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LIVRO SOBRE CIÊNCIAS - DA FILOSOFIA A PUBLICAÇÃO.pdf

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Gilson Luiz Volpato

6ª edição

São Paulo, SP

Cultura Acadêmica

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Ciência: da filosofia à publicação Copyright @ Gilson Luiz Volpato, 2013

www.gilsonvolpato.com.br

Todos os direitos reservados. Não pode ser utilizada ou reproduzida em qualquer meio ou forma, nem apropriada ou estocada em sistema de banco de dados, sem a

expressa autorização do detentor dos direitos autorias desta edição.

Capa: Fernanda Moreno Sanchez Volpato Revisão Crítica: Helene Mariko Ueno Revisão Gramatical : José Tereziano Barros Neto

(tereziano@uol.com.br)

Ficha catalográfica elaborada p ela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação Divisão Técnica de Biblioteca e Documentação – Campus de Botucatu – UNESP

Bibliotecária responsável: Sulamita Clemente Colnago – CRB 8/4716

Volpato, Gilson Luiz.

Ciência : da filosofia à publicação / Gilson Luiz Volpato. – São Paulo : Cultura Acadêmica, 2013

377 p. : il. ; 23,5 cm

Inclui bibliografia

ISBN: 978-85-7983-282-6

1. Filosofia. 2. Ciência. 3. Comunicação. 4. Metodologia. 5. Estatística. I. Título.

CDD 001.42

Cultura Acadêmica Editora Praça da Sé, 108 – Centro CEP: 01.001-900 – São Paulo – SP

Telefone: (11) 3242-7171 www.culturaacademica.com.br

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Este livro não é para velhos, é para jovens; 

mas jovens de espírito,

não importa a idade que tenham.

 A man can do all things if he will.

[Leon Battista Alberti (1404–1472)] 

Ou o século XXI é dedicado aos valores humanos, morais e éticos...

ou de nada valeram os avanços tecnológicos conquistados até aqui.

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HOMENAGEM PÓSTUMA

DEDICO este livro à educação brasileira. Aquela educação que me permitiu ingressar numa universidade pública de bom nível. Aquela educação que me fez fascinar-me pelas trilhas da ciência. Aquela escola pública na qual, muitas vezes, aprendi nos livros de meus próprios professores. Aquela educação valorizada e competente. A educação brasileira do ensino primário, ginasial e cole-gial, que vivi até o ano de 1974. Essa mesma... a educação pública do ensino fundamental e médio que  vi morrer, sucateada por ideias medíocres e de ganância lucrativa. A educação brasileira que tivemos,

de excelência, e que poucos, mas poderosos, quiseram que não sobrevivesse. Se hoje somos um país com educação pública sucateada não é porque não tivemos a competência de construir a excelênci a, mas simplesmente porque ela foi assassinada por interesses não educacionais.

Se hoje lhes escrevo este livro, é porque nasci no momento ainda certo, quando o pobre podia receber estudo pré-universitário de primeira linha. E faço esta homenagem porque os jovens precisam saber que houve um tempo em que nossa educação básica e fundamental pública e gratuita era a excelência, mas foi sucateada, assassinada. Esse foi, sem dúvida, o pior crime cometido contra nossa nação.

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS ... 17

SOBRE O AUTOR ... 19

PREFÁCIO À SEXTA EDIÇÃO ... 23

PRIMEIRAS PALAVRAS ... 27

PARTE 1 - DA FILOSOFIA À CIÊNCIA ... 31

NOÇÕES DA HISTÓRIA DA CIÊNCIA EMPÍRICA ... 33

O início ... 34

O início de uma nova era ... 38

Filosofia medieval ... 42

Renascimento medieval ... 44

Início da ciência moderna ... 45

O racionalismo ... 53

O debate racionalismo – empirismo ... 55

Referência ... 57

Obras consultadas ... 57

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PARTE 2 - DO ERRO À FORMAÇÃO ... 59

CAPÍTULO I - A Deformação de Cientistas ... 63

I-1 O que é ser cientista? ... 64

I-2 Como impedir a formação de um cientista? ... 65

I-3 Como as agências de fomento à pesquisa podem prejudicar a formação de um cientista? .... 65

I-4 Como as instituições de ensino e pesquisa podem prejudicar a formação de um cientista? .... 67

I-5 Como os professores podem prejudicar a formação de um cientista? ... 68

I-6 Como os orientadores podem prejudicar a formação de um cientista? ... 70

I-7 Como o próprio aluno pode prejudicar sua formação científica? ... 71

Referências ... 73

Literatura Complementar ... 73

CAPÍTULO II - Ciência ... 75

II-1 O que é ciência? ... 75

II-2 O que é uma pesquisa científica? ... 81

II-3 Resumidamente, o que caracteriza o método científico? ... 82

II-4 As pesquisas qualitativas também usam base empírica? ... 83

II-5 Nas Ciências Humanas as coisas são mesmo diferentes? ... 84

II-6 O que é Ciência Natural? E Ciência Formal? ... 87

II-7 O que é conhecimento científico? ... 88

II-8 As conclusões científicas são verdadeiras? ... 89

II-9 Indução: problema ou solução? ... 92

II-10 O que são hipótese, tese, teoria, lei, hipótese ad hoc, predição, argumento, falácia, 00 postulado, dogma e mito? ... 95

II-11 Como ocorre progresso na ciência? ... 98

II-12 Qual a diferença entre ciência básica e ciência aplicada? ... 101

II-13 Basta tecnologia? ... 104

II-14 Devemos preferir as pesquisas aplicadas? ... 105

II-15 A ciência é amoral? ... 108

II-16 O cientista pode ser religioso? ... 108

Referências ... 110

(11)

CAPÍTULO III - Publicação Científica ... 115

III-1 O que publicar? ... 115

III-2 Por que publicar? ... 116

III-3 O que diferencia as revistas científicas das revistas de divulgação científica? ... 116

III-4 O que é uma revista científica internacional? ... 117

III-5 Como classificar as revistas científicas? ... 118

III-6 Qual é o formato de uma revista científica? ... 120

III-7 Qual é o formato de um artigo científico? ... 120

III-8 O que está mudando nas revistas científicas? ... 122

III-9 Em qual idioma publicar? ... 123

III-10 Quem paga os custos das revistas científicas? ... 124

III-11 Quais são as principais qualidades de um periódico científico? ... 125

III-12 Onde encontrar as melhores revistas? ... 126

III-13 Como escolher a revista para publicação? ... 127

III-14 Como é o processo de publicação de artigos? ... 128

III-15 Como os revisores avaliam nosso manuscrito? ... 129

III-16 Como deve ser a carta de encaminhamento ao editor? ... 131

III-17 Quanto tempo demora para receber a resposta do editor? ... 131

III-18 Meu manuscrito foi negado... o que devo fazer? ... 132

III-19 Como devo responder aos revisores? ... 132

III-20 O que significaretracted no contexto da publicação científica? ... 133

III-21 Como os autores e editores de periódicos podem se ajudar para melhorar as revistas 000 brasileiras? ... 133

Referências ... 135

Literatura Complementar ... 136

CAPÍTULO IV - Avaliação da Atividade Científica ... 139

IV-1 Por que avaliar a atividade científica? ... 139

IV-2 Em termos gerais, como devemos direcionar a avaliação da atividade científica? ... 140

IV-3 Por que a citação de trabalhos pelos cientistas é um critério importante na avaliação 000 da atividade científica? ... 141

IV-4 A pressão por publicação produz fraudes? ... 143

IV-5 Por que há tanta diferença entre áreas no processo de avaliação das revistas e dos 000 cientistas brasileiros? ... 143

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IV-6 Qual a melhor base para direcionarmos a avaliação da qualidade científica na Academia? .. 145

IV-7 Devemos considerar as autocitações na avaliação da atividade científica? ... 147

IV-8 Como está o Brasil no JCR? ... 148

IV-9 Quais os índices mais usados na avaliação da atividade científica? ... 153

IV-10 Que rumo a avaliação da atividade científica está tomando? ... 160

IV-11 Como avaliar um periódico científico? ... 166

Referências ... 170

Literatura Complementar ... 171

CAPÍTULO V - Criação ... 173

V-1 Por que a pesquisa precisa de uma boa ideia? ... 173

V-2 O que é uma boa ideia? ... 174

V-3 Poderia me mostrar exemplos de boa ideia? ... 174

V-4 Sou um excelente aluno... serei um cientista criativo? ... 177

V-5 Por que é difícil ter uma “boa ideia”? ... 178

V-6 É importante conhecermos outras áreas, ou devemos nos especializar cada vez mais? ... 179

V-7 Como escolher a melhor ideia? ... 180

V-8 Como o espírito empreendedor nos auxilia ter boas ideias? ... 182

V-9 Como o debate entre Tomas Kuhn e Karl Popper nos auxilia a ter boas ideias? ... 184

V-10 De quantos dados e informações precisamos para apostar numa ideia? ... 185

V-11 Não há literatura sobre a pesquisa que idealizei... devo abandoná-la? ... 187

V-12 Uma boa ideia garante uma pesquisa bem sucedida? ... 187

V-13 Uma boa ideia garante financiamento do projeto ... 188

V-14 Qual o papel da revisão da literatura? ... 188

V-15. Onde fazer a revisão bibliográfica? ... 188

V-16. Como iniciar a revisão bibliográfica? ... 189

V-17 Como selecionar os textos obtidos na revisão bibliográfica? ... 192

Referências ... 192

Literatura Complementar ... 193

CAPÍTULO VI - Objetivo ... 195

VI-1 Qual o ponto de partida para estabelecer o projeto de pesquisa? ... 195

VI-2 Como o objetivo da pesquisa direciona o desenvolvimento do trabalho? ... 196

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VI-4 Como começa uma pesquisa científica? ... 200

VI-5 Toda pesquisa científica necessita de hipótese? ... 202

VI-6 Como a lógica da pesquisa auxilia a estruturação do objetivo? ... 204

VI-7 Como tornar claro o objetivo do estudo? ... 205

VI-8 Como redigir o objetivo do estudo? ... 207

VI-9 O que são objetivo geral e objetivo específico? ... 208

VI-10 Onde o objetivo aparece no texto? ... 211

Referências ... 211

Literatura Complementar ... 211

CAPÍTULO VII - Planejamento da Pesquisa ... 213

VII-1 Que ações antecedem o planejamento da pesquisa? ... 213

VII-2 Por que é necessário o planejamento da pesquisa? ... 214

VII-3 Quais as diferenças entre pesquisa quantitativa e pesquisa qualitativa? ... 216

VII-4 Pesquisa de campo ou de laboratório: qual a melhor? ... 217

VII-5 Método ou técnica? ... 218

VII-6 Devemos preferir as técnicas sofisticadas? ... 219

VII-7 Qual deve ser o papel do estatístico na definição do planejamento da pesquisa? ... 221

VII-8 Todo trabalho quantitativo necessita de análise estatística? ... 221

VII-9 O que é e para que serve o estudo piloto? ... 223

VII-10 Qual a lógica básica das pesquisas científicas? ... 223

VII-11 Qual a diferença entre associação e correlação? ... 227

VII-12 Como os tipos lógicos de pesquisa ajudam no delineamento do estudo? ... 231

VII-13 O que é o delineamento de uma pesquisa? ... 233

VII-14 O que é grupo controle? Quais as principais ferramentas de controle? ... 236

VII-15 Devo usar os mesmos indivíduos nos grupos experimentais? ... 239

VII-16 É possível controlar todas as variáveis em uma pesquisa científica? ... 242

VII-17 O que é amostra? ... 243

VII-18 Como determinar o tamanho da amostra e o número de réplicas/repetições? ... 244

VII-19 Quando escolher o teste estatístico? ... 251

VII-20 Como escolher o teste estatístico? ... 252

VII-21 Qual é a estrutura de um projeto de pesquisa? ... 255

Referências ... 257

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CAPÍTULO VIII - Coleta de Dados ... 261

VIII-1 A coleta de dados é a principal parte da pesquisa? ... 261

VIII-2 Toda pesquisa científica envolve coleta de dados? ... 263

VIII-3 Como garantir que os dados coletados estejam corretos? ... 264

VIII-4 Como preservar os dados coletados? ... 265

Referência ... 265

Literatura Complementar ... 265

CAPÍTULO IX - Análise e Interpretação de Resultados ... 267

IX-1 Os dados são objetivos ou podemos interpretá-los? ... 267

IX-2 O que são conclusões? Como se diferenciam dos resultados? ... 269

IX-3 Quando a estatística ajuda? ... 272

IX-4 Quando transformações em percentuais podem prejudicar a análise? ... 274

IX-5 Por que se usa nível crítico geralmente a 5% ou 1%? ... 275

IX-6 O que fazer com os dados que mostram apenas tendência à significância? ... 277

IX-7 O que fazer quando os dados coletados não sustentam a hipótese? ... 278

IX-8 O que fazer quando os dados são muito discrepantes daqueles obtidos na mesma 000 condição de estudo? ... 281

IX-9 Que cuidados tomar para se concluir sobre correlação entre variáveis? ... 284

IX-10 Por que relacionar os resultados e conclusões com os de outros autores? ... 286

IX-11 Até que ponto é possível avançar nas generalizações durante a elaboração 000 das conclusões? ... 287

Referências ... 289

Literatura Complementar ... 289

CAPÍTULO X - Redação Científica ... 293

X-1 Há diferenças na redação entre TCC, Dissertação, Tese e Artigo Científico? ... 293

X-2 Qual é a lógica de um texto científico? ... 294

X-3 Qual é a estrutura básica de um texto científico? ... 296

X-4 Como saber se um conjunto de dados é suficiente para constituir um artigo? ... 298

X-5 Qual a rotina para a redação de um texto científico? ... 299

X-6 Por onde inicio e em que sequência redigir um artigo científico? ... 302

X-7 Quantas páginas deve ter cada parte do texto científico? ... 306

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X-9 Onde aparecem as conclusões? ... 308

X-10 Como escrever o texto do item Resultados? ... 309

X-11 Como estruturar o Material e Métodos? ... 310

X-12 Qual a função do item Discussão? ... 313

X-13 Como devo estruturar a Discussão? ... 313

X-14 Até que ponto posso fazer sugestões e recomendações? ... 315

X-15 Devo incluir propostas para estudos futuros? ... 316

X-16 Como redigir a Introdução? ... 316

X-17 Como nossas agências atrapalham a redação científica? ... 318

X-18 O que não devemos citar em nosso trabalho? ... 319

X-19 Quais os principais erros nas citações? ... 319

X-20 Quais os tipos lógicos de Resumo? ... 323

X-21 Como fazer um Resumo Criativo? ... 323

X-22 Qual a função do Título do trabalho? ... 325

X-23 Como elaborar um bom Título? ... 325

X-24 Como escolher as Palavras Chave (Key-words)? ... 327

X-25 Como escrever o Título curto (Running head )? ... 328

X-26 A quem devo agradecer? ... 328

X-27 Como escrever bem? ... 329

X-28 Devo recorrer a empresas que corrigem tese/artigos científicos? ... 335

X-29 Como definir as autorias de um trabalho científico? ... 337

X-30 Como definir a sequência de autores em um trabalho científico? ... 340

X-31 Quais os riscos em se pontuar currículos por meio da sequência dos autores? ... 341

Referências ... 341

Literatura Complementar ... 342

CAPÍTULO XI - Divulgação em Congressos ... 345

XI-1 É importante participar de congressos científicos? Como escolhê-los? ... 345

XI-2 Como fazer um resumo estruturado? ... 346

XI-3 Como preparar um pôster para congresso? ... 346

XI-4 Quais cuidados tomar ao fazer uma comunicação científica oral? ... 349

XI-5 Como preparar uma apresentação PowerPoint mais eficiente? ... 352

XI-6 Que cuidados tomar ao convidar um palestrante? ... 357

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Literatura Complementar ... 361

CAPÍTULO XII - A Formação de Cientistas ... 363

XII-1 Por que formar cientistas? ... 363

XII-2 Quais os requisitos para ser um cientista? ... 365

XII-3 Todos podem ser cientistas? ... 369

XII-4 É imprescindível ao cientista estudar filosofia da ciência? ... 370

XII-5 Quando se inicia a formação de um cientista? ... 371

XII-6 A pós-graduação tem formado cientistas? ... 372

XII-7 Você é doutor... quer virar cientista? ... 373

Referências ... 374

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AGRADECIMENTOS

Inicialmente, quero agradecer ao combustível que mantém aceso meu ideal de contribuir para uma melhora da formação científica das pessoas. Esse combustível vem de todas aquelas pessoas que têm confiado em meu trabalho, seja me levando para falar para algumas plateias ou transferindo a outros as propostas que defendo. Essas pessoas são muitas e não conheço a todas, mas cada uma perceberá meu agradecimento.

Como esta obra recebeu apoios específicos nas edições anteriores, não posso deixar seus nomes perderem-se no tempo. São eles, na sequência em que apareceram: Katsumasa Hoshino; Yuriko Yanagizawa Nogueira de Almeida Pinto, Célia Maria Dória Frascá Scorvo, Newton Castagnolli, Wagner Cotroni Valenti, Dorotéia Rossi Silva Souza, Alfredo Pereira Jr., Míriam Celí Porto Foresti, Priscila Willik Valenti, Marize M. Dall’Aglio Hattnher, José Raimundo de Souza Passos, Maria Auxiliadora Campos Dessen, Assaf Barki, Carla Patrícia Carlos, Edmundo José de Lucca, Maria Lúcia Negreiros Fransozo, Oduvaldo Câmara Marques Pereira, Roberto Leung, Fernanda Moreno Sanchez Volpato, Yara Fernandes Volpato e Naiara Fernandes Volpato. Na confecção da ficha catalográfica contei sempre com o apoio de Enilze de Souza Nogueira Volpato e Sulamita Selma Clemente Colnago.

Mais recentemente, o Dr. Marco Aurélio Leite, Depto. de Ciências Florestais, Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG, me enviou uma lista de pequenos equívocos gramaticais, de digitação ou de sentido que estavam na quinta edição, os quais corrigi nos locais onde os textos foram mantidos nesta sexta edição. Agradeço, ainda, ao Dr. Paul G. Kinas, da FURG, RS, que me alertou e forneceu parte do material para a análise da crítica às ideias de Popper, no que tange à indução.

E, finalmente, à minha família, esposa e filhas, que me motivam, me dão estrutura e entusiasmo para enfrentar essa busca quase insana de meu ideal. Até mesmo a mais novinha delas, que apenas se inicia nas primeiras palavras, mas que certamente aprenderá a usá-las com sabedoria para o bem da humanidade.

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SOBRE O AUTOR

Para que os leitores conheçam um pouco mais sobre os motivos que me levaram a escrever este livro, tenho que reportar sobre minha ida à ciência. Na vida pré-universitária já tinha o sonho de ser cientista, sem mesmo saber exatamente o que isso significava. Tinha o sonho de construir leis gerais, teorias... construir o saber novo. Fascinavam-me os animais e eu duvidava que mesmo aqueles pequenos animais de jardim, com os quais eu passava horas brincando, pudessem ser apen as autômatos. Essa inquietação, mais as disciplinas de Biologia e Psicologia no colegial1, me firmaram

o desejo de estudar o comportamento animal. Felizmente era um curso oferecido pela Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (FCMBB), cidade na qual eu residia e, portanto, um curso possível de ser feito por alguém de classe média baixa. Entrei na FCMBB que, no ano seguinte, se tornou, sob os protestos de alunos, docentes e discentes, a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, a UNESP.

Minha preocupação com a ciência e o comportamento animal me conduziu à busca por estágios. Numa ocasião, procurei um professor da área Zoológica para fazer estágio, pois tinha cole-tado em minha casa alguns dados sobre o comportamento de abelhas e precisava de orientação. Para minha surpresa, esse professor ignorou meus “achados” e me propôs colocar porções de água com açúcar próximo à colmeia para ver como as abelhas iam àquele local. Disse, inclusive, que eu deveria ir afastando essa fonte de alimentos e que as abelhas marcariam os locais sem se perder dele. Ora, ele me propunha a ver algo que já se conhecia. Isso me desmotivou completamente, o que já revelava minha paixão pelo novo, pelo inusitado, característica importante para quem se aventura na Ciência. Felizmente, um ano mais tarde conheci o Dr. Katsumasa Hoshino, um exímio educador e cientista

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Gilson Volpato

e, talvez por ser psicólogo, conduzia muito bem a formação de um novato. Foi aí que iniciei minha formação científica. Foi também aí que tive meus primeiros contatos com a Filosofia, a Ciência, o estudo do comportamento animal... e de tudo isso me orgulho muito. Fiquei sob essa orientação durante os últimos anos de minha graduação e toda minha pós-graduação. Mas um mestre será sempre um mestre!

Certa vez, na volta para casa, o prof. Hoshino me disse que eu era um dos poucos de seus estagiários que tinha interesses gerais. Eu não entendi se isso era bom ou ruim.

Parte deste livro nasce de minha intenção, ou pretensão, de mostrar algumas portas para o caminho da ciência àqueles que, porventura, não sejam ou não tenham sido agraciados com uma orientação adequada. De fato, o que discuto neste livro é o mínimo que deveria ser contemplado numa boa orientação de Iniciação Científica e Pós-graduação.

Minha busca por leis gerais me conduziu a acreditar, no início dos anos 80, que a ciência deveria ser internacional. Isso balizou minhas publicações. Eram em inglês e sempre priorizei o alcance internacional dos periódicos. Isso foi feito na pura crença sobre o fazer ciência, pois ainda não chegavam até nós as pressões por publicações, muito menos pela qualidade do periódico ou citações de nossos artigos. Era um ato de fé, uma questão de amor à ciência na sua vertente geral e internacional. Meus estudos sobre filosofia da ciência reforçavam esse caminho.

Minha batalha pelas publicações de boa qualidade foi marcada por muitos insucessos, mas felizmente por alguns sucessos que me sustentaram nesse objetivo. As publicações internacionais foram feitas com meus estagiários, que mais tinham a aprender do que ensinar. Foi uma batalha dura e só mais recentemente, a partir de 2003, iniciei publicações internacionais junto com cientistas destacados. E foi o suor desse aprendizado, aliado à minha constante vontade de ensinar, que me colocaram no caminho dos cursos sobre redação científica.

O primeiro curso formal sobre este assunto foi em nível de extensão universitária, em 1986, para alunos de graduação, uma empreitada que dividi com a Dra. Maria Lúcia Negreiros Fransozo. Depois disso se seguiram outros cursos e, na pós-graduação, minha primeira disciplina foi em 1989,  junto ao Centro de Aquicultura da Unesp, em Jaboticabal, SP. Havia apenas 4 alunos (um era meu doutorando) e as aulas eram ministradas quinzenalmente às sextas-feiras. No ano seguinte, o número de alunos foi 8 e no próximo 22. A partir daí, a quantidade de alunos se manteve sempre crescente.

De meados da década de 90 até o final dessa década, a questão da publicação científica se tornou parte integrante da carreira científica. Após a virada do século, isso foi reforçado e continua num crescente que, conforme discuto neste livro, felizmente tem acompanhado a evolução filosófic a na ciência, com critérios cada vez mais pautados pela qualidade e não pela quantidade.

Em 1998, já com grande demanda para ministrar cursos e workshops sobre redação científica internacional, procurei reduzir essa pressão publicando meu primeiro livro... aí nascia o Ciência: da filo-sofia à publicação. A partir daí, a carência da sociedade científica brasileira sobre este tema, nas três grandes áreas do saber, me impulsionou cada vez mais para esta apaixonante missão de formação de cientistas, por meio de uma avalanche de palestras, cursos, debates, e-mails e mais livros e, finalmente, a Internet .

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Ciência: da filosofia à publicação

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Em 2011 inaugurei minha página na Internet 2 e minhas excursões pelotwitter 3. A página

é um repositório de notícias e materiais sobre Ciência,Redação Científica,Publicação Científica, Ética, Administração,Sociedade e Formação de Cientistas. Em cada um desses blocos há 4 setores (Comentários,Livros, Artigos eDicas). Há também um bloco sobreVídeos, com um resumo de meu curso completo, com 42 aulas (cerca de 8 h 30 min), e outro bloco com vídeos de curta duração no qual apresento meusPontos de Vista sobre temas relevantes nesta área. Finalmente, há um bloco de  Agenda & Contatos, onde listo meus cursos/palestras agendados, um espaço para debates e fontes

para contato.

A partir de minha vivência como educador, cientista e interessado pela filosofia da ciência, fui construindo uma abordagem que contemplasse essa experiência no ensino da ciência. Este livro espelha esse perfil, em que procuro mostrar a unicidade do processo científico: original-mente, da filosofia à publicação; atualoriginal-mente, da filosofia à aceitação de nossas conclusões. Para isso, defendo que o cientista deve trilhar temas como Filosofia, Criatividade, Metodologia, Estatística, Computação, Empreendedorismo, Administração, Marketing, Publicidade, Lógica, Sociologia, Psicologia, Atualidades, Política, Sociologia e Educação, pois é nesse conjunto que residem as prin-cipais ideias do processo Ciência.

Gilson L. Volpato

Maio de 2012

2 www.gilsonvolpato.com.br – Em 1 ano, recebeu cerca de 40 mil visitas. 3 @gilsonvolpato

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PREFÁCIO À SEXTA EDIÇÃO

É uma felicidade poder entregar-lhes a sexta edição do meu primeiro livro, o Ciência: da  filosofia à publicação. Este livro nasceu da vontade de ensinar os passos necessários para se formar

um cientista.

O Brasil se depara com uma encruzilhada. Seremos independentes apenas se conseguirmos um discurso superior para com o restante do mundo. A globalização torna esse processo mais urgente. Como este país maravilhoso poderia conseguir tal independência? A ciência e a educação são, sem dúvida, um caminho genuíno. Não conheço qualquer país desenvolvido onde não haja ciência e educação de boa qualidade. É o pano de fundo necessário. Mais ainda: não há tecnologia de ponta se não houver conhecimento de ponta... e é a ciência que produz esse conhecimento, é a educação que possibilita essa ciência.

Nós, porém, nos perdemos nas raízes de nossa cultura, de nossa formação. As regras da ciência internacional são ditadas pelos países mais fortes; seguem seus vieses culturais. Entrar nessa luta significa seguir essas regras. É uma luta de culturas. Na ciência temos que ser objetivos, diretos e lógicos, mas esse não é o nosso pano de fundo. O brasileiro é prolixo, vem de formação prolixa. A ciência não admite jeitinhos, improvisações, superficialidades, mas esse também não é o pano de fundo de nossa sociedade. Entrar na ciência internacional requer mais, muito mais. Querem inter-nacionalizar a ciência, mas não internacionalizam a administração da ciência nem a seriedade e competência governamental. Nossa tarefa requer uma conversão de postura. Essa é a nossa dificul-dade. Não é o inglês, é o pensamento.

Nossa sociedade parece estar tomando o rumo errado. Temos uma pós-graduação que não forma cientistas, apenas doutores, seres especializados em produzir teses e artigos. E basta fazer a tese para receber o título. Temos um grupo de coordenadores mais preocupados com a Capes do que

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Gilson Volpato

com a ciência. Temos nomes importantes fazendo diagnósticos equivocados, mas sendo ouvidos e conduzindo milhões. Temos uma educação universitária sendo assassinada em nome da democracia, da inclusão e da demagogia. Temos uma sociedade de ilusão, do faz de conta, um país das aparências. Não precisa ser, basta parecer. Basta produzirmos números, a qualidade não importa.

Minha andança pelo cenário científico brasileiro é vasta. Iniciei essa minha jornada no ensino da ciência e da redação científica nos idos de 1986, há 26 anos. Meu primeiro livro nessa área, nascido em 1998, já surgia na ingênua expectativa de que pudesse reduzir as viagens para cursos e palestras, pois estavam se tornando muito numerosas. Nos últimos 10 anos esse número tem sido imenso para uma única pessoa, algo em torno de 60 a 80 por ano nas instituições públicas, com uma agenda que se fecha com quase um ano de antecedência. Nessa demanda e contato, falo e converso com milhares de cientistas e simpatizantes a cada ano. Vejo seus problemas, suas angústias, suas falhas, seus sonhos e seus potenciais, seus olhos brilharem e chorarem. É uma riqueza insubstituível. A amostragem é ampla, do interior dos estados mais pobres até as universidades mais nobres de nosso país. Do menos experiente ao orientadorexpert . Essa base é forte. Ela bate duro aqui dentro e me diz:

as propostas de correção para nossa sociedade científica estão no caminho errado. Democratizar a qualidade científica é uma meta que o Brasil não pode ignorar. Os números devem refletir qualidade. Queremos mágica, queremos qualidade sem investir em qualidade. Queremos uma comu-nidade de cientistas de nível internacional sem darmos a base necessária. Vejam o que ocorre no esporte olímpico brasileiro; o gene é brasileiro, mas a formação geralmente é obtida num país desen- volvido. E querem repetir isso na ciência. Mas essa fórmula, além de irresponsável e incompetente, é paliativa. Nossa sociedade precisa respirar ciência, respirar ensino de qualidade, respirar cultura. O produto será consequência.

Como produzir um percentual de cientistas de alto nível digno do tamanho de nossa população? Não pode ser um processo casual. Dinheiro temos, falta-nos direção. Vontade temos, faltam-nos oportunidades. Mas, falta algo mais... faltam mentes brilhantes, desafiadoras, empreende-doras, que saibam conduzir este processo. Precisamos de medidas competentes, de pararmos de tapar o sol com a peneira. Não vamos criar essa sociedade apenas abrindo as portas das universidades. Isso só destruirá o que ainda resta de ensino público de qualidade em nosso país. Temos que entender que junto com essa abertura de portas deve vir, inexoravelmente, um ataque maciço, restaurador e transformador na educação de base, a pré-universitária. Sem isso, todo o restante é demagógico, apenas para produzir robôs da ciência e números para os donos do mundo.

Neste livro me debruço a ensinar a ciência que acredito. Não há fórmulas mágicas para que passemos a publicar em revistas internacionais de alto nível, nem para que nossas revistas científicas passem a dominar o cenário internacional. Mas há um caminho sério, não demagógico e competente. Ciência forte pode produzir pesquisa forte; e esta pode se desdobrar em publicações de alto nível. Se isso é conseguido, teremos matéria-prima (conhecimento e pessoas) insubstituível e necessária para a construção de um país de primeiro mundo. Plantar isso não é fácil, mas é urgente e necessário. A visão atual não quer plantar um pé de jequitibá, mas quer visualizar sua beleza e descansar à sua sombra. O futuro não é mágico; precisa ser construído. Se não plantarmos os jequitibás hoje, eles não darão a beleza e o esplendor de sua existência daqui a alguns séculos. É necessário plantar para além

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de seus olhos, para aqueles que não conheceremos. É esse o mundo que temos que construir. É essa a ciência que temos que almejar, pois dela brotam os frutos de uma sociedade justa, inteligente, compe-tente e feliz. E é o fazer desse mundo que inaugura um mundo presente e real já noutra direção.

A primeira parte deste livro aborda a Filosofia, pois é a arte maior, o pano de fundo daquilo que fazemos. É esse refletir que nos dá vida e nos faz entender a própria vida. A segunda parte trata da ciência, da formação do cientista. Primeiro um diagnóstico do quadro, em que mostro como deformar um cientista. Nos capítulos seguintes, me debruço na tarefa do fazer ciência. E concluo com um último capítulo sobrecomo formar um cientista. Essa é a proposta do livro, desde sua primeira

edição, mas temperada por um mundo de informações e experiências que espero trazer, a cada nova edição: um tempero especial para uma receita milenar.

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PRIMEIRAS PALAVRAS

A atividade científica tem atraído a atenção de muitas pessoas, particularmente no mundo de hoje. Além das descobertas interessantíssimas ao longo de sua história, direcionou a atividade humana atingindo a todos. O avanço industrial, decorrência importante da atividade científica, mudou não só aspectos físicos, mas também concepções metafísicas de valor, ética, amor, política etc.

Esse grande impacto da ciência não a coloca como a principal atividade humana, mas com certeza é uma das importantes formas de interferir no dia a dia do ser humano. Pobres ou ricos, reli-giosos ou não, do primeiro ou do terceiro mundo, todos estão sujeitos às consequências da ciência. É nesse panorama que vemos jovens procurando o caminho da ciência. Uma escalada aparentemente natural para muitos.

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Mas o que é fazer ciência? Por que apenas alguns se destacam enquanto outros desistem? Qual o caminho? Certamente são perguntas cujas respostas, se existem, não são simples nem completas.

A atividade científica pode ser comparada à atividade de um músico que compõe para uma orquestra. Ele deve coordenar uma série de instrumentos para que soem de forma harmoniosa. Um som nunca é certo ou errado, apenas adequado ou não, dada a intenção no momento da composição. Os instrumentos têm suas especificidades, mas há um objetivo que os une (a música em apresentação). O sentimento do compositor necessita ser interpretado. O som produzido não é inerte, pois afeta sentimentos, processos humanos, pode mudar uma história. A música é escrita objetivamente numa partitura, mas interpretada com subjetividade.

E o cientista? Neste livro mostro a validade do paralelo. Adiantarei apenas alguns aspectos gerais. O cientista rege uma série de atividades (técnicas, perguntas, palestras, dados coletados, testes estatísticos, redações, pressupostos filosóficos, formação de pessoas, ensino, divulgação de achados, atividades administrativas etc.) que, no conjunto, compõem a ativi-dade científica. Como na música, cada som é fundamental, mas no momento certo. Os excessos podem soar inadequados. Na orquestra, não se deve priorizar os violinos em detrimento do triângulo, pois suas qualidades são insubstituíveis em determinados momentos. Da mesma forma, não se relega as questões filosóficas, nem se valoriza sobremaneira as potencialidades estatísticas. Tudo tem uma função que, devidamente integrada, promove a ação dos grandes mestres.

Mas como encontrar o equilíbrio? O compositor não sabe tocar todos os instrumentos que usa. Quem toca os instrumentos não necessariamente compõe melodias. Mas para compor uma música (letra, melodia, acompanhamento, arranjos) é necessário conhecer a essência das partes, suas potencialidades e funções.

É essa visão holística de ciência que se perde com a produção em massa propiciada por uma desenfreada corrida derankings. Nossa pós-graduação tem primado a formar, em sua  vasta maioria, técnicos especializados que, com suas visões estreitas e poderes crescentes, tiram

a beleza da ciência, da descoberta, transformando-a numa atividade essencialmente técnica. E o culpado não é a ciência, mas a prática científica inadequada.

Este livro não livrará nossa ciência desse problema. A intenção é bem mais modesta. É mostrar aos cientistas alguns equívocos e crenças científicas, além das potencialidades lógicas da ciência (o que nos leva a uma atividade bem mais humilde) e as ligações inexoráveis entre a prática científica e o pano de fundo filosófico e social. É nesse universo que o desafio a entrar. Muitos precisarão de coragem para romper pré-conceitos e experimentar uma nova reflexão, uma nova prática.

Toda atividade científica reflete, queiramos ou não, uma posição teórica. O problema ocorre quando o cientista não percebe tais ligações, alienando-se nos escombros da prática da pesquisa. É por essa razão que este livro aborda primeiramente as bases filosóficas da ciência,

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suporte primeiro da atividade técnica científica. As questões específicas e práticas discutidas posteriormente são sempre acompanhadas de referências a outras partes do livro, onde a base teórica pode ser encontrada. É nesse vai e vem, da técnica à reflexão filosófica, que se constrói a prática científica.

As perguntas que constroem este livro foram colhidas de diversos contatos com estu-dantes de graduação e pós-graduação e cientistas de diversos níveis. Retratam, portanto, um pouco de nossa realidade, que não é restrita ao nosso país. As respostas a essas perguntas não são dadas na forma de receitas. Apresento respostas com as respectivas bases teóricas. Ao final

do livro indico literatura complementar, desde essencialmente técnica até obras mais gerais, mas todas com alguma grande riqueza para completar seu caminho em direção à ciência de qualidade. Essas referências, no entanto, nem sempre concordam com as ideias que apresento neste livro. Assim, pela discordância, são leituras importantíssimas para a formação geral do cientista. Algumas podem ser chamadas de “autoajuda”, mas aprendi que podemos incorporar ideias interessantes desde que abandonemos os preconceitos em relação às suas fontes. A abor-dagem que apresento é apenas o início de uma vasta discussão que o leitor deverá fazer ao longo de sua carreira científica.

Referências

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