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Influência da rotação no comportamento dinâmico de rotores flexíveis

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Academic year: 2021

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(1)

Adhemar Castilho

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÔS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÃRIOS PARA A OBTEN-ÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CI~NCIAS (M.Sc.).

Aprovada por:

Jan Leon Scieszko (Presidente)

Luiz Carlos Martins

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL .NOVEMBRO DE 1983

(2)

CASTILHO, ADHEMAR

Influência da rotação no comportamento dinâmico de rotores flexíveis, Rio de Janeiro, UFRJ/COPPE, 1983. ix , 110 p. 29,7 cm (COPPE-UFRJ, M.Sc., Engenharia Mecânica, 1983).

Tese - Univ. Fed. Rio de Janeiro. COPPE.

(3)

AGRADECIMENTOS

Desejo agradecer:

- A todos aqueles que contribuíram de alguma forma para a exe-cução deste trabalho;

- Aos Engenheiros Reinaldo de Falcoe Irineu Soares pelo apoio dado;

pela forma - Ao meu orientador, Professor Jan Leon Scieszko

eficiente com que conduziu sua tarefa, dando as diretrizes para que idéias abstratas e desordenadas se convertessem nes te trabalho;

Ao amigo Victor Prodonoff pela forma obstinada com que se e~ penhou, junto ao autor, em propiciar os meios que permitiram

a concretização desta tese;

- Ao amigo e incentivador Sérgio O.M.Portinho por ter criado e sustentado o espaço dentro do qual se desenrolou esta tarefa.

Quero ainda fazer referência a um grande Rotor que e nosso velho conhecido. Não foi projetado por nenhum ho-mem, mas vem operando há muitos anos, sem jamais ter

neces-sitado de qualquer manutençao ou reparo. Sua precisão em mui-to excede a dos melhores relógios suíços.

O Rotor referido é o Planeta Terra e e sobre ele que temos desenvolvido as nossas atividades v i t a i s , dentro do

mais perfeito sincronismo, sem que nenhuma de suas leis tenha sido quebrada ou sequer tenhamos ofuscado o brilho de sua su-blime harmonia. Ao contrário, sua beleza se renova dia apos

(4)

vendo no sentido de sua destruição.

Faço uso desta breve reflexão para sugerir ao caro leitor uma pequena meditação acerca da existência de uma inteligência superior, capaz de criar leis infinitamente gran-diosas, que transcendem em muito a percepçao do homem, o qual, por vezes, se julga maior do que DEUS.

t

nesse espírito que dedico este trabalho a es-te SER SUPREMO, por es-ter concedido a mim a honra de conhecer um pouco mais de sua majestosa criação.

Ao SENHOR DEUS seja dada toda honra e toda glória.

Neste instante faço minhas as palavras do Davi, encontradas no Salmo oitavo das Sagradas Escrituras.

'1Õ Senhor, Senhor nosso,

quão magnífico em toda a terra

e

o teu nome:

pois· expuseste nos ceus a tua majestade.

Da boca de pequeninos e crianças de peito

suscitaste força, adversãrios,

por causa dos teus

para fazeres emudecer o inimigo e o vingador.

Quando contemplo os teus ceus, obra dos teus dedos,

e a lua e as estrelas que estabeleceste, que e o homem, que dele te lembres?

e o filho do homem, que o visites?

a

(5)

Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus,

e de glÔria e de honra o coroaste Deste-lhe domínio sobre as obras

da tua mão,

e sob seus pes tudo lhe puseste: ovelhas e bois, todos,

e também os animais do campo;

as aves do cêu e os peixes do mar, e tudo o que percorre as sendas dos mares.

Õ Senhor, Senhor nosso,

quão magnífico em toda a terra e o teu nome:''

(6)

RESUMO

A finalidade deste trabalho ê mostrar a varia çao das freqüências naturais de um rotor flexível, em função da velocidade de rotação do mesmo, Dã-se ênfase ao papel de sempenhado pela inêrcia de rotação e pelo efeito giroscÕpico.

Inicialmente faz-se uma análise de um modelo sim plificado, com dois graus de liberdade, Apresenta-se, em se guida, um modelo continuo, simulando o comportamento de um ro-torem balanço, atravês de uma equaçao diferencial.

o

disco,

na extremidade, é introduzido nas condições de contorno.

Um terceiro modelo, contínuo e biapoiado, consi dera o disco na própria equação diferencial do rotor, simulan-do seus efeitos de inêrcia de rotação e efeito giroscÕpico.

Exemplos numericos

-

. comprovam a viabilidade do mêtodo, fazendo-se ainda comparações entre os dois

modelos.

(7)

ABSTRACT

The purpose of this work is to show the dependence of the natural frequencies of a flexible rotor on its speed of

rotation. Emphasis is given to the rotatory inertia and the giroscopic moment.

A simplified analysis is first made of a model with two degrees of freedom. Then, a continuous cantilevered

system is simulated through a differential equation. is considered as a boundary condition.

The disc

Finally a last continuous model considers the disc in the differential equation, with its inertial and giroscopic effects.

Numerical examples show the validity of the method, comparing the discrete and continuous models.

(8)

ÍNDICE

I - INTRODUÇÃO 1

II - CINEMÃTICA DE UM DISCO ROTATIVO . . . • . . . . . • . . 7

2.1 - PRECESSÃO E ROTAÇÃO . . . • . . . • . . • . . • . . . 7

2.2 - FREQÜÊNCIA NATURAL E VELOCIDADE CRÍTICA... 9

2.3 - COORDENADAS GLOBAIS DE UM VOLANTE . . • . . . 9

2.4 - ORIENTAÇÃO ANGULAR DE UM VOLANTE EM TERMOS DA ELÁSTICA DO EIXO . . . . • . • • • . • . . . 11

2 .5 - VELOCIDADES E ACELERAÇÕES ANGULARES DO DISCO . . 14

III - FREQÜÊNCIAS NATURAIS DE UM ROTOR EM BALANÇO, COM

su~

PENSÃO ELÃSTICA - SISTEMA DISCRETO . • . . . 19

3.1 - EQUAÇÕES BÁSICAS DE EQUILÍBRIO DINÂMICO DO ROTOR . . . • . • . . . 19

3.2 - EQUAÇÃO DE FREQÜÊNCIA . . . . • . . . • . . . . 24

3.3 - ANÃLISE DAS CURVAS DE FREQÜÊNCIA . . . 26

IV - FREQÜÊNCIAS E MODOS NATURAIS DE UM ROTOR EM BALANÇO, COM SUSPENSÃO ELÁSTICA - SISTEMA CONTÍNUO . . . • 31

4.1 - EQUAÇÃO DIFERENCIAL DO MOVIMENTO . . . 32

4.2 - CARACTERIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO . . . 42

4. 3 - SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DIFERENCIAL DE MOVIMENTO . . 46

V FREQÜÊNCIAS E MODOS NATURAIS DE VIBRAÇÃO DE UM ROTOR BIAPOIADO, COM DISCO INTERMEDIÁRIO - SISTEMA CONTÍNUO. . 5 7 5.1 - EQUAÇÃO DIFERENCIAL DE MOVIMENTO . . . • . . 57

5.2 - CONDIÇÕES DE CONTORNO . . . • . . . 61

5. 3 - SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DIFERENCIAL DE MOVIMENTO . . 61

VI - EXEMPLOS NUMÉRICOS DOS TR1':S MODELOS E COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NO 19 E 29 MODELOS 6.1 - INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO DE DIVERSOS PARÂMETROS FÍSICOS E GEOMÉTRICOS NA FREQÜÊNCIA NATURAL -71 MODELO DISCRETO . . . • . . . 71

(9)

6.2 - COMPARAÇÃO ENTRE OS RESULTADOS DOS MODELOS CONTÍNUO E DISCRETO

6.3 - INFLU!NCIA DA VARIAÇÃO DOS PARÂMETROS GEO-MÉTRICOS NAS CURVAS DE FREQÜ!NCIA NATURAL DE

78

UM ROTOR EM BALANÇO - MODELO CONTÍNUO . . . 82 6.4 - INFLU!NCIA DA VARIAÇÃO DOS PARÂMETROS

GEO-MÉTRICOS NAS CURVAS DE FREQÜ!NCIA NATURAL DE

UM ROTOR BIAPOIADO - MODELO CONTÍNUO . . . 92

VII - CONCLUSÃO . . . • . . . . • . . . • . . • . . . • 100

VIII - BIBLIOGRAFIA . . . • . . . • . . . 102

AP!NDICE A - PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES PULSO UNITÃRIO E BINÃRIO UNITÃRIO

AP!NDICE B - TRANSFORMADAS DE LAPLACE USADAS NA SOLUÇÃO

105

(10)

I - INTRODUÇAO

Denominam-se rotores aos componentes das mâqui-nas (e equipamentos) constituídos por um eixo rotativo sobre o qual são montados discos. Como exemplo podemos citar os con juntos: eixo-impelidor de uma bomba centrífuga, ou

centrífugo, eixo-disco-palhetas de uma turbina a gãs

compressor

As-sim, os rotores sao componentes vitais de máquinas que desemp~ nham papel preponderante no desenvolvimento da economia, tais

como: as turbinas a gas, nos transportes; compressores cen trifugas na indústria química e do petróleo; sopradores, na i~ dÚstria sideÍ-Úrgica e turbinas a vapor, na geraçao de ener

gia termo elêtrica.

O comportamento dinâmico dos rotores tem sido mo tivo de atenção crescente, pelo fato de estarem sendo fabrica-dos cada vez mais leves e com velocidades maiores. A determi-nação das frequências e modos naturais de vibração de rotores flexíveis (solução do movimento não excitado) estã,portanto, a exigir simulação matemãtica que acompanhe o grau de. sofistica-ção do seu desempenho. Devido ao alto custo das mãquinas que os contêm, a anilise dinimica criteriosa se faz necessiria na fase de projeto, com vistas a minimização dos riscos de inves-timentos dos fabricantes.

Apresentaremos, a seguir, um breve panorama his

tórico do desenvolvimento deste assunto.

O primeiro trabalho em Rotodinâmica remonta a

mais de um siculo, sendo apresentado por Rankine

(1J.

Em 1894, Rayleigh (

2)

apresentou um método aproximado para o cãlculo das freqüências naturais de vigas. Este conceito foi implementado

(11)

por Timoshenko (3), em 1916, que introduziu o efeito do ciza lhamente transversal nas freqüências naturais. Jeffcot

(4)

e o primeiro a apresentar o conceito de movimento de precessão do eixo ("Whirl") tal como é conhecido hoje. No seu trabalho, o equacionamento da elistica defórmada é definido em termos de forças ortogonais que agem sobre o eixo como forças de inércia, de resistência elistica

à

deformação, de desbalanceamento etc . . . . Importante conclusão foi obtida por Southwell e Gough

(s),

que verificaram a diminuição das freqüências naturais do rotor com a aplicação do torque e empuxo axial constantes. A fase segui!': te foi c ar ac ter i z ada p e 1 o grande desenvolvimento numérico: Ho 1 z e r

(6)

desenvolve uma técnica numérica para solução do problema de vibração torcional; Stodola

(7)

apresenta uma técnica itera tiva que converge rapidamente para as freqüências naturais, b~

se dos atuais métodos matriciais; Myklestad e Prohl

f

8)

estende o m~todo ·de Holzer is vigas e eixos rotativos, valendo-se do grande auxilio do computador digital. A influência do efei-to giroscÕpico nas freqüências naturais de roefei-tores com grandes discos é introduzida por Smith

(9)

e posteriormente

a sistemas com massas concentradas por Green (10).

se de desenvolvimento dos rotores, entra em cena a

estendida Em nova fa influência da flexibilidade dos suportes: a resposta dinâmica lateral de vigas sobre suportes flexíveis e amortecidos, sujeitas a

soli-citações harmônicas, encontra em Miller (11) o seu pioneiro, o qual obtem a solução de regime pela extensão do método de Holzer-Myklestad-Prohl (HMP). A combinação de massas distribuidas e con centradas é aplicada por Urban

(12)

pela primeira vez. Mancais não lineares são considerados por Tondl (

13)

e Billet (

14).

Em

(12)

mos-trada por Lund e Orcutt [

15).

Com Eshleman e Eubanks (

16)

sao combinadas causas básicas de influência na dinâmica de rotores, tais como: torque axial, momento giroscópico, inércia de rota-ção e cizalhamento transversal. Usando a técnica de elementos finitos, Raul

f

17),

investiga a resposta dinâmica devido ao des balanceamento, utilizando análise matricial.

Um equipamento rotativo típico é constituído de vários componentes, tais como: eixo, discos, mancais de supor-te, carcaça, fundação. Quando submetidos a distúrbios inter-nos ou exterinter-nos (forças e/ou deslocamentos), estes componentes absorvem e dissipam energia. No rotor, a influência destes dis túrbios se traduz em uma configuração de deslocamentos (curva elástica), denominada de resposta dinâmica, a qual tem grande importância no projeto de máquinas, uma vez que determina as tensoes atuantes no rotor. A obtenção desta resposta tem sido facilitada ultimamente pelo uso do computador, que tem possib! litado o incremento da simulação de rotores reais.

O objetivo do presente estudo é a determinação analítica da influência da rotação do eixo nas

modos naturais de vibração de um rotor flexível.

freqüências e Como

canse-qÜincia pretende-se a aquisiçio de conhecimentos téoricos e o

desenvolvimento de sentimento físico no comportamento dinâmico

de rotores submetidos a altas velocidades de rotação.

No desenvolvimento do trabalho sera apresentada também a influência de vãrios parâmetros físicos e geométricos

no comportamento do rotor, tais como as molas de suspensao, com primento e diâmetro do eixo, inércia dos discos, etc. Como pr~

duto final teremos programas de computador capazes de simular. os rotores reais segundo diferentes graus de simplificação

(13)

ma-temática.

Para atingir os objetivos descritos acima, sao desenvolvidos e analisados três modelos físicos diferentes mos trados nas Figuras 1, 2 e 3,

dificuldades.

apresentados em ordem crescente de

,

pÍtulo I I I .

O primeiro modelo, Figura 1, é analisado no Ca-Apresenta uma abordagem simplificada, onde o mode lo real é simulado por um modelo matemático discretizado, com apenas dois graus de liberdade, conforme apresentado por Thomson

(1s),

em

1977.

O eixo possui elasticidade distribuída, sendo a massa e o momento de inércia de mass·a concentrados na extre-midade do rotor. A simulação é feita pela aplicação das leis de Newton ao volante colocado na extremidade do rotor, submeti do as forças elásticas de reação do eixo e as forças de inércia que agem no disco. As freqüências naturais ficam caracteriza-das pelo conjunto de pontos

' '6 X W (rotação x precessão) que satisfazem à equaçao algébrica do 49 grau em relação a

w.

O segundo modelo, Figura 2, analisado no Capit~

lo IV estuda o mesmo problema físico apresentado no Capítulo III, soque agora o eixo possui massa distribuída, o que nao oco~

ria no modelo anterior. Determina-se a equaçao diferencial de movimento, de um trecho infinitesimal do eixo, sendo que o di~

co é introduzido nas condições de contorno. A solução da equ~ ção diferencial conduz a um problema de auto-valores, do qual se obtem curvas

w

= f(íl), (rotação x precessão).

O terceiro e Último modelo, Figura 3, cuja ana-lise se encontra no Capítulo V, introduz um disco na expressao

(14)

bi-·--

---'-~-FIG. l -MODELO DISCRETO, EM 'BALAN~, COM 2 GRAUS DE LIBERDADE.

k tn, EI

·1

FIG. 2 -MODELO CONTÍNUO EM ,BALANÇX).

m1EI

t

FIG. 3

,',;;,.

-MODELO CONTINUO BIAPOIADO.

(15)

apoiado, ou seja, deslocamentos e momentos fletores nulos nas extremidades. Ainda neste caso estaremos preocupados com a de terminação da curva elástica do eixo, obtida através da solu-ção do problem_a de auto-valores. A grande vantagem deste mode lo consiste na sua melhor semelhança com os rotores reais, po-dendo-se incluir outros discos sem maiores dificuldades.

No Capítulo seguinte são apresentados alguns exe~ plos numéricos, que mostram a validade do método. São ainda comparados os resultados do 19 e do 29 modelos o que permite a visualização da influência exercida pela massa do eixo.

(16)

II - CINEMÁTICA DE UM DISCO ROTATIVO

No presente capítulo serão apresentadas as expre~ soes das componentes da velocidade e aceleração angular de um disco rotativo.

Estas expressoes serao usadas posteriormente na caracterização do comportamento dinâmico de um disco de grande massa ou de um elemento de comprimento infinitesimal do eixo.

2.1 - PRECESSÃO E ROTAÇÃO

Imaginemos inicialmente um rotor em balanço, do tado dos movimentos angulares

w

e

ri

conforme indicado na Figura (4). Tais movimentos podem ser originados, por

pelo desbalanceamento.

exemplo,

O primeiro movimento angular w, denominado de precessao ("whirl"), e um movimento orbital que fica integral-mente definido como: a velocidade angular de um plano definido pela linha dos mancais LM e o centro de gravidade do disco

(G), girando em torno de LM.

O segundo movimento angular

ri '

denominado de rotaçao ("spin"), e a velocidade angular com que o eixo gira em torno de sua linha de centros (LC). Dada a necessidade de caracterizá-lo rigorosamente, podemos defini-lo, tendo ainda em vista a Figura (4), como a velocidade angular relativa do dis co, em relação ao sistema móvel X

y

z, descrito mais

ã

frente.

Na prâtica, pode ocorrer que as velocidades an-gulares descritas ac1ma, sejam iguais ou não. Sendo iguais e~ taremos em presença de precessão síncrona.

precessao assíncrona.

(17)

LM

fZ!.

~ .LM

IZI

~

y

00

--e,.,. ... , ..

X

<'

FIG. 4 -

MOVIMENTOS ANGULARES DE UM ROTOR.

(18)

2.2 - FREQÜÊNCIA NATURAL E VELOCIDADE CRÍTICA

Nos diversos modelos apresentados neste estudo, o termo freqüência natural se refere à velocidade angular de pr~ cessao

w,

na qual o rotor se mantém em oscilação harmônica. O movimento se processa unicamente sob a açao das forças e to~ ques de inércia e forças elásticas de restauraçao, sem nenhuma açao de forças externas perturbadoras do equilíbrio, como oca so do desbalanceamento. Será mostrado nos capítulos subseque~ tes que a freqüência natural depende da rotaçao

n

do eixo' sen do, portanto, w = f(,l)

Historicamente, o termo velocidade crítica tem sido usado para definir aquelas velocidades de rotação nas quais se desenvolvem grandes deflexÕes no eixo. Tal definição, no entanto, nao e precisa pois não caracteriza velocidades bem de finidas. Velocidade crítica será aqui definida como aquela fre qÜência natural em que a rotaçao coincide·com a precessao

~

s1.ncrona.

2.3 - COORDENADAS GLOBAIS DE UM VOLANTE

Para descrever a posiçao de um volante no espa-ço, faremos uso de dois sistemas·de coordenadas, um fixo e um móvel. Seja X Y Z um sistema fixo, global de coordenadas. Pa ra o nosso rotor flexível, a origem deste sistema estarâ nor malmente fixada a um mancal. O eixo Z é coincidente com a linha de centro dos mancais, e o eixo Y normalmente vertical

enquanto o eixo X completa o triedro direto Figura (5).

O sistema móvel X lj z tem as seguintes caracte rísticas:

(19)

-1

.,.

'f..

~ - - - 1

LM____V-0

_'<

J ___ ...

z

FIG.5.:...

SIS'TÊMÁS DE COORDENADAS-:.

XYZ -

SJSTÉMA FIXO, INERCIAL.

, '

xyz . - SISTEMA MOVEL,SOLIDARIO AO PLANO DO DISCO.·

)

1\

j

....

o

(20)

a) a origem pertence ao centro de gravidade do volante;

b) o eixo z e tangente

i

elástica do eixo flexivel do rotor;

c) o plano X lj coincide com o plano do disco, sendo que, na posiçao de repouso, X e paralelo a X, e lf paralelo a Y.

Da definição acima, ve-se que o sistema X lf z possuí todos os movimentos angulares do disco, a menos da rota çao (íl) em torno do eixo z. Em outras palavras, possue os movimen-tos de um disco montado em uma viga, com a mesma geometria que o rotor.

A posição genérica do disco no espaço, conside-rado como corpo rígido, envolve três coordenadas cartesianas do centro de massa (X, Y, Z) e três coordenadas generalizadas de ângulos de orientação do volante em relação ao seu

das pelos ângulos de Euler

<•.

8, $). Embora no sejam necessários 6

nas 4 (X, Y, 8, $),

coordenadas, esta formulação assumindo as simplificações

CG, defini caso geral usara ap~ seguintes: a) o centro de massa se desloca em um plano parale_lo a X Y, não variando a coordenada Z; b) devido

i

simetria radial do disco, não hã ne cessidade de indicar a posição específica de um raio geométri-co do mesmo. A primeira destas simplificações e perfeitamente válida para o caso de pequenas deformações do eixo. A segunda indica ser a orientação do volante a mesma do

X

Y

z, que es-tarâ permanentemente coincidindo

principais de ·in~rcia do volante.

sistema môvel com·· os eixos

2.4 - ORIENTAÇÃO ANGULAR DO VOLANTE EM TERMOS DA ELÃSTICA DO EIXO

Foi mostrado acima que a posiçao angular do vo-lante pode ser descrita como sendo idêntica

i

posição do

(21)

refe-rencial móvel x lj z.

Tomando, inicialmente, um sistema X

0 lj0 z0 1 par~

lelo a X Y Z, e procedendo-se três rotações de seus eixos, po-demos fazê-lo coincidir com uma posição qualquer genérica de

x lj z. As três rotaçoes referidas são definidas a seguir com a ajuda da Figura (6).

1) Rotação do ângulo

W

em torno do eixo z , produzindo o si s-o

tema X' CJ' z'. (nesse problema W = O e

x'

y'

z'

=

x

o lJ o

z ).

o

2) Rotação do ângulo

e

em torno de

3) Rotação do·ângulo ~ em torno de te o sistema X lj z.

li

'·=-"

~o prouzino d . d

x" ,," z"

~- ·

x'', produzindo

finalmen-Usando as funções descritiva~ da linha elistica do eixo do rotor, Y

=

Y(Z, t) e X

=

X(Z, t) e os ângulos

W,

8 e ~ como definidos acima, podemos dizer que, para pequenas deformações:

w

=

o

(1)

.

:lX( Z, t)

e

:,z (2)

...

ílY(Z, t) ~

"'

-

ílZ ( 3)

A Última expressão (3), é aproximada e j i leva em conta que o eixo sofre pequenas deformações

(19).

Cada seçao do eixo, ou do volante, pode ser

de-finida no espaço pelas quatro coordenadas: X( Z, t) , Y(Z, t ) , S _ :lX(Z, t)

- :,z e ~ "' :)Y(Z, :,z t) sendo funções da distância

z

a extremidade do eixo, e do tempo t.

(22)

~·-

...

-

- - - ·

x'

Xo

~-+---~\~_-1_ ____

7.

1

F

1 /

\

;li

1 / /

\

I

I

\ / I \ / 1

z

...

/ 1 I I I /

z"

1 Zo,Z

~

/ / /

./

Y,Y

. 1

I

1

.95

_,_,-.--

I

-Y

-

/ I / / I I I / / /

é

..

FIG. 6

ANGULOS DE EULER.

(23)

--··---2.5 - VELOCIDADES E ACELERAÇÕES ANGULARES DO DISCO

A velocidade angular absoluta ~o referencial móvel X

y

z po_de ser escrita como:

(4)

Usando as equações (1), (2) e (3) no domínio das pequenas deformações, fica-se com a seguinte expressão para a velocidade angular do sistema movel

(5)

escrita no referencial dos eixos principais de inircia.

Nas expressoes acima

tores unitários do referencial X lj z.

ex, ey e sao os ve-

-Tendo em vista que o sistema movel X lj Z nao e

solidaria ao volante, a velocidade angular absoluta do mesmo e:

-V

w

XlfZ

O momento cinético do volante tem as

componentes absolutas, escritas no referencial m~vel:

H Xlf Z V = 1f ••

w.

e. 1 =

x,

lj ' z 1 1 •

ax

-

í)Y

-

-H

xyz

-

Id

ãz

ex + Id

ãz

e

y

+ I Q ez p onde: (6) seguintes (7) (8)

(24)

H = vetor momento cinético do disco;

Id momento de inércia de massa, diametral, do volante;

IP= momento de inércia de massa, polar, do volante,

Tomando agora a derivada total do vetor momento cinético H temos:

.,_

H = H e

XlfZ X X

Sabendo ainda que

!. ex !. e lf !. w xyz X ex w X/./Z X e fj = W X e X!JZ Z

ax

--

az

e + x • + H !J e (wx (wx

.

.,_ .! .! + H e + H ex + H eff + H e lf z z X !J z z (9) •

ax

-ex +

w

ef_f

X ex = - w ez

- ãz

ez fj f lf (10) + wlf efj)

af

-e X e ff wx e

ãz

ez X z (11) - w X e lf + w.,, ~ ex (12)

Substituindo as expres·soes (10), (11) e (12) em (9) tem-se:

Logo

+ I

p

íl

ax)

az

Usando mais uma vez da simplificàção,

nas pequenas deformações do eixo, pode ser escrito,

(13)

(25)

e

"

1 X

ey

"

J

e

z

"

k

sendo 1 ' J ' k os vetores unitários de X y

z

(referencial

!. !. !.

cial), embora se saiba que ex

"

o,

e

y

"

o

e e z

"

o .

Considerando ainda que a massa do volante tribui apenas sobre o seu plano médio, paralelo às faces lante considerado sem espessura), pode-se dizer que:

I p Substituindo (14) e (15) em (13) diz-se: (14) iner-se dis (vo-(15) (16)

Como a derivada do momento cinético é igual ao momento das forças externas relativamente ao seu centro de gr~ vidade, pode-se escrever

!.

H

=

l:M

pode-se entao concluir, observando que em (16)

.

H .!. H i

= -

\1 (

~i -

2 íl

.g)

j =

rd

<

ax

az

+

zn

aY)

az

(17) (18)

(26)

!.

onde H i e

!.

H j sao as componentes do somatório dos mo-mentes aplicados ao volante nas direções X e Y.

As equaçoes (5) e (16) fornecem a velocida de angular e a resultante dos momentos aplicados ao disco que serio usadas nos capftulos seguintes. As componentes das velo cidades e acelerações sio mostradas na Figura (7)

-

-

.

(27)

y

o

o

X / Wxr°',x ~· p, /'~ f/J 90° 18"0º 270º

______

(

__

z

z

Oº ( a ) VELOCIDADE w. = -

;)y

dZ

---

ACELERAç:ÃO, oi., = --1.i._

INÉRCIA DE ROTAç:ÃO

dZ

- · - ACELERAç:ÃO, , oi., = ..íL

EFEITO GIROSCOPICO

FIG. 7- ACELERACÕES NOS _PLANOS YZ e X Z

900 ( b) d)( dl . / I .,,,/ w, = di< ;;)z

Jx

d..y =

-Jz

(a) Deslocamentos mdximos do eixo nos planos yr: e Xi!

defasadas de um quarto de ,período (b) Curvas de velocidade e aceleração

(28)

III -

FREQÜÊNCIAS NATURAIS DE UM ROTOR EM BALANÇO; COM

SUSPEN-SAO ELÁSTICA - SISTEMA DISCRETO

Neste capítulo é usado o modelo matemático sim-plificado, sugerido por Thomson

[1s),

para solução do problema físico apresentado na Figura (8-a). Através dele serão apresen-tadas algumas id~ias ~ conceitos, inerentes aos fen3menos, que ficam mais simples quando focalizadas por intermédio deste mo-delo.

Na abordagem discreta, que é aqui discutida, s ao·

-admitidas as seguin·tes simplifi.cações: o eixo contém rigidez elástica, embora não possua massa; as extremidades possuem pe-quenos trechos rígidos, simulando os comprimentos pertencentes ao mancal e volante, Figura (8-b); o sistema é analisado com ap~ nas dois graus de liberdade X e 9, conforme a Figura (9); o disco é considerado rígido e perfeitamente balanceado. Esta Úl tima hipótese tem a finalidade de generalizar o estudo rotaçao x precessão, uma vez que ·o desbalanceamento gera precessão sin crona.

3.1 - EQUAÇÕES BÁSICAS DE EQUILÍBRIO DINÃMICO DO ROTOR

A análise dinâmica do rotor é feita através do equilíbrio de uma viga com as seguintes condições de contorno: (a) suspensão elástica linear e rotacional em uma extremidade e (b) força e momento induzidos pelo disco. Como incógnitas são consideradas a deflexão e a rotação da extremidade que contém o disco.

O equilíbrio da viga conduz a seguinte equaçao

-matricial nas variáveis ( X, 9):

(29)

r

K

(a)

Eloo

( b)

FIG.8 - ROTOR EM BALAN(j:0 COM SUSPENSÃO ELÁSTICA

'

( a )

MODELO FISICO.

(30)

EI.

\

X

z

"

FIG. 9 ~ COORDENADAS E CARREGAMENTO NA EXTREMIDADE DO EIXO.

P,T -

CARREGAMENTO DINÂMICO

x,e -

COORDENADAS GENERALIZADAS. ..

.

---

-

--"'

(31)

onde

X - deslocamento do CG do disco

e

-

ângulo de rotação do disco

P,~ - carregamento dinimico

(a) matriz de flexibilidade do eixo

(19)

a .. - coeficientes de influência da matriz de flexibilida-1J

dade do eixo.

Os coeficientes de influência a ..

1J obtidos com o auxílio da Figura (10), teêm os seguintes valores ( 18):

(

a

l

= ª11 ª 12

l

ª21 ª22

J

(20) 9, 3 + À 2 9, + À 9, 2 1 12 ª 11 = 3EI EI EI + K + k ( 21) 9, 2 Q,). L ª 12 = ª:i.1 - - + 2EI

TI

+

k

(22) 9, 1 ª22 = -EI + k ( 2 3)

O carregamento imposto

ã

extremidade do eixo p~ lo disco tem duas naturezas: uma força de inércia centrífuga P e um momento giroscópico T e suas expressoes sao:

-

-p M

w

2

X (24)

T = I w2

(a " -

1)

e

(32)

r

L -K

z

o

-i K L2 k X X

FIG.10- PARCELAS DO DESLOCAMENTO DO EIXO 00 ,DISCO

Xe - DEFORMAç;ÃO ELÁSTICA DO EIXO.

X - DEFORMA~ÃO TOTAL . 9 - ROTA~O TOTAL .

.e•

x{

>.t

1

L

olu = 3EI

+

EI

+

EI

+

K

+

T

" ' -12 =: _

l

2

V,

L

°'

2 i = 2EI

+

EI

+k

" ' 22 :

t

+

...L...

El .

k

{ : } = '[ ot., «-1 2 ] X { p } , oG.21. ot. 22 T

'

(33)

sendo

íl - rotaçao do eixo

w -

precessão do eixo

M - massa do disco

Id - momento de inircia diametral de massa do disco

a razao entre os momentos de inércia de massa, polar e

diametral.

Substituindo as equaçoes (24) e (25) na equaçao matricial (19) e simplificando, chegamos ao sistema homogêneo de. equaç;es nas variiveis X e

e,

mostrado a seguir

e

e

=

o

(a

f!. -

1)

w

(a

f!. -

1) - 1 w

Tal sistema teri como solução os valores (o sistema estari permanentemente em repouso

(26)

X

=

O

quer que sejam os valores de rotação-íl e precessão-w), a me-nos que íl e w sejam tais que anulem o valor do determinan-te da matriz dos coeficiendeterminan-tes de X e

e.

Os pares de valores (íl, w) capazes de anular o determinante referido, caracterizarão uma condição de equili-brio, na qual o sistema sairi do repouso (X

#

O ou 8

#

O), as-sumindo uma configuração especifica de relação constante entre X e

8.

3.2 - EQUAÇÃO DE FREQÜfNCIA

~ara generalizar o estudo, considerem-se os

(34)

F

s

D = E = w ~ 11 íl ~ 11 a Id 22 a M 11 2 a 12 a a 11 12

adimensional de precessão (27-a)

adimensional de rotaçao (27-b) ·

adimensional de

inércia

(27-c)

adimensional elástico (27-d)

A introdução destes parâmetros na equaçao (26) for-nece o novo sistema homogêneo

(F2 - 1) - ::: EDF 2

(a

j -

1)

l

r

X _

J

O

t

(nF

2

(a ;

1)

+

1

J J

1

e

-

l

o

j

(27) a F2 12

Anulando o determinante da matriz apresentada na equaçao (27) e explicitando a rotação adimensional, obtemos:

s

F' + (D + 1) F' _ 1 D(E + 1) ~D~(E~-~1~) .. 1 a F (F2 + ) E - 1 (28)

-A equaçao (28) e uma extensao daquela apresent~ da por Den Hartog

(19)

com os refinamentos seguintes: suspensao

-elástica, eixo rígido nas extremidades e relação mais geral en tre os momentos de inércia de massa do disco a= IP/Id.

(35)

3.3 - ANÁLISE DAS CURVAS DE FREQÜ~NCIA

A equaçao (28) fornece o conjunto de pontos (S, F) capazes de anular o determinante da equação (27). Tais pontos arranjados sob a forma de curva (S X F) caracterizam as fre-qÜências naturais do eixo em função da variação da rotação, con forme mostrado na Figura (11).

Por ser este modelo simplificado, com apenas dois graus de 1 iberdade, a curva superior da Figura (11) apresenta uma distorção muito grande, pois estã substituindo uma infinidade de curvas de freqüência natural. A curva inferior, entretanto, pode ser considerada como uma boa aproximação da primeira fre-qüência natural.

Neste ponto pode-se visualizar o fen;meno defi-nido como velocidade crítica, em capitulo anterior. Basta que se imagine uma reta inclinada de

primeiro quadrante da Figura (11).

45°, a partir da origem e no Tal reta terã a propriedade de conter os pontos que possuam velocidade de rotação igual a velocidade de precessão. Observando a Figura (12), vê-se que as velocidades críticas são fornecidas pela interseção das cur vas de freqüência natural com a reta-inclinada de

Den Hartog (

20)

apresenta considerações impor-tantes para aquisição de sentimento físico dos fenômenos

roto-dinâmicos. Algumas destas cons·ideraç~es s~o transcritas abai

XO e cons·tituem casos particulares do do.

3.3.1 - Massa do disco concentrada, I . = O

d

modelo

apresenta-e portanto D =O.

(36)

r-•

~·-~~

~

F

. - - -

-============-+o,---• s

ROTAçÃO E PRECESSÃO EM ROTA~ÃO E PRECESSÃO

OIREÇÕES CONTRARIAS NA MESMA OIRE~O

( s

<

o)

( s

>

o )

....

. .

-FIG.11- FREQUENCIAS NATURAIS EM FUN~AO

DA ROTA~ÃO 00 EIXO :

•-"

ADIMENSIONAIS : F = w

l

ol,; M' ,. S =

.n.

~

ctu M'

F

1 FIG. 12 - VELOCIDADES CRÍTICAS. L ...

.,

(37)

que a mesma se reduz a

F

2 =

1 (20J.

Por conseguinte

w =

IK/M ,

que e um caso bastante conhecido do de vibraç;es co~ um grau de liberdade.

estudo

3.3.2 - Inexistência de acoplamento elistico, E= O (u~a força causari deflexão sem deformação angular enquanto um mo menta flexiona o eixo sem que haja deslocamento). Exem plo desta situação

i

o caso de um eixo biapoiado

um disco no centro.

Quando E+ O, a equaçao (28) transforma-se em

(F + 1) ( F - 1) (F2 - aSF -

l)

= O

D

com

( 2 9)

Fazendo o acoplamento inercial igual a unidade, D= 1, ch.ega-se à curva de rotação x precessão de caracterís-ticas particulares, ver Figura (13).

D

=

1 implica em dizer que o conjunto eixo-disco foi projetado de forma a possuir a mesma freqüência natu-ral de vibração para os seus dois modos naturais (para

'

uma rotaçao nula, S =O).

3.3.3 - Influência da espessura do disco, Quando tal espessu-ra cresce gespessu-radualmente, o comportamento do disco

apro-xima-se, inicialmente, ao de ~ma carga concentrada, pois o efeito giroscÓpico vai sendo atenúado. Observando a Figura (14) percebe-se que o crescimento da espessura do disco di origem a um momento desestabilizador, que ten de a afastar o disco de sua posição de equilíbrio. Ji no caso de pequenas espessuras, observa-se que o

(38)

efei-. -·· -·-

_____

..,

F

FIG. 13

~

FREQÜÊNCIAS NATURAIS NO CASO DE

. .

.

DESACOPLAMENTO ELASTICO : E=O, D= l.

1

. ( a )

( b)

FIG. 14.-. ATUA~O DAS FORç:ÁS CENTRÍFUGAS NO DISCO.

(o)- DISCO SEM ESPESSURA: Corrige o posição inicial

(39)

to do momento gerado a partir das forças centrífugas e no sentido de restaurar o equilíbrio do sistema.

(40)

IV - FREQÜÊNCIAS E MODOS NATURAIS DE UM ROTOR EM BALANÇO,

COM

SUSPENSAO ELÁSTICA - SISTEMA CONTINUO

Tendo analisado, no capitulo anterior, um rotor

em balanço, segundo um modelo simplificado de apenas dois graus de liberdade, estudaremos agora o mesmo problema físico, sob a Ótica de uma modelação matemâtica mais exata. Trata-se da anã lise do modelo apresentado na Figura (15), ou seja, de um rotor em balanço, com um disco em uma extremidade e com suspensao elãs tica na outra.

O modelo matemãtico, aqui referido, e obtido atra ves do equacionamento do movimento de um elemento genérico de eixo e posterior integração da equação diferencial de movimen-to, objetivando a determinação da curva elãstica do eixo.

Na obtenção da equaçao diferencial do movimento do rotor, as seguintes simplificações são feitas: a) O material do eixo é homogêneo e isotropico, apresentando comportamento elástico linear (aplica-se a lei de Hooke); b) São considera-das apenas as deflexÕes laterais suficientemente pequenas para

que a teoria linear valha; c) O diâmetro do eixo e pequeno qua~ do comparado com o seu comprimento, de tal forma que a teoria

de viga de Euler-Bernoulli seja vãlida, estendida com a inclu-são da inércia de rotação (

21)

(o cizalhamento transversal sera des prezado); d) Seções planas permanecem planas apos deflexão; e) De-formação inicial causada pelo peso proprio é desprezível;

curvas tensão x deformação em tração e compressão sao

f) As

idênti-cas; g) O carregamento (forças e momentos) age no plano que co~ têm o centro de gravidade da seção transversal e em

(41)

(carac-terística geométrica do eixo); h) O disco é rígido; i) O acopl~ menta do disco ao eixo se dá segundo um ângulo reto (não ocor-redeformação angular no ponto de engastamento); j) O eixo e

balanceado, o centro geométrico coincide com o centro de grav!

dade em cada seção reta do eixo.

4.1 - EQUAÇÃO DIFERENCIAL DO MOVIMENTO

Consideremos um elemento de eixo, de

comprimen-to infinitesimal, dotado dos movimencomprimen-tos de rotaçao e precessao. Sobre este elemento atuam forças elásticas provenientes das re~ çÕes de trechos adjacentes do eixo, conforme mostrado na

Figu-ra (16). O disco elementar estará em equilíbrio, dinâmico, sob

a ação das forças elásticas e de inércia, podendo este equilí-brio ser retratado através das leis de Newton

do ra ta fica l: F

.

l: T* - H = ma* d dt -V ( TI W )

II tensor de inércia do corpo

w

velocidade angular do corpo

c

ã*

aceleração do centro de gravidade

(30)

( 31)

T*

torques atuantes relativamente ao centro de

gravi-dade (torque de inercia).

Como a curva elástica resultante da deformação

eixo gira com a velocidade de precessao, a mesma

se-analisada projetando-a em dois planos ortogonais. Des forma, a posiçao no espaço, do elemento de .cota

z '

definida pelo vetor 11 , o qual, e decomposto

(42)

ve-J,EI00

FIG.15- ROTOR EM BALAN~ COM SUSPENSÃO ELÁSTICA.

.

'

y

/

z

FIG.16 - CARREGAMENTO EXTERNO ATUANTE SOBRE O ELEMENTO DE EIXO PLANO YZ..

(43)

--torialmente. (Ver Figura (17)).

n

=

X

+

Y

(32)

Para efeito de obtenção das equações de equilí-brio do elemento, no espaço, seri adotada a estratigia

seguin-te:

a) estabelecimento da equaçao diferencial do movimento confor-me visto no plano Y Z (projeção do movimento no plano Y Z);

b) obtenção da equação diferencial do movimento projetada no plano X Z. (Aplicando-se o operador complexo J a equaçao

-diferencial obtida no plano Y Z anterior, fornecendo auto-mática e rapidamente a equaçao em X Z,

sua dedução);

sem necessidade de

c) composição do vetor espacial

n

pela soma de seus compone~ tes X e Y.

O operador J quando aplicado as coordenadas, e definido pelas propriedades,

J X y (33)

-j y - X (34)

(baseando-se no fato de que para se ir do eixo X para o eixo Y, basta uma rotação de 90° no sentido direto).

4.1.1 -

RELAÇÃO ENTRE

A

CURVATURA E O MOMENTO FLETOR

Quando não se considera o cizalhamento e press~ poe-se curvatura plana, pode-se dizer que a curvatura do eixo

(44)

ê integralmente provocada pelo momento fletor. temática do raio de curvatura plana ê a seguinte

onde: p y'

=

y" portanto: p = raio de curvatura 3Y(Z, t) 3Z 32Y(Z, t)

3z2

Para pequenas deformações do eixo

p

=

yTí .1 ou 1 p = y"

-A expressao ma (35) e (36)

Da resistência dos materiais sabe-se que:

(p + h) d6

,ro

d

e

h E: = p d6 p

s

= E E E h p M

J

s

h dA

-

E

I

h 2 dA

-

EI (3 7) p p

onde "h." e a dimensão transversal da viga, ver Figura (18)

Substituindo ( 3 6) em (3 7) teremos

M E I Y" (38)

(45)

w

X

w

X

-4:..._ _ _

____;_ _ _ _

.,.i,..._,.y

y . I

-FIG. 17 - COORDENADAS 00 CENTRO GEOMETRICO DA SEÇAO

-

~

RETA 00 EIXO, EM FUN~AO DA DISTANCIA AXIAL Z.

y

; (

_ FIBRAS POSITIVAS

FIBRAS NEGATIVAS

(,.O+

h)de

FIG. 18 - GEOMETRIA DA CURVATURA PLANA 00 EIXO SEÇ:ÕES PLANAS PERMANECEM PLANAS.

(46)

sinais dos momentos:

a) no plano Y Z, o momento que traciona as fibras positivas tera a seguinte relação entre a curvatura e o momento fletor. Ver Figura (19)

( 39)

-b)

para o plano

X Z,

aplicando o operador j a equaçao (39), tem-s·e:

(40)

O

operador

j

e usado para girar o referencial de 90°.

4.1.2 -

EQUAÇÃO VE EQUILfBRIO VO ELEMENTO VE EIXO

Considere um elemento infinitesimal de eixo, sub metido a momentos fletores e a esforços cortantes conforme a Figura (20).

-Aplicando a equaçao (31) tem~se:

.

I:M H

onde

E~ s·omat6rio dos momentos externos

:.

H derivada do momento cinético.

Conforme demonstrado no capítulo II, substituiu •

do-se H de acordo com a equação (16), tem-se:

ôY + I

az

p i + (I d

ax

az

+ I P

.

íl ôY)

(47)

---·----y

2 dY · M = EI -d22

z-FIG.19- CONVENG:ÃO DOS MOMENiOS FLETORES NO PLANO XZ.

y

+ - - - . . z

FIG. 20- CARREGAMENTO EXTERNO ATUANTE SOBRE O ELEMENTO DE EIXO, PLANO YZ.

(48)

onde cial.

(i, J, k) são os vetores unitários do referencial

iner-Pode-se entao dizer que no plano Y Z

3Y I

~)

l:MX = Id

(-

az

+

...!!. Id íl

az

i ( 41) para um elemento infinitesimal de eixo

Id m

R2

dZ Ip/Id 2

~ =

sendo;

m

=

massa por unidade de comprimento do eixo

R raio do eixo

O

somatório dos momentos

l:M,

ê

obtido com au-xílio da Figura

(20),

considerando-se todos os momentos fleto-res e o momento dos cortantes em relação ao CG do elemento de eixo, No plano Y Z tem-se

Simplificando,

a~

az

dZ 3Fy - F dZ - - dZ Y

az

dZ

T

= m R 2 ( _ 3Y + 2íl 3X)

-4~

az

az

Explicitando o cortante Fy em função das coordenadas e do mo menta fletor no plano

= - - +

a~

az

m R 2 4

..

.

(3Y - 2íl clX)

az

az

(42)

(49)

-Utilizando a equaçao (30) diz-se que

E

F

m a*

e a partir da Figura (20) escreve-se a equaçao que falta para completar o equilibrio do elemento de eixo, ou seja, a equação de equilibrio das forças externas

Simplificando,

axial

-= m dZ

Y

=

mY (43)

Derivando a equação (42) em relação a distância

=

a2M__

X m R2

az"2

+ 4

-Substituindo nela as equaçoes (43) e (39) tem-se:

a'Y

EI ôZ' + m Y m R 2 4 -2··

(a

Y :lZ2 - (44)

que e a equaçao de movimento do eixo projetado no plano Y Z.

-Para obter-se a equaçao de movimento do eixo no plano X

z,

basta que se gire o referencial de

aplicação do operador j

a'J

Y ••

EI

az,

+ m J y - 4 -m R 2 ( Ô 2

az

j 2

y -

2íl

(50)

a

4

x

··

EI

az 4 -

m X = m R 2 ( - í32

X

-4- clZ2

-e portanto, a -equaçao dif-er-encial do movim-ento -escrita no pla-no X Z e

m R2

- 4 - (45)

Compondo-se agora o movimento do eixo, pela so-ma de seus vetores posição X e Y, teremos a posiçao do eixo no espaço.

nida como

Para tanto utiliza-se a variivel complexa

n

defi

n

X +

i

Y (32-a)

Multiplicando-se a equação (44) pelo imaginirio

i e somando com a equação (45) e substituindo (32-a) tem-se

34 m R2 cl2n EI

az~

+ m

n -

- 4 - clZ; + 2 2° 2·0 ~

2....!J.

i 4 clZ2 =

o

(46)

-que e a equaçao diferencial de movimento de um eixo no espaço.

Cada termo da equação acima tem a dimensão de uma carga distribuída. Assim ( 23)

parcela associada a inércia de rotaçao;

2 2•

2i .0 Iil 4 R

az2

cl

n

parcela associada ao efeito giroscópio;

parcela de reaçao elistica;

m

ii

parcela associada a inércia de translação.

(51)

4.1.3 -

VETERMINAÇÃO VA RELAÇÃO ENTRE O CORTANTE

E

O MOMENTO

FLETOR

A relação entre o cortante e o momento fletor sur ge naturalmente quando se escreve a equação de equilíbrio dos momentos que atuam no elemento de eixo. Esta expressão, obti-da na equação (42), d~ - - +

az

m R 2 4 -•

<ª;,; -

2íl

ax)

az

az

(42)

e bastante utilizada no estudo de vigas, salvo a segunda pa~ cela que e relativa aos movimentos de rotação e precessao

-

do eixo.

Será convencionado como positivo o cortante re-presentado na Figura (21). A representação de um cortante ne-gativo seri obtida pela inversão das setas da mesma Figura.

4.2 - CARACTERIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO

Tendo definido a equação diferencial, precisa-mos agora determinar as expressões dos momentos e cortantes que agem nas extremidades do eixo, quando o conjunto em estudo e

posto em movimento.

Como a solução da equação diferencial de movi-mento dependeri do comportamovi-mento das extremidades do conjunto, estabeleceremos as condições de contorno que completam a simu-lação matemitica do modelo físico em estudo.

(52)

4.2.1 -

CONVIÇDES VE CONTORNO

VA

EXTREMIVAVE COM VOLANTE

Para obter o cortante na extremidade com disco, usamos as equações (42) e (39).

o

3 Y m R2 EI oZ3 +

-4-..

.

cªy -

2íl ax)

az

az

(47)

Observando a Figura (22) vemos que Fy = - MY, logo

- MY EI 33y

az3

+ - 4 -m R2 (ºy - 2íl oX)

az

az

(48)

O cortante no plano X Z e obtido aplicando-se o operador de rotaçao j, fornecendo

MX , 2 EI 3 X - ~

az 3

4

..

.

(3X + Zíl 3Y)

az

az

(49)

-Multiplicando a equaçao (48) por - i e soman-do com (49) tem-se:

M(X + iY) 3

3

m R2 ( 3 ··

= EI

az3 (x

+ iY) - - 4 -

az ex

+ iY) -

2n a~

(ix -

Y))

Substituindo a expressão

n

=X+ iY, temos fi-nalmente o cortante na extremidade com disco.

Mii

EI 33

n _

m R2 13/i _ 2 .íl 3n)

élz3

4

'az

i

az

(50)

O momento fletor na extremidade com disco é obti-do pela combinação das equações (39) e (41), com sinal trocado:

• - EI 02y

=

I (ºy - 2íl ax)

(53)

Aplicando o operador de rotaçao J, a (51), surge a expressão do momento no plano X Z

..

-equaçao

EI ~;; = Id (-

~~

- 2Q

~~)

(52)

-Multiplicando a equaçao (51) por - i e somando com (52), teremos:

a

2

n

EI

az2

= -

I d

(aii -

az

2iQ

an)

az

4.2.2 -

CONVIÇOES VE CONTORNO NA EXTREMIVAVE COM MOLA

(53)

Novamente, para determinar o cortante (desta vez na extremidade com mola), usamos as equações (42) e (39) que combinadas fornecem a equação (47).

Observando a Figura (23) tem-se Fy = - KY

logo, considerando a curvatura negativa,

- KY EI d

3

Y + m R 2 ( 3Y _ 2Q

ax)

az,

-4-

az

az

(54)

Aplicando o operador de rotaçao J, tem-se que

KX

a' x

m R

2

ax

ay

EI

az, -

- 4 -

Caz

+ 2"

az)

(55)

-

-Somando-se a equaçao (55) com a equaçao (54) mul tiplicada por - i tem-se

- Kn

EI

a'n

az,

+ m R

2

(aii _

2 iQ

dll)

~4~

az

az

que reflete o cortante aplicado na extremidade Z

=

O.

(54)

y

z

FIG. 21 - CONVEN~ÃO DO CORTANTE POSITIVO.

y

("FORÇA CENTR(FUGA)

,....,--.... - 21d.n ; ; ( EFEITO GIROSCÓPICO)

~

· Id :~ ( INÉRCIA DE ROT~ç:ÃO)

z

FIG. 22 - CARREGAMENTO AP.LICADO

A

EXTREMIDADE DO EIXO PELO DISCO.

y

-KY

-K9l

z

(55)

O momento fletor na extremidade com mola e obti do pela aplicação da equação

- MX

(traciona as fibras negativas)

Sendo o momento mostrado na Figura (23)

M · = - k<fl =

X k

l!

az

(conforme convençao adotada)

-Substituindo acima, obtemos

oY

k

az

32y

= - EI

az2

(57)

Girando o referencial atravês do operador j obte remos

ax

- k

az

do complexo

n,

Compondo as coordenadas X e Y para obtenção temos

an

- k

az

Resumindo, as condições de contorno do

-a) extremidade com disco - equaçoes (50) e (53);

b) extremidade com mola - equaçoes (56) e (58).

4.3 - SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DIFERENCIAL DE MOVIMENTO

(58)

-eixo sao:

A simulação do comportamento dinâmico de um ro-tor flexível, conforme apresentado na Figura (15), consiste em

(56)

resolver a equação diferencial

o

(46)

condicionada as restrições impostas pelas características das extremidades do eixo. No presente modelo físico, são

guintes as condições de contorno:

m R2

- Kn -

4 -- k dT) 1 ôZ Z=o m R2

(ºii _

z•n :ln)

1

4

az

1"

az .

- I

cílii_z·íldf])I

d.

az

1

az z=i

Z=o Z= Q, as se-(56) (58) (50) (53)

-Nas expressoes acima o deslocamento transversal do cen tro da seção, e uma variãvel complexa e pode ser escrita como T) = T)(Z, t).

Em se tratando de vibração natural, supoe-se solução n(Z, t)

=

F(Z) eiwt. O parâmetro w (velocidade de precessão), aparece no processo de solução da equação diferen-cial e representarã a velocidade de rotação do plano que con-tem a linha elãstica.

4.3.1 -

VETERMINAÇÃO VAS FREQÜtNCIAS NATURAIS VE VIBRAÇÃO

A solução desta equaçao diferencial, como vimos, sera perseguida por mei~ da separaçio de variiveis.

T) F e iwt onde F - F(Z)

Supondo

(57)

-as derivad-as do deslocamento serao:

n

iwF

n

iwt e iwt e iwt e , e te . . .

-Substituindo as expressoes acima nas equaçoes

-

di ferencial e de contorno e eliminando-se tambem

- mw2F + EI dZ4 d 4F + m R2 -4- (w2 - 20.w) dZ2 d2F =

o

d3F - KF + m R2 (w 2 - 20..w) dF (Z

O)

EI dZ' - 4 - dZ = El d 2F _ k dF (Z

O)

dZ 2 - dZ d3F - mw2F - m R 2 (w 2 - 2ílw) dF (Z El dZ' = -4- dZ = d2F (w2 - 2ílw) dF) (Z 9-) El dZ2 Id dZ = iwt e 9-) vem: (60) (60a) (60b) (60c) (60d)

Objetivando dar ao estudo uma maior abrangência, adotemos a variável adimensional de posição "211, tal que

z

z =

1

O < z < 1 ( 61)

Com esta mudança de variável, as derivadas de F(Z) terão as seguintes expressoes:

dF dZ dF dz dz dZ 1

12

F

"

1 dF

1

dz 1

1

F

(58)

ondé, d 3F = dZ3 d 4F = dZ• ' dF F = -dz rencial sera: 1

r,

1

F

•v m F +

"

.

F ,v F

"

F

=

ou, abreviadamente dz2 F

"'

= d3F dz3

"

(w 2- 2ílw)F •v F = d 4 F dz• mw 2 .Q, • F EI

"

F•v + aF -

S

4F =

o

e a equaçao dife

o

(62)

onde e

s'

sao valores adimensionais expressos por

m R 2 .Q, 2 (w2 2 ílw) a =

-4EI

m w2t• EI

Analogamente se a distância axial, adimens ional , for introduzida nas condições de contorno, ficamos com

'"

Ki 3 F

ET

F + aF' (Z O) (62a)

"

ki F = F (z O) (62b) EI

"'

F

-

li

4 F aF (Z 1) (62c)

"

F a F (z 1) (62d)

(59)

volan-te, cujas expressoes sao: Ct -4

s

= Mw2 l', a EI

Estamos diante de uma equaçao diferencial ordi-nária linear de quarta ordem, com coeficientes constantes e sua solução terá a forma

F(z) A sen EZ + B cos EZ + C senh

oz

+ D cosh

oz

(63)

onde:

e: (64)

o

=

I

ª

I

a

2

- z

+

4

+

s4

(65)

Para que tenhamos uma melhor visao dos parame-tros adimensionais e: e

seus valores.

a) e: =

o

sempre que Ct

pre que

w

2íl

b) Os valores numéricos de pendem dos parãmetros prepositivos.

o

façamos uma breve discussão sobre

O , o que ocorre por exemplo,

sem-e: e

o

para um certo sistema, de

e w sendo que E e

o

sao sem

Na Figura (24) apresenta-se os valores de E e

o

nas extremidades de um diagrama íl x

w

arbitrariamente es-colhido.

(60)

Os valores de E e o do a fraca influência do admensional a

são bem próximos, devi-na definição dos ar-gumentos das funções base da solução da equação diferencial.

Dando prosseguimento

ã

solução da equação dife-rencial, item 5.3, passaremos

ã

determinação das constantes de integração.

-A partir da equaçao (63) pode-se obter as expre~

s Õ e s d e F ( z) , F ' ( z) , F 11 ( z) , F tt' ( z) e substituí-las nas

equa

-çoes (62a), (62b), (62c) e (62d), que sao as condições de con torno relativas ao nosso problema.

xo:

Assim procedendo surge o sistema homogêno

abai-A (- E2 - UE) A kl',E EI + BK.\J, 3 EI + + C(o3 - ao) e kl',o EI + (66) + D 82 =

o

(67)

A(- E3cos E+ B"sen E+ aE cos E)+ B(E3sen E+ B"cos E- aE sen E)+

(68) C(o3cosh o+ S"senh o+ ao cosh o)+ D(o3senh o+ B"cosh o+aosenh o) =O

A(- E2sen E + aE cos E) + B(- E2cos E + UE sen E) +

(69) C(o2senh o - ão cosh o) + D(o2cosh o - ão senh o) = O

Com relação a este Último sistema, convem obser

var que:

1) Estamos diante de um sistema de equações algébricas

homogê-a - ~

neo de 4- ordem (4 equaçoes e 4 incognitas) representado ma tricialmente por (M){x} ={O}, onde · {x}1 ={ABC D} e {M} = ma triz dos coeficientes

Referências

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