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17/06/2015
Programa: Ciências Sociais
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Conteúdo: A) O ORIENTE NÃO É UM ACIDENTE
- A arte da guerra e a política: Sun Tzu e Kautilya, os militares e o Estado Ideal.
- Platão e Aristóteles: cidadania e participação democrática dos guerreiros na Polis - Tito Lívio, Políbio e a História Militar de Roma.
B) LIBERALISMO X CONSERVADORISMO: REPENSANDO OS MILITARES E A POLÍTICA - Maquiavel, a Política e a Arte da Guerra
- Uma reflexão entre conservadores e liberais: Hobbes e Locke - Rousseau e Cidadania aos Militares
- Apontamentos para uma leitura: o pensamento de Clausewitz C) MILITARES ENQUANTO SUJEITOS NA HISTÓRIA
- Marx e Engels; repensando os militares na sociedade moderna. - Lênin: militância e os militares
A problemática relacionada aos Militares e a Política, oferecem pistas instigantes e inovadoras no pensamento clássico oriental e ocidental; possibilitando abordagens multifacetadas quanto a sua apreensão contemporânea; quiçá indagações de como essa temática tem sido operacionalizada (ou não) teoricamente. A inconclusidade pela interposição da política está para ser (re)avaliada, particularmente enquanto uma possibilidade de uma mediação pelos conflitos internos e externos; uma perspectiva diferenciada da relação política comumente valorizada e nucleada somente no quesito história militar e operações bélicas. Portanto, a leitura em foco possibilita uma outra abordagem, conferindo nova apreensão relacionada aos militares e a política e entre eles, a sociedade. Nesse sentido, a presente proposta procura apreender os militares enquanto atores políticos; reconhecendo a legitimidade de sua participação enquanto expressão de cidadania; dialogando enquanto possibilidade teórica comparada a outras categorias sociais.
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A proposta objetiva apreender nessa disciplina, um diálogo relacionado aos militares e a política, inicialmente com alguns pensadores clássicos, liberais e conservadores, procurando em seguida, valorizar uma reflexão contemporânea com intelectuais marxistas. O debate tem ainda uma particularidade: a que confere sua apreensão e valoração como expressão de legitimidade à ser reconhecida em Estado Democrático e de Direito, contrapondo as correntes teóricas tradicionais que sustentam seu apoliticismo como pressuposto de estabilidade política. Esse pressuposto, em nossa leitura, não é somente desmentido pela história, na medida que os militares sempre estiveram presentes na política ou envolvidos pela política, mas contrapõe, qualquer que fosse a dimensão dessa presença; apenas o politicamente aceitável por setores dominantes quando estavam envolvidos na manutenção do status quo. Polemizando na contra corrente desses setores intelectuais e políticos, a disciplina procura oferecer que o pressuposto da estabilidade política em um estado democrático e de direito pode ser conferido na legitimidade desse grupo e seu reconhecimento enquanto atores sociais.
Objetivos:
Trabalho individual ou seminários. Critérios: