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A MISSÃO À LUZ DO MAGISTÉRIO DA IGREJA Em 20 séculos de existência, a Igreja tem sido fiel ao mandato de Jesus: Ide, pois, fazer discípulos entre

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A MISSÃO À LUZ DO MAGISTÉRIO DA IGREJA

Em 20 séculos de existência, a Igreja tem sido fiel ao mandato de Jesus: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações...” (Mt 28,19). Ao longo de sua história, com trabalho abnegado e heróico, missionários e missionárias (sacerdotes, religiosos e leigos) têm dado a vida para levar a Boa-Nova de Cristo aos povos do mundo inteiro. Os Papas, como supremos pastores, bem como os Bispos do mundo inteiro, em comum com os outros Bispos das Conferências Episcopais ou pessoalmente, têm feito declarações solenes, dando orientações concretas para uma ação missionária coerente e eficaz, por meio de discursos, mensagens, cartas apostólicas, encíclicas... São os documentos do Magistério da Igreja, nos quais encontramos uma síntese de todos os dados básicos para uma teologia sobre a Missão.

Iniciando a partir do final do século 19 com a Encíclica Sancta Dei Civitas (A Cidade Santa de Deus — Papa Leão XIII, 1870), os documentos do Magistério da Igreja do período anterior ao Concílio Vaticano II foram fundamentais no despertar missionário do século 20. Os documentos do Concílio, especialmente a Lumen Gentium (Luz dos Povos, Constituição Conciliar sobre a Igreja), a Gaudium et Spes (Alegria e Esperança, Constituição Conciliar sobre a Igreja no mundo contemporâneo) e o Ad Gentes (Aos Povos, Decreto Conciliar sobre a atividade missionária da Igreja), tratam de novas realidades no campo da evangelização, aprofundando-se na natureza da Igreja como “sacramento universal de salvação”. Os documentos pós-conciliares, especialmente a Evangelii Nuntiandi (A Evangelização no Mundo Contemporâneo — Papa Paulo VI, 1975) e a Redemptoris Missio (A Missão do Redentor — Papa João Paulo II, 1990), definem conceitos missiológicos e abrem novos horizontes à Missão eclesial.

a) Encíclicas anteriores ao Concílio Vaticano II

As principais encíclicas pontifícias e exortações apostólicas sobre o tema missionário anteriores ao Concílio Vaticano II são as seguintes: Sancta Dei Civitas (Leão XIII, 1880), Maximum Illud (Bento XV, 1919), Rerum Ecclesiae (Pio XI, 1926), Saeculo Exeunte (Pio XII, 1940), Evangelii Praecones (Pio XII, 1951), Fidei Donum (Pio XII, 1957) e Princeps Pastorum (João XXIII, 1959).

Os documentos do Magistério sobre a Missão ou “Missões” anteriores ao Concílio tratam da primeira evangelização, em uma evolução gradual e homogênea sobre temas, que vão sendo aprofundados em busca de uma compreensão mais equilibrada, por assim dizer, tais como: o mandato missionário de Cristo, o chamado à conversão e à fé, a implantação da Igreja, a co-responsabilidade entre as Igrejas irmãs, etc. Muitos temas do Concílio Vaticano II já se encontram esboçados nestes documentos pré-conciliares.

A Carta Encíclica Sancta Dei Civitas (A Cidade Santa de Deus) do Papa Leão XIII, publicada em 3 de dezembro de 1880, lembra que a Igreja cresce principalmente pelo sopro interior do Espírito Santo, mas que, exteriormente, o crescimento acontece pelo trabalho de homens, e que todos devem colaborar. Leão XIII pergunta: “Qual é o homem de tão pequenas posses, que não possa dar uma pequena oferta? Qual é o homem tão ocupado em grandes negócios, que não pode rogar a Deus pelos mensageiros do Evangelho?”. Os Bispos da América Latina, reunidos em Puebla, no México, em 1979, traduziram essa idéia na expressão: “devemos dar da nossa pobreza” (Puebla, 368). O Papa fala nesta encíclica expressamente da Obra da Propagação da Fé, dessa “ilustre instituição”, “prontamente aprovada pelos Pastores da Igreja e por eles honrada com abundantes testemunhos e elogios”. Fala também da Infância Missionária. Este Papa, que fez a transição do século 19 para o século 20, já apontava os três recursos indispensáveis para Missão evangelizadora: os missionários que efetivamente vão para as Missões, a oração suplicante e a cooperação material de todos.

A Carta Apostólica Maximum Illud (A mais que Todas Bela e Santa Missão), do Papa Bento XV, publicada em 30 de novembro de 1919, que tem por subtítulo A Propagação da Fé Católica no Mundo Inteiro, foi chamada de a “carta magna” das Missões, tendo sido o primeiro documento do século 20 específico sobre o tema. Neste documento já se encontra um esboço de Missiologia: história, teologia, pastoral, direito, cooperação, Obras Missionárias, espiritualidade. Dá muita importância à preparação, atenção e formação permanente dos missionários, assim como à cooperação entre as diversas instituições, ao clero nativo, à cultura local e à necessidade de pessoal feminino.

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A Carta Encíclica Rerum Ecclesiae (A História da Igreja e as Missões), do Papa Pio XI, o“Papa das Missões”, publicada em 28 de fevereiro de 1926 (o seu 22º documento missionário...), acentua a importância dos apóstolos nativos (sacerdotes, religiosos e leigos). Também estimula a disponibilidade missionária da Igreja que envia e da que é ajudada, e não se esquece de colocar em relevo a responsabilidade de toda a Igreja particular na evangelização universal. Os bispos com o Papa são co-responsáveis das Missões. A urgência de anunciar o Evangelho a todos os povos deriva da caridade cristã e do agradecimento por ter recebido a fé. Dá importância à formação dos catequistas e à introdução das Ordens contemplativas nos países de Missão. A ciência missiológica, que estava em seus começos, inspirou-se nesta encíclica, procurando harmonizar os dois aspectos mais ressaltados então sobre a Missão “ad gentes”: propagar a fé (chamar à conversão) e implantar a Igreja. No mesmo ano da publicação da encíclica foram ordenados em Roma os seis primeiros bispos chineses e ficou estabelecido o Dia Mundial das Missões (penúltimo domingo de outubro). Durante o Pontificado de Pio XI nasceram as Faculdades e Institutos de Missiologia para a investigação científica sobre o tema das Missões. Foi também no seu pontificado, em 1922, que as Pontifícias Obras Missionárias se tornaram pontifícias. Para o “Jubileu de 1925”, promoveu uma ampla Exposição Missionária, que, a seguir, deu origem ao atual Museu Missionário do Vaticano. Nesta sua encíclica, começa a aparecer a insistência na co-responsabilidade de toda a Igreja na obra missionária universal. A motivação colocada pelo Papa é a gratidão pelo Dom da Fé, a qual deve levar o agradecido à prática da caridade: “Não há caridade maior e mais perfeita do que arrancar os irmãos das trevas da superstição e iluminá-los com a verdadeira fé em Jesus Cristo (nº 20 e 21)”.

A Carta Encíclica Saeculo Exeunte (Nas Comemorações do 8º Centenário da Fundação de Portugal e 3º da Sua Restauração), do Papa Pio XII, publicada em 13 de junho de 1940, está dirigida à Hierarquia de Portugal, mas os conteúdos são de valor universal, sobretudo na parte que trata da formação missionária. O Papa agradece pelo grande trabalho missionário realizado, desde os séculos anteriores, na África, América e Ásia. Acentua a necessidade de vocações missionárias e a urgência da adequada formação dos missionários, desde os Seminários, nos quais ele deseja que “se oriente a educação dos candidatos ao sacerdócio de tal maneira que adquiram uma sólida e profunda consciência missionária, tão apta para robustecer a formação sacerdotal, com vantagem para o futuro exercício de seu ministério em qualquer parte aonde a Providência os destinar”. Quanto a fomentar vocações missionárias, escreve: “Não basta, porém, recrutar muitas vocações; é, sobretudo, preciso educar santos e hábeis missionários”, pois “o missionário deve ser um homem de Deus, não só por vocação, mas também por doação completa e perpétua de si mesmo”. Termina apelando para a solidariedade: “Distingui-vos em dar vossos filhos, vossas orações, vossa oferta generosa às Missões”.

A Carta Encíclica Evangellii Praecones (Arautos do Evangelho), também do Papa Pio XII, publicada em 2 de junho de 1951, foi para comemorar o 25º aniversário da publicação da encíclica Rerum Ecclesiae, de Pio XI. Nesta sua segunda encíclica missionária, Pio XII harmoniza as duas tendências da Missiologia da época: o chamado à fé (conversão e salvação em Cristo) e a implantação da Igreja por meio de uma hierarquia nativa. O Papa pede que se acelere a formação do clero nativo e indica a urgência de adaptar-se às culturas e costumes locais, em uma justa inculturação, na qual se respeitem todas as culturas. Nesta encíclica, aparece quase como uma novidade a abertura do campo para a cooperação direta dos leigos no apostolado missionário. Ela apresenta dois grandes capítulos: uma história da atividade missionária nas décadas anteriores e orientações para a formação do missionário, do clero local, e dos leigos para as Missões. Trata ainda especificamente da União Missionária, a quarta das Obras Missionárias Pontifícias, que, nas palavras do Papa, deve ser “como um manancial do qual saem as correntes que regam os florescentes campos das demais Obras Pontifícias”.

A Carta Encíclica Fidei Donum (O Dom da Fé), ainda do Papa Pio XII, publicada em 21 de abril de 1957, é, por assim dizer, o “testamento missionário” do Papa Pacelli (Pio XII chamava-se Eugênio Pacelli), que morreu no ano seguinte, em 1958. Até os anos 50 do século 20, a África ainda estava iniciando o caminho de independência dos vários países, que necessitavam de uma especial atenção por parte da ação evangelizadora, especialmente tendo em vista a invasão do materialismo ateu. Esta encíclica é um chamado para a África, porém, exatamente por isso, acentua a co-responsabilidade dos Bispos com o Papa no tocante à Missão universal: conseqüência disto é o convite aos sacerdotes diocesanos a assumir esta responsabilidade de colaboradores dos Bispos, de várias formas, seja como serviço missionário temporário ou permanente. O maior fruto deste solene apelo

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pontifício foi certamente o aparecimento de uma nova figura: os sacerdotes missionários “fidei donum”, chamados assim em virtude desta encíclica, ou seja, sacerdotes diocesanos enviados pelo Bispo diocesano para auxílio pastoral em outras dioceses. Esta iniciativa daria um impulso decisivo às dioceses missionárias, com a participação de leigos e de institutos religiosos missionários. O Papa insiste em temas já tratados pelas encíclicas anteriores: implantação da Igreja com a organização da hierarquia local, inserção nos grupos humanos e situações sociais à luz do Evangelho, apostolado leigo, etc. O Papa termina com as palavras de Jesus “duc in altum” (Lc 5,2), ou seja, ir sempre mais adentro nos caminhos da Missão.

Pio XII publicou outras encíclicas (Mystici Corporis Christi, 1943; Mediator Dei, 1947; Haurientis Aquas, 1956), que ajudaram a aprofundar a natureza missionária da Igreja e que influíram nos documentos do C. Vaticano II. A Carta Encíclica Princeps Pastorum (João XXIII, 1959) foi escrita pelo Papa Roncalli (o Papa João XXIII chamava-se Ângelo Roncalli) para comemorar o 40º aniversário da encíclica Maximum Illud. Além de aprofundar os temas comuns a outras encíclicas, acentua a urgência de suscitar o clero nativo e a ação missionária dos leigos nativos (catequistas, jovens, Ação Católica). Nota-se de novo o equilíbrio doutrinal entre o chamado à fé (conversão, salvação em Cristo) e a implantação da Igreja. Ao mesmo tempo, em João XXIII (autor também das encíclicas Mater et Magistra, 1961, e Pacem in Terris, 1963), nota-se o equilíbrio, ao relacionar a evangelização com a promoção do progresso humano. Um ponto que aparece cada vez com mais insistência é o de cuidar da formação do pessoal missionário: formação intelectual, pastoral, espiritual, especializada, inclusive, nos estudos missiológicos. Esta formação servirá para uma adaptação mais adequada aos meios culturais e sociais. Esta encíclica é um chamado a integrar-se nas novas estruturas dos povos jovens.

b) Documentos missionários do Concílio Vaticano II

O Concílio Vaticano II, ou o segundo Concílio do Vaticano (o primeiro tinha sido em 1869-1870, no século 19), foi anunciado pelo Papa João XXIII em 1959. Convocado em 1961 (com a Constituição Apostólica Humanae Salutis), teve início em 11 de outubro de 1962, e, ao longo de quatro etapas, encerrou-se em 8/12/ 1965.

O último decreto conciliar, o Decreto Missionário Ad Gentes, publicado na véspera do encerramento do Concílio, em 7 de dezembro de 1965, precisa ser visto no contexto de todos os documentos conciliares, especialmente levando-se em conta as quatro constituições dogmáticas: Lumen Gentium, Dei Verbum, Sacrosanctum Concilium, Gaudium et Spes. A idéia principal, de profundo significado e transcendência missionária, que pode harmonizar todos os documentos, é a de “Igreja sacramento”, que, na sua dimensão missionária “ad gentes”, completa-se na expressão: “Igreja sacramento universal de salvação” (LG 48; AG 1).

A Igreja que o Concílio Vaticano II descreve é “sacramento”, no sentido de ser sinal transparente e portador de Cristo para a humanidade. A intenção principal do Concílio expressa-se precisamente com esta afirmação: “Por ser Cristo luz dos povos, este sagrado Concílio, reunido sob a inspiração do Espírito Santo, deseja veementemente iluminar todas as pessoas com a sua claridade, que resplandece no rosto da Igreja, anunciando o Evangelho a toda criatura (cf. Mc 16,15). E, como a Igreja é, em Cristo, um sacramento ou sinal e instrumento da união íntima com Deus e da unidade de todo o gênero humano, insistindo no exemplo dos Concílios anteriores, propõe-se declarar com toda precisão aos seus fiéis e a todo o mundo a sua natureza e a sua missão universal” (LG 1). Deste modo, a Igreja poderá se apresentar como “sinal levantado perante as nações” (SC 2), “que manifesta e, ao mesmo tempo, realiza o mistério do amor de Deus ao ser humano” (GS 45). A Lumen Gentium diz ainda: “As condições destes tempos somam a este dever da Igreja uma maior urgência, para que todas as pessoas, unidas hoje mais intimamente com todo tipo de relações sociais, técnicas e culturais, consigam também a plena unidade em Cristo” (LG 1). A constituição Sacrosanctum Concilium indica a finalidade do Concílio também nesta linha de renovação para a Missão: “Este sacrossanto Concílio propõe-se a fazer crescer dia após dia entre os fiéis a vida cristã, adaptar melhor às necessidades do nosso tempo as instituições que estão sujeitas a mudança, promover tudo o que possa contribuir à união dos que crêem em Jesus Cristo e fortalecer o que serve para convidar todos as pessoas para o seio da Igreja” (SC 1).

Esta idéia e realidade fundamental, “Igreja sacramento”, abre caminho para que a Lumen Gentium conclame a uma evangelização universal, como conseqüência da natureza missionária da própria Igreja. A Igreja é

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missionária por sua realidade de “sacramento”, sinal transparente e também instrumento de salvação (LG I). Esta é a sua realidade de “Povo de Deus”, como propriedade esponsal do próprio Deus e sinal levantado perante todos os povos (LG II). Cada membro da Igreja, segundo sua própria vocação (hierarquia, religiosos, leigos), assume a própria responsabilidade de renovação para a Missão (LG III, IV, VI); todos são chamados à santificação (LG V) e a colaborar na caminhada de uma Igreja que é “peregrina” como “sacramento universal de salvação” (LG VII). A Igreja encontra em Maria a figura (“tipo”, modelo, personificação) desta ação missionária que é de maternidade (LG VIII). O número 17 da Lumen Gentium, Caráter Missionário da Igreja, indica esta mesma linha. Apresenta a Missão da Igreja na sua origem trinitária e em sua dimensão cristológica e pneumatológica. A Igreja, “impulsionada” pelos planos salvíficos do Pai, pelo mandato de Cristo e pela ação do Espírito, tende a “oferecer todos os meios para que se cumpra efetivamente o plano de Deus, que colocou Cristo como princípio de salvação para o mundo todo. Pregando o Evangelho, conduz os ouvinte à fé e à confissão da fé, prepara-os para o Batismo, arranca-os da servidão do erro e da idolatria e os incorpora a Cristo, para que cresçam até a plenitude pela caridade para com Ele”. Esta obra missionária, que é responsabilidade de todos os fiéis, diz respeito às culturas. “Assim, pois, a Igreja ora e trabalha ao mesmo tempo para que a totalidade do mundo se incorpore ao Povo de Deus, Corpo do Senhor e Templo do Espírito Santo, e, em Cristo, Cabeça de todos, toda honra e glória seja dada ao Criador e Pai universal” (LG 17).

A partir deste enfoque missionário da Lumen Gentium, fica lógico passar aos outros documentos conciliares (especialmente às Constituições e Decretos), para colher neles a dimensão missionária.

A constituição Dei Verbum apresenta uma Igreja que custodia e garante a revelação propriamente dita, que foi dada por Deus para toda a humanidade; efetivamente, o concílio “quer propor a doutrina autêntica sobre a revelação e sua transmissão para que todo o mundo o escute e creia; crendo, espere; esperando, ame” (DV 1). A Constituição Sacrosanctum Concilium afirma que a renovação litúrgica, querida pelo concílio, é fator decisivo para a evangelização: “a liturgia robustece também admiravelmente sua forças para pregar Cristo e apresenta assim a Igreja, aos que estão fora, como sinal levantado entre as nações, para que debaixo dele se congreguem na unidade dos filhos de Deus que estão dispersos, até que haja um só rebanho e um só pastor” (SC 2).

A Constituição Gaudium et Spes dá o toque de inserção da Missão eclesial com relação às situações concretas da sociedade humana. Desde o início do documento, aparece a urgência da evangelização universal. A partir do mistério da encarnação, a Igreja sente-se solidária com toda a humanidade: “A comunidade cristã é formada por homens e mulheres que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo em seu peregrinar rumo ao Reino do Pai e receberam a Boa-Nova da salvação para comunicá-la a todos. A Igreja, por isto, sente-se íntima e realmente solidária com o gênero humano e com sua história” (GS 1).

Todos os documentos e temas do concílio podem ser enfocados a partir dos conteúdos da Lumen Gentium, enriquecidos com a doutrina das outras Constituições (DV, SC, GS), acentuando-se a dimensão universalista “ad gentes” (AG):

LG ——— (DV, SC, GS) ——— AG

O Decreto Conciliar Missionário Ad Gentes enquadra-se, pois, nesta rica perspectiva dos documentos conciliares, e, de modo especial, a partir da Lumen Gentium e do tema Igreja “sacramento universal de salvação”. O documento missionário aproveita a herança das encíclicas anteriores, mas dá uns passos firmes para uma evangelização mais eficaz e adequada à realidade atual. A Missão da Igreja é a mesma Missão de Cristo, que deriva da Trindade e dos planos salvíficos do Pai, e que se realiza sob a ação do Espírito Santo. Tem, pois, dimensão trinitária, cristológica, pneumatológica e eclesiológica. A partir destes princípios missionários (AG I) será possível passar facilmente às conseqüências práticas: a obra missionária (II), as Igrejas particulares (III), os missionários (IV), a organização da atividade (V) e a cooperação missionária (VI). Acentua-se a natureza missionária de toda a Igreja particular, sem diminuir a importância da vocação missionária específica e dos Institutos missionários. Este decreto conciliar continua sendo a base de toda a reflexão teológica atual sobre a Missão. Mas em cada vocação e em cada serviço eclesial (segundo os diversos documentos conciliares) deve aparecer a Igreja sinal transparente e portador de Cristo (LG), que anuncia a Palavra (DV), que celebra o mistério

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pascal (SC), que é solidária com toda a humanidade (GS), para comunicar a todos a salvação em Cristo, chamando-os a participar da própria realidade da Igreja (AG).

c) Documentos missionários pontifícios pós-conciliares

São três os documentos pós-conciliares especificamente missionários: Evangelii Nuntiandi (Paulo VI), Slavorum Apostoli (João Paulo II), Redemptoris Missio (João Paulo II). Em todos os documentos do pós-concílio, a dimensão missionária “ad gentes” torna-se cada vez mais explícita.

A Exortação Apostólica Pós-Sinodal Evangelii Nuntiandi (O empenho de anunciar o Evangelho aos homens do nosso tempo), de Paulo VI, que reúne as contribuições do Sínodo Episcopal sobre a Evangelização (1974), foi publicada em 8 de dezembro de 1975, a exatos dez anos do encerramento do Concílio Vaticano II. É um dos documentos mais citados e apreciados do período pós-conciliar. Seu foco é, como indica o título, A Evangelização do Mundo Contemporâneo, e não só a evangelização “ad gentes”. De fato, trata argumentos parecidos com os do Ad Gentes e da Gaudium et Spes; porém apresenta novos aspectos com relação ao tema da evangelização. A natureza missionária da Igreja (AG I) apresenta-se com sentido mais dinâmico: “do Cristo evangelizador à Igreja evangelizadora” (EN I). A natureza da ação evangelizadora, que é sempre de anúncio, testemunho e formação da comunidade na caridade (AG II), é aprofundada, apresentando-se seu conteúdo bíblico, os setores da sociedade que é urgente evangelizar, os novos meios e os destinatários da evangelização (EN II-V). Enquanto que o concílio apresenta a responsabilidade missionária das Igrejas particulares (AG III), a exortação pós-sinodal coloca nesta perspectiva a responsabilidade de todas as vocações (EN VI). O decreto conciliar detém a atenção nos missionários (virtudes e formação), na organização e na cooperação missionária (AG IV-VI). A exortação de Paulo VI apresenta com amplidão um tema novo quanto à explicação dos seus conteúdos: a espiritualidade ou “o espírito da evangelização” (EN VII). Temas como o protagonismo do Espírito Santo na Missão, a relação da evangelização com o diálogo, o desenvolvimento, a libertação, a justiça social e a cultura é abordada com segurança e clareza impressionantes. É útil ler, reler e não cessar de consultar sempre de novo esta mina de sabedoria pastoral sobre a evangelização e a atividade missionária. Na Evangelii Nuntiandi, tudo é coroado com um gesto de devoção à Virgem Imaculada, com o pedido de “que ela seja a Estrela da Evangelização sempre renovada, que a Igreja, obediente ao mandato do Senhor, deve promover e realizar, sobretudo nestes tempos difíceis, mas cheios de esperança!”.

A Carta Encíclica Slavorum Apostoli (Os Apóstolos dos Eslavos), do Papa João Paulo II, foi publicada em 2 de junho de 1985, para celebrar o 11º Centenário da Morte de São Cirilo, que, juntamente com São Metódio, havia sido declarado co-patrono da Europa em 1980 (como era São Bento, desde 1964). Desde a sua primeira encíclica (Redemptor Hominis, 1979), o Papa João Paulo II foi sinalizando a dimensão sem-fronteiras da Igreja, que, com seu “dinamismo missionário”, tem “consciência de abertura universal” (RH 4) e está sempre “em estado de Missão” (RH 20). Na Slavorum Apostoli, o Papa quis apresentar alguns modelos de “inculturação” no processo evangelizador atual da Europa e de todo o Ocidente: como fazer chegar o Evangelho a toda criatura, e, de modo particular, à cultura atual. Os santos patronos da Europa¸ ao anunciar o Evangelho aos povos do Leste Europeu, souberam “interpretar fielmente as aspirações e valores humanos que subsistiam neles” (SA 11). João Paulo II, em numerosos pronunciamentos, convidando a uma “nova evangelização”, insiste no fato de redescobrir e recuperar as raízes cristãs da Europa e de toda a cultura ocidental.

A Carta Encíclica Redemptoris Missio, também do Papa João Paulo II, foi publicada em 7 de dezembro de 1990, a 25 anos do encerramento do Concílio Vaticano II, como o Decreto Ad Gentes, e nos 15 anos da Evangelii Nuntiandi. É a primeira encíclica diretamente “missionária” depois do Concílio, uma vez que trata da evangelização “ad gentes” como as encíclicas missionárias anteriores e como o decreto missionário do Concílio Vaticano II. É um chamado à urgência e responsabilidade da evangelização universal. Nos três primeiros capítulos, esclarece conceitos teológicos que, se não forem entendidos adequadamente, podem “debilitar o impulso missionário” (RM 2): Cristo, único Salvador (I), o Reino de Deus (II), a ação do Espírito Santo (III). Os capítulos seguintes apresentam as novas situações da Missão (IV), os caminhos da evangelização (V), os agentes e responsáveis (VI), a cooperação concreta (VII), a espiritualidade missionária (VIII). A encíclica explica conceitos bíblicos e teológicos que necessitavam de orientação do Magistério para melhor apresentação no campo científico e compreensão mais adequada por parte dos evangelizadores: a salvação, a natureza

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missionária da Igreja (também da Igreja particular), a inculturação, os valores evangélicos, o diálogo, o desenvolvimento, a vocação, formação e cooperação missionária, a espiritualidade do missionário, etc. Em notáveis orientações, a encíclica diz que a Igreja deve distinguir três situações na sua atuação evangelizadora: a situação “ad gentes”, ou seja, ir ao encontro dos que ainda não receberam o anúncio do Evangelho; a situação pastoral, no sentido de orientar os que já receberam o Evangelho e devem aprofundá-lo em suas vidas; a Nova Evangelização, em que se vai atrás dos que já ouviram e receberam a mensagem da Salvação, mas não a assimilaram na vida ou se encontram afastados da vida da Igreja. O Papa diz que, em tudo, o missionário deve ser dócil ao Espírito Santo que o guia; deve encarnar si o mistério de Cristo enviado; deve amar a Igreja como Cristo a amou; em uma palavra, “o verdadeiro missionário é o santo”. O Papa termina, convidando os cristãos a colaborar com a obra da Salvação, com Maria e como Maria, Mãe e modelo dos que labutam na Missão apostólica.

Estes conteúdos missiológicos, especialmente dos documentos magisteriais conciliares e pós-conciliares, foram reunidos sinteticamente em termos jurídicos no novo Código de Direito Canônico, de 1983. A parte sobre A Ação Missionária da Igreja (Livro III, Título II), depois de apresentar a natureza missionária da própria Igreja, assinala e traz normas sobre a responsabilidade da hierarquia e de cada membro do Povo de Deus, ressaltando a dimensão missionária, a promoção das vocações e a animação missionária, especialmente por meio das Pontifícias Obras Missionárias (cf. Cânones 756-792, Livro III, Título II).

O Catecismo da Igreja Católica reúne a doutrina missionária da Igreja, com sua base bíblica, magisterial e teológica, e com orientação catequética. Aproveita a doutrina conciliar sobre o tema, com numerosas citações, especialmente da Lumen Gentium e do Ad Gentes. O tema é apresentado na explicação do Credo (“Creio na Santa Igreja Católica”, nº 748 segs.). A Missão universal, que tem origem trinitária e que chega à Igreja por Cristo, no Espírito, relaciona-se com a realidade eclesial de:

 Igreja “mistério”, sacramento universal de salvação” (nº 772-780);

 Igreja “católica” (nº 830-856);

 Igreja “apostólica” (nº 857-870).

Depois de resumir a doutrina católica sobre a Igreja, detém-se na realidade de Igreja “mistério”, para apresentá-la também como sacramento universal de salvação, ressaltando sua universalidade: “A Igreja é também o sacramento da unidade do gênero humano. (...) Como sacramento, a Igreja é instrumento de Cristo. Ela é assumida por Cristo ‘como instrumento de redenção universal’ (LG 9). (...) Ela é o projeto visível do amor de Deus pela humanidade” (nº 774-776). A mesma universalidade aparece ao descrever a Igreja como Povo de Deus, Corpo de Cristo e Templo do Espírito (nº 781-810). Ao explicar as características da Igreja (una, santa, católica e apostólica), relaciona a Missão com as notas de catolicidade e apostolicidade da Igreja (nº 830-870). “É católica, porque foi enviada por Cristo em Missão à totalidade do gênero humano” (nº 831). A Missão é exigência da catolicidade pelo mandato universal de Cristo (nº 849), pela origem e finalidade da Missão (nº 852). A Missão também é exigência da apostolicidade: “Toda a Igreja é apostólica, enquanto permanecer, por meio dos sucessores de São Pedro e dos Apóstolos, em comunhão de fé e de vida com sua origem. Toda a Igreja é apostólica, uma vez que ele é ‘enviada’ ao mundo inteiro; todos os membros da Igreja, embora de formas diferentes, participam deste envio” (nº 863).

Também o magistério ordinário tem publicado documentos de interesse missiológicos “ad gentes”, especialmente por ocasião do Dia Mundial das Missões (penúltimo domingo do mês de outubro). Além disso, tiveram repercussão universal os documentos do Episcopado Latino-Americano em suas Conferências Gerais de Puebla (México, 1979) e São Domingos (República Dominicana, 1992). O documento de Puebla (3ª Celam), no seu conteúdo missionário “ad gentes”, foi freqüentemente citado por João Paulo II em suas viagens apostólicas e também na encíclica Redemptoris Missio: “Toda Igreja particular deve abrir-se generosamente às necessidades das demais. (...) A este propósito é exemplar a declaração dos Bispos em Puebla: “Finalmente, chegou para a América Latina a hora... de projetar-se para além de suas próprias fronteiras, ‘ad gentes’. É verdade que nós mesmos precisamos de missionários. Mas devemos dar da nossa pobreza” (cf. Puebla, nº 368). (...) A Missão da Igreja é mais vasta que a ‘comunhão entre as Igrejas’; esta, além da ajuda para a Nova Evangelização, deve levar em conta sobretudo uma orientação que vise a índole missionária específica” (RM 64).

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O documento de São Domingos (4ª Celam), referindo-se à Redemptoris Missio e ao Documento de Puebla, ratifica esta dimensão missionária e compromete-se a colocá-la em prática. Ao apresentar a projeção para a Missão “ad gentes” (1.4.1.) diz: “João Paulo II, em sua encíclica missionária, levou-nos a discernir três modos de realizar essa Missão: a atenção pastoral em situações de fé viva, a Nova Evangelização e a ação missionária ‘ad gentes’. Renovamos este último sentido da Missão, sabendo que não pode haver Nova Evangelização sem projeção para o mundo não cristão. (...) Podemos dizer com satisfação que o desafio da Missão ‘ad gentes’ proposto por Puebla foi assumido a partir da nossa pobreza, compartilhando a riqueza da nossa fé, com a qual o Senhor nos abençoou. Reconhecemos, sem dúvida, que a consciência missionária ‘ad gentes’ é, no entanto, insuficiente ou fraca. Os Congressos Missionários Latino-Americanos (Comlas), os Congressos Missionários Nacionais, os grupos e movimentos missionários e a ajuda de Igrejas irmãs têm sido um incentivo para tomar consciência desta exigência evangélica” (São Domingos, 125).

Enquanto documento da Igreja universal relativo à Missão, temos, finalmente, a Instrução da Congregação para a Evangelização dos Povos Cooperatio Missionalis (Cooperação Missionária), publicado em 1º de outubro de 1998, na Festa de Santa Teresinha do Menino Jesus, Padroeira das Missões. O documento visa oferecer “valiosa contribuição para a renovação e o novo impulso da cooperação missionária, que constitui sempre o apoio indispensável para o desenvolvimento da Missão ‘ad gentes’”. Nos seus conteúdos, este documento reconfirma os princípios doutrinais que se encontram na base da cooperação missionária, dando disposições sobre as relações entre a Congregação para a Evangelização dos Povos e as Conferências Episcopais, estimulando e precisando a realização de algumas iniciativas de cooperação missionária das dioceses dos territórios de direito comum, em favor das Igrejas jovens. Este documento é fruto de ampla consulta entre os Bispos responsáveis por Comissões Episcopais para a Ação Missionária e os Diretores Nacionais das Pontifícias Obras Missionárias do mundo inteiro. Trata dos “princípios doutrinais” a respeito da Cooperação Missionária (“dever de todos os cristãos” diante da “atualidade da Missão ‘ad gentes’”), dos “organismos de cooperação missionária”, discorrendo amplamente sobre o papel das Pontifícias Obras Missionárias, das Comissões Episcopais para a Ação Missionária, dos Conselhos Missionários Nacionais (Cominas), da colaboração entre Igrejas-Irmãs, etc.

No Brasil, a CNBB, notadamente nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2003-2006, aprovadas na Assembléia Geral deste ano, dedica três números à evangelização além-fronteiras e “ad gentes”, que faço questão de reler com vocês:

94. “Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!” (1Cor 9,16). Os cristãos não podem guardar só para si, mas são chamados a partilhar com entusiasmo, o que de graça receberam e que enche o coração até transbordar. São desafiados a anunciar o Evangelho, por meio de uma “nova evangelização”, não apenas em “países de Missão” ou “não-cristãos”, mas também em nosso próprio país. No anúncio do Evangelho, na família, na escola, no trabalho, na comunidade, no bairro, os cristãos realizam sua vocação missionária, e encontram o caminho para descobrir a dimensão missionária universal da Igreja, e a responsabilidade de todos para com a Missão “ad gentes”, além fronteiras. Por outro lado, a formação missionária — voltada para esta Missão “além-fronteiras” — deve ocupar um lugar central na vida cristã, e a tarefa especificamente missionária não deve tornar-se “uma realidade diluída na Missão global de todo o Povo de Deus”.

102. Além do anúncio na realidade local, caberá à comunidade eclesial promover a consciência missionária e a cooperação com a Missão “ad gentes”. Alguns fiéis poderão cooperar, assumindo tarefas específicas na animação missionária, inclusive mediante os Conselhos Missionários Paroquiais (Comipas) e Conselhos Missionários Diocesanos (Comidis). Mas todos são chamados a contribuir, cada um segundo suas possibilidades e seus dons, para que o Evangelho seja anunciado “por toda parte”, e a formação missionária ocupe um lugar central na vida cristã.

138. Nossas comunidades eclesiais, apesar de sobrecarregadas de tarefas, e muitas vezes contando com escassos recursos, devem “dar de sua pobreza”, também para a evangelização “ad gentes”, ou para as Missões em outras regiões e além-fronteiras. Uma Igreja local não pode esperar atingir a plena maturidade eclesial e, só então, começar a preocupar-se com a Missão para além de seu território. A maturidade eclesial é conseqüência, e não apenas condição, de abertura missionária.

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Encerramos, assim, esta síntese sobre os Documentos Missionários da Igreja: eles são uma fonte inesgotável de formação missionária e testemunham o empenho da Igreja, na pessoa dos seus pastores, o Papa e os Bispos, de levar avante a grande obra confiada a ela por Cristo. Para nós são preciosos, pois, se “A teoria sem a prática é como uma carroça sem roda”, como dizia um velho ditado, outro ditado, igualmente vetusto, garante-nos que “A prática sem a teoria é como um cego que caminha”.

BIBLIOGRAFIA

BIFET, Juan Esquerda. Teologia de la Evangelizacion. Madri: BAC, 1995. DOCUMENTOS DO CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II

KACHEL, Pe. Fabiano S., SVD, et al. da Equipe Verbo-NAM, org. Voz Missionária dos Papas do Século 20. Documentos Pontifícios com Amplo Índice Temático. 2ª ed. Curitiba: Missionários do Verbo Divino, 1998.

OBRAS MISSIONÁRIAS PONTIFÍCIAS. Doutrina Missionária da Igreja (Textos do Magistério Pontifício). Lisboa, 1999.

Referências

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