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BOLETIM DO LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 12 - Nº145 - Agosto de 2006

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a média

fica

estável

Preços sobem

18,5% desde

fevereiro, mas

ainda estão

15% defasados

frente

a julho de 2005

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Umas

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Preço do leite nas diversas Praças:

BOLETIM DO LEITE

Centro de Estudos Avançados em

Economia Aplicada - ESALQ/USP

leite em pó brasileiro

perde competitividade

internacional - pág. 04

Mercado externo

Qualidade do leite

variação do teor de

proteína pode significar

30% do lucro - pág. 05

Mercado de insumos

Preço do milho volta a cair

com colheita da safrinha

pág. 06 e 07

Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP

Ano 12 - Nº145 - Agosto de 2006

(2)

Em julho, o preço do leite pago ao produtor foi de R$ 0,5008/litro - referente ao produ-to entregue em junho. Esse valor representa aumento mínimo de 0,68% frente à média bruta do mês anterior.

Desde fevereiro, a média nacional (sete estados) segue em alta. Neste período (fev-jul), a valorização acumulada é de 19,8% em termos nominais e de 18,5% se descontada a inflação - medida pelo IPCA. Mesmo assim, em comparação à média de julho do ano passado, constata-se queda de 10,65%, em termos nominais e de 15% ao se contabilizar a inflação do período.

A redução no valor real do leite nos últimos 12 meses para o produtor do estado do Rio

Grande do Sul foi a maior dentre os sete es-tados analisados, chegando a 18,03%. Essa perda no poder de compra também é sen-tida pelos produtores dos outros estados, porém em níveis mais baixos. Goiás, Minas Gerais e Bahia apresentam defasagem em relação à inflação na ordem de 16% e São Paulo e Paraná, na casa dos 10%.

Em importantes microrregiões produtoras de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, os preços de julho registraram aumentos sig-nificativos frente a junho. Já no Rio Grande do Sul, na maioria das praças consultadas, houve quedas significativas. Na região sul/ sudoeste de Minas e no centro-sul baiano, os preços também recuaram, mas apenas

1,46% e 1,07%, respectivamente.

O aumento verificado no sul baiano decor-reu da alta nos valores mínimos pagos aos produtores, com o objetivo de recuperar os preços da região, que vinham sendo prati-cados em um patamar abaixo de qualquer outra bacia leiteira do País. Mesmo assim, produtores da Bahia ainda recebem as menores médias estaduais, seguidos pelos catarinenses e gaúchos.

Em SP, ao contrário, a disputa por grandes produtores que permanecem na atividade leiteira tem elevado significativamente os valores máximos. Na região de S. José do Rio Preto, onde avançam os canaviais, o litro chega a R$ 0,64 (valor bruto).

M

ercado

de

leite

a

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rodudor

J

ulho

/06

2

Preços pagos em

Julho/06

ao produtor

referentes ao

leite entregue em Junho/06

- R$/litro tipo C

1 Valor Bruto; Inclusos frete e INSS 2 Valor Líquido; Livre de frete e INSS

REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 Noroeste Nordeste Metropolitana Porto Alegre Média Estadual RS 0,5294 0,3509 0,4797 0,3991 0,5200 0,3900 0,4600 0,4200 0,5216 0,4137 0,4668 0,4340 0,5214 0,3694 0,4706 0,4037 Mesorregiões do

Rio Grande do Sul - RS

u

Mas

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...

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Média

fica

estável

REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 Triângulo Mineiro/ Alto Paranaíba Sul/ Sudoeste de Minas Vale do Rio Doce Média Estadual - MG 0,5528 0,4646 0,5086 0,4870 0,5747 0,4278 0,5163 0,4824 0,5332 0,4458 0,4934 0,4516 0,5512 0,4475 0,5040 0,4764 Mesorregiões de Minas Gerais - MG REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 São José do Rio Preto Macro Metropolitana Paulista Vale do Paraíba Paulista Média Estadual - SP 0,6434 0,4553 0,5857 0,5381 0,6130 0,5160 0,5645 0,5116 0,5505 0,4297 0,4951 0,4544 0,5943 0,4637 0,5425 0,5057 Mesorregiões de São Paulo - SP REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 Centro Oriental Paranaense Oeste Paranaense Norte Central Paranaense Média Estadual - PR 0,5673 0,4642 0,5312 0,5019 0,5279 0,3890 0,4605 0,4180 0,5289 0,3912 0,4601 0,4131 0,5422 0,4142 0,4886 0,4462 Mesorregiões do Paraná - PR REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2

Centro Sul Baiano

Sul Baiano Média Estadual - BA 0,4313 0,3276 0,4009 0,3640 0,5270 0,3903 0,4509 0,4418 0,4920 0,3722 0,4380 0,4034 Mesorregiões da Bahia - BA REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 Centro Goiano Sul Goiano Média Estadual - GO 0,5691 0,4687 0,5150 0,4846 0,5227 0,4202 0,4887 0,4415 0,5408 0,4391 0,4989 0,4583 Mesorregiões de Goiás - GO REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 Oeste Catarinese Vale do Itajaí Média Estadual - SC 0,4832 0,3756 0,4419 0,3995 0,5000 0,3700 0,4420 0,4300 0,4915 0,3787 0,4457 0,4083 Mesorregiões de Santa Catarina - SC Editor Científico: Geraldo Sant´Ana de Camargo Barros

Editor Executivo: Eng. Ag. Leandro Augusto Ponchio

Jornalista Responsável: Ana Paula da Silva - MTb: 27368 Diagramação Eletrônica/Arte: Lambari design - 19 3435-7503 Equipe Leite:

Leandro Augusto Ponchio e Raquel M. Gimenes - Pesquisadores do projeto leite; Erica R. da Paz, Marianne Shiguematsu, Pedro Sarmento, Aline Angelica Vitti, Jéssica Chaves Rivas, Marcelo Bahia Gama e Viviane P. Paulenas. Equipe Macroeconômica: Humberto Francisco Silva Spolador, Fabiana C. Fontana e Sinone F. Silva - Pesquisadores do projeto Macroeconomia.

Equipe Grãos:

Mauro Osaki - Pesquisador do Projeto Grãos; Luciano van den Broek, Ana Amélia Zinsly, Flavia Gutierrez, Eliane P. Arruda e Katia N. Sousa.

Contato: C.P 132 - 13400-970 Piracicaba, SP Tel: 19 3429-8831 19 3429-8859 leitecepea@esalq.usp.br http://www.cepea.esalq.usp.br

O Boletim do Leite pertence ao Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - USP/Esalq. A reprodução de conteúdos publicados por este imformativo é permitida desde que citados os nomes dos autores, a fonte Boletim do Leite/Cepea e a devida data de publicação.

(3)

Por Leandro A. Ponchio e Raquel Mortari Gimenes Equipe Leite Cepea - Esalq/USP

E-mail: leitecepea@esalq.usp.br

3

De maio para junho, conforme o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea), o volume aumentou 2,16%. No balanço do primeiro semestre, a oferta foi 2,49% maior que no mesmo período de 2005.

Apesar do crescimento da produção leiteira nacional, pesquisadores do

Ce-pea lembram que, de maio para junho do ano passado, o aumento da captação tinha sido de 7,92% - ao passo que, agora, se restringiu a 2,16%. De fato, nos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia registrou-se diminuição no volume captado de maio para junho. O aumento da média nacional foi mesmo

puxado pelo crescimento significativo da oferta da região Sul.

Com o aumento da captação, a utiliza-ção média das indústrias de laticínios subiu para 70,7% da sua capacidade máxima. Esse percentual é inferior ao observado em junho de 2005, cuja utilização era de 78,6%. ICAP-L/CEPEA-Esalq/USP IBGE - PTL 108,10 102,82 105,04 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 ju n-04 ju l-0 4 ag o-04 se t-0 4 ou t-0 4 no v-04 de z-04 ja n-05 fe v-05 m ar -0 5 ab r-05 m ai -0 5 ju n-05 ju l-0 5 ag o-05 se t-0 5 ou t-0 5 no v-05 de z-05 ja n-06 fe v-06 m ar -0 6 ab r-06 m ai -0 6 ju n-06

OFERTA: Estimativas do Cepea apontam para um aumento da disponi-bilidade interna de leite formal para os brasileiros. Para esta estimativa, con-sideram o volume captado em um mês, somam a este as importações e subtraem os volumes exportados de leite. O

resul-tado aponta o equivalente a 6,72 litros de leite por pessoa em junho – conside-rando a população em 186,15 milhões de habitantes. Já em junho do ano passado, havia 7,15 litros por habitante, ou seja, 5,96% a mais que neste ano.

li tro s/ pe rc ap ita po rm ês . 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 ju n-04 ju l-04 ag o-04 se t-04 ou t-04 no v-04 de z-04 ja n-05 fe v-05 m ar -0 5 ab r-05 m ai -0 5 ju n-05 ju l-05 ag o-05 se t-05 ou t-05 no v-05 de z-05 ja n-06 fe v-06 m ar -0 6 ab r-06 m ai -0 6 ju n-06

Fonte: CEPEA - Esalq/USP

Com o aumento da captação no mês de junho, a utilização média das indústrias de laticínios subiu para 70,7% da sua capaci-dade máxima. Esse percentual é inferior ao observado em junho de 2005, cuja utilização era de 78,6%.

% utilizado da capacidade máxima diária

J U N H O

caPtaÇÃo: P

roduÇÃo volta aauMentar eM Junho

/06

ritMo da caPtaÇÃo e disPonibilidade interna

:

Junho

/06

Gráfico 1

-

ICAP-L – Índice de Captação de Leite (Julho de 2004 = 100)

Fonte: CEPEA - Esalq/USP

RITMO DA CAPTAÇÃO

Gráfico 2

-

Disponibilidade interna de leite formal (litros/per capita/mês)

“No balanço do

primeiro

semestre, a oferta

foi 2,49% maior

que no mesmo

período de 2005.”

2 0 0 6

(4)

$500,00 $1.000,00 $1.500,00 $2.000,00 $2.500,00 $3.000,00 ja n /0 0 a b r/ 0 0 ju l/0 0 o u t/ 0 0 ja n /0 1 a b r/ 0 1 ju l/0 1 o u t/ 0 1 ja n /0 2 a b r/ 0 2 ju l/0 2 o u t/ 0 2 ja n /0 3 a b r/ 0 3 ju l/0 3 o u t/ 0 3 ja n /0 4 a b r/ 0 4 ju l/0 4 o u t/ 0 4 ja n /0 5 a b r/ 0 5 ju l/0 5 o u t/ 0 5 ja n /0 6 a b r/ 0 6 ju l/0 6

Preço para exportação - BRASIL Leite Integral - EUROPA Leite Integral - OCEANIA O final da década de 90 foi

particular-mente importante para o setor lácteo brasileiro, pois marca a entrada defini-tiva desse setor produtivo no comércio internacional. Até então, o Brasil impor-tava um volume alto de produtos lácteos e as exportações eram praticamente nulas, resultados da desregulamentação do mercado no ano de 1990, acabando com as intervenções do governo no setor. Naquele momento, todo o setor mostrou-se despreparado para enfren-tar a concorrência externa; cada vez mais, aumentava o nível de importações de produtos lácteos. Esse cenário foi revertido a partir do ano 2000, com uma reorganização das empresas que, a partir de então, adotaram práticas administra-tivas mais profissionais e voltadas para o mercado, buscando maior eficiência e competitividade.

Somada a esse quadro do setor lácteo, a conjuntura macroeconômica, muito provavelmente, também colaborou para a mudança do padrão brasileiro expor-tador de lácteo. Depois da mudança do regime cambial, em 1999, a taxa de câmbio brasileira sofreu um processo de intensa desvalorização (dólar mais caro, o que favorece as exportações), cujo auge ocorreu em 2002, seguindo em patamar favorável até o final de 2004. E é no ano de 2004 que ocorre o boom exportador brasileiro do leite.

Já em 2006, com a valorização do real frente ao dólar, somado à estabilidade nos preços do leite em pó no mercado internacional, nota-se que a competitivi-dade do produto brasileiro está caindo. Em relação aos preços de exportação do produto europeu dos últimos 12 meses, o leite em pó exportado pelo Brasil esteve em patamar mais baixo apenas em 3

meses (gráfico 1). Em relação aos preços praticados pela Oceania (maior exporta-dor mundial), o produto brasileiro esteve mais competitivo em apenas 4 meses. Ressalva-se que os preços de exportação da Oceania na primeira quinzena de agosto já estão 8,24% inferiores aos pre-ços praticados em agosto de 2005. Além disso, os últimos relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) apontam para um acréscimo na pro-dução da Nova Zelândia entre 1,5 e 3% para 2006 e na Austrália há tendência de estabilidade ou mesmo de queda de 1% no volume produzido para este ano.

c

onJuntura

M

acroeconôMica

l

eite

eM

brasileiro

Perde

coMPetitividade

internacional

Gráfico 1: Evolução dos preços do leite em pó exportado pelo Brasil,

Europa e Oceania. (US$/t)

Fontes: CEPEA/ESALQ-USP e AMS/USDA

Por Leandro A. Ponchio, Ms. Equipe Leite Cepea

laponchi@esalq.usp.br

4

e por Humberto F. S. Spolador, Dr. Equipe Macroeconomia Cepea

hfsspola@esalq.usp.br

As exportações de leite em pó represen-tam 87% do volume de leite exportado pelo Brasil, mas o total exportado de lácteos pelo Brasil equivale a apenas 2,57% do leite formal do País. Contudo, estudos apontam que se este pequeno percentual não for exportado, pode-rá haver aumento nos estoques das indústrias, refletindo negativamente sobre os preços dos derivados lácteos no atacado e principalmente ao produtor. Ressalta-se que estes impactos são mais significativos para indústrias lácteas e cooperativas que atuam no mercado internacional.

“...os preços de

exporta-ção da Oceania na

primei-ra quinzena de agosto já

estão 8,24% inferiores

aos preços praticados em

agosto de 2005.”

(5)

Q

ualidade

do

l

eite

Como discutimos em edições ante-riores, o teor de proteína é uma das variáveis que vem sendo utilizadas pelas indústrias para o pagamento por qualidade.

A proteína do leite tem grande impor-tância especialmente para indústrias que priorizam a produção de derivados como queijos, iogurtes e leite em pó. A Clínica do Leite monitora

mensal-mente cerca de 25 mil fazendas nos estados de SP, MG, MS, PR, GO e RJ. O teor de proteína varia em função da época do ano como mostra o gráfico. Durante os meses de abril e maio, são observados teores médios na ordem de 3,2 a 3,3%. Após este período, ocor-re uma queda drástica e, nos meses de e setembro setembro e outubro, o percentual chega a 3,10. Esta redução

PagaMento

Por

Qualidade

:

Queda

no

teor

de

Proteína

afeta

reMuneraÇÃo

do

Produtor

Laerte Dagher Cassoli Prof. Paulo F. Machado Departamento de Zootecnia - Esalq/USP

E-mail: cleite@esalq.usp.br

5

Proteína (%)

Abril

Julho

% Produtores

Adicional

(R$/litro)*

< 2,9 0% 5% -0,030 2,9 - 3,0 2% 13% -0,005 3,0 - 3,1 11% 30% 0,000 3,10- 3,20 24% 28% 0,015 3,20- 3,30 35% 17% 0,020 3,30- 3,40 19% 6% 0,025 9% 2% 0,030 > 3,40

* adicional médio de empresas que remuneram por proteína – amostra Clínica do Leite

Tabela 1 - Distribuição dos produtores nos meses de abril e julho

em função do teor de proteína.

3,00 3,05 3,10 3,15 3,20 3,25 3,30 3,35 % Pr ot ei na 2005 2004

0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Gráfico - Variação média mensal no teor de proteína em 2004 e 2005.

Faixa

Abril

Julho

% Produtores

Faixa Desconto 2% 18% Neutra 11% 30% Bonificação 86% 53%

Tabela 2 - Distribuição dos

produtores nos meses de abril e julho por faixa de pagamento.

provavelmente ocorre em função de fa-tores nutricionais. Estudos estão sendo desenvolvidos pelo setor de pesquisa da Clínica do Leite para levantar quais são exatamente estes fatores e como minimizar esta queda.

O fato é que produtores estarão rece-bendo um menor adicional pelo teor de proteína durante estes meses críticos. A tabela 1 (ao lado) mostra a distri-buição dos produtores em função do teor de proteína em abril e em julho de 2006, bem como, o adicional médio por qualidade.

Durante o mês de abril, 28% dos produ-tores receberam um adicional superior a R$ 0,02/litro, enquanto que em julho o percentual caiu para 8%.

Como mostra a tabela 2, no mês de abril, 86% dos produtores foram bonificados, enquanto que em julho apenas 53%.

Cerca de 18% dos produtores passa-ram a ser penalizados pelo baixo teor de proteína, enquanto que em abril o percentual era de apenas 2%.

De uma maneira geral, os produtores acabam perdendo na média R$ 0,015/li-tro durante os meses mais críticos do ano – setembro e outubro. Este valor pode representar uma redução do lucro de até 30% nos meses críticos.

(6)

5

1.311 l/t

1.120 l/t 1.163 l/t

915 l/t

832 l/t 884 l/t 839 l/t

jul/02 jul/03 jul/04 jul/05 Mai/06 Jun/06 jul/06

SOJA e FARELO de soja

As quedas pequenas dos preços do milho bem como do farelo de soja no mês de julho, na região de Campinas, de nada alteraram os custos da dieta. Res-salta-se que a importância do farelo de Os preços do farelo de soja, em julho, foram favoráveis aos produtores de leite, visto que se tornaram ainda menores. A queda dos preços do farelo esteve ligada aos recuos dos contratos futuros desse produto na bolsa de Chicago, também a mais uma pequena desvalorização do dólar e ainda à diminuição do prêmio de exportação do farelo para embarque em agosto.

Em Campinas, o preço médio ficou em R$ 455,00/tonelada no mês de julho,

cerca de 2,18% menor que no mês ante-rior e 14,5% abaixo do mesmo período do ano passado. Em Rio Verde (GO), foi registrada a maior variação no preço do farelo de soja, com queda de 5,3% entre junho e julho.

Há grande expectativa de que a Rússia reabra seu mercado à carne suína de Santa Catarina, grande exportador do País. No mercado de suínos, de fato, já houve alguns aumentos – em Chapecó, a recuperação do suíno vivo chegou a

soja para vacas de 15 litros dia se dá nas dietas a base de cana (11,6%). Já para vacas com produção diária de 30 litros a participação nos custos varia de 17,3%, para dietas a base de silagem de milho, a

iMPactosnoleite

M

ercado

de

M

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J

ulho

/06

relaÇÃodetroca

Nos últimos dois anos (24 meses), o farelo de soja tornou-se quase 28% mais barato, enquanto o leite teve redução de 2% - ambos sem considerar a inflação do período. Com isso, a relação de troca de leite por farelo melhorou, para o pecuarista, cerca de 28%. Em julho de 2004, o produtor precisava disponibilizar 1.163 litros de leite para adquirir uma tonelada do insumo, enquanto que em julho de 2006, precisou de apenas 839 litros, 324 litros a menos. Ao com-parar as relações de troca de junho e julho deste ano, o produtor de leite de São Paulo ganhou poder de compra em 5,2%, situação favoreci-da pela quefavoreci-da de 2,18% do preço do insumo de um mês para o outro.

Quantos litros de leite são necessários para

adquirir uma tonelada de farelo de soja?

EM DOIS ANOS, TROCA DE LEITE POR FARELO MELhOROu 28% PARA O PECuARISTA

9,1% no final de julho. Se essa abertura se confirmar, os suinocultores estarão estimulados a recompor o plantel, au-mentando o interesse por farelo de soja e milho.

Entretanto, a queda nas exportações de carne de frango, devido à ocorrência de Newcastle, pode reduzir a compra de farelo por parte dos avicultores, refor-çando as pressões baixistas sobre este insumo no mercado nacional - o que pode favorecer produtores de leite.

22,2% para cana picada. Variações bem significativas, e que demandam dos pro-dutores de leite uma atenção especial nestes dos insumos.

6

Leite: estado de SP; farelo: região de Campinas-SP F on te : C E P E A E sa lq /U SP

Por Mauro Osaki, Equipe Grãos Cepea - Esalq/USP

E-mail: graoscepea@esalq.usp.br

e Raquel Mortari Gimenes Equipe Leite Cepea

(7)

MILhO

39 l/sc

33 l/sc 33 l/sc 32 l/sc

28 l/sc 30 l/sc 30 l/sc

jul/02 jul/03 jul/04 jul/05 Mai/06 Jun/06 jul/06 Como a alta nos preços do milho na

região de Campinas (SP) foi pequena, as dietas para vacas de 15 e 30 litros/dia praticamente mantiveram-se está-veis em julho. Já os concentrados, nos Em julho, foi negociado milho tanto da safra de Verão (05/06) quanto da safrinha. Essa situação é comum nesta época do ano. O maior volume ofertado costuma também provocar quedas de preços. De fato, desde meados de julho, a intensifica-ção da colheita da safrinha no Paraná vem pressionando as cotações, principalmente nas regiões de produção.

Já a região de Cascavel (PR) ocorreu uma das maiores quedas. Comparando as médias de junho e de julho, a desvalo-rização beirou 10%, com o produto a R$ 12,89/sc no fechamento de julho (dia 31). Em relação a julho do ano passado, a saca esteve 25,9% mais barata neste ano (sem

considerar inflação do período). Já na região de Campinas, tipicamente importadora do grão (consome mais do que produz), o impacto do avanço da safrinha ainda era leve em julho. O valor médio do milho, no mês, ainda conseguiu uma variação positiva de 2,11% sobre junho, com a saca a R$ 15,95 no último dia de julho.

Se não bastasse o aumento esperado da oferta, também algumas importações de grão foram favorecidas pelo câmbio. No final de julho, os preços de mercado esta-vam na paridade de exportação, que é um patamar inferior ao preço mínimo oficial. Reforçando as pressões baixistas do

mi-últimos sete meses, tornaram-se 10,52% mais baratos. Com isso, os custos de cinco diferentes dietas, na média, estão 7,11% menores. É importante que os produtores se atentem a esta

informa-iMPactosnoleite

relaÇÃodetroca

Mesmo com um pequeno aumen-to no preço do milho em Campi-nas (SP), em julho, o produtor de São Paulo pode despender 2% a menos de leite que em junho para adquirir uma saca de milho – bas-taram 30,27 litros. Essa relação de troca um pouco melhor se deve ao aumento de 3,2% do preço do leite. Se comparado ao mês de julho do ano passado, o poder de compra do produtor de leite para este insumo aumentou 7,58%; se a comparação for feita com a média dos meses de julho de 2002 a 2005, a melhora é de 12,5%.

Quantos litros de leite são necessários para adquirir uma saca de milho?

PREÇO DO MILhO VOLTA A CAIR COM COLhEITA DA SAFRINhA

lho, houve ainda a ocorrência de Newcas-tle em pequena propriedade do Rio Gran-de do Sul. Ao contrário do impacto brando previsto por alguns nos primeiros dias em que se noticiou a doença – afinal, era um caso isolado –, as exportações de carne de frango acabaram sofrendo forte redução. Vale lembrar que a avicultura é um dos principais clientes do setor de milho. Nos próximos meses, os produtores de milho irão definir o plantio da safra 2006/07. É importante ao produtor de leite acompanhar os planos dos agricul-tores de grão, pois uma redução na oferta no próximo ano pode elevar os custos da produção de leite.

ção. Caso alguns notem aumentos nos custos da dieta ou mesmo nos preços dos concentrados, será hora de acender a “luz amarela”, pois o esperado seriam quedas (na média).

Leite: estado de SP; milho: região de Campinas-SP F on te : C E P E A E sa lq /U SP

7

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O Centro de Treinamento de Recursos Humanos do Departamento de Zootecnia da ESALQ/USP realiza, de 29 a 31 de agosto, o Workshop de Nutrição e Formulação de Rações em Microcomputadores para Bovinos Leiteiros, em Piracicaba - SP. O programa abordará con-ceitos aplicados à nutrição de bovinos leiteiros, além de proporcionar aulas práticas envolvendo simulações para suplementação energética e protéica de animais em sistemas de exploração de pastagens e confinamento. Mais informações: (19) 3429-4438 ou ct@esalq.usp.br

A Venezuela comprou duas plantas da Par-malat naquele país, segundo informação do vice-ministro da Indústria Leve da Venezuela, Elio Colmenares. O negócio foi anunciado no dia 3 de agosto. A aquisição das plantas pelo governo venezuelano vem sendo negociada desde 2004. Finalizada a compra – apesar de ainda não concretizada legalmente –, o governo venezuelano deve transferir parte do controle das duas fábricas para trabalhadores, que dividiriam os lucros e a gestão operacio-nal. (Dow Jones)

Os produtos de marca própria comercia-lizados pelas redes de supermercados do Brasil apresentam, em média, preços de 10% a 15% mais baixos que os de marcas líderes. A informação faz parte de uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Vale ressaltar, contudo, que o consu-midor deve tomar os mesmos cuidados na com-pra de um produto ou de outro. A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor destaca que o consumidor deve verificar o preço, a data de validade, quem é o distribuidor e o fabricante. Também é importante saber se o produto não

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IMPRESSO

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Por Érica R. da Paz e Marianne Shiguematsu, Equipe Leite Cepea - Esalq/USP

E-mail: leitecepea@esalq.usp.br

teve reclamações nos órgãos de defesa do consu-midor. (Folha de Londrina/PR)

O leite deve ficar fora da lista de produtos brasileiros que podem entrar no mercado eu-ropeu. Isso porque o setor nacional optou por não implementar um plano de controle de resíduos, já que não exporta muito para a Europa. No caso de outros produtos da pecuária brasileira, a União Européia aceitou, mas assegurou acompanhar de perto o plano de controle de resíduos e adiou um possível embargo desses produtos. A queixa dos europeus é de que vários resíduos considerados como tóxicos no mercado europeu não são devi-damente controlados no Brasil em produtos como carne suína, de frango e bovina, mel, leite, ovos e frutas. O Brasil promete implementar a metodo-logia européia do controle até final de 2007, o que exige 450 testes em laboratório por ano com cada substância. (O Estado de SP).

O Sebrae está criando um programa espe-cial de qualificação para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite em Santa Catarina a fim de aumentar os índices de produtividade e fortalecer a competitividade nos mercados interno e externo. O estado é o 6º produtor nacional de leite, com 1,2 bilhão de litros ao ano. Cerca de 70 mil estabelecimentos rurais do oes-te catarinense produzem mais de 500 milhões de litros de leite por ano com 260 mil vacas ordenhadas. As atividades se concentrarão em nove municípios e neste ano, 60 produtores se-rão atendidos. As metas consistem em aumentar a produção de leite em 20% no primeiro ano, e o faturamento em 15%, promovendo o equilí-brio entre produção e faturamento das micro e pequenas empresas rurais, com tecnologia e gestão. (Revista Balde Branco)

Referências

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