A transformação da humanidade – música e cosmologia entre os Desana no Alto Rio Negro1
Líliam Barros – UFPA/ICA
Resumo: Nos diversos estudos que vêm sendo realizados com música indígena na Amazônia têm-se verificado inúmeras abordagens em torno das correlações entre cosmologia, ritual e música. A partir de estudos realizados na área do Alto Rio Negro, desde 2001, nas áreas de música, etnicidade, identidade e, mais recentemente, nas relações entre mito e as práticas musicais, pretendo discorrer sobre a importância da música na constituição da pessoa, amparada nas narrativas míticas e rituais conectados na prática musical do clã Desana Guahari Diputiro Porã. Em minha fala, pretendo demonstrar as relações temporais de atualização mitológica e das práticas musicais ligados com rituais de iniciação, bem como apontar as transformações nos processos de transmissão desses valores culturais musicais e suas conseqüências na constituição e crescimento humano.
Palavras – chave: mito – música – cosmologia Desana Introdução
A região do Alto Rio Negro caracteriza-se pela complexa e intrincada rede que envolve ritos, mitos e música que permeia as relações sociais entre diversas etnias indígenas que compartilham a mesma base cultural. A partir de diálogos com o especialista em cantos do clã Guahari Diputiro Porã busquei compreender as relações entre ritos, mitos e as práticas musicais deste povo. Neste processo, observei o caráter transformativo como aspecto fundamental do relacionamento entre estas três grandezas e, tendo esta característica como foco, pretendo demonstrar os pilares que estruturam as interrelações entre elas.
1 Trabalho apresentado na 27ª Reunião Brasileira de Antropologia, realizada entre 01 e 04 de agosto de 2010, Belém, Pará, Brasil.
O clã Guahari Diputiro Porã está representado por um bayá e kumu, respectivamente, especialista em cantos e rezador. Seu pai, avô e ancestrais mais distantes também tiveram a formação de bayá e kumu. O histórico desta família e um inventário das narrativas míticas foram realizados pela antropóloga Dominique Buchillet (Galvão e Galvão, 2004), que resultou na publicação do livro “História dos Antigos Desana” pela Federação das Organizações Indígenas do Alto Rio Negro – FOIRN e pelo Instituto Sócio-ambiental – ISA. As localidades anteriormente habitadas por esta família – São João e Santa Marta – localizadas nas proximidades de Yauareté, distrito próximo à cidade de São Gabriel da Cachoeira, atualmente encontram-se em processo de depopulação e apenas o bayá reside em seu sítio em São João. Os ritos de iniciação e diversos repertórios musicais não são realizados desde a geração de seu pai e atualmente há um esforço em manter os ensinamentos deste conhecimento através da Escola Indígena em Yauareté.
Relatos de mito de criação do mundo e transformação da humanidade. Apresentarei uma versão resumida de dois relatos míticos acerca da criação do mundo e da transformação da humanidade a partir das narrativas do bayá. No início dos tempos não existia nada além de trovão, chamado Bupu, Baaribo, o dono da alimentação, e a filha do trovão, Bupu Magu. Estes seres já viviam há muito tempo, não existia lugar nenhum, nem terra, nem nada. Viviam no ar. Eles achavam que estavam há muito tempo sozinhos e se perguntavam o que fazer para criar pessoas. Então abriram uma vagina em Bupu Magu, para que ela pudesse gerar filhos, pois ela não possuía aparelho reprodutor feminino. E com um sopro, benzimento e a fumaça do cigarro, rolaram essas substâncias mágicas nas mãos, criaram sêmen e o inseriram dentro do útero de Bupu Magu. Ela dormiu, e aí nasceu o Miriá Porã, o dono dos cantos. Desde então mulheres não podem vê-lo porque, quando nasceu, sua própria mãe estava dormindo. Depois dele vieram todos os seus irmãos. Miriá Porã tinha o corpo todo perfurado, cheio de furos e quando passava o vento, soava música. E ele tinha que fazer a primeira turma dos iniciantes, só que esses iniciantes não foram benzidos para cortar o cheiro de Miriá Porã Masú, e terminaram morrendo. Isso ocorreu também com a segunda turma dos iniciantes. A terceira turma foi presa dentro da barriga de Miriá
Porã, de onde apenas um – Gãi - conseguiu fugir. Seu pai, Abe, fez um dabokuri e
chamou o Miriá Porã para participar. Nesta cerimônia embrigaram-no e conseguiram matá-lo, queimando-o. Miriá Porã queria ser dominador do mundo. Ele queria ficar no
lugar do sol. Após a sua morte, soaram os diferentes sons de cada Jurupari (denominação para Miriá Porã em nheengatú) e de suas cinzas surgiram os pés de paxiúba, material utilizado para a confecção das flautas sagradas. Cada grupo de ancestrais recebeu seu pé de paxiubeira que, naquela época, parecia mármore branco. Após o surgimento das paxiúbas, aconteceu uma série de acontecimentos envolvendo o roubo das flautas sagradas pelas mulheres e sua recuperação por Kisibi (um dos filhos de Abe). Tudo aconteceu depois que Abe resolveu preparar a iniciação de Kisibi e pediu que ele acordasse bem cedo, pela madrugada, para vomitar. Kisibi acordou tarde e, por causa disso, de seu vômito surgiram as mulheres Yuhusio e Diakapiro e um homem,
Abe Magu Kisibi. Ainda assim, Abe continuou preparando a iniciação de Kisibi, mas as
mulheres acharam o cercado de paxiúbas que Abe havia preparado, depois acharam as flautas sagradas que estavam escondidas em um igarapé. De posse das mesmas, fizeram várias tentativas para tirar som dos instrumentos e terminaram por atrair os peixes cuja função era a de ensinar aos homens como tocar as flautas sagradas. Vendo que eram mulheres, os peixes se recusaram a ensiná-las, mas terminaram sendo obrigados a isso. As mulheres então, já sabendo tocar as flautas, passaram a preparar sua própria iniciação e foram se multiplicando. Kisibi e Deyubari Gõãmu as perseguiam e terminaram por pegá-las na Cachoeira de Aracapá e recuperaram as flautas sagradas.
O mito do processo de transformação da humanidade relata que Kisibi e seu primo Deyubari Gõãmu fizeram um percurso iniciado na baía de Guanabara, denominada Rio de Leite, que passava pela Baía do Marajó, Rio Amazonas (cortando o Pará), Rio Negro e desembocava num local denominado Cururú Cachoeira, de onde surgiu o primeiro ancestral dos Desana – Boreka. Ao longo deste percurso, sempre a bordo da Cano de Transformação, a dupla foi descobrindo nas casas de transformação que apareciam às margens dos rios. Nestas casas de transformação eram realizados benzimentos e alguns procedimentos rituais a partir do que apareciam os seres humanos incompletos ainda, invisíveis. Apareciam, também, os bens culturais fundamentais para a humanidade – os benzimentos, os cantos e danças, os enfeites corporais, os cipós e ervas para cura de doenças, os materiais de confecção de instrumentos musicais e tudo o mais que fosse necessário para a vida.
Mito, rito e práticas musicais
Alguns elementos aparecem como categorias fundantes nos mitos: a água, o fogo e o ar. Nos relatos verifica-se que o corpo dos ancestrais era invisível, eram seres feitos de ar puro, não completamente humanos. O processo de humanização foi se dando a partir dos procedimentos de benzimentos ocorridos em cada parada nas casas de transformação e, com isso, iam tirando um pouco de sua roupa de invisibilidade (Galvão e Galvão, 2004). No final da caminhada de Kisibi e Deyubari Gõãmu, os seres humanos adquiriram uma consistência líquida em seus corpos, tornando-se completamente humanos. Através de um processo que envolve líquidos, como o vômito, houve o surgimento das mulheres, também como agente transformativo e gerador de vida. O vômito também está relacionado com o processo de limpeza e purificação interior, enfatizando um processo transformativo espiritual. Entre os povos indígenas do Alto Rio Negro, o costume do banho da madrugada tem a ver com o fortalecimento do espírito, bem como um procedimento nos rituais liminares como o nascimento e iniciação. O líquido – água está relacionado à condição de humanidade e vida humana completa. Como categoria oposta, o fogo e as cinzas aparecem como agentes transformadores tendo dado cabo à vida de Miriá Porã e, a partir de suas cinzas, surgido a palmeira paxiúba. O fogo, enquanto agente transformativo, promoveu uma mudança de status em que Miriá Porã Masú transformou-se em elemento fundamental para a finalização do processo de humanização através dos rituais de iniciação – a palmeira paxiúba. A relação dual entre o fogo e o líquido pode ser observada do ponto de vista da destruição e renascimento, como ciclos da vida.
A categoria “ar” envolve aspectos relacionados com o invisível e o poder transformativo dos bezimentos, sopros, fumaça do cigarro e visões. Está relacionada com um período pré-humanidade, quando os ancestrais ainda eram seres de ar puro, invisíveis e desprovidos dos bens culturais fundamentais para a vida. Esta categoria representa o processo inicial e necessário da transformação.
A situação de pré-humanidade está relacionada, ainda, com o caos cósmico e social, em que os primeiros seres – Bupu, Baaribo e Bupu Magu – viviam por si mesmos e desde o sempre, mas tinham o plano de criar/gerar/transformar a humanidade. A partir deste plano, foram se sucedendo as gerações dos primeiros ancestrais, cujas
turmas dos iniciantes morriam em função do cheiro de Miriá Porã Masú. Neste caso, o cheiro enquanto elemento invisível pode ser observado do ponto de vista da categoria “ar”, ao lado de forças como os benzimentos e sopros, além de representar um aspecto importante dos procedimentos rituais relacionados com o processo de iniciação utilizado a partir de então por todas as gerações humanas a partir dos primeiros ancestrais. Até então, os não iniciados precisam passar por esta prova e se fortalecerem com a força do benzimento, também pertencente à categoria “ar” para completarem o processo de iniciação masculina. Dentro da situação de pré-humanidade está a essência humana presente em outras dimensões da natureza, como demonstram relatos em que os
wai-mahsá – gente peixe – deveriam ensinar os homens a tocar as flautas sagradas para
então conquistarem, ambos – os peixes e os homens – a condição completa de humanidade.
A situação de humanidade, por outro lado, está relacionada com a categoria “líquido”, tendo sido conquistada a partir das casas de transformação que, através de um processo transformativo impulsionado por elementos da categoria “ar” – o benzimento, a fumaça do cigarro – os ancestrais da humanidade iam perdendo um pouco de sua roupa de invisibilidade e adquirindo consistência líquida em seu corpo, caminhando mais e mais no processo de humanização. Tal condição era essencial para a aquisição dos bens culturais da humanidade, também conquistados ao longo das casas de transformação, em que os ritos e instituições sociais eram apreendidos. Dessa forma, as relações de sociabilidade e parentesco foram se misturando ao processo transformativo dos ancestrais em seres humanos completos.
O caráter transformador presente nos acontecimentos míticos pode ser visto como elemento base das práticas rituais atuais e do processo de construção de pessoa, sempre renovado a cada fase da vida cotidiana. A transformação das coisas, pessoas e do corpo acontece a partir de processos mágicos de benzimento, fumaça e pensamento, ligados à categoria “ar”, portanto, relacionados com as características dos ancestrais
Desana. Pode-se até mesmo inferir que tais processos transformativos buscam sempre
um contato com o sobrenatural através dos ritos. Os quadros abaixo demonstram as categorias de elementos míticos e as condições de humanidade e pré-humanidade apontadas ao longo das narrativas.
Água (líquido) Fogo (cinzas) Ar (espírito) Líquido para o corpo dos
ancestrais
Morte de Miriá Porã Corpo dos primeiros ancestrais
Surgimento das mulheres pelo vômito de Kisibi
Cinzas Benzimentos
Banho de fortalecimento durante a madrugada
Mudança de status Fumaça do cigarro
Banhos rituais Destruição e renascimento Visões
Vômito - limpeza Pré-humanidade
Humanidade Transformação
Criação
Tabela 1 – Quadro com as categorias de elementos míticos.
Situação de pré-humanidade Condição de humanidade
Espírito de ar Corpo líquido
Caos social Bens culturais simbólicos
Morte pelo cheiro de Gurumuyé Iniciação com Miriá Porã
Não iniciado Relações de sociabilidade – dabokuri e relações de parentesco
Repertórios musicais e as relações de sociabilidade
Os mitos de criação e transformação da humanidade apontam para uma necessidade constante em busca da condição de humanidade. Este processo de construção de pessoa representa o pilar sobre o qual estão assentadas as relações de sociabilidade representadas pelos ritos, em cujo bojo estão os repertórios musicais.
O aprendizado das flautas sagradas centraliza este processo de humanização, tanto no tempo primordial mítico quanto na vida cerimonial ideal da contemporaneidade. Esta centralidade está presente nos mitos de criação do mundo e transformação da humanidade, bem como na trajetória de Abe em torno da iniciação de
Kisibi e sua viagem pelas casas de transformação, de onde surgiram os demais
repertórios musicais, dentre outros bens simbólicos.
Momentos de vulnerabilidade como nascimento, parto, iniciação, casamento e morte, são especialmente perigosos porque representam espaços de contato com o sobrenatural. O aprendizado das flautas sagradas e, particularmente, sua performance, são caminhos para o contato com o sobrenatural e devem ser intermediados pelos protetores espirituais Kumu e Pajé2.
Os cantos, danças e todos os diversos repertórios musicais surgiram a partir de
Miriá Porã Masú e, depois, nas casas de transformação. Para os Desana, não há
separação entre música e dança, sendo o termo utilizado para designar esta prática
miriáponabayakõ que, segundo relatos do bayá, relaciona miriá com sobrenatural, pona
com som e bayakõ, com dança. O canto e a dança, como partes integrantes das práticas rituais são meios de acessar o mundo sobrenatural e promover o processo de construção de pessoa.
Como parte integrante deste processo está a preparação corporal através da utilização dos enfeites cerimoniais que também surgiram nas casas de transformação. Os materiais para a confecção destes enfeites são penas de pássaros, pêlos de macacos, dentes de capivara ou onças, pedras, fios de tucum e outros, todos surgidos nas casas de
transformação. Tais materiais transformam-se em enfeites de transformação a partir dos benzimentos com rezas e fumaça de cigarro, que propiciam força e pode espiritual.
Os dabokuris e a iniciação masculina
O aprendizado do repertório de Miriá Porã ocorre no âmbito da cerimônia dos
dabokuris, um ritual intertribal de trocas de bens artesanais (Ribeiro, 1995). Tais
cerimônias ocorrem quando há grande safra de peixes ou frutos. Em dabokuris de peixe podem ocorrer as cerimônias de iniciação masculina, denominadas ñamoierinã, e o rito do cigarro3. Durante a cerimônia de iniciação masculina ocorre o aprendizado das flautas sagradas. A iniciação é realizada sempre que há uma grande demanda de rapazes, com um número em torno de 40 e 60 meninos. Os rapazes passam por um período de alimentação restrita a maniuaras4, tapioca e outros alimentos leves, além de receberem benzimentos para proteção, dada a situação de vulnerabilidade. A cerimônia tem início às oito horas da manhã com o açoitamento dos rapazes, etapa que se estende até o meio dia. Adultos e idosos também participam desta etapa, pois se considera que há purificação do corpo e espírito através do derramamento de sangue. Segundo narrativas do bayá, o açoitamento simboliza a menstruação masculina. Mais uma vez observa-se o elemento “líquido” como passo importante numa etapa de transformação do corpo, status e condição social. Hugh-Jones (1979) relata que durante o período iniciático os participantes entram em contato com o mundo sobrenatural, e isto se dá através do aprendizado das flautas sagradas. Segundo este autor, ao tocar as flautas He, os jovens transformam-se em He Mahsá. Os jovens iniciantes perfilam-se e observam a performance dos mais antigos, liderados pelo especialista em flautas sagradas (Miriá
Poriri Mahsá). Segundo o bayá, quando as flautas são tocadas, o som que ressoa é o
próprio som de Miriá Porã. Enquanto o ritual acontece as mulheres ficam reclusas na cozinha, preparando os alimentos e escutando os sons. Os homens e os iniciados realizam a cerimônia em uma barraca improvisada para este fim, denominada de Tapiri (nheengatú). A não realização desta cerimônia acarreta doenças como leishmaniose e doenças nos dentes, além de transtornos sociais. Durante esta cerimônia não é permitido
3 Segundo relatos do bayá, estas duas cerimônias não ocorrem em sua comunidade desde a época de seu pai.
tocar outros repertórios além de Miriá Porã. As tabelas 4 e 5 abaixo revelam situações e repertórios conexos durante as cerimônias de dabokuri.
Grande Dabokuri de frutas Pequeno Dabokuri de frutas
Namõierinã Wai poori nu
Ritos especiais Rito do Cigarro Rito de
iniciação masculina Flautas Sagradas – simiomi e põrerõ Instrumentos aerofônicos solenes X x Instrumentos aerofônicos comuns x x X x Instrumentos percussivos x x X x Cantos masculinos x x X x Cantos femininos x x X x
Instrumentos aerofônicos comuns Instrumentos aerofônicos solenes Cantos masculinos Cantos femininos Instrumentos percussivos
Cariço Miriá Porã Kapiwayá Ahãdeakü Maracá
Japurutú Põrerõ e Sîmiomî Cantos do Inajá Chocalhos
Osso de veado Flauta Piraíba Cantos com bastão de ritmo
Bastão de ritmo
Cabeça de veado Flauta Umu Cantos de maracá Casco de jabuti
Flauta mosca Flautas Nasî Cantos do pajé (repertório
separado – só do pajé)
Kapiwayá
Flauta cotia Flautas Buhu
Flautas Mawaco Flautas Doe
Flautas Maha Buzina
Considerações finais
Com esta pesquisa pretendeu‐se chegar a uma compreensão das relações entre as performances musicais e o conteúdo mitológico que as envolvem. O presente relatório oferece uma visão geral dos repertórios musicais Desana, em especial do clã Guahari Diputiro Porã, sem, no entanto, apresentar um detalhamento etnográfico a respeito de todos os repertórios, uma vez que as entrevistas com o bayá da comunidade deram‐se fora do contexto de performance musical, além do que a maioria dos rituais e repertórios musicais conectados não são realizados há muitos anos, em função da diminuição da população da comunidade e do pouco interesse dos jovens parentes que atualmente residem em centros urbanos próximos à localidade. O destaque apontado para o processo de humanização dos povos atenta à temporalidade presente nas narrativas míticas, sempre recontextualizadas a partir da performance musical/ritual. Nesta cena, o processo transformativo descrito nas narrativas acontece permanentemente através das performances musicais, como elemento primordial para se conseguir a condição de humanidade, trabalhando o corpo e o espírito.
Referências bibliográficas
Galvão, Wenceslau e Raimundo Galvão. Livro dos Antigos Desana – Guahari Diputiro Porã. Comunidade do Pato no Médio Rio Papuri, São Gabriel da Cachoeira, Am. ONIMRP/FOIRN:2004.
Galvão, Raimundo. “Entrevista concedida a Líliam Barros, Thiago Kunz e Thaís Araújo.” Belém/Pará, 2007a.
Galvão, Raimundo. “Palestra apresentada no Seminário sobre Proteção do Conhecimento das Sociedades Tradicionais da Amazônia”. Belém/Pará: MPEG, 2007b.
Hugh‐Jones, Stephen. The Palm and the Pleiades: initiation and cosmology in Northwest Amazonia. Cambridge: Cambridge University Press, 1979.
Ribeiro, Berta G. Os Índios das Águas Pretas: Modo de produção e equipamento produtivo. São Paulo: Edusp, 1995.