595.7
P475C
SAMUEL
B.
PESSOA
Contribuição
para
o
conhecimento
das espécies
brasileiras
do
género Phanaeus
(Gol.
Scarabaeidae)
SEPARATA
DOS
ANNAES DA FACULDADE
DE MEDICINA
DA
ÍUNIVERSIDADE
DE
S.PAULO
FascículoIII
—
VolumeX
—
19341935
S.Paulo Editora Ltda. imprimiu.RuaBrio.ToUat, 78180
DEPAIITAMENTO
DE
PARASITOLOGIADA
FACULDADE DE MEDICINA DE
S.PAULO
ProfessorCathedralico: DR.
SAMUEL
1(.PESSOAContribuição para
o
conhecimento
das
espé-cies
brasileiras
do
género
Phanaeus
(Col.
Scarahaeidaé)
pon
SAMUEL
B.
PESSOA
INTRODUCÇÃO
13EL0
factodenos
dedicarmos
ao
ensinoeao
estudoda
Parasi-tologiana
Escola deMedicina
tentamos
repetiralgumas
expe-riênciassobre a evolução deum
helmintho Acanthocephalo,
para-sitacommum
do
intestinodo
porco -—
o
Macracanthorhynchus
hirvdinoceus.Os
hospedeiros intermediários,como demonstram
os estudos deWolffhíígel
deBuenos
Aires, são constituidosem
geral por coleoptcros coprophagos, pertencentes a vários géneros e espécies da tribu Coprini.
O
mais
commum
dclles parece ser oPhanaeus
splendiduhis.Assim
foi que,ao
procurarmos determinar
os coleopterosque
serviriam para asnossas pesquizas, verificámos a falta de estudos brasileirosquanto
ás espéciesdo grupo
dos Phanaetdes.Alguns
ou-trosgrupos,como
os Pinoiides,têm
sidocxhaustivamente estudados
entro nós, peloeminente
entomologistado
Museu
Paulista o Dr.Herman
Luederwaldt.
Como
o estudodo grupo
inteirodosPhanaeides
éexcessivamente
trabalhoso,demanda
muito
tempo
e exigenumerosa
bibliographia, resolvemos restringir-nos ás espéciesbrasileirasdo
géneroPhanaeus.
Siconseguimos
levaravante
nosso"dcsideratum"
eapresentar hoje estemodestíssimo
ensaio, odevemos
principalmenteao
Dr.Luederwaldt,
o qualconjunctamente
com
a notável collecção de insectosPhanaeides
do
Museu
Paulistapoz
á nossa disposição aTrabalho apresentado A Sociedhde de Medicina e Cirursia deS.Paulo, em30-6-934.
3
Anuaes
da
Faculdade
de
Medicina
de
São Paulo
bibliographia necessária e
nos
auxiliou, esclarecendoduvidas
que
surgiram no
decurso deste trabalho.Ao
distincto e sábioamigo
aquideixamos
affirmada a nossa gratidão.Também
nosconfessamos
gratosao
Sr. CarlosAmadeu
deCamargo,
naturalistado
Museu,
portudo
quanto nos
auxiliou eao
eminente
directordaquelle esta-belecimento o Dr. Affonso d'E.Taunay,
aquem
devemos
a autori-sação de frequentar oMuseu
enosutilisardo suaóptima
bibliothe-ca.Photographias da
Snra.LiliEbstein;desenhos
do
Snr.Lindol-pho Guimarães.
Os Phanaeiães constituem
um
grupo
da tribu Coprinida
magni-fica familia dos Scaràbaeidae.E'
ellauma
dasmais
interessantese talvezdasmais
ricasde todaordem
dos Coleopteros. Constituoum
conjuncto
tãohomogéneo
que
Linneit
conseguiu reunir todas as espécies conhecidasno
seutempo
no
únicogénero Scarahaeus.Alguns
Scaràbaeidaepodem
attingirno
nosso paiztamanho
considerável;
porém
as espéciesmedias ou pequenas
sãotambém
numerosas. Apresentam
frequentemente,dimorphismo
sexualmuito
notável,exhibindo osmachos
seja sobre a cabeça,sejasobre o pro-noto,algumas
vezes sobreestesdoisórgãosao
mesmo
tempo,
saliên-ciasem
forma
de cornos ou chifres,que,muitas
vezes,não
existemnas fêmeas ou
sãopouco
desenvolvidas.As
mctamorphoses
dos Scaràbaeidaeforam
descriptaspor gran-denumero
de observadores, e suas larvas, aindaque
differindo,notavelmente
segundo
os grupos,apresentam
caracteresespecíficos,que não
nospermittcm
confundil-ascom
as de outras ordens dos Coleopteros.Apresentam
o corpo carnoso,cyhndrico
ecurvo
em
arco, de tal
modo
que,chegadas
aum
certodesenvolvimento,
são forçadas apermanecer
deitadas sobre o flanco, sitiradasdo meio
em
que vivem.
Considerável
numero
de espécies desta familia nutre-seá custa dos vegetaes, são os Melolonihiíes,cmquanto
outros,que
particular-mente
nos interessam, os Coprophagites,vivem
principalmentenos
excrementos
dos herbívoros,sendo
algunsnecrophagos
alimen-tando-se dos detritosou
de cadáveres deanimaes
em
putrefacçãoou
dessecados.Comprehende-se
pois,que
espéciesdestegrupo
venham
apre-sentar interessenão sómente
em
parasitologia, constituindo hospe-deiros intermediários,mas
também
em
mcdicina-legal porserem
devoradores
de cadáveres ena
própria clinica, poisforam
incrimi-nados,mais
raramente, 6certo,como
causadores de doenças.Podemos
citarasseguintes espécies de Scaràbaeidae,que
gosam
o papel do hospedeiros intermediários:
Aphodius
haemorrhoidalis L.—
Hospedeiro
intermediáriodo
Gongylonema
pulchrum. Espécies vizinhasdo
géneroAphodius,
provavelmente apresentam
igual capacidade.Hospedeiros
Espécies
brasileirasdo género "Phanaeus"
diários deste iielmintlio ainda o são; o Caccobius schreberi (L.);
Onlhophagus
taurus (L.).As
demais
espéciesque
vamos
citar são hospedeiros intermediáriosdo
Macracanihorhynchus
hirudinaceus:
Cetonia aurata (L.); Dilobderus abderus
Stxtrm
;Gromphas
lacordaireiBrullé
;Phyllophaga
arcuataSmith
; nigosa(Meloch)
;Vchemens
Horn
; Strategus julianusBurm.
;Xylorydes
satyrusFabr.
; Meloloníha melolontha (L.);Onlhophagus
taurus (L.) ePhanaeus
splendidulus(Fabr.)-As
espéciesnecrophagas apresentam
certo interesseem
Medi-cina Legal.Assim
Lukderwaldt
cita as seguintes espécies de Co-prini,que
teve oecasiãode
encontrardevorando
cadáveres:Canthon
curvipesHak.
; TrislisHar.
; 7maculatus
Lath.
;conjormis
Har.
; Deltochilummobillosum
Burm.
;sulphuralum
Fels-CHE
e brasiliense; Trichillum heideri;Choeridium
pauteratum
Germ.
;Canthidium
dccoratum
Peuty
;apricatum
Har.
breveGerai.;
splendidum
auct.polilumf
Har.
; disparHar
emais
uma
dúzia
de
outras espécies deste género;Pinotus
ascaniusHar.
esemiaemis
Germ.
Phanaeus
bonariensisGory
;Onlhophagus
hir-culus,
alem
de outras espécies dos géneros Euryslernuse Trox.Se-gundo
Luederwaldt
oSr.E.Garbe
verificouque
amaior das
nos-sas espéciesdo
géneroPhanaeus,
oPh.
ensijerGerm.,
também
frequenta as carniças.
Oscar Freire
no
seu estudomonumental
sobrea
fauna
cadavérica brasileira, cita,alem
donumerosas
outras espéciesde Coprini, oPhanaeus
bonariensisGory
eoPhanaeus
en-sijerGerm.
como
frequentadores de cadáveresem
putrefacção.Finalmente
em
suas relaçõescom
amedicina,vemos
que
podem
produzir perturbações
mórbidas
quando
penetram
no
organismo
humano,
designadas pelos autores,que
setêm oceupadodo
assumpto,
sob onome
de escarabiase.A
escarabiasepode
ser intestinalou
urinaria.Em
geraltem
por agentes etiológicos varias espéciesdo
géneroOnlhophagus
cforam
assignaladas frequentes vezesem
crianças deCeylão
e Bengala.Jengar, que recentemente estudou
aquestão, dizserem
estes Coleopterosencontrados
commumentc
nas
fézesde
crianças.Como
suapresençanem
sempre
asmolestam
ccomo voam
logoapós terem
sido expulsos,passam
despercebidosem
grande
numero
de
casos.Os
individues,segimdo
Jexgar, que
soffrem de escarabiase intestinalapresentam-sc
em
geralpallidos ccdcmaciados
e soffremde
diarrhéa chronica inuco-sanguinolentaque não
cede aostrata-mentos
usuaes.Quanto
á escarabiase urinaria,vemos
que
foiArchibald opri-meiro
a registraroccurrcncia de larvas de coleopterosna
bexigade
um
nativodo
Sudan-Inglez,que
apresentavamicções
dolorosascom
hematúria.O
mecanismo
mais
provável da infestaçãointestinal foi suggc-rido porSen.
Pensa
esteautorque
estescoleopterosattrahidos pela luzentram nas
casas econseguem
penetrarno
rectodas crianças5
Annaes
da
Falculdade
de Medicina
de
São Paulo
(asquaes,
devido
ao calordormem
praticamente
núas) atravezda
abertura anal,que
as atráequando
polluida defézes.Como
sãoellcsmuito
pequenos,conseguem
passar para o rectosem
despertar a criança,occasionando
então
as perturbações jámencionadas.
As
espéciesdo
géneroPhanaeus, apezar de
coprophagas,rece-beram
da natureza dadivosa as côresmais
brilhantes e asfór-mas
mais
bizarras.Habitam
exclusivamente
oNovo-Mundo
e asmaiores
formas, asmais
bellas eestranhas,sãoencontradas
no
Brasil; espéciesha
em
que
osmachos
apresentam
não somente
um
longocorno
sobre a cabeça,mais
aindasaliênciasexquisitasno
thorax.Os
primeirosPhanaeus
descriptos porLinneu,
Fabrício
eOlivier estavam
definidosno
únicogénero Scarabeus, e foiMac
Leay,
celebre entomologista escossez,que
verificou a necessidadede
fundar
paraestesestranhoscoprophagos
americanos,um
género especial.Em
1819 elle odenominou Phanaeus,
dividindo-oem
5typos
com
19espécies. PosteriormentePerty, Brtjllé
eCastel-NAU
separaram
do
géneroPhanaeus
respectivamente
os génerosDendropaemon,
Gromphas
e Oxysternon.Recentemente
(1924)G.
d'Olsoufieff fazendo
a revisãodos Phanaeides, creou dois géneros novos,econsideratoda a tribucomprehendendo
osgéneros seginn-tes:Phanaeus
Mac
Leay
Gromphas
Brullé.
OruscatusBates.
Taurocoprisd'Olsouf.
OxysternonCast.
Boucomonlis
d'Olsouf.
Quanto
ámorphologia do
géneroPhanaeus
podemos
conside-rar,como
em
todos os insectos a cabeça,thorax
eabdómen.
Cabeça.
—
A
cabeça dosPhanaeus
seacha
conformada
como
a
de
todos os outros Coleopteros,apresentando
asmesmas
regiões descriptas paratoda aordem.
O
clypeoou
episioma,pode
ser inte-gro,arredondado
sub-truncado
ou
apresentar incisões,formando
lobosagudos
dirigidospara afrente,divididospor
uma
nítida inci-são triangular; os dois lados exteriores destes loboscorrem
em
linharecta,parallelasentre ellaseo eixo
do
corpo,formando
inci-CAPITULO
IMorphologia
geral
Espécies
brasileirasdo género
"Phanaeus"
sões triangulareslateraes,
que desenham
asduas bochechas
salien-tesem
lobos arredondados.Na
regiãodo
vertexvemos
oapparecimento
de protuberânciasmuito
variadas,em
forma
de lamellasbi-ou
tridentcadas,cm
corno delgadoe verticalou
em
um
longo corno quasiverticalpontudo
e recurvado,no que
differe dos Pinoius c dos Copris.Em
geral osmachos
sãoarmados
com
um
como,
emquanto
que
asfêmeas
podem
apresental-oou então
éellesubstituídopor
uma
carena transversa.Olhos
semi
encaixadospor seus ângulos,mostram
uma
porção
superiorbem
conspícua.Antcnnas
robustasapresentando
uma
cla-va subglobulosa; sou primeiro articulo cupuliforme,escondendo
quasi
completamente
o2.»que
recebe o3.°.Encontramos formações
antennaes semelhantes sómente nos
Geotrypes ouno
género Lethrus. Neste, os dois últimos articulos das antennas,têm
afórma de
dois anneischatos encaixadosno
1."articuloque
seapresentainfundi-buhforme.
Nos
Phanaeus,
ao
contrario os dois últimos articulos sãomais
deslocados e o 1."é cupuliforme.Segimdo d'OLSODFiEFP
estaforma do
1.°articuloainda ovemos
nos
Hydrophylidcos,enão
é impossívelum
parentescomuito
próximo
entre estes últimos e os Scarabaeideos.Thorax.
—
Muito
característico, pois opronoto
dosmachos
apresenta csculpturas typicas.
Em
geralmostram
excrescências notáveis,em
forma
do trianguloou
trapézio chato, cujos ângulos posterioressão demaneiras
variasmais ou
menos
desenvolvidos eformam
justamente, sahencias extraordinárias.Apresenta
ainda o thoraxduas
fossetas lateraes e cristasacuminadas,
que,correndo
dos ângulos posterioresdo
trapézio,terminam
em
semi-circulo anteriormente,circumscrevendo
assimprofunda
e.xcavação.Esta
crista mostra,na
regiãomediana nos machos,
excrescênciasem
for-ma
de tubérculosou
dentes.O
pronoto das fêmeas
éem
geralsim-plesmente
convexo,com
uma
carenaou
saliêncialeveanterior. De-vido a esta falta dedesenvolvimento
asfêmeas de
varias espécies sãode determinação
difficil.O mesmo
sedá quanto
aosmachos
fracamente
desenvolvidos, osquaes apresentam
apenas
um
pequeno
tubérculoem
logardo
cornocephahco
eduas
ligeirassaliênciasarre-dondadas
sobre o pronoto.Muitas
vezes asfêmeas
sópodem
serbem
determinadas quando
apanhadas nas
mesmas
locahdades
que
osmachos.
O
escudonão
éapparente nos Phanaeus.
O
meso
eome-tanoto suo inteiramente occultos pelos elytros.
Os
elytrossão cur-tos quasisem
epipleura,apresentando
asuturadeprimida
na
frente.As
formas
boreaes(America
do Norte) apresentam
em
regra os ely-troscom
fortes esculpturas (pontuações, rugosidades),emquanto
que nas
espéciesequatoriaes os interstícios sãolisos econvexos
e de vivas cores metallicas.Pro
e meso-esternosnormaes
;metasterno
acuminado
cpon-tudo,
nunca
porém
prolongado
em
um
corno
ou ponta
longa, oque
estabelece differençacom
o género Oxysíernon deCastelnau,
que
Annaes
da
Faculdade
de
Medicina
de
São Paulo
apresenta
uma
longa espinhamuito pontuda
crecurvada, entre os quadrismedianos.
Patas
—
robustas.Pernas
anteriores tri-ou
quadri-dentca-das; as posteriores fort,emente alargadas emais
oumenos
digita-das nas
extremidades.Todos
ostarsoscom
cincoartículos.Tarsos
anterioresalgumas
vezesausentesnas
fêmeas.Os
gigantesda
tribu, asfêmeas
dosensijer e lancijer,apresentam
entretanto, tarsos ante-riores,não
servindo este caracter para definição genérica.Abdómen
—
urostergitos escondidos pelos elytros;uroster-nitos
cm
geral de côres sombrias,mesmo
nas
espécies metallicas.Pygidium,
glabro.Os parameros
sãoalongados
crobustos.Em
geral,quando
fechadosrepresentam
um
cone,mostrando nas
faces lateracsdilataçõesem
forma
do lobos;em
muitas
espéciesnão
seobservam
dilatações,esão oscontornos e osperfisdo cone que
va-riam,sendo
muito
constantesasformas
na
mesma
espécie,servindo pois, para a sua caracterisação.CAPITULO
IIBiologia
E'
pouco
oque
seconhece
sobre os hábitos emetamorphoses
das espéciesdo
géneroPhanaeus.
O
que
se sabe a esse respeitodevemos
principalmente aos trabalhosmuito
interessantes dosil-lustresentomologistas:
H.
Fabre,
bem
conhecido
devido
os seus"Souvcnirs
Entomologiques"
;Judulien
que
estudou
a biologiado
P/l.splendidulusePh.
milon,e deOhaus
que
descreveu a bio-logiado Ph.
saphirinus.Segundo
Ouaus
osPh.
Jloriger ePh.
de-jeaniapresentam
hábitos biológicossemelhantes
ao do Ph.
saphi-rinus.Quanto
ás contribuições brasileiras sobre estegrupo
essen-cialmente nosso, sóconhecemos
asobservações deGakbk,
Lueder-waldt
eOscar
Freire.
E',como
vemos,
muito
pouco.Nas
linhasadcante
procuraremos
resumir os principaes factosda
vida emeta-morphoses
destes insectos,baseados
nas
observações daquelles au-tores.De uma
maneira
geral,podemos
desde logo dizer que,era re-lação áspoucas
espécies sobre asquaes
existem observações,não
mostram
cilasem
summa,
grandes differenças biológicas e ecoló-gicasquanto
aosCoprideos
europeus.As
fêmeas,provavelmente ajudadas
pelosmachos,
poróm
sobre esteauxiUo
não ha
certeza,preparam
cm uma
cavidade
feitana
terra logo por baixo das substancias excrementicias,ou
depeque-nos
cadáveres de animaes,uma
bolaou
"pera"
destes materiaes,cm
que
6posto o ovo.Os
poçosdo
Phanaeus
splendidulustem
uma
profimdidade
do cerca de 15 ccntimotros,podendo
attingir até cin-coenta (Judulien).Diz
Luederwaldt,
no
artigo citado:"Nunca
Espécies
brasileirasdo género "Phanaeus"
encontrei
nas
cévas oPhanaeus
ensijer Geiim., espécie aliás raranos
arredoresdeS.Paulo
; por vezesporém
observeicanaesfeitosem
baixoda
carniçaepensava
tratar-se deburacos de
ratos, tal odiâmetro
dos canaes.O
Sr.Garbe
disse-nos, entretanto,ter veri-ficadoserem
estes canaesdo grande Phanaeus,
pois teve occasiãode
o constatar pessoalmente.Observando que no fundo
deum
des-tes canaes reluziam,no
escuro, os olhos deum
animal
enão
po-dendo excavar
o terreno,que
eramuito
duro,encheu
ocanalcom
agua
emuito surprchendido
ficou,quando
viu surgir,apressada-mente,
oPh.
ensijer,que procurava
salvar-se".Quanto
aos poçosdo Ph.
milon, localisam-seellessomente
sob os cadáveres, e sãosemelhantes
aosdo Ph.
splendidulus; osPh.
saphirinus, Jloriger e dejeaniexcavam
directamente
seus abrigossob
oestrumo
dedeterminados animaes
como
bois, cavallos etc.E'
nestespoçosque
oPhanaeus
fabrica seuninho, orafeitodos própriosexcrementos, ou
o constróeem
boladeterra secca,talvezcom
resíduos cadavéricos.Neste
caso {Ph. milon)na
parte central da bola edo
tamanho
deuma
nóz
acha-se collocado oalimento
para a larva.O
diâmetro
destesninhos
varia de 3 a 6 centímetros, para as espécies conhecidas,apresentando
elles aforma de
espheraou
de pera.Em
um
ponto
de suasuperfícienota-seuma
calote,que
recobrepequena
camará
cónica,onde
oPhanaeus coUoca
seus ovos.São
elicsovaesemedem,
segundo
Judtjlien,0,5 cents.para oPh.
splen-didulus emais
de 1 cent. odo Ph.
milon.Segundo Ohaus, adeante da
damara
do ovo ha
outrade
ar, separadasuma
da
outrapor
uma
parede
de 1 mill.de
espessura.Esta
camará, no
casodo Ph.
saphirinusmede
3-4cents.de
compri-mento.
A
incubação dura
cercade 17dias,findo osquaes
"a larva sáedo ovo
eataca sua própria cascacom
um
denteávido
e seinternacada
vez mais, até o centroda
espheraque
a alberga; ellatem
oinstincto de
não comer
a crosta.Si, entretanto,istovem
ase dar, cila obtura o desastrosoorifício, demaneira
muito
singular,injec-tando o producto de
sua digestão"(Judulibn).
Apresenta
a larva otypo
commum
das coprophagas,que
éadeante
figurada.As metamorphoses
larvaresprocessam no
próprio ninho,ecercade doismezes após
aeclosãodo
ovo apparece
aima-gem.
No
casodo Ph.
saphirinus ocaminho,
em
geralcurvo,que
vae
terao
sólo,é cheio de esterco frouxo,que
servedealimento ao
coleoptero agora desenvolvido, atéque
o seurevestimento
chiti-noso
se torneduro
e rijo.Para
acaça destesinsectos,ou de
outros necrophagos,em
geral seusam
cévasem
que
secoUocam
animaes
em
putrefacção.Este
processo ébom
paraseapanhar
espécieslerdas,como
os Trogides. Dífficilmente surprehende-se,porém,
algunsPhanaeus trabalhando
na
carniça,porquanto
estes bezouros,assim
como
os Pinoius,ao
9
Annaes
da
Falciildadede Medicina
de
São Paulo
depararem
com
oachado
logoseenterram
por baixo dellcs!.Lue-DERWALDT
diz ter obtidobons
resultados, collocando carniça sus-pensa sobreum
grande
funil de folha, cujaabertura entraem
um
vidrode bocca larga
com
álcool; ahi facilmentecáem
todos osbe-zouros,
que
desde logoficam
seguros.Baseados
nestaobservação
mandamos
construiro apparelho, cujaphotographia
damos
adeante, eem
que
substituímos o vidrocom
álcoolporum
simples recipientetambém
delatão, demodo
que
os coleopterosnellecahindo
enão
mais conseguindo
fugir,podem
sercapturados
vivos.CAPITULO
IIIDistribuição e
synopse dos sub-generos
Como
jávimos
o géneroPhanaeus
épuramente americano.
Das
95
espécies até hoje conhecidas existemno
Brasil 37.As
espécies brasileirasdistribuem-se, porEstados
do
seguintemodo,
de accordo
com
a procedência das existentes nas collecçõesdo
Museu
Paulistaedo
Laboratóriode Parasitologiaesegundo
con-seguimos
apurar
da literatura consultada:Amazonas
3Pará
7Bahia
10Pernambuco
1Goyaz
5 Espirito-Santo 5 S.Paulo
10Minas-Gerais
6Matto-Grosso
8Estado
do
Rio
4Paraná
4 Sta.Catharina
8
Rio
Grande do
Sul 2Capital Federal 1
Essa
listadeve
ser consideradamuito
incompleta, vistocomo,
de
um
lado,osautores antigos s6apontam
o "Brasil"como
habitat, demodo
que
bom
numero
de
espécies, assim designadas,não pode
figurarna
listae de outro lado,porque nas
collecçõesque
examiná-mos
não
constatava material de 6 estados.Transcrevemos, no
ori-ginal, o seguinte período ded'OLSOUFiEFF, sómente
para demons-trarcomo
os naturahstaseuropeus
sãopouco
famiUarisadoscom
certas noçõesde geographia:"Je
doisrépéterici laplainteéternelle de la legèretéde Fétiquetage des insectos tropiques.En
laissantEspécies
brasileirasdo género "Phanaeus"
de
cotélesvieilics collections, Icsexcursions(plusou
nioins acciden-telles)du
milieudu
XIX
siècle, onVon
se contcntait d'indiqucrcomme
provenance "Amériquo du
Soud"
etc,vu
descollections récentsavec
Icsindications "Brésilmer"
ou
"Mexiquc"
comme
sic'était
une
pctite vallécd'unc quinzaine de kilomètrescarrés.Nous
voyons
cnEurope qu'une
distance de 50-100 kilomètres cst déja suffisantepour
délimiterdeux
espèces voisinesmais
toutà
fait différentes etnous
oublions queleBrésil estau moins
quatrejois plusgrand
quelaFrance
(!!)etc...." (O gripho é nossoassim
como
os signaes de admiração).
Quanto
á systematica deste génerovemos
que
depoisda divi-são dosPhanaeus
porMac
Lay em
5 typos,Klug
tentou sub-di-vidirosPhanaeus
em
13 divisões; posteriormenteHakold
(1863),Nevinson
(1892)estabeleceramchaves
syntheticaspara as espécies deste género; todas ellasporém
sãomuito
artificiaes eactual-mente
depouca
utilidade.Devemos
ad'OLsouFiEFr
(1924) o estabelecimento para o gé-neroPhanaeus
de sub-generose grupos,tomando como
base desta divisão a estructurado cpistomo
e a presençaou
falta de tarsosnas
fêmeas,conjunctamente
com
outros caracteres morphologicos,sobretudo
aarmadura da
cabeça.Transcrevemos
em
seguida achave
deste autor para adeter-minação
dos sub-gencros,um
pouco
modificada, poisum
dos seus sub-generos, o Sulcophanaeus,não
sendo
representadono
Brasil foiretiradoda
chave,com
ofitodemaior
simplificação.1.
Clypeo
com
tres incisões,formando
dois lobosagudos
diri-gidos para frente 2
Clypeo
com
uma
únicaincisão,formando sômente
dois ângulos dirigidos para frente,sem
incisões lateraes,ou
inteiramentearre-dondado
ou
sub-truncado
?
?
com
tarsos anteriores....
Sub-gen.P/iflnaewss.str.2.
?
?
sem
tarsos anteriores.Cabeça
do
cfcom
uma
la-mella chata bi-ou
tridenteada,ou
desenvolvidaem
um
corno pouco
longo,com
uma
carena simplesou
turber-culadana
?ou
^
com
um
longoedelgado corno
ver-tical,apresentando
então
o insecto viva côr metallica (azul,verde, cobre) 3?
?
com
tarsos anteriores; cT e
?
com
um
longocorno
cephahco
;?
?
cm
geraldifferindo,quanto
aforma
exteriorpou
CO dos cí"d*ou
?
?
com
um
cornomais
curto,com
doispeque-nos
comos
supplementares
(tridenteado),porém
então
os elytros são quasi mates.Corpo grande
emassiço
(até 55mill.)com
uma
forte saliência
mediana
denteada
sobre opronoto
Sub-gcn. Megaphanaeus.
Annaes
da
Faculdade
de
Medicina
de
São Paulo
3. Negros,
ou
em
geral escuros,muitas
vezescom
asbordas dos
clytros edo pronoto
deum
mctallicomais
claro.Algumas
vezes os elytros são azues
ou
verdesmas
sempre
escuros, quasi mates.Pronoto
do
cTcom
uma
saliênciaem
forma
de tubérculoou
deuma
crista anteriormente á porçãome-dia Sub-gen.
Coprophanaeus.
Azul, verdeou
vermelho
cúprico metallico brilhante.Cabeça
do
com
um
longo cornoagudo
equasivertical.Base do pronoto
do
macho com
duas
saliências separadas porum
profundo
sulco—
Sub-gen. Metallophanaeus.CAPITULO
IV
Sub-genero
"Megaphanaeus"
Olsouf
Typo
—
Ph.
lancijer (L.)CHAVE
para as espécies:1
—
Elytrosfortemente
esculpidos, azuesou
verdesmetalli-cos brilhantes
2
Elytros
sem
esculptura, mates.Corno
cephalicodo
c? longo,da
?
muito
curto,formando
com
dois denticulesvisinhosuma
ca-rena trituberculadaPh.
(M.) bellicosus (Ol.) 2—
Interestriasdos elytrosgranulados nas
suas partes basaes e apicaes,mas
nunca
com
ondulações
transversas.Côr
habitual-mente
verde brilhante,raramente
azulada 3 Estrias e interestriasfortemente
onduladas
transversalmente,nunca
granulosasnas
suas porções basaes.Côr
azul violetabri-lhante
4
3-
—
Espéciesgrandes
(35 a 55 mill.)Carona
do pronoto do
cTem
forma
desellaPh.
(M.)ensijerGerm.
Espécies
menores
(26 a35
mjll.)Carena
do pronoto
do
cTmuito
alta,em
forma
deum
semi-conc—
Ph.{M.)
honariensis GoiíY.4
—
Espéciesgrandes
(30-50mill.)Carena
do pronoto
do
cTem
forma
dosella; carenado pronoto
da?
com
cornos lateraes—
Ph.
(M.) lancijer (L).Espécies
menores
(34-39mill).machos
desconhecidos.Carena
do
pronoto
da?
sem
cornos lateraes—
Ph.
(M.)Espécies
brasileirasdo género
"Phanaeiís"
1.
Ph.
{M.) ensijerGerm.
(Figs. 3-4)Geumaií,Mag.Ent. IV. 1821. pag.147
—
Pertt,DclAnim., 1830p. 40T
8f 10 11—
Hktnb,Exofische Kâfer, 1008, pag.65.—
G. D'OLSOnFiEPP, Le8 Phaneidcs,pg. 15,29,76.pl.V.fig.2,1924.Synon.
=
ajax Sttikm,Catai. 1826, p. 125.=
mincipalis Dup. i. 1.=
ducalisCast.Hist.Nat. Col.II, 1840p.79d"Aotodoexaminamos20 exemplares,
com
a seguintes proveniência:S.Paulo (Ypiranga,P. Epitácio,Luasanvira, Anhangahy)Matto-Grosso, Paraná, Bahia.Mensurações:
Comp.
cT mx.53mill.ran.4-1mill.Comp.
S mx. 52mill.mn.41mill.E' esta amaiorespéciedogénero,podendoalcançar até55mill.de compri-mento.
De
c6rgeralverdemetallica,cabeça negraarmadade longo corno, pro-thoraxcom
forte saliênciamedianaem
formadescllaecom
uma
grande cxca-vação anterior inferior ásaliência. Elytrosverdesmetallicos, apresentando^ecom
esculpturacaracterística.c?
—
Cabeça negro-azulada,armadadeum
longo corno,damesma
c6r,ligei-ramentecurvo paratraz,nasua extremidade.
Dc
cada ladodabase deste corno, nota-seuma
linhasaliente,quesevaeterminar nas bordaslateraesdacabeça.O
comprimento do corno variaem
nossosexemplarescom
otamanho doinsectoassim
em
exemplaresmedindo53 millimetros o corno alcança 30mill.;em
indi-víduospequenos(44mill.)ocornotambém
émenor 18o 19mill.Clyjieo quasi negro,
com
treaincisões anteriores,formandodoislobosagudosdirigidosparafrente,eseparados por
uma
nítida incisãotriangular;osdoislados exterioresdesses lobosvãoem
linha rectac parallelasentresieoeixodo corpo, desenhar duas bochechassalientesem
lobos losangicosede côr ncgro-esvcrdeada,.suasbordas revestidas de pêlos avermelhados. Palposcoutros appendices oraes negros, revestidosde pilosidado
tambcm
negra.Thnraxrobusto, anteriormente talhadoprofundamentecquadrangularmente para dar inserçãoácabeça.Osângulos anteriores arredondados, os lados
igual-mentearredondadosnaparte anteriorechanfradosnaposterior,suasbordas
reves-tidasde pêlos sahenteseavermelhados.
Pronoto rugoso de côr verde-metallica. Posteriormente o pronotoselevanta
cm uma
forteelarga carenacujas bordas Lateraes se proeminam, formando duassaliênciastriangulares,com
base para baixoeos ânguloslivreslevemente arredondados.Suamargem
bitubcrculada, suas bordas antero-lateraesbi-dcntea-das.Estes dentesantero-lateraes, característicosdosmachos variam quantoao tam.anho, desde verdadeiro dente
bem
proeminente,medindo6mill.,até peque-nos tubérculos apenas perceptíveis do cada lado do pronoto. Parte anteriordo pro-notoprofundamente cxcavada; regiãomediadesta cxcavação mostrauma
faixa hsa,negrabrilhante,orientadalongitudinalmenteecontrastandocom
asuperficierestante conspicuamcnte rugosa.
De
cada lado do pronoto ob.servam-sedoispontos fortemente deprimidos,csituadosnaparto superior pertoeabaixo da carena. Elytros, verde-metallicosesculpidos tj^picamente para a espécie; ínteres-triasnitidamente granulosasem
suas partes basaese apicaes,nuncaapresentando ondulações transversas.Metathorax ncgro-mato,levemente rugoso.
Coxasnegrasnasuamaiorextensão brilhantese lisasrecobertas,
em
certos jx>ntosdo pêlos avermelhados. Patas negras. Urosternitos negrosmetallicos. Pygi-dium azulado.2
—
Coloraçãogeralcomoado^
.Geralmenteum
pouco menores queestes.Distinguem-sedos cT cTpor apresentaremas saliênciastriangularesda carena menoreseporcon.scguintcmenosproeminentes;suamargcjnautei-iorantes sinuo-saquetuberculadaesão desprovidas dc dentesoutubérculos antero-lateraesda carena.
Variações.
—
Além de variações detamanhopodem
estes Phanaeus apre-sentarvariaçõesnacoloração; assim temos \xmexemplar dcCayennaAnnaes
da
Faicuidade
de
Medicina
de
São Paulo
mate;
um
outro de Matto-Grosso apresenta os bordos doaelytros etodo pronoto francamenteaziil; outrodeLussanviratemopronoto deuma
bcUa côr azul-cscurametallica.Em
uma
fêmearotuladaP.Epitácio,S.Paulo, verificamos varia-çãonaesculpturado pronoto.A
protuberânciamedia6mais delgadaemaisaltadoquenasfêmeasnormacs; osdoiscornos triangulareslateraessãomais proe-minentesemaispontudos; achanfraqueossepara6maisestreitaemais
pro-funda,quenas fêmeas norraaes doensijer.
No
restante concordacom
asfêmeas normaes.2.
Ph.
(M.)lancijer.(L.) Fig. 5.Lin. Syst.Nat.,01.,Entomologie1789,pag. 102,T.4
—
Cast. Hist.Na.Gol. II,1840.
—
Bates,TheNaturalistontheriverAmazonesII,1803, pag. 209.—
Heyne,Exotischen Káfer, pag.65,1908.—
d'Olsoup.LesPhaneides, pag.76,pl.V,fig.3.
Synon.
=
herosGast.loc.cit.=
miles Cast.idem=
satelles Licirr, Gast. Mus.Kam.
III 1796,pag. 6inHahold
; Gol.Hefte VI, 1870,p. 105.=
íaurus, Marcgraaf.Hist. Nat. Bras. inOlsoup. loc. cit.Examinamos
1 e3Ç
S
itodosdacollecçâodoMuseu
Paulista, prove-nientes de Belém, Est.do Pará.Mensurações: tf comp. 60mill.
$
comp. mx. 46mill. mn.43mill.Esta espécieé,comosepodever pelas nossasmensurações
um
poucomenor quea precedente, ccom
cilamuitose parece,apresentandoporémuma
coloraçãoazul-violetabrilhante.Esculpturasdacabeça e pronoto semelhantes aoensijer, differindoquantoá coloração doselytrosquesãoazueseesculpidos
em
ondulações transversas, queécaracterísticodaespécie.c/"
—
Gabeçanegra,armadadeum
longocomo, damesma
côr,rectoouli-geiramente curvo paratraz,nasua extremidade.Glypeonegro,
com
tresincisões anteriores, formandodois lobosagudosdirigidospara traz. Bochechas negras suasborda.srevestidasde pêlos negros. Palposeappendicesbuccaes negrosereves-tidosde sedas negras.
Thoraxrobusto; ângulos anterioresarredondados;posteriormente chanfra-do,suasbordas revestidas de pÊlos pardosescuros. Pronoto rugoso,azul-violeta metallico.Carenado pronoto semelhante aodaespécieprecedente; parte anterior do pronotomenos cxcavado que
em
ensijer.Elytrosvioletasmetallicos; sua esculptura estabelece a differenciação
com
a espécieensijer,poisapre.sentam oslancijer estriaslongitudinaespoucoprofundas queapresentam pequenaselevaçõestransversasirregulares,dandoassimás estrias e interestriasa esculptura fortemente ondulada.Sãoasinterestriasdesprovidas de granulaçõesnas partes basacs; estassóapparecemnos ladoscperto dos ápices
em
quesãobem
distinctas.Estriasnocentrodoselytrosmaislargas doqueasinterestrias.
Mctathoraxnegro: coxas negras, revestidas
em
certospontos de pêlospar-dos.Patasnegras. Urosternitosnegros brilhantes.Pygidloazul.
?
—
Goloraçãogeraldo c?í o esculptura do pronotose limitaácarena mediana,naqual as protuberâncias triangulareslateraessãomenoresdoquenos ; desprovida dos dentesantero-lateracs.A
$
como naespécie precedente enastresoutrasque vamosdescreverpossuetarsosnas patasanteriores,oa quaes porserem muito frágeiscom
facilidadesequebram efaltamfrequentemente. Estaespécieparece apresentarmaisfixidezem
seus caracteres morphologicoa do quea precedente; nos.sosquatro exemplares, todos provenientes de Belém,não apresentam variação digna denota.
Espécies
brasileirasdo género "Phanaeus"
3.
Ph.
(M.) honariensis Go-RY. (Fig. 6a).GoRY
inGrekin,Mcm.
Icon.Règne Anim.Inst.1844p. 79,Burm. Stett.Ent.Zeit,1874, p. 131,
Blanchard
inVot, cPOrbignyGol., pg. 174,Hyne
Exot. Kãfer1908,p. 65.d'Olsoufiepf, LesPhancides, pg.75.S3mon. Ph. bonaerensis Burm, loc. cit.
Destaespécieexaminamos5 exemplares, sendo1o"e4
J
2 com
aseguin-teproveniência: 1 cT doParaguayo4 ? $ deS.Paulo(P.Epitacio,S.Grande,
Funil,Ypiranga).
Dimensões: cT comp.35mill.
S
comp. max. 34mill.comp. mn.22 mill.Assemelha-se superficialmente ao Ph. emijer sendoporémmenor; côr geral
verde metallica, brilhante.Cabeçanegra armadade longo cornoquasi recto;
thorax
com
saliênciamuitoaltacom
formato deum
semicone; elytrosverdes metallicosbrilhantesegi'anulosos.—
Cabeçae corno cephalico negros. Clypco negro,com
trcsincisõesante-riores,formandodoislobos agudos, proeminentes.Bochechasnegi-as,suasbordas revestidas de pilosidadc avermelhada.Antcnnaa
com
asclavas amarellas;palpos e abertura oralrevestidosde longos pêlos vermelhos.Thoraxrobusto, seus ângulosarredondados; posteriormente suasbordas chanfradaserevestidasde pêlosvermelhossalientes.Pronoto rugoso, verde
metal-lico,apresentando a caronamedianaalta, estreita;seus lados levantadose curva-dos para a linha mediana, constituo o conjuncto
um
semi-côncousemi-funilmuitocaracterístico.Bordaanteriordacarena bi-tuberculada; bordas antero-lateraes bi-denteadas.
Elytros verdes metallicos;suasestrias
com
asmargensligeiramente ondula-das; asinterestriascobertas sobre toda sua extensão de granulaçõesdistinctas, maiores nas basesemenoresnosápices.A
soldaduradoselytros érevestidasobre toda sua extensão poruma
franja de sedasavermelhadasbastantelongas.Coxasepatas negras, revestidas do sedas avermelhadas. Esternitos abdomi-naes negros; pygidioazul.
Ç
—
ColoraçãogeraldoJ",differemuitodeste pela esculptiua do pronoto, queselimita auma
carena quadrangular, sinuosaoulisanafrente,semas saliên-cias triangulareslateraes,assimcomodesprovidados dentesantero-lateraes.A
excavação anterior do pronotomenospronunciadaque no J"•Nestas espécie as g 5 são
em
geralmais robustasqueos d"c?Nossos exemplares sãomuitouniformes,porém
Blanchard
refere-seauma
variedade de côrazul,recolhidaporOnniGNY naprovinciadeSta.CruzdeIaSier-ra (Argentina).
Segundo d'OLSOUPiEPP raramenteo Ph. bonarimsisscapresentaazulado.
4.
Ph.
(M.) sepientríonalis n.sp.$
. (Fig.7)A
descripção destanovaespéciesebaseanoexamede 5 exemplares, todos fêmeas, existentesnacollecçãodoMuseu
Paulista.Foram
ellescolhidos peloSr.Lima
em
Belém do Paráem
1922.Typos noMuseu
Paulista.Dimensões: Comp. max.39mill, mn.34mill.
Larguramx.25mill. mn.21mill.
Côrgeralazulvioletamuitobrilhante,idênticaácoloraçãodo Ph.lancijer.
Cabeçanegraarmadade longo cornorectomedindo11a 13mill.
De
cada lado dabase do corno nota-seuma
linhasalientequesetermina nas bordaslateraesdacabeça.Clypeoquasi negro, arredondado,
com
tres incisões anteriores,formando dois lobos agudosdirigidosparafrente, eseparados poruma
nitida incisão trian-gular.Bochechasarredondadas, negrascom
reflexosazulados,suas bordasreves-tidasde pêlos pardos.Antennasnegras
com
a clava parda. Palpos c appendices oraesnegros revestidos de pilosidadetambcm
negra.15
Annaes
da
Faculdade de Medicina de São Paulo
Thoraxrobusto,tlccoloração azulvioletabrilhante; pronoto rugoso; poste-riormenteselevantaein tuiiacarona,quadrangular,proeminente,
com
aborda anteriorligeiramentesinuosa; iiostcriormentonos mostra ligeirosulco longitu-dinal;suasbordas revestida dofortepilosidadequasi negra.O
pronotodanossa espécieé, pois,semelhante aodo bonaríensisÇ
.Elytros azues-violctasbrilhantes.Esculptura dosclytros muitosemelhante aodo Ph.lancijer.Interestriaselevadasnasua base; asestriaslongitudinaesno centrodoselytrosmaislargasqueasinterestrias,apresentandopequenaselevações transversasirregulares,dandoassimaoelytro
uma
esculpturafortementeondu-lada,talcomonolancijcr. Poucas gi-anulaçõcsnos ladosonos ápices; partes basaesnuncaseapresentamgranuladas.
Mctathoraxnegro; coxas negras revestidas
cm
alguns lugarescom
es-cassos pêlos negros.Eaternitosabdominaesnegros.Pygidioazul.
Esta espécieseassemelha pela esculpturadothoraxásfêmeas do bonaríensis
cpela doelytroásdolancijer.Só,porém,jxideria serconfundida
com
oPh.bona-ríensis, porém, separa-se
bem
destepeloscaracteresque resumimos no quadro abaixo:Bonariensis
?
CÔK
: Verdemetallica.Tamanho
:Menor
: 27a35mill.CoiiNOcKPHALico:^Nlaior: 13a15mill.
Elytros: 7ntcrcst.riasnuncaelevadas nabase. Interestrias
com
grânulosdistinctos queaa recobrem da base aô ápi-ce. Estrias e interestriasnuncaonduladas transver-salmente.
Pilosidade: Vermelha.
Habitat: BrasilMeridional.
Septcntrionalism.
?
Azulvioletametalhea. Maior: 34 a 39mill.Menor
: 11a13mill. Interestriaselevadasnaba-se. Interestrias não gra-nulosasnabase; algumas granulaçõesquesóse mos-tramnos ladosonosápices.
Estriase interestrias ondu-ladas transversalmente. Negra.
Brasilseptentrional.
5.
Ph.
(M.) hellicosus (Ol.) (Fig. 6b).01.Ent.I, 17,pg.103 T.27,17S9.
—
Har.Gol.Hefte IV, 1868,p. 82, idemV
p:ig. 65.—
DLANCHAno
Vov.D'OnBiaNY, 1843, p. 174.—
Hetne, Exot. Kãfer, 1908, i)ag. 66.—
Olsodi',.LesPhanaeides,p.77.Synon.
=
Sylpanus Cast. Hist. Nat.Gol.1840. p. 80.=
Sylvanus Dej.Catai. p. 455in Olsouf 1. cit.Este insectodiffcredas outras espéciesprecedentesporapresentar, entre outroscaracteres,côrvioletanegra,menor tamanho,saliênciado pronoto
inteira-mentedivida
cm
duas callosidadeseoselytrosmates,com
interestriasquasi pla-nas.Examinamos1 cT e3? ?
,sendo que,com
excepçáodeuma ?
provenien-tedeS.Paulo,Ypiranga, todas as outraseramdeJoinville,Sta.Gathariua.Mensuraçõea: comp.32mill.
Ç
comp. max.33mill.mn.30mill.cf
—
Gabeçanegraarmadadeum
cornode 8mill.,quasirecto.Vêm-se duaslinhas salientesquepartemda baseevãoseterminar nas bordaslatcracsdacabeça. Pronoto rugoso azul esverdeado mctallico anteriormente, azul escuro poste-riormente, suasbordas revestidas de pólos avermelhados. Apresenta, o pronoto, posteriormenteduasfortes saliênciasdivididas inteiramentepor
um
sulco longitu-dinalprofundoeliso.Destoadois callospartemduascristas,uma
anterior e outraposterior,quecorrendo,maisou menosparallelasao longoda
margem
do pro-noto,unem-senaregião antero-lateral, esão separadasem
toda sua extensão porum
sulco,menosprofundoqueolongitudinal.Anteriormente o pronotoapresenta-seexcavado,porém menos profundamente quenasespéciesprecedentes. Elytros azuesmuitocsciiios,mates,semgranulaçõesoup<mtuaçõe8;estrias regulares, finas epoucomarciulis,i-interestriasquasi planas.
A
base de cada es-triaseapresentacom
pequenas depressões.Espécies
brasileirasdo género "Phanaeus"
Parteinferiordo corpo, negra, revestida de pêlosavermelhados; pygidio azul metallico.
$
—
Coloraçilogeralsemelhanteádomacho;em
geralmaioremaisro-busta.
A
cabeçadiffcrodado por apresentarum
curtíssimo corno cephalico, acompanhado, decada lado, deum
tubérculoagudo, que, segundo d'OLSou-FiEFPmostraocomeçodeuma
carena tridentcada,quesevênamaioria das es-péciesdasS ?
restantesdogénero.O
pronotoapresenta simplesmenteuma
saliênciamediana, bitubcrculada, ligando-se de cada lado a
um
tubérculo denti-forme. Estasaliênciadentiformecm
geralbem
visivel,éabsolutamente ausenteem
um
dos nossos exemplares. Aliásesteexemplar apresenta, outrosim, asaUcn-cia medianalisa,desprovida de tubérculos.
CAPITULO V
Sub-genero
"Metallophanaeus"
Olsouf.
Este
sub-generocomprehcnde,
até hoje,sómeute duas
espécies,ambas
do
Brasil.Chave
para as espécies:1
—
Azul
violeta,raramente
esverdeado,ou
deum
vermelho
vivo de cobre(var.chabrillaceiThoms.).
Como
longoedelgado
no
(fou
reduzido aum
tubérculoacuminado.
Elytros brilhantes,com
estrias
apenas
esboçadas,com
4 fossctasprofundas
pertoda
base,corpo
arredondado.
Comp.
15-23 mill.—
6.Ph.
(M.) saphirinus(Sturm).
2
—
Verde dourado, sobretudo
a cabeça,mate.
Elytrosmates,
com
a suturamais
brilhante, as estrias nítidas e asinterestrias planas; bases dos elytrossem
fossetas.Pronoto
com
duas
fossetas basacs.Corpo
mais
oblongo.Comp.
18-23 mill.—
7.Ph.
(M.) horusWatekh.
6.
Ph.
(M.) saphirinus(Sturm).
(Fig. 8).Sturm,Catai. 1826p. 65.
—
Har.Col. Hefte V,1869,pg. 21idem XIII, 1875, p. 67.—
d'Olsoupiepp, Los Ph.anaeides, 1923, p. 74.Synon.
=
sapphirinus auct.=
pales Dej. Catal.=
asphaltinusGekm.iiiOlsoup. loo.cit.Mensurações: Coraf).mx. 23mill.mn.15mill.
2
Comp. mx.21 mill.mn. 17mill.Proveniência
—
Sta. Catharina (Hansa, Blimienau), S. Paulo (Ypiranga, Cantareira, Cidade,Campos
do Jordão,Leme,Jundiahy, Ribeirão Preto);Pa-raná.
Ao
todo, tivemosem mão
23 exemplares.Azul,violeta, ásvezes esverdeado; cabeça
com
longo corno, curvo paratraz. Pronoto excavado,com
doiscornos curtoseobtusos. Elytrosdebelloazul saphira,lisos.
—
Cabeçanegra,com
lunamanchaverde,naraizdo corno,que6longo, simples adelgivçando-sc para a extremidadeccurvado paratraz.Clypeonegro,tri-incisado,formandodoislobos proeminentes.Clavadasantennas negras. Pro-noto,
cm
geral,completamenteliso,ingremcmcnte excavado naporção anterior.Annaes
da
Falculdade de
Medicina de São
Paxilocom
duassaliênciasbasaes,separadasporum
sulcoprofundo. Estas duas saliên-ciassãotriangulares,curtaseobtusas, curvadas paraa linha mediana.Na
parteantero-lateraldopronotoencontramososdoispontoa usuaes fortemente depri-midos.
Elytrosbrilhantes,do côr azul-saphira,dando
em
certospontosreflexos vio-letas everdes;sãoelleslisos,com
estriasapenas esboçadas, sendo aquellaspróxi-mas
ásuturamaiapronunciadas; próximoá base notam-se 4fossetasprofundas,das quaes asmaisinternassão as menores.
Metathoraxnegro,liso;coxas o pernas negras revestidas de negra pilosida-de.Pygidio azul.
Ç
—
Coloraçãodo cfJ differcdestepelaausênciadocornocephalico,queé substituídopor
uma
carena trituberculada,sendoqueem
geralo tubérculomédio émaisproeminentequeoslatcraes.Ríuitas vezes faltamestestubérculosca care-naapresentauma
bordalivrelevemente sinuosa.O
pronoto 6 áspero,emquanto quenos cT cT <5liso;temosjwrômem
mãosalgunsexemplarescT d" como pro-noto áspero, semelhante ao das Ç$
.Apresenta ainda o pronoto, nas Ç?
,uma
carena transversanaparteanterior,com
abordaproeminenteetridentcada.No
restode sua extensão,alemdos pontos aprofundadosantero-lateracs,pode mostrarduastuberosidades,separadas porleve sulco,ouseapresentar,em
raroscasfjs,completamentelisos.
Variações
—
Na
coUecçSodoMuseu
encontramosvários cTd"queseafas-tam
dos typicos pela difforcnça dedesenvolvimentodocorno edaesculpturado pronoto.O
cornoff;in'i:;fr.iatrophiadoereduzido aum
simples tubérculo,militopequenoesetcriiiinaíiiln
nu
ivmta aguda.Osdoiscornosdopronototambém
re-duzidos adoÍH luherculijsapresentamposiçãomaisanterior, comparativamente ásformas normacs.
Ph.(M.) saphirinus V. chabrillaceiThoms. Sy.Ph.chabrillaceiThoms, Cat.1017.
Hauold
que examinoua espécie typodoPh.chabrillacei (in Col.Hcftc, 1869)diz: "DastypLsche Sttickistnicht eineschõne Kupfrigrothe Variotât."
Também
Olsoufieppdefine estavariedadecomoapresentando a côrvermelhovivo,de cobre.
Não
temosnanossa coUccçãonenhum
e.xcmplar desta variedade.7.
Ph.
(M.) horusWaterh.
Wat*rhouse: Ann.andMag. Nat.Hist. 1891. Vol7,p. 129.
—
Olsou., LcsPhanaeidesp. 74,1924.Syn.CwaçãoemisfVoets Panz 1791in Olsoup.loc. cit.
Na
collccçãodoMuseu
sóencontramosum
e.xemplarJ,prirémtypica,desta espécie.A
côr6verdeclaramuitobrilhantecom
as bordasdouradas;os elytros sãomatescaformado corpoémuitoalongada,emquanto quecm
saphirinus o corpo éantes arredondado.Proveniência
—
Matto-Grosso (Faz. da Faya).Dimensões
?
corap.15mill. larg.10mill.Olsoufieppdá como comprimento desta espéciedo 18-23mill.cT
—
Traducção da descripção original: "Esverdeado. Parteanterior da cabeça de côr negra.Ângulosposterioresdourados.Epistomabi-denteado. Vértice docorno erecto, acuminado, bastante delgado,ligeiramente flexuoso,armado. Parte anteriordo thorax verde. Parte posterior verde azulado. Parteslatcraesdouradas. Pronotoanteriormente
com
duas excavações arredondadas, approxi-madaseligeiras(separadaspelacarena)eiwsteriormentecom
uma
cxcavação profundamargeadanos lados poruma
carenaligeira,laminiforme.Base do pro-notocom
duasfossetaspoucoproeminentesnaporção media. Elytros mates,ligei-ramenteestriados, intcrestriassub-planas,
com
impressõestransversas nabase(abase
mesma
6 ptrnco elevada).Sutura elevadaemuitonitida.Limbobastantenítido. Pygidionitidio,
cm
sua basefrequentementecom
pontoa.Tibiasanterio-res,mediaseposteriores eanteriormente ostar-sosnegros azulados."
S
—
Côreformageraldo .O
corno 6 reduzidoauma
carena, negra,de bordasinuosa.Espécies
brasileirasdo género "Phanaeus"
Annotações.
—
Oi/SonpiEFPdizde curaçaoensisdcscripta por VoltzPanz
inBeschr.Abd.Ins.II,1791. T.
XXIII
fig.12: "6muitosemelhante ada fêmea dohorus,poréma proveniência das Antilhas, a descripçãomuitosuperficial eos 130annosquenosseparamdessa épocanãome
permittemesclarecerestaquest-âode maneira mais completa."
Segundo Wateiihouse, "inloc.cit.": "Os clytrosde Ph. horus muitose
assemelhamaodoPli.splendidulus,porémasintereatriassãomenosconvexas, c as depressões tao
communs
nabase são quasicompletamenteobliteradas."CAPITULO
VI
Sub-genero "Coprophanaeus"
Olsouf
A
chave
que
em
seguidadamos
para as espéciesbrasileiras deste suh-gcncro, é destinada principalmente ádeterminação
dos c?-Das
13 espéciesbrasileirasnão
existemna
collecçãodo
Museu
as 4 seguintes: coslalus,descripto por
Olsouf, baseado
em
1exem-plar cT proveniente
do Pará
; pertiji, descriptopor Felsche,
edo
qual existem
somente
2exemplares nas
collecçõescuropeas
; iha-lasstnus, dcscripta porPekty
cm
1830, ha 1exemplar na
collecçãodo
Museu
deMunich
; obscunis,dcscriptaporOlsoufieff,
2exem-plares d" cT
na
coll.do
Museu
do Munich. Estas
espéciesforam
collocadasna chave baseando-nos nas
descripções originacs dos au-tores e principalmentena monographia
deOlsoufibff.
Não
foram
ainda intercalados naschaves
oPh.
sericeusFelsche,
porfaltadecomprehensão
perfeita da descripçãodo
autor;Ph.
pundatus
Olsouf.
por sóserconhecida aS
;Ph.
jasionFelsche,
porcon-siderarmos
synonymo
dePh.
dardanus
Mac
Leay.
Procuramos
também
tornar achave
bem
concisa, poisem
se-guidadaremos
as descripçõesmais
detalhadasdas
diversas espé-cies.1
—
Estrias dos elytrosmuito
estreitassem
pontuação
ou
com
pontos
apenas
visíveis 2Estriasdos elytros
mais
largasebicarenadas.Côr verde mate;
pronoto do
d"com
sahenciamonotuberculada
—
1.Ph.
(C.) spilzi n. sp.2
—
Vcrtcx
do
c?armado
de
uma
lamellachatainchnada
para traz c secontinuando
em
seumeio
em
um
corno,mais ou
menos
longo, cylindrico 3
Cabeça do
cfcom
outraformação
10
3—
Rebordo
da sahenciado pronoto do
cTcom
3 tubérculosou
com
3 ângulosbem
pronunciados, odo meio mais proeminente.
.4Rebordo da
saliênciado
pronoto
do
J"sem
3 tubérculosou
sem
3 ângulosbem
pronunciados
5 4—
Inteiramente negro,sem nenhum
reflexometaUico.Borda
anteriorda
depressãodo
pronoto
lisa,sem
pontuação.
—
2.Ph.
(C.) cerberusHar.
Annacs
da Faculdade
de
Medicina
de
São Paulo
Negro,
com
osbordos
do
pronoto, asmargens
dos clytros, o pygidioe ascoxas verdesou
azues metallicas; depressãodo
pro-noto
transversalmente rugosa...
3.Ph.
(C.) jasius (Ol.) 5—
Carena do pronoto do
cT corauma
saliênciabilobada,ou
chanfrada
ao
meio
4.Ph.
(C.) telamonEr.
Carena do pronoto do
c?em
forma de
uma
simplescrista. .6
6
—
Elytrosmates
; azues sedosos cT ; verdes?
; porçõeslateraes e anteriores
do pronoto
cT azues, verde-claro?
—
5.Ph.
(C)
cyanescensOlsouf.
Elytros brilhantes 7
7
—
Elytrosprofundamente
estriados; azues escuros,tornan-do-severde brilhantes
no
ápicecbordas.Carena do pronoto
com
um
angulo obtuso
dirigidopara frente—
6.Ph.
(C.)costatusOlsouf.
Estrias dos elytrosmuito
finas e leves8
8—
Elytros verde-garrafa;pronoto
cT rugo.so tornando-seescamoso nas
porções anteriorese lateraes;carenacom
3peque-nas
cristas;duas
lateraes euma
mediana
—
7.Ph.
(C) camargoi
n. sp.Pronoto
com
pontuação
simples,tornando-sc rugosonos
lados e anteriormente,nunca
nitidamente
escamoso
9
9—
Elytros negros,com
as interestriasmuito
convexas
;pronoto
azulou
esverdeado,tendo
a partemediana,
pertoda baselisa,
sem
pontuações
8.Ph.
(C.)perlyiOlsouf.
Elytrosazues escuros,com
asinterestriasquasi planas,Pronoto
verde, inteiramente efortemente
pontuado
—
9.Ph,
(C)
iha-lassinusPerty.
10
—
Cabeça do
com
uma
lamcUa
transversa chata,medio-cremente
alta, retrahidano
vértice,onde
6chanfrada
—
10.Ph.
(C)
arrowiOlsouf.
Cabeça do
cTcom
outraformação
11 11—
Cabeça do
c?com
uma
carena trituberculada—
11.Ph.
(C.)milon
Blanch.
Cabeça do
cTcom
uma
carena baixa,munida
de cada
ladode
um
denticuloou
deum
pequeno
corno—
12.Ph.
(C.)dardanus
Mac
Leat.
Cabeça
cTcom
um
pequeno corno
vertical,ligeiramente chan-fradono
vértice 13.Ph.
(C.) obscurusOlsouf.
8.
Ph.
(C.)jasius(Oliv.). Figs. 9, 10c, 17a, 12a. OLnrucR, Entom.I Scarab. 1789. p.109.—
Mac
Leat
ITor.Entom. II,1819,p. 120.
—
Kl-oq.Monatsb.Berl.Ak.,1841,p.210.—
Hau., Col.Hefto V,1809,p.04.—
BuuM.Stett.Ent.Zeit.,1874, p. 131.—
Gillet,Ann.Soe. Ent.Bclg.LV,1911, p. 319.—
Ann.Jav. Róimpr.,1833, p. 40.—
Heynb,Exot.Kilfer, 1908,p.CC.
—
Olsoupieff,Les Phanaeides,pg.24,G4,pl.IV.I.Synon.
=
abasM.
Leay,I,c.p. 120c41—
Harl.I.c.pag.65.=
acrisiusM.Leat
I.c.p. 127o 41.=
satyrm Cast.,Hist.Nat. Col.II, 1840,p.80.Espécies
brasileirasdo género
"Plianaeus"
Espéciemuito
commum
em
S.Paiilo. Examinamos 23exemplarescom
a seguinte proveniência:Bahia(Villa Nora)
—
S.Paulo (Franca, Jundiahy,Campinas, RioPreto, Ypiranga.)—
Pernambuco(Serra deCommunaty)
—
Goyaz.Olsoupiefpdá,para ocomprimentodestaespécie,20-35mill.Nossos
maio-resexemplares,porém
numca
ultrapassaram 30mill.sendoqueosmenoresalcan-çam
24mill.Este colcoptero apresentanumerosasvariaçõessegundo a maior ou menor extensãodacòrmetullica.Habitualmentede
um
negromate,com
asbordasante-rioresdo pronoto verdesmetallicas,i)ode-.'<eapresentarqiiasiinteiramente verde
escuro,matequanto aoselytros emais brilhantenopronoto e pygidio
—
éa va-riedade acrisius (M. Leay).A
cabeça negra6armadadepequenocorno, cujocomprimentovariaalgum tanto; opronoto apresentauma
carena tritubcrculada.Osgrandes exemplarescj"cTI
com
otubérculo mediano dasaliência do pronotomaisaltoecom
um
cornomaislongoe vertical,constituema variedade abas(M.Lkay).
cj"
—
Cabeçanegra clypeo bidcnteado,armadodeuma
Inmella,quesepro-longa
cm
sua partomedianaem
um
cornocurto, cyliudrico, cformadoispequenos ângulos sobre oslados,com
um
pequenotubérculoacuminado.ClJ^^eo rugoso, lamcllaecorno jxmtilhados.Regiãoinferiordacabeça negra, revestidado pêlos avermelhados, clavas das antennaa amarellas.
Pronoto negro rugoso,
com
as bordasverdes metaUicas; sua porção anterior excavada,com
asuperficiofortementeetransversalmente rugosa; sua porçãomediana
com
lunacarenatrituberctilada,sendo o tubérculomediano maioremais proeminente.Elytros negrosmates;estriasmuitofinas, interestriassub-planaslisas.Parte
inferiordocorjx) negra recoberta de pêlos avermelhados. Coxasverdes; patas negras.Pygidioverdebrilhante.
2
—
Desprovida do corno; o vertex apresentaem
seu logaruma, carena tridenteada.Também
differequantoácsculpturadopronoto,poisapresentaesteuma
fortedepressãonapartoanterior,precedidade largalaminavertical,algumas vezes angulosaem
sua porção mediana.9. P/i. (C.)cerberus
Uau.
(Fig. 10a, 12b.)Hak.CoI.Hefte V, 1869.p.C5;XIII,1875, p. 66.
—
Olsoupiepf,Los Pha-nacides, 1924,p.65,pl.IV,f.2.Synon.
=
perseusHah. Stcct.Ent.Zeit. XLI, 1880,p.27.=
nwhicornisStuum,Catai. 1843,p. 106.Differeesta eapeciedaprecedente por sua côr inteiramente negra; na collec-ção do
Museu
hivuni ,queapresenta o pronoto anteriormente verdemetallico, e adeterminaçãodifferencialcom
o jasius sójwdeserestabelecida,com
firmeza, pelaformados paramcros.Mcnsuraçõcs:
Comp.
mx. 25mill. mn.22 mill.Examinamos 10exemplares provenientesdoEspirito Santo,Minas-Geraes (Passa-Quatro).E.do Rio (SerradaBocaina).
cT
—
Côrnegra,mate; cljrpeonegro; vertcxarmadodeuma
lamclla chata,inclinada paratraz eprolongado,
em
sua porção mediana,em
um
espinhocurto,agudoecylindrico.Pronoto inteiramente negro,brilhante,áspero,
com uma
exca-vação anterior; suaIjorda anteriorlisae sempoiit,uaçuo. Carena do pronotopfjucoelevada,
com
trcsângulosbem
prommeiados,odo moio mais avançado. Elytrosnegros,mates,com
estriasmuitofinas. Pleuras,coxasepernasreves-tidasde longos pClosavermelhados.
Ç
Carena dovertex apresentandotrêsdenticules. Pronotosemexca-vaçfto, com;.iunacristamedianaarqueada.
±1
Annaes
da
Falculdade
de
Medicina de São Paulo
10.
Ph.
(C.)cyanescem
Olsotjf.Olsoupieff,Lea Phanaeides, 1924,p.25,65, pl.IV,fig.3.
Como
sendo Ph.cyanescemdeterminamosimiexemplar c?>proveniente dc S. Paulo (Jimdiahy).Tamanho
: 27mill.dccomp.o15inill.largura. Pelacôrcconformaçãodos paramerospodcmo.sdistingiiil-adasduasoutrasespécies.E' nej^a,com
oselytrosazucs escurosmatesedosos, oprothorax
com
osângulos anterioresoas bordas dc oôr verde metallicacom
reflexosazues.Como
iiSo conseguimosidentificarnenhuma
fêmea nacoUecçaodo Museu, passamosa transcreveradiagnoseori-ginal desta espécie.
"Cabeça
com
doislobosagudossalientesno meio doepistoma.Vcrtexcom
uma
lamellacónica,formandodoispequenosângulosagudosedepoisse prolon-gandoem
um
cornomuitocurtono ,com uma
carena tridentoadanaÇ
.A
partoanteriordo pronotocom
uma
curta carenaqua.sirectao"—
?
(arqueada paratraz),que6maisprojectadaparafrente,oseguidadeuma
deprcs-sáomuitoligeira(?—
c?) Basedo pronotocom
duasfossetas.Superficiecom
fortepontuaçãoáspera pertodabasecgradualmente maisrugosa e granulosa sobre as porções anterioreselados ,maisfinamente áspera pertodabase ese
tornando granulosa
em
escamasnas partes anterioreselados 2.Negro,com
oselytros azuesescuros,matessedosos,oprothorax
com
osângulos anteriores e as bordas verdes metallicoscom
reflexosazues.Comp.22,5a26,5mill; larg. 14,5
—
15,5 mill.Brasil: Matto-Grosso (Germain, 1889), Cuyabá,Bragança (Pará);
Bolí-via?(ex.coll.Laferti)."
—
Côr verde garrafa. Cabeçanegra; clypeo negro, rugoso,com
tresincisõesformandodoislobosagudosdirigidosparafrente.Bochechasnegras,
re-vestidasdepequenostubérculos,suasbordas revestidas de curtos pólos negros; vcrtexarmadode
uma
lamella,chata, áspera, inclinando-scpara trazc se prolon-gando,cm
sua porçãomediana,em
um
tubérculo,liso,curto,agudoocylindrico.Clavaantennal avermelhada.
Thoraxrobusto: anteriormente talhado
cm
semi-circulo,para dar inserçãoá cabeça.Osângulos anteriores arredondados; osladostambém
arredondadosna parteanterior,chanfradosnaposterior.Suasbordas inteiramente revestidas de pÊlos longos vermelhos.Pronoto verdemetallico,com
excepção deduasfaixas,uma
correndo ao longodamargem
posterioreoutralongitudinal,decadalado,quesãonegras
com
reflexosazukdos.Não
apresenta, o pronoto, excavaçãoante-rior e selevantanaregiãomedia
em uma
carenatransversal, recta,apr&scntando decadalado doispequenosprolongamentos orientados para dcantc e parafora,e
um
outrovertical,naregiãomedia. Posteriormenteácarena, o pronoto apre-sentaum
stdco distincto,longitudinal,que vao atésua bordaposterior.E' o pronoto,rugosotornando-seescamosonas partes anterioresc lateraes,com
excep-çãoda bordaanteriordacarenaque6lisa.Na
sua porçãoantero-latcral, encon-tramos,decadalado,os doispontos aprofundados usuaes, rugosoa.Elytros verdes brilhantes; estrias nitidas; interestriusplanas,lisas
despro-vidasde pontosourufeosidades.Metathoraxnegro-brilhante;coxas verdes metal-lícas; patas negras,estaspartes revestidas de pilosidadeavermelhada
Mensurações: 24,6mill. decomprimento e 16miU.dc largura. Habitat: Matto-Grosso(Porto Murtinho).Coll.por E. Spitz, 1929. Esta espécie6dedicada aoSr.Carlos
Âmadeu
deCamargo,infatigávelnatu-ralistadonosso Museu.
Typo
noMuseu
Paiiliata.11.