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Primeiros

Socorros

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Anotações:

4.0 Sinais vitais

São reflexos ou indícios de mudanças no estado do indivíduo. É um conjunto de sinais que indicam o funcionamento básico do homem e compreende: Temperatura (T), Pulso (P), Respi-ração (R), Pressão Arterial (PA).

4.1 Temperatura

É o equilíbrio mantido entre a produção e a perda de calor pelo organismo no ambiente. A temperatura normal do organismo é considerada entre 36º C e 37,5º C. A temperatura axilar é mais usada, a axila deve estar seca, pois o suor impede a verificação correta.

Fatores que afetam a temperatura: doença, atividade física, exercício físico, idade, emoção e ansiedade, alimentação, meio ambiente.

Como tratar pacientes com temperatura elevada acima de 37,5º C: arejar o ambiente, reti-rar cobertores, aplicar compressas mornas nas regiões por onde passam os grandes vasos, verificar a temperatura após os dez minutos. Dar banho morno. Como tratar pacientes com temperatura abaixo de 36º C: aquecer a pessoa e o ambiente oferecer líquidos quentes, fazer massagens nos braços e pernas.

4.2 Pulso ou Freqüência Cardíaca

É a pulsação do batimento de uma artéria sobre a saliência óssea. A freqüência normal varia de 60-90 bpm e de acordo com: Idade; Sexo - na mulher é mais rápido, mais ou menos 5 a 8 bpm; Estatura - pessoas altas, magras tem velocidade mais lenta que indivíduos de menor estatura; SNC - quando estimulado, aumenta os batimentos cardíacos (medo, angústia, stress).

Freqüência de Pulso de acordo com a idade • 0-2 anos ...120 a140 bpm. • 2-10 anos ...90 a120 bpm. • 10-20 anos ...70 a 90 bpm. • 20-60 anos ... 60 a 100 bpm. bpm = batimento por minuto

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Anotações:

Locais para verificação de pulso:

• Pulso Radial - na face ventral do punho e do mesmo lado oposto do dedo polegar. • Temporal - na fronte, entre a sobrancelha e a linha do couro cabeludo.

• Femural - na região inguinal.

• Apical - na base do coração (necessita estetoscópio). • Carotídeo - no pescoço.

• Braquial - face interna do braço.

4.3 Respiração

O ato de respirar tem a finalidade de fornecer oxigênio ao organismo e eliminar dióxido de carbono. Freqüência Respiratória: • RN: 44 rpm; • Lactentes: 40 - 60 rpm; • Crianças: 24 - 40 rpm; • Adultos: 12 - 20 rpm; • Velhos: 14 - 18 rpm.

rpm = respirações por minuto

4.4 Pressão ou tensão arterial

É a pressão exercida pelo sangue nas paredes dos vasos sangüíneos. A pressão arterial é me-dida em milímetros de mercúrio (mmHg). Utiliza-se o aparelho estetoscópio e esfigmomanô-metro para obter estes dados. PA: 120/80 mmHg

4.5 Objetivo do tratamento de emergência

• Preservar a vida;

• Evitar deterioração antes que o tratamento específico seja ministrado;

• Manter o indivíduo emocionalmente capacitado. Num atendimento de urgência, deve-se considerar não apenas as ameaças ao bem estar fisiológico, mas também aquelas que se referem ao bem estar psicológico. Agindo de modo a manter a estabilidade emocional da vítima, o socorrista estará garantindo a participação da mesma no seu próprio atendimento, facilitando a sua atuação.

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Anotações:

4.6 Regras básicas para proceder em um acidente

Características do socorrista:

Lembre-se que: a salvação de uma vida depende não só daquilo que deveria ter sido feito, e não foi, como também daquilo que foi feito erroneamente.

É preciso, pois, saber o que fazer. Por isso, são condições necessárias ao trabalho de um socorrista:

• Conhecimentos básicos para prestar primeiros socorros; • Autocontrole e confiança em si mesmo;

• Capacidade de iniciativa e improvisação; • Calma, rapidez e segurança;

• Conhecimento de suas próprias limitações, providenciando atendimento especializado sem-pre que necessário;

• Persistência.

Socorrista: É aquele que está apto a prática de primeiros socorros, o que implica na aquisi-ção de conhecimentos básicos e espírito de solidariedade humana.

O socorrista deve ter as seguintes qualidades:

1 - Manter a calma; 4 - Habilidade em Primeiros Socorros; 2 - Agir com rapidez, mas sem pânico; 5 - Disponibilidade;

3 - Ter espírito de liderança; 6 - Persistência. Deveres do socorrista

• Tomar providência para que o acidente não origine outros; • Selecionar os acidentes em grau de gravidade ! Evitar o pânico; • Improvisação;

• Afastar curiosos;

• Providenciar transporte;

• Providenciar médico ou enfermeiro;

• Avisar a família da vítima logo que a identificar; • Avisar as autoridades policiais locais.

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Anotações:

4.7 Medidas gerais:

Enquanto cada espécie de acidente tenha seu tratamento especial, há algumas medidas aplicá-veis a um grande número deles:

A. Tomar conta do caso: em face de um acidentado deve-se ter a coragem de iniciar os cui- dados que ele requer. Se temos conhecimento do assunto, temos a responsabilidade de não deixar que pessoas sem conhecimento algum prestem cuidados muitas vezes errôneos. Manter a calma.

B. Conservar a vítima deitada: movimentando-a o mínimo possível especialmente as partes lesadas. Só locomover um acidentado com fratura ou suspeita de fratura após imobilização da parte afetada.

C. Verificar as lesões. Para um exame rápido e bem feito, é importante seguir um método: 1 - Verificar pulso e respiração.

2 - Verificar estado de consciência. Tranqüilize e pergunte se dói alguma parte de maneira especial. Se inconsciente observar a boca para determinar a presença de corpos estra-nhos, como dentes quebrados ou a língua obstruindo a traquéia. Remover dentaduras e/ou outras próteses.

3 - Examinar estado das pupilas. Pupilas dilatadas podem indicar PCR. Pupilas desiguais in-dicam traumatismo crânio-encefálico.

4 - Observar a cor da pele: cianótico significa pouco oxigênio no sangue e aparece nos problemas respiratórios e circulatórios. Pele pálida ou acinzentada indica circulação insu-ficiente e aparece principalmente nas hemorragias e crises cardíacas.

5 - Observar a posição geral do acidentado (membro em posição anormal indica fratura) e examinar todos os segmentos (cabeça, pescoço, braços, tórax e pernas), verificando se há ferimentos, saliência ou depressão.

6 - Atender sempre em primeiro lugar o problema mais grave, investigando existência de hemorragias, parada respiratória, ferimentos, queimaduras e fraturas. Dê prioridade ao atendimento para casos de hemorragia abundante, inconsciência, parada cárdio-respira-tória, estado de choque, envenenamento; pois exigem socorro imediato.

7 - Afrouxar a roupa, gravata, colarinho, colete e cinto, o que facilitará a respiração e a cir-culação. Se necessário, é melhor cortar, rasgar as roupas do que despi-las.

8 - Conservar o acidentado deitado e aquecido para manter a temperatura corporal evitan-do assim, o estaevitan-do de choque. Movimentá-lo o menos possível.

9 - Aquecer o acidentado com roupas e jornais, retirando-lhe roupas molhadas quando for o caso.

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Anotações:

10 - Evitar que o acidentado veja os próprios ferimentos.

11 - Voltar a cabeça do acidentado para o lado a fim de evitar asfixia em caso de vômito, observar antes se o pescoço não está fraturado.

12 - Providenciar assistência médica: solicitando ajuda de terceiros.

13 - Procurar identificar o ferido, bem como seu endereço para avisar os familiares. 14 - Afastar os curiosos, evitando aglomerações em torno da vítima.

15 - Verificar se há lesão na cabeça, quando o acidentado estiver inconsciente ou sem consciência. Havendo hemorragias ou saída de líquor por um ou ambos os ouvidos, ou pelo nariz, pense em fratura do crânio.

16 - Não dê líquidos a pessoas inconscientes.

17 - Em caso de amputação, envolva a parte seccionada em pano limpo e entregue no hospital.

O que não se deve fazer:

• Esperar o socorro médico sem nada fazer, em presença de um caso de parada cardiorres-piratória ou hemorragia.

• Movimentar um acidentado com fratura ou suspeita de fratura, sem antes fazer as devidas imobilizações.

• Dar bebidas a pessoas inconscientes. O líquido poderá entrar pela traquéia.

• Dar álcool a um acidentado, pois para muitos é depressor, alterando a capacidade de reação. • Tentar despertar o acidentado com tapas, sacudidas ou gritos.

• Tocar lesões abertas sem os devidos cuidados. • Comentar as lesões com o acidentado.

No caso de vários acidentes:

• Examinar rapidamente a situação e detectar as prioridades de atendimento.

• Não permitir que o acidentado veja os ferimentos dos outros, nem os cadáveres, se houver.

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Anotações:

4.8 Acidentes automobilísticos:

A. Para evitar outros acidentes:

1 - Se estiver de carro, estacione corretamente seu veículo.

2 - Sinalize o acidente (com triângulos de segurança, galhos de árvores ou lanterna). 3 - Se houver início de incêndio utilize o extintor de incêndio.

4 - Desligue contato e fios das baterias dos carros envolvidos no acidente. 5 - Cubra com panos os vazamentos de gasolina.

B. Atenda primeiro as vítimas inconscientes.

C. Cuidado com a coluna dos acidentados retire-os com o máximo de cuidado.

D. Siga as medidas gerais de atendimento, prestando os cuidados básicos, tais como: respiração artificial, massagem cardíaca, estancamento de hemorragias e imobilização.

E. Evitar transportar feridos em carros pequenos onde não possam ficar deitados.

4.9 Acidentes de trânsito:

Reconhecimento da cena

O socorrista deve, inicialmente, avaliar o ambiente onde ocorreu o evento traumático, procu-rando identificar ameaças à segurança da vítima ou da sua equipe, tais como: risco de atrope-lamento, colisão, eletrocussão (choque elétrico), desabamento, explosão, etc.

Medidas de proteção individual

Todas as precauções devem ser tomadas durante o exame e manipulação da vítima a fim de evitar a contaminação do socorrista, pelo sangue e secreções. É obrigatório o uso de luvas e eventualmente máscaras e óculos especiais. Tenha o máximo de cuidado no manuseio de materiais de corte (tesouras, facas, canivetes, vidros, objetos pontiagudos).

Avaliação da vítima

Avaliação da vítima em dois tempos principais:

1 - A primeira fase é denominada de EXAME PRIMÁRIO e consiste numa avaliação de todas as condições clínicas que impliquem risco imediato de vida, quais sejam: permeabilidade das vias aéreas, respiração eficaz, instabilidade circulatória e hemorragias de grande monta. As medidas de suporte básico da vida são iniciadas nesta fase.

2 - A segunda fase consiste na abordagem das lesões que não impliquem risco imediato de vida.

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Anotações:

4.10 Exame primário

O exame primário é sempre o primeiro do socorrista após seu posicionamento ao lado da vítima. O exame deve ser executado rapidamente em um prazo máximo de 45 segundos, para determinar as condições do paciente nas seguintes áreas:

1 - Consciência; 2 - Vias aéreas; 3 - Respiração; 4 - Circulação;

O propósito do exame consiste na identificação e correção imediata das falhas no sistema respiratório e ou cardíaco, que representem risco de vida ao paciente.

Procedimentos a serem tomados

Observe visualmente o paciente e a área do acidente, certifique-se da segurança para si e para a vítima. Observe as condições da cena e do ambiente onde o paciente encontra-se. A posição da vítima e arredores freqüentemente serão a chave para descobrir a história da lesão no paciente.

Resgate da vítima

Podemos definir o resgate de uma vítima, como a sua retirada do local do qual ela não pode sair por seus próprios meios. Ou por estar inconsciente, com lesões severas, ou por estar presa e o uso ativo de suas faculdades motoras for causar ainda mais lesões.

Os eventos que mais freqüentemente causam essas situações são acidentes automobilísticos. Requerem uso de materiais e equipamentos especializados e pessoal treinado e experiente. Resgate não deve ser entendido como a retirada da vítima das ferragens ou escombros, e sim com a retirada destes da vítima. O vitimado é avaliado, imobilizado e estabilizado, e assim a remoção pode ser efetuada sem lhe causar maiores danos.

Hemorragia

É a perda de sangue provocada pelo rompimento de um vaso sangüíneo. Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente. A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte dentro de 3 a 5 minutos. Segundo o local que sai sangue a hemorragia poderá ser interna ou externa.

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Anotações:

4.11 Técnica de compressão direta sobre o ferimento

Controle a hemorragia fazendo uma compressão direta sobre a ferida que sangra com sua mão (protegida com luvas descartáveis) ou ainda, com a ajuda de um pano limpo.

4.12 Técnica da elevação do ponto de sangramento

Mantenha a região que sangra em uma posição mais elevado do que o resto do corpo.

4.13 Hemorragia interna

Como se Manifesta:

Ela resulta de um ferimento profundo com lesão de órgãos internos e geralmente, o sangue não aparece.

A vítima apresenta: • Pulso fraco e rápido; • Pele fria e pegajosa;

• Sudorese (transpiração abundante) • Palidez acentuada;

• Sede intensa; • Calafrios; • Tonturas;

• Queda de pressão arterial; Como proceder:

• Aplique compressa gelada ou saco de gelo no ponto em que a vítima foi atingida possível local da hemorragia;

• Atue como se fosse um estado de choque.

• Procure o socorro especializado imediatamente. Não perca tempo!

4.14 Ferimento

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Anotações:

Ferimentos leves ou superficiais

• Limpe o ferimento com água morna e sabão, ou polvedine tópico;

• Proteja o ferimento com gaze esterilizada ou pano limpo, fi-xando sem apertar;

• A menos que saiam facilmente durante a limpeza, não tirar ferpas, vidros ou partículas de metal do ferimento;

• Não toque no ferimento com os dedos, lenços usados ou ou-tros materiais sujos;

• Fazer imunização antitetânica.

4.15 Fraturas

É a quebra ou ruptura de um osso. O primeiro socorro consis-te em impedir o deslocamento das parconsis-tes quebradas, evitando assim o agravamento da lesão.

Tipos de fraturas

• Exposta • Fechadas Quando o osso Quando o osso quebrado rompe quebrado não perfura a pele. a pele.

Como se manifesta:

• Dor e edema (inchaço) no local;

• Dificuldade ou incapacidade de movimentação; • Posição anormal da região atingida;

• Sensação de atrito das partes ósseas no local da fratura;

• Ruptura da pele com exposição do osso fraturado (fratura exposta); • Criptação audível de fragmentos ósseos quando se palpa a extremidade; • Complicações imediatas em caso de fraturas;

• Lesão de grandes vasos, nervos, órgãos inter-abdominal, lesão da medula espinhal, choque.

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Anotações:

4.15 Imobilização

• Utilize para imobilização, tábua, papelão, jornal ou revistas dobradas, travesseiros, mantas e tiras de pano;

• Proteja a região lesada com pano e algodão, a fim de evitar danos à pele;

• Faça a imobilização de modo que o aparelho atinja as duas articulações próximas à fratura; • Amarre as talas com ataduras ou tiras de pano com firmeza, sem apertar, em 4 pontos

no mínimo, acima e abaixo do local da fratura, acima e abaixo das articulações próximas à região fraturada;

• Não tente reduzir a fratura (colocar o osso quebrado no lugar).

4.16 Fratura de coluna vertebral (espinha)

Como se manifesta:

• Dor local após forte traumatismo; • Dormência nos membros;

• Paralisia.

Como proceder:

• Mantenha a vítima em repouso absoluto; • Evite o estado de choque;

• Utilize uma superfície dura, maca, tábua, porta, etc., para transporte do acidentado; • Solicite a ajuda de pelo menos cinco pessoas para transferir o acidentado do local em que

foi encontrado para a maca;

• Movimente o acidentado como um bloco, isto é, desloque todo o corpo ao mesmo tem-po, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços e as pernas; • Imobilize o acidentado em decúbito dorsal (deitado de costas) ou em decúbito ventral

(deitado de barriga para baixo), preenchendo as curvaturas do corpo com panos dobra-dos, a fim de impedir a movimentação da coluna;

• Evite freadas bruscas do veículo durante o transporte.

A movimentação inadequada poderá causar danos irreparáveis ao acidentado.

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Anotações:

4.17 Remoção do acidentado

A remoção da vítima do local do acidente para o hospital é tarefa que requer do socorrista o máximo de cuidado e correto desempenho.

Antes da remoção:

• Tente controlar a hemorragia; • Inicie a respiração de socorro;

• Execute a massagem cardíaca externa; • Imobilize as fraturas;

• Evite o estado de choque, se necessário;

• Para o transporte da vítima, o socorrista pode utilizar-se dos meios habitualmente empregados, como maca ou padiola e helicóptero, ou de recursos improvisados, como ajuda de pessoa, maca, cadeira, tábua, cobertor, porta, etc. Como proceder:

• Vítima consciente podendo andar • Remova como nas figuras apresentadas • Vítima consciente, não podendo andar

Transporte a vítima, utilizando-se de um dos recursos abaixo, em caso de: • Fratura, luxação e entorse de pé

• Contusão, distensão muscular e ferimentos de membros inferiores • Picada de animais peçonhentos; cobra escorpião etc.

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Anotações:

Vítima inconsciente

Como levantar a vítima do chão sem auxílio de outra pessoa:

Como levantar a vítima do chão com a ajuda de uma ou mais pessoas.

Vítima consciente ou inconsciente.

Como remover a vítima, utilizando-se de cobertor ou material semelhante.

(14)

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Anotações:

Como remover acidentados suspeitos de fratura de coluna vertebral ou de bacia: • Utilize uma superfície dura porta ou tábua (maca

improvisada);

• Solicite a ajuda de pelo menos cinco pessoas para transferir o acidentado do local em que foi encontra-do para a maca;

• Movimente o acidentado como um bloco, isto é, desloque todo corpo ao mesmo tempo, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, tronco, os braços e as pernas.

Como remover acidentado grave não suspeito de fratura de coluna vertebral ou bacia em decúbito dorsal (deitado de costas):

• Utilize uma das macas;

• Evite paradas e freadas bruscas do veículo durante o transporte;

• Previna-se contra o aparecimento de danos irreparáveis ao acidentado, movimentando-o menos possível; • Solicite, sempre que possível, a

assis-tência de um médico na remoção do acidentado grave;

• Não interrompa, de maneira alguma a respiração de socorro e a

massa-gem cardíaca externa ao transportar o acidentado.

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Anotações:

4.18 Estado de choque

Em todos os casos de lesões graves, terror, hemorragias ou fortes emoções, pode surgir estado de choque. É um quadro grave, de aparecimento rápido e súbito, traduzido por uma falência do sistema circulatório. Choque elétrico, hemorragia aguda, queimadura extensa, ferimento grave, envenena-mento, exposição a extremos de calor e frio, fratura, emoção violenta, distúrbios circulatórios, dor aguda e infecção grave, são causas que podem determinar o aparecimento do Estado de Choque. Como se manifesta:

• Pele fria e pegajosa;

• Sudorese (transpiração abundante) na testa e palmas das mãos; • Face pálida com expressão de ansiedade e sofrimento;

• Sensação de frio, chegando, às vezes, a ter tremores; • Náusea e vômito;

• Respiração curta, rápida e regular; • Perturbação visual;

• Pulso rápido e fraco;

• Inconsciência total ou parcial; • Perturbação visual;

• Pulso rápido e fraco;

• Inconsciência total ou parcial. Como proceder:

• Realize uma rápida inspeção na vítima, combata, evite ou controle a causa do estado de choque, se possível, por exemplo, controle de hemorragia;

• Conserve a vítima deitada; • Afrouxe-lhe a roupa;

• Retire da boca, se necessário, secreção, dentadura, goma de mascar ou qualquer outro objeto; • Inicie a respiração de socorro boca-a-boca, em caso de parada respiratória;

• Execute a massagem cardíaca externa, associada à respiração de socorro boca-a-boca, se a vítima apresentar ausência de pulso e dilatação das pupilas;

• Vire a cabeça da vítima para o lado, caso ocorra vômito; • Levante as pernas da vítima, caso não haja fratura;

• Mantenha a cabeça da vítima mais baixa que o corpo, sempre que possível;

• Mantenha as vítimas agasalhadas, utilizando cobertores, mantas ou qualquer outro meio disponível; • Remova imediatamente a vítima para o hospital mais próximo;

• Não dê líquidos ou bebidas alcoólicas.

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Anotações:

4.19 Desmaio

Perda momentânea da consciência.

Causas: Nervosismo, emoções, fadiga, local mal ventilado, visão de hemorragia, ferimen-tos, jejum prolongado.

Sinais e Sintomas: Palidez, sudorese, (suor

abundante); perturbações visuais, tonturas, pulso fraco e fino. Como proceder:

• Remova a vítima para ambiente arejado; • Afrouxe-lhe as roupas;

• Coloque em decúbito dorsal, pernas elevadas e cabeça mais baixa;

• Procure o médico se perdurar por mais de dois minutos;

Obs: Sendo você a vítima abaixe a cabeça imediatamente respire profundamente.

4.20 Convulsão

Contratura involuntária dos músculos com perda da consciência. Sinais e sintomas:

• Perda súbita da consciência; • Queda, salivação;

• Contratura muscular desordenada; • Às vezes eliminações de fezes e urina; Como proceder:

• Proteja a cabeça da vítima; • Afrouxe-lhe as roupas;

• Deixe a vítima debater-se livremente;

• Evite a mordedura da língua, colocando em lenço entre as arcadas dentárias;

• Mantenha a vítima em repouso ! Não tente despertar a vítima ! A saliva não é contagiosa. Obs: Convulsão infantil, se tiver febre alta, dê banho morno de imersão de mais ou menos 15 minutos de duração. Procure o médico imediatamente.

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Anotações:

4.21 Queimaduras

São classificadas em queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau.

• Queimaduras de primeiro grau: Lesão das camadas superficiais da pele, apresentam verme-lhão característico. Ex: queimaduras causadas por raios solares.

• Queimaduras de segundo grau: causam lesão mais profunda na pele. Ex: formam bolha de água. • Queimaduras de terceiro grau: lesão de todas as camadas da pele, pode alcançar o osso. Risco de vida: não é o grau do ferimento que é mais grave e sim a quantidade atingida no corpo, devido ao estado de choque.

Cuidados: prevenir o estado de choque, controlar a dor e evitar a contaminação. Procedimentos:

• Deitar a vítima; • Levantar as pernas;

• Dar líquidos para beber se estiver consciente;

• Em queimaduras químicas, retirar a vítima impregnada pela substância, tomando o cuidado de se proteger para não se queimar;

• Verificar VRCN (vias aéreas, respiração, circulação e sistema nervoso);

• Prestar particular atenção às vias respiratórias em pacientes que tenham queimaduras faciais, ou queimaduras dos pelos do nariz e sobrancelhas porque a obstrução das vias aéreas su-periores pode ocorrer com o passar do tempo;

4.22 Afogamento

Define-se o acidente causado por obstrução das vias aéreas por meio de líquidos. A obstrução pode ser causada por inundação das vias aéreas ou por fechamento da glote estimulada pela presença de líquidos.

Nos dois casos citados, o resultado final é a asfixia resultante da privação do oxigênio ao corpo. Procedimento:

1 - Observar se há respiração;

2 - Colocá-la em decúbito dorsal com a cabeça mais baixa que o corpo; 3 - Iniciar a respiração artificial;

4 - Manter a vítima aquecida;

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Anotações:

Cuidados:

• Use drenagem postural para retirar a água aspirada; • Limpe a boca e vias aéreas;

• Comece a ventilação artificial; • Fique preparado para o vômito; • Previna aspiração;

• Se o pulso carotídeo ausente, inicie RCP;

• Paciente submerso o tempo suficiente para ficar inconsciente, e que tenha ficado debaixo da água por menos de uma hora, deverá ser ressuscitado;

• Se o tempo de submersão não for conhecido, deveremos considerar como menos de uma hora; • O paciente afogado em água fria tem maior chance de sobrevida;

• RCP deve ser iniciado imediatamente; • Verificar lesões associadas;

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95

Anotações:

4.23 Para respiratória

Choque elétrico, afogamento, deficiência de oxigênio atmosférico, obstrução das vias aéreas (boca, nariz e garganta) por corpo estranho, envenenamento e outros acidentes, podem pro-vocar uma parada de respiração ou dificuldade para respirar.

A falta de oxigênio pode ocasionar a morte do ser humano dentro de três a cinco minutos, caso não haja atendimento convenientemente.

Sintomas:

• Ausência de movimentos respiratórios; • Inconsciência;

• Lábios, língua e unhas arroxeadas. Como proceder:

• Depois de constatados os sintomas, inicie imediatamente a respiração boca-a-boca;

• Coloque a vítima deitada de costas sempre que possível; • Afrouxe as roupas, deixando livre o pescoço, tórax e abdômen;

• Desobstrua a boca e garganta da vítima, fazendo tração da língua retirando corpos estranhos e secreção;

• Suspenda o pescoço da vítima com uma das mãos e com a outra, sobre a testa, incline a cabeça para trás;

• Aperte as narinas com os dedos da mão que está sobre a testa a fim

de evitar que escape ar; • Inspire profundamente,

coloque sua boca bem aberta sobre a boca da

vítima e sopre até notar a expansão do tórax;

• Retire a sua boca da vítima, para facilitar a saída de ar inflado nos pulmões; • Aplique a respiração de socorro de 5 a 8 vezes por minuto;

• Continue aplicando a respiração de socorro por mais algum tempo mesmo depois que a vítima volte a respirar;

• Mantenha a vítima em repouso após o restabelecimento dos movimentos respiratórios, até a chegada do médico;

• Troque de socorrista, se necessário, sem interromper o ritmo da respiração; • Mantenha a respiração do socorro ao transportar o acidentado.

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Anotações:

IMPORTANTE:

• Verifique após 6 insufladas, se os movimentos respiratórios foram restabelecidos;

• Caso a vítima continue em parada respiratória, observe se há ausência de pulso e se as pu-pilas estão dilatadas, sinais de parada cardíaca;

• Inicie nesse caso a massagem cardíaca externa, associada à respiração de socorro;

• A parada respiratória é de todas as emergências a que requer o mais pronto e perfeito atendimento;

• A possibilidade de recuperação diminui a cada minuto;

• Cada segundo é importante, quando uma vida está em perigo;

• Não desanime! Insista na recuperação da vítima até a chegada do médico.

4.24 Parada cardíaca (Massagem Cardíaca)

As batidas do coração e os movimentos respiratórios estão intimamente ligados, cessado a respiração, segundos depois o coração pára. É necessário a imediata recuperação dos movi-mentos cardiorrespiratórios, antes que o tempo determine lesões irrecuperáveis do sistema nervoso e conseqüentemente a morte.

Sintomas: • Inconsciência; • Parada respiratória; • Ausência de pulso; • Dilatação das pupilas; • Extremidades arroxeadas. Como proceder:

• Coloque a vítima (deitada de costas) sobre superfície dura;

• Continue ou inicie a respiração de socorro pelo método boca-a-boca;

• Ponha suas mãos sobrepostas sobre a metade inferior do esterno. Mantenha os dedos ligei-ramente levantados e abertos;

• Comprima com vigor o tórax da vítima pressionando o coração de encontro a coluna vertebral; • Descomprima em seguida mantendo as mãos na posição inicial. Repita a manobra cinco

vezes seguidas e mantendo o ritmo. Para manter o ritmo, pronuncie, ao iniciar cada pressão,, os números 101, 102, 103, 104,105...

• Aplique uma respiração de socorro boca-a-boca, depois de cinco pressões do tórax; • Solicite se possível, a ajuda de mais de um socorrista;

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Anotações:

• Continue executando, sem interrupção a respiração de socorro e a massagem cardíaca ex-terna até a recuperação da vítima ou a chegada do médico

Obs.: Ao executar a massagem cardíaca externa em adolescente, pressione o tórax com uma das mãos e em crianças apenas os dedos. Não interrompa, de maneira alguma a ressuscita-ção cardiorrespiratória ao transportar a vítima.

4.25 Envenenamento

É toda substância mineral ou orgânica que ingerida ou aplicada no seu exterior, sendo absor-vida, põe em risco a vida ou altera profundamente a saúde.

Cuidados imediatos para indivíduos envenenados:

• Dificultar a absorção do veneno e favorecer a eliminação do já absorvido. • Neutralizar os tóxicos por meio de antídotos.

Ações:

• Provocar vômito excitando a faringe (com dedo, cabo de colher), nas intoxicações por cáus-tico o vômito está contra indicado;

• Intoxicações por gazes, o tratamento consiste em colocar o indivíduo ao ar livre e quando necessário a respiração boca-a-boca;

• Quando a introdução do veneno é cutânea deve-se praticar banhos abundantes; • Não dar álcool de qualquer espécie ao envenenado;

• Não deixar o envenenado andar;

• Não dê azeite ou qualquer óleo comestível, porque poderá apressar a absorção dos venenos; • Remover roupas se impregnados de veneno;

• Proteja a cabeça da vítima quando em convulsão.

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Anotações: Anotações:

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