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UNOESTE Universidade do Oeste Paulista, FACLEPP Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente. E MAIL:

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Academic year: 2021

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INGLÊS INSTRUMENTAL PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES AUTÔNOMOS    Cintia Camargo Furquim Caseiro    UNOESTE – Universidade do Oeste Paulista,  FACLEPP‐ Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Presidente  Prudente. E‐MAIL: cintiacf@unoeste.br      RESUMO  O ensino da Língua Inglesa é de grande importância. Muitos buscam cursos de Inglês Instrumental  para  serem  capazes  de  ler  textos  em  suas  áreas  de  atuação.  O  curso  de  Inglês  Instrumental  trabalha  a  habilidade  de  leitura,  focando  o  desenvolvimento  de  estratégias,  vocabulário  e  gramática. Durante os meses de agosto, setembro e outubro do ano de 2011, um curso de Inglês  Instrumental para um grupo de alunos interessados em ingressar em programas de Mestrado foi  proposto com o objetivo de prepará‐los para um exame de proficiência linguística. O trabalho foi  iniciado com resumos de artigos científicos simples e, posteriormente, textos mais complexos. Um  questionário para testar os conhecimentos dos alunos em relação à língua foi aplicado. No final, um  novo questionário foi respondido com o objetivo de medir a satisfação dos alunos. Os resultados  foram muito satisfatórios com a aprovação da grande maioria dos alunos.   Palavras‐chave: Inglês. Estratégias. Leitura. Autonomia. Habilidade.      INTRODUÇÃO E OBJETIVO 

    O  ensino  da  Língua  Inglesa  é  de  grande  importância  nos  dias  de  hoje.  Os  meios  de  comunicação, a tecnologia, as produções científicas e as relações e trocas humanas apontam para a  necessidade crescente da aprendizagem desta língua.   Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira para o 3º e 4º ciclos do  Ensino Fundamental (1998) (PCNs), “a aprendizagem de Língua Estrangeira é uma possibilidade de  aumentar a autopercepção do aluno como ser humano e como cidadão”. Neste sentido, a língua  estrangeira faz parte do currículo da escola da rede oficial de ensino a partir do 6º ano (antiga 5ª  série  do  Ensino  Fundamental).  Nas  escolas  da  rede  particular  de  ensino  e  em  algumas  da  rede  municipal,  a  língua  estrangeira,  em  especial  a  Língua  Inglesa,  faz  parte  do  currículo  desde  muito  cedo, sendo inserida desde o 1º ano do Ensino Fundamental ou até antes disso.  

No entanto, notamos que as línguas estrangeiras ainda encontram‐se deslocadas da escola,  pois  a  maioria  das  pessoas  busca  a  aprendizagem  destas  línguas  em  cursos  particulares  especializados.  Aqueles que não o fazem chegam ao final do Ensino Médio com um conhecimento  estrutural  da  língua  estrangeira,  em  especial  o  Inglês,  muito  deficiente  e  com  quase  nenhuma  competência comunicativa.  

Ao  se  depararem  com  uma  exigência  prática  do  conhecimento  do  Inglês,  seja  no  campo  acadêmico, profissional,  ou  pessoal,  as  pessoas  costumam  buscar  um  curso  simplificado  e  rápido 

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que  possa  suprir  suas  deficiências  mais  sérias,  focando  determinada  habilidade  (escrita,  oral,  de  leitura ou de audição), dependendo de suas necessidades reais. 

É muito comum a busca por cursos de Inglês Instrumental, já que grande parte das pessoas  necessita  ler  textos  relativos  a  suas  áreas  de  atuação  para  estarem  inseridos  no  mercado  de  trabalho. 

O  foco  na  leitura  é  inclusive  justificado  pelos  PCNs  de  Língua  Estrangeira  quando  o  documento defende que uma pequena parcela da população tem a oportunidade de usar a língua  estrangeira como instrumento de comunicação oral dentro ou fora do país. No entanto, é comum o  contato  com  a  Língua  Inglesa  escrita  através  de  textos  da  internet,  manuais,  músicas,  artigos  científicos, entre outros.   

O  curso  de  Inglês  Instrumental  objetiva  desenvolver  estratégias  de  leitura,  aumentar  o  vocabulário  e  ensinar  a  gramática  da  língua  para  que  o  aluno  seja  capaz  de  ler,  compreender  e  traduzir textos em determinada área. 

Note  que  não  há  uma  preocupação  com  o  desenvolvimento  das  habilidades  oral  e  de  audição  e,  mesmo  no  que  se  refere  à  gramática,  devem‐se  enfatizar  somente  as  estruturas  mais  recorrentes nos textos com os quais o aluno tem contato. O vocabulário a ser trabalhado também  será determinado a partir dos textos selecionados. 

Trata‐se  de  um  recorte  bem  delimitado  e  claro  da  língua  ensinada  e,  por  isso,  são  cursos  rápidos e práticos que instrumentalizam o aluno para que o mesmo possa continuar sua trajetória  de leitor de forma autônoma. 

Tal autonomia é um fim ao qual só se chega se houver intenção por parte do aprendiz. Ele  deve  fazer  auto  avaliações  constantes  para  perceber  que  estratégias  utiliza  e  quais  sente  mais  dificuldade  em  aplicar.  Segundo  Carrel  (1989),  a  metacognição,  que  pode  ser  definida  como  o  pensar sobre o pensar, tem um papel vital no processo de leitura.  

   O  aprendiz  deve,  também,  estar  disposto  a  aplicar  tais estratégias  sempre  que  se  deparar  com  situações  de  leitura  na  língua  estrangeira,  além  de  trabalhar  continuamente  com  o  vocabulário  específico para que seu nível lexical esteja sempre crescendo.   

Ainda  de  acordo  com  os  PCNs,  para  que  o  aluno  possa  construir  significados  e  conhecimentos,  ele  utiliza  ou  ativa  três  tipos  de  conhecimento:  conhecimento  de  mundo,  conhecimento  da  organização  textual  e  conhecimento  sistêmico.  Tais  conhecimentos  devem  ser  explorados, ativados e extrapolados durante as atividades de leitura. 

O conhecimento de mundo se refere ao conhecimento que as pessoas têm sobre as coisas  do mundo que as cerca, conhecimentos estes, construídos ao longo de suas experiências de vida. 

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O conhecimento de organização textual, também chamado de intertextual, diz respeito ao  que as pessoas sabem sobre diferentes tipos ou gêneros de textos orais e escritos.  

O conhecimento sistêmico se refere à língua especificamente. Trata‐se dos conhecimentos  léxico‐semânticos (vocábulos e seus significados), morfológicos, sintáticos e fonético‐fonológicos. 

A necessidade de se resgatar e desenvolver os conhecimentos citados acima é corroborada  pela  definição  de  leitura  de  Anthony,  Pearson  e  Raphael  (1993,  p.284),  pois  para  tais  estudiosos  “leitura  é  o  processo  de  construção  de  significado  através  da  interação  dinâmica  entre  o  conhecimento  existente  do  leitor,  a  informação  sugerida  pela  linguagem  escrita,  e  o  contexto  da  situação de leitura”. 

O professor do curso de Inglês Instrumental deve, portanto, selecionar textos adequados às  necessidades dos alunos e, a partir deles, propor atividades de pré‐leitura, leitura e pós‐leitura bem  elaboradas,  sem  perder  de  vista  as  estratégias  que  deseja  desenvolver.  O  planejamento  é,  portanto, de extrema importância.  

De acordo com um estudo de caso feito por Richards (1990) sobre um professor de leitura  eficiente,  constatou‐se  que  o  mesmo  tinha  bom  conhecimento  teórico  sobre  a  leitura  em  língua  estrangeira e, principalmente, objetivos claros bem estabelecidos no planejamento do curso.   

As questões de pré‐leitura devem chamar a atenção do aluno para a apresentação gráfica  do texto e seus elementos, tais como o título, os subtítulos, as figuras, as legendas das figuras, a  fonte, entre outros. É importante trabalhar com a capacidade que o aluno tem de fazer previsões  sobre o assunto, partindo dos conhecimentos que ele já traz. 

O  trabalho  de  leitura  é  realizado  por  partes.  É  adequado  propor  uma  primeira  leitura  ininterrupta com o objetivo de checar se as previsões dos alunos podem ser confirmadas ou não.  Tal  leitura  é  chamada  de  SKIMMING  e  não  tem  foco  na  tradução  do  texto.  Uma  segunda  leitura  mais  detalhada  (SCANNING)  deve,  então,  ser  proposta  com  o  objetivo  de  buscar  informações  específicas,  responder  questões  propostas,  identificar  palavras  cognatas  (parecidas  com  a  nossa  língua)  ou  palavras  conhecidas.  É  interessante,  ainda,  focar  a  compreensão  de  cada  parágrafo,  explorando  o  conhecimento  sistêmico  do  aluno  e  incentivando  a  estratégia  da  dedução  dos  significados de palavras a partir do contexto, pois, segundo Paran (1996, p.29), quando lendo um  texto em língua estrangeira, os leitores tendem a se apoiar no contexto e na previsão porque eles  precisam “compensar a falta de uma boa habilidade lingüística”. 

Se for o caso, a tradução pode ser realizada a partir deste momento. Deve‐se mostrar aos  alunos que é necessário delimitar um período, um trecho curto. Não se pode traduzir palavra por 

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palavra já que a ordem das palavras é diversa na língua Inglesa. Além disso, é importante atentar  para as expressões que não podem ser traduzidas literalmente.   

Outro  aspecto  importante  é  o  de  se  relacionar  idéias  e  conhecimentos  para  que  o  repertório lingüístico, cultural, social e histórico do aluno cresça a cada trabalho. Geralmente este  trabalho é realizado durante as atividades de pós‐leitura. 

Nota‐se, portanto, que o trabalho desenvolvido nas aulas pode variar muito. De acordo com  Jansen  (1996),  as  estratégias  de  leitura  compreendem  desde  a  releitura  de  uma  parte  difícil  do  texto  e  da  dedução  de  um  significado  com  base  no  contexto  até  resumos  e  relações  das  informações com o conhecimento anterior do aluno. 

O  objetivo  da  presente  pesquisa  foi  avaliar  a  eficácia  de  um  curso  de  Inglês  Instrumental  desenhado e aplicado dentro dos moldes defendidos pelos PCNs e por teóricos da área.  

Durante  os  meses  de  agosto,  setembro  e  outubro  do  ano  de  2011,  o  curso  de  Inglês  Instrumental  foi  proposto  e  aplicado  a  um  grupo  de  alunos  interessados  em  ingressar  em  programas  de  Mestrado  em  Agronomia  e  Ciência  Animal  de  Instituições  públicas  e  privadas  do  Estado de São Paulo, com o objetivo de prepará‐los para o exame de proficiência linguística. 

 

METODOLOGIA 

Trata‐se de uma pesquisa‐ação em que a pesquisadora realiza a ação de delinear e aplicar  um  curso  de  Inglês  Instrumental  com  base  nos  estudos  realizados  na  área  e  na  visão  sociointeracional  pregada  pelos  Parâmetros  Curriculares  Nacionais  de  Língua  Estrangeira  (1998)  que norteiam o desenvolvimento da habilidade de leitura nas salas de aula atualmente. 

O curso foi projetado e oferecido de forma independente e particular pela pesquisadora a  um  grupo  de  seis  alunos  sem  nenhuma  relação  com  um  programa  de  mestrado  específico.  Os  alunos eram todos docentes de uma universidade onde a pesquisadora também ministra aulas. 

Foram marcados dois encontros semanais de uma hora cada, durante 10 semanas. 

O  trabalho  foi  iniciado  com  abstracts  (resumos  de  artigos  científicos)  simples  e  foi  avançando em termos de complexidade. 

No início dos trabalhos, um questionário para testar os conhecimentos e experiências dos  alunos  em  relação  à  Língua  Inglesa  foi  aplicado.  Além  disso,  houve  questionamentos  sobre  a  postura dos alunos envolvidos enquanto leitores em língua estrangeira. Era importante saber se os  estudantes  tinham  consciência  de  como  agiam  e  como  pensavam  quando  se  deparavam  com  textos escritos em outro idioma.  

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Durante as aulas, um texto era lido com a minha intervenção e um outro era enviado como  tarefa para ser lido em casa com a observância das estratégias trabalhadas em sala. 

No  final,  um  novo  questionário  foi  respondido  com  o  objetivo  de  medir  a  satisfação  dos  alunos com o curso realizado e para que os mesmos pudessem se auto‐avaliar. 

Todos  os  dados  coletados  (respostas  aos  questionários,  resultados  de  interpretações  em  sala  e  exercícios  de  tradução  realizados,  além  dos  resultados  dos  exames  de  proficiência  que  os  alunos  obtiveram  nos  programas  em  que  se  candidataram)  foram  analisados  com  relação  às  seguintes  categorias  de  análise:  a)  conhecimento  linguístico  e  experiências  passadas  dos  alunos  quanto à Língua Inglesa; b) desenvolvimento de estratégias; c) resultados práticos obtidos. 

 

RESULTADOS 

Dos seis alunos que deram início ao curso, somente um deles já havia estudado Inglês em  escolas  de  línguas  enquanto  criança,  os  outros  só  haviam  tido  aulas  de  Inglês  na  escola  regular.  Três  deles  haviam  estudado  em  escolas  da  rede  particular  de  ensino,  os  outros  três  haviam  estudado  em  escolas  da  Rede  Oficial.  Todos  eles  mostraram  muitas  dificuldades  com  aspectos  gramaticais  básicos  como  os  tempos  presente,  passado  e  futuro,  os  pronomes  pessoais  e  os  artigos.  Em  termos  de  vocabulário,  um  deles  mostrou  mais  conhecimento  em  relação  ao  vocabulário  específico  elencado  no  questionário,  apresentando  12  acertos  entre  20.  Tal  aluno  acrescentou nos comentários que procurava ler textos em Inglês na área com freqüência. Todos os  outros tiveram menos de 6 acertos.  

Nenhum  deles  parecia  muito  consciente  das  estratégias  usadas  no  momento  da  leitura,  mostrando  que  não  atentavam  para  este  aspecto.  Quatro  deles  mostraram  certa  ansiedade  ao  confessarem  que,  ao  se  depararem  com  textos  em  Inglês,  partiam  para  a  tradução  imediata  das  palavras sem buscar uma compreensão geral. 

O primeiro texto foi aplicado sem a intervenção da pesquisadora com o objetivo de testar  os  alunos  quanto  às  estratégias.  Ao  serem  questionados,  concluíram  que  não  observaram  a  organização textual e não exploraram os elementos do texto de forma adequada.  

Os  vocábulos  chave  e  específicos  importantes  eram  anotados  no  caderno  e  os  alunos  deveriam estudá‐los com freqüência. Eles percebiam que seu vocabulário aumentava e se sentiam  muito satisfeitos quando se deparavam com palavras que já conheciam. 

Quanto à gramática, foram desenvolvidos apenas pontos estratégicos para a interpretação  dos textos de forma pouco aprofundada. A gramática funcionava como um caminho e não um fim.  Os alunos percebiam que as explicações eram práticas e aplicáveis imediatamente. Não mostravam 

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ansiedade  ou  desmotivação,  comuns  em  cursos  com  foco  no  desenvolvimento  de  longas  e  complexas regras gramaticais. 

A partir da quinta semana de curso, notamos que os resultados obtidos pelos alunos eram  cada  vez  mais  satisfatórios,  o  que  podia  ser  corroborado  pelo  retorno  que  davam  nas  tarefas  e  também pessoalmente em conversas informais.  

Ao  responderem  o  questionário  final,  afirmaram  que  se  sentiam  menos  ansiosos,  que  estavam mais atentos à forma como liam e às estratégias aplicadas.    

Cinco dos alunos passaram nos exames de proficiência dos programas de Mestrado em que  haviam  se  candidatado.  Ao  me  informarem  sobre  as  notas  obtidas  pelos  mesmos,  pude  concluir  que as melhores notas foram conseguidas pelos que frequentavam as aulas regularmente e sempre  realizavam as atividades propostas como tarefa. 

 

DISCUSSÃO 

Quanto  ao  conhecimento  linguístico  e  experiências  passadas  dos  alunos  quanto  à  Língua  Inglesa,  verificamos  que  pouco  conhecimento  da  língua  foi  acumulado  pelos  alunos  durante  sua  vida escolar, o que pode sugerir o quanto a disciplina Inglês encontra‐se deslocada tanto na rede  particular  quanto  oficial  de  ensino.  Os  alunos  de  forma  geral  não  percebem  a  importância  da  disciplina que é tratada quase como uma atividade extracurricular. 

Mesmo com relação à gramática – aspecto mais trabalhado nas aulas tradicionais de Língua  Inglesa  nas  escolas  –  pouco  conhecimento  foi  observado.  Os  alunos  mostravam  inclusive  desconhecimento  de  pontos  gramaticais  repetidamente  trabalhados  na  escola  como  o  verbo  “to  be”. 

No  tocante  ao  desenvolvimento  de  estratégias,  observamos  que  as  mesmas  também  não  pareciam ter sido trabalhadas previamente com os alunos durante sua vida escolar. Eles afirmaram  que não atentavam para as estratégias que utilizavam no momento da leitura e mostraram certa  dificuldade para seguirem os passos determinados dentro dos momentos de pré‐leitura, leitura e  pós‐leitura, passando para a tradução do texto imediatamente. Tal fato mostra o quanto o trabalho  da leitura geralmente negligencia a compreensão e o desenvolvimento da autonomia, restringindo  seu objetivo à tradução pura e simples. 

O  desenvolvimento  de  estratégias  como  a  ênfase  às  palavras  cognatas  e  conhecidas,  a  inferência quanto ao significado das palavras e a construção de um glossário da área específica são  muito  eficazes,  mas  necessitam  ser  bem  explicadas,  discutidas  e  frequentemente  aplicadas  para  que se tornem práticas automáticas no momento da leitura em língua estrangeira.  

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Já no que se refere aos resultados práticos obtidos, ficou claro que o empenho do aluno é  de extrema importância para que o mesmo atinja bons resultados. A construção da habilidade de  leitura  depende  da  prática  constante  aliada  à  ampliação  do  vocabulário  específico  e  dos  pontos  gramaticais importantes dentro do gênero trabalhado – no caso os artigos científicos. 

 

CONCLUSÃO 

Diante  dos  dados  analisados  e  discutidos  acima,  consideramos  que  os  objetivos  foram  atingidos, pois, além de os resultados práticos terem sido muito significativos com a aprovação de  5  dos  6  alunos  do  curso,  também  pudemos  perceber  uma  melhora  significativa  com  relação  às  habilidades dos alunos como leitores durante o processo. 

Acreditamos,  também,  que  o  sucesso  foi  alcançado  porque  havia  um  objetivo  claro  compartilhado pelos alunos e pelo professor, um caminho pré‐estabelecido flexível e um contínuo  exercício de auto‐avaliação realizado pelo docente, que continuamente repensava sua prática e as  atividades propostas, e pelos discentes, o que possibilitava a conscientização dos mesmos quanto à  importância da realização das tarefas com a observância das estratégias trabalhadas.    REFERÊNCIAS  ANTHONY, H.M., PEARSON, P.D., e RAPHAEL, T.E. Reading Comprehension: a selected review. New  York: MacGraw‐Hill, 1993.  BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Estrangeira, Ministério da Educação e do  Desporto, Secretaria da Educação Fundamental, Brasília: 1998.  CARREL, P.L. Can Reading Strategies Be Successfully Taught? ARAL, 21 (I), 1‐20, 1998.  JANSEN, J. Teaching Strategic Reading. TESOL Journal, 6 (I), 6‐9, 1996.  PARAN, A. Reading in EFL: facts and fiction. ELT Journal, 50 (I), 25‐34, 1996.  PERRENOUD, P. Construir as Competências desde a Escola. Porto alegre: ARTMED, 1999.  RICHARDS, J.C. The Language Teaching Matriz. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.   

Referências

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