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Relatório de estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

ÁREA DE CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS

ORIENTADORA: PROF

a

. MSc. CRISTIANE ELISE TEICHMANN

SUPERVISORA: MED. VET. LUCIANA ZANG

Patricia Teloeken Boss

Ijuí, RS, Brasil

2015

(2)

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Patricia Teloeken Boss

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado na Área de Clínica Médica de

Pequenos Animais apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ,

RS), como requisito parcial para obtenção do grau de

Médica Veterinária.

Orientadora: Med. Vet. Msc. Cristiane Elise Teichmann

Ijuí, RS, Brasil

2015

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Universidade Regional do Noroeste do Estado do

Rio Grande do Sul

Departamento de Estudos Agrários

Curso de Medicina Veterinária

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o

Relatório de Estágio da Graduação

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO

elaborado por

Patricia Teloeken Boss

como requisito parcial para obtenção do grau de

Médica Veterinária

COMISSÃO EXAMINADORA:

______________________________________ Cristiane Elise Teichmann, MSc.(UNIJUÍ)

(Orientadora)

______________________________________ Luciana Mori Viero, Dra.(UNIJUÍ)

(Banca)

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A persistência é o caminho do êxito.

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AGRADECIMENTOS

A Deus que iluminou meu caminho durante minha jornada, abençoado desde meus primeiros passos com o privilégio de saber amar, respeitar e cuidar dos animais. Pelas minhas conquistas e pela força necessária pra suportar os desafios impostos no decorrer de minha formação.

A Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul pela oportunidade de estudo.

Agradeço а todos os professores pela contribuição no meu crescimento como aluna, como pessoa e profissional.

Em especial agradeço a minha orientadora Cristiane Elise Teichmann, pela orientação, paciência, e auxílio nesta fase tão importante da faculdade.

A toda a equipe de funcionários do Mundo Animal Centro Veterinário, pela oportunidade de estágios, onde tive o prazer de conviver com pessoas maravilhosas, tornando prazerosos os dias de trabalho, ricos em conhecimento e aprendizados especialmente minhas supervisoras Luciana Zang, Tatiana Schuch, e medicas veterinárias Tatiane Linden, Joseane Salvi, Marilene Lobo Dávila, Luciana Yumi Tanaka, Renata Reis Ramos, Gabriela Sessegolo, Simone Scherer, Roberta Duranti, Fernanda Lupi e Camila Giglio, que não hesitaram em compartilhar conhecimento.

Aos meus pais Sergio e Mary, minhas avós Blondina e Adelaide pela base familiar ensinando sempre respeito, paciência e acreditar que meu sonho era possível.

Minhas irmãs Aline e Eduarda por toda amizade, diversão, o apoio e incentivo para correr atrás dos meus objetivos, por acompanhar minhas noites de estudos e esperando feliz a minha volta das aulas, que nunca mediram esforços para me ajudar.

Ao meu vô Leonardo, meu anjo que sempre guiou meus caminhos, com muitos ensinamentos, cuidado com os animais e sempre com um lindo sorriso no rosto, não importando com as dificuldades que passava sempre preocupado e orgulhoso em ter uma neta Medica Veterinária. Prometendo uma noite me chamar de madrugada para fazer uma “cesária” infelizmente Deus nos separou, mas tenho certeza que onde ele estiver sempre me acompanhará.

Ao meu marido Edson Rohde, pelo companheirismo, cumplicidade, apoio, amor, por ser meu melhor amigo e por tornar meus dias muito mais felizes fazendo do meu sonho o dele, abrindo mão de muitas coisas para nunca desistir da faculdade de medicina veterinária.

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A família Ronhe, por me apoiar, ajudar a persistir nos estudos, em especial a minha concunhada Luana que sempre esteve ao meu lado em noites de estudo e trabalhos, viagens cansativas e divertidas, parceira de risadas, chimarrão e espero que para a vida toda, agora também como medicas veterinárias.

Em especial minha prima e amiga Cristiele, que faltam palavras para agradecer e dizer o quanto é importante para mim.

Agradeço a minha amiga Ana Paula Maso, amiga desde antes da veterinária, mas sempre uma pessoa muito especial pronta para ajudar, e compartilhar conhecimento.

Aos meus amigos de quatro patas, principalmente a Chica, minha “cãopanheira”, sempre ao meu lado, em todos os momentos, aguardando minha volta e parceira das aulas práticas e madrugadas de estudo.

Aos meus futuros pacientes, por tornar prazerosa e gratificante esta profissão.

Aos demais familiares, amigos e colegas, que de alguma forma estiveram do meu lado nesta trajetória.

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RESUMO

Relatório de Graduação Curso de Medicina Veterinária

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

EM MEDICINA VETERINÁRIA – ÁREA DE CLÍNICA MÉDICA DE

PEQUENOS ANIMAIS

AUTORA: PATRICIA TELOEKEN BOSS ORIENTADORA: CRISTIANE ELISE TEICHMANN

Data e Local da Defesa: Ijuí, 01 de dezembro de 2015.

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado no Mundo Animal Centro Veterinário, em Porto Alegre - RS, totalizando 150 horas, acompanhadas no período de 17/08/2015 a 25/09/2015, sob orientação da Professora Médica Veterinária Msc. Cristiane Teichmann e supervisão da Médica Veterinária Luciana Zang. Durante o período do estágio foram acompanhadas diversas atividades na área de clínica médica de pequenos animais. As atividades desenvolvidas estão descritas e também relacionadas em forma de tabelas. Posteriormente serão descritos e discutidos com a revisão de literatura específica, dois casos clínicos, sendo estes: histiocitoma fibroso maligno dependente de cápsula renal em um canino e diabetes melittus em um canino. O estágio apresenta uma visão da rotina clínica e cirúrgica na formação acadêmica de medicina veterinária, pois é o momento onde se aplica na prática os conhecimentos adquiridos na teoria.

Palavras-chave: Estágio curricular, Clínica médica, diabetes mellitus, histiocitoma fibroso

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Procedimentos ambulatoriais específicos realizados e/ou acompanhados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Mundo Animal Centro Veterinário, no período de 17 de agosto a 25 de setembro de 2015...16 Tabela 2 - Diagnósticos clínicos estabelecidos de acordo com os diferentes sistemas orgânicos e Doenças infectocontagiosas durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Mundo Animal Centro Veterinário, no período de 17 de agosto a 25 de setembro de 2015...17

Tabela 3- Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções do sistema cardiovascular, doenças infectocontagiosas e sistema digestório durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Mundo Animal Centro Veterinário, no período de 17 de agosto a 25 de setembro de 2015...17 Tabela 4 - Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções dos sistemas endócrino,

musculoesquelético e nervoso durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Mundo Animal Centro Veterinário, no período de 17 de agosto a 25 de setembro de 2015...18 Tabela 5 - Diagnósticos clínicos estabelecidos e atividades envolvendo afecções dos sistemas oftálmico, reprodutivo durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Mundo Animal Centro Veterinário, no período de 17 de agosto a 25 de setembro de 2015...18 Tabela 6 - Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções dos sistemas tegumentar e urinário durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Mundo Animal Centro Veterinário, no período de 17 de agosto a 25 de setembro de 2015...18 Tabela 7 - Exames complementares solicitados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Mundo Animal Centro Veterinário, no período de 17 de agosto a 25 de setembro de 2015...19

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Tabela 8 – Procedimentos Cirúrgicos solicitados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Mundo Animal Centro Veterinário no período de 17 de agosto a 25 de setembro de 2015...19

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

% = porcentagem

µg/kg/min = microgramas / quilograma / minuto ALT = Alanina aminotrasferase

°C = Grau Celsius cm = centímetros

DM = Diabetes Mellitus

DMID = Diabete metilo insulino-dependente Dra. = Doutor

FA = Fosfatase alcalina

FeLV = Vírus da Leucemia Felina FIV = Vírus da Imunodeficiência Felina GH = hormônio do crescimento

h = horas

HI = acime do limite de detecção no glicosímetro IV = intravenoso

Kg = quilograma

MFH = Histiocitoma fibroso maligno

mg = miligramas mg/dl = miligrama / decilitro mg/kg = miligrama / quilograma mg/mL = miligrama / mililitro mL = mililitro ml/kg = mililitro / quilograma mmHg, = milímetro de mercúrio mpm = Movimentos por minuto

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MSc = Mestre em ciência

MACV = Mundo Animal Centro Veterinário

NPH = Insulina isofânica ou Neutral Protamine Hagedorn OSH = ovariohisterectomia

PAS = Pressão arterial SC = subcutâneo

TRC = Tempo de reperfusão capilar

ui/kg = unidade internacionais / quilograma VO = via oral

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LISTA DE ANEXOS

Anexo A – Ecografia abdominal de um canino com Histiocitoma fibroso maligno dependente da cápsula renal...41 Anexo B Rim esquerdo com uma massa tumoral após a nefrectomia...42 Anexo C – Resultado de exame histológico do canino com Histiocitoma fibroso maligno dependente da cápsula renal...43

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 14

1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 16

2 DISCUSSÃO ... 20

2.1 Histiocitoma fibroso maligno dependente de cápsula renal em um cão: Relato de caso...20

2.2 Remissão de Diabetes mellitus após castração em uma fêmea canina: Relato de caso...27

CONCLUSÃO ... 35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 36

(14)

INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na área de clínica médica de pequenos animais no Mundo Animal Centro Veterinário, no período de 17 de agosto a 25 de setembro de 2015, somando um total de 150 horas, sob a supervisão das Médicas Veterinárias Luciana Zang, Tatiana Schuch e Nicole Roth e orientação da professora Med. Vet. Msc. Cristiane Elise Teichmann.

O referido hospital está localizado na cidade de Porto Alegre no Rio Grande do Sul. O estabelecimento oferece atendimento clínico geral, atendimento por especialistas, cirúrgico, terapêutico, de diagnóstico por imagem (ecografia, raio-x), laboratorial, internação, entre outros serviços. A estrutura do Hospital Veterinário conta com recepção, sala de espera, cinco ambulatórios de atendimento, farmácia, sala de observação, unidade de internação, unidade de tratamento intensivo (UTI), unidade de tratamento semi-intensivo, unidade de isolamento para animais com doenças infectocontagiosas, gatil e canil. O bloco cirúrgico é composto de duas salas para a rotina do hospital, e a rotina hospitalar é acompanhado por médicos veterinários que atuam na parte clínica, cirúrgica, internação, diagnostico por imagem e laboratório, e outros funcionários que cuidam da administração e recepção.

O estabelecimento presta serviço ao público 24horas, sendo que na recepção do hospital, a secretária realiza o cadastramento dos pacientes e seus proprietários, em seguida os encaminha para o atendimento veterinário, também realiza a tarefa de agendar consultas entre outros. No consultório sob a responsabilidade do médico veterinário, é realizada a consulta junto ao proprietário, feita anamnese, exame clínico e se necessário, encaminhamento para exames complementares, internação ou procedimento cirúrgico, durante o atendimento, o acadêmico do curso de medicina veterinária pode acompanhar os procedimentos realizados pelo médico, dentre outras atividades realizadas na clínica veterinária.

A área de Clínica Médica de Pequenos Animais foi escolhida tendo em vista a crescente evolução da Medicina Veterinária e o maior apego dos proprietários com seus animais de estimação, fazendo com que a profissão Médico Veterinário se torne cada vez mais necessária e valorizada.

Optou-se em realizar o Estágio Curricular Supervisionado no Hospital Veterinário Mundo Animal, pelo grande fluxo de atendimentos, pelos profissionais capacitados e especialistas que nela trabalham e pela ideia de vivenciar diferentes métodos de trabalho e casos clínicos. A área de Clínica Médica e Cirúrgica foi escolhida, tendo em vista o grande aumento da procura no mercado e pelo gosto de animais de pequeno porte que tenho.

(15)

O presente relatório tem como objetivo o desenvolvimento dos conhecimentos adquiridos durante o decorrer da graduação e relatar as atividades executadas durante o estágio curricular supervisionado. No estágio é permitido aplicar os conhecimentos da teoria na prática, preparando futuros médicos veterinários para seguir a conduta correta perante aos pacientes e seus proprietários.

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1. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As principais atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária no Mundo Animal Centro Veterinário compreenderam o acompanhamento de atendimentos clínicos, coleta de material para exames complementares, auxílio nas atividades realizadas no setor de internação, auxílio na contenção de animais para realização de ultrassonografia e raios-x. Os atendimentos clínicos estão explanados a seguir em tabelas, divididos pelos sistemas orgânicos correspondentes, além de, demonstrarem os procedimentos ambulatoriais e exames complementares acompanhados.

Tabela 1 - Procedimentos ambulatoriais específicos realizados e/ou acompanhados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Mundo Animal Centro Veterinário, no período de 17 de agosto a 25 de setembro de 2015.

Procedimentos Cães Gatos Total %

Administração de medicamentos Atendimentos clínicos

Acesso Venoso Coleta de Sangue

Colocação de fixador externo Curativo

Eutanásia Fisioterapia

Limpeza do conduto auditivo Procedimento cirúrgico Parasitológico de pele

Remoção de pontos cirúrgicos Sondagem uretral Vacinação 40 75 15 35 2 12 5 27 5 21 12 5 5 40 28 40 6 12 0 3 2 0 0 3 0 2 1 10 68 115 21 47 2 15 7 27 5 24 12 7 6 50 16,7 28,3 5,17 11,5 0,49 3,69 1,72 6,65 1,23 5,91 2,95 1,72 1,47 12,3 Total 299 107 406 100

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Tabela 2 - Diagnósticos clínicos estabelecidos de acordo com os diferentes sistemas orgânicos

e Doenças infectocontagiosas durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em

Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Mundo Animal Centro Veterinário, no período de 17 de agosto a 25 de setembro de 2015.

Diagnóstico Cães Gatos Total %

Cardiovascular Doenças infectocontagiosas Digestório Endócrino Musculoesquelético Nervoso Oftálmico Reprodutivo Respiratório Tegumentar e anexos Urinário 1 8 18 6 7 3 1 6 2 11 1 0 3 0 0 1 0 1 0 1 1 1 1 11 18 6 8 3 2 6 3 12 2 1,38 15,2 25,0 8,33 11,1 4,16 2,77 8,33 4,16 16,6 2,77 Total 64 8 50 100

Tabela 3- Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções do sistema cardiovascular, respiratório, doenças infectocontagiosas e sistema digestório durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Mundo Animal Centro Veterinário, no período de 17 de agosto a 25 de setembro de 2015.

Diagnóstico Cães Gatos Total %

Adenocarcinoma Pulmonar Bronquite Crônica Cardiomiopatia Dilatada Cinomose FIV/FeLV Gastrite Intoxicação Megaesôfago Pancreatite Parvovirose Periodontite Pneumonia 0 1 1 5 0 4 4 1 1 3 2 1 1 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 5 3 4 4 1 1 3 2 1 3,70 3,70 3,70 18,52 11,11 14,81 14,81 3,70 3,70 11,11 7,41 3,70 Total 23 4 27 100

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Tabela 4 - Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções dos sistemas endócrino, musculoesquelético e nervoso durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Mundo Animal Centro Veterinário, no período de 17 de agosto a 25 de setembro de 2015.

Diagnóstico Cães Gatos Total %

Diabetes Mellitus

Discoespondilite

Hérnia de Disco Intervertebral Hérnia Inguinal Hiperadrenocorticismo Síndrome Vestibular Fratura óssea 4 1 1 1 2 3 4 0 0 0 0 0 0 1 4 1 1 1 2 3 5 23,5 5,88 5,88 5,88 11,7 17,6 29,4 Total 16 1 17 100

Tabela 5 - Diagnósticos clínicos estabelecidos e atividades envolvendo afecções dos sistemas oftálmico e reprodutivo durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Mundo Animal Centro Veterinário, no período de 17 de agosto a 25 de setembro de 2015.

Diagnóstico Cães Gatos Total %

Catarata

Prolapso de reto Piometra

Neoplasia retal

Úlcera de Córnea Bilateral Vaginite 1 1 3 1 0 1 0 0 0 0 1 0 1 1 3 1 1 1 12,50 12,50 37,50 12,50 12,50 12,50 Total 7 1 8 100

Tabela 6 - Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções dos sistemas tegumentar e urinário durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Mundo Animal Centro Veterinário, no período de 17 de agosto a 25 de setembro de 2015.

Diagnóstico Cães Gatos Total %

Cálculo Vesical Dermatite Atópica

Insuficiência Renal Crônica Laceração de Pele Mastocitoma Miíase Nódulos de pele Otite Otohematoma Sarna Demodécica 0 2 1 1 1 1 1 3 1 2 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 2 1 1 2 1 1 3 1 2 6,66 13,3 6,66 6,66 13,3 6,66 6,66 20,0 6,66 13,3 Total 13 2 15 100

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Tabela 7 - Exames complementares solicitados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Mundo Animal Centro Veterinário, no período de 17 de agosto a 25 de setembro de 2015.

Exames Cães Gatos Total %

Alanina aminotransferase Abdominocentese Cistocentese Colesterol Creatinina 35 5 8 16 35 12 0 2 8 12 47 5 10 24 47 10,51 1,12 2,24 5,37 10,51 Ecocardiograma Ecografia Abdominal Fosfatase alcalina Frutosamina 2 26 35 16 1 3 12 8 3 29 47 24 0.67 6,49 10,51 5,37 Glicose Hemograma Parasitológico de fezes Parasitológico de pele Radiografia Teste de fluorosceína Teste rápido de cinomose Teste rápido de FeLV/FIV Teste rápido de parvovirose Triglicerídeos Ureia 20 35 3 5 32 8 2 0 3 16 35 10 12 0 0 3 2 0 5 0 8 12 30 47 3 5 35 10 2 5 3 24 47 6,71 10,51 0,67 1,12 7,83 2,24 0,45 1,12 0,67 5,37 10,51 Total 337 110 447 100

Tabela 8 – Procedimentos Cirúrgicos solicitados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Mundo Animal Centro Veterinário no período de 17 de agosto a 25 de setembro de 2015.

Procedimento Cães Gatos Total %

Colopexia

Correção de Shunt Cálculo Bexiga

Exérse Sialocele Cervical Fratura Costelas Fratura de Falanges Fratura de Fêmur Fratura de Tíbia Laparotomia Mastectomia

Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur Ovariohisterectomia Orquiectomia 1 2 0 1 1 1 1 1 1 2 1 7 6 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 1 2 1 1 1 1 2 2 1 2 1 8 6 3,45 6,90 3,45 3,45 3,45 3,45 6,90 6,90 3,45 6,90 3,45 27,59 20,69 Total 25 4 29 100

(20)

2. DISCUSSÃO

2.1 Histiocitoma fibroso maligno dependente de cápsula renal em um cão: Relato de caso

RESUMO

Relata-se um caso de Histiocitoma fibroso maligno dependente da cápsula renal em um canino atendido no Mundo Animal Centro Veterinário. O paciente apresentava sinais de aumento de volume abdominal, mucosas pálidas e falta de apetite. A ecografia abdominal revelou a presença massa sugestiva de neoplasia no rim esquerdo e líquido livre na cavidade abdominal com intensa celularidade. O paciente foi encaminhado para a cirurgia terapêutica, com o intuito de melhorar sua qualidade de vida, retirar o rim afetado e posteriormente a confirmação do diagnostico através da realização do histopatológico.

Palavras chaves: Canino, Neoplasia Renal, Histiocitoma fibroso maligno, nefrectomia.

INTRODUÇÃO

As neoplasias renais primarias são menos de 2% do total das neoplasias observadas em animais domésticos, e geralmente são malignas (CARVALHO et al., 2010). Os tumores renais secundários são duas vezes mais frequente em cães do que as primarias, devido ao grande fluxo sanguíneo, estão sujeitas a implantação de metástases (GRANT et al., 2008; CARVALHO et al., 2010).

Histiocitoma fibroso maligno (MFH), também conhecido como tumor de células gigantes de tecidos moles, é um tumor agressivo e retratado como uma neoplasia que ocorre com pouca frequência em cães e rara em gatos (HENDRICK et al., 1992; ARÁMBULO et al., 2004), frequentemente em humanos (HONGLIN et al., 2011). É um tumor mesenquimal caracterizado por pleomorfismo de células fibroblásticas e histiocíticas ocasionalmente misturado com células gigantes ou de células inflamatórias (AL-AGHA, et al., 2008), sendo descrito como um tumor localmente invasivo, mas raramente metastático (GLEISER et al., 1979). Em cães, o MFH é relatado pela literatura como um tumor primário em tecidos subcutâneo, baço, rim, glândula salivar e tecido esquelético (KIRAN et al., 2005; HONGLEN et al., 2011).

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Conforme Carvalho et al., (2010) a idade dos animais é um fator para o aparecimento das neoplasias renais, havendo incidência maior a partir dos seis anos de idade, além disso, HENDRICK et al., (1992) relata não haver raça ou sexo como predisposição. Os sinais clínicos dos pacientes com neoplasias renais são assintomáticos ou ainda, sinais vagos como anorexia, febre, prostração perda de peso e dor sublombar (CARVALHO et al., 2010).

Geralmente o diagnostico do pré-operatório é difícil e a sua apresentação tardia (NUNES et al., 2009). O diagnostico inicial é feito por técnicas de imagens como raio-x e ecografia abdominal, e são úteis para localização, dimensionamento e alguns aspectos morfológicos, desta maneira, o diagnostico definitivo é através da histopatologia (CARVALHO et al., 2010; SIERRA al., 2010).

Como tratamento, a remoção cirúrgica é importante para assegurar a qualidade de vida do paciente, segundo Grant et al., (2008), a nefrectomia é o tratamento de escolha, seguido de radioterapia, conforme necessário, para doença residual. Contraposto de Nunes et al., (2009), que relata não haver evidências que prolongam a sobrevida com a radioterapia e quimioterapia adjuvante.

O prognóstico para pacientes com neoplasia renal maligna é reservado a desfavorável (GRANT et al., 2008; CARVALHO et al., 2010). O objetivo desse relato é descrever o caso de um canino adulto com neoplasia renal, suas complicações e o tratamento instituído.

METODOLOGIA

Um canino da raça Labrador Retriever, macho, de 12 anos, pesando 35 kg chegou ao Mundo Animal Centro Veterinário, em estado emergencial. Durante a anamnese, a tutora relatou prostração e que o paciente não se alimentava bem há uma semana. Urina e fezes foram relatadas como normais. Ele já havia retirado um mastocitoma há dois anos e apresentava cardiopatia previamente já diagnosticada e devidamente tratada. Ao exame clínico foi observado aumento de volume abdominal, apatia, mucosas pálidas, temperatura retal de 38°C, frequência respiratória de 24 mpm, pressão arterial sistólica de 100 mmHg, tempo de reenchimento capilar maior que 2 segundos.

O paciente foi encaminhado para a realização da ecografia abdominal. Após o resultado do exame, constatou uma massa no polo cranial e outra caudalmente ao rim esquerdo, não descartando a ligação entre as duas massas, com aspecto heterogêneo e hipoecoico, indicativo de neoplasia renal (Anexo A). Além disso, a presença de hemoperitônio foi confirmada com punção abdominal do paciente. Devido ao quadro grave

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por grande perda sanguínea, o paciente foi submetido à nefrectomia no mesmo dia. Foram coletados exames sanguíneos pré-operatórios para avaliação do quadro geral do paciente.

Para estabilização pré-cirúrgica do paciente foi realizado transfusão sanguínea com plasma sanguíneo. O tratamento inicial escolhido foi a nefrectomia, onde foi drenado sangue da cavidade abdominal para acessar o rim afetado. Mais ou menos 2 litros de sangue foram retirados. A massa e o rim esquerdo foram coletados e enviados para biópsia (Anexo B e C).

No pós-operatório imediato, o paciente recebeu infusão contínua de dobutamina 10 µg/kg/min devido à baixa de pressão e ele recebeu fluidoterapia intravenosa de solução fisiológica 0,9% com 30mL de glicose a 50% na dose de 70mL∕kg∕dia. Também recebeu analgésico: dipirona sódica na dose de 12mg∕kg 8/8h intravenoso e cloridrato de tramadol 4mg∕kg 6/6h intramuscular. Antiobioticoterapia com enrofloxacino 5mg∕kg 12/12h intravenoso. Antieméticos: cloridrato de ondansetrona 0,2 mg∕kg 12/12h intravenoso e citrato de maropitant 1mg∕kg 24/24h subcutâneo. Protetor gástrico: cloridrato de ranitidina 4mg∕kg 12/12h subcutâneo. Antifisético e probiótico: dimeticona na dose de 75mg por animal 8/8h via oral e Lactobac dog® na dose de 4 gramas por dia para cães acima de 10kg via oral. O paciente ainda recebia via oral pimobendana e benazepril devido a cardiopatia previamente diagnosticada.

Simultaneamente, o canino permaneceu com uma sonda urinária por três dias para controle do débito urinário. No dia seguinte da cirurgia, o paciente recebeu transfusão de três bolsas de plasma fresco congelado devido à hipoproteinemia e hipoglobulinemia. Após três dias da cirurgia, efetuou-se uma nova avaliação hematológica.

No quarto dia, o paciente recebeu alta, para casa foi prescrito Lactobac dog® na dose de 4 gramas por dia para cães acima de 10kg durante mais 3 dias, cloridrato de tramadol 4 mg/kg 6/6h por mais quatro dias, enrofloxacino 5mg/kg 12/12h por mais seis dias totalizando 10 dias de tratamento e dipirona sódica na dose de 12mg/kg 8/8h por mais quatro dias. O paciente retornou quatro dias após a alta apresentando edema generalizado devido à hipoproteinemia e a compensação que estava sendo feita por somente um rim e seroma no local da incisão. O antibiótico foi trocado para amoxicilina com clavulanato de potássio na dose de 20mg∕kg 12/12h por 14 dias devido à persistência de leucocitose por neutrofilia mesmo com antibioticoterapia com enrofloxacino e devido à anasarca. Oito dias após a cirurgia ele retornou houve diminuição do seroma e do edema, e um novo exame de hemograma foi realizado.

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O Histiocitoma fibroso maligno dependente da cápsula renal é pouco descrito pela literatura. Arámbulo (2004) relatou um caso de histiocitoma fibroso maligno em parênquima renal de cão e Tanimoto (1988) um caso de metástase renal originado de histiocitoma maligno primário em baço de suíno. Em humanos, Sierra et al. (2010) relatou um caso de histiocitoma fibroso maligno dependente de cápsula renal em rim esquerdo de uma mulher que apresentava creatinina normal, anemia ferropriva anteriormente tratada e dor no hipocôndrio esquerdo. Foi realizado na paciente nefrectomia completa. A massa, microscopicamente, apresentou aspecto de histiocitoma fibroso maligno com intima relação à cápsula renal. A cápsula renal, sendo composta de tecido fibroso, nervos, músculo liso, vasos sanguíneos, ductos linfáticos e gordura perirrenal pode dar origem a uma neoplasia em qualquer um desses tecidos (KITAJIMA et al., 2003).

Em cães, o histiocitoma fibroso maligno tem sido relatado em animais com idade mais avançada. Os sinais clínicos apresentam progressão rápida e variam conforme o local afetado pelo tumor. O cão do relato tem 12 anos.

As manifestações clínicas são dependentes do tamanho do tumor e são muito inespecíficas. O diagnóstico é baseado em achados de imagem por ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética (SIERRA et al., 2010), mas somente a biópsia dará o diagnóstico definitivo. Não é possível distinguir este tumor de carcinoma renal e de outros sarcomas, como fibrossarcoma, leiomiossarcoma, lipossarcoma, hemangiopericitoma. Entretanto, alguns aspectos na imagem podem ser indicativos de histiocitoma fibroso maligno, como tumores maiores que 10 cm sem invasão de grandes vasos ou invasão de parênquima renal, tumores que mostrem várias intensidades na ressonância magnética demonstrando diferentes densidades teciduais geradas por tecido fibroso, áreas císticas, necrose, calcificações (KITAJIMA et al., 2003).

A ultrassonografia é o exame complementar de base para diagnóstico do tumor. Massas hipoecogênicas têm sido relatadas como linfomas e sarcomas histiocíticos (VAC, 2015). Em estudo ultrassonográfico, um caso de histiocitoma fibroso maligno em parênquima renal foi visualizado no ultrassom com aspecto de uma grande massa heterogênea, com áreas hiperecogênicas entremeadas e desiguais. Este aspecto por ocorrer devido à presença de mais tecido fibroso entremeado no tumor (ARÁMBULO, 2004).

No laudo ultrassonográfico do paciente em questão, o fígado apresentava dimensões levemente reduzidas, podendo indicar hipotensão ou hipovolemia. Havia moderada quantidade de líquido livre com bastante celularidade no abdômen, podendo indicar presença de hemoperitonio. O baço se apresentava com dimensões reduzidas, indicando também

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hipotensão ou hipovolemia. O rim direito apresentava dimensões preservadas, contorno regular, cortical normoecogênica, medular com mancha ecogênica, relação corticomedular preservada, pelve preservada e normoecogênica, junção corticomedular discretamente mal definida, sugestivo de senilidade, nefropatia. Já no rim esquerdo havia a presença de uma massa em polo cranial, de aspecto heterogêneo e hipoecogênico, medindo aproximadamente 6,23 x 5,69cm, fortemente sugestivo de neoplasia (Anexo A). Caudalmente ao rim esquerdo havia uma massa abdominal, se deslocando no abdômen caudalmente, até a bexiga. A massa era de aspecto hipoecogênico, heterogêneo e com áreas cavitárias, medindo aproximadamente 9,79 x 9,07cm.

A presença de hemoperitonio foi confirmada pela punção abdominal do paciente. Devido ao quadro grave por grande perda sanguínea, o paciente foi submetido à nefrectomia no mesmo dia. Foram coletados exames sanguíneos pré-operatórios evidenciando anemia regenerativa normocítica hipocrômica e trombocitopenia. A anemia regenerativa é causada pela hemorragia interna aguda devido à neoplasia (THRALL, 2007). Os resultados do leucograma foram de leucocitose por neutrofilia, monocitose e foi verificado linfopenia. Os resultados dos testes bioquímicos renais (creatinina e uréia) e hepáticos (ALT e FA) foram dentro dos valores de referência. A albumina estava abaixo dos valores de referência. Foi realizado exame de compatibilidade para transfusão de sangue total e o doador foi compatível. A cirurgia oncológica deve obter margens livres de células tumorais, tratando o tumor como tecido contaminado (DALECK et al., 2009). O tratamento é a remoção cirúrgica da peça completa (SIERRA et al., 2010), em muitos casos oferece a possibilidade de cura (DALECK et al., 2009). Para o paciente em questão, realizou-se a nefrectomia assim como, a remoção da neoplasia. Quatros dias após a cirurgia, novos exames hematológicos foram realizados onde evidenciou o resultado de anemia regenerativa normocítica normocrômica, mostrando uma melhora clínica. Ainda no retorno aos oitos dias após a cirurgia, o paciente apresentava ainda o quadro de anemia regenerativa normocítica normocrômica mas com uma melhora clínica em relação ao segundo exame realizado.

No laudo histopatológico diagnosticou-se um quadro macro e microscópico de tumor angiofibroblástico pleomórfico é compatível com Histiocitoma fibroso maligno dependente da cápsula renal. Assim como, o caso descrito pelo Sierra al., (2010), MFH com alta relação com a capsula renal, ocasionando hemorragia e necrose na neoplasia.

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O Histiocitoma fibroso maligno dependente da cápsula renal é uma afecção rara e pouco encontrada na literatura, com prognóstico desfavorável. No caso clínico aqui comentado, o paciente apresentou boa resposta ao tratamento, não havendo recidivas até o momento da finalização deste trabalho.

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2.2 REMISSÃO DE DIABETES MELLITUS APÓS CASTRAÇÃO EM UMA FÊMEA CANINA: RELATO CASO

RESUMO

A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença comum da rotina de clínica de pequenos animais, sendo sua causa multifatorial. É caracterizada por sinais clínicos de poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso. Em caninos, a estabilização do diabetes é possível após a resolução de quadros que podem levar à resistência insulínica e, em alguns casos, é possível ocorrer a remissão da doença, especialmente relacionados ao ciclo estral da fêmea canina. O diagnóstico definitivo se baseia nas características dos sinais clínicos e exames complementares e o tratamento na eliminação dos sinais clínicos através de insulinoterapia para que não ocorra complicação do caso. O presente trabalho relata um caso de Remissão de DM após ovariohisterectomia em um canino, atendido no Mundo Animal Centro Veterinário (MACV), durante a realização de estágio curricular supervisionado.

Palavras chaves: Diabetes mellitus; ovariohisterectomia; Canino; remissão.

INTRODUÇÃO

A DM é um distúrbio metabólico que resulta de uma redução e/ou não produção de insulina disponível no organismo para o funcionamento de muitas células do corpo (PERLE et al., 2009). É uma endocrinopatia comum na rotina veterinária, podendo acometer qualquer faixa etária, sendo a maioria entre 4 e 14 anos. Dentre a predisposição racial, os mais citados são os cães das raças Schnauzer, Poodle, Yokshire terrier (NELSON, 2010). Na etiologia, os principais fatores envolvidos são a vida sedentária, a obesidade, o estresse (PÖPPL et al., 2005) e ainda, outras afecções antagonistas à insulina, como o hormônio de crescimento estimulado pela progesterona em cadelas no diestro (NELSON, 2010).

As fêmeas caninas inteiras são as mais acometidas (PÖPPL et al., 2005; PERLE et al., 2009; NELSON, 2010). O diestro em cadelas tem duração em media de 75 dias, durante esse período, a concentração de progesterona é semelhante em gestantes e não-gestantes (OLIVEIRA, 2006). A progesterona liberada pelo corpo lúteo em cadelas no diestro estimula a secreção do hormônio de crescimento (GH), e este é antagonista da insulina (PÖPPL et al., 2007; NELSON, 2010; VOLPATO et al., 2012). A hiperinsulinemia característica de quadros de excesso de GH resulta em redução da concentração de receptores de insulina e prejuízo de sua atividade tirosina-quinase (DOMINICI, 2005). Em cadelas não-gestantes, o declínio do

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corpo lúteo esta relacionado pela apoptose (OLIVEIRA, 2006). Segundo Volpato et al. (2012), a ocorrência do estro e diestro em fêmeas caninas está associada a presença de resistência a concentração de insulina.

A maior parte dos caninos apresentam DM insulino dependente (DMID), também denominada de diabetes tipo 1, que é a condição diabética em que a secreção endógena de insulina não é suficiente para impedir à produção de cetonas (GRECO, 2008). Sendo ainda, dividida em diabetes do tipo 2, não dependente de insulina, que previne a cetose mas não impede a hiperglicemia, e ocorre mais comumente em felinos, e a diabete melito tipo 3, não-complicada, que é resultado de uma doença primária ou de terapia medicamentosa que induz a resistência à insulina (GRECO, 2008).

Dentre as principais características da enfermidade, estão os sinais clínicos, que se caracterizam pela poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso (GRECO, 2008; PERLE et al., 2009; NELSON, 2010). Outros sinais que acompanham a patologia são catarata bilateral, fraqueza e à medida que ocorre o desenvolvimento progressivo sem controle da doença, podem ocorrer quadros de cetose e acidose metabólicas (NELSON, 2010).

O diagnóstico de DM é baseado nos sinais clínicos condizentes, hiperglicemia persistente e glicosúria. É importante relatar ambas, para o diagnostico de DM, a hiperglicemia e a glicosúria, pois hiperglicemia diferencia diabetes melito da glicosúria renal, e a glicosúria de outras causas de hiperglicemia (NELSON, 2010).

O tratamento de escolha consiste na intuição de insulinoterapia para eliminação dos sintomas e estabilização da glicemia do paciente, prevenindo complicações e cronicidade no quadro. Em geral, em cães diabéticos, o controle hiperglicêmico é realizado com o uso de insulinas, como citado acima, além de dietas, exercícios, prevenção de doenças concomitantes que sejam antagonistas à insulina, entre outros (GRECO, 2008; NELSON, 2010).

A ovariohisterectomia (OSH) remove a fonte de progesterona, ocorrendo diminuição da concentração plasmática de hormônio de crescimento, solucionando assim o antagonista da insulina. Se existir ainda uma adequada população de células β funcionais do pâncreas, a hiperglicemia pode ser controlada sem a utilização de insulinoterapia (NELSON, 2010).

Este trabalho tem como objetivo relatar e discutir com a literatura os aspectos clínicos do caso de um canino diagnosticado com DM com remissão após a OSH, acompanhado durante o estágio curricular no MACV, enfatizando diagnóstico e tratamento.

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Foi atendido, no MACV, um canino, fêmea, Pastor Alemão, de 8 anos de idade, pesando 38kg, nulípara. A queixa do proprietário era de que já há alguns dias havia notado poliúria, polidipsia, polifagia, emagrecimento e ofegação mesmo em repouso. Na anamnese, relatou-se que o animal havia apresentado o último cio há cerca de 30 dias. Quando questionados sobre vômito e/ou diarreia, tutores relataram não haver percebido nenhum desses sinais. A paciente já havia realizado exames de sangue e urina em outro local. Apresentando no dia da consulta, exames como hemograma completo e bioquímico s (frutosamina, triglicerídeos, colesterol, ALT e FA), além da urinálise, apresentando glicosuria intensa e discreta cetonúria. Ao exame clínico, percebeu-se discreta algia abdominal a palpação, mucosas apresentavam-se rosadas, hidratação dentro da normalidade para a espécie, temperatura retal também dentro dos padrões de normalidade, TPC de 2 segundos, PAS 150 mmHg, linfonodos sem alteração a palpação e, ainda, ao exame genital, a vulva não apresentava secreção evidente. No momento da consulta a paciente foi submetida a aferição da glicemia utilizando-se glicosímetro Accu-Chek Nano, no qual demonstrou valor acima de 500 (HI) . O animal foi encaminhado para ultrassonografia abdominal com ênfase em sistema reprodutor, constatando-se não haver alteração uterina. Com os exames realizados foi constatado que a paciente estava apresentando quadro compatível com DM.

Como plano terapêutico e controle da crise cetoacidotica o canino foi internado para fluidoterapia, além de monitoração e estabilização da glicemia. Na internação, recebeu fluidoterapia com Solução Fisiológica 0,9%, 80ml/kg a cada 24h em bomba de infusão, pela via IV, além de buscopam composto 25mg/kg, a cada 8h, IV. Também foi prescrito administração de Ômega 3 (Ograx-3® 1000), uma cápsula, a cada 12h, e bezafibrato (Cedur 200mg®), 3mg/kg, a cada 12h, pela VO, ambos juntamente à alimentação, após estabilização do quadro clínico, por se tratarem de medicações lipossolúveis. O animal permaneceu em jejum de sólidos, a glicemia foi aferida com intervalos de 2h e, sempre que necessário (quando glicemia com valor maior que 250mg/dl), insulina regular, 0,1UI/kg, era aplicada pela via IM. A partir do momento em que a glicemia apresentou-se com valor menor que 250mg/dl foi oferecido alimento específico (Diabetic Royal Canin) e, após a alimentação, pode ser iniciada terapia com insulina NPH, 0,5UI/kg, pela via SC, a cada 12h. No dia seguinte a paciente teve alta, dando continuidade ao tratamento em casa, mantendo o Ograx-3® 1000 e Cedur 200mg® e aplicação de insulina NPH 20 unidades, pela via SC, a cada 12h, sempre após a alimentação. As refeições foram indicadas somente nos horários em que deveria receber a insulina, sem oferecer nenhum tipo de alimento entre os intervalos, além de OSH assim que possível, para melhor controle da doença. Marcado reavaliação após 7 dias.

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Na revisão clínica, proprietário referiu diminuição significante da poliúria, polidipsia e polifagia, com boa melhora clínica, inclusive da ofegação. Através das glicemias aferidas pelo proprietário em casa, foi possível observar um bom controle glicêmico, com glicemias variando entre 130mg/dl e 250mg/dl. No mesmo dia, foi repetido exame de urina, no qual não apresentava mais cetonúria.

Após algumas semanas, com o animal mais estabilizado, a paciente foi submetida a OSH e, após o procedimento, foi possível observar diminuição importante nos valores de glicemia já no mesmo dia da OSH, passando a utilizar, gradativamente, doses menores de insulina NPH a cada semana, até que pode ser observada remissão da doença em poucos dias após o procedimento cirúrgico, não fazendo-se mais necessária a utilização de insulinoterapia.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A DM tipo 1, também denominada Diabete Mellito insulino-dependente, é um distúrbio endócrino, que acomete cães, principalmente com um pico de prevalência entre sete a dez anos de idade (PÖPPL et al., 2005; NELSON, 2010). São raríssimos os casos de cães com menos de um ano de idade, denominada Diabetes juvenil. No caso relatado, o paciente encontrava-se com oito anos de idade.

Em Hess et al. (2000), é citado, que o Pastor Alemão é identificado com significativo risco de desenvolver DM, assim como no paciente descrito no presente trabalho. Quando comparado com a predisposição sexual, as fêmeas caninas são as mais acometidas (PÖPPL et al., 2005; PERLE et al., 2009; NELSON, 2010), assim como a canina descrita, não castrada e no diestro. Apesar disso, Pöppl et al., (2005), considera que apenas o diestro não é suficiente para promover diabetes em cães, mas que a progesterona pode induzir a diabetes se houverem outros fatores de risco associados, uma vez que a maior liberação de hormônio do crescimento pela glândula mamária é mais comum em cadelas mais velhas (FELDMAN et al., 2004).

Os sinais clínicos descritos pela literatura, poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso (GRECO, 2008; PERLE et al., 2009; NELSON, 2010), ocorrem devido a deficiência de insulina, acarretando uma hiperglicemia, eliminada pela filtração renal como glicosúria (PERLE et al., 2009), que gera uma diurese osmótica, causando poliúria, perda calórica associada à diminuição do metabolismo tecidual periférico da glicose ingerida, resultando na perda de peso (SILVA, 2014). A sua falta de utilização aliada ao catabolismo muscular e oxidação das reservas de lipídios, geram corpos cetônicos, aumentando níveis no sangue acarretando a queda do pH, levando à cetoacidose diabética (VEIGA, 2005). A deficiência de energia pela glicosúria e falta energia celular, ativa mecanismos hipotalâmicos, estimulando o

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centro da fome (VEIGA, 2005), e o centro da saciedade não é inibido, desenvolvendo a polifagia. Além disso, a poliúria leva aumento de consumo de água pela desidratação, chamada de polidipsia. No caso aqui descrito, o paciente apresentou os sinais clínicos acima citados, cursando com um quadro extremamente característico da doença.

Outras complicações observadas são a catarata bilateral, hipertensão sistêmica, neuropatia e nefropatia diabéticas, pancreatite crônica, entre outras (PÖPPL et al., 2005; PERLE et al., 2009; NELSON, 2010). Animais diabéticos tem a resistência a infecções bacterianas e fungicas reduzidas, principalmente em pacientes com a doença mal controlada.

Para a realização do diagnóstico, deve-se basear nos sinais clínicos apresentados e hiperglicemia persistente e glicosúria. A aferição da glicemia utilizando-se glicosímetro portátil fornece a rápida confirmação de hiperglicemia, se houver (NELSON, 2010). Na consulta a paciente foi submetida à aferição da glicemia, na qual demonstrou hiperglicemia.

O hemograma geralmente não apresenta alterações e no leucograma, alterações são encontradas quando infecções e pancreatite estiverem presentes segundo Nelson, (2010). As principais alterações são encontradas na urina e composição química do sangue (PÖPPL et al., 2005). A hiperglicemia promove a poliúria, mas a densidade urinária em caninos com DM é tipicamente maior que 1.025, devido à presença de glicosúria e proteinúria (NELSON, 2010). A densidade específica da urina não apresenta um valor normal, pois varia conforme a densidade do plasma, variando de 1.008 a 1.017 (FETTMAN et al., 2007). O paciente relatado evidenciou uma densidade urinária de 1.036, cetonas ++, glicose +++ e ausência de bacteriuria. A presença de corpos cetônicos na urina na DM é considerada como diagnóstico de cetoacidose, mas não de diabetes (PÖPPL et al., 2005). Nelson, (2010), ainda relata que é possível encontrar bacteriúria, proteinúria e cetonúria variável.

As enzimas ALT e FA costumam estar aumentadas na DM em decorrência da lipidose hepática (OLIVEIRA et al., 2011). Apesar disso, a paciente apresentou níveis dentro dos valores de 51,4 e 52 respectivamente. O colesterol e os triglicerídeos auxiliam a detectar dislipidemias, comuns na diabetes, e a frutosamina é uma proteína que espelha a glicemia dos últimos dias (VEIGA, 2005). O canino relatado manifestou alterações quando comparado com os valores de referencia de Bush, (2004), apresentando colesterol de 400mg/dL, de triglicerídeos 133mg/dL e frutosamina 302mg/dL.

Objetivo da realização da ecografia abdominal com ênfase no sistema reprodutor feminino foi para descartar a possibilidade da infecção uterina também denominada de piometra, como um diagnóstico diferencial para DM. A piometra é uma das patologias do sistema reprodutor feminino muito comum na rotina da clínica de pequenos animais,

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acometendo principalmente da espécie canina, comumente vista em animais mais velhos. A complexa hiperplasia endometrial cística é um fator de risco ao desenvolvimento de DM em cadelas predispostas (PÖPPL et al., 2007). Não houve nenhuma alteração visivelmente encontrada na ecografia, apesar disso, a indicou-se a OSH como parte do tratamento.

A literatura sugere tratamento para estabilização da glicemia com utilização de fluidoterapia de escolha com Solução Fisiológica 0,9%, onde a taxa de infusão depende da necessidade de manutenção (GRECO, 2008). O protocolo de insulinoterapia inicial é realizado com a insulina Regular, pois proporciona inicio de ação rápida e ação curta, fazendo com que a glicemia diminua, gradativamente, para menos de 250 mg/dL, em cerca de 10h (GRECO, 2008). Após o controle da glicemia foi oferecida alimentação e a insulina Regular foi substituída pela insulina de manutenção de ação longa ou intermediária. A insulina NPH tende a ser mais biodisponível, portanto é a mais potente e, em cães, as doses iniciais variam de 0,4 a 0,5UI/kg (0,5 a 1UI, em cães maiores de porte grande, a dose deve ser mais baixa do que em cães de pequeno porte, em função do tempo de metabolização), a cada 12 horas, devendo ser aplicada pela via subcutânea (GRECO, 2008; NELSON, 2010). A insulina deve ser administrada após com as refeições, para evitar a hipoglicemia.

É importante ressaltar que a dieta também faz parte do tratamento para o melhor controle glicêmico do cão diabético. Dietas com um maior teor de fibra são benéficas e indicadas para o tratamento (NELSON, 2010).

De forma geral, Nelson, (2010) recomenda que todos os procedimentos cirúrgicos em um doente diabético não sejam realizados até que a insulinoterapia providencie um bom controle glicêmico. As únicas exceções são quando a cirurgia é necessária para manter as funções vitais do animal ou quando esta elimina de forma permanente a causa de resistência à insulina, como uma OSH de uma cadela com DM associada ao diestro (NELSON, 2010). Diferentes aspectos levaram a remissão da DM, porém, a OSH, justifica sua indicação para pacientes caninas como preventiva de complicações do tratamento, além da possibilidade de induzir remissão da doença, o que pode ocorrer em cerca de 5% das pacientes recém-diagnosticadas caso não sejam castradas (NELSON, 2010). A retirada da fonte de progesterona com a cirurgia permite a obtenção de um novo estado de equilíbrio hormonal.

A sobrevida de um cão diabético é de 3 anos a partir do diagnóstico, considerando o diagnóstico em cães com 8 a 12 anos de vida. Além disso, é alta a mortalidade nos primeiros 6 meses devido às doenças concomitantes (NELSON, 2010). A relação entre o proprietário e o veterinário deve ter uma boa comunicação para maior expectativa de vida do paciente.

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CONCLUSÃO

A DM é uma afecção que pode ser controlada e tem prognóstico favorável quando o diagnóstico e tratamento são precocemente estabelecidos. Na ausência de tratamento, os animais acometidos podem vir à óbito. A OSH mostrou-se eficiente, ocorrendo a remissão da DM, não fazendo-se mais necessária da utilização de insulinoterapia ate o momento da finalização deste trabalho.

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CONCLUSÃO

O período de realização do estágio Curricular Supervisionado em Clínica Médica Veterinária, realizado Mundo Animal Centro Veterinário, proporcionou a aproximação entre os conhecimentos teóricos e a prática profissional, oportunidades únicas que nos é colocado o desafio de estabelecer esta relação. É um momento de constante crescimento e aprendizado para que no futuro um profissional sempre busque atualizações para que contribuam para a eficiência no diagnostico e tratamento tendo como objetivo sempre o bem-estar animal. Sendo que, um momento de grande aprendizado, e de fundamental importância para conclusão desta etapa acadêmica.

Assim, sendo, o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais se finaliza com resultado positivo, pois foram adquiridos novos conhecimentos teóricos, práticos, e éticos profissionais para o mercado de trabalho.

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Anexo A – ecografia abdominal de um canino com Histiocitoma fibroso maligno dependente da cápsula renal.

Rim Esquerdo: Presença de massa em polo cranial, de aspecto heterogêneo e hipoecoico,

medindo aproximadamente 6,23 x 5,69cm, fortemente sugestivo de neoplasia.

Presença de massa abdominal localizada caudalmente ao rim esquerdo se deslocando no abdômen caudalmente, até posição cranial à bexiga. Massa de aspecto hipoecoico, heterogêneo com áreas cavitárias, medindo aproximadamente 9,79 x 9,07cm. Imagem fortemente sugestiva de neoplasia. Não se descarta ligação entre as duas massas.

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Anexo C – Resultado de exame histológico do canino com Histiocitoma fibroso maligno

Referências

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