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CARTILHA DO PROJETO DA LEI GERAL DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE ÍNDICE

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CARTILHA DO PROJETO DA LEI GERAL DAS

MICROEMPRESAS E

EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

ÍNDICE

1) O QUE É O ESTATUTO NACIONAL DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE PEQUENO PORTE?

2) QUEM SERÁ CONSIDERADO MICROEMPRESÁRIO E O DE PEQUENO PORTE? 3) QUE TIPO DE EMPRESA NÃO PODERÁ SE INSCREVER NO SISTEMA DIFERENCIADO E FAVORECIDO DO PROJETO DE LEI?

4) HAVERÁ UNIFICAÇÃO DE TRIBUTAÇÃO DO MUNICÍPIO, ESTADO E UNIÃO? 5) O QUE É O SIMPLES NACIONAL?

6) QUAIS OS TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SERÃO INCLUÍDOS NO SIMPLES NACIONAL?

7) QUAIS OS TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES NÃO SERÃO INCLUÍDOS NO SIMPLES NACIONAL?

8) ESTE SISTEMA VAI SUBSTITUIR O SISTEMA SIMPLES ATUAL?

9) SERÁ NECESSÁRIO FAZER NOVA OPÇÃO, OU QUEM JÁ ESTAVA NO SIMPLES, AUTOMATICAMENTE MIGRARÁ PARA O NOVO SISTEMA?

10) COMO FICARÁ O SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO?

11) QUAIS AS RECEITAS SERÃO CONSIDERADAS PARA FINS DO CÁLCULO? 12) QUEM PODERÁ SE ADERIR AO SIMPLES NACIONAL?

13) QUEM NÃO PODERÁ SE ADERIR AO SIMPLES NACIONAL?

14) EM QUE CASOS SERÁ FEITA A EXCLUSÃO DO SIMPLES NACIONAL? 15) QUAL A CONSEQÜÊNCIA DA EXCLUSÃO OBRIGATÓRIA?

16) COMO ATUARÁ A FISCALIZAÇÃO?

17) NO CASO DE PAGAMENTO EM ATRASO, HAVERÁ ALGUM TRATAMENTO ESPECIAL PARA QUEM ESTIVER NO SIMPLES NACIONAL?

18) QUAIS OS BENEFÍCIOS TRABALHISTAS APLICÁVEIS AO SISTEMA DIFERENCIADO E FAVORECIDO DO PROJETO DE LEI?

(2)

19) QUAL O BENEFÍCIO QUE O SISTEMA DIFERENCIADO E FAVORECIDO DO PROJETO DE LEI PODERÁ TRAZER ÀS EMPRESAS PARA A COBRANÇA DE SEUS CRÉDITOS?

20) TODOS OS DIREITOS E DEVERES PREVISTOS PARA A IMPLANTAÇÃO DO SIMPLES FEDERAL TERÃO EFEITOS A PARTIR DE SUA PUBLICAÇÃO?

21) QUAIS OS BENEFÍCIOS QUE AS MICROEMPRESAS E AS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE INATIVAS TERÃO PARA EFETUAR SUAS BAIXAS?

22) PARA QUEM TEM DÉBITOS EM ABERTO, RELATIVOS A TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES QUE PODEM SER INCLUÍDOS NO SISTEMA DIFERENCIADO DO PROJETO DE LEI, HAVERÁ ALGUM TIPO DE PARCELAMENTO?

(3)

Informação importante!

Este é um estudo de apresentação do atual texto da subemenda

substitutiva às emendas de plenário e ao substitutivo anterior do projeto

de lei complementar nº 123 de 2004, aprovado na Câmara dos Deputados.

Esta proposta ainda será levada à apreciação do Senado Federal e

depois levada para sanção do Presidente da República.

Portanto, as disposições são passíveis de alteração e esta

“cartilha” tem o intuito de informar as possíveis alterações da

legislação para se dar o tratamento diferenciado e favorecido

às microempresas e às empresas de pequeno porte.

(4)

CARTILHA DO PROJETO DA LEI GERAL DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

1 - O que é o Estatuto Nacional da Microempresa e da empresa de pequeno porte?

É um conjunto de normas que visam beneficiar a criação, estruturação e manutenção Microempresas e as empresas de pequeno porte, com condições especiais de tratamento e recolhimento de tributos (SIMPLES NACIONAL), créditos, fiscalização, normas trabalhistas, etc no âmbito do Governo Federal, Estadual e Municipal.

2 - Quem será considerado microempresário e o de pequeno porte? (art. 3º)

Serão assim considerados a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, desde que aufiram, em cada ano-calendário, as seguintes receitas brutas:

Tipo Receita Bruta

microempresas igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais);

empresas de pequeno porte

superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

3 - Que tipo de empresa não poderá se inscrever no sistema diferenciado e favorecido do projeto de lei? (art. 3, § 4º)

Não poderão ser incluídos neste sistema diferenciado as seguintes pessoas jurídicas: a) de cujo capital participe outra pessoa jurídica;

b) que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;

c) de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta lei complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse, no ano-calendário, o limite de R$2.400.000,00;

(5)

d) cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta lei complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse, no ano-calendário, o limite de R$2.400.000,00;

e) cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado, de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse, no ano-calendário, o limite de R$2.400.000,00;

f) constituídas sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; g) que participe do capital de outra pessoa jurídica;

h) que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;

i) resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos cinco anos-calendário anteriores; j) constituída sob a forma de sociedade por ações.

4 - Haverá unificação de tributação do Município, Estado e União?

A proposta do projeto de lei é que as regras valerão para todo o País e deverá unificar nove impostos e contribuições - seis federais (IRPJ, IPI, CSLL, PIS/Pasep, Cofins e INSS patronal), um estadual (ICMS), um municipal (ISS) e a contribuição para as entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical.

Entretanto, será necessária a finalização das votações para se ter a idéia definitiva sobre o assunto, onde também ficarão definidos se os Estados, Municípios e o DF deverão ou não se aderir ao sistema.

5 - O que é o SIMPLES NACIONAL?

É o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

Segundo a proposta de lei, este regime de tributação é opcional para micro ou pequena empresa.

(6)

6 - Quais os Tributos e contribuições serão incluídos no SIMPLES NACIONAL? (art. 13)

Conforme consta do projeto, a adesão ao Simples Nacional implicará o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:

I – Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); II – Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);; III – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);

IV – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); V – Contribuição para o PIS/PASEP:

VI – Contribuição para a Seguridade Social, (encargo da empresa);

VII – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços e sobre Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal (ICMS);

VIII – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS);

Observação:

Não poderão ser incluídas no SIMPLES NACIONAL, a Contribuição para a Seguridade Social, (encargo da empresa), das empresas abaixo relacionadas:

a) que se dedique à construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada;

b) operadores autônomos de transporte de passageiros; c) empresas montadoras de stands para feiras;

d) escolas livres, de línguas estrangeiras, artes, cursos técnicos e gerenciais; e) produção cultural e artística;

f) produção cinematográfica e de artes cênicas;

g) cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros; h) academias de dança, de capoeira, de ioga, e de artes marciais;

i) academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes;

(7)

k) elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante;

l) licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; m) planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas

eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante; n) escritórios de serviços contábeis;

o) serviço de vigilância, limpeza ou conservação; p) representação comercial e corretoras de seguros.

q) sociedades que se dediquem exclusivamente à prestação de outros serviços que não estejam expressamente probidas pela lei.

7 - Quais os Tributos e contribuições não serão incluídos no SIMPLES NACIONAL? (art. 13)

Segundo a proposta de lei complementar, os tributos e contribuições abaixo relacionados, deverão ser pagos normalmente, por todas as empresas, mesmo aquelas que tenham se aderido ao SIMPLES NACIONAL:

a) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF);

b) Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros (II);

c) Imposto sobre Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados (IE);

d) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR);

e) Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável;

f) Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo permanente;

g) Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF);

(8)

i) Contribuição para manutenção da Seguridade Social, relativa ao trabalhador;

j) Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual, caracterizado como microempresa;

l) Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica a pessoas físicas;

m) Contribuição para o PIS/Pasep, COFINS e IPI incidentes na importação de bens e serviços;

n) ICMS devido:

1 – nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária;

2 – por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por força da legislação estadual ou distrital vigente;

3 – na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, bem como energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou industrialização;

4 – por ocasião do desembaraço aduaneiro;

5 – na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de documento fiscal;

6 – na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal;

7 – nas operações com mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, bem assim do valor relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal, nos termos da legislação estadual ou distrital;

o) ISS devido:

1 – em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na fonte;

2 – na importação de serviços;

p) demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, não relacionados acima;

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8 - Este sistema vai substituir o sistema SIMPLES atual? (art. 88)

Se for mantido o artigo 88 do projeto de lei, conforme se encontra, o SIMPLES atual será substituído, porque a Lei nº 9317/96 será revogada.

9 - Será necessário fazer nova opção, ou quem já estava no SIMPLES, automaticamente migrará para o novo sistema?

Haverá migração automática. Conforme previsto no parágrafo 4º do artigo 16, serão consideradas inscritas no Simples Nacional as microempresas e empresas de pequeno porte regularmente optantes pelo SIMPLES (regime tributário de que trata a Lei nº 9.317/1996), salvo as que estiverem impedidas de optar por alguma vedação imposta por esta lei complementar.

10 - Como ficará o sistema de tributação? (art. 18)

Primeiramente, a empresa deverá verificar em que faixa de receita está enquadrada, para saber qual a alíquota será aplicada, conforme tabela abaixo, devendo considerar a receita bruta acumulada nos últimos 12 meses anteriores ao período de apuração. Uma vez encontrado o percentual aplicável, este incidirá sobre a receita bruta do mês.

Receita Bruta em doze meses (em R$) Alíquotas

Até 120.000,00 4% De 120.000,01 a 240.000,00 5,47% De 240.000,01 a 360.000,00 6,84% De 360.000,01 a 480.000,00 7,54% De 480.000,01 a 600.000,00 7,60% De 600.000,01 a 720.000,00 8,28% De 720.000,01 a 840.000,00 8,36% De 840.000,01 a 960.000,00 8,45% De 960.000,01 a 1.080.000,00 9,03% De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 9,12% De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 9,95% De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 10,04% De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 10,13% De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,23% De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,32% De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 11,23% De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 11,32% De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 11.42% De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 11,51% De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 11,61%

(10)

11 - Quais as receitas serão consideradas para fins do cálculo? (art. 18 § 4º)

Deverão ser consideradas, destacadamente, as seguintes receitas: a) as receitas decorrentes da revenda de mercadorias;

b) as receitas decorrentes da venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte; c) as receitas decorrentes da prestação de serviços, bem como a de locação de bens

móveis;

d) as receitas decorrentes da venda de mercadorias sujeitas a substituição tributária; e e) as receitas decorrentes da exportação de mercadorias para o exterior, inclusive as vendas realizadas por meio de comercial exportadora ou do consórcio previsto no projeto de lei.

Observação:

A proposta de lei também traz condições especiais para as atividades industriais, locação de móveis e de prestação de serviços. (art. 18 § 5º), mas há previsão legal de criação de um sistema eletrônico para realização do cálculo simplificado do valor devido, relativo ao SIMPLES NACIONAL. (art. 18, § 15).

12 - Quem poderá se aderir ao SIMPLES NACIONAL? (art. 17)

Poderão aderir-se ao SIMPLES NACIONAL as pessoas jurídicas que exerçam as seguintes atividades:

1) creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental; 2) agência terceirizada de correios;

3) agência de viagem e turismo;

4) centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga;

5) agência lotérica;

6) serviços de manutenção e reparação de automóveis, caminhões, ônibus, outros veículos pesados, tratores, máquinas e equipamentos agrícolas;

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7) serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para veículos automotores;

8) serviços de manutenção e reparação de motocicletas, motonetas e bicicletas; 9) serviços de instalação, manutenção e reparação de máquinas de escritório e de

informática;

10) serviços de reparos hidráulicos, elétricos, pintura e carpintaria em residências ou estabelecimentos civis ou empresariais, bem como manutenção e reparação de aparelhos eletrodomésticos;

11) serviços de instalação e manutenção de aparelhos e sistemas de ar condicionado, refrigeração, ventilação, aquecimento e tratamento de ar em ambientes controlados;

12) veículos de comunicação, de radiodifusão sonora e de sons e imagens, e mídia externa;

13) que se dedique à construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada;

14) operadores autônomos de transporte de passageiros; 15) empresas montadoras de stands para feiras;

16) escolas livres, de línguas estrangeiras, artes, cursos técnicos e gerenciais; 17) produção cultural e artística;

18) produção cinematográfica e de artes cênicas;

19) cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros; 20) academias de dança, de capoeira, de ioga, e de artes marciais;

21) academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes; 22) decoração e paisagismo;

23) elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante;

24) licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;

25) planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante;

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26) escritórios de serviços contábeis;

27) serviço de vigilância, limpeza ou conservação; 28) representação comercial e corretoras de seguros. 29) Demais atividades que não tenham proibição expressa;

13 - Quem não poderá se aderir ao SIMPLES NACIONAL? (art. 17)

Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte:

a) que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);

b) que tenha sócio domiciliado no exterior;

c) de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;

d) que preste serviço de comunicação;

e) que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;

f) que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros; g) que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia

elétrica;

h) que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas; i) que exerça atividade de importação de combustíveis;

j) que exerça atividade de produção ou venda no atacado de bebidas alcoólicas, cigarros, armas, bem assim de outros produtos tributados pelo IPI com alíquota Ad

Valorem superior a 20% (vinte por cento) ou com alíquota específica, EXCETO no

caso de produção de fogos de artifício.

k) que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural,

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que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios.

l) que realize cessão ou locação de mão-de-obra; m) que realize atividade de consultoria;

n) que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis.

14 - Em que casos será feita a exclusão do SIMPLES NACIONAL? (art. 28 a 32)

A exclusão do Simples Nacional será feita de ofício ou a requerimento da empresa optante.

A exclusão de ofício das empresas optantes pelo Simples Nacional será feita quando: a) verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória;

b) for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem assim pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade a que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública;

c) for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade;

d) a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas;

e) tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto nesta lei complementar;

f) a empresa que for declarada inapta (3 anos sem movimentação); g) comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho;

h) houver falta de escrituração do livro caixa ou o mesmo não permitir a identificação da movimentação financeira, inclusive bancária;

i) for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas supera em 20% (vinte por cento) o valor de ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade.

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j) for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de estoque, for superior a 80% (oitenta por cento) dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade.

k) quando ultrapassado, no ano-calendário de início de atividade, o limite de receita bruta fixado em lei;

15 - Qual a conseqüência da exclusão obrigatória? (art. 32)

As microempresas ou as empresas de pequeno porte excluídas do Simples Nacional estarão sujeitas a partir do período em que se processarem os efeitos da exclusão, às normas de tributação aplicáveis às demais pessoas jurídicas.

Outro efeito é que a microempresa ou a empresa de pequeno porte desenquadrada, ficará sujeita ao pagamento da totalidade ou diferença dos respectivos impostos e contribuições, devidos, acrescidos, tão-somente, de juros de mora, quando efetuado antes do início de procedimento de ofício.

16 - Como atuará a fiscalização? (art. 33 a 35)

A fiscalização caberá à Secretaria da Receita Federal, às Secretarias de Fazenda ou de Finanças do Estado ou do Distrito Federal, e tratando-se de prestação de serviços incluídos na competência tributária municipal, a competência será também do respectivo Município.

Caberá à Secretaria da Receita Previdenciária a fiscalização da Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte exercer alguma das seguintes atividades de prestação de serviços:

a) que se dedique à construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada;

b) operadores autônomos de transporte de passageiros; c) empresas montadoras de stands para feiras;

d) escolas livres, de línguas estrangeiras, artes, cursos técnicos e gerenciais; e) produção cultural e artística;

f) produção cinematográfica e de artes cênicas;

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h) academias de dança, de capoeira, de ioga, e de artes marciais;

i) academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes; j) decoração e paisagismo;

k) elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante;

l) licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;

m) planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante;

n) escritórios de serviços contábeis;

o) serviço de vigilância, limpeza ou conservação; p) representação comercial e corretoras de seguros.

Observação:

O valor não pago, apurado em procedimento de fiscalização, será exigido em lançamento de ofício pela pela autoridade competente que realizou a fiscalização. A fiscalização, no que se refere aos aspectos trabalhista, metrológico, sanitário, ambiental e de segurança, das microempresas e empresas de pequeno porte deverá ter natureza prioritariamente orientadora, quando a atividade ou situação, por sua natureza, comportar grau de risco compatível com esse procedimento.

Será observado o critério de dupla visita para lavratura de autos de infração. Na primeira visita do agente público, o mesmo formalizará Notificação de Orientação para Cumprimento de Dispositivo Legal, conforme regulamentação, devendo sempre conter a respectiva orientação e plano negociado com o responsável pela microempresa ou em presa de pequeno porte, salvo quando for constatada infração por falta de registro de empregado ou anotação da Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, ou, ainda, na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço à fiscalização.

17 - No caso de pagamento em atraso, haverá algum tratamento especial para quem estiver no SIMNPLES NACIONAL? (art. 35 a 38)

Não. No caso de pagamento em atraso serão aplicados os juros e multas normais previstos para o imposto de renda, ou quando for o caso, os previstos para o ICMS ou ISS.

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Se a empresa deixar de comunicar sua exclusão obrigatória do Simples Nacional, nos prazos determinados em lei, ficará sujeita à multa de 10% (dez por cento) do total dos impostos e contribuições devidos em e conformidade com o Simples Nacional.

Também serão aplicadas as sanções previstas na legislação penal, inclusive em relação a declaração falsa, adulteração de documentos e emissão de nota fiscal em desacordo com a operação efetivamente praticada, a que estão sujeitos o titular ou sócio da pessoa jurídica.

Também há previsão de aplicação de outras multas para o caso de não apresentação de declarações nos prazos especificados.

18 - Quais os benefícios trabalhistas aplicáveis ao sistema diferenciado e favorecido do projeto de lei ? (art. 51 a 54)

As microempresas e as empresas de pequeno porte poderão ser dispensadas de: a) da afixação de Quadro de Trabalho em suas dependências;

b) da anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro;

c) de empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem;

d) da posse do livro intitulado “Inspeção do Trabalho”; e

e) de comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas.

Observação:

As microempresas e as empresas de pequeno porte não estarão dispensadas de: f) anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS;

g) arquivamento dos documentos comprobatórios de cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias, enquanto não prescreverem essas obrigações; h) apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de

Serviço e Informações à Previdência Social – GFIP;

i) apresentação das Relações Anuais de Empregados e da Relação Anual de

Informações Sociais – RAIS e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED.

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19 - Qual o benefício que o sistema diferenciado e favorecido do projeto de lei poderá trazer às empresas para a cobrança de seus créditos? (art. 74)

As microempresas e às empresas de pequeno porte, vinculadas a este sistema poderão efetuar cobranças de seus créditos perante os Juizados Especiais.

20 - Todos os direitos e deveres previstos para a implantação do sistema diferenciado e favorecido do projeto de lei, terão efeitos a partir de sua publicação? (art. 77, §1º)

Não. A pós a promulgada da presente lei complementar, serão expedidas no prazo de seis meses, as instruções que se fizerem necessárias à sua execução.

O Ministério do Trabalho e Emprego, a Secretaria da Receita Federal, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão editar, em um ano, as leis e demais atos necessários para assegurar o pronto e imediato tratamento jurídico diferenciado, simplificado e favorecido às microempresas e às empresas de pequeno porte.

As empresas públicas e as sociedades de economia mista integrantes da Administração Pública federal adotarão, no prazo de um ano, as providências necessárias à adaptação dos respectivos estatutos ao disposto nesta Lei.

Até o término do referido prazo de um ano, ficam vigentes as atuais leis estaduais e municipais em favor da microempresa e da empresa de pequeno porte.

21 - Quais os benefícios que as microempresas e as empresas de pequeno porte inativas terão para efetuar suas baixas?

As Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte que se encontrem sem movimento há mais de três anos poderão dar baixa nos registros dos órgãos públicos federais, estaduais e municipais, independentemente do pagamento de débitos tributários, taxas ou multas devidas pelo atraso na entrega das respectivas declarações nesses períodos.

Os referidos órgãos terão o prazo para efetivar a baixa nos respectivos cadastros. Se for ultrapassado o prazo de sessenta dias, sem manifestação do órgão competente, será presumida a baixa dos registros das Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte.

A baixa não impede que, posteriormente, sejam lançados ou cobrados impostos, contribuições e respectivas penalidades, decorrentes da simples falta de recolhimento

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ou da prática, comprovada e apurada em processo administrativo ou judicial, de outras irregularidades praticadas pelos empresários, pelas Microempresas, pelas Empresas de Pequeno Porte ou por seus sócios ou administradores.

22 - Para quem tem débitos em aberto, relativos a tributos e contribuições que podem ser incluídos no sistema diferenciado e favorecido do projeto de lei, haverá algum tipo de parcelamento? (art. 79)

Sim. Será concedido, para ingresso no regime diferenciado e favorecido, parcelamento, em até cento e vinte parcelas mensais e sucessivas, dos débitos relativos aos tributos e contribuições previstos no Simples Nacional, de responsabilidade da microempresa ou empresa de pequeno porte e de seu titular ou sócio, relativos a fatos geradores ocorridos até 31 de janeiro de 2006.

Segundo o projeto de lei, valor mínimo da parcela mensal será de R$ 100,00 (cem reais), considerados isoladamente os débitos para com a Fazenda Nacional, para com a Seguridade Social, para com a Fazenda dos Estados, dos Municípios ou do Distrito Federal.

Este parcelamento alcança inclusive débitos inscritos em dívida ativa.

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Reginaldo Moreira de Oliveira Consultor Jurídico – CDL/BH

Sidnei Rodrigues Júnior Assistente Administrativo

Texto extraído integralmente do site da CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE BELO HORIZONTE (http://www.cdlbh.com.br)

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