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NOVA FÁBRICA EM LOURES

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Fevereiro de 2008

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Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico 2

Mirandela Artes Gráficas, S.A Fevereiro 2008

Indíce

1 INTRODUÇÃO...3

2 O QUE SE PRETENDE COM ESTE PROJECTO?...3

3 O QUE SE PRETENDEU COM O ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL? ...4

4 ONDE É QUE VAI SER CONSTRUÍDA A NOVA FÁBRICA DA MIRANDELA?...4

5 COMO É QUE VAI SER A NOVA FÁBRICA DA MIRANDELA? ...7

6 QUE ACTIVIDADES VÃO SER REALIZADAS NESTA FÁBRICA? ...9

7 QUAIS OS PRINCIPAIS IMPACTES DESTA FÁBRICA? ...11

8 O QUE ESTÁ PREVISTO PARA MINIMIZAR OU ELIMINAR OS IMPACTES NEGATIVOS? .12 9 COMO É QUE VAI SER GARANTIDO O CONTROLO AMBIENTAL DO PROJECTO? ...14

(3)

Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico 3

Mirandela Artes Gráficas, S.A Fevereiro de 2008

1 I

NTRODUÇÃO

Este documento corresponde ao Resumo Não Técnico (RNT) do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do projecto de construção, funcionamento e desactivação da “Nova Fábrica da Mirandela – Artes Gráficas, S.A. em Loures”, localizada na Freguesia de Santo Antão do Tojal, Concelho de Loures, Distrito de Lisboa. Este EIA foi realizado de acordo com a Legislação aplicável, neste caso o Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro e a Portaria n.º 330/2001, de 2 de Abril.

De acordo com o Decreto-Lei n.º 197/2005, de 2 de Abril existem vários projectos que, pela sua dimensão, produtos, reagentes utilizados e/ou emissões produzidas, podem, em caso de má gestão, infligir danos importantes no ambiente. A nova fábrica da Mirandela em Loures constitui um destes projectos uma vez que, sendo uma gráfica de grande dimensão, corresponde a uma instalação que realiza o

tratamento de superfícies de substâncias, objectos ou produtos, com solventes orgânicos, com consumo superior ou igual a 150 kg/hora ou maior ou igual a 200 toneladas/ano.

A entidade licenciadora deste projecto é a Direcção Regional de Economia de Lisboa e Vale do Tejo (DRE-LVT), e a Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental é a Comissão de Coordenação e de Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT).

Este EIA foi realizado pela empresa EnviEstudos – Consultoria Ambiental, Lda em duas fases distintas. Um primeira fase decorreu entre Junho e Julho de 2006 e correspondeu à avaliação da situação de referência, descrição do processo, avaliação de impactes e desenvolvimento de medidas minimizadoras. Desta primeira fase resultou o primeiro EIA apresentado a 20 de Julho de 2006 sendo que a respectiva Comissão de Avaliação entendeu existirem várias situações que careceriam de avaliação, consolidação e / ou justificação, tendo considerado o EIA desconforme. A segunda fase decorreu entre Novembro de 2006 e Setembro de 2007 um período de tempo necessário à resolução de todas as situações pendentes do primeiro processo de avaliação de impacte ambiental.

Para a realização deste estudo, para além da consulta de informação em livros e revistas técnicas, foram realizados trabalhos de campo e investigações no local, tendo sido envolvida uma equipa de carácter multidisciplinar, recorrendo a sub-contratação de serviços a empresas especializadas para situações de maior especificidade técnica e pertinência ambiental.

2 O

QUE SE PRETENDE COM ESTE PROJECTO

?

O projecto da nova fábrica da Mirandela Artes Gráficas em Loures, encontra-se actualmente construído e, pretende reunir num único local a

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Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico 4

Mirandela Artes Gráficas, S.A Fevereiro de 2008

produção da actual fábrica em Alcântara (onde entre muitas publicações, se distingue a impressão do jornal diário Público), com a produção da Imprejornal actualmente localizada nos Olivais, em Lisboa (responsável pela impressão do semanário Expresso).

Face ao aumento de competitividade do sector das artes gráficas que resulta do período de recessão que atravessa, um projecto com esta dimensão só se consegue concretizar se se juntar a da mais moderna tecnologia existente com a melhor organização possível. Esta passa essencialmente pela optimização da logística, da produção, pela racionalização dos consumos e pelo controlo das emissões. A competitividade do mercado obriga também à instalação no mesmo local de todos os processos necessários para a realização do produto, nomeadamente a pré-impressão, a impressão, os diferentes tipos de acabamentos e a embalagem e expedição.

O objectivo da Mirandela é construir uma fábrica que permita, num horizonte de 3 anos, duplicar a capacidade de produção actual e constituir-se como um dos mais importantes pólos gráficos em Portugal.

3 O

QUE SE PRETENDEU COM O

E

STUDO DE

I

MPACTE

A

MBIENTAL

?

Conforme foi referido no ponto 1, os estudos de impactes ambientais são obrigatórios para

projectos cujas características possam provocar danos importantes para o ambiente no caso de terem uma gestão deficiente ou de não serem devidamente acauteladas as medidas minimizadoras. Os objectivos gerais de um EIA, consistem portante em analisar os referidos riscos ambientais e sugerir medidas destinadas a minimizar (ou mesmo eliminar) os impactes ambientais negativos de maior relevância e a promover os impactes ambientais positivos. Só desta forma é possível que, um projecto cujas características intrínsecas ao seu processo e à sua dimensão possa constituir uma situação de risco para a envolvente ambiental e social, seja transformado numa iniciativa totalmente segura promotora do desenvolvimento social e económico da região em respeito por todos os valores naturais e patrimoniais.

4 O

NDE É QUE SE LOCALIZA A NOVA FÁBRICA DA

M

IRANDELA

?

A nova fábrica da Mirandela – Artes Gráficas, S.A. está localizada na Freguesia de Santo Antão do Tojal, Concelho de Loures, Distrito de Lisboa. Esta fábrica é constituída por um único edifício localizado num terreno com cerca de 6 hectares, junto ao stand e oficinas da Mercauto, próximo dos nós de Loures da Auto-Estrada 8 (A8) e da Circular Regional Exterior de Lisboa (CREL). Na Figura 1 apresenta-se a localização da nova fábrica da Mirandela.

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Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico 5 Mirandela Artes Gráficas, S.A Fevereiro de 2008

(Fonte: www.cm-loures.pt e SNIG)

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Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico 6

MIRANDELA Artes Gráficas – Loures Fevereiro de 2008

(Fonte: Câmara Municipal de Loures)

Figura 2 –Confrontações da Nova Gráfica Mirandela

O terreno é delimitado pela Estrada Nacional n.º 115 (EN 115), pela estrada de Pintéus, pela estrada do Moinho Velho, pela Ribeira de Fanhões e por um terreno particular. A Figura

2 apresenta todas as confrontações do terreno

onde está instalada a nova fábrica da Mirandela – Artes Gráficas, S.A.,.

Este terreno apresenta ainda vestígios da antiga utilização agrícola na parte próxima da Ribeira de Fanhões (onde inclusivamente existe um poço), sendo que, a parte mais afastada da Ribeira, dado o declive acentuado e as características secas do solo, não apresentam vestígios de qualquer utilização específica.

De acordo com o Plano Director Municipal (PDM) do Concelho de Loures, toda a área de implementação da fábrica e respectivas infra-estruturas está classificada como “Espaço urbanizável, de mistos de indústria e terciário”, sendo que a fracção Norte do terreno está classificada como área de “exclusivo uso agrícola”. Refira-se ainda que a área de “exclusivo uso agrícola” integra simultaneamente a Reserva Agrícola Nacional (RAN) e, que o terreno é integralmente atravessado por uma linha de água que integra a Reserva Ecológica Nacional (REN). Dada a regulamentação do PDM e os regimes de funcionamento da REN e da RAN, tanto a linha de água como a área de exclusivo uso agrícola

2

1

3

4

5

6

Legenda: 1 – Propriedade Particular 2 – Estrada de Pintéus 3 – Ribeira de Fanhões 4 – Mercauto 5 – Estrada Nacional 115 6 – Estrada do Moinho Velho

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Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico 7

MIRANDELA Artes Gráficas – Loures Fevereiro de 2008

foram respeitadas, sendo que no domínio hídrico associado à linha de água foram realizadas cinco intervenções devidamente licenciadas pela CCDR-LVT e na área de RAN foram realizadas duas intervenções devidamente autorizadas pela Comissão Regional de Reserva Agrícola de Lisboa e Vale do Tejo (CRRAN-LVT). Na Figura 3 apresenta-se a integração do edifício e respectivas infra-estruturas, relativamente a todas as condicionantes que impendem sobre o local.

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OMO É A NOVA FÁBRICA DA

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IRANDELA EM

L

OURES

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A nova fábrica gráfica da Mirandela é constituída por um único edifício, com um conjunto de áreas distintas onde são realizadas actividades autónomas, mas muitas vezes complementares, possuindo uma disposição que permite a realização dos trabalhos, de forma sequencial.

No exterior do edifício, para além das áreas ajardinadas fundamentais ao enquadramento paisagístico da instalação, localizam-se as áreas de estacionamento e os equipamentos anexos, entre os quais os equipamentos de protecção ambiental (exemplo: sistema de tratamento de gases e compactador de resíduos).

A estrada de acesso contorna inteiramente o edifício, evitando desta forma a necessidade dos veículos pesados fazerem manobras para entrar e sair das instalações. A fracção Norte do terreno, por se encontrar em área definida como RAN não sofrerá qualquer intervenção. A maior parte do edifício possui uma altura média de 12 metros, com excepção do local de instalação de uma máquina de impressão rotativa que, devido ao tamanho da máquina, tem uma altura de 23 metros. A Figura 4 representa o aspecto do edifício.

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Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico 9

MIRANDELA Artes Gráficas – Loures Fevereiro 2008

6 O

QUE FABRICA ESTA FÁBRICA

?

As actividades realizadas nesta fábrica são actividades normais de uma gráfica, com a particularidade de envolver equipamentos de grande dimensão e de possuir uma grande capacidade de produção. A produção da nova fábrica da Mirandela assenta em 4 sectores distintos:

Pré-impressão:

- Fotocomposição

- Revelação de chapas de offset

Impressão: - Impressão plana - Impressão rotativa Acabamentos: - Corte e vinco - Encadernação Expedição: - Embalamento - Expedição

Para além dos referidos processos esta unidade possui também um serviço de valor acrescentado correspondendo ao serviço de colocação em envelope de material impresso (geralmente designado por mailing).

A actividade de pré-impressão implica a utilização de computadores para o tratamento de textos e imagens assim como uma máquina de revelação de chapas de tipografia.

A actividade de impressão envolve várias máquinas de impressão folha-a-folha (impressão plana) e máquinas de impressão em bobine (impressão rotativa).

A parte de acabamentos utiliza vários tipos de máquinas tal como guilhotinas, máquinas de corte e vinco, máquinas de dobrar, máquinas de encadernar, etc..

Por fim a área de expedição utiliza essencialmente máquinas para embalamento de produto acabado.

Na Figura 5, é apresentado o fluxograma do processo produtivo da Mirandela, com identificação dos seus principais consumos e emissões.

De referir que a concretização de um trabalho não implica forçosamente a passagem por todos os passos do fluxograma.

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Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico 10

MIRANDELA Artes Gráficas – Loures Fevereiro 2008

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Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico 11

MIRANDELA Artes Gráficas – Loures Fevereiro 2008

7 Q

UAIS OS PRINCIPAIS IMPACTES DESTA FÁBRICA

?

No estudo de impacte ambiental da nova fábrica da Mirandela foram identificados os principais impactes ambientais ou seja, as principais alterações produzidas por esta fábrica na sua área de implantação e na respectiva envolvente. Para realizar esta análise, estudou-se pormenorizadamente o estado actual do local e das redondezas. Depois analisou-se detalhadamente o projecto, características do edifício, características dos equipamentos, tipos de produtos a utilizar e emissões previsiveis. Em função dos resultados destas análises foi possível prever os principais impactes ambientais e, consequentemente, definir medidas de atenuação dos mesmos. Em qualquer projecto abrangido pela legislação de avaliação de impacte ambiental, os principais impactes estão geralmente associados aos motivos que tornam o projecto abrangido por esta legislação.

O caso da nova fábrica gráfica da Mirandela não é excepção pelo que alguns dos impactes mais importantes estão associados ao consumo de solventes, nomeadamente emissões de solventes para a atmosfera (interferindo com a qualidade do ar) e situações de risco relacionadas com o armazenamento de quantidades importantes destes produtos que constituem substâncias inflamáveis, nomeadamente o risco de incêndio e a descarga das respectivas águas de combate

(perigo de contaminação dos solos e recursos hídricos, quer superficiais como subterrâneos). Outro impacte importante associado à construção e funcionamento desta nova unidade industrial, relacionado com o ruído, corresponde à emissão de ruído para o exterior e a possibilidade de provocar incomodidade nas habitações em redor.

Ao nível dos solos e recursos hídricos o facto do terreno ser atravessado no seu comprimento pelo emissário de esgotos de Fanhões, da responsabilidade dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento (SMAS) de Loures fez com que, durante a fase de construção, o risco de ruptura de emissário tenha sido considerado um impacte importante, uma vez que pode provocar a descarga no solo de todos os esgotos drenados por este emissário, contaminando não só o solo, como a água superficial e eventualmente subterrânea.

A produção de resíduos não perigosos e, sobretudo a produção de resíduos perigosos, tais como restos de tintas e de solventes, embalagens de tintas e de solventes vazias, trapos contaminados com tintas e solventes, corresponde também a um impacte ambiental importante, sobretudo durante a fase de funcionamento, que poderá também levar à contaminação dos solos e recursos hídricos. Os riscos de incêndio, tanto da área de armazenamento de solventes (já referido), como do armazém de papel e dos depósitos de combustível (propano) e, a consequente

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Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico 12

MIRANDELA Artes Gráficas – Loures Fevereiro 2008

descarga de águas de combate a incêndio (que podem contaminar o solo e recursos hídricos) constituem um dos impactes mais importantes da fase de funcionamento.

Para além destes impactes, considerados mais graves, foram ainda identificados outros que, sendo à partida menos graves, não deixam de ser significativos e, como tal, merecer a atenção tanto da fábrica como de todas as partes interessadas. Destes destacam-se:

- o consumo de água;

- a produção de efluentes domésticos e industriais;

- o risco de ruptura do depósito de recolha de águas contaminadas;

- a alteração da paisagem; e

- os derrames que podem ocorrer tanto nas fases de construção e desactivação como, durante o funcionamento.

Considerando que este projecto incluiu a construção de uma linha de média tensão subterrânea com 2,8 km entre a fábrica e a sub-estação de Loures, a necessidade de abertura de valas era susceptível de provocar impactes sobre o património histórico e arqueológico, tendo em conta que na envolvente existem vários locais de interesse patrimonial. No entanto, o facto de todo o traçado ter sido realizado na faixa de rodagem da EN 115 eliminou este risco.

Refira-se por último que a entrada em funcionamento desta unidade constitui um

importante impacte positivo ao nível dos factores sócio-económicos e, concretamente para a comunidade local, uma vez que implicará mais de 200 postos de trabalho, correspondendo a uma aumento de 20 postos de trabalho, relativamente às anteriores instalações da Mirandela em Alcântara. Assim, apesar de grande parte dos postos de trabalho transitarem da fábrica de Alcântara, não deixarão de ser responsáveis pelo dinamismo da economia local.

8 O

QUE ESTÁ PREVISTO PARA MINIMIZAR OU ELIMINAR OS IMPACTES NEGATIVOS

?

Os principais impactes ambientais negativos, acima descriminados foram alvo de ponderação, de modo a identificar as medidas possíveis para a sua atenuação.

Ao nível da qualidade do ar, as emissões de Compostos Orgânicos Voláteis (COV’s) produzem-se essencialmente nas estufas de secagem das máquinas rotativas. Estas estufas possuem um sistema de aspiração do ar contaminado com COV’s que é direccionado para um sistema de queima de COV’s, pelo que a sua libertação para a atmosfera será apenas vestigial.

Por outro lado, por recorrer à mais recente tecnologia, a impressão de jornais será em grande parte assegurada por uma máquina de

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Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico 13

MIRANDELA Artes Gráficas – Loures Fevereiro 2008

impresão rotativa de grandes dimensões, cujo funcionamento já é isento de solventes.

Relativamente ao ruído, durante a fase de construção, a emissão de ruído foi atenuada pela limitação dos trabalhos ao período diurno durante os dias úteis. Durante a fase de funcionamento, o ruído terá duas origens distintas:

1. Ruído produzido pelos equipamentos de impressão e acabamento da fábrica; 2. Ruído produzido pelos equipamentos

no exterior nomeadamente arrefecedores e compactadores.

Em relação ao primeiro, a construção do edifício com chapa dupla com lã mineral de permeio tanto nas fachadas como na cobertura garante praticamente o isolamento acústico total do edifício. Quanto à segunda fonte de ruído, apesar de serem fontes menores dado se encontrarem no exterior, poderão originar incomodidade. Assim, após a plena laboração proceder-se-à, à realização de medições de ruído para verificção quanto à existência ou não de incomodidade e, caso se confirme, proceder-se-á à instalação de painéis acústicos próximos das respectivas fontes. A simulação por computador destas medidas de minimização de ruído permitiram prever a eficácia das mesmas sendo que, em relação aos alvos sensíveis localizados a Norte, a fábrica poderá mesmo ter um efeito atenuador do ruído emitido pelo tráfego da EN 115.

A produção de resíduos, nomeadamente resíduos perigosos, sendo um impacte ambiental significativo, prevê a possibilidade de poder beneficiar da proximidade de vários operadores de gestão de resíduos, devidamente licenciados para definir rotinas de recolha, que permitam reduzir ao máximo as quantidades de resíduos armazenados.

O risco de danos no emissário de esgotos de Fanhões (que podia levar à contaminação do solo e dos recursos hídricos) foi acautelado através da sua prévia sinalização e através do acompanhamento da obra por parte de técnicos dos SMAS de Loures, pelo que a mesma decorreu sem que tenha sido registada qualquer dano no emissário.

Os riscos de incêndio foram acautelados através da instalação em toda a área de armazenamento de um sistema de detecção automática de incêndios associado a um sistema de combate, abastecido por uma reserva de água, o que permite o abastecimento de água para combate a incêndio mesmo no caso de perda de energia. As descargas de águas contaminadas já estão a ser eliminadas através da recolha das mesmas num reservatório, que é periodicamente descarregado por uma empresa especializada devidamente licenciada. Assim, não existe risco de descarga inadvertida de águas contaminadas para o meio envolvente, em particular para a Ribeira de Fanhões.

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Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico 14

MIRANDELA Artes Gráficas – Loures Fevereiro 2008

Os esgotos domésticos são descarregados no colector municipal, sendo as suas características compatíveis com os critérios de de aceitação definidos pelos SMAS de Loures. A água consumida é fornecida pelos SMAS de Loures, não estando previsto a Mirandela recorrer ao poço existente na sua propriedade. No que respeita ao descritor Paisagem, a fábrica foi enquadrada na paisagem através da criação de espaços verdes, em particular na zona junto à Ribeira de Fanhões e na fachada entre a fábrica e a EN 115.

Ao nível dos factores sócio-económicos, mais precisamente das acessibilidades, esta fábrica, considerando o número de trabalhadores, a recepção de matérias-primas e a expedição de material impresso implica uma circulação considerável de veículos que corresponde a um aumento de 4 a 5% do tráfego registado na EN 115. Nas vias rodoviárias complementares (CREL e A8), este aumento é praticamente irrelevante.

Para além das medidas acima descriminadas, foram ainda definidas várias medidas de actuação que foram respeitadas pelo empreiteiro e pelo promotor do projecto, de modo a minimizar as implicações ambientais associadas.

9 C

OMO É QUE VAI SER GARANTIDO O CONTROLO AMBIENTAL DO PROJECTO

?

A Gráfica Mirandela, para além de estar abrangida pela obrigatoriedade de realizar uma avaliação de impacte ambiental, está também abrangida pela necessidade de obtenção de uma Licença Ambiental para poder funcionar. Esta licença ambiental, a emitir pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), deverá referir todos os elementos a controlar para garantir uma correcta gestão de todas as implicações ambientais da fábrica.

Para além do controlo obrigatório que decorre da Licença Ambiental, é também objectivo da fábrica desenvolver um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e obter o registo no Sistema Comunitário de Eco-Gestão e Auditoria (EMAS), tendo já assinado contrato com APA. Este registo implica a publicação anual da respectiva Declaração EMAS onde são apresentados todos os dados relativamente ao desempenho ambiental da fábrica. Esta documentação é pública e pode ser consultada por qualquer parte interessada. A informação prestada nesta Declaração tem de ser validada por entidade independente devidamente reconhecida pela APA.

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MIRANDELA Artes Gráficas – Loures Fevereiro 2008

Considerando a dimensão e as características da nova fábrica da Mirandela, a fase de funcionamento é sem dúvida a mais importante em termos de controle do ambiente. Este controlo é em muitos casos obrigatório por lei, sobretudo nos casos de medição do nível de ruído, emissões atmosféricas por fonte fixa e descarga de águas residuais.

Os consumos de energia eléctrica e de gás, a gestão de resíduos e o estado de manutenção das estruturas e equipamentos são também parâmetros passíveis de avaliação.

O controlo ambiental a realizar deve naturalmente dar prioridade aos factores associados a impactes ambientais considerados como significativos, embora seja também relevante considerar o controlo de alguns dos factores, associados a impactes ambientais considerados como pouco significativos ou mesmo não significativos, mas que podem influenciar de forma relevante o desempenho ambiental da empresa ou estejam directamente relacionados com o cumprimento de requisitos legais, aplicáveis ao conjunto de actividades, produtos e serviços da Mirandela. A Mirandela já implementou um plano de monitorização ambiental que contempla os seguintes items:

Emissão de ruído (Ruído e Vibrações):

A Gráfica Mirandela deverá realizar, na fase inicial de funcionamento, uma avaliação de incomodidade de ruído para o exterior. Sendo previsível a inexistência de incomodidade para

o exterior, e se as medições o confirmarem, poder-se-á prescindir destas avaliações de forma periódica enquanto não ocorrer uma alteração importante do funcionamento da fábrica. Por alteração importante, entende-se a alteração das características físicas do edifício ou a introdução de novas fontes geradoras de ruído, passíveis de provocar incomodidade para o exterior.

Emissões atmosféricas em chaminés (Qualidade do Ar):

Considerando os processos e dimensões dos sistemas de geração de poluentes atmosféricos, prevê-se que as emissões da Gráfica Mirandela não atinjam valores referidos pela legislação como limite. Assumindo que não serão necessárias a realização de medições em contínuo, deverão ser realizadas duas análises por ano aos poluentes emitidos por cada chaminé.

Gestão de resíduos (Produção de Resíduos):

Considerando as periodicidades legalmente obrigatórias para a gestão de resíduos, nomeadamente o preenchimento de guias de acompanhamento de resíduos, sempre que se faça um transporte e o preenchimento anual do Sistema Integrado de Registo Electrónico de Resíduos (SIRER) com indicação de todos os resíduos movimentados, tudo isto é compatível com uma frequência de controlo de movimentos, ao nível das respectivas quantidades por tipo de resíduo com uma periodicidade mensal e um controlo ao nível do destino com uma periodicidade anual.

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Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico 16

MIRANDELA Artes Gráficas – Loures Fevereiro 2008

Gestão de solos eventualmente contaminados (Solos)

Este controlo deverá ser realizado apenas na fase de desactivação da instalação fabril da Mirandela ou caso ocorra algum acidente susceptível de contaminar seriamente o solo.

Consumo energético:

Os parâmetros a controlar serão os kWh de energia eléctrica e os m3 de gás propano, as

únicas duas fontes de energia utilizadas pela Gráfica Mirandela no futuro próximo. De salientar que existe a possibilidade de o fornecimento de energia poder vir a ser de gás natural.

A frequência de amostragem destes dois factores deve ser proporcional à importância destes consumos e, por outro lado, adequado às possibilidades técnicas e disponibilidades para o fazer.

Assim, a frequência de verificação dos valores consumidos de energia eléctrica e de gás propano deverá ser definida tendo como enquadramento o plano de racionalização de consumos energéticos.

Consumo de água:

A frequência de controlo da quantidade de água da rede pública utilizada deverá ser mensal e o registo poderá ser feito em folha de cálculo em suporte digital ou com recurso aos elementos contabilísticos emitidos pelos SMAS de Loures.

Descarga de águas residuais industriais:

A frequência de análise dos esgotos descarregados no colector dos SMAS de Loures, será definida pelos SMAS e deverá inclusivamente ser parte integrante da licença de descarga. Este controlo deverá ser realizado apesar das águas contaminadas não serem descarregadas no colector.

A Gráfica Mirandela deverá posteriormente, utilizar essas orientações como referência para o estabelecimento da frequência de monitorização.

Referências

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