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ARQUIDIOCESE. Eleições. Santa Catarina. Educação NOVEMBRO DE FLORIANÓPOLIS, nº 273 Jornal da

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J o r n a l d a

ARQUIDIOCESE

NOVEMBRO DE 2020

FLORIANÓPOLIS, nº 273

Eleições

Igreja divulga orientações | 3

Catedral prepara festa da padroeira | 4

Educação

Papa assina Pacto Global | 10

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2 Jornal da Arquidiocese, novembro DE 2020

Nos caminhos de Francisco

Nas redes

A Ação Social Arquidiocesana (ASA) completa 60 anos neste dia 17 de novem-bro. São 60 anos de serviço e amor ao pró-ximo, na construção de uma sociedade mais solidária, igual e justa.

É impossível mensurar o número de pessoas que foram atendidas pela ASA e pastorais, organizações e instituições parceiras. Quantas vidas transforma-das! Quantos sonhos realizados! Quan-tos destinos reescriQuan-tos!

E hoje vemos que os frutos plantados há seis décadas podem ser contempla-dos no coração de milhares de fiéis que encontraram a face de Cristo no rosto de cada pessoa que ajudaram. Ao colo-carem-se a serviço, foram servidas com histórias de vida, de superação, de força, de fé. Deus pode dar um tesouro também aos milhares de voluntários em sua doa-ção cotidiana.

Em tempos em que as palavras da nova encíclica papal Fratelli Tutti con-tinuam “fresquinhas” em nossa mente, nada melhor do que olhar para a ASA e ver nela um exemplo de como viver a fraternidade para mudar o mundo ao nosso redor.

Rua Esteves Júnior, 447, Centro Florianópolis/SC

Telefone:

(48) 3224-4799 / 99673-1266

Email: imprensa.arquifln@gmail.com Site: www.arquifln.org.br

Diretor: Pe. Vitor Galdino Feller

Conselho Editorial: Dom Wilson Tadeu Jönck, scj,

Pe. Alcides Albony Amaral, Pe. Sedemir de Melo, Fabíola Goulart, Giovanna Dutra Meyer, Fernando Anísio Batista.

Jornalista Responsável: Fabíola Goulart (MTB 06647/SC) e

Giovanna Dutra (MTB 06675/SC)

Projeto Gráfico: Lui Holleben/Gustavo Huguenin

“A pertença a Cristo e o estilo de vida que disso decorre não isolam o

crente do mundo, pelo contrário, o tornam protagonista de um serviço de amor em favor do bem comum”.

Twitter – 18 de outubro de 2020

“Não é verdadeiro amor a Deus o que não se expressa no amor ao próximo; e, da mesma forma, não é amor verdadeiro

ao próximo o que não se baseia na relação com Deus”. Twitter – 25 de outubro de 2020

“Jesus desafia-nos a deixar de lado toda a diferença e, em presença do sofrimento, fazer-nos

vizinhos a quem quer que seja”.

Fratelli Tutti - 3 de outubro de 2020

“A oração não é um fechar-se com o Senhor para maquiar a alma. A oração é um confronto com Deus e um deixar-se enviar

para servir aos irmãos”.

Audiência Geral – 7 de outubro de 2020

Diagramação: Fabíola Goulart e Giovanna Dutra Meyer Arte de capa: Fabíola Goulart - Fotos: Arquivo/ASA Floripa Coord. Publicidade: Pe. Tarcísio Pedro Vieira e Erlon Costa Edição especial: distribuição somente online

O Jornal da Arquidiocese é uma publicação mensal.

Um grande acontecimento neste tempo de pandemia foi o lançamen-to da Encíclica Fratelli Tutti do Papa Francisco. A grande inspiração foi São Francisco, que desejava abra-çar a todos. Queria construir um mundo onde todos vivessem como irmãos. Sem entrar propriamente no conteúdo da encíclica, quero reunir alguns fatos que ilustram o espírito da encíclica.

Foi bem significativo que o Papa Francisco tenha assinado a Encí-clica junto ao túmulo de São Fran-cisco, na véspera da festa do Santo (03/10/20). O Papa, que evita apresen-tar simplesmente reflexões abstra-tas, deseja contribuir para que haja passos concretos na construção do diálogo e da paz. Quer continuar os passos de São Francisco.

Um passo bem expressivo na vida de São Francisco foi a visita que fez ao Sultão Malik al-Kamil no Egito, em 1219. As pessoas mais próximas se opuseram. E não era para menos. Na época das Cruzadas em que os cristãos e muçulmanos se tratavam

como inimigos, era muito perigo-so. Foi um gesto verdadeiramente profético. Percebia que este confli-to traria muita instabilidade para todo o mundo. Aparentemente não mudou nada nestes 800 anos. Mas o Papa está convencido de que o nosso é o tempo de cumprir esta profecia. “É hora de dar este passo”, tempo de aprender a dialogar e conviver com quem pensa diferente de nós.

Um acontecimento decisivo na mensagem da Encíclica foi o en-contro do Papa com o Imã Ahmad al-Tayyeb em Abu Dhabi. Ali, no dia 4 de fevereiro de 2019, assinaram um documento conjunto sobre a “Fraternidade humana em prol da Paz Mundial e da Convivência Comum”. Uma frase: Deus “criou todos os seres humanos iguais nos direitos, nos deveres e na dignida-de, e os chamou a conviver entre si como irmãos”.

Um fato curioso é a citação de um verso de Vinícius de Moraes. Está no capítulo VI que trata do diálogo e amizade social. “A vida é a arte do

encontro, embora haja tanto desen-contro na vida” (215). Ao apresentar a Encíclica o Papa assim se expres-sa: É uma humilde contribuição para reflexão, a fim de que, perante as várias formas atuais de eliminar ou ignorar os outros, sejamos capa-zes de reagir com um novo sonho de fraternidade e amizade social que não se limite a palavras”(6).

Visita ao sultão

DOM W IL SON TA DEU JÖNCK , SC J

Dom Wilson envia mensagem aos professores

instagram.com/arquifloripa

Série apresenta testemunhos missio-nários durante pandemia

youtube.com/arquidiocesedeflorianopolis

Padre Sedemir Valmor de Melo visita missão na Diocese de Barra/BA

twitter.com/arquifloripa

Live encerra Mês Missionário na Arquidiocese

facebook.com/arquifloripa

Editorial

“A educação é, sobretudo, uma questão de amor e responsabilidade

que se transmite, ao longo do tempo, de geração em geração.

Por conseguinte, a educação apresenta-se como o antídoto natural à cultura individualista”.

Pacto Educativo Global - 15 de outubro de 2020

Arquidiocese cada

vez mais solidária

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3 Jornal da Arquidiocese, novembro DE 2020

#Compartilha

Paróquias da Arquidiocese

celebram o Sacramento da Crisma

Retalhos do Cotidiano

PROF ESSOR C A R LOS M A RT EN DA L

Me toca profundamente

• A beleza do sol que nasce entre a neblina • O casal idoso que caminha de mãos dadas • Os cabelos brancos e a ternura de uma avó

• A gaivota que sobrevoa o mar pela manhã, totalmente despreocupada com o seu dia

• A primeira flor de uma planta • A fé das pessoas simples

• A simplicidade dos que, ajoelhados, estampam Deus em seus rostos • A dedicação de uma mãe

• A amizade

• Um pedido de desculpa • O olhar amoroso de um filho • O abraço apertado de um neto.

Paciência

Se a conquistamos - e é preciso renovar essa luta de conquista todos os dias -, torna-mo-nos vencedores na caridade; se a impaciência está agarrada em nossa vida como o carrapato no boi, tornamo-nos inconvenientes, as pessoas se afastam de nós, o ambiente fica nublado e tudo se torna um peso. E, assim, o encardido mancha nosso coração com um defeito muito chato e inconveniente, que nos afasta do caminho do amor.

Nunca e sempre

Nunca a justiça abaixo do direito, sempre a bondade acima da justiça!

Após a Cúria Metropolitana de Floria-nópolis divulgar, no mês de setembro, o decreto com as novas orientações acerca dos sacramentos, as paróquias começaram a realizar as celebrações litúrgicas da Crisma de forma gradu-al. O calendário das celebrações foi organizado pelas coordenações das paróquias juntamente com os párocos e a Coordenação de Pastoral da Arqui-diocese. Entre os meses de outubro e dezembro serão realizadas 79 celebra-ções, em 33 paróquias do território arquidiocesano.

As celebrações serão presididas em sua maioria pelo Arcebispo de Florianó-polis, Dom Wilson Tadeu Jönck. Porém, tendo em vista a quantidade de cele-brações, que se acumularam durante o período de pandemia, outros padres da Arquidiocese serão nomeados para presidir essas celebrações.

Durante o mês de setembro, nove celebrações da Crisma foram realiza-das. As paróquias que já realizaram a celebração da Crisma foram: Paróquia

Sant’Ana, em Canelinha; Paróquia Santa Catarina, em Brusque; Paróquia Santíssimo Sacramento, em Itajaí; Paró-quia São José, em Botuverá e ParóParó-quia São Luís Gonzaga, em Brusque.

Ao todo 472 jovens receberão o sacra-mento da Crisma esse ano. As famílias e paróquias que optaram por esperar, terão as celebrações no ano que vem em período ainda a ser comunicado pela Coordenação Arquidiocesana de Catequese.

Primeira Eucaristia nas paróquias

Algumas paróquias decidiram rea-lizar as celebrações de Primeira Euca-ristia, seguindo as orientações dadas no decreto arquidiocesano. Outras op-taram por celebrar no ano que vem. Há ainda paróquias que farão algumas ce-lebrações este ano e outras no ano que vem, conforme decisão das famílias do catequizando. Para saber a posição da paróquia, deve-se entrar em contato com a secretaria paroquial ou a coorde-nação de catequese local.

No início de outubro, a CNBB Regio-nal Sul 4 divulgou orientações para os cristãos católicos para as eleições mu-nicipais 2020. O documento tem por objetivo apresentar pontos relevantes para a conscientização do eleitor na escolha dos seus candidatos.

De acordo com o Bispo de Joinville e presidente do Regional Sul 4 da CNBB, Dom Francisco Carlos Bach, este mate-rial deseja contribuir para o exercício da cidadania. “Nas eleições exerce-remos o direito e o dever de votar. É um momento marcante para juntos construirmos um país melhor. O di-reito de voto, exercido com cidadania, é força transformadora da sociedade. As orientações apresentadas pelo

Re-gional Sul 4 têm como objetivo contri-buir para a reflexão deste importante momento da vida brasileira”, decla-rou Dom Francisco.

Juntamente com o texto de orien-tação o Regional Sul 4 lançou a série “Meu voto importa”, composta por quatro vídeos, em formato de anima-ção. Além da série, foram lançados programas de rádio e podcasts que re-fletem sobre as orientações e sobre o processo eleitoral em 2020. Os progra-mas estão sendo transmitidos pelas rádios católicas de Santa Catarina e rádios parceiras.

Para ter acesso ao documento e aos outros lançamentos, acesse: www.ar-quifln.org.br

Regional Sul 4 divulga orientações

para as eleições municipais 2020

Foto: Paróquia Sant’Ana/Canelinha

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4 Jornal da Arquidiocese, novembro DE 2020

#Compartilha

Festa de Santa Catarina de

Alexandria na Catedral

Cinco novos presbíteros para a Arquidiocese de Florianópolis

No próximo dia 21 de novembro, os diáconos Alex Macedo de Liz Junior, Lucas Casimiro Ti-bincoski Teixeira, Luiz Francisco Fraga, Roberto Consuelo Rodrigues Miranda e Tiago Vicente Santana serão ordenados presbíteros. A celebra-ção será presidida por Dom Wilson Tadeu Jönck, SCJ, Arcebispo Metropolitano, e acontecerá no Centro Angelino Rosa, CEAR, em Governador Celso Ramos.

A celebração é aguardada ansiosamente pelos jovens que trilharam um longo caminho para corresponder ao chamado ao ministério presbiteral. O primeiro passo deste caminho foi o acompanhamento vocacional, seguido da Etapa Propedêutica (tempo de forte vivência comunitária e discernimento vocacional), da Etapa do Discipulado (tempo de fortalecer a união de cada seminarista com Cristo e tempo para se fazer os es-tudos de Filosofia), da Etapa da Configuração (tempo

para discernir com mais convicção acerca da vocação presbiteral e fazer os estudos teológicos), da Etapa da Síntese Vocacional (tempo em que os futuros padres aprofundam sua experiência pastoral nas paróquias). Por fim, vêm as ordenações diaconal e presbiteral.

O diácono Tiago Vicente Santana conta que em seu coração a expectativa é grande para a ordenação presbiteral. “Quero me entregar totalmente a Deus com minhas falhas e peca-dos proclamando com a minha vida: ‘Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que te amo.’ Peço a Deus que meu olhar fique fixo em seu lado aberto na cruz, e seja para aqueles que Deus me confiar a graça de ser o bom pastor, que dá a vida por seu rebanho”, completa.

A celebração de ordenação presbiteral terá número restrito de participantes em decorrên-cia da covid-19 e obedecerá a todas as regras de prevenção da doença, como o uso obrigatório de máscara e o distanciamento social. A Assessoria de Comunicação da Arquidiocese, em parceria com a Comunidade Divino Oleiro, irá realizar a transmissão da celebração através dos perfils oficiais da Arquidio-cese de Florianópolis nas redes sociais.

Uma das comemorações mais importantes para os fiéis da Arquidiocese de Florianópolis se aproxima, a festa da Padroeira Santa Catarina de Alexandria. Para este ano, a Catedral Metropo-litana prevê uma novena preparatória para a festa e quatro cele-brações no dia da padroeira, 25 de novembro, além de uma car-reata que irá percorrer as principais ruas da capital catarinense. Por causa da pandemia de Covid-19, os fiéis que desejarem participar das celebrações deverão respeitar o distanciamento social, usar máscara e chegar com antecedência, pois a lotação da igreja será restrita a 40% da capacidade local, conforme de-creto municipal.

Para saber mais detalhes, acompanhe a Catedral Metropolita-na no Facebook e Instagram.

De 16 a 24 de novembro

18h - Santa Missa e Novena em honra

de Santa Catarina de Alexandria

25 de novembro (Dia de Santa Catarina de Alexandria)

09h - Primeira Santa Missa Festiva 12h15 - Segunda Santa Missa Festiva 15h - Terceira Santa Missa festiva,

segui-da segui-da Bênção segui-da Saúde e Unção do Óleo. Após a Santa Missa será realizada uma car-reata com a imagem de Santa Catarina de Alexandria que percorrerá diversas ruas e avenidas do centro de Florianópolis.

18h15 - Quarta Santa Missa

*Pede-se que em todas as igrejas matrizes das paróquias da Arquidiocese sejam cele-bradas missas festivas em honra de Santa Catarina de Alexandria.

Confira programação:

Livraria Paulus

promove campanha

de doações

A Livraria Paulus e a Arquidiocese de Flo-rianópolis estão promovendo a Campanha Natal Solidário 2020. A ação quer fomentar a leitura e a esperança de um mundo melhor através da literatura e do espírito de solida-riedade, numa sociedade pós-pandemia.

Os clientes que desejarem fazer uma doação para a campanha poderão ir até a livraria e escolher uma criança para presentear. As doações poderão ser feitas de 1º a 30 de novembro. O projeto a ser contemplado pela campanha será a Infân-cia e AdolescênInfân-cia Missionária (IAM), que trabalha na evangelização de crianças e jovens de 3 a 15 anos. A entrega dos livros acontecerá nos dois primeiros finais de se-mana do mês de dezembro nas paróquias e comunidades que realizam trabalhos com a IAM.

Mais informações através do WhatsApp: (48) 99962-0084, ou o e-mail: florianopo-lis@paulus.com.br.

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5 Jornal da Arquidiocese, novembro DE 2020

Novamente o futuro da ci-dade em que vivemos está em nossas mãos. Tamanha é a res-ponsabilidade de cada cidadão em ter o direito e o dever de votar consciente pensando na coletividade para que a cida-de seja um ambiente cida-de vida, onde todos possam viver com dignidade, tendo seus direitos respeitados independente da classe social que ocupa.

A crise de representação polí-tica e seu descrédito crescente, aliado à pandemia, caracteriza uma das mais difíceis eleições da história do Brasil. No entan-to, isso não isenta cada eleitor da responsabilidade, pelo con-trário, aumenta ainda mais a responsabilidade de cada pes-soa, pois escolhas erradas neste momento da história podem piorar ainda mais a situação que vivemos.

O que fazer diante dessa situação?

1. Entender a importância do voto para o futuro da

cida-de. Seu voto está diretamente relacionado com a qualidade de vida para todos. Por isso, não deve partir de uma pers-pectiva individualista.

2. Escolher política com “P” maiúsculo: é preciso conhecer bem o candidato e identificar com quem ele é comprome-tido. Os candidatos com “P” maiúsculos estão compro-metidos com a cidade, com a população socialmente vul-nerável, com políticas públi-cas efetivas, ao contrário dos candidatos da política com “p” minúsculo que estão compro-metidos com grupos econô-micos que almejam utilizar a política para obter mais lucro.

Lembre-se, como afirmou São Paulo IV: “a política é a melhor forma de exercer a caridade”. Não deixe os outros decidirem por você o que é melhor para a sua cidade. Vote certo, vote consciente. Vote em quem quer o melhor para sua cidade.

Todos irmãos

PA DR E V I TOR GA L DINO F EL L ER

Uma cidade em nossas mãos

F ER NA N DO A N Í SIO BAT I S TA

No dia 3 de outubro, sobre o túmulo de São Francisco de Assis, o Papa Francisco assinou a encíclica Fratelli Tutti sobre a fraternidade e a amizade social. É um convite a sonhar com um mundo novo em que prevaleça o amor sobre o ódio, a reconciliação sobre a divisão, a acolhida sobre a exclusão.

Um mundo fechado

Na análise de nossa realidade, o papa destaca o peso do egoísmo, das divisões, ex-clusões, parcializações, fakenews, que nos angustiam e atrapalham na construção de uma sociedade justa. Ressalta o modo cada vez mais desumano no trato com os pobres, marginalizados, migrantes, refugiados e outros, que são tratados como sacrificáveis e descartáveis. Denuncia a insensibilidade diante do grito da Terra e dos pobres. Recri-mina a deterioração da ética, a desigualdade de direitos, as novas formas de escravidão, o enfraquecimento dos valores espirituais.

Um estranho no caminho

Diante dessa realidade onde parecem ven-cer a desesperança e a desconfiança, o papa sugere que cada um de nós é interpelado por Deus e pelo próximo, a ser um estranho no caminho. Como o Bom Samaritano, que,

mesmo sendo herege aos olhos dos religiosos judeus, marcou diferença diante do ferido à beira do caminho. Viu, acolheu, socorreu, curou. Foi um estranho no caminho. Tam-bém nós somos convidados a ser estranhos. Em vez de entrar no jogo da violência, pagar o mal com o mal, entrar nas redes do ódio, somos estimulados a ser “estranhos”, diferen-tes, construtores de paz e fraternidade.

Um mundo aberto

Envolvidos por esse mundo fechado, a nossa diferença será sonhar, pensar e gerar um mundo aberto. Um mundo em que se aco-lha a pluralidade de culturas, religiões, cos-movisões, modos de pensar e agir no campo da política, da economia, da organização so-cial. Como num poliedro, com suas diversas facetas! Como na Santíssima Trindade, onde a unidade acontece na acolhida da diversidade de três pessoas que se amam tanto e tão bem que são um só Deus! Para isso é preciso ter um coração aberto a toda pessoa que precisa de nosso amor, promover uma política que se marque pela disposição ao serviço de todos, sobretudo dos mais vulneráveis, insistir na cultura da proximidade, do encontro e do di-álogo, valorizar as religiões como caminhos para a fraternidade universal.

Nossa fé

Você também pode conferir este e os demais artigos no site da Arquidiocese:

www.arquifln.org.br.

Foto: Jcomp/Freepik

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6 Jornal da Arquidiocese, novembro DE 2020

Especial

A ASA Floripa celebra o seu aniversário no dia 17 de novembro.

Vamos recordar um pouco dessa história que mudou a vida

de milhares de pessoas na Arquidiocese de Florianópolis.

Em 17 de novembro de 1960, a Arquidiocese de Florianópolis aprovou em sua As-sembleia de Pastoral a criação da Ação Social Arquidiocesana (ASA), com o objetivo de coordenar as obras sociais das áreas de educação de base e de promoção humana. Embora criada em 1960, a ASA adquiriu personalidade jurídica só em 17 novembro de 1966. Seu primeiro presidente foi Dom Afonso Niehues, Arcebispo de Florianópolis desde 1965.

Nesta época eram poucas as paróquias com trabalhos sociais organizados, desta-cando-se a Ação Social São Luiz Gonzaga de Brusque (1949), a Assistência Social São Luiz da Agronômica (1950) e a Ação Social da Trindade (1955). Com a criação da ASA essas entidades potencializaram seus trabalhos a partir da oferta de assessoria, de apoio técnico e da organização interna.

Apesar de ser o início de uma organização social arquidiocesana, já existia no âm-bito da Arquidiocese uma presença forte de trabalhos sociais que eram assumidos pelas congregações religiosas. Essas iniciativas eram basicamente de amparo aos menores abandonados e crianças órfãs, em sistema de internato.

No início dos seus trabalhos, a ASA assumiu o Programa Aliança para o Progresso, que no Brasil era executado pela Cáritas Brasileira, organização da Igreja Católica de âmbito internacional, que, no Brasil, faz parte da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Tratava-se, então, de organizar a distribuição de alimentos provenien-tes dos Estados Unidos, que por temer um avanço do comunismo na América Latina após a Revolução Cubana, buscava diminuir a miséria nos países subdesenvolvidos.

Ainda neste período, foi firmado um convênio com a Legião Brasileira de Assistên-cia (LBA), órgão do governo federal, que ofereAssistên-cia recursos para a manutenção dos cur-sos de educação de base. Sendo assim, foram criados grupos sociais nas obras sociais filiadas à ASA para o desenvolvimento dos referidos cursos. Nesta ocasião abre-se espaço para a atuação de assistentes sociais e estagiários/as, sendo a primeira insti-tuição a implantar campo de estágio para a Faculdade de Serviço Social, que chegou a atingir o número de sete profissionais e de vinte estagiários. Este quadro permane-ceu até o ano de 1977.

Do emergencial à promoção humana

Na década de 70, a Ação Social Arquidiocesana deu grandes passos no fortalecimen-to do seu trabalho. Esse período foi momenfortalecimen-to forte de organização de grupos e de ações voltadas à promoção humana, resultado de sua interação com as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e da efervescência da atuação leiga. Foi a época em que se destacou a “opção preferencial pelos pobres”, a partir da aprovação dos documentos de Medellín (1968) e Puebla (1979).

Para o desenvolvimento de suas atividades foi firmado um convênio com a Mise-reor, entidade católica da Alemanha, de cooperação internacional, que é constituída com recursos que o Governo e a Igreja Católica daquele país colocam à disposição para financiar projetos de desenvolvimento social. Este convênio possibilitou o for-talecimento dos trabalhos desenvolvidos com as obras sociais filiadas.

O Projeto “Mensageiro da Caridade” iniciou no ano de 1975, com sede onde atual-mente funciona a Cúria Metropolitana de Florianópolis. O objetivo do projeto era a arrecadação e doação de roupas e alimentos e a comercialização de móveis, o que tornou-se um marco na história da ASA.

No final da década de 70, a ASA desenvolvia, em convênio com LBA, atividades de educação para o trabalho e de promoção social. A primeira era voltada para cursos, incentivava a formação e qualificação de mão-de-obra; e a segunda organizava traba-lhos com grupos de mães, creches e desenvolvia projetos com os jovens.

Ação Social Arquidiocesana:

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7 Jornal da Arquidiocese, novembro DE 2020

Especial

As lutas pela transformação social

Na década de 80, houve uma forte atuação na luta pela ampliação dos direitos sociais, envolvendo as organizações populares e comunitárias em vista da cria-ção de processos de tomada de consciência crítica e coletiva quanto à realidade social do país, fundamentando-se na busca da construção de novas relações sociais que privilegiam a justiça e a vida. Com destaque para o envolvimento com o Movimento Constituinte, que criou processos nas diversas instâncias da sociedade, formulando proposta para compor a Constituição Federal aprovada em 1988.

O fortalecimento popular e comunitário era compreendido como um pro-cesso que envolvia diversas demandas presentes na periferia, como educação, cultura, habitação, lazer, esporte, entre outros. Como resultado do trabalho de organização popular, surgiram diversos projetos de inclusão produtiva e de abastecimento formada por associações e cooperativas, além de ações voltadas a alternativas na área da saúde, mini-projetos e organização de grupos de idosos nas comunidades.

Nesta década, o marco foi o acompanhamento às crianças de rua e da perife-ria, exercendo papel articulador no Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, sediando o escritório do mesmo em Santa Catarina, que coordenava um grupo de educadores e os núcleos de base em 13 comunidades empobrecidas da Grande Florianópolis.

Com o fim do convênio com a LBA, há uma orientação e assessoria para a consolidação jurídica das Obras Sociais, e os convênios com a LBA passam a ser efetuados por essas Obras. Neste momento, a ASA redefine sua atuação e passa a realizar o trabalho de assessoria junto às Obras Sociais, havendo uma relação de autonomia, pois se concretiza a parte jurídica. Essa assessoria passa a ser funda-mental no reforço às organizações populares.

Além de sua função de acompanhamento a projetos sociais comunitários, a ASA também atuou, e ainda atua, nas situações de emergência. Ainda nesse período da década de 80, foi promovida uma grande campanha de solidariedade com as paró-quias da Arquidiocese em apoio aos flagelados das enchentes de Blumenau e Itajaí.

A luta na consolidação dos direitos sociais

Após o período de redemocratização do país, atuou-se fortemente na constru-ção de políticas públicas relacionadas às suas áreas de atuaconstru-ção, como foi a apro-vação do Estatuto dos Direitos da Criança e Adolescente em 1990 e do Estatuto da Pessoa Idosa em 2003.

Na década de 90 a ASA assume o trabalho por linhas de atuação, sendo elas: criança e adolescente, idoso, pastoral da saúde, geração de trabalho e renda, e ações socais paroquiais. Através da continuidade do convênio com Misereor dis-põe de uma equipe técnica contratada para o desenvolvimento do seu trabalho, além de ser campo de atuação para diversos estagiários das universidades com quem manteve convênio. Em 1992, seu Plano de Ação apresentava atendimento a 32 Obras Sociais, vinculadas a seis programas, aos quais oferecia acompanha-mento sistemático.

Essa década é marcada por um novo quadro na educação para o exercício da cidadania, que inclui a participação popular, e propõe a ruptura com a passivi-dade relativa às questões que envolviam o conjunto da sociepassivi-dade. Dada a situa-ção de organizasitua-ção política do país, a ASA prioriza sua intervensitua-ção em políticas públicas e, em conjunto com outras entidades da sociedade civil, passa a atuar nos espaços de exercício do controle social. Por isso, a ASA participou (e partici-pa) de diversos conselhos e fóruns, entre eles: da criança e adolescente, idoso, saúde e assistência social.

No final da década de 90 a Arquidiocese de Florianópolis criou o Fundo Ar-quidiocesano de Solidariedade (FAS), que é composto com recursos da Coleta da Solidariedade, e que visa apoiar projetos sociais e de geração de trabalho e renda que apontem para a superação das estruturas de pobreza e injustiça social. Com a implantação do FAS houve a ampliação e qualificação de projetos e programas sociais realizados nas comunidades.

Entre os anos de 2000 e 2005 a ASA executou diretamente o Programa Liber-dade Assistida Comunitária, através do convênio entre a Pastoral do Menor e o Ministério da Justiça, nas comunidades Chico Mendes e Novo Horizonte, aten-dendo a mais de 200 adolescentes em medida sócio educativa. Foi fundadora do Fórum Catarinense e Brasileiro de Economia Solidária. Manteve suas linhas de atuação da década anterior e iniciou um processo de atuação em rede com as ações sociais paroquiais para o desenvolvimento dos seus trabalhos.

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8 Jornal da Arquidiocese, novembro DE 2020

Reorganização institucional

Em 15 de novembro de 2011, Dom Wilson toma posse como Arcebispo de Florianópolis e fez mudanças na forma de organização da ASA, a começar pela diretoria da entidade. Dom Wilson abre mão de assumir como presidente, o que possibilitou que Pe. Mário Sérgio do Nas-cimento assumisse. Após sua renúncia, Sandra de Aparecida de Souza Schlichting assumiu de forma interina até a eleição e posse da próxima diretoria. Ela foi a primeira mulher e leiga presidente da ASA.

Na Assembleia Arquidiocesana de Pastoral de 2012, foi aprovado o 13º Plano Arquidiocesa-no de Pastoral (2012-2022) que teve como base as urgências da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. A ASA foi responsável pela organização dos indicativos da 5ª urgência: “Igreja a serviço da vida plena para todos”.

Para executar o 13º Plano Arquidiocesano de Pastoral, foram organizados projetos. Foi destinada à ASA a organização do projeto “A Caridade Social na Arquidiocese”. Vale destacar que este projeto mudou substancialmente a forma de atuação da ASA, agora com o papel de dinamizar toda dimensão social da evangelização na Arquidiocese de Florianópolis.

Diáconos na diretoria da ASA

Após uma parceria de 34 anos com Misereor, entidade da Igreja Católica na Alemanha, a ASA encerrou seu convênio em 2014. Num momento de crise institucional ocasionada pelo encerramento deste convênio e no processo de mudanças de diretoria, a ASA inicia uma nova fase institucional com o diaconato arquidiocesano em sua gestão, aproximando os diáconos do serviço da caridade social. Dom Wilson motivou os diáconos a assumirem a diretoria da instituição, tendo o Diác. Djalma Lemes como primeiro diácono presidente.

Na diretoria da ASA, os diáconos têm um papel fundamental de motivar, articular e or-ganizar os trabalhos sociais nas paróquias, bem como de representar a ASA nas foranias. Além de realizarem a gestão da ASA, eles também atuam diretamente junto às paróquias no serviço da caridade e na promoção social junto a diversas instituições da Arquidiocese de Florianópolis.

A partir da presença efetiva dos diáconos na diretoria da entidade e do 13º Plano Arquidioce-sano de Pastoral, há um novo impulso no fortalecimento da dimensão social da evangelização, com ações sociais paroquiais organizadas em quase todas as paróquias da Arquidiocese.

Novas Pastorais Sociais

A partir de 2014, com os novos desafios, surgiram novas pastorais sociais, como a Pastoral do Imigrante, Pastoral da AIDS e Pastoral do Povo de Rua. A ASA esteve e está intimamente ligada aos processos de implantação, mobilização e organização desses grupos, fortalecen-do-os, apoiando-os e assessorando-os.

Pastoral do Imigrante: o Brasil foi porta de entrada para muitos imigrantes a começar-com os imigrantes sírios refugiados de guerra. Depois vêm os haitianos, em busca de um local seguro para viver após o país ter sido devastado por terremoto; e venezuelanos, após a crise de governo e a crescente pauperização da população. Assim surgiu a Pastoral do Imi-grante que tem por objetivo articular e organizar os miImi-grantes e imiImi-grantes em geral, em âmbito local e nacional. Visa a organização e promoção dos grupos que vivem o drama da migração forçada e todas as suas consequências.

Pastoral da AIDS: com o objetivo de educar, prevenir e assistir pessoas ligadas à problemá-tica da AIDS, a pastoral também executa atividades educativas, preventivas, acompanhamen-to psicológico por meio de voluntários capacitados e de encaminhamenacompanhamen-tos à rede de saúde.

Pastoral do Povo de Rua: estimula a promoção de ações junto à população de rua e cata-dores de materiais recicláveis, para que construam alternativas em defesa da vida e contri-buam na elaboração de políticas públicas.

Um caminho de solidaridade

Nos últimos dez anos, a Ação Social Arquidiocesana se reinventou e se forta-leceu, tanto como entidade de assistência social, quanto com a aproximação de sua essência, a Igreja. Também redesenhou seu papel voltado à Caridade Social na Arquidiocese e se aproximou ainda mais das pastorais sociais.

O fórum das pastorais sociais, realizado regularmente, fortalece as ações lo-cais e a troca de experiências entre as mais diversas comunidades. As demandas levantadas são problematizadas em rede e são organizadas formas de enfrenta-mento comum, possibilitando maior integração entre os mais diversos grupos.

A participação da instituição em importantes espaços de discussão de polí-ticas públicas na Grande Florianópolis, como o Fórum de Polípolí-ticas Públicas da capital, o Conselho de Habitação, o Conselho Estadual de Assistência Social, entre outros, propicia à ASA um olhar abrangente sobre as políticas públicas e a possibilidade de traçar caminhos de acordo com a realidade.

A ASA fez parcerias com diversas instituições tanto públicas, quanto privadas e promoveu importantes debates referentes a políticas públicas emergentes ou que precisavam se consolidar.

Para saber mais ou fazer parte dessa história, acesse o site: asafloripa.org.br.

Pastoral do Imigrante

Pastoral da AIDS

Pastoral do Povo de Rua

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9 Jornal da Arquidiocese, novembro DE 2020

Projetos desenvolvidos pela ASA

A Ação Social Arquidiocesana desenvolveu diversos projetos nestes últimos dez anos, dando subsí-dios sociais, econômicos e ambientais a diversos grupos comunitários já organizados e/ou que foram organizados pelas ações empreendidas durante o processo de desenvolvimento.

Projeto FORTEES (2012-2015): teve como objetivo contribuir para a viabilidade econômica de Empreendimentos de Economia Solidária (EES) como alternativas de geração de trabalho e renda, em vista do protagonismo de grupos sociais em situação de exclusão em Santa Catarina. Em parceria com a Cáritas Brasileira, o projeto impactou positivamente as comunidades na geração de trabalho e renda, sendo que mesmo com o fim do projeto alguns grupos continuam a desenvolver seus projetos e a gerar renda a partir de suas comunidades.

Gestão de Risco e Desastre -construindo comunidades seguras (2012-2014): objetivou cons-truir comunidades mais seguras em municípios de Santa Catarina, através da formação e capacitação de entidades sociais e lideranças comunitárias para atuarem em prevenção e resposta a desastres so-cioambientais. O projeto recebeu apoio do Instituto HSBC de Solidariedade e impactou positivamente famílias de pelo menos 11 municípios, em especial voluntários das paróquias que atuam com mais frequência em eventos como inundação, dando a capacitação necessária para atuação, em especial na gestão de abrigos temporários.

Execução do PROVITA (2016-2019): execução e manutenção das ações do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas no estado de Santa Catarina. A preocupação com o contexto social do país marcado pela desigualdade e injustiça social deu origem ao Programa de Defesa dos Direitos Humanos. O programa de proteção baseado na inserção social de vítimas, testemunhas e seus fami-liares em novas comunidades, de forma sigilosa, contando com a participação da sociedade civil na formação de uma rede solidária de proteção.

Execução do CRAI (2018-2019): o objetivo do Centro de Referência de Atendimento ao Imigrante, serviço especializado para migrantes e refugiados da Grande Florianópolis e Palhoça, foi de prestar atendimento especializado e intermediar vagas de trabalho a migrantes, refugiados e solicitantes de refúgio.

Campanha 10 Milhões de Estrelas (desde 2014): Além de motivar momentos de reunião familiar em oração na noite de Natal, o projeto gera renda para as paróquias por meio da venda da vela.

Prêmio Dom Afonso Niehues (desde 2016): objetiva incentivar, valorizar e dar visibilidade às iniciativas realizadas por entidades sociais, ações sociais paroquiais, movimentos eclesiais, pasto-rais sociais e pessoas que contribuem para a cultura da solidariedade. Também busca reconhecer publicamente os esforços das organizações, associações, entidades, grupos populares e pessoas na luta em defesa e melhoria de vida da população em vulnerabilidade social. Os recursos vêm do Fundo Arquidiocesano de Solidariedade, constituído pelos recursos da Coleta da Campanha da Fraternidade, realizada anualmente no final de semana do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor.

Casa de Apoio São José (desde 2017): tem como objetivo acolher dignamente os acompanhantes dos pacientes do Hospital Dr. Homero de Miranda Gomes (Hospital Regional de São José), oferecendo estadia, refeições e local para descanso a pessoas vindas de vários municípios de Santa Catarina para realizar intervenções médico-hospitalares. A Casa tem capacidade para acolher dignamente 26 pes-soas, homens e mulheres. Além de proporcionar estadia, a casa oferece quatro refeições, espaço para banho e descanso.

Projeto Bazares Solidários (desde 2019): O projeto Bazares Solidários se consolidou com a parce-ria entre Caritas Brasileira Regional e o Instituto Lojas Renner, que realizam mensalmente doação de roupas e acessórios com pequenos defeitos. Tem como objetivo potencializar a sustentabilidade de entidades sociais em sua missão.

Projeto Rios (desde 2017): tem como objetivo envolver comunidades e grupos organizados na luta pela preservação dos rios. Criar uma rede de proteção que coloca em evidência a defesa da “seiva da vida”, envolvendo as famílias e comunidades num debate atual e em consonância com a Encíclica

Laudato Sì.

Centro de Integração Social Santa Dulce dos Pobres (2020): possibilita o desenvolvimento co-munitário, proporcionando a articulação de entidades sociais locais; formação e geração de trabalho e renda aos moradores da Vila Aparecida, na parte continental de Florianópolis.

Recanto São Francisco (em construção): o objetivo do Recanto é acolher pessoas que saíram da situação de rua, com enfoque na inserção social. Ainda em fase de construção no bairro Aririú, em Palhoça.

CRAI

Prêmio Dom Afonso Niehues 2019

Casa de Apoio São José

Projeto Rios

CIS Santa Dulce dos Pobres

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10 Jornal da Arquidiocese, novembro DE 2020

Bíblia

A Palavra de Deus, re-ferindo-se ao Dízimo é sempre positiva, alegre e edificante, trazendo em seu exercício as bênçãos do céu ao ser humano! Dízimo, portanto, é es-sencialmente bíblico em seu sentido,

mani-festado e vivido pelo Povo de Israel, ao longo da história, como poderemos ver em algumas das muitas passagens da Escritura Sagrada.

Em Provérbios (Pr 3,9-10), ela nos diz: “Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda e se encherão fartamente os teus celeiros e transbordarão de vinho os teus lagares”. O Povo de Israel, em sua tradição e escritura, tinha uma consciência bas-tante clara sobre o sentido e o signifi-cado que a Palavra tinha com relação a gratidão, pelos benefícios que recebia de Deus. Esta consciência os fazia parti-lhar os produtos de suas colheitas e os seus animais, pois sentiam a presença e a bênção do Senhor, derramada sobre seus trabalhos e sobre os seus bens.

Em Eclesiástico (Eclo 35,12-13), vemos: “Dá ao Altíssimo, conforme te foi dado por ele. Dá de bom coração de acordo com o que tuas mãos ganharam, pois o Senhor retribuirá a dádiva. Recompen-sar-te-á tudo sete vezes mais”.

O povo judeu, entendendo a parti-lha (Dízimo) mais no plano material dos bens e das plantações, praticava a forma usual da apresentação de suas oferendas ao altar do Senhor no Tem-plo. Era o seu louvor ao Deus Criador e Senhor do céu e da terra.

São Paulo, inspirado nos textos

sagra-dos do Antigo Testamen-to, incentiva os cristãos de Corinto, afirmando que “poderoso é o Senhor para cumular-vos com toda a espécie de benefícios, para que, tendo sempre e em todas as coisas o ne-cessário, vos sobre ainda muito para toda a espécie de boas obras” (2Cor 9-8). É uma referência às bênçãos de Deus para todo aquele que realiza as boas obras, entre as quais, as obras da partilha. Portanto, quando partilhamos ou doamos, não reduzi-mos os nossos bens pois serereduzi-mos sem-pre recompensados pela generosidade do Senhor.

Da boca do profeta Malaquias saíram estas palavras de orientação ao povo: “Pagai integralmente os dízimos ao tesouro do Templo, para que haja ali-mento em vossa casa. Fazei a experiên-cia, diz o Senhor dos exércitos, e vereis que derramo a minha bênção sobre vós muito além do necessário. Para vos be-neficiar afugentarei o gafanhoto, que não destruirá mais os frutos de vossa terra e não haverá no campo vinha im-produtiva” (Ml 3, 10-11).

Por isso, não podemos ver no Dízimo um peso, uma dificuldade, mas uma grande bênção do Senhor, comprovada nos escritos sagrados que acabamos de ver. Fica esta breve reflexão como um incentivo a todos para que também participem da grande família dizimis-ta integrando-se cada vez mais às suas comunidades.

Diácono João Flávio Vendruscolo

Coordenação Arquidiocesana do Dízimo

Lectio (leitura):

Solenidade de todos os santos e santas de Deus

(Ap 7,2-4.9-14):

Na introdução da Carta aos Hebreus (1,1-4), apresenta-se, de forma sintética, o conteúdo fundamental da epístola: a eminente dignida-de dignida-de Cristo, Filho dignida-de Deus, sobre toda criatura, cuja obra salvadora é única e definitiva. Ele é a irradiação da glória do Pai e expressão da sua substância pois, sendo Filho, é a revelação mais perfeita de Deus.

Na primeira meditação (1,5–14), Jesus é apre-sentado como superior aos anjos. Alguns judeus atribuiam a esses seres espirituais uma função mediadora da Lei, um certo papel salvador e até ações sacerdotais. Jesus, porém, sendo Filho de Deus-Pai, o Messias e Rei eterno, é tão superior que os próprios anjos lhe prestam reverência.

Jesus Cristo, participante do domínio absoluto de Deus, implanta seu Reino progressivamente até o último inimigo ser subjugado, e os anjos servem permanentemente àqueles que devem herdar a salvação.

Se ignorar a Lei, trazida pelos anjos, já incorria em graves males, quanto mais ignorar a revelação trazida por tão sublime Salvador. Em razão disso, a carta faz uma parêntese parenética (2,1-4), ad-vertindo para não ignorar a revelação do Senhor. A retomada da reflexão da superioridade de Cristo (2,5-18) esbarra num porém: a sua huma-nidade e a sua morte. A natureza humana, “um pouco” inferior à dos anjos, todavia está coroada de glória em razão do seu domínio sobre a

natu-reza (alusão ao Sl 8). Cristo ainda mais, pois se lhe estão submetidos o mundo futuro e os bens messiânicos. A paixão, na verdade, era uma con-dição obrigatória do seu “ser Pontífice”, isto é, ponte entre o divino e o humano, entre o santo e o pecador. Cristo, o Santo Filho de Deus, veio ao encontro da sorte desditosa da humanidade pecadora e experimentou a morte em favor de todos os homens. Na sua condição humana, pôde assumir o castigo da humanidade através de sua paixão e, na sua condição divina, cancelou esse castigo e re-estabeleceu a comunhão com Deus. A salvação de Cristo, então, é única e irrepetível, pois somente ele pode ser a Ponte entre o huma-no e divihuma-no. Ele é “o caminho”.

Carta aos Hebreus (parte 2): Cristo, superior aos anjos

POR PA DR E GIL SON M EU R ER

CONHECENDO AS CARTAS DE SÃO PAULO

Lectio Divina

PADRE PAULO STIPPE SCHMITT

O Dízimo e a Palavra

Meditatio (meditação)

Uma multidão imensa diante do Trono de Deus, todos reunidos para o lou-vor do Santo: uma liturgia no céu. Túnicas brancas e palmas nas mãos: sím-bolos do Batismo, da pureza de vida, da vitória. Estar de pé diante do Trono: haurir da vida que vem de Deus, da graça da ressurreição agindo em nós, pondo-nos de pé. Detenho-me sobre a passagem bíblica e visualizo a cena, a visão do apóstolo João.

Oratio (oração)

Com os santos e santas, rezo também eu: “A salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro”. Adoro o Senhor, Santo e fonte de toda a santidade.

Contemplatio (contemplação)

Santo é o Senhor nosso Deus: Santo, Santo, Santo. Contemplo a santidade de Deus manifestada na vida de tantos irmãos e irmãs meus. Essa mesma santida-de santida-deve manifestar-se em mim.

Missio (missão)

Chamado a ser santo/santa também eu, quero que minha vida seja verdadei-ro seguimento de Jesus: eis a santidade.

Eu, João, vi um Anjo que subia do Nascente, trazendo o selo do Deus vivo. [...] E ouvi o número dos que foram marcados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel. Depois disto, vi uma multidão imensa, que

ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão. E clamavam em alta voz: “A salvação ao nosso Deus, que está

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11 Jornal da Arquidiocese, novembro DE 2020

Paróquias

19 DE JANEIRO

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arquiioripa 2º Domingo do Tempo Comum

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Fo to : A rqui vo \P ar óqui a S ão C ris tó vão

A Paróquia São Cristóvão, do bairro Cordeiros, em Itajaí, foi criada em fevereiro de 1968 através do decreto de Dom Afon-so Niehues, Arcebispo Metropolitano. O primeiro pároco foi o Pe. Taehcyl Tavares, que permaneceu na comunidade até 1971. Atualmente a paróquia possui 19 comunidades e é administrada pela Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (SCJ). Para sabe mais, acesse: www.paroquia-saocristovao.com/.

Nossas paróquias:

Giro de notícias:

Diversas paróquias da Arquidiocese realizaram a bênção dos animais no dia 4 de outubro, no dia de São Francisco de Assis. Na Paróquia Santa Inês, em Balneário Camboriú, os animais receberam a bênção em frente à Igreja Matriz.

A Paróquia São João Bosco, do bairro Dom Bosco, em Itajaí, foi criada em março de 1968, para atender às necessidades espirituais dos fiéis da região. A primeira missa realizada na Igreja Matriz aconteceu em 30 de outubro de 1983. A paróquia é administrada pela Congregação dos Padres Salesianos e atualmente possui 12 comunidades, com diversas pastorais em cada uma delas. Para conhecer mais sobre a história da Paróquia, acesse:

www.facebook.com/ParoquiaSaoJoaoBoscoItajai/.

Foto: Arquivo\Paróquia São João Bosco

A Paróquia Nossa

Se-nhora Aparecida, no

bairro Procasa, em

São José, realizou uma

missa em honra à pa-droeira do Brasil e da paróquia no dia 12 de outubro.

A Paróquia São Judas

Tadeu e São João Batis-ta, do bairro Ponta da

Imaruí, em Palhoça, re-alizou festa em honra a seu padroeiro, São Judas Tadeu. Além da Missa de Ação de Graças, com a relíquia do santo, a pa-róquia realizou a venda de almoço, pães e bolos. No dia 19 de outubro, a Paróquia São Pedro de Alcântara celebrou uma missa solene em honra ao padroeiro da cidade e do Brasil. A celebração foi aberta aos fiéis, respei-tando as normas sanitárias, e também transmitida no

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12 Jornal da Arquidiocese, novembro DE 2020

Evangelização

Papa Francisco lança o novo Pacto Educativo Global

No último dia 15 de outubro, através de uma men-sagem em vídeo aos participantes do encontro pro-movido pela Congregação para a Educação Católica na Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma, o Papa Francisco fez a abertura do Pacto Educativo Global, pro-posta que ele mesmo lançou em 12 de setembro de 2019 e que tinha sua abertura prevista para o dia 14 de maio de 2020 com a participação de educadores do mundo inteiro reunidos em Roma, evento este que teve que ser transferido e remodelado por causa da pandemia.

Vários elementos motivaram o Papa Francisco a pro-por um Pacto pela Educação. Entre eles, destacam-se os vários pedidos, não somente de ambientes cristãos católicos, mas também vindos de não católicos e não cristãos para que o Papa liderasse um movimento glo-bal pela educação.

Nunca, como agora, houve necessidade de unir esfor-ços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras e com responsabilidade na construção do bem comum, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma hu-manidade mais fraterna.

O Papa iniciou sua mensagem destacando que a pan-demia acabou por deflagrar uma “catástrofe educativa”, uma vez que impediu milhões de crianças de frequen-tarem a escola, somando-se assim às tantas outras que,

CARIDADE SOCIAL

ASA mobiliza Arquidiocese para a Campanha 10 milhões de estrelas

A Campanha 10 Milhões de Estrelas é uma iniciati-va permanente da Cáritas Brasileira que se repete a cada ano, no período do Advento e Natal, como gesto concreto e coletivo, na perspectiva da consolidação da cultura de paz, da justiça social e de uma espiri-tualidade comprometida com a vida humana e com os direitos da natureza. Neste ano a Campanha 10

Milhões de Estrelas propõe o tema “Viu, cuidou e o mundo inteiro se iluminou!” e o lema “Brilhe vossa luz para que vejam as vossas boas obras” (Mt 5,16).

O objetivo é animar pessoas, grupos e comunida-des a vivenciar o espírito de Natal na perspectiva da construção da paz que é fruto da justiça e do direito. A inciativa objetiva também animar a esperança proativa em tempos desafiadores como o que esta-mos vivendo com as consequências da pandemia de Covid-19.

Oração que leva a comunhão com os irmãos

Em especial neste ano de 2020 a Cáritas Brasileira lançou materiais complementares para que as fa-mílias possam se preparar com mais profundidade para as celebrações de Natal. Os materiais são: o

Ro-teiro Celebrativo, que tem o objetivo de proporcionar momentos orantes durante as Novenas de Natal ou na noite de Natal; a Oração pela Paz, que estará dis-ponível no roteiro celebrativo, na caixa da vela e em alguns materiais produzidos para a mobilização nas redes sociais, e a Vela da Paz, que neste ano terá o for-mato de estrela e virá em caixa personalizada com logomarca da campanha e slogan.

Assim como nos outros anos o valor unitário da vela é de R$ 5,00. Parte deste valor será repassado à Rede Caritas, para cobrir os custos de produção das velas e no fortalecimento da instituição, e a outra parte será destinada aos trabalhos sociais das paró-quias e grupos e organizações sociais da Arquidioce-se de Florianópolis. Os pedidos podem Arquidioce-ser feitos (48) 9 9609-5975 ou asa.arquifln@gmail.com.

Foto: Unplash/Rajesh Rajput

em idade escolar, já são excluídas de qualquer tipo de atividade formativa.

Francisco destacou ainda que “educar é sempre um ato de esperança que convida à coparticipação trans-formando a lógica estéril e paralisadora da indiferença numa lógica diferente, capaz de acolher a nossa perten-ça comum”. E insistiu dizendo que a educação é “um dos caminhos mais eficazes para humanizar o mundo e a história”.

Ao propor este pacto, o Papa inspira-se no provérbio da sabedoria africana, que afirma que “para educar uma criança é necessária uma aldeia inteira”. A imagem da aldeia evoca uma ampla aliança pela educação que incumbe de responsabilidade não apenas determina-dos atores sociais, mas pressupõe um envolvimento de toda sociedade. Por isso, ele solicitou a participação e o

envolvimento de todos os profissionais da cultura e da educação, da ciência e do desporto, os gestores públicos, os meios de comunicação social, as famílias, os próprios estudantes, enfim, todas as pessoas que se preocupam com a educação da atual e das futuras gerações para que empenhem suas melhores energias assumindo a proposta deste pacto.

Por fim, o Papa indicou sete pontos essenciais para a concretização do Pacto Educativo Global:

- 1º: colocar a pessoa no centro dos processos edu-cativos;

- 2º: ouvir a voz das crianças, adolescentes e jovens, - 3º: favorecer a plena participação das meninas e jovens na instrução;

- 4º: ver na família o primeiro e indispensável su-jeito educador;

- 5º: educar e educarmo-nos para o acolhimento, de forma especial dos mais vulneráveis e marginalizados.

- 6º: encontrar outras formas de compreender a eco-nomia, a política, o crescimento e o progresso.

- 7º: guardar e cultivar a nossa casa comum.

Vamos todos assumir a proposta que nos faz o Papa Francisco, fazendo parte desta grande aldeia que educa.

Diácono Ricardo Marques

Pastoral da Educação

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13 Jornal da Arquidiocese, novembro DE 2020

Juventude

Cronograma - novembro de 2020

01/11 – Solenidade de Todos os Santos 02/11 – Finados

09/11 – Dedicação da Basílica de Latrão

15/11 – Jubileu de Prata Presbiteral do Pe. Gercino Atílio Piazza 15/11 – Dia Mundial dos Pobres

17/11 – 60 anos da Ação Social Arquidiocesana (ASA) 17/11 – Entrega do Prêmio Dom Afonso Niehues - Catedral 21/11 – Apresentação da Santíssima Virgem Maria

21/11 – Ordenação Presbiteral - CEAR

21 e 22/11 – Coleta Campanha da Fraternidade e da Evangelização 22/11 – Santa Cecília - Dia do Músico

22/11 – Solenidade de Cristo Rei do Universo

25/11 – Santa Catarina de Alexandria, padroeira do Estado e da

Arquidiocese

30/11 – Santo André, apóstolo

Dom Wilson envia mensagem

aos jovens pelo DNJ

Celebrado tradicionalmente no último domingo de outubro, o Dia Nacional da Juventude surgiu em 1985 (Ano Internacional da Juventude pela ONU) como uma atividade permanente da CNBB, que é realizada nas dioceses de todo o país. Com total apoio dos pastores de nossa Igreja, o DNJ celebra a vida dos (as) jovens de forma alegre, descontraída e comprometida com a realidade social em que vivem, tendo como base a pessoa e a mensagem de Jesus Cristo.

Em 2020, o DNJ foi celebrado no dia 25 de outubro. Em comemoração à data, o Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, enviou uma mensagem es-pecial aos jovens. Assista ao vídeo em nosso canal: youtube.com/arquifloripa.

Movimento Emaús realiza 5ª

edição do “Emaús É massa”

No final do mês de outubro, o Movimento Emaús realizou a 5ª edição do “Emaús é massa”. O objetivo do evento foi demonstrar a perseverança da co-munidade, apesar das dificuldades trazidas pela pandemia de Covid-19, para arrecadar recursos para cobrir as despesas do Movimento de Emaús em 2020, garantir a confraternização da comunidade nas mesas virtuais e arrecadar produtos de higiene pessoal e de limpeza para doações sociais para a Casa-Lar Emaús e a Casa São José.

Para ver as fotos e conferir a agenda de futuros eventos, acesse o Facebook.

Forania de Itapema

realiza evento online

Para celebrar o Dia Nacional da Ju-ventude (DNJ), os jovens da Forania de Itapema realizaram um evento online, o 2º Christus Vivit, com o tema: “Ele exulta de alegria por tua causa, por seu amor te renovará” (Sf 3,17).

O evento ocorreu na tarde do dia 25 de outubro, direto da Paróquia Se-nhor Bom Jesus dos Aflitos, de Porto Belo, e foi transmitido pelo Facebook do Setor Juventude da Arquidiocese.

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14 Jornal da Arquidiocese, novembro DE 2020

Geral

Viver o luto para não viver de luto

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A dor é uma experiência sensorial e/ou emocio-nal, que gera esconforto. A morte, seja ela imediata ou prolongada, é uma realidade nada fácil de ser sentida. O luto é uma dor desagradável, mas pro-visória ao ser vivenciado e continua ao não ser vivenciado.

Elaborar a partida de uma pessoa amada ou de uma mudança é ressignificar. Resignificar é transformar. Transformar é conhecer a si mesmo e aprender um novo jeito de estar na vida.

O luto é um estado de consciência, sendo que, ao ser vivido, reside nas folhas caídas e renascidas como a vida, que continuará na eternidade. A ex-periência do luto é acompanhada por sentimentos de impotência, de desamparo, de desnecessário, por vezes difíceis para a autorregulação.

É como combater o bom combate. Combatendo, permanecemos na presença que nos refaz e nos passa coragem e confiança. Por mais escuro que seja o luto, é ressignificando que conseguimos olhar um novo amanhecer.

O luto é um momento de silêncio, de escuta e de reflexão. A seguir você encontrará as 5 fases que fazem parte do luto. Aprendendo a identificá-las também aprendemos a vivê-las:

Negação: Negar algo é terrível, porém negar a

realidade da morte é como negar a existência da própria vida no tempo e no espaço. A negação nos

ensina muitas coisas – assim como os óculos corri-gem uma miopia. Por isso, a negação pode nos en-sinar a enxergar a vida sem embaço. Enxergar é tor-nar-se consciente da realidade. Frente à realidade nos silenciamos. Silenciar é viver fortes emoções. Emoções são bálsamos pesados quando negamos e livres quando as vivenciamos. Uma das vivências desta fase é o peso do arrependimento trazendo a solidão emocional (um estado de desamparo) e a tristeza (chamada de tristeza triste). Mesmo com tantas pessoas, tudo parece só, sem calor. O isola-mento é pelo fato de não querermos as pessoas ao nosso redor. O choque faz o tempo parar. A aneste-sia vai passando e um novo espaço vai sendo preen-chido: – e, se eu tivesse ao lado dele(a).

Raiva: A violação é terrível. Um questionamento:

– Uma pessoa tão “boa”; – Tão jovem! . A raiva leva a reações imprevisíveis. É como um astigmatismo, onde tudo se torna distorcido. As relações se tor-nam mais delicadas, quando a revolta toma conta. Dentro da raiva existe a dor – um processo cura-tivo de cicatrização que nos devolve pra dentro. Discutimos com a gente mesmo, com as pessoas e com Deus. Comparamo-nos com as outras pessoas, a fim de buscarmos tão-somente o amor. A raiva é contra si mesmo. Na verdade é uma elaboração da excelência da morte. Um abrigo para buscarmos o não vivido e o vivido. Saber que não estamos

sozi-nhos é valorar o não vivido.

Barganha: É a estação que negocia a dor da perda.

Negociar a perda é como comprar tudo de fora para a mudança – parece que é assim que vamos salvan-do a partida de quem amamos: – E se eu fizer um novo curso. Ou seja, negociamos tudo para reverter a realidade, entre elas as promessas e as mudanças de vida. Muitas vezes, o sentimento de culpa é es-condido no silêncio interior. Se até o outono prepa-ra o inverno, cortando as áreas sazonais das trocas de flores das árvores, quem sabe, podemos nos rei-niciar em caminhos conhecidos ou desconhecidos

Depressão: É o sentimento de perda irreparável.

Perda que leva ao passado: história da pessoa, o que a pessoa mais amava fazer; são questionamentos. Uma tristeza profunda toma conta da realidade e até mesmo a decepção e a revolta. Um momento em que ficamos sozinho é comum. Uma estação que nos leva a estarmos face a face com a consciência da morte. No entanto, a dor é profunda e os cami-nhos são de sofrimento.

Aceitação: Aceitar não é um campo florido e

muito menos feliz – mas é um campo de entrega. A entrega é regada por momentos doloridos. Entregar quem amamos é entregarmos o próprio coração - é entregarmos a história vivida ou não vivida. Neces-sitamos de 70 x7 para aceitarmos a consciência da vida e da morte. A entrega é profunda, ela revisita a vida em segundos. É como se lá, em algum lugar, do campo uma flor se apresentasse – nos deixando mais leves.

As fases do luto poderão vir juntas ou invertidas, porém é uma trilha progressiva do processo de ela-boração da morte.

O luto é a essência da renovação. Um coração enlutado se transforma com a escuta no ato de aco-lher e de receber. O sentido da escuta é força frágil e atualizadora, que deve ser tocada, manifestada e solicitada. Revelar o interior é como o encontro com a sarça ardente – despertando o encontro com as estações das perdas e do luto. O luto vivido revela novas descobertas e transforma o ser.

Priscila Nicolazi

Referências

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