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Série D. Reuniões e Conferências. Tiragem: 2.ª edição exemplares. Elaboração, distribuição e informações: MINISTÉRIO DA SAÚDE

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© 2003 Ministério da Saúde.

Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra são de responsabilidade da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada na íntegra na Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs

Série D. Reuniões e Conferências

Tiragem: 2.ª edição – 2006 – 10.000 exemplares

Elaboração, distribuição e informações:

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS Esplanada dos Ministérios, bloco G, sala 706 CEP: 70058-900, Brasília – DF

Tels.: (61) 3315-2581 / 3226-2941 Fax: (61) 3225-4997

E-mail: mesa.sus@saude.gov.br

Home page: http://www.saude.gov.br

MINISTÉRIO DA SAÚDE Conselho Nacional de Saúde Esplanada dos Ministérios, bloco G, Edifício Anexo, Ala B, sala 104 CEP: 70058-900, Brasília – DF Tels.: (61) 3315-2150 / 3315-2151

Home page: http://www.conselho.saude.gov.br Coordenação:

Eliana Pontes de Mendonça

Colaboração:

Elizabeth Pinheiro de Albuquerque Núbia Brelaz Nunes

Capa e editoração: Dino Vinícius Ferreira de Araujo Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Ficha Catalográfica Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde.

Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS/ Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde. – 2.ª ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006.

67p. –(Série D. Reuniões e Conferências) ISBN 85-334-1100-6

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1. Apresentação ... 4 2. Introdução... 6 3. Agenda e Prioridades da Mesa Nacional de

Negociação - perspectivas atuais ... 10 4. Protocolos ... 14

· Protocolo 001/2003 - Regimento Institucional da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS

MNNP-SUS ... 15 · Protocolo 002/2003 - Instalação das Mesas Estaduais

e Municipais de Negociação Permanente do SUS... 32 · Protocolo nº 003/2005 - Criação do Sistema Nacional

de Negocição Permanente do SUS - SiNNP-SUS ... 43 · Protocolo nº 004/2005 - Processo Educativo em

Negociação do Trabalho no SUS ... 51 5. Anexos... 58 Fundamentos legais ... 59 Conselho Nacional de Saúde - Resolução 331, de 4 de

novembro de 2003 ... 60 Conselho Nacional de Saúde - Resolução 229, de 8 de

maio de 1997... 64 Conselho Nacional de Saúde - Resolução 52, de 6 de

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(5)

Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, reinstalada em 2003 por resolução unânime do Conselho Nacional de Saúde, vem consolidando-se cada vez mais como espaço fundamental para a democratização das relações de trabalho na saúde. A Mesa Permanente como estratégia de tratamento dos conflitos reafirma e reforça uma característica essencial do Sistema Único de Saúde: a lógica da negociação e pactuação entre os diversos atores que atuam no sistema.

O surgimento de Mesas Permanentes de Negociação no âmbito dos estados e municípios evidencia a importância das mesmas para a democratização das relações de trabalho e, ao mesmo tempo, estabelece as condições necessárias para a edificação de um Sistema Nacional de Negociação Permanente do Trabalho no SUS, cujas bases já foram definidas pela Mesa Nacional. A expansão das Mesas e, sobretudo a socialização de seus debates, reflexões e consensos alcançados, são ações prioritárias para este próximo período e irão concorrer para incluir cada vez mais indivíduos na grande tarefa de consolidação do SUS, auxiliando na superação de seus limites e dificuldades. A re-edição desta publicação, quando iniciamos a década do trabalhador da saúde, reafirma a Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS como prioridade deste Ministério. Estão consolidadas suas atividades, explicitada sua agenda e o plano de trabalho construído no período, bem como os instrumentos regimentais produzidos. A disseminação deste trabalho visa apoiar a ampliação de suas ações e fomentar a expansão de medidas que possam atender às novas exigências do mercado de trabalho em um estado livre e democrático.

Saraiva Felipe Ministro da Saúde

(6)
(7)

A Mesa Nacional de Negociação do Sistema Único de Saúde foi instituída mediante Resolução n.º 52, em 6 de maio de 1993, homologada pelo então Ministro da Saúde Jamil Haddad, com o objetivo de estabelecer um fórum permanente de negociação entre gestores públicos e privados e trabalhadores do SUS, sobre todos os pontos pertinentes à força de trabalho em saúde.

Essa iniciativa representava a criação de um espaço democrático, a partir do qual esperava-se concretizar o atendi-mento de reivindicações dos traba-lhadores, manifestadas em inúmeras conferências nacionais, estaduais e municipais, em que colocaram as relações e as condições de trabalho no centro das discussões. A estes temas estão natu-ralmente vinculadas outras matérias de grande relevância, que têm mobilizado tanto os trabalhadores como os gestores do SUS, como plano de carreira, cargos e salários, jornada de trabalho, saúde do trabalhador, formação e qualificação profissionais de saúde, entre outras.

Apesar de a criação da mesa ter representado uma conquista, foram realizadas apenas algumas reuniões, em intervalos irregulares.

(8)

Em 1997 a Mesa Nacional de Negociação foi reinstalada a partir da Resolução nº 229 do Conselho Nacional de Saúde e novamente não teve conti-nuidade.

As interrupções do funcionamento da Mesa Nacional de Negociação no âmbito do SUS significaram o adiamento de resoluções de conflitos de relações de trabalho que coexistem historicamente e que concorrem para o baixo equa-cionamento dos problemas que há muito deveriam estar superados.

Em 2003, a Mesa foi instalada pela terceira vez, com a denominação de Mesa Nacional de Negociação Permamente do SUS, trazendo um elenco de questões muito semelhantes àquele existente no passado.

A partir de junho de 2003, a MNNP-SUS reinicia suas atividades com uma nova estrutura e uma composição ampliada de seus membros, definindo metodologias de trabalho que serão adotadas para a condução e implementação da agenda a ser desenvolvida nos próximos anos.

Todo processo de negociação para tratar dos conflitos e demandas

(9)

decor-no âmbito do SUS tem por base os princípios e garantias constitucionais da legalidade, da moralidade, da impes-soalidade, da qualidade dos serviços, da participação – que fundamentam o Estado Democrático de Direito e asseguram a participação e o controle da sociedade sobre os atos de gestão do governo –, da publicidade - pelo qual se asseguram a transparência e o acesso às informações referentes à administração pública - e da liberdade sindical - que reconhece a legitimidade de organização dos diferentes segmentos para defesa de seus direitos.

As decisões são tomadas durante as reuniões ordinárias e extraordinárias, mediante consenso entre os membros da Mesa, em conformidade com seu regi-mento institucional.

(10)

AGENDA E PRIORIDADES

DA MESA NACIONAL DE

NEGOCIAÇÃO DO SUS

(11)

O Conselho Nacional de Saúde, ao aprovar por unanimidade a reativação da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, coloca as relações e condições de trabalho, assim como as demandas funcionais dos trabalhadores do SUS no centro das discussões, sinalizando para uma escalonada resolução dessas questões.

A iniciativa do Ministro da Saúde, de propor a reinstalação da Mesa, não foi uma postura isolada; refletiu a coerência com a qual o atual governo está tratando as questões públicas, compartilhando as decisões com a sociedade e buscando elevar a qualidade dos serviços prestados à população brasileira.

O Ministério da Saúde assegura o aporte institucional necessário para viabilizar as discussões promovidas pela Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS. Compõem a MNNP-SUS, entre gestores e prestadores de serviço:

- Ministério da Saúde (MS);

- Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); - Ministério da Educação (MEC);

- Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP);

- Ministério da Previdência Social (MPS); - Conselho Nacional de Secretários de Saúde

(Conass);

- Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems);

(12)

- Confederação Nacional de Saúde (CNS); - Confederação das Santas Casas de

Misericórdia (CMB).

Compõem a MNNP-SUS, entre as entidades de trabalhadores:

- Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS-CUT); - Confederação Nacional dos Trabalhadores

em Saúde (CNTS);

- Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam); - Confederação Nacional dos Trabalhadores no

Serviço Público Federal (Condsef); - Federação Nacional dos Sindicatos de

Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previ-dência Social (Fenasps);

- Federação Nacional dos Médicos (Fenam); - Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE); - Federação Interestadual dos Odontólogos

(FIO);

- Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi); - Federação Nacional dos Farmacêuticos

(Fenafar);

- Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra Sindical); - Federação Nacional dos Assistentes Sociais

(13)

No período de funcionamento desde sua reinstalação, a MNNP-SUS tem promovido oportunidades por meio das quais foram tomadas importantes decisões e produzidos documentos, como o seu Regimento Institucional, os Protocolos para a Instalação de Mesas Estaduais e Municipais de Negociação Permanente do SUS, do Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS, do Processo Educativo de Negociação do Trabalho no SUS, entre outros. Também foram definidos os temas que comporão a agenda de trabalho da MNNP-SUS nos próximos dois anos. Entre os quais:

• Instalação das Mesas Estaduais e Municipais de Negociação Permanente do SUS;

• constituição do Sistema Nacional de

Nego-ciação Permanente do SUS;

• desprecarização do trabalho no SUS;

• plano de carreira, cargos e salários;

• regulação do trabalho no SUS: jornada de

trabalho, cedência de pessoal, regulamentação da profissão do agente comunitário de saúde e inserção de profissionais para cuidados à saúde;

• saúde do trabalhador;

• implantação do Processo Educativo em

(14)
(15)

PROTOCOLO 001/2003 PROTOCOLO 001/2003PROTOCOLO 001/2003 PROTOCOLO 001/2003 PROTOCOLO 001/2003

REGIMENTO INSTITUCIONAL DA MESA NACIONAL REGIMENTO INSTITUCIONAL DA MESA NACIONALREGIMENTO INSTITUCIONAL DA MESA NACIONAL REGIMENTO INSTITUCIONAL DA MESA NACIONAL REGIMENTO INSTITUCIONAL DA MESA NACIONAL

DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO SUS DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO SUS DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO SUS DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO SUS DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO SUS

MNNP-SUS MNNP-SUSMNNP-SUS MNNP-SUSMNNP-SUS

A Mesa Nacional de Negociação Permanente do Sistema Único de Saúde (MNNP-SUS), instituída e vinculada ao Conselho Nacional de Saúde, mediante Resolução CNS n.º 52, de 6 de maio de 1993, publicada no Diário Oficial da União, de 26 de maio de 1993, tem por objetivo estabelecer um fórum permanente de negociação entre empregadores e trabalhadores do Sistema Único de Saúde sobre todos os pontos pertinentes à força de trabalho em saúde.

Cláusula Primeira. O presente Regimento trata

da constituição da Mesa Nacional de Negociação Permanente do Sistema Único de Saúde (MNNP-SUS), dos seus objetivos, dos princípios constitucionais e preceitos democráticos, sob os quais é regida a Mesa, da sua estruturação, do seu sistema decisório e das regras e dos procedimentos formais do processo de negociação.

I - Constituição da MNNP/SUS

Cláusula Segunda. A Mesa Nacional de

Negociação do Sistema Único de Saúde (MNNP-SUS) é constituída por gestores públicos, gestores de serviços privados, conveniados ou contratados do SUS, e entidades sindicais nacionais representativas de trabalhadores, garantindo-se a paridade.

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Parágrafo Primeiro. integram a Mesa Nacional

de Negociação Permanente do Sistema Único de Saúde:

1. Ministério da Saúde (com cinco representações):

• Departamento de Gestão e da Regulação do

Trabalho em Saúde;

• Departamento de Gestão da Educação em

Saúde;

• Coordenação-Geral de Recursos Humanos do

Ministério da Saúde;

• Secretaria de Atenção à Saúde;

• Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

2. Ministério do Trabalho e Emprego (com uma re presentação).

3. Ministério da Educação (com uma representa-ção).

4. Ministério do Planejamento (com uma represen-tação).

5. Ministério da Previdência Social (com uma re-presentação).

6. Conselho Nacional de Secretários de Saúde – Conass (com uma representação).

(17)

8. Entidade Patronal do setor privado (com duas representações):

• Confederação Nacional de Saúde (CNS);

• Confederação das Santas Casas de

Mi-sericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB).

9. Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social – CNTSS/CUT (com duas re-presentações).

10. Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde – CNTS (com uma representação). 11. Federação Nacional dos Sindicatos de

dores em Saúde, Trabalho e Previdência e tência Social – Fenasps (com uma ção).

12. Federação Nacional dos Médicos – Fenam 13. Federação Nacional dos Enfermeiros - FNE 14. Federação Interestadual dos Odontólogos – FIO

(com uma representação).

15. Federação Nacional dos Psicólogos – Fenapsi (com uma representação).

16. Federação Nacional dos Farmacêuticos – Fenafar (com uma representação).

17. Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal – Confetam (com uma representação).

18. Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal – Condsef (com uma representação).

(18)

19. Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras – Fasubra Sindical. (com uma representação).

20. Federação Nacional dos Assistentes Sociais – Fenas (com uma representação).

Parágrafo Segundo. Decorrido o período de um

ano da publicação do presente Regimento, os critérios de representação estabelecidos nesta cláusula poderão ser revistos pela MNNP-SUS. Nesta oportunidade, serão apreciados os pleitos de incorporação à MNNP-SUS, formulados pelas entidades governamentais de saúde ou pelas entidades, de âmbito nacional, representantes de empregadores e trabalhadores na saúde.

Parágrafo Terceiro. Por acordo, as partes poderão

permitir a participação de representantes de órgãos do governo e de outras entidades sindicais nacionais como novos integrantes e/ou observadores da Mesa.

(19)

II - Objetivos

Cláusula Terceira. Constituem objetivos da

MNNP-SUS:

1. o efetivo funcionamento do SUS, garantindo o acesso, a humanização, a resolutividade e a qualidade dos serviços de saúde prestados à população;

2. instituir processos negociais de caráter permanente para tratar de conflitos e demandas decorrentes das relações funcionais e de trabalho no âmbito do SUS, buscando alcançar soluções para os interesses manifestados por cada uma das partes, constituindo assim um Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS;

3. propor a regulação legal de um Sistema Nacional de Negociação Permanente no SUS; 4. negociar a Pauta Nacional de Reivindicações

dos Trabalhadores do SUS;

5. pactuar metodologias para implantação das Diretrizes estabelecidas pelas Conferências de Saúde e pela Norma Operacional Básica de Recursos Humanos (NOB-RH);

6. discutir a estrutura e a gestão administrativa do SUS;

7. propor procedimentos e atos que ensejem melhorias nos níveis de resolutividade e de qualidade dos serviços prestados à população;

(20)

8. tratar de temas gerais e de assuntos de interesse da cidadania, relacionados à democratização do Estado;

9. propor a melhoria das condições de trabalho e relacionamento hierárquico dentro das instituições de saúde, com vistas à eficácia profissional dos quadros funcionais;

10. pactuar as condições apropriadas para a instituição de um sistema nacional de educação permanente, contemplando as necessidades dos serviços de saúde e o pleno desenvolvimento na carreira do SUS;

11.pactuar incentivos para a melhoria do desem-penho, da eficiência e das condições de trabalho, contemplando as necessidades dos serviços de saúde e o pleno desenvolvimento na carreira do SUS;

12. estimular a implantação de Mesas Permanentes de Negociação nos estados, Distrito Federal e municípios, com objetivos semelhantes aos da MNNP-SUS.

III - Princípios Constitucionais e Preceitos Democráticos

Cláusula Quarta. A MNNP-SUS apóia-se nos

(21)

1. da legalidade, segundo o qual faz-se necessário o escopo da lei para dar guarida às ações do administrador público;

2. da moralidade, por meio do qual se exige probidade administrativa;

3. da impessoalidade, finalidade ou indis-ponibilidade do interesse público, que permitem tão somente a prática de atos que visem ao interesse público, de acordo com os fins previstos em lei;

4. da qualidade dos serviços, pelo qual incumbe à gestão administrativa pública a observância do preceito constitucional da eficiência, o qual inclui, além da obediência à lei, a reso-lutividade, o profissionalismo e a adequação técnica do exercício funcional na prestação dos serviços de interesse público;

5. da participação, que fundamenta o Estado Democrático de Direito e assegura a parti-cipação e o controle da sociedade sobre os atos de gestão do governo;

6. da publicidade, pela qual se assegura a transparência e o acesso às informações referentes à administração pública;

7. da liberdade sindical, que reconhece aos sindicatos a legitimidade da defesa dos interesses e direitos individuais e coletivos da categoria e da explicitação dos conflitos decorrentes das

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relações funcionais e de trabalho na adminis-tração pública, assegurando a livre organização sindical e o direito de greve aos servidores públicos, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil.

Cláusula Quinta. A MNNP-SUS também adota

os seguintes preceitos democráticos de negociação: 1. da ética, da confiança recíproca, da boa-fé, da

honestidade de propósitos e da flexibilidade para negociar;

2. da obrigatoriedade das partes em buscarem a negociação quando esta for solicitada por uma delas;

3. do direito de acesso à informação;

4. do direito ao afastamento de dirigentes e

representantes sindicais para o exercício de seus mandatos;

5. da legitimidade de representação, do respeito à vontade soberana da maioria dos representados e da adoção de procedimentos democráticos de deliberação;

6. da independência do movimento sindical e da autonomia das partes para o desempenho de suas atribuições constitucionais.

(23)

IV - Estruturação funcional

Cláusula Sexta. A MNNP-SUS estrutura-se de

forma vertical e horizontal.

Parágrafo Primeiro. A estrutura vertical da

MNNP-SUS compreende o funcionamento articu-lado de uma Mesa Nacional e de Mesas Estaduais e Municipais, constituindo o Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS.

Parágrafo Segundo. As Mesas Estaduais e

Municipais serão estimuladas e apoiadas pela Mesa Nacional.

Parágrafo Terceiro. A estrutura horizontal da

MNNP-SUS poderá ser constituída por Grupos de Trabalho e/ou Comissões Temáticas de interesse comum.

Parágrafo Quarto. Os GT’s e/ou Comissões

Temáticas terão por finalidade subsidiar as discussões da MNNP-SUS, a qual também determinará suas abrangências e prazos de funcionamento.

Parágrafo Quinto. Ao final dos trabalhos, os

GT’s e/ou Comissões Temáticas elaborarão relatórios contendo as propostas, de consenso ou não, que serão remetidas para apreciação e aprovação pela MNNP-SUS.

(24)

V - Prerrogativas e competências

Cláusula Sétima. O tratamento dos conflitos e

das demandas decorrentes dos vínculos funcionais e de trabalho, no âmbito do SUS, e as garantias ora estabelecidas constituem prerrogativas exclusivas das partes subscritoras do presente Regimento.

Parágrafo Único. Compete, exclusivamente, à

Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, dar encaminhamento as tratativas de caráter geral consensuadas na Mesa entre as entidades sindicais nacionais representativas dos trabalhadores e dos gestores públicos e privados, conveniados e contratados do SUS.

VI - Estímulo à Instância de Negociação

Cláusula Oitava. As partes assumem o

compromisso de buscar soluções negociadas para os assuntos de interesse dos trabalhadores e do Sistema Único de Saúde (SUS), baseando-se no princípio da boa-fé e atuando sempre com transparência, além de envidar todos os esforços necessários para que os pontos negociados sejam cumpridos.

VII - Caráter Deliberativo e Sistema Decisório

Cláusula Nona. A reunião da MNNP-SUS

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Parágrafo Único. Inexistindo consenso, as

proposições divergentes serão encaminhadas para apreciação e deliberação do Conselho Nacional de Saúde, quando isto for acordado.

Cláusula Décima. Para produzirem efeito, as

decisões emanadas da MNNP-SUS deverão obedecer aos preceitos legais e àqueles que regem o Sistema Único de Saúde (SUS) e a administração pública, seja quanto à forma, seja quanto ao mérito.

VIII - Regras e procedimentos formais do processo de negociação Coordenação

dos trabalhos

Cláusula Décima Primeira. O processo de

negociação na MNNP-SUS será coordenado pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde.

Parágrafo Primeiro. Para organização e

opera-cionalização da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, fica constituída uma Secretaria Executiva, com a finalidade de articular e encaminhar os trabalhos, de acordo com a agenda deliberada em plenária da Mesa, sob a responsabilidade de um Secretário Executivo.

Parágrafo Segundo. Compete à Secretaria

Executiva da MNNP-SUS, entre outras atribuições que lhes forem expressamente conferidas:

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1. Providenciar as condições necessárias à realização das reuniões da Mesa e ao bom funcionamento do sistema de negociação;

2. convocar os participantes para as reuniões ordinárias e extraordinárias da Mesa;

3. definir, após consulta aos partícipes, sempre que possível, o local e o horário das reuniões extraordinárias da Mesa, quando esta estiver impossibilitada de assim decidir;

4. receber itens, elaborar e encaminhar aos partícipes, antecipadamente, a pauta de cada reunião; 5. reunir e distribuir material, estudos e pareceres

para subsidiar as discussões, quando for o caso; 6. secretariar as reuniões;

7. elaborar atas de reuniões e repassá-las aos partícipes, cuidando para que sejam assinadas por todos;

8. reunir documentos e manter arquivo público organizado do processo de negociação.

Facilitador do Processo

Cláusula Décima Segunda. A MNNP-SUS

poderá ter seus trabalhos acompanhados pela figura de um facilitador, que detenha experiência específica em negociação coletiva.

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Parágrafo Primeiro. A competência material do

facilitador do processo restringe-se aos aspectos referentes à formulação e à forma de funcionamento da MNNP-SUS, não lhe competindo atuar sobre o mérito das questões tratadas.

Parágrafo Segundo. O facilitador do processo

será indicado de comum acordo pelos integrantes da Mesa.

Parágrafo Terceiro. Na impossibilidade de

indicação por comum acordo, a designação do facilitador será promovida em sistema de rodízio, nos termos estabelecidos pela Mesa.

Assessoria Técnica

Cláusula Décima Terceira. As partes envolvidas

no processo de negociação poderão solicitar à participação de assessorias técnicas na Mesa de Negociação, desde que previamente acordadas.

Mediação

Cláusula Décima Quarta. Em caso de impasse,

poderá ser nomeado como mediador, um repre-sentante de entidade da sociedade civil, para viabilizar o processo de negociação, desde que acordado entre as partes.

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Procedimentos

Cláusula Décima Quinta. As questões trazidas

pelos partícipes, bem como as respectivas respostas, réplicas, tréplicas, etc., deverão ser sempre escritas e arrazoadas.

Parágrafo Único. Ao partícipe, a quem é dirigida

a questão, cumpre apresentar sua avaliação por escrito, arrazoando sua posição frente ao que lhe foi apresentado, em prazo estabelecido preferencial-mente de comum acordo ou, não sendo isso possível, fixado pela Coordenação, o qual não poderá ultrapassar a 15 (quinze) dias, prorrogáveis, de comum acordo, por até mais 15 (quinze) dias.

Parágrafo Único. Ao partícipe, a quem é dirigida

a questão, cumpre apresentar sua avaliação por escrito, arrazoando sua posição frente ao que lhe foi apresentado, em prazo estabelecido preferencial-mente de comum acordo. Não sendo isso possível, o prazo será fixado pela Coordenação em 15 (quinze) dias, prorrogáveis, por até mais 15 (quinze) dias.

Reuniões Ordinárias

Cláusula Décima Sexta. Quando não

estabele-cido calendário específico, as reuniões ordinárias da Mesa Nacional Permanente de Negociação do SUS serão mensais.

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poderão ser realizados de forma verbal, ao final de cada reunião, fazendo-se a devida anotação na respectiva ata.

Parágrafo Segundo. A Mesa Nacional de

Negociação Permanente do SUS deverá observar os seguintes procedimentos:

1. previamente, os partícipes receberão a convocação formal, acompanhada da pauta da reunião, da ata da reunião anterior e demais documentos e materiais de subsídios;

2. os partícipes deverão apresentar propostas de itens à pauta de reunião no prazo de até 10 (dez) dias úteis, anteriores à sua realização;

3. a convocação dos partícipes para a reunião ordinária será encaminhada no prazo de 7 (sete) dias úteis, anteriores à sua realização;

4. a convocação informará a data e o local da reunião e a proposta de pauta, cabendo à Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS decidir sobre esta, no dia da reunião.

Reuniões Extraordinárias

Cláusula Décima Sétima. Poderão ocorrer

reuniões extraordinárias da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, a qualquer tempo, desde que requerida pela maioria absoluta dos seus integrantes.

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Parágrafo Primeiro. O requerimento de reunião

extraordinária deverá conter os itens da proposta de pauta que conformará a ordem do dia.

Parágrafo Segundo. A data da realização da

reunião extraordinária será designada pela Secretaria Executiva, em prazo não superior a 15 (quinze) dias úteis, contados da data de recebimento da solicitação.

Formalização de resultados

Cláusula Décima Oitava. As decisões da

MNNP-SUS serão registradas em atas ou em protocolos, dependendo da sua complexidade.

Parágrafo Primeiro. Os Protocolos da

MNNP-SUS conterão as considerações preliminares que motivaram a decisão, seu conteúdo, propriamente dito, e os procedimentos legais e burocráticos previstos para sua efetiva implementação e cumprimento.

Parágrafo Segundo. A Mesa Nacional de

Negociação Permanente do SUS instituirá modelos de protocolos e orientações quanto à sua aplicação.

Cláusula Décima Nona. Os assuntos tratados

pela Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS serão registrados em atas de reunião pela Secretaria Executiva que as submeterá, após leitura, a assinatura dos partícipes.

(31)

na Saúde, que os remeterá, anualmente, ao Arquivo do Conselho Nacional de Saúde.

Disposições finais

Cláusula Vigésima Primeira. O

descumpri-mento deste Regidescumpri-mento será considerado como rompimento das bases fundamentais da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS.

Cláusula Vigésima Segunda. Os casos omissos,

dúvidas e controvérsias relativos à aplicação do presente Regimento serão dirimidos pela Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS.

Cláusula Vigésima Terceira. Compete

exclusi-vamente à Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS decidir sobre a alteração do presente Regimento.

Cláusula Vigésima Quarta. Este Regimento

será publicado no Diário Oficial da União, por ato do Ministro de Estado da Saúde.

(32)

PROTOCOLO 002/2003

PROTOCOLO PARA A INSTALAÇÃO DAS MESAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO SUS

Protocolo para instituição formal das Mesas Estaduais e Municipais de Negociação Permanente do SUS estabelecido entre si pelos gestores federal, estaduais (Conass) e municipais (Conasems), empregadores privados e entidades sindicais representativas de trabalhadores.

1. Justificativa

Uma premissa deve servir de paradigma para os novos padrões institucionais que a administração pública inaugura com as organizações de classe dos trabalhadores por meio do presente ato: o reconhecimento de que a democratização das relações de trabalho, tanto no setor público como no privado, constitui verdadeiro pressuposto para a democrati-zação do Estado, para o aprofundamento da democracia e para a garantia do exercício pleno de direitos de cidadania em nosso País1.

(1) Extraído do Protocolo para instituição formal da Mesa Nacional de Negociação Permanente - firmado entre o Governo Federal e as entidades representativas dos servidores públicos civis da União, sendo signatários os titulares dos seguintes ministérios: Casa Civil, Fazenda, Previdência Social, Trabalho, Saúde, Educação,

(33)

No universo das políticas públicas, a saúde é uma das mais importantes e complexas, particular-mente no que se refere à gestão do trabalho e da educação. O SUS promoveu a inclusão de milhões de usuários até então desassistidos. Com ele se avançou consideravelmente na sustentação financeira e na descentralização das ações e serviços de saúde, mas as políticas de gestão do trabalho e da educação na saúde estiveram relegadas a um plano secundário. O ambiente de trabalho no SUS também é naturalmente conflituoso. Em razão das dificuldades em lidar com controvérsias, tanto da parte dos gestores, como dos sindicatos, surgem conflitos, por vezes de difícil solução, que poderiam ser evitados se existissem fóruns permanentes.

As ações e os serviços públicos e privados (contratados ou conveniados) que integram o Sistema Único de Saúde são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas nos arts. 198 e 199 da Constituição Federal e princípios da Lei n.º 8.080/1990. Daí ser plenamente justificável (e necessário) a participação desse setor nas Mesas de Negociação, na perspectiva de se inaugurar novos paradigmas para as relações de trabalho na saúde.

Em razão da descentralização político-admi-nistrativa, que prevê direção única em cada esfera de governo, com ênfase para a descentralização dos serviços em prol do município, é fundamental que os processos de negociações a serem instalados (ou consolidados) adotem esta configuração.

(34)

Diz o art. 7.º da Lei Federal n.º 8.080/1990, inciso XI, que a gestão do SUS deverá se dar com a conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, na atenção à saúde da população. Assim, a política de recursos humanos na área de Saúde será formalizada e executada, articuladamente, pelas diferentes esferas de governo (art. 27 da Lei Federal n.º 8.080/1990).

Mesmo que a Resolução n.º 111 (de 9/6/1994), do Conselho Nacional de Saúde, que propõe ao Distrito Federal, aos estados e municípios a constituição de Mesas Estaduais e Municipais de Negociação Coletiva de Trabalho, não tenha alcançado o resultado esperado, pelo menos até o momento, ainda assim frutificou experiências positivas desse processo.

Diante da nova realidade política do País, o Conselho Nacional de Saúde reassumiu, com todo vigor, o debate da negociação de trabalho em saúde como uma de suas metas e, atendendo as recomenda-ções das Conferências de Saúde, ratificou, em junho de 2003, a Resolução n.º 111. Um dos frutos dessa ação foi a imediata reinstalação da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, em ato homolo-gado pelo Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Saúde, Humberto Costa, como um canal estraté-gico na busca de se firmar compromissos duradouros

(35)

Vencida essa etapa inicial, cumpre-nos, agora, Governo Federal, gestores estaduais e municipais, empregadores e trabalhadores dar mais um passo fundamental visando a constituir um Sistema Nacional Permanente de Negociação de Trabalho no SUS: a instalação e consolidação de Mesas Estaduais e Municipais de Negociação de Trabalho na Saúde.

Nesse sentido, o XIX Congresso do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) determinou, como sendo uma de suas prioridades de ação, reconhecer a gestão de pessoas e as relações de trabalho como eixo central e prioritário da atuação das três instâncias gestoras do SUS (CARTA DE BELO HORIZONTE, 27 a 30 de abril de 2003).

Por sua vez, em seminário nacional, o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) afirmou a prioridade da discussão das questões referentes às políticas de recursos humanos para saúde e apoiou a constituição das Mesas de Negociação como fóruns privilegiados de discussão das questões relativas a esse segmento, em todos as esferas de gestão do SUS (CARTA DE SERGIPE, 12 de julho de 2003).

O documento de princípios e diretrizes para elaboração da NOB/RH-SUS, aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde, orienta no sentido que, estados e municípios encaminhem a CIB e a CIT, processo de constituição formal das Mesas de Negociação Permanentes.

Reconhecendo que a consecução desses objetivos incumbe ao conjunto da sociedade, cabe

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ao Governo Federal, ao Conass, ao Conasems e as entidades que representam os interesses dos trabalhadores, de acordo com o caráter democrá-tico da administração pública, consagrado pela Constituição Federal de 1988 – porém, ainda não efetivado plenamente – liderarem o processo de construção de canais participativos, sistemáticos e resolutivos de interlocução permanente, como eixo central da democratização das relações de trabalho. Considerando a natureza diversa do setor público, no que se refere à consecução das finalidades administrativas, é fundamental se ter claro que a transparência administrativa, o comprometimento e a participação do controle social e dos trabalha-dores nas decisões que dizem respeito ao SUS constituem elementos fundamentais e estruturais desse processo. Assim, a garantia e o respeito ao direito de organização dos trabalhadores no serviço público, consagrado pela Constituição Federal de 1988, representam o reconhecimento de conquistas sociais obtidas em árdua luta.

Os interesses da cidadania na prestação de serviços públicos qualificados de saúde devem se constituir em referência obrigatória nas discussões desse tema, seja por que tais interesses representam a razão de ser da administração pública e do próprio Estado, seja por coerência política, uma vez que almejamos a construção de um Estado garantidor do pleno exercício da cidadania ao conjunto da população.

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da qualidade dos serviços, arrolado como interesse indisponível da sociedade. A consecução desse objetivo passa, necessariamente, por uma revisão profunda no processo de realização do trabalho e por melhorias substanciais das suas condições, inclusive salariais, profissionais e educacionais.

Assim, impõe-se, entre os objetivos a serem alcançados pelas partes à Mesa de Negociação, a construção de alternativas e formas para se obter a melhoria das condições de trabalho, o estabeleci-mento de uma política salarial permanente traduzida em um Plano de Cargos, Carreiras e Salários, pautada por políticas de democratização das relações de trabalho, de valorização dos trabalhadores do SUS e de qualificação dos serviços prestados à população.

Nesse contexto, que tem no horizonte uma sociedade e um Estado capazes de assegurarem direitos da cidadania para todos, materializados, sobretudo, na prestação de serviços públicos eficientes e qualificados, é que se empreende o desenvolvimento de uma nova concepção de relações democráticas de trabalho, que tenha como eixo central a instituição de um sistema democrático de apresentação e tratamento de conflitos decorrentes das relações de trabalho, no âmbito do SUS.

Para implementação desses objetivos, as partes decidem celebrar o presente protocolo e estabelecer, de modo concomitante, um calendário de instalação de Mesas Permanentes, baseadas nos princípios e regras que informam e regem a administração pública

(38)

e nos preceitos democráticos e universais, que presidem os processos participativos e coletivos de negociações de conflitos.

2. Princípios fundamentais da Mesa

As Mesas de Negociação Permanente do SUS apóiam-se nos seguintes princípios e garantias constitucionais:

1. da legalidade, segundo o qual faz-se necessário o escopo da lei para dar guarida às ações do administrador público;

2. da moralidade, por meio do qual se exige probidade administrativa;

3. da impessoalidade, finalidade ou indisponibilida-de do interesse público, que permitem tão somente a prática de atos que visem ao interesse público, de acordo com os fins previstos em lei;

4. da qualidade dos serviços, pela qual incumbe à gestão administrativa pública os preceitos que incluem, além da obediência à lei, a honestidade, a resolutividade, o profissionalismo e a adequação técnica do exercício funcional no atendimento e qualidade dos serviços de interesse público; 5. da participação que fundamenta o Estado

Democrático de Direito e assegura a participação e o controle da sociedade sobre os atos de gestão do governo;

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7. da liberdade sindical, que reconhece aos sindicatos a legitimidade da defesa dos interesses e da explicitação dos conflitos decorrentes das relações de trabalho na administração pública, assegurando a livre organização sindical e o direito de greve aos trabalhadores, nos termos da Constituição Federal e legislação infraconstitucional.

3. Funcionamento das Mesas

Considerando que a Mesa de Negociação se insere no contexto mais amplo da democratização do Estado e da prestação dos serviços públicos essenciais, evidencia-se o interesse em fortalecer os instrumentos de controle social e de participação da sociedade nesse processo, recomenda-se que sejam previstos mecanismos de participação direta de entidades representativas da sociedade que poderão atuar como instâncias consultivas e mediadoras.

Todos os procedimentos das mesas deverão ser formalizados e suas decisões registradas em protocolos e implementadas pelas partes.

As partes também se comprometem a promover a regulamentação legal do sistema de negociação permanente e, ainda, a firmar um instrumento normativo, podendo ser um protocolo que possibilite, de forma ordenada, o funcionamento da Mesa Estadual ou Municipal até a sua regulamentação final.

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4. Objeto da Negociação

O objeto das Mesas Estaduais e Municipais de Negociação Permanente do SUS será a busca de soluções negociadas para os interesses, os conflitos e demandas decorrentes das relações funcionais e do trabalho, manifestados por cada uma das partes, assim como a celebração de acordos que externem as conclusões dos trabalhos, comprometendo-se cada uma delas, com o fiel cumprimento do que for acordado, respeitados os princípios constitucionais que regem a administração pública e o SUS.

Sem prejuízo de outros itens específicos que possam constar na pauta de negociação, as Mesas deverão dedicar-se, no próximo período, aos seguintes assuntos:

1. o efetivo funcionamento do SUS, garantindo o acesso, a humanização, a resolutividade e a qualidade dos serviços de saúde prestados à população;

2. instituir processos de negociação de caráter permanentes para tratar de conflitos e demandas decorrentes das relações funcionais e do trabalho no âmbito do SUS, buscando alcançar soluções para os interesses manifestados por cada uma das partes, constituindo assim um Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS;

3. negociar a pauta de reivindicações dos trabalhado-res do SUS;

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Saúde e pelo documento de princípios e diretrizes da NOB-RH/SUS;

5. propor procedimentos e atos que ensejem melhorias nos níveis de resolutividade e de qualidade dos serviços prestados à população; 6. tratar de temas gerais e de assuntos de interesse da cidadania, relacionados à democratização do Estado;

7. Propor a melhoria das condições de trabalho e do relacionamento hierárquico dentro das instituições de saúde, com vistas à eficácia profissional dos quadros funcionais;

8. Pactuar as condições apropriadas para a instituição de um sistema de educação permanente, contem-plando as necessidades dos serviços de saúde e o pleno desenvolvimento na carreira do SUS; e 9. Pactuar incentivos para melhoria do desempenho,

da eficiência, e das condições de trabalho, contemplando as necessidades dos serviços de saúde e o pleno desenvolvimento na carreira do SUS.

5. Disposição Final

A ação interativa dos diversos interlocutores sociais, coadunando interesses específicos à consecução dos fins da instituição pública, pode viabilizar a eficiente prestação de serviços de saúde

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à população, que garantam a integralidade da atenção, razão pela qual as partes firmam o presente protocolo, o qual a Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS aprova e submete à apreciação do Conselho Nacional de Saúde.

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PROTOCOLO 003/2005

PROTOCOLO SOBRE A CRIAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO SUS

SiNNP-SUS

Dispõe sobre a criação do

Sistema Nacional de Nego-ciação Permanente do SUS – SiNNP-SUS.

A Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS – MNNP-SUS, instituída com base nas Resoluções 52, 229 e 331, do Conselho Nacional de Saúde, nos termos estabelecidos em seu Regimento Institucional (RI), aprovado em 05 de agosto de 2003,

CONSIDERANDO:

a) que figura entre seus objetivos: “Instituir processos negociais de caráter permanente para tratar de conflitos e demandas decorrentes das relações de trabalho no âmbito do SUS, buscando alcançar soluções para os interesses manifestados por cada uma das partes, constituindo assim um Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS”, bem como “Propor a regulação legal de um Sistema Nacional de Negociação Permanente no SUS” (Cláusula Terceira do RI, alíneas 2 e 3);

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b) que sua estrutura vertical “compreende o fun-cionamento articulado de uma Mesa Nacional e de Mesas estaduais e municipais, constituindo o Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS. (Cláusula Sexta, parágrafo primeiro do RI);

c) que foi instituída a Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS e encontram-se em processo de implementação Mesas Estaduais e Municipais de Negociação Permanente do SUS, condição preliminar para a constituição do Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS;

d) a necessidade, de acordo com as características do SUS e realidade regionais, instituir as Mesas Regionais de Negociação Permanente do SUS;

e) que, o Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS deve guardar e estabelecer sintonia de pautas, metodologias de trabalho e estratégias de ações, sendo fundamental garantir o funcionamento, a regulação e a comunicação entre os três entes federados, com vistas à integração do processo de negociação do trabalho no âmbito do SUS,

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RESOLVE:

Art. 1º - Criar o Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS - SiNNP-SUS, no âmbito do Sistema Único

de Saúde, constituído pelo conjunto de Mesas de Negociação Permanente, instituídas regularmente, de forma articulada, nos níveis Federal, Estaduais e Municipais, respeitada a autonomia de cada ente político.

Art. 2º - O SiNNP-SUS observará os seguintes critérios e

diretrizes:

a) Da legitimidade: cumpridos os requisitos e uma vez

homologadas pela MNNP-SUS, novas Mesas Estaduais, Regionais e Municipais de Negociação Permanente do SUS poderão, a qualquer tempo, integrar-se ao SiNNP-SUS. Para integrar-se ao Sistema, as Mesas deverão ser constituídas como Mesas específicas do SUS e respeitados os seguintes segmentos: gestores públicos e privados, das três esferas de governo, e as entidades sindicais representativas de trabalhadores dos setores público e privado da saúde;

b) Da natureza da representação: as instâncias constitutivas

do SiNNP-SUS, são: as Mesas Nacional, Estaduais, Regionais e Municipais de Negociação Permanente do SUS que cumprirem os requisitos estabelecidos neste Protocolo e que solicitarem a sua subscrição à MNNP-SUS. Por avaliação da MNNP-SUS poderão integrar-se ao SiNNP-SUS Mesas que mesmo não obedecendo a

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todos os requisitos, forem consideradas estratégicas à consolidação do Sistema;

c) Do caráter não concorrente: o SiNNP-SUS não tem

atribuições concorrentes com as definidas legalmente para órgãos governamentais e para os Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais de Saúde;

d) Do caráter democrático: O SiNNP-SUS,

constituir-se-á em um FÓRUM NACIONAL, assegurando-se a participação de todos os integrantes das Mesas Nacional, Estaduais, Regionais e Municipais de Negociação Permanente do SUS na construção de um sistema democrático de relações de trabalho no âmbito do SUS;

e) Do caráter consultivo: O SiNNP-SUS constituir-se-á

em instância para apresentação de consultas, solicitação de orientações e promoção de políticas de gestão do trabalho no SUS, por parte das Mesas Nacional e das Mesas Estaduais, Regionais e Municipais de Negociação Permanente do SUS.

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Art. 3º - Constituem objetivos do SiNNP-SUS:

I - promover a articulação e integração entre as Mesas de Negociação Permanente do SUS, a fim de proporcionar a troca de experiências e a construção de processos de negociação, sintonizados com a agenda de prioridades definida nacionalmente; II - Implementar novas metodologias para

apri-moramento do processo de negociação do trabalho no âmbito do SUS;

III - orientar o desenvolvimento das estratégias e metodologias de negociação do trabalho, com vistas ao atendimento das demandas, utilizando formas de resoluções de conflitos decorrentes das relações de trabalho, tendo em vista as finalidades, princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde.

IV - acompanhar, por meio da Secretaria Executiva da MNNP-SUS, os processos de negociação em âmbito nacional, atinentes às relações de trabalho e emprego no setor saúde;

V - Implementar instrumentos, metodologias e indi-cadores que possibilitem a avaliação da eficiência, eficácia e efetividade dos processos de negociação do trabalho no âmbito do SUS que garantam a qualidade dos serviços de saúde;

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VI - fomentar o desenvolvimento de mecanismos de gestão da força de trabalho, especialmente nos aspectos relativos à negociação e soluções de conflitos decorrentes das condições e relações de trabalho; VII - acompanhar as demandas da regulação do exercício

profissional e das ocupações da linha de cuidados à saúde dos cidadãos brasileiros;

VIII-acompanhar o desenvolvimento de estudos e análises sobre as políticas voltadas à força de trabalho e à saúde do trabalhador no âmbito SUS;

IX - buscar a elaboração de agendas de interesses em questões de negociação e gestão do trabalho na área de saúde que resulte na melhoria do cuidado da atenção à saúde.

Art. 4º - Para fins operacionais, o SiNNP-SUS:

a) Reportar-se-á à MNNP-SUS, vinculando-se a sua Secretaria-Executiva que Instituirá uma Coordenação Executiva, responsável pelos encaminhamentos dos trabalhos referentes à implementação plena do SiNNP-SUS;

b) A Coordenação Executiva do SiNNP-SUS será constituída por oito membros, representativos das

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indicados pelo segmento dos gestores e quatro indicados pelo segmento dos trabalhadores, para um mandato de 12 (doze meses), segundo processo de constituição dirigido pela MNNP-SUS;

c) Apoiar-se-á nas assessorias técnicas da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde;

d) Disporá de endereço eletrônico próprio de comunicação para facilitar o contato entre gestores e trabalhadores da área da saúde;

e) Disporá dos serviços e participará das atividades do sítio “Sala Virtual de Apoio à Negociação do Trabalho

no SUS” para promover a troca de experiências e a

divulgação dos processos de negociação, para participar dos processos educativos e de capacitação, destinados ao setor, e para constituir e disponibilizar o acervo documental referente à instalação e ao funcionamento das Mesas que o integram.

Art.5º - Na certeza de que o caminho para a consolidação

do Estado Democrático de Direito, expressamente determinado pela Constituição Federal, pressupõe a democratização das relações de trabalho, que têm, na criação do Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS - SiNNP-SUS, sua pedra fundamental, a Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS aprova o presente Protocolo, na forma e nos termos das atribuições que lhes são conferidas pela Cláusula Décima Oitava do seu Regimento Institucional, aprovando também orientação

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para que seja procedida sua ratificação por intermédio de Portaria a ser editada pelo Ministério da Saúde.

(51)

PROTOCOLO 004/2005

PROTOCOLO SOBRE O PROCESSO EDUCATIVO EM NEGOCIAÇÃO DO TRABALHO NO SUS

Aprova o Processo Educativo

em Negociação do Trabalho no SUS e institui diretrizes para sua

execução.

A Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS – MNNP-SUS, instituída com base nas Resoluções Nºs. 52, 229 e 331 do Conselho Nacional de Saúde, nos termos estabelecidos em seu Regimento Institucional (RI), aprovado em 05 de agosto de 2003,

CONSIDERANDO:

a) que figura entre seus objetivos: instituir processos negociais de caráter permanente para tratar de conflitos e demandas decorrentes das relações funcionais e de trabalho no âmbito do SUS, buscando alcançar soluções para os interesses manifestados por cada uma das partes, constituindo assim um Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS; tratar de temas gerais e de assuntos de interesse da cidadania, relacionados à democratização do Estado; pactuar as condições apropriadas para a instituição de um sistema nacional de educação permanente, contemplando as necessidades dos serviços

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de saúde e o pleno desenvolvimento na carreira do SUS; estimular a implantação de Mesas Permanentes de Negociação nos Estados, Distrito Federal e Municípios, com objetivos semelhantes aos da MNNP – SUS (Cláusula Terceira do RI, alíneas 2, 8,10 e 12);

b) que a consecução dos objetivos regimentais, acima mencionados, pressupõe a democratização das relações de trabalho estabelecidas no âmbito do SUS, cujo processo demanda a instituição de novas metodologias de tratamento dos conflitos do trabalho, alicerçadas na combinação de ferramentas, tais como o Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS, com processos educativos de amplo alcance, destinados a reafirmar posturas culturais no serviço comprometidas com os interesses da cidadania;

c) que o caráter compartilhado da gestão do SUS, as dimensões continentais do país e a urgência em qualificar os serviços universais de saúde, impõem a adoção de processos educacionais assentados nas mais avançados concepções pedagógicas e em recursos tecnológicos de ponta, seja para propiciar apoio direto à implementação e ao funcionamento da nova ferramenta, seja para promover acesso aos conteúdos educativos;

d) que o processo educativo, objetivando a democratização das relações do trabalho no SUS, vem sendo construído

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saúde, representados por meio de suas entidades sindicais;

e) que a Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS - MNNP-SUS, em sua reunião ordinária realizada em Belo Horizonte, nos dias 30 de agosto e 1º de setembro de 2004, aprovou as diretrizes e bases do Processo Educativo em Negociação do Trabalho no SUS, propostas por especialistas da área, aprovando também a constituição da Comissão de Acompanhamento do Processo Educativo da MNNP-SUS,

RESOLVE:

Art. 1º - Aprovar o “Processo Educativo em Negociação do Trabalho no SUS”, documento em anexo que passa a fazer

parte integrante do presente Protocolo, contento o formato e as diretrizes de execução do Processo Educativo em Negociação do Trabalho no SUS.

Art. 2º - Definir o número total de vagas oferecidas para

participação no Processo Educativo em 2.000 (duas mil) inscrições para alunos/negociadores, envolvendo, também, 80 Tutores e 25 Autores. Para a indicação dos alunos/negociadores deverão ser observadas as seguintes orientações e critérios:

1 - Considerando a dinâmica de implantação progressiva e de funcionamento das Mesas que integram e que virão a integrar o Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS - SiNNP-SUS, a distribuição de vagas será procedida

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segundo critérios técnicos, estabelecidos pela Comissão de Acompanhamento do Processo Educativo da MNNP-SUS, de acordo com as seguintes condições:

a) que as vagas sejam ocupadas por representantes de Mesas de Negociação que integrem o Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS, representantes de Mesas que estão em processo de implementação e representantes de entidades que integram o SUS e que participam de processo de negociação ainda não institucionalizado;

b) os representantes mencionados acima deverão receber indicação formal de suas instâncias para participar do Processo Educativo.

2 - Verificadas as condições preliminares acima estabelecidas, a Comissão de Acompanhamento observará, em ordem de prioridade, os seguintes critérios para a distribuição de vagas:

a) prioridade para indicações de vagas por parte da MNNP-SUS e de Mesas de Negociação Estaduais, Regionais e Municipais;

b) prioridade solicitada e aprovada pela Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, por razões de relevante interesse público;

c) presença de representantes de todas as regiões do país e

d) outros critérios definidos por razões técnicas pela própria Comissão de Acompanhamento.

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Art. 3º - A seleção de Tutores deverá obedecer aos seguintes

critérios, já acordados na Comissão de Acompanhamento do Processo Educativo em Negociação do Trabalho no SUS:

a) ter formação e prática profissional generalista; b) ter experiências em processos educativos e condução

de grupos;

c) ter noções e manuseio básico de informática; d) entender da área de negociação;

e) ter disponibilidade de 20 horas semanais para se dedicar ao curso;

f) ter disponibilidade para realizar deslocamentos por outras regiões do país.

§ 1º - Serão indicados 240 candidatos, 50% pelas

entidades sindicais de trabalhadores que compõem a MNNP-SUS e 50% por gestores públicos e prestadores privados de saúde que compõem a MNNP-SUS

§ 2º - Serão selecionados 80 Tutores, por meio de uma

comissão composta pelo Ministério da Saúde, ENSP/FIOCRUZ e representação indicada pelas entidades sindicais de trabalhadores que compõem a MNNP-SUS.

Art. 4º - Ao término do processo de seleção de tutores e

alunos/negociadores deverá ser garantido, respectivamente, que haja paridade entre gestores públicos/ prestadores privados de saúde e trabalhadores.

Parágrafo Único - Disponibilizada a vaga e havendo recusa formalmente manifestada de participação de qualquer dos segmentos, a Comissão de Acompanhamento ficará desobrigada do cumprimento desta condição.

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Art. 5º - Ratificar a Coordenação Pedagógica do Processo

Educativo em Negociação do Trabalho no SUS, de forma compartilhada entre o Ministério da Saúde, por intermédio do DEGERTS e DEGES e da Escola Nacional de Saúde Pública, ENSP/FIOCRUZ, responsável pela orientação pedagógica do projeto.

Art. 6º - Constituir a Comissão de Acompanhamento do

Processo Educativo da SUS, já aprovada pela MNNP-SUS, composta pelos membros da Coordenação Pedagógica, por um representante dos Prestadores Privados de Saúde, e por quatro representantes da Bancada dos Trabalhadores na MNNP-SUS, indicados por seus pares, cujo papel principal é auxiliar na superação de eventuais impasses e dificuldades, colaborando para a implementação e execução do projeto e para a fiel aplicação dos conceitos e das diretrizes estabelecidas no documento “Processo Educativo em Negociação do Trabalho no SUS” e no presente Protocolo.

Art. 7º Foram indicados pelas diversas entidades que

compõem a Comissão de Acompanhamento do Processo Educativo, os Autores para comporem o Grupo que está produzindo o material pedagógico do Processo Educativo. Os critérios utilizados para a indicação foram técnicos e políticos.

Art. 8º Reafirmar, entre as diretrizes e critérios para

execução do Processo Educativo que, considerando a convergência de objetivos de ambos os projetos, o Processo Educativo em Negociação do Trabalho no SUS será desenvolvido, sempre que possível, de forma integrada e por

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no SUS”, disponibilizada no endereço www.ead.fiocruz.br/ mini_portais/mesas/ , cuja aprovação, pela Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, ocorrida na reunião ordinária realizada em Belo Horizonte em 30 de agosto e 1º de setembro de 2004, ora se ratifica.

Art. 9º - Ratificando entendimento de que o caminho

para a consolidação do Estado Democrático de Direito, expressamente determinado pela Constituição Federal, pressupõe a democratização das suas relações de trabalho, objetivo que, para ser alcançado demanda, na área da saúde, a instalação plena e o funcionamento eficaz do Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS, cujo êxito depende, em boa parte, do Processo Educativo em Negociação do Trabalho no SUS, a Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, na forma e nos termos das atribuições que lhes são conferidas pela Cláusula Décima Oitava do seu Regimento Institucional, aprova o presente Protocolo, para submetê-lo à ulterior apreciação do Conselho Nacional de Saúde.

(58)
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FUNDAMENTOS LEGAIS

FUNDAMENTAÇÃO DAS BASES LEGAIS DA MNNP-SUS

A Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS constitui-se em um instrumento de negociação que observa a legislação vigente e fundamenta-se nos seguintes dispositivos legais:

Da Constituição Federal de 1988, o art. 37.º, inciso VI – “é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical”; o art. 8.º , inciso VI – “é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho”; o art. 7.º, inciso XXVI – “reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho”;

Das Recomendações e Resoluções das Conferências Nacionais de Saúde, e da II Conferência Nacional de Recursos Humanos para a Saúde;

• Resolução n.º 52, de 6 de maio de 1993, do Conselho

Nacional de Saúde;

• Resolução n.º 229, de 3 de julho de 1997, do Conselho

Nacional de Saúde;

• Resolução n.º 331, de 4 de novembro de 2003, do

(60)

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE

RESOLUÇÃO N.º 331, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2003 O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em sua Centésima Trigésima Sexta Reunião Ordinária, realizada nos dias 3 e 4 de novembro de 2003, no uso de suas competências regimentais e atribuições conferidas pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, e pela Lei n.º 8.142, de 28 de dezembro de 1990, e considerando:

a) as Resoluções CNS n.º 52, de 6 de maio de 1993, e nº 229, de 8 de maio de 1997 e

b) a importância da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, como fórum de negociação entre empregadores e trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), tratando sobre todos os pontos pertinentes à força de trabalho em saúde.

Resolve:

1) Ratificar o ato de reinstalação da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS (MNNP-SUS), ocorrida na 131.ª Reunião Ordinária, em 4 e 5 de junho de 2003, de acordo com os objetivos das Resoluções de n.º 52 e 229 e as deliberações do pleno do Conselho para estabelecer negociação sobre os seguintes temas contidos no documento: Princípios e Diretrizes para a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos para o SUS (NOB/RH):

• Plano de Cargos e Carreira da Saúde – PCCS (Carreira/SUS);

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• Critérios para liberação de dirigentes para exercer mandato sindical;

• Seguridade de servidores;

• Precarização do trabalho, formas de contratação e ingresso no setor público;

• Instalação de Mesas Estaduais e Municipais de Negociação;

• Reposição da força de trabalho no SUS; e

• Outros temas sugeridos.

2) Propor alteração na composição da MNNP-SUS, prevista na Resolução CNS n.º 229, de 8 de maio de 1997, considerando o número, a representação (titulares e suplentes) e a paridade, ficando assim constituída, por 11 (onze) representantes dos empregadores públicos, 2 (duas) representações patronais do setor privado e 13 (treze) das entidades sindicais:

a) 5 (cinco) representações para o Ministério da Saúde, assim distribuídas:

• 1 (um) representante do Departamento de Gestão da Educação na Saúde;

• 1 (um) representante do Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde;

• 1 (um) representante da Coordenação-Geral de Recursos Humanos do MS;

• 1 (um) representante da Secretaria de Atenção à Saúde, e

• 1 (um) representante da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

b) 1 (um) representante do Ministério do Trabalho; c) 1 (um) representante do Ministério da Educação;

(62)

d) 1 (um) representante do Ministério do Plane-jamento;

e) 1 (um) representante do Ministério da Previdên-cia SoPrevidên-cial;

f) 1 (um) representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass);

g) 1 (um) representante do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems;

h) 2 (dois) representantes da Entidade Patronal (Setor Privado), assim distribuídos:

• 1 (um) representante da Confederação Nacional de Saúde (CNS); e

• 1 (um) representante da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB);

i) 2 (dois) representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS);

j) 1 (um) representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde (CNTS);

k) 1 (um) representante da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência e Assistência Social (Fenasps);

l) 1 (um) representante da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) – Confederação Brasileira dos Médicos (CBM)*;

m) 1 (um) representante da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE);

n) 1 (um) representante da Federação Interestadual dos Odontólogos (FIO);

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o) 1 (um) representante da Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi;

p) 1 (um) representante da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar);

q) 1 (um) representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam);

r) 1 (um) representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef); s) 1 (um) representante da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra Sindical);

t) 1 (um) representante da Federação Nacional das Assistentes Sociais (Fenas), e

u) outras Entidades que possam vir a reivindicar assento na Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS.

3) O funcionamento da Mesa Nacional de Nego-ciação Permanente do SUS (MNNP-SUS) obedecerá às disposições legais e regimentais previstas nas Resoluções CNS n.º 52 e n.º 229 e nos termos desta Resolução.

HUMBERTO COSTA

Presidente do Conselho Nacional de Saúde Homologo a Resolução CNS n.º 331, de 4 de novembro de 2003, nos termos do Decreto de Delegação de Competência de 12 de novembro de 1991.

(64)

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE RESOLUÇÃO N.º 229, DE 8 DE MAIO DE 1997

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em Sexagésima Quinta Reunião Ordinária, realizada nos dias 7 e 8 de maio de 1997, no uso de suas competências regimentais e atribuições, conferidas pela Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990, e pela Lei n.º 8.142, de 28 de dezembro de 1990, e considerando a Resolução n.º 52, de 6 maio de 1993,

Resolve:

1- Reinstalar a Mesa Nacional de Negociação, com os objetivos na Resolução CNS n.º 52/93.

2- Constituirão a Mesa de Negociação, 9 (nove) representantes dos empregados públicos, composto das seguintes representações institucionais e 9 (nove) representantes das Entidades Sindicais.

• 2 (dois) do Ministério da Saúde;

• 2 (dois) do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass);

• 2 (dois) do Conselho Nacional Secretários Muni-cipais de Saúde (Conasems);

• 1 (um) do Ministério da Educação e do Desporto (MEC);

• 1 (um) do Ministério da Administração e Reforma do Estado (Mare);

• 1 (um) do Ministério do Trabalho (MT);

• 2 (dois) da Confederação Nacional de Traba-lhadores em Seguridade Social (CNTSS);

(65)

1 (um) da Federação dos Trabalhadores do Ministério da Saúde (Fetrams);

• 1 (um) da Federação Nacional de Psicólogos (Fenapsi);

• 1 (um) da Federação Nacional de Enfermeiros (FNE);

• 1 (um) da Federação Interestadual dos Odon-tólogos (FIO);

• 1 (um) da Federação Nacional dos Médicos (Fename).

3- A mesa de Negociação será convocada após estabelecidas as indicações dos representantes das Instituições e Entidades de Categorias.

CARLOS CÉSAR S. DE ALBUQUERQUE Presidente do Conselho Nacional de Saúde Homologo a Resolução n.º 229, de 8 de maio de 1997, nos termos de Decreto de Delegação de Competência de 12 de novembro de 1991.

CARLOS CÉSAR S. DE ALBUQUERQUE

(66)

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE RESOLUÇÃO N.º 52, DE 6 DE MAIO DE 1993

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em Vigésima Quarta Reunião Ordinária, do Conselho Nacional de Saúde, realizada nos dias 5 e 6 de maio de 1993, no uso de suas competências regimentais e nas atribuições conferidas pela Lei n.º 8.142, de 28 de dezembro de 1990, e pela Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990, considerando o documento de “Descentralização, das Ações e Serviços de Saúde: A Ousadia de Cumprir e Fazer Cumprir a Lei”,

Resolve:

1. Instituir uma Mesa Nacional de Negociação, com o objetivo de estabelecer um fórum permanente de negociação entre empregadores e trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre todos os pontos pertinentes à força de trabalho em saúde.

2. Participam da Mesa Nacional de Negociação 11 (onze) representantes dos empregadores públicos, divididos em 3 (três) do Ministério da Saúde, 3 (três) do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), 3 (três) do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), 1 (um) representante da Secretaria de Administração Federal (SAF), 1 (um) representante do Ministério da Educação e Desporto (MED) e 11 (onze) representantes das Entidades Sindicais do Setor.

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