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Cristina e seus filhos. Henrique Machado Holz, 6 anos e Julia Machado da Ros, 1 ano. Foto: Histórico Pessoal

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Humanize-se!

Cristina e seus filhos. Henrique Machado Holz, 6 anos e Julia Machado da Ros, 1 ano. Foto: Histórico Pessoal

“Eu, Cristina Bertoni Machado, pelotense, 37 anos, bióloga, doutora em ciências, realizei dois partos normais com atendimento pelo plano de saúde na capital porto-alegrense. Em 2009 tive meu filho Henrique, por meio de parto normal tradicional, com uso de analgesia, ocitocina, e outros procedimentos comuns no Hospital Mãe de Deus, com o acompanhamento da equipe médica e do pai. Em 2014, a Julia nasceu de um parto humanizado, natural, que contou com a presença de doula e do pai, também pelo plano de saúde, no hospital Divina Providência. Desde sempre, sempre soube para mim, que eu teria meus filhos de parto normal. Eu nunca pensei em Cesariana. Na casa de meus pais, ouviam-se histórias de minha família, da minha mãe, por exemplo, teve dois partos normais e uma cesariana, quando eu já era grande. Ela teve meu irmão de cesariana quando eu tinha treze anos, foi uma recuperação tão horrível que ela falava que parto normal doía na hora, mas nasceu e, é ótimo. É uma coisa que em minha casa nunca se cogitou marcar uma cesariana. No Parto Normal, procurei um grupo para realizar exercícios voltados a gestantes, e acabei optando pela Yoga. Senti-me em casa, pois era um local onde enfatizavam os benefícios do Parto Normal, e proporcionou-me sanar questões que ainda possuía. Minha relação com o médico era dada por meio de dois exames de Pré-Natal e essa interação teve de ser alterada, pois o médico ginecologista me informou no segundo mês de gestação, de que não poderia acompanhar na data provável do parto, pois estaria em viagem e prometeu indicar-me outro profissional. Então pedi alguém que fosse a favor do parto normal, que não fosse me levar para cesariana. O doutor substituto, não impôs à cesariana,

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mas incertezas ainda pairavam em minha cabeça, não foi algo que chegou a me prejudicar, mas eu tinha certa ansiedade, de como seria se eu passasse das quarenta semanas, que ele pudesse a me induzir a uma cesárea desnecessária e eu não estaria forte o suficiente para contestar. Em minha primeira gestação, tive um Pré-Natal redondinho, e pelo conhecimento adquirido com o passar dos anos, poderia ter caído em uma cesariana desnecessária. Caso não fosse tudo tão redondinho assim, pois meu médico era do discurso, se der tudo certo, vai ser parto normal. Enquanto a segunda doutora, falava que se der alguma coisa errada, aí vai ser cesariana, não tem porque ser um parto normal. Eu fiquei muito frustrada no primeiro parto assim, porque eu também queria um parto mais humanizado, mas eu achei que a gente ia dar conta e não fosse precisar de doula, e cheguei ao hospital, mandaram que eu ficasse deitada o tempo todo, as dores estavam muito fortes. Pedi analgesia, tive analgesia e dei muita sorte que não me cortaram o períneo e não empurraram minha barriga. Foi sorte, porque com o uso da analgesia tem uma cascata de outras intercorrências, passei o tempo todo deitada, sem poder beber e comer. E depois eu senti uma certa frustração logo que ele nasceu. Foi lindo maravilhoso, consegui o meu parto normal, mas fui lendo e me envolvendo sempre nesse mundo materno e quando me descobri grávida novamente, eu não quis o parto normal, quero um parto onde eu seja

protagonista, onde eu faça meu filho nascer. Fui muito bem acompanhada, apesar de saber que o plano hoje em dia, os médicos acabam tendo um volume muito grande de pacientes, e as consultas costumam ser bem rápidas, esses dois foram médicos bem bacanas e me deram acompanhamento legal, estavam sempre disponíveis para tirar as dúvidas, fora das consultas, eu tinha o telefone deles, email”.

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QUESTÕES RESPONDIDAS:

1- O (a) profissional respeitou a vontade em todos os momentos? “Na

primeira gestação eu acho que tive sorte, foi um Pré-Natal redondinho, hoje com o conhecimento que tenho, eu acho que poderia ter caído em uma cesariana desnecessária. Caso não fosse tudo tão redondinho assim, ele era muito do discurso, se der tudo certo, vai ser parto normal,

enquanto a segunda doutora, falava que se der alguma coisa errada, aí vai ser cesariana, não tem porque ser um parto normal”.

2- O desejo pelo parto normal, na primeira gestação, surgiu a partir de qual momento? "Desde sempre, sempre soube para mim, que eu teria

meus filhos de parto normal. Eu nunca pensei em Cesariana. Na minha casa, ouviam-se histórias de minha família, da minha mãe, por exemplo, teve dois partos normais e uma cesariana, quando eu já era grande. Ela teve meu irmão de cesariana quando eu tinha treze anos, foi uma recuperação tão horrível que ela falava que parto normal doía na hora, mas nasceu e, é ótimo. É uma coisa que em minha casa nunca se cogitou marcar uma cesariana".

3- Como se deu a busca pela informação dos Prós e Contras do Parto Normal? “Sempre quis o Parto Normal quando engravidei, procurei um

grupo para me exercitar, eu queria fazer um exercício voltado para gestante,e acabei fazendo Yoga para gestante, num local onde eles enfatizam os benefícios do Parto Normal, então me senti em casa e tirei algumas dúvidas que eu tinha ali”.

4- O (a) médico (a) desde o início soube de sua vontade pelo Parto Normal? “Sim, inclusive em minha primeira gravidez, o meu médico que

era o meu ginecologista, disse que não poderia me acompanhar na data provável do parto, pois estaria em viageme indicar-me-ia para outra pessoa, então pedi alguém que fosse a favor do parto normal, que não fosse me levar para cesariana, então fui atrás disso”.

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5- Em ambos os partos, foi o (a) mesmo (a) profissional? “Ambos

profissionais são de Porto Alegre: Dr. Cristiano Salazar- primeiro filho e Dra. Karla Simon Brouwers- segundo filho”.

6- O (a) profissional respeitou a vontade em todos os momentos? “Na

primeira gestação eu acho que tive sorte, foi um Pré-Natal redondinho, hoje com o conhecimento que tenho, eu acho que poderia ter caído em uma cesariana desnecessária. Caso não fosse tudo tão redondinho assim, ele era muito do discurso, se der tudo certo, vai ser parto normal,

enquanto a segunda doutora, falava que se der alguma coisa errada, aí vai ser cesariana, não tem porque ser um parto normal”.

7- Em algum momento, algum dos profissionais chegou a sugerir a cesárea? “Na realidade não, mas em relação o doutor de minha

primeiragestação, houve certo medinho no final”.

8- O medo de não realizar Parto Normal, lhe prejudicou em alguma circunstância? “Acho que prejudicar não, mas eu tinha certa ansiedade

assim, no final da gravidez, de como seria se eu passasse das quarenta semanas, que se considera a data provável do parto. Por sorte na

primeira gravidez veio bem antes disso, então quando chegou à época de nascer a partir das trinta e oito semanas, eu fiquei um pouco ansiosa, pensando que se passasse eu acreditava que esse cara não vai ser legal”.

9- Quantas horas esperastes para ganhar o primeiro filho? E o segundo? “Primeira gravidez- Parto Normal- Dentro do hospital- 7 hrs.

Segunda gravidez- Parto Humanizado- 2:30 hrs (Hospital Divina Providência)”.

10- Contastes com o acompanhamento de seu marido no hospital no primeiro parto? “Os pais estavam presentes nos dois partos, e no

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11- Passados cinco anos de sua primeira gestação, o que lhe motivou a realizar o Parto Humanizado? “Eu fiquei muito frustrada no primeiro

parto assim, porque eu também queria um parto mais humanizado, mas eu achei que a gente ia dar conta e não fosse precisar de doula, e cheguei ao hospital, mandaram que eu ficasse deitada o tempo todo, as dores estavam muito fortes. Pedi analgesia, tive analgesia e dei muita sorte que não me cortaram, o períneo e não empurraram minha barriga. Foi sorte, porque com o uso da analgesia tem uma cascata de outras

intercorrências, passei o tempo todo sentada, sem poder beber e comer. E depois eu senti uma certa frustração logo que ele nasceu. Foi lindo maravilhoso, consegui o meu parto normal, mas fui lendo e me

envolvendo sempre nesse mundo materno e quando me descobri grávida novamente, eu não quis o parto normal, quero um parto onde eu seja protagonista, onde eu faça meu filho nascer”.

12- O doutor já havia salientado sobre os Prós e Contras da utilização da Analgesia? “Falei a gravidez inteira que eu queria ter um parto natural,

ele disse ótimo. Quando cheguei no hospital e pedi analgesia, ele respondeu que já sabia, me falaram então dos riscos anestésicos, mas não me falaram na hora sobre como isso poderia interferir no trabalho de parto e nas condições que o bebe nasce, o bebe nasce meio dopado quando a gente faz analgesia”.

13- Medistes os Prós e Contras do Parto Humanizado? “Não há

contra-indicação de um parto humanizado a não ser nos reais e graves casos onde uma cesariana é obrigatória. Os benefícios do parto humanizado sempre me foram claros: recuperação mais rápida da mãe (na real, imediata, apenas um certo cansaço físico, como após uma atividade forte), bebê nasce muito melhor, em seu tempo, sem estar sujeito a drogas/anestesia (pois ela passa pela placenta e bebê pode nascer grogue), então a amamentação é imediata”.

14- O Parto Humanizado foi realizado em casa? “No Hospital Divina

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15- Quais os profissionais envolvidos no Parto Humanizado? “Médico e

Doula”.

16- Fostes sedada em ambos procedimentos- PN e PH? “Tive analgesia

no primeiro parto, mas estava consciente o tempo todo”.

17- Participas de algum fórum, site, espaço para compartilhamento de experiências com as demais mães, gestantes? “Vários grupos do

Facebook principalmente”.

18- Quantas semanas duraram suas gestações? “38 semanas e 4 dias, a

segunda durou 40 semanas e 2 dias”.

19- Como a sua vida foi marcada pelo acesso a saúde? (Atendimento ao Parto) “Fui muito bem acompanhada, apesar de saber que o plano hoje

em dia, os médicos acabam tendo um volume muito grande de pacientes, e as consultas costumam ser bem rápidas, esses dois foram médicos bem bacanas e me deram acompanhamento legal, estavam sempre disponíveis para tirar as dúvidas, fora das consultas, eu tinha o telefone deles, email”.

20- Como a sua vida foi marcada pelo acesso a saúde? (Acesso a Saúde- GERAL) “Sempre tive facilidade de acesso à saúde, primeiro em Pelotas,

cidade pequena, por ser filha de médico, e segundo, por sempre ter tido plano de saúde”.

21- Nome de sua Doula (segunda gravidez)? “Janaína de Paula Farias”. 22- Houve uma diferenciação na alimentação de uma gravidez para a

outra? Algum (a) nutricionista foi responsável? Os médicos (PN-PH) chegaram a abordar essa questão? “Não, não fiz dieta com

nutricionista, não tive problemas relacionados ao peso, só é aconselhável em caso de diabetes gestacional. O que houve é que durante o trabalho

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de parto do primeiro filho não me deixaram comer nem beber nada por conta da analgesia, ou pela ideia de uma possível cesárea (muitos profissionais deixam a parturiente sem dieta, pois caso queiram levar pra cesárea tem que estar em jejum), no segundo bebi quanta água quis e não comi, pois não tive fome, mas assim que nasceu ganhei frutos secos na boca, dados pela doula”.

23- Qual o nome de seu ginecologista, que não pode realizar o parto devido ao fato de viajar na data (Primeiro Parto)? “Eduardo Becker

Júnior”.

24- Nome do grupo que participastes de Yoga, no parto

Normal? Quantas pessoas havia no grupo? “Grupo Luz Materna, onde

fazia yoga, e o grupo virtual tem 504 membros ”.

25- Como era a relação com o doutor que o substituiu (PRIMEIRA GRAVIDEZ)? “Excelente, ele é muito querido, só não o busquei

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