado cama pela doen a, at

à

ç

é

ao tempo em que fui curado por Deus, mais claramente foime mostrado o tipo de obra que Deus queria que eu fizesse. Esta obra consiste nos seguintes quatro aspectos:

1) Obra de literatura

Antes de ficar doente, eu n o somente visitara v rios lugares

ã

á

para dirigir reuni es especiais como tamb m tivera a grande ambi

õ

é

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o de escrever um bom e compreens vel coment rio da B blia.

í

á

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Tencionava devotar muita energia, tempo e dinheiro para escrever um grosso volume de coment rios, consistindo em cerca de cem livros.

á

Depois de concluir O HOMEM ESPIRITUAL, que havia come ado

ç

quando adoecera em Nanking, percebi que a tarefa de explicar a Escritura n o era para mim. Desde ent o, todavia, frequentemente

ã

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