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SequÊncia Pedagógica. Uma sugestão da Editora Adonis para a construção interdisciplinar da aprendizagem.

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Academic year: 2021

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SequÊncia

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construção

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a aprendizagem.

Livro: O lobo que queria ser príncipe

Cicero Edno, ilustrações de Daniel Guimarães

Projeto Pedagógico: Marta Mancini e Regiane Rossi Hilkner

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Sequência Pedagógica

Uma sugestão da Editora Adonis para a

construção interdisciplinar da aprendizagem.

Americana-SP, 2016

O lobo que queria ser príncipe

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Copyright © 2016

Gráfica e Editora Adonis

Projeto Editorial

Magali Berggren Comelato

Projeto Pedagógico

Marta Mancini Regiane Rossi Hilkner

Assessoria Pedagógica

Maria Amélia Moscom

Projeto Gráfico

Paula Leite

Revisão

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Queridos professores,

Essa proposta que agora tem em mãos partiu de estudos e reflexões de professores de Educação Infan-til, Ensino Médio e Superior que, com grande experiência prática, conhecem as necessidades diárias de sugestões para uma implemen-tação educacional diferenciada. Ele oferece opções que podem ser incorporadas ao protagonismo e à intencionalidade pedagógica dos docentes, valorizando sua expe-riência profissional.

É com essa intenção que esta proposta se apresenta, como uma opção diferenciada, que une os tí-tulos da Editora Adonis a eixos de trabalho referenciados pelo MEC, com o devido respeito ao tempo de aprendizagem dos alunos e à flexibilidade do professor na con-dução desse trabalho, cujo objetivo é potencializar a aprendizagem da criança, associando literatura e os diferentes saberes infantis existen-tes e a serem constituídos, e desen-volvendo a integralidade do ser por meio da ampliação de seu universo cultural e da valorização das diver-sas linguagens em uma perspectiva transdisciplinar.

Desejamos que esta opção pe-dagógica seja um elemento de diá-logo com você em espaços de con-tato presenciais e/ou on-line para aprofundamentos, questionamen-tos e complementações que se fize-rem necessários, com base em sua vivência e experiência.

Marta Mancini Professora Universitária, Pedagoga, Psicopedagoga Clínica, Mestre em Educação. Regiane Rossi Hilkner Professora Graduada em Pedagogia, Especialista e Mestre em Psicologia da Educação e Coordenadora do Curso de Pedagogia e supervisora da Pós Graduação Lato Sensu na área de Educação e Psicologia. Doutorado em multimeios pela UNICAMP.

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Sistematização das ações pedagógicas

Declaramos na apresentação desta proposta que o respeito à criança, ao protagonismo do professor e à sua experiência é o que nos moveu para a elaboração destas opções pedagógicas, vinculadas à literatura por meio dos mais diversos títulos da Editora Adonis à sua escolha.

Ao optar pelo livro aqui apresentado, você, professor, entrará em con-tato com uma intervenção disparada pela literatura que o orientará a

se-quências didáticas e atividades interdisciplinares embasadas nos eixos referenciados pelo MEC, as quais servirão de guia para as ações junto a

seus alunos. Nesta proposta há sempre a possibilidade de novos caminhos e novos olhares, conforme sua experiência e necessidade.

Esperamos que esta opção contribua para o pleno desenvolvimento da criança e da educação infantil, com a valorização de seus saberes e linguagens, e a produção de sentidos e significados.

Desejamos que a escola se transforme cada vez mais em um espaço para o crescimento da sensibilidade, da arte e da poesia, para a conquista da aprendizagem e para o amplo desenvolvimento da moralidade, das ha-bilidades sociais, do contato e da convivência.

A literatura infantil no desenvolvimento

integral da criança

A literatura infantil é um recurso metodológico importante no auxílio à prática pedagógica, pois desenvolve o raciocínio e a sensibilidade dos educandos. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infan-til (RCNEI, 1998, v. 3) sugere que os professores deverão organizar sua prática de forma a promover em seus alunos o interesse pela leitura de histórias e a familiaridade com a escrita por meio da participação em si-tuações de contato cotidiano com os livros, além de estimulá-los a escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelo professor, e escolher os livros para ler e apreciar. Isso se fará possível trabalhando conteúdos que pri-vilegiem a participação dos alunos em situações de leitura de diferentes

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gêneros literários – contos, poemas, parlendas, trava-línguas etc. – feita pelos adultos e propiciando momentos de reconto de histórias conhecidas com aproximação às características da história original no que se refere à descrição de personagens, cenários e objetos, com ou sem a ajuda do professor.

É importante que a instituição educacional e a família desenvolvam o hábito da leitura nas crianças desde cedo, considerando-a uma das ati-vidades mais importantes para o desenvolvimento do vocabulário e do raciocínio lógico na construção de suas ideias, hipóteses e valores. Ao vi-venciarem as fantásticas experiências proporcionadas pela literatura, há uma ampliação das possibilidades de comunicação e expressão infantil, o que constitui um agente facilitador na interação do grupo.

Enfim, a leitura é essencial para o desenvolvimento cognitivo, ético e estético da criança e para a construção de sua personalidade.

O referencial curricular nacional para a

educação infantil: eixos e alinhamentos

Atendendo às exigências da Lei, as creches passaram a integrar-se ao Sistema Municipal de Educação, deixando de ter um caráter “assisten-cial”, que historicamente se caracterizou como um atendimento de guar-da para crianças de famílias de baixa renguar-da. A creche deixa de ser um espaço de “guarda” para caracterizar-se como agência de educação.

Neste sentido, as instituições de Educação Infantil (creches e pré-es-colas) integram as funções de educar e cuidar, comprometidas com o de-senvolvimento integral da criança nos aspectos físico, intelectual, afeti-vo e social, compreendendo a criança como um ser total, completo, que aprende a ser e conviver consigo mesmo, com o seu semelhante, com o ambiente que a cerca de maneira articulada e gradual. Por isso, estas ins-tituições precisam ter condições e recursos materiais e humanos voltados para o trabalho pedagógico para além do cuidado. Cabe aos municípios o compromisso de oferecer às crianças uma educação de qualidade, direito inerente a todos.

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Contemplar o desenvolvimento integral do aluno na esfera da educa-ção infantil significa compreendê-lo como parte integrante da educaeduca-ção, demandando a integração de vários campos do conhecimento.

Assim pautados, a Editora Adonis, por meio de uma opção pedagógica, organiza-se a partir dos seguintes âmbitos e eixos propostos pelos RCNEI:

IDENTIDADE E AUTONOMIA

“O estabelecimento de um cli-ma de segurança, confiança, afeti-vidade, incentivo, elogios e limites colocados de forma sincera, clara e afetiva dão o tom de qualidade da interação entre adultos e crianças. O professor, consciente de que o vínculo é, para a criança, fonte con-tínua de significações, reconhece e valoriza a relação interpessoal.”

RCNEI (1998, vol. 3, p. 49)

MOVIMENTO

“A organização dos conteúdos para o trabalho com este eixo de-verá respeitar as diferentes capa-cidades das crianças em cada fai-xa etária, bem como as diversas culturas corporais presentes nas muitas regiões do país.”

RCNEI (1998, vol. 3, p. 49)

MÚSICA

“A linguagem musical é exce-lente meio para o desenvolvimen-to da expressão, do equilíbrio, da autoestima e autoconhecimento, além de poderoso meio de inte-gração social.”

RCNEI (1998, vol. 3, p. 69)

ARTES VISUAIS

“A arte da criança desde cedo sofre influência da cultura, seja por meio de materiais e suportes com que faz seus trabalhos, seja pelas imagens e atos de produção artística que observa na TV, em revistas, em gibis, rótulos, estam-pas, obras de arte, trabalhos ar-tísticos de outras crianças etc.”

RCNEI (1998, vol. 3, p. 88)

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Ainda de acordo com o RCNEI, essa organização tem caráter essen-cialmente didático e não perde de vista que a construção de conhecimen-tos se processa de forma integrada e global, havendo inter-relações entre os diferentes âmbitos e eixos a serem desenvolvidos com as crianças de educação infantil.

Os eixos acima são “caminhos” que contemplam a flexibilidade curri-cular aliada a projetos que integrem as exigências legais.

LINGUAGEM ORAL E ESCRITA

“Para aprender a ler e a escre-ver, a criança precisa construir um conhecimento de natureza concei-tual: precisa compreender não só o que a escrita representa, mas também de que forma ela repre-senta graficamente a linguagem. Isso significa que a alfabetização não é o desenvolvimento de capa-cidades relacionadas à percepção, memorização e treino de um con-junto de habilidades relacionadas sensório-motoras. É, antes, um processo no qual as crianças pre-cisam resolver problemas de natu-reza lógica até chegarem a com-preender de que forma a escrita alfabética em português represen-ta a linguagem, e assim poderem escrever e ler por si mesmas.”

RCNEI (1998, vol. 3, p. 122)

NATUREZA E SOCIEDADE

“Propõe-se que os conteú-dos sejam trabalhaconteú-dos junto às crianças, prioritariamente, na forma de projetos que integrem diversas dimensões do mundo social e natural, em função da diversidade de escolhas possibi-litada por este eixo de trabalho.”

RCNEI (1998, vol. 3, p. 117)

MATEMÁTICA

“Diversas ações intervêm na construção dos conhecimentos matemáticos, como recitar a seu modo a sequência numérica, fa-zer comparações entre quantida-des e entre notações numéricas e localizar-se espacialmente. Essas ações ocorrem fundamentalmen-te no convívio social e no contato com histórias, contos, músicas, jogos, brincadeiras etc.”

RCNEI (1998, vol. 3, p. 213)

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O LOBO QUE QUERIA SER PRÍNCIPE

Objetivos

Introduzir o gênero literário conto.

Promover a flexibilidade, permitindo que o conto se aproxi-me da poesia e da crônica.

Ampliar a competência leitora dos alunos.

Possibilitar a construção de uma competência para a leitu-ra, independentemente da extensão dos textos (longos ou curtos).

Desenvolver a competência socioemocional.

Cronograma

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MOMENTO I – INTERPRETANDO A HISTÓRIA

A leitura feita pelo professor é importante para que os alunos apren-dam sobre as estratégias de leitura nas atividades de leitura colaborativa.

AULA I

Fracione a leitura em quatro aulas para que possa haver reflexão. Or-ganize um cronograma de leitura que esteja inserido na rotina da classe. Apresente informações sobre o escritor. Proponha que os alunos façam a leitura sequencial e antecipada de seis páginas.

AULA II

Leia para os alunos as mesmas páginas que foram lidas em casa. Orga-nize-os em alguns grupos e proponha que façam a brincadeira do telefone sem fio. Determine o tempo que será destinado a essa atividade e sorteie um aluno de cada grupo para contar a história lida antecipadamente no ouvido do colega ao lado. Siga a sequência até o último aluno do grupo, o qual contará a versão da história que chegou a ele. Cada grupo faz seu registro.

AULA III

Inicie a aula com o seguinte dito popular: “Quem conta um conto au-menta um ponto”. Compare as versões, pontuando os desvios, os acrésci-mos e as omissões em relação à versão original. Proponha a produção de uma coletânea das versões.

AULA IV

Comente e problematize os aspectos que considerar relevantes para a compreensão do texto, solicitando sempre a efetiva participação dos alunos. Oriente-os a revisar a escrita e a reescrever os textos, incluindo ilustrações.

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MOMENTO II – PERSISTÊNCIA

AULA V

As crianças não nascem sabendo o que são sentimentos nem têm um entendimento natural de como tratar as emoções que vivenciam.

“Os pais estimulam a conduta de comportamento, de começar muita coisa e na hora do encontro com a exigência do esforço, da concentração para aquilo funcionar, aceitam o pedido de exclusão do filho: ‘Ah, não quero mais’. Isso pode criar uma geração que não se importa em começar uma coisa e ir até o fim.” Começar e terminar algo a que nos propusemos a fazer é importantíssimo para a formação pessoal e o que costumamos chamar de autoestima1. Nesse sentido, a proposta é:

• Debater sobre a persistência do lobo em querer ser príncipe. • Solicitar que cada aluno escreva situações em que persistiu para

alcançar um desejo.

• Propor que registrem algumas situações em que desistiram de seus desejos, mencionando os motivos que os levaram à desistência. • Refletir sobre os dois momentos.

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AULA VI

Conte a história:

Como vermos realizados os nossos desejos

Estava eu olhando o velho João, entretido em varrer as fo-lhas secas do jardim. A área era grande, e o velho caprichava em não deixar nem uma folha no gramado.

– João – disse eu sorrindo –, que maravilha seria se você pu-desse, só a um desejo seu, ver todas essas folhas, de repente, empilhadas em um monte!

– E posso mesmo – disse o velho prontamente. – Se você pode, quero ver – desafiei.

– Folhas, juntem-se todas – disse o velho, numa voz de co-mando. E lá continuou limpando a relva até que as folhas fica-ram juntas num só monte.

– Viu? – disse-me sorrindo. – É este o melhor meio de ver-mos realizados os nossos desejos. Trabalhar, com afinco, para que aquilo que queremos seja feito.

O incidente calou-me no espírito. Mais tarde, ao estudar a biografia dos cientistas e de todos aqueles cujas obras nos parecem, por vezes, milagres verdadeiramente sobre-huma-nos, descobri que adotavam geralmente o sistema do velho jardineiro.

Todas as suas realizações resultaram do fato de que esses homens, desejando fortemente chegar a certo objetivo, nunca cessaram de lutar por alcançá-lo.

Na sequência, a sugestão é refletir, proporcionar momentos de discus-são e traçar um paralelo com os escritos prévios realizados pelos alunos com relação à persistência. Solicite que individualmente reescrevam as situações de cuja realização desistiram, colocando firmes propósitos para a conclusão delas.

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AULA VII

Relacione a mensagem do livro O lobo que queria ser príncipe com o texto “Como vermos realizados os nossos desejos” por meio das seguintes questões:

O lobo que queria ser príncipe Como vermos realizados os nossos desejos

Qual era o grande desejo do lobo? Qual foi o desafio que a criança propôs ao velho? Quais motivos o impediam sempre de

alcançar seu desejo? (amizades) Esse desejo foi alcançado? Qual é a lição dessa história? Qual é a lição dessa história?

Peça aos alunos que, coletivamente, escrevam uma moral para cada história.

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AULA VIII – ENCERRAMENTO

Esta aula é dedicada à confecção da árvore dos desejos. Para isso, entregue a cada aluno uma folha de papel verde (color set, cartolina...) e peça que a recortem em formato de folha. Dentro da folha, eles devem escrever seu desejo não realizado; em seguida, eles colam as folhas em um tronco, determinado por você, formando uma grande árvore. Apro-veite para escrever no rodapé desse papel uma mensagem de otimismo. Exemplos: “Nunca permita que alguém corte suas asas, estreite seus ho-rizontes e tire as estrelas do seu céu”; “Nunca deixe seus medos serem maiores que sua vontade de voar”; “O valor da vida está nos sonhos que lutamos para conquistar”; “Se você quer vencer, não fique olhando a es-cada, comece a subir degrau por degrau até chegar ao topo!”; “Se a gente espalhar coisas boas por onde passar, a vida se encarrega de trazer outras melhores ainda”; “Não pense em desistir. Seu corpo escuta tudo o que sua mente diz”; “Eu sei que, se eu esperar, as coisas boas vão chegar”; “Que a gente perca tudo – a hora, os dentes, a razão (em alguns momentos), o sono, os sapatos, as roupas, o cabelo, qualquer coisa –, menos os sonhos e a alegria de viver!”.

Monitore os desejos não realizados, os quais são passíveis de mudança.

Referências

Belas mensagens. Disponível em: <www.belasmensagens.com.br/oti-mismo>. Acesso em: 12 jul. 2015.

SAYÃO, R. Ensinar persistência aos filhos é fundamental. Disponível em: <http://vivabem.band.uol.com.br/comportamento/noticia/100000619292/ Pais-nao-estao-ensinando-filhos-a-persistir-alerta-psicologa.html>. Aces-so em: 12 jul. 2015.

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Rua do Acetato, 189 – Distrito Industrial Abdo Najar Americana – SP – CEP 13474-763 – F. (19) 3471.5608

Referências

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