EU QUERIA SER MÉDICO E DEUS ME CHAMOU PARA OUTRA MEDICINA - MÉDICO DAS ALMAS
Nasci com 7 meses e meio de vida. Complicações respiratórias me fizeram ser batizado às pressas no hospital pelo médico e enfermeira de plantão. Minha mãe, diante do perigo iminente de perder o seu filho, quis que eu fosse batizado ali mesmo no hospital, para que “não morresse pagão”. Minha infância sempre foi marcada com idas e vindas em hospitais. Talvez por isso, que quando criança eu queria ser médico, usar o avental branco e ajudar os outros doentes. Lembro-me que, quando criança, eu pegava uma camisa branca do meu pai e fazia, com um barbante, um estetoscópio no pescoço para cuidar da saúde dos meus irmãos e coleguinhas de infância. Assim foi uma boa parte de minha infância. O tempo passou e aquele sonho de ser médico de ajudar os doentes ficou na memória, porém seria “ressuscitado” de um outro jeito lá na frente. O mais impressionante em nossas vidas é que tudo o que está no coração de Deus, para cada um de nós, se realiza no tempo certo de nossas vidas. O importante é fazer essa leitura com tudo aquilo que nos acontece desde a perspectiva da fé, com os olhos de Deus.
No dia da minha ordenação sacerdotal, tive duas grandes revelações que confirmaram tudo o que Deus sonhava para a minha vida e que, em certo sentido, foram condicionando doravante os meus passos como religioso e sacerdote. Antes de começar a Missa de ordenação veio forte na minha memória, a lembrança do Rinaldo pequeno que queria ser médico. Foi muito claro! Era como que Deus estivesse me dizendo naquele momento alí – Meu filho, você queria ser médico para usar o branco? Hoje eu te dou o branco para você usar e nunca mais tirar (alva). Meu filho, você queria usar o estetoscópio no seu pescoço para cuidar de vidas? Hoje eu te dou o meu poder para que revista a tua cabeça e o teu coração (estola) para cuidar da alma das pessoas. Essa imagem veio muito forte naquele dia. Uma outra revelação também aconteceu naquela ocasião. Minha mãe, me revela algo que ela havia guardado durante anos e só me contou na sacristia da Igreja, antes da Missa. Quando decidi entrar no Seminário para ser padre,
meus pais, no início, não quiseram muito, pois eu era muito novo, etc. Porém, viram que a coisa era séria e com o tempo, me apoiaram. No dia da minha ordenação, minha mãe me disse exatamente assim: “Filho, hoje se cumpre um propósito, uma promessa que fiz a Deus, no dia em que você nasceu, todo roxinho, sem vida, sem respirar, entubado, lutando para viver..(ela começou a chorar). Naquele instante, meu filho, que eu via você indo embora de minhas mãos, tão frágil, tão indefeso, supliquei que o médico e a enfermeira te batizasse alí, naquele momento, e então eu fiz uma oração e um pedido a Deus – Senhor, aqui está o meu filho, não sei se ele vai viver ou não, mas se ele viver, eu o entrego e o consagro para o Senhor. Ele sera teu, Senhor – (ela começou a chorar e eu também!). Quis Deus que eu melhorasse e continuasse a minha vida. Minha mãe NUNCA me disse isso, nunca condicionou minha vocação, pelo contrário. Quando pedi a meus pais para fazer o estágio vocacional, eles se opuseram e disseram que eu era muito novo (quis entrar no seminário com 11 anos!!). Essa revelação dela aconteceu no dia da minha ordenação, com estas palavras – “hoje se cumpre uma promessa que fiz ao Senhor”.
O grande e maravilhoso desafio da vida é descobrir e interpretar o chamado, aquilo que Deus quer de cada um de nós. Isso sempre esteve muito claro pra mim. Deus foi mostrando na minha vida e na minha história qual era a minha missão, a minha vocação. Eu queria ser médico para usar o branco e Ele me fez sacerdote para usar o branco de Suas vestes; Eu queria ser médico para usar o estetoscópio no pescoço e Ele reparte comigo o seu poder (estola) para exercer a medicina da alma, do perdão, da misericórdia e da compaixão. E por graça divina, Ele me coloca numa família religiosa que entre muitas coisas e atividades, tem uma grande preocupação pela missão e pelos doentes (São Peregrino). Com o tempo, foi como que Deus continuasse dizendo… “filho, para que você tenha regatado todos os elementos da tua história e colocá-los a meu serviço e ser feliz vou permitir que você exerça o seu ministério sacerdotal também junto com os médicos e especialistas da saúde”. E como tudo é graça, desde então, além das minhas atividades sacerdotais acima citadas, sempre tive a alegria de trabalhar no Rádio e na Televisão com médicos e especialistas, levando, através das entrevistas, informações, dicas e prevenção para que as pessoas cuidem melhor de sua saúde física, mental, emocional e espiritual.
III - PROJETO CARAVANA DA VIDA
O projeto “Caravana da Vida” procura unir a promoção social com a espiritualidade. É a experiência da Igreja Samaritana que vai ao encontro do sofredor. É a experiência de levar o próprio Cristo que veio "para que todos tenham vida e vida em abundância" (Jo 10, 10). Há muito tempo venho desenvolvendo um trabalho com os doentes, em especial, com aqueles que sofrem do câncer. Foi neste intuito que nasceu este projeto, para oferecer a todos uma experiência de fé e apoio espiritual não só aos doentes, mas seus familiares!
Em que consiste esse projeto na prática:
1) MISSA DA SAÚDE PELO PAÍS
Já visitei mais de 1050 cidades nestes últimos 8 anos anos e sou testemunha de verdadeiros milagres na vida das pessoas. Levo comigo a devoção de São Peregrino, considerado na Igreja como o “Santo Protetor contra o mal do cancer”. Muitos relatos médicos de milagres e curas eu tenho em minhas mãos através da intercessão desse “amigo e protetor dos doentes de câncer”.
Quando eu era criança eu queria ser médico, depois Deus me chamou ao sacerdócio para exercer outro tipo de medicina. Mais tarde Ele me confirmou no ministério chamando-me a trabalhar pelos doentes ao lado dos médicos, através dos programas de Rádio e TV. Isso venho fazendo ao longo dos meus 20 anos de padre.
2) MUTIRÃO DA SAÚDE COM ATENDIMENTOS MÉDICOS GRATUÍTOS
Procuro incentivar as cidades que recebem a Missa da Saúde a promoverem, no dia da Missa, o atendimento médico gratuito à população pois também entendo que a dimensão social é fundamental no tratamento às doenças. Em outras palavras, a fé e a medicina devem caminhar sempre
juntas, proporcionando a saúde física e espiritual às pessoas. É emocionante ver o povo santo de Deus, principalmente os mais carentes, ser atendido gratuitamente no dia da Missa da Saúde, seja na praça da Matriz ou no salão Paroquial. Sabendo que muitos não tem acesso ao sistema de saúde e muito menos qualquer “plano de saúde”. Por isso que não abro mão dessa dimensão social do projeto. Muitos pobres esperam essa Missa porque sabem que, naquele dia, vão ser atendidos gratuitamente.
3) APOIO ESPIRITUAL ÀS FAMÍLIAS ENFERMAS
Sabemos que uma doença machuca muito, não somente o corpo físico, mas também o emocional. Receber a notícia de uma doença não é fácil. Muda tudo! A pessoa fica “sem chão”, vem o medo da morte, o desespero muitas vezes toma conta não somente da pessoa afetada pela doença, mas da família como um todo. Nessa hora é importante um apoio espiritual. Isso estamos fazendo.
4) AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS E CESTAS BÁSICAS
Em minhas visitas às casas dos enfermos, constato, na maioria dos casos, que o doente vive sozinho (a), às vezes é viuvo (a) e que, além não ter como bancar o tratamento médico (compra dos medicamentos), falta o básico: comida. Com isso fazemos um mutirão, também, para conseguir cestas básicas para estes casos. Em muitos casos, pegamos a receita médica e vamos adquirir alguns medicamentos para estas pessoas, geralmente, àqueles que ajudam a tirar a dor.
5) ENCAMINHAMENTO MÉDICO-HOSPITALAR
Como disse anteriormente, muitos não tem acesso ao sistema de saúde e muito menos algum tipo de plano de saúde que lhes garanta uma assistência básica e imediata. Com isso, como eu trabalho com muitos medicos nos programas de Rádio e TV, eu consigo alguns encaminhamentos gratuítos para estes casos mais extremos.
6) VISITA À ENTIDADES QUE TRABALHAM COM DOENTES DE CÂNCER Muitas são as entidades que voluntariamente fazem um trabalho diferenciado de ajuda aos pacientes e às famílias com câncer. São organismos sem fins lucrativos que fazem a diferença. Além de visitar essas entidades, apoiamos suas iniciativas e promoções. Particularmente ajudo uma entidade chamada “Casa Recomeço (aqui em SJCampos)” onde acolhe pessoas com câncer vindas de outras cidades e que não tem onde ficar durante o tratamento médico-oncológico. Elas ficam nessa casa durante o tratamento nesta cidade, pois onde moram não existe um serviço oncológico especializado.
7) PRODUÇÃO DE MATERIAL DE APOIO DEVOCIONAL
Sabemos que a fé é um poderoso remédio e um instrumento valiosíssimo de ajuda para quem está vivendo esta realidade. Por isso, elaboramos alguns materiais de apoio nesse sentido, tais como: santinhos, novenas, medalhinhas, orações, imagens de santos, CDs de oração e de canções que falam de esperança e cura.
8) PRODUÇÃO DE PROGRAMAS DE EVANGELIZAÇÃO
Como disse acima, tenho acesso a vários canais de TV e emissoras de Rádio. Nesses veículos eu apresento:
PROGRAMAS de ENTREVISTAS com médicos: para levar INFORMAÇÕES, ORIENTAÇÕES, DICAS DE PREVENÇÃO, ORAÇÕES aos doentes e seus familiares.
PROGRAMAS DE ESPIRITUALIDADE para confortar os enfermos e seus familiares.
PROGRAMAS DE EVANGELIZAÇÃO anunciando a Palavra de Deus
