• Nenhum resultado encontrado

RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS: UM ESTUDO SOBRE O DESTINO DO ÓLEO VEGETAL DOMÉSTICO NO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL ALFA S.A NA CIDADE DE ERECHIM /RS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS: UM ESTUDO SOBRE O DESTINO DO ÓLEO VEGETAL DOMÉSTICO NO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL ALFA S.A NA CIDADE DE ERECHIM /RS"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS: UM ESTUDO SOBRE O DESTINO DO ÓLEO VEGETAL DOMÉSTICO NO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL ALFA S.A NA CIDADE

DE ERECHIM /RS

Cristian Kaminski3 Fernando Cruz4 Resumo

Este artigo busca apresentar o resultado da pesquisa que teve como objetivo principal conhecer qual o destino dos óleos e gorduras de cozinha, utilizados pelos moradores do condomínio residencial Alfa S.A, e também conhecer as consequências do descarte inadequado destes resíduos, buscando alternativas para melhorar a realidade do condomínio, onde 60% dos moradores descartam o óleo no lixo e 88% não conhecem um ponto de coleta destes materiais, apresentando desconhecimento da população quanto aos malefícios do descarte inadequado e os prejuízos que causam ao meio ambiente.

Palavras-chave: Destino dos óleos e gorduras, descarte inadequado, meio ambiente.

Abstract

This article seeks to present the result of research that aimed to know what the fate of oils and cooking fats, used by residents of the residential Alfa S.A and also know the inappropriate disposal of this waste of consequences, seeking alternatives to improve the reality of the condominium, where 60% of residents dispose of the oil in the trash and 88% do not know a point of collection of these materials, showing ignorance of the population about the dangers of improper disposal and the damage they cause to the environment.

Keywords: Fate of oils and fats, inappropriate destination, environment.

1 INTRODUÇÃO

Na atualidade houve grande aumento no uso de óleos vegetais tanto no preparo de alimentos em residências quanto em estabelecimentos comerciais e industriais, pelo fato de ser um produto acessível e de fácil manuseio. Mas, por outro lado, também pode gerar danos ao meio ambiente após sua utilização, principalmente quando desconhecida a utilidade prática dos resíduos gerados nos processos de fritura dos alimentos que por vezes são despejados nas redes de esgoto, pias e ralos, causando entupimentos nas tubulações, infiltrações no solo e por fim poluindo os lençóis freáticos Nogueira (2009 apud Dalla Nora, G 2015).

3

Graduando pela Faculdade Anglicana de Erechim – FAE. Curso de Administração

(cristian_kaminski@hotmail.com)

4 Graduando pela Faculdade Anglicana de Erechim – FAE. Curso de Administração

(2)

É muito importante despertar na população a gravidade deste problema, que esta causando danos irreversíveis no meio ambiente. Perante esta situação, este trabalho tem como objetivo principal identificar o destino que é dado ao óleo de cozinha utilizado nas moradias do condomínio residencial Alfa S.A em Erechim/RS, como objetivos específicos busca: conceituar os OGRs bem como os benefícios do seu consumo, também as consequências para o meio ambiente pelo seu descarte indiscriminado; encontrar possíveis soluções que possam reduzir descarte inadequado e consequentemente seus malefícios.

Este trabalho ocorreu através da busca de informações coletadas por meio de questionários com perguntas de múltipla escolha e diálogos semiestruturados no Residencial ALFA S.A em Erechim/RS. Foram realizados também estudos bibliográficos embasado na obra de alguns autores como: Moretto e Fett, Conselho Nacional do meio Ambiente, e ao Programa de Educação Ambiental.

O artigo está formulado de maneira que: a Introdução é a primeira parte onde é feita uma abordagem geral do artigo no segundo tópico é dada uma definição dos óleos e gorduras bem como sua importância em nossa alimentação. No terceiro tópico são abordados os impactos ao meio ambiente pelo descarte incorreto dos óleos e gorduras residuais, no quarto tópico é abordado à educação ambiental e a coleta seletiva no quinto tópico são apresentado os métodos de pesquisa com sub tópico coleta de dados e população e amostra no sexto tópico são apresentados os métodos e resultados no sétimo tópico as considerações finais.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 DEFINIÇÃO DE OGR (Óleo Gordura Residual)

Segundo Moretto e Fett (1998) óleos e gorduras são substâncias insolúveis em água, originárias de animais, ou vegetais são formadas pela condensação entre glicerol e ácidos graxos conhecidos como triglicerídeos.

De acordo com a ANVISA (2014) Óleos Vegetais e Gorduras Vegetais:

“são os produtos constituídos principalmente de glicerídeos de ácidos graxos de espécies vegetais. Podem conter pequenas quantidades de outros lipídeos como fosfolipídios, constituintes insaponificáveis e ácidos graxos livres naturalmente presentes no óleo ou na gordura” ANVISA (2014).

Entre as principais diferenças está o fato de que o óleo quando exposto a uma temperatura de vinte graus célsius apresenta estado liquido enquanto que a gordura quando exposta a mesma temperatura ambiente apresenta-se em forma solida.

(3)

2.2 IMPORTÂNCIA DOS ÓLEOS E GORDURAS EM NOSSA ALIMENTAÇÃO

O Brasil se apresenta no cenário mundial como grande produtor de soja e, possui potencial na produção de outras sementes como o milho, mamona e canola, a qualidade do óleo produzido a partir destas sementes trás benefícios a saúde Rabelo (2008). Conforme Moretto e Fett (1998), no processo de fritura o aquecimento do óleo transfere aos alimentos características únicas de saciedade, sabor e aroma, além de proporcionar um preparo rápido aos alimentos, ao mesmo tempo produz uma série de reações quando aquecido, produzindo vários compostos de degradação que modificam as qualidades nutricionais e funcionais podendo chegar a níveis em que não se consegue mais produzir alimentos de qualidade.

A quantidade e qualidade dos tipos de óleos e gorduras consumidas têm grande importância já que os óleos com maior porcentagem de ácidos graxos poli-insaturados como o óleo de girassol e de milho podem reduzir o nível de colesterol do sangue.

2.3 IMPACTOS NO MEIO AMBIENTE PELO DESCARTE INCORRETO

A redução do consumo de óleos animais em detrimento dos óleos vegetais por conta dos custos de produção e o desenvolvimento da indústria possibilitou elevação do consumo de óleos vegetais em todo mundo neste sentido (NUNES, 2007, p.03) diz que “apesar do aumento do uso industrial, em termos de volumes e do número de processos industriais em que é aplicado, é na alimentação que a maior parte, cerca de (80%) dos óleos vegetais são consumidos”.

Os resíduos dos óleos vegetais estão entre os materiais que oferecem um grande risco ao meio ambiente conforme destaca Castellanelli et al. (2007), os OGRs (óleos e gorduras residuais) gerados nas casas, comércios e estabelecimentos do país, muitas vezes pela falta de informação das pessoas acaba sendo despejado diretamente em rios e terrenos, ou despejados em pias e vasos sanitários, parando nos sistemas de esgoto causando danos como entupimento dos canos e um aumento em torno de 45% nos custos dos processos das estações de tratamento, contribuindo para aumento das áreas de aterros domésticos e poluição do meio aquático.

Neste sentido Nogueira (2009) apud Thode Filho (2013) diz que se descartado diretamente no solo o óleo vegetal ocupa o espaço da água e do ar impermeabilizando a terra isto impede que a fauna e flora do solo absorvam nutrientes, água e oxigênio desta forma desfavorecem a germinação de sementes, inviabilizando o solo para o cultivo. Conforme as características do solo como cobertura vegetal, permeabilidade e

(4)

distância de rios e córregos o óleo descartado pode atingir estes locais causando ainda mais prejuízos. A manutenção de áreas degradadas por óleos e gorduras é difícil e cara. O óleo doméstico utilizado diariamente nas residências é poluente e não deve ser jogado na pia ou no solo. Percebe-se o tamanho do problema que é ocasionado quando o descarte do óleo é feito indevidamente.

2.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A COLETA SELETIVA

De acordo com a IS0 14001:2004 entende-se por meio ambiente a “circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo-se ar, água, solo, recursos naturais, flora fauna, seres humanos e suas inter-relações”. O meio ambiente é o local em que as pessoas vivem, e isto tem grande importância para que todos possam escolher o que querem a sua volta, refletindo nas próprias ações de uma comunidade.

A respeito de educação consta na lei 9.795, de 1999, que educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente em todos os níveis e modalidades do processo educativo, formal e não formal. Desta forma educação ambiental é um olhar consciente de um indivíduo ou comunidade para questões que busquem desenvolvimento de maneira sustentável com ações que minimizem os impactos ao meio ambiente Pronea (2014).

Com relação aos impactos no meio ambiente a coleta seletiva tem grande importância, de acordo com a Resolução nº 275 de 25 de abril de 2001 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, diz que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada, facilitada e expandida no país, para reduzir o consumo de matérias-primas, recursos naturais não renováveis, energia e água. Ainda considerando que as campanhas de educação ambiental, providas de um sistema de identificação de fácil visualização, de validade nacional e, inspirado em formas de codificação já adotadas internacionalmente, sejam essenciais para efetivarem a coleta seletiva de resíduos, viabilizando a reciclagem de materiais Ministério do meio ambiente (2016).

Conforme Costa Neto et al (2004) expõe que, Reciclagem é transformar os produtos já usados em novos, é reaproveitar o material usado como matéria prima. Diferente de grande parte dos resíduos os OGR possuem valor econômico podendo ser utilizados de diversas formas nesse contexto Reis et al (2007) apud Pitta Junior et al (2009, p.5) afirmam que pode ser utilizado para “produção de glicerina, padronização para a composição de tintas, produção de massa de vidraceiro, produção de farinha básica para ração animal, geração de energia elétrica através de queima em caldeira, produção de biodiesel, obtendo-se glicerina como subproduto”.

(5)

Estas constatações revelam que coleta seletiva e a reciclagem podem proporcionar renda para a subsistência de muitas famílias que recolhem estes materiais e vendem para empresas ou cooperativas. Este processo promove benefício ao meio ambiente e também as famílias que o fazem.

3 MÉTODOS DE PESQUISA

Para a coleta de dados, se fez necessário uma pesquisa de conduta bibliográfica em diversas fontes, tais como: livros, revistas, artigos e sites para obter informações sobre o tema em estudo, o tratamento dado enquadra-se como quantitativo e também qualitativo tendo em vista que está aberto aos entrevistados expressarem suas opiniões. Após o levantamento, iniciou-se o desenvolvimento teórico e o estudo de caso, a natureza exploratória e descritiva permitiu a aplicação de entrevistas estruturadas e semiestruturadas com a utilização de questionários que fazem menção quanto à utilização do óleo de cozinha, com o objetivo de colher informações, para um melhor entendimento de como os moradores lidam com o assunto.

Segundo Gil (2002, p. 28), “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. A pesquisa é parte fundamental para o desenvolvimento do trabalho, além de proporcionar um aperfeiçoamento e aprofundamento sobre o tema reciclagem do óleo de cozinha, tendo como objetivo desenvolver a capacidade de buscar maneiras que possa contribuir para minimizar os problemas causados ao meio ambiente pelo descarte desordenado do óleo. Segundo Marconi e Lakatos (2005, p.28):

“A pesquisa é um método formal de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e constitui um caminho para conhecer ou analisar a realidade ou para descobrir verdades parciais” Marconi e Lakatos (2005, p.28).

Percebe-se que a pesquisa serve para se obter informações sobre um determinado tema, por isso é importante para todos os trabalhos científicos ou não, pois através da pesquisa podem-se formar as opiniões e alcançar objetivos almejados.

Nesse aspecto, Minayo (2000, p.10) observa que, a pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares, preocupando-se com um nível de realidade que não pode ser quantificado, ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes que correspondem a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos a operacionalizações de variáveis.

(6)

O artigo classifica-se como pesquisa exploratória GIL (2002) destaca que “com relação às pesquisas é usual sua classificação com base nos seus objetivos gerais”.

Estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Na maioria dos casos, essas pesquisas envolvem: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que "estimulem a compreensão" (Selltiz et al., 1967, p. 63) apud GIL (2002, p.41).

A pesquisa, seja qualitativa ou quantitativa, é importante na busca de informações. É uma forma de entender o que pensa o entrevistado desta forma, analisar as informações buscando respostas para as perguntas em questão.

3.1 COLETA DE DADOS

A coleta de dados em campo aconteceu a partir da aplicação de um questionário contendo onze perguntas, fechadas, abertas e de múltipla escolha. A pesquisa foi realizada em todos os blocos do condomínio com a intenção de coletar informações para conhecer o destino dado ao óleo de cozinha utilizado em frituras nas residências e também obter informações sobre o conhecimento dos entrevistados sobre as consequências causadas ao meio ambiente pelo descarte inadequado do óleo de cozinha, as informações serviram também para analisar o conhecimento dos condóminos sobre o papel de entidades que trabalham na coleta e processamento do óleo e que contribuem para a preservação do meio ambiente que vivemos.

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A entrevista e os questionários foram realizados com 65 moradores que residem no Residencial Alfa S.A no município de Erechim/RS a amostra pesquisada representa 67.7%, 65 pessoas de uma população total de 96 apartamentos. É comum que em alguns locais ocorra certo índice de desocupação em alguns estados de acordo com a revista Exame (2014) chega a dezoito por cento, por causa de diferentes motivos; custo do imóvel ou aluguel em residências e ou condomínios, desta forma no Residencial Alfa S.A também ocorre está desocupação que representa 10.4% 10 apartamentos ao todo, apresenta-se também um percentual de 21.87% 21 apartamentos em que os

(7)

condôminos não responderam o questionário por razões diversas; não estavam em casa ou não tinha tempo.

4 RESULTADOS

As informações obtidas através da aplicação de entrevistas e questionários serão apresentadas aqui, por meio de gráficos e quadros, para facilitar a análise e demonstração dos resultados. Com relação ao sexo dos condôminos atentou-se para o fato de que o entrevistado tivesse contato com o produto neste caso o óleo de cozinha. Foram entrevistadas ao todo 65 pessoas sendo que as mulheres representam 72.3% e os homens 27.7%.

Com relação à idade dos entrevistados varia de 20 a 63 a maioria encontra-se na faixa de trinta a quarenta anos sendo 41.5% em seguida a faixa de vinte a trinta com 27.7%, entre cinquenta e sessenta anos 13.8%, os moradores entre quarenta e cinquenta anos somam 10.8%, acima de sessenta anos 6.2%.

Quanto ao nível de escolaridade dos entrevistados os de nível médio são a maioria e representam 76.9%, em seguida com ensino superior 10.8%, com ensino fundamental temos 9.2% e por ultimo com pós-graduação 3.1%.

Figura 1 – Sexo, idade e escolaridade dos entrevistados

Fonte: Autores

Quando perguntado qual tipo de óleo os entrevistados utilizavam a resposta da maioria foi o óleo de soja representando 98.5% no entanto destes 3.1% utilizam também o azeite de oliva e 1.5% preferem utilizar o óleo de girassol.

Foi perguntado também a respeito da quantia de óleo utilizada no mês e 47.7% responderam que utilizam ate um litro ao mês e os que utilizam ate 2 litros somam 33.8% e 18.5% utilizam três litros ou mais.

28 % 72 % Sexo Masc Fem 28% 41% 11% 14% 6% Idade 20 a 30 anos 30 a 40 anos 40 a 50 anos 50 a 60 anos 9% 77% 11% 3% Escolaridade? Fundamental Médio Superior Pós graduação

(8)

Com relação ao numero de moradores nas residências a grande maioria tem entre dois e três moradores 83.1% e pessoas que moram sozinhas são 16.9%.

Figura 2 – Principais tipos de óleos utilizados

Fonte: Autores

Com relação ao óleo que sobra 60% responderam jogar no lixo, 21.5% disseram jogar na pia, os que colocam no quintal somam 4.7% os que doam ou guardam somam 13.8%.

Quando perguntados se conheciam alguma forma de reaproveitar o óleo 32.3% não conhecem alguma forma de reutiliza-lo e 67.7% conhecem alguma forma de reutilizá-lo, no entanto destes apenas 11.4% o fazem seja por motivos econômicos ou socioambientais.

Quando perguntados se já tiveram problemas com entupimento de pias e ralos 80% não tiveram este problema e 20% responderam que sim.

Figura 3 – Destino do óleo de cozinha

Fonte: Autores

93%

3% 0% 4%

Qual tipo de óleo utiliza? Óleo de soja Óleo de girassol Óleo de milho Azeite de oliva 48% 34% 12% 6%

Quantos litros de óleo ultiliza por mês? Até 1 litro Até 2 litros Até 3 litros Acima de 3 litros 17% 83% Número de moradores por apartamento? Um morador Dois a três moradores 60% 5% 21% 8% 6%

O que faz com o oleo que sobra?

Coloca no lixo Coloca no quintal coloca na pia, ralo Doa, vende Outros 68% 31% 1% Conhece alguma maneira de reaproveitar o óleo de cozinha? Não conhece fazer sabão Biodiesel 20% 80% Já teve problemas com entupimento de pias e ralos? Sim Não

(9)

Quando perguntados se estes conheciam algum ponto de coleta destes resíduos a grande maioria 87.7% não conhece algum ponto de coleta e 12.3% tem conhecimento de algum local.

A última pergunta se refere a maneira como gostariam que fosse realizado o descarte correto destes matérias 60% gostariam que fosse recolhido no condomínio, 26.1% gostariam que fosse disponibilizado na coleta seletiva e 13.8% se disponibilizariam em levar os resíduos, caso conhecessem um local que recolhesse o material.

Figura 4 – Pontos de coleta

Fonte: Autores

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da análise das informações percebe-se que existe um alto consumo de óleo no preparo de alimentos seja pela praticidade de seu uso ou pelas características de palatabilidade que confere aos alimentos, mas apenas uma pequena parte deste óleo é reciclada pelos processos de separação e reutilização dentro da cadeia produtiva já que o mesmo poderia servir como fonte de matéria prima para diversos segmentos da indústria como biodiesel, solventes glicerina entre outros, no entanto a maior parte deste óleo é descartada de maneira incorreta no meio ambiente contaminando o solo a agua e as espécies que precisam da mesma para sobreviver.

Na busca de soluções, este trabalho pode sugerir a realização de campanhas e ou programas educativos sobre os impactos causados pelo descarte inadequado dos resíduos de óleo no meio ambiente em geral e que direcionem a população na adoção de condutas corretas para o armazenamento e descarte do produto; ampliação dos locais de coleta e divulgação dos mesmos bem como uma participação mais efetiva do

12% 88% Conhece algum ponto de coleta de óleo de cozinha? Sim Não 26% 14% 60% Se pudesse disponibilizar para reciclagem como gostaria que fosse

realizada? Coleta seletiva Levar nos postos de coleta caso tenha Fosse recolhido no local

(10)

comercio uma vez que são na grande maioria os grandes fornecedores da população desta forma a adoção de logística reversa destes produtos é uma alternativa a ser estudada. Percebe-se que atividades de esclarecimento e conscientização dos condôminos poderiam modificar está realidade, mostram também que a pesquisa nesta área é inédita no condomínio e que os moradores estão dispostos a participar e destinar corretamente estes resíduos, mas precisam de orientação para fazê-lo, desta forma ficou estabelecida a colocação de tambores para que os condôminos possam descartar o óleo de cozinha que será disponibilizado para uma Associação do bairro.

Pode se concluir através dos resultados que existe uma grande carência de informações e ações voltadas à divulgação de locais de coleta bem como dos impactos negativos que causam estes resíduos, mas que através do conhecimento e de instrumentos que possibilitem as pessoas realizarem mudanças de atitudes e quebra de paradigmas é possível conviver com o meio ambiente que vivemos de forma mais sustentável.

REFERÊNCIAS

ANVISA. Agência nacional de vigilância sanitária. Disponível em: <

http://www.anvisa.gov.br/base/visadoc/CP/CP%5B8994-1-0%5D.pdf >. Data de acesso: 20/03/2016.

CASTELLANELLI, Carlo; MELLO, Carolina Iuva; RUPPENTHAL, Janis Elisa; HOFFMANN, Ronaldo. Óleos comestíveis: o rótulo das embalagens como ferramenta informativa. I Encontro de Sustentabilidade em Projeto do Vale do Itajaí. 2007. Disponível em: < http://ensus2007.paginas.ufsc.br/files/2015/08/%C3%93leos-Comest%C3%ADveis-O-R%C3%B3tulo-das-Embalagens-como-Ferramenta-I1. Pdf >. Data de acesso: 20/03/2016.

CONAMA. Conselho nacional do meio ambiente. Resolução nº 275 de 25 de abril de 2001. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res01/res27501.html >. Data de acesso: 03/04/2016.

COSTA NETO, Pedro; ROSSI, Luciano F. S.; ZAGONEL, Giuliano F.; RAMOS, Luiz P.. Produção de biocombustível alternativo ao óleo diesel. 1999. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/%0D/qn/v23n4/2654.pdf >. Data de acesso: 09/04/2016.

DESER, Departamento de Estudos Sócio-Econômicos Rurais. Produção e consumo de óleos vegetais no Brasil. Boletim Eletrônico do Deser Nº 159 - Junho 2007. Disponível em: < www. deser.org. br/documentos/boletimcompleto/Boletim 159. Pdf > Data de acesso: 20/03/2016.

Rabelo, Renata Aparecida Rabelo; Ferreira, Osmar Mendes. Coleta seletiva de óleo residual de fritura para aproveitamento industrial. Goiânia, 2008. Disponível em: < http://www.ucg.br/ucg/prope/cpgss/ArquivosUpload/36/file/Continua/COLETA%20SELE TIVA%20DE%20%C3%93LEO%20RESIDUAL%20DE%20FRITURA%20PARA%20AP %E2%80%A6.pdf >. Data de acesso: 04/06/2016.

(11)

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ªed. São Paulo: Atlas, 2002.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo: Atlas, 2005.

LEITE, Juliana Ferreira; Rodrigues, Elisabeth Toledo. Proposta de implementação da coleta seletiva de lixo com o aproveitamento de garrafas pets e latas de alumínio no condomínio residencial Prive das Laranjeiras. Disponível em: < http://ucg.br/ucg/prope/cpgss/ArquivosUpload/36/file/Continua/PROPOSTA%20DE%20 IMPLEMENTA%C3%87%C3%83O%20DA%20COLETA%20SELETIVA%20DE%20LIX O%20NO%20CONDOM%C3%8DNIO%20RESIDENCIAL%20PRIVE%20DAS%20LAR ANJEIRAS.pdf >. Data de acesso: 03/04/2016.

MINAYO, M. C.de S. et al. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 16º ed. Petrópolis: Ed. Vozes, 2000.

Ministério do Meio Ambiente. Resolução Conama nº 275/2001. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/port/conama/legipesq.cfm?tipo=3&numero=275&ano=&texto= >. Data de acesso: 04/06/2016.

MORETTO, Eliane; FETT, Roseane. Tecnologia de óleos e gorduras vegetais na indústria de alimentos. São Paulo: Varela Editora e Livraria Ltda, 1998.

NORMA ABNT NBR ISO 14001: 2004. Sistema de gestão ambiental requisitos e orientações para uso. Rio de Janeiro, 2004.

PRONEA, Programa Nacional de educação Ambiental. Educação ambiental por um Brasil sustentável. Brasília, 2014. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80221/pronea_4edicao_web-1.pdf >. Data de acesso: 27/03/2016.

Dalla Nora, G; Weyer, M. Resíduos sólidos domésticos: estudo de caso do óleo vegetal residual no bairro morada da serra Cuiabá/MT. Disponível em: <

http://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/revista-geonorte/article/view/1351 >. Data de acesso: 04/06/2016.

Revista Exame. A bolha dos imóveis começa a estourar no mercado comercial. Disponível em: < http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1060/noticias/a-bolha-estourou >. Data de acesso: 16/04/2016.

THODE FILHO, Sérgio, et al. Tecnologia ambiental aplicada ao gerenciamento e processamento do óleo vegetal residual no estado do Rio de Janeiro. Disponível em: < http://periodicos.ufsm.br/index. php/reget/article/view/10815 >. Data de acesso: 27/03/2016.

Referências

Documentos relacionados

I Retorna iterador para primeira ocorrˆ encia do value.. Contˆ einer Associativo

Nessa situação temos claramente a relação de tecnovívio apresentado por Dubatti (2012) operando, visto que nessa experiência ambos os atores tra- çam um diálogo que não se dá

Dentre os efeitos das condições de corte na formação das rebarbas destacam o modelo geométrico da ferramenta/peça, o nível de desgaste e geometria da ferramenta

Outra surpresa fica por conta do registro sonoro: se num primeiro momento o som da narração do filme sobre pôquer, que se sobrepõe aos outros ruídos da trilha, sugere o ponto de

A placa EXPRECIUM-II possui duas entradas de linhas telefônicas, uma entrada para uma bateria externa de 12 Volt DC e uma saída paralela para uma impressora escrava da placa, para

Entre as atividades, parte dos alunos é também conduzida a concertos entoados pela Orquestra Sinfônica de Santo André e OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São

Este estudo apresenta como tema central a análise sobre os processos de inclusão social de jovens e adultos com deficiência, alunos da APAE , assim, percorrendo

Do ponto de vista didáctico, ao sujeitarmos a experiencia científica e o trabalho experimental a urna tentativa de questionamento tipo popperia- no, estamos a convidar os alunos