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Mapeamento de riscos ambientais visando à prevenção de acidentes do trabalho em uma instituição hospitalar

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL – UNIJUI

ALESSANDRA BREITENBACH

MAPEAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS VISANDO À PREVENÇÃO

DE ACIDENTES DO TRABALHO EM UMA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR

IJUÍ

(2)

ALESSANDRA BREITENBACH

MAPEAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS VISANDO À PREVENÇÃO

DE ACIDENTES DO TRABALHO EM UMA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR

Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Engenharia de Segurança do Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.

Orientador: Fernando Wypyszynski

Ijuí

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ALESSANDRA BREITENBACH

MAPEAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS VISANDO À PREVENÇÃO

DE ACIDENTES DO TRABALHO EM UMA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, do Departamento de Ciências Exatas e Engenharias, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.

Ijuí, 30 de novembro de 2018

Prof. Fernando Wypyszynski Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pela UNIJUÍ – Orientador Prof. Lia Geovana Sala Coordenadora do Curso de Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho/UNIJUÍ

BANCA EXAMINADORA

Prof. Fernando Wypyszynski Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pela UNIJUÍ – Orientador Prof. Cristina Pozzobon Professora Assistente e Vice-Reitora de Graduação da UNIJUÍ

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Dedico esse trabalho aos meus pais pelo amor e incentivo durante essa caminhada.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais pelo apoio e compreensão oferecida.

Ao meu namorado, por acreditar em mim e estar sempre me apoiando, incentivando e por entender os momentos de estudos.

Ao prof. Esp. FernandoWypyszynski, pela orientação e apoio fornecido no decorrer da realização deste trabalho.

Agradeço aos funcionários do hospital que forneceram todas as informações necessárias para a realização da pesquisa.

Aos demais professores, funcionários e colegas do curso de Pós Graduação em Engenharia em Segurança do Trabalho da UNIJUI e demais colaboradores pelo apoio e colaboração que prestaram.

Enfim, agradeço a todos que de alguma forma, colaboraram para a realização deste trabalho.

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“A menos que modifiquemos a nossa maneira de pensar, não seremos capazes de resolver os problemas causados pela forma como nos acostumamos a ver o mundo”.

(7)

RESUMO

BREITENBACH, A. Mapeamento de riscos ambientais visando à prevenção de acidentes do trabalho em uma instituição hospitalar. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2018.

Em ambiente hospitalar os profissionais estão expostos a uma disparidade de riscos, os quais acabam acarretando a esses trabalhadores alterações na saúde e na sua integridade física. O mapa de risco é uma expressão gráfica dos riscos ocupacionais, utilizando-se de uma metodologia descritiva e qualitativa para representar através de círculos de diferentes cores e tamanhos os riscos presentes no ambiente de trabalho, contribuindo para que os profissionais identifiquem quais os riscos ocupacionais estão presentes no local. O objetivo desta pesquisa foi identificar e avaliar os riscos ocupacionais em ambiente hospitalar, através de levantamento das atividades desenvolvidas e do conhecimento dos processos de trabalho. Com base nos dados obtidos foi elaborado o mapa de riscos de cada setor de trabalho e identificado os riscos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e de acidente. Posteriormente ao diagnóstico dos riscos, foi possível estabelecer propostas de medidas corretivas.

Palavras-chave: Risco ocupacional. Saúde do Trabalhador. Norma Regulamentadora 9. Sistema de Gestão.

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ABSTRACT

BREITENBACH, A. Mapeamento de riscos ambientais visando à prevenção de acidentes do trabalho em uma instituição hospitalar. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2018.

In the hospital environment, professionals are exposed to a variety of risks, which end up causing these workers to change their health and physical integrity. The risk map is a graphic expression of occupational hazards, using a descriptive and qualitative methodology to represent, through circles of different colors and sizes, the risks present in the work environment, helping professionals to identify what occupational risks are present on site. The objective of this research was to identify and evaluate the occupational risks in a hospital environment, through a survey of the activities developed and the knowledge of the work processes. Based on the data obtained, the risk map of each sector was elaborated and the chemical, physical, biological, ergonomic and accident risks were identified. Subsequent to the diagnosis of the risks, it was possible to establish proposals for corrective measures.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: : Círculos que indicam o grau de risco. ... 21

Figura 2: Simbologia das cores para cada risco ambiental. ... 23

Figura 3: Delineamento da pesquisa. ... 33

Figura 4: Setor de Densitometria Óssea. ... 36

Figura 5: Mapa de riscos do setor de Densitometria Óssea. ... 36

Figura 6: Setor de Tomografia... 37

Figura 7: Mapa de riscos do setor de Tomografia. ... 37

Figura 8: Setor de Ultrassonografia, com vestiário e banheiro no anexo. ... 39

Figura 9: Mapa de riscos do setor de Ultrassonografia. ... 39

Figura 10: Setor de Raio-X (A). ... 40

Figura 11: Setor de Raio-X (B). ... 41

Figura 12: Mapa de riscos dos setores de Raio-X. ... 41

Figura 13: Setor da Lavanderia: produtos químicos e roupas sujas (área suja). ... 43

Figura 14: Setor da Lavanderia: máquinas de lavar roupas industrial (área suja). ... 43

Figura 15: Setor da Lavanderia (área limpa). ... 44

Figura 16: Setor da Lavanderia: secadoras e centrífuga (área limpa). ... 44

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Parâmetros de intensidade dos riscos. ... 22

Quadro 2: Classificação dos riscos ambientais... 25

Quadro 3: Riscos físicos e suas consequências. ... 26

Quadro 4: Riscos Químicos e suas consequências. ... 27

Quadro 5: Riscos biológicos e suas consequências. ... 28

Quadro 6: Riscos ergonômicos e suas consequências. ... 28

Quadro 7: Riscos de acidentes e suas consequências. ... 29

Quadro 8: Reconhecimento dos riscos ambientais no setor de Densitometria óssea. ... 47

Quadro 9: Grau de importância dos riscos no setor de Densitometria Óssea... 48

Quadro 10: Reconhecimento dos riscos ambientais no setor de Tomografia... 49

Quadro 11: Grau de importância dos riscos no setor de Tomografia. ... 50

Quadro 12: Reconhecimento dos riscos ambientais no setor de Ultrassonografia. ... 51

Quadro 13: Grau de importância dos riscos no setor de Ultranossografia. ... 52

Quadro 14: Reconhecimento dos riscos ambientais nos setores de Raio-X (A e B). ... 53

Quadro 15: Grau de importância dos riscos nos setores de Raio-X (A e B). ... 54

Quadro 16: Reconhecimento dos riscos ambientais no setor da Lavanderia (área suja). .. 55

Quadro 17: Grau de importância dos riscos no setor da Lavanderia (área suja). ... 56

Quadro 18: Reconhecimento dos riscos ambientais no setor da Lavanderia (área limpa). 57 Quadro 19: Grau de importância dos riscos no setor da Lavanderia (área limpa). ... 58

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LISTA DE SIGLAS

CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CLT Consolidação das Leis do Trabalho

CRFB Constituição da República Federativa do Brasil EPI Equipamento de Proteção Individual

ISO Organização Internacional para Padronização MPS Ministério da Previdência Social

MPT Ministério Público do Trabalho MS Ministério da Saúde

MTE Ministério do Trabalho e Emprego

NR Norma Regulamentadora

OMS Organização Mundial da Saúde

OIT Organização Internacional do Trabalho

PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

SAMU Sistema de Atendimento Médico de Urgências

SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho

SSO Segurança e Saúde Ocupacional

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 14 1.1 Contexto ... 15 1.2 Problema ... 15 1.3 Questões de Pesquisa ... 16 1.4 Objetivos de Pesquisa ... 16 1.4.1 Objetivo Geral ... 16 1.4.2 Objetivos Específicos ... 16 1.5 Delimitação ... 16 2 REVISÃO DA LITERATURA ... 17

2.1 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ... 17

2.3 MAPA DE RISCOS ... 20

2.3.1 Etapas para elaboração do mapa de riscos ... 23

2.3.2 Sistemas de Gestão: OHSAS 18001 e ISO 45001 ... 24

2.4 RISCOS AMBIENTAIS ... 25 2.4.1 Riscos Físicos ... 26 2.4.2 Riscos Químicos ... 27 2.4.3 Riscos Biológicos ... 28 2.4.4 Riscos Ergonômicos ... 28 2.4.5 Risco de Acidente ... 29 3 MÉTODO DE PESQUISA ... 32 3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA ... 32 3.1.1 Setores analisados ... 32 3.1.2 Sujeitos de pesquisa ... 32

(13)

3.3 CARACTERIZAÇÃO ... 34

4 RESULTADOS ... 35

4.1 IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS ... 35

4.1.1 Densitometria Óssea ... 35

4.1.2 Tomografia ... 37

4.1.3 Ultrassonografia ... 38

4.1.4 Raio-X ... 40

4.1.5 Lavanderia ... 42

4.2 RECONHECIMENTO DOS RISCOS AMBIENTAIS...46

5 CONCLUSÃO ... 59

REFERÊNCIAS ... 61

APÊNDICE ... 66

(14)

1 INTRODUÇÃO

As mudanças no mundo do trabalho acontecem de maneira rápida e intensa, tanto pelas inovações tecnológicas como também organizacionais. Segundo Morofuse (2004) na busca por um mercado cada vez globalizado e competitivo, as empresas aumentam a produtividade e a qualidade dos produtos implantando novas estratégias e reestruturando seus espaços produtivos. Entretanto, as condições ideais de trabalho nem sempre acompanham este processo.

De acordo com Amaral (2005), os trabalhadores estão constantemente expostos aos riscos de suas atividades, bem como, do ambiente em que se encontram, podendo sofrer acidentes e doenças à saúde. Em unidade hospitalar a exposição dos profissionais de saúde e outros trabalhadores abrange uma disparidade de riscos, mas, sobretudo ao risco biológico.

Os riscos nas unidades hospitalares estão relacionados à maneira que os profissionais de saúde auxiliam os pacientes, manuseando equipamentos pesados e materiais perfurantes e/ou cortantes, frequentemente contaminados por sangue ou fluidos corpóreos em decorrência do preparo e administração de medicamentos e quimioterápicos, do descarte de materiais contaminados no lixo hospitalar, das relações interpessoais de trabalho e produção, do serviço em turnos, dos baixos salários, da tensão emocional, do sofrimento, da perda de vida, entre outros (BULHÕES, 1998).

Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) as estimativas revelam que vem ocorrendo, no mundo, cerca de 6,3 mil mortes por dia e 2,3 milhões de mortes por ano devido aos acidentes de trabalho (MOTA, 2018). E segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial, onde a cada 48 segundos acontece um acidente de trabalho e a cada 3h38’ um trabalhador perde a vida pela falta de uma cultura de prevenção à saúde e à segurança do trabalho. Além disso, segundo Observatório Digital de SST, Smartlab, do MPT em parceria com a OIT, a atividade de atendimento hospitalar está em primeiro lugar (9%) no registro de acidentes de trabalho por atividade econômica entre os anos de 2012 a 2017.

(15)

A saúde do trabalhador reflete no seu trabalho e o trabalho influencia na sua saúde. Diante dessa situação, a busca por segurança e saúde do trabalhador deve ser prioridade em qualquer organização, já que o não cumprimento das Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho além de penalizar também favorecem os acidentes de trabalho.

1.1 Contexto

O contexto principal desse trabalho é demonstrar a importância da elaboração de Mapas de Riscos em um hospital, contribuindo para que os profissionais da saúde identifiquem através do mapa quais os riscos ocupacionais estão presentes no ambiente de trabalho e quais as medidas de proteção podem ser utilizadas para reduzir ou até mesmo eliminar o número de acidentes e doenças ocupacionais.

Em virtude das exigências da Portaria nº 5 de 17/08/92 do Departamento Nacional de Saúde e Segurança do trabalhador, do Ministério do Trabalho, alterada pela portaria nº 25 de 29/12/1994, que obriga todas as empresas do país a implantar o mapa de riscos, realizou-se o levantamento de riscos ambientais em um hospital na Região Noroeste Colonial do Estado do Rio Grande do Sul, visando contribuir para melhorias no local de trabalho.

1.2 Problema

De acordo com Cavalcante et al. (2006) os profissionais de saúde não eram considerados uma categoria de alto risco em acidentes e doenças ocupacionais, no entanto, mediante vários estudos e estatísticas essa situação mudou, constatando-se que os trabalhadores das unidades hospitalares estão expostos a um maior número de riscos ocupacionais quando comparado as outras categorias.

Segundo Rezende (2003), os profissionais que lidam, direta ou indiretamente, com a saúde dos pacientes priorizam a ajuda aos usuários e, muitas vezes, deixam de lado os riscos inerentes à execução de suas atividades, acarretando a esses trabalhadores alterações na saúde devido à exposição aos diversos riscos. Ainda conforme Rezende et al. (2009) é de fundamental importância que os profissionais conheçam os riscos ocupacionais a que estão expostos, para que realizem seu trabalho em condições seguras sem agravos à saúde.

(16)

Neste sentido, busca-se contribuir para um maior entendimento aos profissionais acerca dos riscos presentes na unidade hospitalar, tendo em vista que a falta de informação e de conscientização ajuda a aumentar a exposição aos riscos destes trabalhadores. Logo, o mapa de riscos é uma ferramenta que irá ajudar a reunir informações, através de representações gráficas feitas nos setores da organização, colocando em prática ás normas de segurança e ajudando na preservação da saúde e segurança dos profissionais.

1.3 Questões de Pesquisa

 Quais são os riscos aos quais os profissionais estão expostos na instituição hospitalar?  Quais medidas de proteção podem eliminar ou controlar estes riscos?

1.4 Objetivos de Pesquisa

1.4.1 Objetivo Geral

Identificar qualitativamente e dimensionar os riscos ambientais aos quais estão expostos os trabalhadores em um hospital na Região Noroeste Colonial do Estado do Rio Grande do Sul, representando graficamente os riscos existentes na unidade hospitalar.

1.4.2 Objetivos Específicos

 Verificar e levantar “in loco” os procedimentos de cada setor analisado;

 Elaborar o mapa de riscos, sobre o layout da empresa, seguindo as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho;

 Propor sugestões e medidas corretivas. 1.5 Delimitação

Este trabalho abordará o mapeamento de riscos inerentes ao trabalho e meio ambiente de uma instituição hospitalar da Região Noroeste Colonial do Estado do Rio Grande do Sul, tendo como intuito propor melhorias que reduzam os riscos ocupacionais e ambientais, melhorando a segurança e saúde dos profissionais que atuam na área da saúde.

(17)

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

O homem sempre precisou trabalhar para prover o seu sustento. Inicialmente, o trabalho era feito de forma manual e, aos poucos, o homem foi buscando técnicas e criando ferramentas que facilitassem o seu trabalho. Com isso, foram surgindo riscos de trabalho que antes não eram notados (NETO, 2014). Em meados do século XVIII, com o surgimento da Revolução Industrial, estes riscos relacionados ao trabalho aumentaram, pois houve crescente uso de máquinas, acúmulo de operários em locais confinados, longas jornadas laborais, trabalho infantil, péssimas condições de salubridade nos ambientes, entre outras causas. Logo, os trabalhadores começaram a sofrer lesões graves, adoecimentos e mortes.

No entanto, o trabalhador ainda era considerado descartável, ou seja, caso sofresse algum acidente ou chegasse a óbito, bastava substituí-lo. O desenvolvimento de uma legislação de proteção aos trabalhadores deu-se após mobilizações sociais na Inglaterra, visando à redução dos riscos ocupacionais. E com a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1919, houve uma notável melhora com relação às normas e práticas de proteção e saúde dos trabalhadores, sendo referência internacional até os dias atuais (CHAGAS; SALIM; SERVO, 2012).

No Brasil, de forma mais tardia, a preocupação com as condições de segurança e saúde no trabalho surgiu com o processo de industrialização, durante a República Velha (1889-1930) e, posteriormente, foi ampliada no Governo Vargas (1930-1945) com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), instituída pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 (BRASIL, 1943). Em 8 de junho de 1978, foi aprovada pelo Ministério do Trabalho a Portaria MTb nº 3.214, contemplando as Normas Regulamentadoras (NR’s) relativas à segurança e medicina do trabalho (BRASIL, 1978).

A legislação original foi modificada, em algumas partes, pela Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB), de 5 de outubro de 1988 (BRASIL, 1988), a qual manteve alguns princípios, tais como: conceitos de empregador e empregado, características do vínculo

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empregatício e do contrato de trabalho, a Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho, a unicidade e a contribuição sindical obrigatória e outros. Desde então, observa-se que a situação de insegurança no trabalho vem mudando aos poucos, já que pensar na segurança e saúde do trabalhador passou a fazer parte do processo de trabalho.

De acordo com a atual estrutura organizacional brasileira, compete ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a fiscalização e a aplicação de sanções previstas em normas legais ou coletivas sobre esta área, além de ações de segurança e saúde no trabalho, entre outras atribuições (BRASIL, 2004). Ao Ministério da Saúde (MS) cabe às ações de promoção, proteção e recuperação da saúde do trabalhador e a saúde ambiental, já a seguridade social, como benefícios previdenciários, aposentadoria especial e gestão do seguro de acidente de trabalho, é de competência do Ministério da Previdência Social (MPS). De modo geral, fica a cargo do MTE as relações de trabalho, o qual acaba regulamentando e atualizando as normas de saúde e segurança no trabalho (SST).

Neste sentido, apesar de serem diferentes e terem cada um os seus devidos mecanismos de intervenção, instrumentos de aplicação e atribuições, a segurança e a saúde no trabalho atuam juntas e se complementam na busca por um ambiente seguro e saudável.

2.2 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

As questões de segurança do trabalho são definidas por normas e leis e, no Brasil a legislação é norteada pela Constituição Federal, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Normas Regulamentadoras e em diversas leis complementares: portarias, decretos, convenções internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização Mundial da Saúde (OMS).

As Normas Regulamentadoras foram aprovadas em 8 de julho de 1978, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), tendo como objetivos a padronização, fiscalização e o fornecimento de informações sobre os processos obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho, na época foram aprovadas 28 NRs e, atualmente, já são 36 NRs.

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Conforme Arruda (2015), as normas vêm sendo atualizadas, revogadas e alguns anexos incluídos e outros excluídos. São diferentes normas que abordam temas pertinentes a todas as organizações e outras são mais específicas para cada setor ou atividade.

No ponto de vista da normatização brasileira a respeito de Mapa de Riscos, a NR 05, a qual estabelece a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), em seu item 5.16 propõe atribuições básicas a CIPA, sendo a primeira a elaboração do Mapa de Riscos: “identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver”.

A Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994 do Ministério do Trabalho e Emprego incluiu na NR 05 o Anexo IV, referente à elaboração de Mapa de Riscos, no entanto, por alguns dos riscos apresentados no anexo não se tratarem de riscos, mas de infrações as normas, a Portaria nº 8 de 23 de fevereiro de 1999 retirou o anexo da citada NR.

A NR 09, a qual estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do PPRA, tem como objetivo prevenir a ocorrência de riscos ambientais, auxiliando a CIPA na elaboração do Mapa de Riscos, através da identificação e classificação dos riscos encontrados no local. Além disso, o Mapa de Riscos e a NR 05 são citados no texto da NR 09, em seu item 9.6.2:

“O conhecimento e a percepção que os trabalhadores têm do processo de trabalho e dos riscos ambientais presentes, incluindo os dados consignados no Mapa de Riscos, previsto na NR-5, deverão ser considerados para fins de planejamento e execução do PPRA em todas as suas fases”.

Entende-se que o PPRA é um programa de higiene ocupacional e não deve ser confundido com o Mapa de Riscos, no qual se define como um estudo qualitativo realizado pelo próprio trabalhador, através da CIPA, deste modo no PPRA não são considerados os riscos ergonômicos e riscos de acidentes (SALIBA et. al., 2002).

Além das normas já citadas, destacam-se também a NR 04, a qual trata da organização dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), cuja finalidade é promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador em seu local de trabalho; a NR 06, que regulamenta os Equipamentos de Proteção Individual (EPI); a NR 07, que

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estabelece o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO); a NR 15, que apresenta atividades ou operações insalubres e assegura ao trabalhador remuneração adicional; e a NR32, a qual estabelece as diretrizes para implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, assim como daqueles que desempenham atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

Nota-se que para a construção do mapa de riscos muitas normas devem ser observadas, coletando o maior número de informações possíveis sobre os riscos existentes no local de trabalho. Metello e Valente (2012) salientam que a construção do mapa ajuda na adesão as informações e a estabelecer atitudes e comprometimento dos trabalhadores e, as NRs enfatizam as obrigações e as ações que a empresa deve ter para com os seus funcionários, prevenindo, controlando e eliminando os riscos no ambiente de trabalho.

2.3 MAPA DE RISCOS

O mapa de risco é uma expressão gráfica dos riscos ocupacionais, utilizando-se de uma metodologia descritiva e qualitativa para representar através de círculos de diferentes cores e tamanhos os riscos presentes no ambiente de trabalho.

O mapeamento teve origem na Itália no final da década de 60 e início dos anos 70, pelo movimento sindical “Federazione dei Lavoratori Metalmeccanici (FLM)”, desenvolvendo um modelo próprio de investigação e controle das condições de trabalho chamado “Modelo Operário Italiano”. O princípio deste modelo era a formação de grupos homogêneos, a experiência ou subjetividade operária, a validação consensual e a não-delegação, fazendo com que os trabalhadores participassem das ações de saúde nos ambientes de trabalho. Logo após, o mapa de risco se propagou por todo o mundo e chegou ao Brasil no início da década de 80 (MATTOS; FREITAS, 1994).

A implantação do mapa de risco tornou-se obrigatória para as empresas do país a partir da Portaria nº 5 de 17/08/92 do Departamento Nacional de Saúde e Segurança do trabalhador, do Ministério do Trabalho, sendo alterada pela portaria nº 25 de 29/12/1994, tendo a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) como responsável por sua elaboração e, como apoio o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), onde

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houver. A CIPA está regulamentada pela NR 5, já os riscos ocupacionais estão retratados nas NR 9 e na NR 32, a qual trata dos riscos em instituições de saúde.

Segundo Hökerberg et al. (2006), para a elaboração do mapa de riscos deve-se contar com a participação do maior número de trabalhadores possível, mesmo estes não pertencentes a CIPA, englobando todas as atividades do processo da empresa. Ainda segundo os autores, quando há participação dos trabalhadores aumenta-se o apoio a práticas de conformidade, além de induzir um senso crítico e vigilante, e aumentar a consciência de risco, melhorando sua segurança e a da organização.

Na construção do mapa de riscos, os riscos ambientais encontrados no ambiente de trabalho são representados por círculos com três diferentes tamanhos, classificados em: grande, médio e pequeno, sendo que quanto maior o círculo, maior a gravidade do risco (Figura 1).

Figura 1: : Círculos que indicam o grau de risco.

Fonte: Prevenseg (2009).

Não existem parâmetros quantitativos para classificar os riscos em grandezas proporcionais, apesar disso, Sivieri (1996) descreve de forma coerente os parâmetros de intensidade, conforme a Quadro 1 a seguir:

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Quadro 1: Parâmetros de intensidade dos riscos. AGENTES DE

RISCO PEQUENO MÉDIO GRANDE

Físicos, Químicos e Biológicos

Quando os agentes existem no ambiente, mas de concentração ou intensidade tal que a capacidade de agressão às pessoas possa ser considerável

desprezível.

Quando as condições agressivas dos agentes estiverem abaixo dos limites toleráveis para as pessoas, mas inda causam desconforto, com ou sem proteção individual ou coletiva.

Quando a concentração, intensidade, tempo de exposição, etc., estejam acima dos limites consideráveis toleráveis pelo organismo humano e não há proteção individual ou coletiva eficiente. Quando não existe dado preciso sobre concentração, intensidade, tempo de exposição etc., e, comprovadamente, os agentes estejam afetando a saúde do trabalhador, mesmo que existam meios e proteção individual e coletiva.

Ergonômicos

Podem ser

considerados trabalhos que cansam, com pouca probabilidade de afetar a pessoa.

Podem ser consideradas as situações citadas no item de agentes de risco grande, quando ocasionais.

Quando for flagrante: trabalho permanente e excessivamente pesado; Postura totalmente em desacordo com a posição e movimento normais do corpo, em longos períodos; Jornada de trabalho com muitas horas extras; Serviços com movimentos rápidos e repetitivos por longos períodos.

Acidentes (Mecânicos)

Podem ser

considerados os trabalhos que não se aproximam os trabalhadores de pontos agressivos, como, por exemplo, em máquinas automáticas.

Podem ser consideradas as características dos meios de processos e trabalhos que expõem as pessoas em perigo, com pouca probabilidade de lesões sérias.

Quando forem evidentes casos que podem causar lesões sérias como: máquinas, equipamentos, plataformas, escadas etc., que estivem desprovidos dos meios de segurança; Arranjo físico for ou estiver de tal forma a comprometer seriamente a segurança das pessoas; Ferramentas manuais forem ou estiverem visivelmente comprometendo a segurança dos usuários; O armazenamento ou transporte de materiais forem desordenados e visivelmente inseguros.

Fonte: Sivieri, 1996.

Silva (2016) lembra que quando identificados mais de um risco com a mesma gravidade e no mesmo ambiente, estes riscos podem ser representados no mapa por um único círculo, no entanto, ele deve ser dividido em partes e seus respectivos riscos representados pela sua cor.

Para identificar o tipo de risco, utiliza-se para os riscos físicos a cor verde, os químicos representados pela cor vermelha, os biológicos pela cor marrom, os ergonômicos pela cor amarela e os riscos de acidentes ou mecânicos pela cor azul (PEPPLOW, 2010). Na Figura 2, estão representadas as cores indicativas a cada tipo de riscos.

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Figura 2: Simbologia das cores para cada risco ambiental.

Fonte: Google Imagens.

O mapa de risco deverá permanecer afixado em locais visíveis e em todos os ambientes analisados para o conhecimento de todos os trabalhadores. Para Vinhas (2014), o resultado na construção do mapa de riscos corresponde ao processo de informar, educar e organizar o ambiente de trabalho, tornando todas as informações contidas no mapa de extrema importância no que diz respeito à prevenção de possíveis acidentes de trabalho.

2.3.1 Etapas para elaboração do mapa de riscos

Segundo o Anexo IV, mais precisamente no item 2 do texto antigo da NR 05, os responsáveis pela elaboração do mapa de riscos devem seguir uma sequência de etapas, como reportado abaixo:

a) Conhecer o processo de trabalho no local analisado, tais como: os trabalhadores, os instrumentos e materiais de trabalho, as atividades exercidas e o ambiente de trabalho; b) Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação do Quadro 2; c) Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia;

d) Identificar os indicadores de saúde, bem como: queixas frequentes e comuns, acidentes de trabalho ocorridos, doenças ocupacionais, causas das ausências ao trabalho;

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f) Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de círculos (Figura 2) os diferentes riscos presentes no local de trabalho, o número de trabalhadores expostos ao risco e a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores; g) Ser discutido e aprovado pelos membros da CIPA e depois afixado em local visível a

todos os trabalhadores da empresa.

2.3.2 Sistemas de Gestão: OHSAS 18001 e ISO 45001

A OHSAS 18001 é uma especificação que objetiva promover às organizações os elementos de um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SGSST) eficaz, auxiliando as empresas a alcançar as metas de segurança e saúde ocupacional, de maneira integrada com outros meios de gestão.

Segundo Araújo (2002), a OHSAS 18001 é considerada um investimento na área de segurança, pois aliada com outras normas dos Sistemas de Gestão de Qualidade (ISO 9000) e Ambiental (ISO 14000) proporciona um conjunto amplo de iniciativas das empresas na área da prevenção, da preservação e da proteção dos trabalhadores, podendo ser aplicada em qualquer empresa, independentemente de sua atividade, tamanho e/ou risco.

Contudo, a norma ISO 45001:2018 - Sistemas de gestão de segurança e saúde ocupacional – entrou em vigor este ano e será a substituta da OHSAS 18001. Sendo assim, as organizações já certificadas na OHSAS 18001 terão três anos para se adequar e cumprir a nova norma ISO 45001.

A ISO 45001 foi projetada para que as empresas tenham um sistema de gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (SSO) mais moderno e adequado ao contexto do mercado. Neste sentido, a norma se integra com outros padrões de sistemas de gerenciamento ISO, garantindo compatibilidade com as novas versões da ISO 9001 (gestão da qualidade) e ISO 14001 (gestão ambiental), facilitando a implementação da ISO 45001 para as empresas que já praticam o padrão ISO.

(25)

Este padrão de sistemas de gestão esta baseado no Anexo SL, o qual ajuda a manter coerência e integração com as demais normas de sistema de gestão, além de oferecer subcláusulas adequadas à estrutura de alto nível e aplicar uma linguagem semelhante a todas as normas, diminuindo custos de implementação e adequação (ALONÇO, 2018).

Entre os benefícios da ISO 45001, pode-se citar a redução de acidentes e doenças de trabalho, reforço da conformidade legal e regulamentar, comprometimento da empresa com um trabalho seguro, saudável e sustentável, além da valorização da imagem da empresa, por estar comprometida com a saúde e segurança do colaborador (BSI, 2018). Sendo assim, a aplicação destes sistemas ajuda na proteção dos trabalhadores e controle dos riscos, tonando-se um aliado aos outros métodos de gestão de saúde e segurança das empresas.

2.4 RISCOS AMBIENTAIS

De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego em sua Portaria nº 25 de 1994 no Anexo IV, classificam-se os principais riscos ocupacionais em cinco grupos, de acordo com a sua natureza e padronização das cores correspondentes (Quadro 2).

Quadro 2: Classificação dos riscos ambientais.

Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV Grupo V

Agentes Químicos

Agentes Físicos

Agentes

Biológicos Agentes Ergonômicos

Agentes Mecânicos Poeiras Ruídos Vírus Trabalho físico pesado Arranjo físico deficiente

Fumos Vibrações Bactéria Posturas incorretas

Máquinas e equipamentos sem

proteção Névoas Radiação ionizante

e não ionizante Protozoários Levantamento e transporte manual de peso Ferramentas inadequadas ou defeituosas Neblinas Pressões anormais Fungos Controle rígido de

produtividade Iluminação inadequada

Gases Frio Bacilos Imposição de ritmos

excessivos Eletricidade Vapores Calor Parasitas Trabalho em turno e

noturno

Probabilidade de incêndio ou explosão

(26)

Quadro 2: Classificação dos riscos ambientais (continuação). Substâncias, compostos ou produtos químicos em geral

Umidade - Jornadas de trabalho

prolongadas

Armazenamento inadequado

Outros Outros Outros Monotomia e

repetitividade Animais peçonhentos

VERMELHO VERDE MARROM AMARELO AZUL

Fonte: Adaptado do Anexo IV da Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994, Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.

Segundo Santos (2008), os riscos estão presentes no ambiente de trabalho e nas demais atividades humanas e cada um desses grupos de agentes é responsável por diferentes riscos, os quais podem acabar comprometendo a segurança e a saúde das pessoas. Para realização do mapa de riscos, consideram-se os riscos ambientais provenientes de cada um dos grupos, como mostrado abaixo.

2.4.1 Riscos Físicos

De acordo com a NR 09 os agentes físicos são as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores. São efeitos gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas características do ambiente de trabalho, alguns destes riscos são avaliados de forma quantitativa, segundo recomendações da NR 15. Os riscos físicos podem causar danos à saúde do trabalhador, como os detalhados no Quadro 3.

Quadro 3: Riscos físicos e suas consequências.

RISCOS FÍSICOS CONSEQUÊNCIAS

Ruídos Provocam cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição, aumento de pressão arterial, problemas no aparelho de pressão, taquicardia, perigo de infarto.

Vibrações Geram cansaço, irritação, dores nos membros e na coluna, artrite, problemas digestivos lesões ósseas, lesões de tecidos moles e lesões circulatórias.

Radiações ionizantes Provocam alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais, acidentes de trabalho. Radiações não

ionizantes

Queimaduras e lesões na pele, nos olhos e em outros órgãos.

Frio Leva à taquicardia, aumento de pulsação, cansaço, irritação, fadiga térmica, prostração térmica, choque térmico, perturbação das funções digestivas, hipertensão.

(27)

Quadro 3: Riscos físicos e suas consequências (continuação) Calor Causa os mesmos sintomas do frio.

Pressões anormais Ocasionam embolia traumática pelo ar, intoxicação por oxigênio e gás carbônico, doença por descompressão.

Umidade Gera doenças do aparelho respiratório, da pele e da circulação, além de traumatismos por quedas.

Fonte: Adaptado de Rojas (2015).

2.4.2 Riscos Químicos

A NR 09 considera agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. Na NR 15, em seu anexo 13, estão caracterizados os principais agentes químicos considerados insalubres em decorrência das avaliações ambientais realizadas no local de trabalho, de forma quantitativa ou qualitativa. No Quadro 4 estão detalhados os riscos químicos e as consequências à saúde.

Quadro 4: Riscos Químicos e suas consequências.

RISCOS QUÍMICOS CONSEQUÊNCIAS

Poeiras minerais

Ex.: sílica, asbesto, carvão, minerais

Silicose (quartzo), asbestose (amianto) e pneumoconiose dos minérios de carvão.

Poeiras vegetais

Ex.: algodão, bagaço de cana-de-açúcar

Bissinose (algodão), bagaçose (cana-de-açúcar), etc. Poeiras alcalinas

Ex.: calcário Doença pulmonar obstrutiva crônica e enfisema pulmonar.

Fumos metálicos Doença pulmonar obstrutiva crônica, febre de fumos metálicos e intoxicação específica, de acordo com o metal.

Névoas, gases e vapores (substâncias compostas, compostos ou produtos químicos em geral)

Irritantes: irritação das vias aéreas superiores. Ex.: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, soda cáustica, cloro, etc.

Asfixiantes: dores de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma, morte. Ex.: hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno, dióxido de carbono, monóxido de carbono, etc.

Anestésicos: (a maioria dos solventes orgânicos). Ação depressiva sobre o sistema nervoso, danos aos diversos órgãos, ao sistema formador do sangue, etc. Ex.: butano, propano, aldeídos, cetonas, cloreto de carbono, benzeno, álcoois, etc.

(28)

2.4.3 Riscos Biológicos

Os agentes biológicos não estão definidos na NR 09, apenas são citados alguns exemplos: bactérias, fungos, parasitas, vírus, bacilos, protozoários, entre outros. As NR 15 e a NR 32 inserem como outros fatores de risco biológico as toxinas e os príons. Conforme Costa et. al. (2012), os riscos biológicos advêm de microrganismos e, quando o trabalhador é exposto a este tipo de risco pode sofrer com inúmeras doenças, conforme destacado no Quadro 5.

Quadro 5: Riscos biológicos e suas consequências.

RISCOS BIOLÓGICOS CONSEQUÊNCIAS

Vírus, bactérias e protozoários Doenças infecto-contagiosas. Ex.: hepatite, cólera, amebíase, AIDS, tétanos, etc.

Fungos e bacilos Infecções variadas externas (na pele, ex.: dermatites) e internas (ex.: doenças pulmonares).

Parasitas Infecções cutâneas ou sistêmicas, podendo ser contagiosas.

Toxinas Clostridium tetani (exotoxina) responsável pelo tétano e, infecção por Meningococcus ou Salmonella (endotoxinas).

Príons Doença infecciosa.

Fonte: Santos (1999), adaptado pelo autor.

2.4.4 Riscos Ergonômicos

Os riscos ergonômicos estão relacionados ao homem e seu ambiente de trabalho, considerando qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, ocasionando desconforto ou comprometimento da saúde (VIANA et. al., 2014). No Quadro 6 estão exemplificados os riscos ergonômicos e as consequências físicas e psicológicas aos trabalhadores.

Quadro 6: Riscos ergonômicos e suas consequências.

RISCOS ERGONÔMICOS CONSEQUÊNCIAS

Esforço físico, levantamento e transporte manual de pesos, exigências de postura.

Cansaço, dores musculares, fraquezas, hipertensão arterial, diabetes, úlcera, doenças nervosas, acidentes e problemas da coluna vertebral. Ritmos excessivos, trabalho de turno e

noturno, monotonia e repetitividade, jornada prolongada, controle rígido de produtividade, outras situações (conflitos, ansiedade, responsabilidade).

Cansaço, dores musculares, fraquezas, alterações do sono e da libido e da vida social, com reflexos na saúde e no comportamento, hipertensão arterial, taquicardia, cardiopatia (angina, infarto), diabetes, asma, doenças nervosas, doenças do aparelho digestivo (gastrite, úlcera,etc.), tensão, ansiedade, medo, comportamentos estereotipados.

(29)

2.4.5 Risco de Acidente

Na elaboração do mapa de riscos, o risco de acidente ou mecânico é o que causa maior dúvida, pois o termo acidente é amplo e pode ser causado pelos outros agentes também. Silva (2014) descreve riscos de acidentes como ocasiões que podem causar danos de diferentes intensidades à saúde e integridade dos trabalhadores, estas ocasiões podem ocorrer quando se tem máquinas, equipamentos, instrumentos, ferramentas, eletricidade, entre outros. No Quadro 7 estão exemplificados os riscos de acidentes e as consequências.

Quadro 7: Riscos de acidentes e suas consequências.

RISCOS DE ACIDENTES/MECÂNICOS CONSEQUÊNCIAS

Arranjo físico inadequado Acidentes e desgaste físico excessivo. Máquinas sem proteção Acidentes graves.

Iluminação deficiente Fadiga, problemas visuais e acidentes de trabalho.

Ligações elétricas deficientes Curto-circuito, choque elétrico, incêndio, queimaduras, acidentes fatais.

Armazenamento inadequado Acidentes por estocagem de materiais sem observação das normas de segurança.

Ferramentas defeituosas ou inadequadas Acidentes, principalmente com repercussão nos membros superiores.

Equipamentos de proteção individual

inadequado Acidentes e doenças profissionais. Animais peçonhentos (escorpiões, aranhas,

cobras) Acidentes por animais peçonhentos. Fonte: Santos (1999).

2.5 RISCOS NO AMBIENTE HOSPITALAR

Conforme Nishide e Benatti (2004) o ambiente hospitalar reúne pacientes portadores de diversas doenças infectocontagiosas e possibilita muitos procedimentos que oferecem riscos de acidentes e doenças ocupacionais, proporcionando um ambiente insalubre.

Pesquisadores preocupam-se com a saúde dos trabalhadores hospitalares desde a década de 70. Franco (1981) no ano de 1977 estudou 26 grupos ocupacionais de trabalhadores hospitalares, verificando queixas e doenças relacionadas ao trabalho, como: doenças infectocontagiosas, lombalgias, doenças alérgicas, fadigas e acidentes do trabalho.

(30)

Em 2003, em uma cidade do interior do Estado de São Paulo, foi realizada uma pesquisa com 40 trabalhadores do Sistema de Atendimento Médico de Urgências (SAMU), pertencentes às seguintes categorias: 01 médico, 03 enfermeiros, 12 técnicos de enfermagem, 10 auxiliares de enfermagem e 14 motoristas. O objetivo da pesquisa foi identificar os fatores de risco ocupacional que os profissionais estavam expostos. Foram identificados riscos físicos como: elevados níveis de temperatura e ruído ambiental; riscos químicos, como: manipulação de substâncias químicas; biológicos, como: exposição à microorganismos e falta de materiais disponíveis; além de outros riscos peculiares, como agressões físicas e moral e acidentes com material perfuro cortantes (ZAPPAROLI; MARZIALE, 2006).

Duarte e Mauro (2010) constataram em uma pesquisa com enfermeiros chefes de unidades de internação de um hospital universitário, os riscos ocupacionais a que estes estão expostos, bem como: manutenção inadequada, risco ergonômico pela manipulação de carga e postura corporal inadequadas na realização das tarefas, e ritmo de trabalho acelerado pela falta de recursos material e humano, além da exposição aos riscos químicos e biológicos pela proteção insuficiente e/ou inadequada de equipamentos utilizados pelos profissionais.

Lima et al. (2011) investigando as exposições ocupacionais por material biológico entre os trabalhadores da saúde, no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Pelotas, constataram que dos casos estudados, 82,2% sofreram lesões com perfuro cortantes, sendo 24,1% no centro cirúrgico e 84,5% foi o sangue o material biológico envolvido nas exposições ocupacionais, podendo acarretar infecções como Hepatite e AIDS. Os profissionais mais vitimados foram técnicos em enfermagem do sexo feminino, com 38,6% dos casos registrados e, 53,9% dos acidentados tinha idade entre 21 a 30 anos.

Em outro estudo, Xelegati et al. (2006) averiguaram entre os enfermeiros de uma Unidade de Atendimento de Emergência de um Hospital Universitário (UAEHU) quais substâncias químicas estes profissionais tem contato, quais substâncias causam problemas à saúde e as alterações ocasionadas por produtos químicos. Os autores questionaram 53 enfermeiros, os quais disseram estarem expostos aos antibióticos e benzina (100%), iodo (98,1%) e látex-talco (88,7%); as substâncias causadoras de problemas de saúde citadas foram: antineoplásicos (86,7%),

(31)

glutaraldeído (79,2%) e óxido de etileno (75,5%); e as alterações à saúde apresentada pelos trabalhadores foram: lacrimejamento, reações alérgicas, náuseas e vômitos.

Neste contexto, compreende-se que no ambiente hospitalar há multiplicidade de riscos aos trabalhadores. Sendo os profissionais da enfermagem e da equipe médica os mais expostos a certos riscos, já que estes estão envolvidos diretamente com os pacientes. No entanto, profissionais como recepcionistas, auxiliares de limpeza, laboratoristas, auxiliares de lavanderia, trabalhadores da cozinha e copa, auxiliar de almoxarifado, entre outros, também estão expostos aos riscos ambientais, mas de maneira indireta na assistência ao paciente. Ou seja, de forma direta ou indireta, os riscos ocupacionais existem e acarretam consequências para a vida dos profissionais quando medidas preventivas não são impostas, comprometendo sua qualidade de vida e a sua individualidade perante seus planos e expectativas, além de também causar problemas para as instituições hospitalares, devido ao absenteísmo e da interferência na qualidade da assistência prestada ao cliente nos hospitais.

(32)

3 MÉTODO DE PESQUISA

3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA

O método de pesquisa empregado neste trabalho caracteriza-se como uma pesquisa de campo aplicada, qualitativa e descritiva, que visou identificar os riscos ambientais existentes em um hospital localizado na Região Noroeste Colonial/RS.

Foram realizadas leituras e fichamentos, facilitando a busca de informações. Em seguida, através da pesquisa descritiva pode-se realizar pesquisa de campo, estudo de caso e pesquisa documental. E por meio de observação e análise qualitativa, identificaram-se os riscos ambientais presentes no local de trabalho, amparado pela NR 09, a qual orienta sobre o mapeamento e dimensionamento dos riscos, além do sistema de gestão OSHAS 18001 com o intuito de justificar e sugerir medidas corretivas.

3.1.1 Setores analisados

A pesquisa foi realizada nos seguintes setores do hospital: Densitometria Óssea, Tomografia, Ultrassonografia, Raio-X e Lavanderia.

3.1.2 Sujeitos de pesquisa

Envolveram-se na pesquisa todos os sujeitos presentes nos setores da Unidade de Diagnóstico de Imagens e da Lavanderia do hospital em questão.

3.2 DELINEAMENTO

(33)

Figura 3: Delineamento da pesquisa.

Fonte: Autoria própria (2018).

a. Revisão bibliográfica: busca por outros trabalhos que ampliem o conhecimento através de fundamentação consolidada e assuntos semelhantes ao tema proposto;

b. Levantamento e coleta de dados do hospital avaliado: visitas técnicas ao hospital, visando a identificação das não conformidades e verificação de riscos eminentes aos colaboradores, apontamento de todas irregularidades que deverão ser solucionadas.

c. Proposta de adequação, de acordo com a pesquisa: após a avaliação das irregularidades, estudo das normas vigentes e levantamento das adequações, propõem-se as adequações necessárias para a segurança dos trabalhadores do hospital;

d. Análise e considerações finais: após a execução das adequações, estas deverão ser avaliadas e os resultados analisados, tendo embasamento para a elaboração da conclusão deste trabalho.

(34)

3.3 CARACTERIZAÇÃO

A pesquisa foi realizada em um hospital localizado na Região Noroeste Colonial do Estado do Rio Grande do Sul, fundado em 1968 em meio às dificuldades e obstáculos. Atualmente, o hospital conta com uma área total de 6.500 m2, e suas atividades se concentram em centros-cirúrgicos, centro de material e esterilização, centro obstétrico, berçário, clínica médica-cirúrgica-obstétrica, radiologia, tomografia, ultrassonografia, densitometria óssea, nutrição, farmácia, higienização, ambulatório, administração, lavanderia e manutenção.

O hospital está em ampliação com a construção da ala nova de internação SUS, além de outros projetos como da recepção e da acessibilidade interna e externa do hospital, o qual aguarda recursos para dar continuidade.

A empresa é considerada pela CNAE 8610-1/01 e grau de risco 3, conforme NR 4. No hospital trabalham 128 funcionários, entre eles médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, técnicos em radiologia, auxiliar de lavanderia, costureira, recepcionista, administradores, cozinheiros, entre outros.

(35)

4 RESULTADOS

4.1 IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS

Para a análise dos riscos ocupacionais nos setores escolhidos, os profissionais envolvidos responderam a um questionário (Apêndice), ajudando na identificação dos riscos. Foram levantadas as atividades, função dos operadores e tempo de trabalho, além da função dos equipamentos, descrição do ambiente de trabalho e equipamentos de proteção individual.

Para a identificação de perigo e avaliação de riscos foi adotado o modelo desenvolvido por Silva (2016), além de sugerir medidas corretivas seguindo a OHSAS 18001, em seu item 4.3.1 – identificação de perigos, avaliação de riscos e determinação de medidas de controle, o qual descreve que deve-se estabelecer procedimentos de identificação de perigos contínuo, avaliar os riscos e adotar medidas de controle.

As ações corretivas devem ser analisadas e revisadas antes de serem implementadas, tendo como principio a eliminação dos riscos ou diminuição do grau de perigo, medidas de proteção coletiva, sinalização de segurança, organização do trabalho (procedimentos e instruções) e, quando não bastar, adotar equipamentos de proteção individual. Sendo implementada a ação corretiva, sua eficácia deverá ser então comprovada (OHSAS 18001: 2007).

4.1.1 Densitometria Óssea

Setor responsável por encaminhar, acomodar e realizar os exames nos pacientes em um aparelho que mede a densidade de diferentes tecidos do corpo humano.

(36)

Figura 4: Setor de Densitometria Óssea.

Fonte: Autoria própria (2018).

Figura 5: Mapa de riscos do setor de Densitometria Óssea. MAPA DE RISCO AMBIENTAL

Unidade de Diagnóstico por Imagem Grau de Intensidade do Risco SETOR: Densitometria Óssea DATA: Out/2018

FUNÇÃO: Técnica em Radiologia – CBO 3241-20

Baixo Médio Alto

Risco Químico Risco Físico Risco Biológico Risco Ergonômico Risco de Acidente

__ Radiação Ionizante Vírus, bactérias, fungos, protozoários, etc. - Responsabilidades e conflitos/tensões emocionais; - Esforço Físico (transporte de pacientes); - Desconforto (avental de chumbo). Acidente elétrico (choque elétrico)

(37)

4.1.2 Tomografia

Setor responsável por orientar, preparar e administrar o contraste iodado, além de realizar os exames de imagens das estruturas do corpo que são processadas por um computador.

Figura 6: Setor de Tomografia.

Fonte: Autoria própria (2018).

Figura 7: Mapa de riscos do setor de Tomografia. MAPA DE RISCO AMBIENTAL

Unidade de Diagnóstico por Imagem Grau de Intensidade do Risco SETOR: Tomografia DATA: Out/2018

FUNÇÃO: Técnica em Radiologia – CBO 3241-20

(38)

Figura 7: Mapa de riscos do setor de Tomografia (continuação).

Risco Químico Risco Físico Risco Biológico Risco Ergonômico Risco de Acidente

Substâncias

Químicas (iodo) Radiação Ionizante

Vírus, bactérias, fungos, protozoários, etc. - Responsabilidades e conflitos/tensões emocionais; - Esforço Físico (tranporte de pacientes); - Desconforto (avental de chumbo). - Materiais perfuro cortantes; - Acidente elétrico (choque elétrico).

Fonte: Autoria própria (2018).

4.1.3 Ultrassonografia

Setor responsável por orientar, preparar e realizar o exame nos pacientes através do aparelho, observando as imagens na tela do computador.

(39)

Figura 8: Setor de Ultrassonografia, com vestiário e banheiro no anexo.

Fonte: Autoria própria (2018).

Figura 9: Mapa de riscos do setor de Ultrassonografia. MAPA DE RISCO AMBIENTAL

Unidade de Diagnóstico por Imagem Grau de Intensidade do Risco SETOR: Ultrassonografia DATA: Out/2018

FUNÇÃO: Técnica em Radiologia – CBO 3241-20

Auxiliar de Enfermagem – CBO 3222-30

(40)

Figura 9: Mapa de riscos do setor de Ultrassonografia (continuação).

Risco Químico Risco Físico Risco Biológico Risco Ergonômico Risco de Acidente

Substâncias Químicas (gel condutor; álcool 70) __ Vírus, fungos, bactérias, protozoários, etc. - Responsabilidades e conflitos/tensões emocionais; - Esforço Físico (transporte de pacientes) Acidente elétrico (choque elétrico)

Fonte: Autoria própria (2018).

4.1.4 Raio-X

Setor responsável por acomodar, orientar e aplicar o exame de raio-X nos pacientes, o qual cria uma imagem fixa da região do corpo examinada. São dois os setores de raio-X do hospital em questão, sendo que um dos setores (setor B) conta com um aparelho adquirido recentemente, mais moderno.

Figura 10: Setor de Raio-X (A).

(41)

Figura 11: Setor de Raio-X (B).

Fonte: Autoria própria (2018).

Figura 12: Mapa de riscos dos setores de Raio-X. MAPA DE RISCO AMBIENTAL

Unidade de Diagnóstico por Imagem Grau de Intensidade do Risco SETOR: Raio-X DATA: Out/2018

FUNÇÃO: Técnica em Radiologia – CBO 3241-20

(42)

Figura 12: Mapa de riscos dos setores de Raio-X (continuação).

Risco Químico Risco Físico Risco Biológico Risco Ergonômico Risco de Acidente

__ Radiações Ionizantes Vírus, bactérias, fungos, protozoários, etc. - Postura inadequada; - Responsabilidades e conflitos/tensões emocionais;

- Esforço Físico (transporte de pacientes e carregamento de cassetes para sala onde fica a CR); - Desconforto (avental de chumbo).

Acidente elétrico (choque elétrico)

Fonte: Autoria própria (2018).

4.1.5 Lavanderia

Setor responsável pelo processamento da roupa e distribuição em condições de higiene e conservação.

(43)

Figura 13: Setor da Lavanderia: produtos químicos e roupas sujas (área suja).

Fonte: Autoria própria (2018).

Figura 14: Setor da Lavanderia: máquinas de lavar roupas industrial (área suja).

Fonte: Autoria própria (2018).

(44)

Figura 15: Setor da Lavanderia (área limpa).

Fonte: Autoria própria (2018).

Figura 16: Setor da Lavanderia: secadoras e centrífuga (área limpa).

Fonte: Autoria própria (2018).

(45)

Figura 17: Mapa de riscos do setor da Lavanderia. MAPA DE RISCO AMBIENTAL

Unidade de Processamento de Roupas GRAU DE RISCO SETOR: Lavanderia DATA: Out/2018

FUNÇÃO: Auxiliar de lavanderia – CBO 5163-10

Costureira – CBO 7630-15

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Figura 17: Mapa de riscos do setor da Lavanderia (continuação).

Risco Químico Risco Físico Risco Biológico Risco Ergonômico Risco de Acidente Produtos Químicos

(Detergente para lavar roupas, alvejante líquido, neutralizador de resíduos de cloro e alcalinidade, amaciante de fibras têxteis e detergente para remoção de manchas gordurosas). Ruído Vírus, bactérias, fungos, protozoários, etc. - Responsabilidades e conflitos/tensões emocionais; - Postura Inadequada; - Desconforto (Mobiliário Inadequada). - Probabilidade de queda da própria altura (eventual piso molhado); - Material perfuro cortante. - Choque elétrico; - Ventilação Inadequada; - Queimaduras; - Incêndio. Fonte: Autoria própria (2018).

4.2 RECONHECIMENTO DOS RISCOS AMBIENTAIS

(47)

Quadro 8: Reconhecimento dos riscos ambientais no setor de Densitometria óssea. RECONHECIMENTO DOS RISCOS AMBIENTAIS

Setor: Densitometria Óssea

Turno de Trabalho ( X )M ( X )T ( X )N

N° de Empregados: ( 1 )M ( 1 )T ( 1 )N Atividade: Encaminhar, acomodar e realizar os exames nos pacientes com

o aparelho de densitometria.

Local da Atividade: área de 15,41m2, construção em alvenaria, piso de cerâmica, ventilação adequada, janelas de correr de alumínio, ar condicionado, iluminação florescente.

Funções: Técnica em Radiologia – CBO 3241-20

Máquinas e Equipamentos empregados: Computador (tela plana, 17”), impressora (marca Epson), telefone e densitômetro (marca Hologic Discovery).

Matéria-prima e produtos químicos manipulados: Não há

Equipamentos de Proteção Individual e Coletivos Observados:

Avental de chumbo (CA 33883), colar cervical (CA 33882), luvas de procedimento (marca Descarpack, CA 29996), sapato fechado, biombo de chumbo.

Observações:

Riscos Químico Risco Físico Risco Biológico Risco Ergonômico Risco de acidente ( )poeira ( )fumos metálicos ( )névoas ( )vapores ( )gases ( )produtos químicos ( )substâncias ou compostos ( )outros ( ) inalação de prod. Químicos ( )ruído ( )vibração ( X )radiação ionizante ( )radiação não ionizante ( )pressão anormal ( )temperatura extrema ( )frio/calor ( )umidade ( X )vírus ( X )bactérias ( X )protozoários ( X )fungos ( )bacilo ( )parasita ( )inseto ( )outros

( )contato com fluído corporal ( )infecções agudas e crônicas ( )postura incorreta ( )treinamento inadequado/inexistente ( )jornada prolongada ( )trabalho noturno ( X )responsabilidades e conflitos/tensões emocionais ( X ) desconforto/ monotonia ( )agressões morais ( X ) transporte de pacientes

( )arranjo físico deficiente ( )máquinas e equip. sem proteção ( )ferramentas inadequadas ou defeituosos ( )iluminação inadequada

( X )eletricidade (choque elétrico) ( )probabilidade de incêndio e explosão ( )armazenamento inadequado

( )material perfuro cortante

( )probabilidade de queda da própria altura ( )ventilação inadequada

(48)

Quadro 9: Grau de importância dos riscos no setor de Densitometria Óssea.

Fonte: Silva (2016), adaptado pelo autor.

OHSAS- 18001- GRAU DE IMPORTÂNCIA DOS RISCOS Setor avaliado: Densitometria Óssea

Grau de Intensidade do Risco

Descrição Sugestões e medidas corretivas

Risco Físico

Alto

A radiação é decorrente do aparelho densitômetro usado para realização dos exames.

- No Anexo 5 da NR 15 consta que os limites de tolerância, os princípios, as obrigações e controles básicos para proteção dos trabalhadores e do ambiente de trabalho contra efeitos causados pela radiação ionizante devem ser seguidos pela Norma CNEN: "Diretrizes Básicas de Radioproteção". - A NR 32, em seu item 32.4.2 diz ser obrigatório manter no local de trabalho e à disposição da inspeção do trabalho o Plano de Proteção Radiológica - PPR, aprovado pela CNEN, e para os serviços de radiodiagnóstico aprovado pela Vigilância Sanitária.

- Medidas de proteção: EPI’s adequados; Monitorar por meio de dosímetros as doses de radiação aos quais estão expostos os trabalhadores; Treinar os trabalhadores para que desempenhem suas funções em condições seguras de trabalho.

Risco Biológico

Baixo

Possibilidade de adquirir infecções, por contato com feridas expostas ou vias aéreas, causando desconforto aos profissionais.

- Lavar as mãos antes e depois de usar luvas. - Realizar exames médicos periódicos.

- Medidas de proteção individual: fornecer EPI adequado ao risco.

Risco Ergonômico

Médio

- Transporte de pacientes, posicionamento ou movimentação do paciente no local de exame, podendo provocar problemas relativos à coluna vertebral.

- Trabalho exaustivo devido ao número reduzido de profissionais da área, principalmente nos plantões, responsabilidades e conflitos/tensões emocionais;

- Desconforto quanto ao uso do avental de chumbo.

- Elaboração de Laudo Ergonômico.

- Realizar, durante a jornada de trabalho, exercícios de alongamento dos membros superiores e inferiores, coluna cervical e dorsal.

- Pedir ajuda aos colegas de trabalho para posicionar os pacientes no aparelho de exames e ao transportar os pacientes, sempre que necessário, respeitando o limite físico individual de cada profissional.

- Manter o ambiente de trabalho organizado, a fim de evitar deslocamentos e esforços desnecessários, reduzindo conflitos e fadigas.

- Buscar por vestimentas mais leves, com outros materiais, como por exemplo, os aventais de borracha plumbífera, diminuindo o desconforto dos profissionais.

Risco de Acidente 7

Baixo

- Equipamento hospitalar (densitômetro); - Falta de familiarização com o aparelho; - Possível falta de manutenção.

- Instalação de disjuntores de proteção nos circuitos elétricos do setor, como o DPS que atua contra descargas atmosféricas, evitando incêndios e, o DR evita que pessoas sejam atingidas por choque elétrico, pois o dispositivo desarma (desliga) quando reconhece fugas de correntes elétricas;

- Manusear os equipamentos com atenção;

(49)

Quadro 10: Reconhecimento dos riscos ambientais no setor de Tomografia. RECONHECIMENTO DOS RISCOS AMBIENTAIS Setor: Tomografia

Turno de Trabalho ( X )M ( X )T ( X )N

N° de Empregados: ( 2 )M ( 2 )T ( 1 )N

Atividade: Orientar, preparar e realizar os exames de imagens processadas por um computador.

Local da Atividade: área total de 43,22 m2, construção em alvenaria, piso de cerâmica, ventilação adequada, iluminação florescente. O setor é dividido, em um ambiente fica o aparelho de tomografia e no outro a sala de comandos, com bancada para computador e acondicionamento de outros materiais.

Funções: Técnica em Radiologia – CBO 3241-20

Máquinas e Equipamentos empregados: Computador (marca Toshiba, tela plana), telefone e tomógrafo (marca Toshiba Asteion).

Matéria-prima e produtos químicos manipulados: Iodo

Equipamentos de Proteção Individual e Coletivos Observados:

Avental de chumbo (CA 33883), colar cervical (CA 33882), luvas de procedimento (marca Descarpack - CA 29996 ou marca Talge – CA 39269), sapato fechado.

Observações:

Riscos Químico Risco Físico Risco Biológico Risco Ergonômico Risco de acidente ( )poeira ( )fumos metálicos ( )névoas ( )vapores ( )gases ( )produtos químicos ( X )substâncias ou compostos ( )outros ( ) inalação de prod. químicos ( )ruído ( )vibração ( X )radiação ionizante ( )radiação não ionizante ( )pressão anormal ( )temperatura extrema ( )frio/calor ( )umidade ( X )vírus ( X )bactérias ( X )protozoários ( X )fungos ( )bacilo ( )parasita ( )inseto ( )outros

( )contato com fluído corporal ( )infecções agudas e crônicas ( )postura incorreta ( )treinamento inadequado/inexistente ( )jornada prolongada ( )trabalho noturno ( X )responsabilidades e conflitos/tensões emocionais ( X ) desconforto/ monotonia ( )agressões morais ( X ) transporte de pacientes

( )arranjo físico deficiente ( )máquinas e equip. sem proteção ( )ferramentas inadequadas ou defeituosos

( )iluminação inadequada ( X )eletricidade (choque elétrico) ( )probabilidade de incêndio e explosão

( )armazenamento inadequado ( X )material perfuro cortante

( )probabilidade de queda da própria altura

( )ventilação inadequada Fonte: Silva (2016), adaptado pelo autor.

Referências

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