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EDUCAÇÃO SEXUAL: uma abordagem do Vírus HIV no contexto da. Educação de Jovens e Adultos

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EDUCAÇÃO SEXUAL: uma abordagem do Vírus HIV no contexto da

educação de jovens e adultos

Janderson da Costa Barroso; Aldalúcia Macedo dos Santos Gomes; Ingrid Rebeca Fonseca dos Santos; Jackson Oliveira de Brito

Escola Superior Batista do Amazonas, comunicacao@esbam.edu.br

Eixo 04: Saúde e Meio Ambiente no Ensino de Ciências Resumo: Partindo do pressuposto de que a escola é condição essencial de inclusão e democratização e que o ensino de Ciências e Biologia pode promover o desenvolvimento de assuntos ligados à saúde, ao corpo humano, à adolescência e à sexualidade procurou-se investigar se em um Centro de Educação de Jovens e Adultos CEJA na cidade de Manaus é trabalhado a temática educação sexual, mais especificamente acerca da prevenção contra DSTs e HIV/AIDS. A Educação Sexual no cotidiano da escola deve ser inserida adequadamente, respeitando os valores e direitos de cada aluno, deve ainda ser trabalhado de modo que o aluno compreenda que uma vida sexual saudável caminha de mãos dadas com a prevenção. A coleta de dados foi realizada por intermédio da aplicação de questionários com perguntas fechadas com o intuito de verificar o nível de conhecimentos dos alunos acerca do vírus HIV. Em um segundo momento foi realizado uma palestra com todas as informações necessárias tema abordado e uma dinâmica com tema: não tem a fim de sensibilizar os alunos a terem o hábito da prevenção, essa palestra foi elaborada de acordo com dados coletados no primeiro questionário focando nos pontos principais. Este estudo apontou que os estudantes têm interesse em adquirir conhecimento, tirar suas dúvidas dentro da sala de aula, até mesmo porque alguns deles têm apenas a escola como fonte para obter tais informações e elaborando a partir daí estratégicas para solucionar futuros problemas causados pelo déficit de conhecimento a respeito do tema abordado.

Palavras-Chave: Educação Sexual, HIV/AIDS, Âmbito escolar.

Introdução

A Educação Sexual no cotidiano da escola deve ser inserida adequadamente, respeitando os valores e direitos de cada aluno, mais que também dever ser aplicada de modo que o aluno compreenda que, para ter uma vida sexual saudável, o primeiro passo deve começar pela prevenção. Hoje a vários tipos de Doenças Sexualmente Transmissíveis DSTs, e entre essas está o Vírus da Imunodeficiência Humana HIV que na década de 1980 já tinha infectado mais de 32 milhões de pessoas e 12 milhões delas já tinham chegado a óbito. Desta forma este trabalho poderá incentivar a escolar a utilizar campanhas de apoio à prevenção fortalecendo o combate ao vírus da AIDS. Assim, esperamos que esse trabalho feito com os alunos do CEJA seja um meio aberto de informação para que possamos diminuir futuros casos de HIV no Estado do Amazonas sendo que na maioria dos casos positivos para o HIV são em adolescentes que nunca frequentaram a escola ou que não concluíram o ensino fundamenta e médio motivo este que nos levou a aborta esta temática no âmbito da Educação de Jovens e Adultos. Foi observado durante o estágio supervisionado que no Centro de Educação de Jovens e Adultos CEJA da Cidade de Manaus não elaborava ou aplicava

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projetos voltados para prevenção de DSTs, o que propôs o uso do espaço escolar para uma abordagem sobre o vírus HIV/AIDS, com o objetivo de sensibilizar os alunos a terem uma visão critica diante dos problemas causados pelo vírus da AIDS no mundo. Nesta pesquisa de campo, buscamos conhecer o perfil de todos os adolescentes envolvidos na pesquisa e quais meios de vulnerabilidade que os colocam em risco a uma infecção do vírus HIV e saber por que os mesmos iniciam suas vidas sexuais sem o método de proteção e se esses alunos apresentam conhecimentos sobre a temática abordada e dos problemas que este pode causar futuramente.

O adolescente precisar ter o conhecimento do que é o HIV/AIDS para poder ver o preservativo como forma para se proteger. Usar temas como educação sexual nas escolas é um ato de fortalecer o apoio à prevenção. A Educação Sexual no âmbito escolar aborda vários fatores sobre os variados tipos de seus meios de contágio e suas consequências, de forma ampla e clara, sendo aplicados de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais

O tema proposto procura entender qual éo papel do educador no sentido de promover e sensibilizar os alunos através de apoio à prevenção dentro da escola por meio da Educação Sexual, quanto mais distante a escola coloca os alunos da realidade quando se trata do vírus HIV ou qualquer outra DST, eles tendem a regredir nos seus valores de respeitar o próximo, de compartilhar o mesmo banheiro público com soros positivos, ou até mesmo não ter a segurança de se relacionar com um deles, é nesse momento que a escola entra com a Educação Sexual, para mostrar para esses alunos quais serão seus valores diante da sociedade.

1. Legislação da Educação de Jovens e Adultos CEJA

A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional LDB possibilita ao cidadão portas para que os mesmos que não concluíram o ensino fundamental e médio tenham a oportunidade para tal. Mas para isso as leis de diretrizes foram estabelecidas e aprovadas para inclusão de jovens e adultos na educação básica.

O papel principal estabelecido da Educação de Jovens e Adultos EJA é dá ao cidadão o direito a uma escola onde se recebe educação de qualidade e o reconhecimento da igualdade ontológica, ou seja, uma parte filosófica onde estuda a natureza do ser e a existência da realidade. Esta modalidade de ensino requer um olhar mais humanizado por parte dos professores, uma vez que o público-alvo, geralmente é composto por pessoas que não tiveram

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a oportunidade de acesso à escola quando mais novos e que agora precisam conciliar trabalho e estudo. De acordo Gadotti,

Um programa de educação de jovens e adultos, por essa razão, não pode ser avaliado apenas pelo rigor metodológico, mas pelo impacto gerado na qualidade de vida da população atingida. A educação de adultos está condicionada às possibilidades de uma transformação real das condições de vida do aluno-trabalhador. (GADOTTI, 2008, página 32).

1.1 A importância de ensinar ciências e biologia

A biologia tem como principal objeto de estudo a que não está só relacionada na preservação ambiental ou na conservação do planeta, mas que também está ligado diretamente a de maneira equilibrada onde podem ser observadas várias temáticas, e dentre elas está à abordagem dos temas transversais de cunho apropriado a prevenção sexual contra as abordando então suas formas de contagio e os métodos de prevenção e tratamentos para os casos no qual estamos tratando neste trabalho, o vírus HIV.

Desta forma surge à importância de ensinar biologia para os alunos do ensino médio nas fases inicias e finais para que o aluno ao sair do ensino médio esteja preparado não só para o mercado de trabalho e sim para vida social diante das varias curiosidades sexual.

Para (SELLES et. al. 2009, página 116) os PCNs deixam claros que os temas transversais não devem constituir disciplinas a serem somadas às já existentes, mais que o objetivo é que eles sejam absorvidos por estas.

Mas a biologia tem seu lado desafiador, que é ensinar esse componente curricular hoje em dia. Fazer um aluno reconhecer a importância da sua necessidade para ampliar seu grau de conhecimento diante dos seus conceitos fazendo com que o mesmo transite em diferentes contextos que estejam ligados diretamente a educação sexual no cotidiano, fazer com que o aluno se desperte para tal é um grande desafio, já que 90% dos alunos estão focados apenas em concluir o ensino médio. Para Selles,

É necessário chamar a atenção para continuidade nas propostas dos e aquelas antigamente regulamentadas nos Programas de Saúde PS, em ambas as propostas e os objetivos maiores na Educação em Saúde devem ser a formação de hábitos, atitudes e comportamentos. (SELLES et. al. 2009, página 117).

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Parte necessária da formação integral do jovem, futuro adulto com suas responsabilidades individuais, familiares e na sociedade, a educação sexual deve ser inserida no contexto educacional de maneira equilibrada, deve ser aplicada para os jovens de modo geral, tanto para aqueles que entraram ou que já está na vida sexual ativa, o que se torna extremamente preocupante, porque é a partir daí que os mesmos correm os ricos de serem contaminados com uma ou pelo o vírus HIV.

O objetivo principal da educação sexual é preparar os adolescentes para vida sexual de forma segura, chamando-os à responsabilidade de cuidar de seu próprio corpo para que não ocorram situações futuras indesejáveis, como a contração de uma doença ou gravidez precoce e indesejada. (CABRAL, 2016).

De acordo com Cabral, podemos afirmar que o ser humano tende a acreditar que o perigo sempre está ao lado de outras pessoas e que nada irá acontecer com eles mesmos, o que o coloca vulnerável a tais situações de risco.

A Educação Sexual, não está somente na responsabilidade da escola; porque os pais têm um papel fundamental nessa tarefa que hoje já se tornou difícil. De acordo com Vilela,

O professor é fundamental também como educador sexual e que para muitos alunos esse profissional é a única pessoa com quem eles podem contar para ampliar seus conhecimentos sobre sexualidade e desenvolver uma nova visão sobre os fatos que, às vezes no seu meio social, podem ser tratados como sem importância para vida desses alunos. (VILELA, 2015).

É na escola que muitos dos alunos têm as informações necessárias a cerca das questões sobre e prevenção nas relações sexuais. Para se tratar de tema associado a uma grande multiplicidade dos valores desses alunos, a escola precisa ter a consciência da necessidade para um espaço de reflexão como um termo educativo.

A escola abordar os diversos pontos de vistas, valores e crenças existentes na sociedade para auxiliar o aluno a construir um ponto de autorreferência por meio da reflexão. E que cabe a escola utilizar um espaço educativo formal para que sejam abordados os diversos temas relacionados à Educação Sexual, respeito cada aluno individualmente com suas crenças, religião e sexualidade e os direitos dos pais. (Parâmetros Curriculares Nacionais

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2.3 O HIV no contexto da escola

Um dos grandes problemas atuais na educação de jovens e adultos é a falta do projeto pulítico pedagogico, com isso os alunos dessa modalidade de ensino ficam excluindo de projetos voltados para Educação Sexual o que torna a maioria desses alunos vulneráveis a DST e ao HIV/AIDS. Sabemos que essa falta de informação pode ser levada muito mais adiante, por que a maioria dos alunos do CEJA já constituiram família.

Outro fato muito realista é que muitas das escolas não se sentem a vontade em abordar temas transversais com a preocupação da reação de alguns pais ou dos próprios alunos, desta forma deixa de utilizar o espaço escolar como meio de estratégia para a aplicação de temáticas com temas transversais, o que deixa vulneráveis alunos com pouca informação a uma infecção com algum tipo de DST.

Para (FERNANDES et. al. 2011) a escola apresenta uma problemática que extrapola questões fundamentais relacionadas às formas de transmissão do vírus HIV, as questões de saúde física, estigma e preconceito.

Isso nos diz que a escola não deve se deixar tímida em abordar temas de cunho sexual nas salas de aula por medo das reações de cada aluno. Os já habilitam respaldos aos educadores que utilizarem certas temáticas onde se aborda conceitos de DST, prevenção, cuidado com o corpo e dialogo aberto entre professores e alunos, para que os mesmo não venham absorver tais informações de forma errada.

2. Materias e Metodos

A realização da pesquisa exigiu observar, pensar, questionar e refletir sobre meios que pudessem contribuir para a análise e compreensão da realidade adentrada, ou seja, do Ensino de Biologia, no âmbito da EJA.

O estudo foi orientado pela pesquisa qualitativa por se acreditar que esta modalidade de pesquisa possibilita ao pesquisador um olhar mais humanista, holístico e aproximado da realidade dos sujeitos. Desta forma, a pesquisa qualitativa permite a interação do pesquisador com os sujeitos participantes do estudo facultando-lhe o direito de relatar de forma fidedigna, o que deu certo e o que deu errado, as fragilidades e fortalezas observadas no decorrer da pesquisa. Fazendo desta forma uma interlocução entre a teoria e os dados empíricos (TRIVIÑOS, 2009).

Também foi realizada observação participante que segundo Vianna (2003), é uma das mais importantes fontes de informações em pesquisas qualitativas em educação.

[...] neste tipo de observação o observador é parte dos eventos que estão sendo pesquisados. Esse tipo de observação apresenta algumas vantagens: i) possibilita a

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entrada a determinados acontecimentos que seriam privados e aos quais um observador estranho não teria acesso aos mesmos; ii) permite a observação não apenas de comportamentos, mas também de atitudes, opiniões, sentimentos, além de superar a problemática de efeito observador (VIANNA, 2003, p. 50).

Nessa pesquisa, a observação participante se realizou no contexto da sala de aula durante o desenvolvimento da disciplina de Estágio Supervisionado ocorrida no período de 03 de Agosto de 2015 a 08 de Novembro de 2016.

Desta forma um questionário fechado foi utilizado para coletas de dados para traçar o perfil e o conhecimento de cada discente diante da temática abordada.

Para Duarte 2016, o questionário é uma maneira de analisar e buscar a diversidade de opiniões, sentimentos e entre outros aspectos manifestados por um grupo de pessoas.

Por se tratar de uma pesquisa qualitativa o objetivo foi envolver os alunos a pensarem de forma livre sobre as graves questões do HIV no mundo, envolvendo adolescentes de suas faixas etárias.

Verdadeiramente os questionários são meios neutros que adquiram vidas quando o pesquisador ilumina com determinada teoria. (TRIVIÑOS 2009, página 137).

2.1 Palestra e aplicação da dinâmica

2.1.1 Da palestra e o contato direto com os alunos

Antes da palestra ministrada pela Bióloga Dhany Vieira e da dinâmica com tema: não tem cara, foi aplicado um questionário com perguntas fechadas sobre o vírus HIV/AIDS, onde os alunos preencheram e assinaram um termo, aceitando participar da pesquisa com a finalidade de preserva a identidade desses alunos.

Durante a aplicação da palestra os alunos se comportaram como certa timidez, mas que aos poucos foram participativos, questionando a palestrante com perguntas que surgiam no decorrer da palestra. Com essas perguntas foram surgindo dúvidas por partes desses alunos. Um dos alunos perguntou se era possível ser diagnosticado o vírus HIV por meio de fezes e urina, outros alunos questionaram se era possível sentir algum tipo sintomas após a relação sexual sem proteção e como seria a infecção vertical ou se por abraços, beijos, sentar no mesmo lugar que um portador do vírus HIV seria uma forma de contaminação.

Esses alunos foram obviamente informados sobre todos os tipos de exames, contaminação, testes que podem diagnosticar o HIV e os sintomas que surgem após o contato com vírus e em quanto tempo os primeiros sintomas podem surgir.

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A ideia de aplica uma dinâmica com tema não tem foi uma forma importante para alerta os alunos a adotarem o hábito de prevenção, sabendo que ninguém ver o HIV estampado no rosto das pessoas e muitos menos naquelas que aparentam ter boa forma física e saudável.

A técnica utilizada, com matérias, como indicador ácido-base sintético a fenolftaleína 2% e uma base forte como à solução de amônia e água, chamou a atenção dos alunos de forma prática e bem elaborada para observar o que acontece no comportmaneto de uma pessoa que mantem relações sexuais com mais de um parceiro sem proteção do preservativo, primeiramente um copo com água foi entregue para cada aluno, e um desses copos foi o a amônia, que serveria como a base forte. Cada aluno adicionou um pouco de água do seu copo nos copos dos demais colegas, isso na dinâmica representa o ato sexual com mais de um parceiro sem uso de preservativo. Feito isso foi adicionado à fenolftaleína 2%, os copos que apresentaram uma cor avermelhada representou alunos infectados pelo HIV e os que continuaram incolores foram aqueles que não foram infectados.

Figura 01. Modelo do resultado da dinâmica: copos com material de cor rosa representam alunos infectados pelo HIV e os incolores representam alunos não infectados pelo HIV.

Desse modo procura-se informar aos alunos por meio da prática, que há várias formas de sexo não seguro, tanto com vários parceiros, ou aqueles com parceiro fixo devem ser sempre com camisinha e que desta forma os mesmos estarão se protegendo contra o HIV.

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A maioria dos alunos tiveram dificuldades em responder as perguntas do questionário, muitos tinham dúvidas no que responder e acabavam por consultar o colega ao lado. Outra dificuldade que os alunos tinham era assimilar as informações mais simples sobre o HIV e a forma de prevenção, ou seja, na maioria dos casos eles afirmaram que manter uma relação com alguém que aparentemente é saudável os tiraria do risco de se infectarem.

Após aplicação da palestra, é normal que os alunos obtenham curiosidades sobre o tema abordado, e quando se aborda um tema voltado para sexualidade, este venha despertar o interesse do aluno em a profundar seus conhecimentos.

Umas das observações feitas durante o resultado do questionário é que cerca de 90% dos alunos das duas turmas possuem vida sexual ativa e 84% deles iniciaram sua vida sexual com menos de 16 anos de idade, e sobre as formas transmissão do HIV observou-se que os mesmos tinham informações que no ato sexual poderiam se infectar com algum tipo de DST, e que o sexo oral e anal não se transmitia o vírus HIV, e que fazer uso compartilhado de copos, pratos e uso do mesmo banheiro poderia transmitir o vírus da AIDS, deixando claro que a falta de informação neste primeiro momento do questionário era muito grande diante dos variados tipos de informações.

Os discentes foram orientados durante a aplicação da palestra e da dinâmica, os resultados do segundo questionário foram positivos. Cerca, de 98% dos alunos entrevistados sabiam quais eram as principais formas de contaminação pelo vírus HIV/AIDS, e quais eram as formas que não se transmitia o HIV, levando a entender que aplicação da palestra foi essencial para transmitir informações sobre a temática que foi abordada em sala de aula.

Com toda essa visão norteadora, é sempre necessário e importante o uso do espaço escolar para que campanhas de prevenção sejam fortalecidas, e as oficinas de informações são de extrema importância no apoio ao combate contra as e HIV/AIDS. A maneira que os adolescentes têm acostumado suas vidas vem mostrando a grande realidade dos casos positivos para o HIV, o Brasil já se tornou o país com casos frequentes em jovens, entre dez pessoas diagnosticas no país seis delas são de faixa etária de 15 a 24 anos de idade.

3. Resultados e discussão

A base de dados foi construída após a aplicação de um questionário com 10 (dez) perguntas fechadas para identificar o grau de conhecimento que esses alunos teriam diante da temática que seria abordada com os mesmos. Ao todo participaram da entrevista 40 alunos, 7 do sexo feminino que variam as faixas etárias e 33 do sexo masculino.

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SIM NÃO Turma "A" 90% 10% Turma "B" 95% 5% 90% 10% 95% 5% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Você possui vida sexual ativa?

O levantamento de dados foi realizado em duas turmas do Ensino Médio cada uma com 20 alunos, em Centro Educacional de Jovens e Adultos CEJA de Manaus observou-se que na turma 90% (18 alunos) e 95% (19 alunos) referidos da turma tinham vida sexual ativa. Com base nestes dados identificou-se que 80% (16 alunos) de cada turma iniciaram entre 13 e 15 anos sua vida sexual. Dentre os alunos entrevistados cerca de 40% (16 alunos) não usam preservativos, 20% (8 alunos) dizem usar somente com seus parceiros e 22,5% (9 alunos) disseram usar sempre preservativos nas relações sexuais esses dados se aplica para alunos do sexo masculino. E cerca de 5% (2 alunos) afirmaram não usar preservativos, 7,5% (3 alunos) responderam que usam preservativos com seus parceiros e 5% (2 alunos) dizem usar sempre preservativos nas relações sexuais, esses dados se aplica para alunos do sexo feminino. O que mostra uma grande vulnerabilidade para uma propagação a uma DST, o que revelou também serem verdadeiras as pesquisas, nos casos atuais de HIV na sociedade entre os adolescentes.

O pertencente dado obtido nas primeiras perguntas do questionário será detalhado com mais clareza nas figuras abaixo, e tiveram o objetivo de estabelecer um perfil dos alunos entrevistados que estudam na 2ª (segunda) fase do ensino médio do CEJA.

Figura 02. Você possui vida sexual ativa?

13 a 15 anos 16 a 18 anos Não possui vida sexual ativa

Turma "A" 80% 20% 0% Turma "B" 80% 10% 10% 80% 20% 0% 80% 10% 10% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

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Não usam preservativos

Usam com seus

parceiros Usam sempre

Masculino 40% 20% 22,50% Feminino 5% 7,50% 5% 40% 20% 22,50% 5% 7,50% 5% 0% 10% 20% 30% 40% 50%

Você tem hábito de usar preservativos?

Figura 03. Com quantos anos iniciou sua vida sexual?

Figura 04. Você tem o hábito de usar preservativos?

Os próximos resultados questionaram os discentes a respeito dos conhecimentos básicos sobre o HIV/AIDS e os meios de contaminação. Ao serem questionados se os mesmos sabiam a diferença de HIV e AIDS, detectou-se que na turma 95% (19 alunos) e 80% (16 alunos) da turma afirmaram não saber a diferença entre o vírus HIV e a doença AIDS. Nessa parte do questionário os resultados foram tabulados de modo geral, unido os questionários das duas turmas.

Ao serem questionados se o vírus HIV se transmite por meio do sexo sem preservativo 95% (38 alunos) responderam que sim, levando a entender que os alunos têm consciência que a falta do preservativo nas relações sexuais é a principal forma de transmissão do HIV. Ainda nesta primeira parte do questionário, cerca de 55% (22 alunos) responderam que a prática do sexo anal sem preservativo não é forma de transmissão para o HIV, e 62,5% (25 alunos) afirmaram que a forma de transmissão vertical não poderia infectar o bebê durante a gestação e 75% (30 alunos) disseram que compartilhar o mesmo copo, talheres e banheiro com um portador do vírus HIV é uma forma de transmissão do vírus.

A figura abaixo detalha as informações dos alunos questionados sobre a diferença entre o vírus HIV e a AIDS.

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Sim Não Turma "A" 5% 95% Turma "B" 20% 80% 5% 95% 20% 80% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Você sabe a diferença de HIV e AIDS?

Figura 05. Você sabe a diferença de HIV e AIDS?

Nesta segunda fase da pesquisa os alunos foram submetidos ao mesmo questionário aplicado anteriormente para avaliar uma linhagem de aprendizagem sobre a temática que foi abordada. Desta forma podem-se avaliar os alunos de forma clara, observando seu interesse ao tema proposto. Todos os alunos têm o direito de consentir ou recusar propostas de caráter preventivo ou as formas de diagnostico para o HIV, o que não se aplica completamente em todas as pessoas que não estejam inseridos dentro deste grupo.

Com embasamento nos dados coletos os discentes foram questionados com a seguinte pergunta: Você sabe a diferença entre HIV e AIDS? Observou-se que após aplicação da palestra os alunos conseguiram assimilar a diferença do vírus HIV para a doença em sua fase final e que 95% (38 alunos) conseguiram fazer a diferenciação entre o HIV e AIDS.

Quando questionados em relação à transmissão do vírus HIV 100% (40 alunos) dos discentes entrevistados responderam que sim para transmissão do vírus por meio do sexo sem preservativo, e que compartilhar copos, talheres e o mesmo banheiro com um portador do vírus HIV 97,5% (39 alunos) afirmaram não ser meio de transmissão para o HIV e que a transmissão vertical é uns dos principais meios para contaminação do bebê durante a gestação ou no parto e na amamentação 100% (40 alunos) afirmaram que o não acompanhamento necessário no pré-natal é um risco para contaminação do feto ainda em desenvolvimento.

Para ilustrar esses dados aplicou-se um gráfico onde pode ser notado o grau de conhecimento que foi adquirido após a palestra e aplicação da dinâmica.

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Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo CECIFOP/2017 gepeec@gmail.com

Você sabe a diferença de

HIV e AIDS Sexo oral

Transmissão Vertical Uso compartilhado de copos, talheres e banheiro SIM 95% 100% 100% 2,50% NÃO 5% 0% 0% 97,50% 95% 100% 100% 2,5% 5% 97,5% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

NÃO USAM USAM COM SEUS USAM SEMPRE

5% 7,50% 5% 40% 20% 22,50% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

45% Você usa preservativos nas relações sexuais?

Figura 05. Os meios de transmissão do HIV (Pós-questionário).

Para finalizar os discentes novamente foram questionados com a seguinte pergunta no pós-questionário: Você usa preservativos nas relações sexuais? Com tantas tecnologias disponíveis hoje, para o acesso a informações, e a temática a bordada em sala de aula para melhora o apoio à prevenção, os alunos de ambos os sexos obtiveram o mesmo resultado do primeiro questionário para este quesito. Cerca de 40% dos meninos (16 alunos) e 5% das meninas (2 alunos) afirmam não usam preservativos nas relações sexuais, alguns deixaram nítidos abertamente que o preservativo diminui o prazer durante a relação sexual, outros 20% dos meninos (8 alunos) afirmam que usam com seus parceiros fixos e 7,5% das meninas fizeram a mesma afirmação, 22,5 % dos meninos (9 alunos) e 5% das meninas (2 alunos) dizem usar sempre em todas as relações sexuais.

Distribuindo esses valores em um gráfico teremos a seguinte ilustração de que os alunos do CEJA estão aderindo o hábito do sexo não seguro e se colocando em situações de risco mesmo que a maioria deles tenham informações sobre a DST/AIDS, o que comprova os altos indicie de casos de HIV em adolescentes no Estado do Amazonas, já que mais da metade dos portadores do vírus são adolescentes.

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Figura 06. Você usa preservativos nas relações sexuais? (Pós-questionário)

Além disso, os alunos estão cada vez mais próximos da realidade dos dados estatísticos que são divulgados todos os anos pelo MS do Amazonas. Que apenas para o ano de 2014 onde foram registrados de janeiro a junho, 1.204 casos de HIV em adolescentes, e para 2015 no mesmo período já haviam sido registrados cerca de 622 casos de HIV, o que deixa evidente que os alunos do CEJA estão passivos a uma propagação do vírus da AIDS.

4. Considerações Finais

Mesmo após a intervenção as respostas do questionário apontam que os alunos se mantem inclinados a um comportamento de risco. A informação é de extrema importância, mas sem a mudança no hábito do sexo o risco de contração do HIV não deixará de existir. O professor tem um papel fundamental na sala de aula, em manter um equilíbrio de informações com seus alunos por intermédio da EDUCAÇÃO SEXUAL.

Referências

DANTAS, Gabriela Cabral da Silva. : Brasil Escola.

Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/sexualidade/educacao-sexual.htm> Acesso em 15 de maio de 2016.

DINAMICA-CONTAGIO DE Disponível em: <https://youtu.be/awl9vEwvtnM?t=5>. Acesso em 05 de agosto de 2016.

DUARTE, Vânia M. do Nascimento. Questionário: Brasil Escola. Disponível em: <http://monografias.brasilescola.uol.com.br/regras-abnt/pesquisa-quantitativa-qualitativa.htm>. Acesso em 06 de Novembro de 2016.

FERNANDES, Bruna Frogeri; RIBAS, Camila Quintana et al. (2011). O HIV no contexto

escolar e educacional. Congresso Nacional de Psicologia Escola e Educação. Disponível

em: < http://www.abrapee.psc.br/xconpe/trabalhos/1/164.pdf>. Acesso em: 18 de março de 2016.

GADOTTI, Moacir; ROMAÃO, José, E. (Orgs.). Educação de Jovens e Adultos: teoria, prática e proposta. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2008.

SELLES, Sandra Escovedo, et al. Ensino de Biologia: saberes e práticas formativas. Uberlândia: EDUFU, 2009, 308 p.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Orientação Sexual. Disponível em <portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/orientacao.pdf>

Acesso em 12 de junho de 2016.

TRIVIÑOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: Pesquisa qualitativa em Educação. 1. Ed 18 reimp. São Paulo: Atlas 2009.

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VIANNA, H. M. Pesquisa em Educação: a observação. Brasília: Plano Editora, 2003.

VILELA, Maria Helena. ; Nova Escola. Disponível em

<http://revistaescola.abril.com.br/blogs/educacao-sexual/> Acesso em 15 de maio de 2016.

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