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Análises Químicas das concentrações de fluoreto e matéria orgânica dissolvidos em água potável desenvolvido em laboratório biológico análise química e microbiológica

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS FÍSICAS E MATEMATICAS

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA QMC5515 – Estágio Supervisionado

ANÁLISES QUÍMICA DAS CONCENTRAÇÕES DE FLUORETO E MATÉRIA ORGÂNICA DISSSOLVIDOS EM ÁGUA POTÁVEL DESENVOLVIDO EM

LABORATÓRIO BIOLÓGICO ANÁLISE QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA FLORIANÓPOLIS/SC

FRANCIELI MACEDO SILVA

ORIENTADOR: LUCIANO VITALI SUPERVISOR: FELIPE GONÇALVES LINS

Florianópolis Dezembro /2019

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Francieli Macedo Silva

ANÁLISES QUÍMICA DAS CONCENTRAÇÕES DE FLUORETO E MATÉRIA ORGÂNICA DISSSOLVIDOS EM ÁGUA POTÁVEL DESENVOLVIDOS EM

LABORATÓRIO BIOLÓGICO ANÁLISE QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA FLORIANÓPOLIS/SC

Projeto de Estágio Supervisionado (QMC 5515) apresentado ao Departamento de Química da

Universidade Federal de Santa Catarina desenvolvido em Laboratório Biológico Análise Química e Microbiológica em Florianópolis/SC

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a minha mãe Luzia, meu pai Luiz e minha irmã Luizi, por todo suporte que proporcionaram a mim durante esse período de faculdade. Obrigada também por compreenderem a busca dos meus sonhos, sem o fundamental apoio de vocês, tudo seria mais difícil. À Deus por me guiar, e me dar força e esperança nos momentos difíceis, reforçando minha fé.

A UFSC por ser esse ambiente tão plural, dinâmico e democrático, proporcionando o contato com as mais variadas pessoas, de todos os lugares do mundo, culturas e formas de ver o mundo diferente. A todos os meus professores do Departamento de Química por todos os ensinamentos, e a contribuição na minha formação acadêmica. A minha amiga Janine que me acolheu carinhosamente e de braços abertos quando cheguei a Florianópolis e no curso de química. As amizades que construí durante toda essa jornada, especialmente minhas amigas Kamilla, Ligia, Rose e Yonara, obrigada por dividirem comigo as listas de exercícios, os relatórios de aula, um delicioso café no EFI, as tristezas, e os inúmeros momentos de alegria e superação. À PRAE que me ofereceu um grande apoio financeiro, ajudando a tornar esse sonho realidade. E finalmente agradeço a toda equipe do Laboratório Biológico pela oportunidade e todo o aprendizado que compartilharam comigo durante todo período do estágio obrigatório.

Florianópolis Dezembro/2019

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“Há verdadeiramente duas coisas diferentes: saber e crer que se sabe. A ciência consiste em saber; em crer que se sabe reside a ignorância.”

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Lista de Abreviaturas MS : Ministério da Saúde

DBO´s: Demanda Biológica de Oxigênio

DQO´s: Demanda Química de Oxigênio

SPANDS: Sódio 2-(Parassulfofeniazo) -1,8-1111Dihidroxi-3,6-Naftaleno Dissulfonato-

PVC: Policloreto de Vinila

Lista de Equações

Equação 1. Formulação matemática da Lei de Ohm (Ω)

Equação 2. Reação dos íons Fluoreto com Zr-SPANDS em meio ácido

Equação: Reação de oxidação do Permanganato de Potássio

Lista de Figuras

Figura 1: Logo da Empresa Laboratório Biológico

Figura 2: Esquema de um Turbidímetro por Radiação espalhada Figura 3: Padrões de Cor Co-Pt -Digmed

Figura 4: Fluorose Dentária

Figura5: Sódio 2-(parassulfofeniazo)-1,8-1111dihidroxi-3,6- naftaleno dissulfonato- (SPADNS)

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Sumário

1. JUSTIFICATIVA ... 9

2. APRESENTAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO ... 10

3. REVISÃO DA LITERATURA REFERENTE AO TRABALHO DESENVOLVIDO . 11 3.1 Monitoramento e Qualidade da Água Potável ... 11

3.2 Principais Parâmetros Físico-Químico da Água Potável ... 11

3.2.1 Parâmetros Físicos ... 12 3.2.1.1 Turbidez ... 12 3.2.1.2 Sabor e odor ... 13 3.2.1.3 Cor ... 13 3.2.2 Parâmetros Químicos ... 14 3.2.2.1Condutividade Elétrica ... 15 3.2.2.2 Fluoretos ... 15

3.2.2.3 Matéria orgânica (Oxigênio Consumido) ... 16

3.2.2.4 Cloro Residual Livre... 16

4.OBJETIVOS ... 17

4.1 Objetivo Geral ... 17

4.2 Objetivos específicos... 17

5.METODOLOGIA ... 17

5.1 Determinação de Fluoreto pelo Método- Sódio 2-(Parassulfofeniazo) -1,8-1111Dihidroxi-3,6- Naftaleno Dissulfonato-SPANDS ... 17

5.2 Determinação de Oxigênio Consumido pelo método Permanganato de Potássio ... 17

5.2.1 Preparação da amostra padrão de oxalato de potássio ... 17

5.2.2 Preparação da amostra de água ... 18

5.3 Segurança no laboratório ... 18

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6.1 Rotina do laboratório ... 18

6.2 Resultados para Análise de Fluoreto ... 19

6.3 Resultados para análise de Oxigênio Consumido ... 21

7. CONCLUSÃO E PERSPECTIVAS ... 23

8. CONTRIBUIÇÃO DO ESTÁGIO À FORMAÇÃO PROFISSIONAL ... 24

9. REFERÊNCIAS ... 25

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RESUMO

A água é um dos principais componentes presente nos mecanismos biológicos dos seres vivos. É também um recurso hídrico estratégico em muitas atividades econômicas, como na geração de energia elétrica e na indústria. Podemos afirmar então, que a humanidade é totalmente dependente da água. Sendo assim, é necessário que se faça uma importante vigilância quanto a qualidade da água oferecida à população. Para isso, os países desenvolvem legislações que buscam, estabelecer limites para alguns componentes estarem presente nas águas e efluentes, atenuando assim os riscos de danos à saúde, ou prejuízos econômicos que alguns componentes inorgânicos e orgânico dispersos no meio podem trazer a quem faz o uso da mesma. Esses limites propostos podem ser quantificados através de algumas análises físico-química. Laboratórios devidamente equipados e reconhecidos por órgãos nacionais como a ANVISA (Agência de Vigilância Sanitária), e o CONOMMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), podem ser responsáveis por análises físico-química e microbiológica, seguindo metodologias descritas na literatura. Uma simples análise de determinação de flúor com o reagente SPANDS ou a quantificação de cloro e matéria orgânica dissolvida em água potável, podem indicar se a mesma é boa para o consumo humano. Análises de água devem ser realizadas com equipamentos bem calibrados e metodologias de determinação de concentração de compostos adequada.

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1. JUSTIFICATIVA

Sendo uma disciplina obrigatória no final do curso de Bacharel em Química Tecnológica, e com uma carga horária de 450 horas, o Estágio Supervisionado, contou com orientação do coordenador de estágio Luciano Vitali e com o supervisor Felipe Gonçalves Lins no local do estágio.

A realização desta disciplina é de suma importância na etapa final do curso, possibilitando ao acadêmico, aplicar de forma prática os conhecimentos acumulados durante todos os anos de vida acadêmica, além de agregar novas habilidades e proporcionar experiência profissional.

No Laboratório Biológica Análise Química e Microbiológica, é realizada rotineiramente um conjunto de análises físicas como cor, odor, sabor, turbidez, e químicas que determinam as concentrações de compostos orgânicos, de íons e metais dispersos em diversas matrizes de água entre elas a água potável.

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10 2. APRESENTAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO

Localizado no endereço Vereador Batista Pereira, n° 574 em Florianópolis/SC o Laboratório Biológico Análise Química e Microbiológica, foi fundado em 2001, possui duas filiais, uma em Fortaleza e outra no Rio de Janeiro, e tem como objetivo realizar análises ambientais com profissionalismo, segurança e qualidade1. Na empresa são realizadas análises físico-química e microbiológica em diversas matrizes como, água potável, mineral, purificada, superficial, subterrânea, efluentes, piscina e alimentos. Os procedimentos de análises e a gestão de qualidade seguem os requisitos Gerais para a competência de Laboratório de Ensaio e Calibração ISO 17025: 2017 e conta com uma equipe de alto nível, entre eles químicos, engenheiro ambiental, biólogos, farmacêuticos, técnicos em informática e estagiários principalmente na área da química, abrindo a possibilidade dos alunos da graduação e técnicos desta área realizarem estágio final no local, após a análise de currículo pela empresa. Possuem também equipamentos calibrados, ações corretivas, auditorias internas e externas e procedimento para reclamações, visando sempre a melhoria do serviço oferecido aos clientes.

O laboratório tem como missão “realizar análises ambientais, visando a segurança dos consumidores e a satisfação dos clientes, colaboradores e sócios da empresa”; como visão “compromisso com a qualidade e busca de novos negócios, objetivam a colocar o laboratório como os 3 maiores laboratórios ambientais do Sul do país até 2020”; e seus valores são “ ética, lealdade, qualidade, respeito às pessoas e ao meio ambiente”.1

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11 3. REVISÃO DA LITERATURA REFERENTE AO TRABALHO DESENVOLVIDO

3.1 Monitoramento e Qualidade da Água Potável

Todos sabemos sobre a essencialidade e a centralidade que a água tem para todo desenvolvimento da vida no planeta. É um recurso indispensável não só para o consumo dos seres vivo, atendendo suas necessidades físicas e metabólicas, mas também é importante para o desenvolvimento das atividades econômicas de uma nação, como por exemplo na agricultura, na indústria, na geração de energia elétrica, no turismo, entre outros2,3,4.

Esta extensa aplicabilidade e a total dependência da humanidade com os recursos hídricos, torna os mecanismos de monitoramento e o controle quanto a qualidade da água a que as populações tem acesso, independente do fim a que se destina, um tema de intensa relevância, podendo determinar se houve alterações da qualidade do ambiente hídrico de um determinado local e as consequentes formas como esse ambiente é afetado pela presença de descargas, contaminantes provenientes de atividades humanas, ou de despejos de estação de tratamento e indústrias.5

A portaria MS (Ministério da Saúde) nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011, estipula padrões de potabilidade da água. O artigo 5º traz o termo “água potável”: “água que atenda aos padrões de potabilidade estabelecido nesta Portaria e que não ofereça riscos à saúde.Segundo (UMBUZEIRO et., al 2010), “Padrões de qualidade da água devem seguir critérios como a disponibilidade de métodos analíticos para a sua quantificação, de tecnologia que possibilitem o tratamento com a finalidade de retirar agentes tóxicos, fatores político, econômicos e socias de uma nação. 6,7,10,16,17,18,19

3.2 Principais Parâmetros Físico-Químico da Água Potável

Quando falamos sobre qualidade da água potável é necessário ficar atento quanto as características físico-química que ela apresenta, pois dependendo das condições em que se encontra pode acabar inviabilizando o uso da mesma. A presença de alguns componentes químicos, ou o aspecto físico em que a água se encontra pode indicar se naquele local há algum tipo de contaminação causado por alguma intervenção

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12 humana, como por exemplo despejos industriais, descarte incorreta de resíduos, entre outros, ou a própria ação da natureza como nos casos de contaminação por enxofre causada pelas erupções vulcânicas, e até mesmo quando ocorre mortes de animais dentro dos mananciais. 6,7,10,16,17,18,19

3.2.1 Parâmetros Físicos

Dentre os principais parâmetros físicos que atendem os critérios de potabilidade da água, de acordo com a resolução da portaria MS nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011, encontram-se:

3.2.1.1 Turbidez

A turbidez pode ocorrer devido à presença de sólidos em suspensão, proveniente de organismos ou partículas que não estão devidamente dissolvidos, reduzindo assim transparência da água, deixando-a com um aspecto indesejável. Essas partículas causam dispersão deixando a água com aparência turva. A turbidez da água pode ser medida através de um equipamento chamado turbídimetro. Conforme escrito na Portaria MS nº 2914/11 valores acima de 5,9 uT não apresentam riscos à saúde, no entanto podem causar rejeição devido ao aspecto turvo da água. Existe alguns métodos para se medir a turbidez de um corpo de água, entre elas está a de radiação espalhada. A luz que é irradiada, é espalhada quando encontra as partículas coloidais dispersas no meio. A luz espalhada, é absorvida por um sensor presente no equipamento formando um ângulo de 90ºC com o ângulo incidente.7,8,9,18,17,19,20.

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13 3.2.1.2 Sabor e odor

Pode estar associada à presença de substâncias químicas, ou alguns gases dissolvidos no meio, e também da atividade de alguns microrganismo e algas. Alguns odores tem cheiro agradável como de terra molhada, já outros tem odores bem repulsivos, como cheiro de peixe. Despejos de efluentes com grande presença de fenóis tem cheiro bem característico. É recomendado que para o consumo humano a água seja inodora. Avaliação da qualidade é feita por análise sensorial, inalando a amostra com cuidado e verificando se apresenta odor estranho.8,9,24

Figura 3: Roda de gosto e odor simplificado para a avaliação das análises sensoriais

3.2.1.3 Cor

Preparando-se uma solução padrão de uma mistura aquosa entre três compostos o Cloroplatinato de Potássio (K2PtCl6), cloreto de cobalto (II) Hexahidratado (CoCl2.6H2O) e o Ácido Clorídrico (HCl), é possível obter uma escala de cor cobalto-platina. A determinação da intensidade da cor da água é feita comparando-se a amostra com um padrão de cobalto-platina, sendo o resultado fornecido em unidades de cor, também chamadas uH -unidade Hazen, esta escala foi desenvolvida com o objetivo de avaliar a carga poluente na água. Para efeito de caracterização de águas para abastecimento, distingue-se a cor aparente, na qual se consideram as partículas suspensas, da cor verdadeira sem a presença destas partículas. Para determinação

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14 da cor verdadeira deve-se filtrar a amostra retirando-se assim as partículas presentes, em seguida a leitura da amostra pode ser realizada em um espectrofotômetro.

Devido à presença de sólidos coloidais dissolvidos, a água pode refletir menos a luz, essas partículas podem ser tanto de origem orgânica devido a decomposição de microrganismo, ou rejeitos industriais ou mineral (compostos de ferro e manganês). Para atender o padrão de potabilidade, a água deve apresentar intensidade de cor aparente inferior a cinco unidades.8,9

Figura 3: Padrões de Cor Co-Pt -Digmed 22

3.2.2 Parâmetros Químicos

Geralmente nas águas, lodos e efluentes encontramos diversos componentes dissolvidos, tanto orgânico, quanto inorgânicos que podem ser provenientes de resíduos industriais sendo que estes podem causar transformações na fauna e flora de uma determinada região aquática, componentes dissolvidos, por exemplo ferro, manganês, fluoreto entre outros que embora sejam permitidos e recomendados até uma determinada concentração , podem oferecer riscos à saúde e ao meio ambiente quando em elevadas concentrações.9,10,11

Dentre os principais parâmetros de análises químicas da água encontram-se: pH, alcalinidade, dureza, cloretos, ferro, manganês, nitrogênio, fósforo, fluoretos, oxigênio

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15 dissolvido, matéria orgânica, DBO´s (Demanda Biológica de Oxigênio), DQO´s (Demanda Química de Oxigênio) e amônia. Neste trabalho serão apresentados os métodos de análise, as reações químicas e os limites permitidos da presença de compostos em água potável como o fluoreto, oxigênio consumido e cloro residual livre. 7,9,10

3.2.2.1Condutividade Elétrica

Condutividade elétrica como próprio nome já diz, é a capacidade que a solução tem em conduzir corrente elétrica devido à presença de íons que estão dissociados no meio. Quanto maior a presença de íons, maior a habilidade da solução em conduzir corrente elétrica. A unidade que expressa a condutividade é (mho ou S). A condutividade é dependente da temperatura, portanto, as análises devem ser acompanhadas da temperatura a qual foi medida. Na legislação brasileira não há um limite máximo estipulado de condutividade, no entanto deve -se ficar atento pois grandes variações de condutividade em um determinado ambiente aquático, pode indicar que esteja havendo contaminação por algum efluente. A condutividade elétrica é o produto da presença de um campo elétrico, que produz uma força e carrega a corrente elétrica. Estudos realizados por um físico alemão chamado Georg Simon Ohm, “diz que uma corrente que atravessa um fio condutor é proporcional a diferença de potencial aplicada, à área de seção transversal do fio e inversamente proporcional ao comprimento. A formulação da lei da matemática é a seguinte.7,8,9,21.

V= RI

Equação 1: Formulação matemática da Lei de Ohm (Ω)

3.2.2.2 Fluoretos

A Portaria MS nº 2914/11 estabelece um máximo de 1,5 mg/L de fluoretação da água, esta dosagem é a indicada na prevenção de cáries dentária. Por outro lado, o consumo de flúor a longo prazo pode trazer causar toxicidade aguda ou crônica, e causar “fluorose”, ou seja, o embranquecimento dos dentes. Os compostos de flúor também são encontrados na natureza de forma abundante em solos, água, ar. Sendo o elemento mais eletronegativo, pode ser encontrado frequentemente na sua forma iônica fluoreto (F-) e combinados com outros elementos formando compostos como

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16 fluoreto de hidrogênio (HF), fluoreto de cálcio (CaF2), fluoreto de sódio (NaF), entre outros. 11,12,13

Figura 4: Fluorose Dentária23

3.2.2.3 Matéria orgânica (Oxigênio Consumido)

A determinação de oxigênio consumido (OC) fornece a quantidade de material orgânico que será oxidável, como por exemplo algumas proteínas e carboidratos dissolvidos. A quantidade de do OC é útil para definir alterações da qualidade da água a ser tratada e indicar a efetividade o processo de tratamento aplicado, além de indicar o desenvolvimento de microrganismos nas unidades de tratamento. Alta concentração de OC podem indicar, uma alta atividade de componentes orgânicos presentes na água, vindo de fontes de rejeitos indústrias.14

3.2.2.4 Cloro Residual Livre

Presença de Cloro em sistemas hídricos, fornece uma garantia da qualidade microbiológica da água, pois o mesmo é um agente sanitizante, e ajuda a inibir as atividades de microrganismos patológicos que causam danos à saúde.

Os valores permitidos de Cloro Residual Livre em água potável estabelecidos pelo Artigo 34º do MS ( Ministério da Saúde ) de 0,2 mg/L, é o mínimo de cloro que deve conter o sistema de redes de distribuição, garantindo a potabilidade durante a distribuição. Valores acima de 5,0 mg/L, pode irritar a garganta, vias nasais e causar algumas dificuldades em respirar.

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17 4.OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral

Apresentar algumas análises realizadas durante o período de desenvolvimento do estágio, e sua relevância.

4.2 Objetivos específicos

-Conhecer a rotina das análises físico-químicas do laboratório -Apresentar as análises de fluoreto e matéria orgânica

- Apresentar as reações, e a importância dessas análises 5.METODOLOGIA

As análises de Fluoreto e Oxigênio Consumido foram realizadas pelo método descrito no Standard Methods, 23º edição.

5.1 Determinação de Fluoreto pelo Método- Sódio 2-(Parassulfofeniazo) -1,8-1111Dihidroxi-3,6- Naftaleno Dissulfonato-SPANDS

Em balão volumétrico de 100,00 ml preparou-se uma amostra padrão de fluoreto a 10,00 ppm. Em seguida transferiu-se 50,00 ml da amostra padrão, do branco e da amostra de água potável para um béquer de 100,00 ml cada e adicionou-se 50,00 ml do reagente SPANDS. Seguiu-se então para a leitura dos resultados do branco, do padrão e da amostra de água no espectrofotômetro UV-vis.

5.2 Determinação de Oxigênio Consumido pelo método Permanganato de Potássio

5.2.1 Preparação da amostra padrão de oxalato de potássio

Preparou -se em um Erlenmeyer de 150,00 ml uma amostra padrão de 0,005 g de oxalato de sódio, adicionando-se 100,00 ml de água e 10,00 ml de H2SO4 50 %. Aqueceu-se a amostra padrão em banho-maria até a temperatura de aproximadamente 82,5 ºC. Com uma solução previamente preparada de KMnO4 (0,00125 N), titulou-se a amostra até o aparecimento do tom rosa claro permanente.

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18 Preparou-se uma amostra de branco com 100,00 ml de água, 10,00 ml de H2SO4 50 %. Em seguida aqueceu-se em banho-maria e titulou-se com KMnO4 (0,00125 N). 5.2.2 Preparação da amostra de água

Em um Erlenmeyer de 150,00 ml transferiu-se 100,00 ml de amostra de água potável, adicionou-se 10,00 ml de KMnO4 (0,00125 N) e 5,00 ml de H2SO4 70% . Aqueceu-se a amostra em banho-maria durante 30 minutos até a temperatura de 82,5 ºC e em seguida titulou-se com KMnO4 (0,00125 N) até a coloração rosa.

5.3 Segurança no laboratório

O laboratório físico-químico segue rigorosamente as regras de segurança, onde é permitido a entrada apenas dos funcionários com o uso de calças longa, sapatos fechado, jaleco, luvas e cabelo preso. Os reagentes e solventes são devidamente rotulados com etiqueta do local de fabricação, e as soluções preparadas no laboratório são identificadas contendo informações como o nome da pessoa que preparou a solução, o nome da solução, a data de fabricação e validade, assim como a concentração e lote. O laboratório dispõe de EPIs de segurança como avental de pvc (Policloreto de Vinila) e máscara, e também capela de exaustão para a manipulação de reagentes e solventes p.a.

Os resíduos organoclorados são dispensados em barriletes de descarte específicos e enviados a uma empresa especializada que faz o tratamento adequado do resíduo.

6. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NO ESTÁGIO

6.1 Rotina do laboratório

A coleta da amostra é realizada pelo coletor do laboratório ou feita pelo cliente. Quando a amostra chega ao laboratório é armazena em geladeiras específicas, as amostras são cadastradas gerando uma OS (ordem de serviço), nela há informações das análises a serem realizada junto com a data de conclusão.

A ordem de serviço é digitada para o sistema de rastreabilidade eletrônica e o resultado é informado ao cliente. Após realizada todas as análises requisitadas as amostras seguem para o descarte.

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19

Fluxograma Rotina do Laboratório

6.2 Resultados para Análise de Fluoreto

Este método é utilizado para a determinação de fluoreto em água em um intervalo de 0 à 1,4 mg/L por espectrofotometria na região do visível.

No método SPANDS observa-se a descoloração da amostra devido a complexação dos íons F- ao complexante ácido 1,8-dihidroxi-2-(4-sulfofenilazo) -naftaleno-3,6-dissulfônico apresentado na figura abaixo. Neste método o fluoreto reage com o indicador SPANDS, dissociando o complexo vermelho escuro e formando um complexo aniônico incolor de alta estabilidade, o ânion Hexafluorozirconato (IV),

Coleta

Cadastro

Físico-Químico Microbiológico

Digitação

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20 (ZrF62-), e liberando o indicador vermelho no meio aquoso levando a uma diminuição da tonalidade.

Figura 5: Sódio 2-(Parassulfofeniazo) -1,8-1111Dihidroxi-3,6- Naftaleno Dissulfonato- (SPADNS)

As vantagens deste método são devido a simplicidade da realização da análise e o baixo custo.

O reagente é mantido em meio ácido (HCl), devido à velocidade de reação entre os íons fluoreto e o complexo indicador serem alta.

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21 6.3 Resultados para análise de Oxigênio Consumido

Através da oxidação por parte do permanganato de potássio (KmnO4) em meio ácido, o objetivo é oxidar quantitativamente as substâncias oxidáveis nas condições da determinação. Por esse motivo é necessário adicionar o permanganato em excesso e trabalhar em banho maria, em temperatura em torno de 82,3 °C.

Em seguida adiciona-se uma solução redutora, oxalato de sódio, em quantidade estequiométrica, ou equivalente a permanganato adicionado previamente.

Ocorrerá uma sobra de oxalato equivalente ao permanganato que tenha sido consumido pelas substâncias oxidáveis contidas na amostra.

A sobra ou excesso de oxalato será titulada com permanganato sendo que, o volume gasto será igual ao consumido pela amostra.

A titulação direta do excesso de permanganato adicionado com oxalato não é viável, em virtude da formação de composto de manganês intermediários que apresentam cor marrom, dando-se completo descoramento com redução até o íon manganês II (Mn2+), de forma muito lenta.

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22 Equação 3: Reação de oxidação do Permanganato de Potássio

A seguir, o excesso de oxalato é titulado com o permanganato, ocorrendo a mesma reação acima.

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23 7. CONCLUSÃO E PERSPECTIVAS

Ter a oportunidade de fazer análises ambientais, mostrou a importância de cada uma delas e de que forma podem se enquadrar em Portarias, como as da MS nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011. As análises escolhidas são apenas algumas das muitas outras que são realizadas diariamente no laboratório. Durante o período de estágio foi possível aplicar muitos conhecimentos adquiridos durante a graduação.

A experiência absorvida durante o estágio me ajudou a amadurecer e crescer profissionalmente pois a única experiência anterior foi nos laboratórios da UFSC. Me auxiliou a me adaptar melhor ao laboratório e a sua rotina e também contribuiu para o meu crescimento pessoal.

Espero continuar aprendendo coisas novas, pra de algum modo possa contribuir de forma positiva para nossa sociedade.

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8. CONTRIBUIÇÃO DO ESTÁGIO À FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Essa experiência no laboratório Biológico veio contribuir ainda mais com os meus conhecimentos acumulados durante todos os anos de faculdade. É extremamente gratificante saber que todas aquelas reações, equações, Leis, postulados, etc, na prática ajudam de algum modo a construir um mundo com mais qualidade de vida para as pessoas. Conhecer, conviver e aprender com novas pessoas também contribuiu profissionalmente, pois todo mundo tem algo a ensinar. É bom saber que área escolhida para atuar profissionalmente tem um imenso leque de possibilidades de atuação, entre elas as análises ambientais. Com certeza minha bagagem de conhecimento aumentou muito e adquiriu mais qualidade após o estágio. A experiência que extrai de lá, me deixou mais confiante para continuar indo em frente em busca de novas oportunidades.

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9. REFERÊNCIAS

1RONCHI, Marco Aurélio. Laboratório Biológico. Disponível em: <http://www.laboratoriobiologico.com.br/>. Acesso em: 01 nov. 2019

2 SOUZA, Juliana Rosa de; MORAES, Maria Eugênia Bruck de; SONODA, Sérgio Luiz. A Importância da Qualidade da Água e os seus Múltiplos Usos: Caso Rio Almada, Sul da Bahia, Brasil. A Importância da Qualidade da Água e Os Seus Múltiplos Usos: Caso Rio Almada, Sul da Bahia, Brasil. Fortaleza, p. 27-43. 06 jan. 2014.

3 OLIVEIRA, Lia Mônica de. A IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA NO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO. Cefet. SÃo GonÇalo, p. 1-6. 06 jan. 2017.

4 COSTA, Hiago Fernandes. Monitoramento da qualidade da água e do uso e cobertura da terra na bacia de contribuição da represa de São Pedro. 2016. 72 f. Tese (Doutorado) - Curso de Faculdade de Engenharia Curso de Engenharia Ambiental e SanitÁria, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2016 5 BELLI FILHO, Paulo; CASTILHOS JUNIOR, Armando Borges de; PEREIRA, Claudia Diavan. Monitoramento e Diagnóstico de Qualidade de Água Superficial. Florianópolis: Tsga, 2014.

6 MERTEN, Gustavo. Agroecol. e Desenvol. Rur. Susten. Agroecol. e Desenvol. Rur. Sustent. Porto Alegre, p. 37-38. 10 nov.

7 O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. Res. Nº 86

8 NOGUEIRA, FÁbio Fernandes; COSTA, Isabella Almeida; PEREIRA, Uendel Alves. Análise de parâmetros físico-químicos da água e do uso e ocupação do solo na sub-bacia do Córrego da Água Branca no município de Nerópolis – Goiás. 2015. 53 f. TCC (Graduação) - Curso de Curso de Engenharia Ambiental e SanitÁria, Universidade Federal de GoiÁs, GoiÂnia, 2015.

9 MANUAL PETROBRAS. Manual do sistema de gestão da qualidade e SMS do GLAF. Determinação do teor de óleo e graxa por espectrofotometria de absorção molecular, 2000.

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26 10 APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 22th ed. American Public Health Association. Washington D.C, 2012.

11BEM, Carla Cristina; DOMBROSKI, Luiz Fernando. MANUAL DE PROCEDIMENTOS LABORATORIAIS INTEGRA-CLIMASUL APLICADO AO MONITORAMENTO DE PARÂMETROS ASSOCIADOS À QUALIDADE DA ÁGUA EM CORPOS AQUÁTICOS. Curitiba: Universidade Federal do ParanÁ, 2010. 109 p.

12 COPYRIGHT‰: Manual de fluoretação da água para consumo

humano. Brasília, 10 out. 2012.

13 CAMARGO, Battistuzzo. Fichas de informação toxicologica. Fundamentos da Toxicologia. São Paulo, p. 1-3.

14 DERIVADOS, Alcolina Químicas e. Determinação do Oxigênio Consumido. Disponívelem:<https://www.tratamentodeagua.com.br/artigo/determina cao-do-oxigenio-consumido/14/>. Acesso em: 13 nov. 2019

15 BIOENGENHARIA DE SOLOS: APLICABILIDADE NA RECUPERAÇÃO DE

ÁREAS MINERADAS E NA OFERTA DE SERVIÇOS AMBIENTAIS. São Paulo: Revista Brasileira de Ciências Ambientais, 18 dez. 2014.

16 QUÍMICA AMBIENTAL: AVALIAÇÃO DA POTABILIDADE DE ÁGUA ATRAVÉS

DE ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E MICROBIOLÓGICAS. Paraná: Cadernos Pde, 26 maio 2014.

17 UMBUZEIRO, G.A. et al., n.º 1, março 2010, p. 20-43 (Subsídios para a legislação nacional de água para consumo humano, v. I).18

18 SAÚDE, MinistÉrio da. PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A PORTARIA MS

2.914/2011. Disponível em:

<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/24/PERGUNTAS-E-RESPOSTAS-SOBRE-A-PORTARIA-MS-N-2-914.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2012. 20ABOR, Blog. Turbidimetro- Qual função e boa práticas. Disponível em: <http://www.splabor.com.br/blog/turbidimetro/aprendendo-mais-turbidez-definicao-metodos-e-boas-praticas-de-laboratorio/>. Acesso em: 06 nov. 2019

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27 21 CHAIB, JoÃo Paulo Martins de Castro; ASSIS, AndrÉ Koch Torres. Sobre os efeitos das correntes elétricas – Tradução comentada da primeira obra de Ampère sobre eletrodinâmica. Revista da Sbhc, Campinas, v. 5, n. 1, p.1-18, abr. 2017..

22 DIGIMED. Padrões de cor. Disponível em: <https://www.digimed.ind.br/br/>. Acesso em: 05 nov. 2019

23 FRAGA, Marcelo. Será que o flúor na água pode fazer mal? Disponível em: <https://www.revistaencontro.com.br/canal/atualidades/2015/07/sera-que-o-fluor-na-agua-pode-fazer-mal.html>. Acesso em: 10 nov. 2019.

24ERREIRA FILHO, Sidney Seckler; ALVE, Rosemeire. TécniTécnicas de avaliação de gosto e odor em águas de abastecimento: método analítico, análise sensorial e percepção dos consumidores cas de avaliação de gosto e odor em águas de abastecimento: método analítico, análise sensorial e percepção dos consumidores. Engenharia Sanitaria e Ambiental, [s.l.], v. 11, n. 4, p.362-370, dez. 2006.

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28 10. Anexos

Referências

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