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TRICHOMONAS PARASITOLOGIA

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Academic year: 2021

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TRICHOMONAS

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TRICHOMONAS

CONTEÚDO: CÍNTIA MELLO

CURADORIA: CÍNTIA MELLO

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 4 CICLO DE VIDA ... 4 QUADRO CLÍNICO ... 4 DIAGNÓSTICO... 5 TRATAMENTO... 6 PROFILAXIA ... 6

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INTRODUÇÃO

A família Trichomonadidae engloba diver-sas espécies de protozoários flagelados parasitos de invertebrados, vertebrados e até raras espécies de vida livre. Três des-sas espécies são parasitas dos seres hu-manos, fazendo parte da microbiota: Tri-chomonas tenax (cavidade oral), Pentatri-chomonas hominis (intestinos) e Tricho-monas vaginalis (trato genitourinário). Dentre eles, apenas a Trichomonas vagi-nalis é patogênica. Esse protozoário so-mente existe na forma trofozoítica, sua morfologia é piriforme ou ameboide e apresenta quatro flagelos livres que sur-gem de uma pequena cavidade no polo an-terior da célula (canal periflagelar). Existe ainda outro flagelo recorrente aderido ao corpo do parasito, denominado membrana ondulante. Apresenta o axóstilo, estrutura de sustentação rígida formada por mi-crotúbulos, que parte do centro até a ex-tremidade posterior gerando saliência. É um organismo anaeróbio facultativo, por-tanto, se desenvolve muito bem na ausên-cia de O2. Além disso, sobrevive em ambi-entes de 20° a 40°C e em pH ácido (ideal-mente, entre 5,5 e 6). Essas características fazem com o que o aparelho geniturinário seja o local preferencial de colonização e infecção desse agente. Em mulheres, a T. vaginalis é encontrada na uretra, glândulas maiores e parauretrais, vagina, endo e ec-tocérvice uterinas e tubas uterinas. No

sexo masculino, os habitats podem ser uretra, próstata, vesícula seminal e epidí-dimo.

CICLO DE VIDA

O ciclo biológico do parasito ocorre estrita-mente entre hospedeiros humanos. Os tro-fozoítos se multiplicam por divisão binária no aparelho geniturinário e são transmiti-dos durante o intercurso sexual. Acredita-se também que mecanismos adicionais possam influir, como a transmissão por água ou objetos íntimos (toalhas, roupas e artigos de banho), uma vez que transmis-são entre mães e filhas já foi observada. A maioria das mulheres que apresenta Tri-chomonas vaginalis na sua flora é coloni-zada, ou seja, possui o protozoário, mas não desenvolve infecção clínica. As condi-ções para que a patogênese ocorra ainda não são totalmente esclarecidas, porém acredita-se que fatores como modifica-ções da flora bacteriana vaginal, diminui-ção da acidez local, diminuidiminui-ção do glicogê-nio nas células epiteliais e acentuada des-camação epitelial possam contribuir para ocorrência de infecção sintomática. Nos in-divíduos do sexo masculino, raramente ocorre qualquer sintomatologia.

QUADRO CLÍNICO

As queixas típicas de Tricomoníase vaginal são corrimento vaginal purulento e fétido,

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5 prurido genital, ardência ao urinar (disúria),

dor na porção inferior do abdome e dor du-rante a penetração sexual (dispareunia). Os achados no exame ginecológico são corrimento amarelo-esverdeado(frequen-temente de aspecto bolhoso), vermelhidão (hiperemia) na mucosa vulvar e vaginal e pequenos pontos hemorrágicos em vagina e colo uterino. O quadro clínico clássico é, portanto, vulvovaginite, sendo importante o diagnóstico diferencial com Candidíase e Vaginose Bacteriana, uma vez que isso tem implicações terapêuticas. No entanto, vale ressaltar, que a trocomoníase apre-senta uma ampla variedade de manifesta-ções clínicas. Estas se modificarão con-forme condições individuais, agressividade e número de parasitas infectantes.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é microbiológico e pode ser feito na própria consulta médica por meio da coleta da secreção vaginal com obser-vação direta dos protozoários flagelados pela microscopia óptica. Nos homens, o di-agnóstico dificilmente é realizado. Os exa-mes mais utilizados para o diagnóstico das infecções vaginais, são:

pH vaginal: Devido à flora predomi-nante de Lactobacillus spp., normal-mente o pH vaginal se encontra abaixo de 4,5. Neste método, utiliza-se uma fita de pH na parede lateral da vagina,

comparando a cor resultante do con-tato do fluido vaginal com o padrão da fita. Na tricomoníase ou em vaginose bacteriana, esse pH apresenta-se maior que 4,5;

Teste de Whiff ou teste das aminas ou “do cheiro”: coloca-se uma gota de KOH a 10% sobre o fluido vaginal de-positado numa lâmina de vidro. Caso a reação reproduza um “odor de peixe”, o teste será considerado positivo e su-gestivo de vaginose, fazendo o diag-nóstico diferencial com a tricomoníase;

Exame a fresco: sobre uma lâmina de vidro, faz-e um esfregaço com amostra do contéudo vaginal e uma gota de so-lução salina, cobrindo a mistura com uma lamínula. Examinando o conjunto em microscopia óptica, com objetiva em aumento de 400x, pode-se obser-var não só a presença de leucócitos, cé-lulas parabasais, leveduras e/ou hifas, bem como Trichomonas sp móveis. A visualização na secreção vaginal de leucócitos ocorre em mulheres com candidíase vulvovaginal e com tricomo-níase;

Bacterioscopia por coloração de Gram: evidencia a presença de clue cells (células epiteliais escamosas de aspecto granular pontilhado e bordas indefinidas cobertas por pequenos e numerosos cocobacilos), característi-cas de vaginose bacteriana.

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@jalekoacademicos Jaleko Acadêmicos @grupoJaleko

TRATAMENTO

O tratamento de escolha é o antimicrobi-ano Metronidazol 2g, VO, dose única (age contra anaeróbios) e a parceria sexual também deve ser tratada para evitar rein-fecção. Porém, devido aos casos de inefi-cácia do tratamento em dose única e ao surgimento de cepas resistentes, alternati-vas estão sendo avaliadas. Em gestantes, o tratamento além de aliviar os sintomas,

previne infecção respiratória ou genital no recém-nascido. O mesmo tratamento é re-comendado para puérperas.

PROFILAXIA

A prevenção se dá por estratégias simila-res a outras Infecções Sexualmente Trans-missíveis e envolve o uso de preservativos, educação sexual e o tratamento de pes-soas acometidas.

Referências

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