Iniciativas de Gestão do
Conhecimento no ISC/UFBA
II Seminário sobre tecnologia, gestão
da informação e conhecimento em saúde pública:
compartilhando experiências
Maria Ligia Rangel-S ISC/UFBA
Avanços e Perspectivas do
Projeto Net Escola
de Saúde Coletiva
Uma experiência de gestão do
conhecimento em saúde do ISC/UFBA
Universidade Federal da Bahia
Breve Histórico
2004- 2006
• Projeto Piloto para Implantação da Net-Escola de
Saúde Coletiva: Cooperação técnica ISC/UFBA e
SGTES/MS.
2006-2008
• Pequisas: Desenvolvimento deTecnologia de Informação e
Comunicação via Web para a Promoção da Alimentação
Saudável”. Apoio do CNPQ. Parceria ENUT/UFBA.
2009-2010
• Iniciativa de Fortalecimento do Projeto: 2009 -2010
Cooperação técnica ISC/UFBA e SGTES/MS, para
realização do Curso de Especialização em Saúde Coletiva
com concentração em Gestão Pública Municipal, modalidade
EAD. Parcerias: EESP/SESAB e COSEMS/BA.
Características Gerais do
Curso
• Modalidade presencial e a distância, através da
plataforma Moodle de ensino.
• Carga horária: 360 horas.
• Período: fevereiro 2009 a março 2010.
• N
ode vagas: 150
• Público: prioridade a gestores de secretarias
municipais de saúde do estado da Bahia e suas
equipes.
• Gestão colegiada: ISC, EESP/SESAB e
COSEMS/BA.
Organização
• Formação e seleção dos professores-tutores do curso em EAD
• 7 grupos de aprendizagem organizados por macrorregiões
(compartilhar experiências em contextos similares).
• Um professor-tutor por grupo direcionava e orientava as
discussões e estudos, acompanhando o grupo ao longo do
curso:
– valorizando a articulação teoria e prática. – enfatizando a dimensão do saber/fazer,
– considerando as condições concretas do trabalho nos sistemas e serviços de saúde onde os alunos/gestores atuavam,
– estimulando o envolvimento de suas equipes no processo formativo.
• Encontros presenciais em cada uma das 7 Unidades de
Aprendizagem: “aulões” e trabalhos em grupo
– Aprofundamento das discussões e retorno à rede com o objetivo de estabelecer outras conexões.
Participantes
• Equipe de coordenação
– Coordenação geral
– Assistente de coordenação
– Coordenação de EAD
– Coordenação Pedagógica
• Professores coordenadores das 7 UA
• Professores tutores/mediadores (1 /20 cursistas)
• Participantes cursistas: 274 inscritos, 166
selecionados, 128 cursaram, 110 concluiram (91
aprovados; 19 reprovados) 18 evadiram (14%).
Participantes
Sexo N % Masculino 16 21 Feminino 60 79 Total 76 100 Idade N % 20 a 30 anos 20 26,3 31 a 40 anos 42 55,3 41 a 50 anos 10 13,2 51 a 60 anos 4 5,3 Total 76 100,0Inserção no SUS Estadual
N %
Secretário Municipal de Saúde 14 18,4
Planejamento e Gestão 37 48,6
Ações programáticas 5 6,6
Ações de Vigilância 8 10,5
Ações na Atenção Básica 5 6,6
Ações de assistência 5 6,6
Outros 2 2,6
Total 76 100,0
Modelo de EAD online
Na concepção metodológica associa :
• Interatividade e comunicação Todos-Todos.
• Construção do conhecimento de forma
colaborativa.
• Ênfase nos sujeitos aprendentes atentos ao seu
processo de aprendizagem.
• Educação em rede: não existe um centro fixo,
mas centros móveis que se alternam durante todo
o processo de ensino-aprendizagem.
Desafios do SUS
enfrentados no curso
• O processo de gestão do SUS se configurou como um
grande desafio dentro do curso, quando a principal
estratégia adotada para a re-orientação do sistema é a
descentralização, enfrentado-se pontos de
estrangulamento para a sua efetivação.
• Questões relevantes relacionadas ao tema foram
debatidas nas 7 UA:
– financiamento;
– modelos de atenção;
– planejamento e programação em sistemas e serviços de saúde; – tecnologias de gestão;
– temas especiais: violência; mídia e comunicação em saúde; saúde ambiental; sistemas de informação e saúde.
• Os gestores eram estimulados a, de modo interativo e
colaborativo, construir soluções para enfrentar os
problemas da gestão de seus municípios, tendo no foco os
conteúdos das unidades.
Desafios da Educação
enfrentados no Curso
- Aproximar à EPS – trabalho como referência da
aprendizagem
- Superar o modelo tradicional de EAD, condição para a
circulação e construção colaborativa do conhecimento no
ambiente virtual:
– Facilitar o acesso ao ambiente.
– Promover a participação interativa.
– Promover a comunicação TODOS-TODOS
Estas favorecem a criação e fortalecimento de uma rede de
múltiplas representações e interpretações, substituindo a lógica
das representações singulares.
– Valorizar o desempenho colaborativo, mediante o permanente questionamento e reflexão sobre as mensagens postadas por
tutores e cursistas/autores encorajando-os ao desenvolvimento do processo interativo e “provocativo” na construção do conhecimento. – Estimular a autoria por parte dos cursistas, mediante a tarefas que
estimulem a escrita de narrativas sobre sua realidade e a valorização de suas iniciativas textuais.
Recursos pedagógicos
– Planejamento: Oficinas pedagógicas com os tutores e coordenadores (ajustes, negociações).
– Estratégias pedagógicas:
• Aulas presenciais em UA (6 encontros presenciais)
• Narrativas de situações do cotidiano do trabalho da gestão
• Discussão de casos e busca de soluções (UAs: Planejamento, Tecnologias)
– Ferramentas:
• fóruns temáticos, integração e fóruns de atividades de grupo; fundamentai na interação e construção colaborativa do conhecimento, mediada pelo tutor.
• chats (opcional: integração ou dúvidas específicas),
• envio de arquivos, dentre outros recursos que foram utilizados em cada unidade de acordo com a necessidade e proposta pedagógica
.
• Diário (elaboração da matriz de planejamento na UA e o TCC)
– Avaliação:
– Processual nas UA (participação; apropriação dos conteúdos) – Prova final e TCC; enquete.
Interatividade
• O curso se deu em um movimento ininterrupto, fluido, integrado à interação e à participação, entre os tutores/coordenação
/alunos/colegas na dinâmica de socialização e discussão, articulando a teoria e a prática com os problemas de gestão encontrados em cada município
Interação professor/aluno
• Necessidade da “fala” ou “direcionamento” do professor-tutor para dialogarem.
• Aprendizagem dos tutores em EAD. Aprendizagem em Rede
O processo de aprendizagem em Rede, ao descentrar o professor coloca o cursista em situação de menor estabilidade e
previsibilidade o que condiz com a ação de gestores, que precisam tomar decisões, estar à frente de equipes e da política de saúde do seu município. Nesse sentido, a EAD se configura como uma estratégia de aprendizagem ótima ao que se pretende estimular entre os gestores.
Limites e Desafios
Acessibilidade
A acessibilidade ao ambiente é condição fundamental para
o rendimento acadêmico dos alunos nas unidades de
aprendizagem, em um curso estruturado em tópicos que
valorizavam a participação.
– Necessidade de deslocamento a outros municípios
com maior facilidade de conexão.
• Necessidade de enfrentar os medos e inseguranças de se expor, para romper a lógica em que o aluno é apenas um receptor de informações, e participar como autor de seus textos postados no ambiente.
• A participação implica na apropriação do contexto interno e
externo ao curso, contextualizando localmente as demandas advindas do contexto do trabalho, na gestão da saúde em um município.
• Estratégia: nas primeiras unidades buscou-se a liberdade de conhecer e experimentar todas as possibilidades de diálogo,
compartilhando coletivamente, através dos grupos, interagindo com os tutores e com os demais colegas, e construindo uma organização
colaborativa que possibilitasse a multiplicação de idéias e a
constituição de sentido, para articular os temas trabalhados na gestão municipal.
Formas de participação
• Heterogeneidade:
– muitos alunos estranharam o modelo de participação e não se sentiram a vontade para estudar através do ambiente virtual, demonstrando a
necessidade da presença física do professor para auxiliá-lo.
– Outros tinham necessidade de intervenção dos tutores para motivar a
interação dentro do grupo, pois ainda não demonstravam autonomia
suficiente para ousar, criar, questionar, limitando-se a responder as questões do tutor.
• Envolvimento
– Houve grande envolvimento dentro do curso, com alunos/gestores
questionando, trazendo as demandas de seus municípios, articulando sua gestão com os estudos, mostrando a repercussão do curso, estando mais seguros nas decisões da gestão, trazendo ferramentas adequadas para desenvolver ações.
– O envolvimento e a participação dos gestores na dinâmica do curso a distância trouxe, através do diálogo socializado no ambiente virtual, a possibilidade de trocas e socialização dos mais diferentes contextos, assim como a construção do conhecimento.
Construção do conhecimento
Na dinâmica do curso que fluía na aproximação dos
contextos interno do ambiente virtual de aprendizagem
e externo, do municípios, a construção do conhecimento,
a troca do saber-fazer se fez na diversidade de opiniões,
a partir de uma ética do discurso pautada na
argumentação, no diálogo, articulando-se teoria e
prática.
O desejo de aprender e a participação de cada aluno
foram fundamentais para desencadear a tessitura da
rede, em uma nova relação com o saber.
Modelo de EAD online
• O curso favoreceu a possibilidade de compreender e discutir as
situações vivenciadas pelos gestores e suas equipes através de
suas ações do cotidiano articuladas com as discussões teóricas,
numa perspectiva de comunidades de aprendizagem em rede.
• A dimensão REDE foi estruturante na organização e
desenvolvimento metodológico do curso, uma vez que as
atividades a distância acontecem de forma integrada às
atividade presenciais, em grupos de cursitas organizados por
região do estado.
• O Moodle, através das estratégias pedagógicas propostas,
constituiu-se num ambiente e espaço de interação direta entre
os participantes, os professores e a equipe de coordenação,
caracterizando-se por uma comunicação TODOS-TODOS.
Perspectiva de EAD
na Net-Escola
– Avaliação do Curso de Especialização em Saúde Coletiva: concentração em Gestão Pública Municipal:
– Oficina de Avaliação interna com os professores-tutores – Seminário de Avaliação e Perspectivas (EPS e EAD). – Ampliação da oferta de EAD:
o Graduação: EAD na graduação de S. Coletiva. o Pós-graduação:
o Curso de Aperfeiçoamento TSV/PNI;
o Curso de Especialização Direito Sanitário; o Curso de Atualização RENAST/CESAT.