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Efeito de bioestimulantes em caracteres fisiológicos e de importância agronômica em milho (Zea mays L.)

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ANDRÉ MARTINI DELLA LIBERA

EFEITO DE BIOESTIMULANTES EM CARACTERES FISIOLÓGICOS E DE IMPORTÂNCIA AGRONÔMICA EM MILHO (Zea mays L.)

Ijuí - RS Dezembro - 2010

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DEAg – DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

ANDRÉ MARTINI DELLA LIBERA

EFEITO DE BIOESTIMULANTES EM CARACTERES FISIOLÓGICOS E DE IMPORTÂNCIA AGRONÔMICA EM MILHO (Zea mays L.)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI – como requisito para a obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

Orientador: Eng. Agr. MSc. Luiz Volney Mattos Viau

Ijuí - RS Dezembro - 2010

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TERMO DE APROVAÇÃO

ANDRÉ MARTINI DELLA LIBERA

EFEITO DE BIOESTIMULANTES EM CARACTERES FISIOLÓGICOS E DE IMPORTÂNCIA AGRONÔMICA EM MILHO (Zea mays L.)

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, defendido perante a banca abaixo subscrita.

Ijuí, 14 de Dezembro de 2010.

__________________________________ Eng. Agr. MSc. Luiz Volney Mattos Viau

DEAg/UNIJUI – Orientador

_________________________________ Prof. Prof. Dr. José Antonio Gonzalez da Silva

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha mãe Sidonia Martini Ferretti e ao meu padrasto Nelson Ferretti pelo amor, orações, carinho e compreensão. E aos colegas e amigos do curso de agronomia que contribuíram de maneira efetiva na realização deste trabalho. Dedico também, ao meu professor e orientador Luiz Volney Mattos Viau pela dedicação, orientação e principalmente pelos ensinamentos que me transmitiu. A vocês minha eterna gratidão e homenagem.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por guiar meus passos e luminar meu caminho em todos os momentos da minha vida.

A minha mãe Sidonia Martini Ferretti e ao meu padrasto Nelson Ferretti, pela educação a que me foi dada, pelos conselhos, amor e por sempre estarem do meu lado me incentivando a seguir em frente e mostrando os melhores caminhos da vida. Para mim, vocês sempre serão exemplos de dedicação, superação e coragem. Amo muito vocês.

Ao Professor Luiz Volney Mattos Viau, minha eterna gratidão pela dedicação, paciência, orientação e disposição em explicar e transmitir seus conhecimentos. Terei enorme consideração por tudo que fez por mim na minha vida acadêmica, pois com certeza a sua orientação enquanto na realização deste trabalho de conclusão de curso, fizeram uma enorme diferença na minha formação. Além disto, agradeço pelo incentivo e apoio para ingressar em uma pós-graduação e pela amizade. O Sr. para mim é um exemplo de um ótimo profissional!

A minha namorada Camila Ottonelli Calgaro pelo amor, carinho, respeito e compreensão nos momentos em que mais precisei. Agradeço por ter incentivado a seguir na área da agronomia e a lutar pelos meus objetivos. Obrigada por fazer eu me sentir amado e muito feliz.

À UNIJUI, por ter me dado à oportunidade de ser acadêmica desta instituição. E, também, pela estrutura, filosofia de ensino e comprometimento com o aprendizado e formação de seus acadêmicos.

Ao DEAg por disponibilizar o centro de pesquisa IRDeR e por direcionar recursos e infra-estrutura para que fosse possível a realização deste trabalho e de tantos outros na área de pesquisa. E as secretarias Daniela, Claudia e o secretário Aléssio que nunca se negaram a ajudar.

Ao Professor Dr. José Antônio Gonzalez da Silva, pelo auxílio com a análise estatística

Aos funcionários do IRDeR em especial ao César que foram de fundamental importância na condução dos experimentos a campo contribuindo muito para as pesquisas realizadas, além de serem grandes amigos.

Aos colegas Adriano José Weber, Celso Baldisera Junior, Cevero, Daniel E. Coppetti, Edegar Matter, Eloi Guilherme Schreiber, Eduardo Jung, Luciano Klein Gewehr, Luiz Henrique Pettenon, Moacir Sartori, Michel Ferretti, Pablo Mateus Bandeira, Rogério Viera,

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Tiago Manchini, Uelinton Noronha, pela ajuda na condução dos experimentos a campo e pelos momentos de trabalho em laboratório. Também quero agradecer pela parceria, amizade, companheirismo que tivemos durante nossas tarefas, estágios, congressos e jantas, sem vocês nada disso teria sido possível concretizar.

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Aluno: André Martini Della Libera

Orientador: Eng. Agr. MSc. Luiz Volney Mattos Viau

RESUMO

Os tratamentos com biestimulantes e seus efeitos agronômicos em um hibrido simples de milho (Zea mays L.) foi avaliado em experimento conduzido no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR/DEAg/UNIJUI), na localidade de Augusto Pestana - RS. Foram avaliados os bioestimulantes a base de compostos hormonais e micronutrientes, silício e zinco, sendo usado como genótipo reagente o híbrido simples P30F53, em delineamento experimental de blocos totalmente casualizados, em parcelas constituídas de quatro fileiras de cinco metros de comprimento espaçadas de 0,6 metros, numa população correspondente a 70.000 plantas por hectare. O plantio foi realizado em 03 de outubro de 2009, de forma manual com equipamento denominado “saraquá”. A aplicação dos biostimulantes Booster® (150 ml p.c.. ha-1) e Maxi Zinc® (150 ml p.c.. ha-1) foi via tratamento de sementes e o produto Supa Silica® (500 ml p.c.. ha-1) via foliar nos estádios fenológicos V3 e V10. As determinações foram das variáveis, rendimento de grãos e componentes do rendimento, bem como demais caracteres agronômicos. Os resultados deste trabalho no ano de 2009/2010 não mostraram efeitos dos bioestimulantes e micronutrientes testados na produtividade de milho e nos componentes do rendimento.

Palavras chave: bioestimulante, micronutrientes, silício, zinco, caracteres agronômicos, produção, milho, Zea mays L.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 12

1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 13

1.1 A cultura do milho: aspectos gerais ... 13

1.2 Bioestimulantes ... 14

1.2.1 Resultados Obtidos com o uso de Bioestimulantes ... 16

1.3 Silício ... 18

1.3.1 Resultados obtidos com o uso de produtos a base de Silício ... 20

1. 4 Zinco ... 21

1.4.1Resultados obtidos com a utilização de produtos a base de Zinco ... 23

2 MATERIAL E MÉTODOS ... 25

2.1 Local: Clima, Solo e histórico da área experimental ... 25

2.2 Análise de solo ... 25

2.3 Delineamento Experimental e Tratamentos ... 26

2.4 Característica do híbrido utilizado ... 27

2.5 Determinações realizadas... 29

2.5.1 Número de plantas iniciais (NPI) ... 29

2.5.2 Massa verde da planta inteira (MVPI) ... 30

2.5.3 Massa verde de colmo (MVC) ... 30

2.5.4 Massa verde de folha (MVF) ... 30

2.5.5 Massa verde de raiz (MVR) ... 30

2.5.6 Massa seca de folha (MSF) ... 31

2.5.7 Massa seca de raiz (MSR) ... 31

2.5.8 Relação de Massa Seca/ Massa Verde Folha (MSMVF) ... 31

2.5.9 Massa Seca/Massa Verde de Raiz (MSMVR) ... 31

2.5.10-Doenças foliares na folha da inserção da espiga (DFFIE) ... 32

2.5.11 Doenças foliar acima da espiga (DFAE) ... 32

2.5.12 Doenças foliar abaixo da espiga (DFBE) ... 32

2.5.13 Nota vigor da planta (NVP) ... 32

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2.5.15 Estatura de plantas (EP) ... 33

2.5.16 Número de plantas final (NPF)... 33

2.5.17 Número de espigas (NE) ... 33

2.5.18 Índice de espiga (IE) ... 34

2.5.19 Peso de planta inteira (PPI) ... 34

2.5.20 Peso de grãos por planta (PGP)... 34

2.5.21 Índice de colheita (IC) ... 34

2.5.22 Peso de espigas (PE) ... 34

2.5.23 Espigas com podridão (EP) ... 35

2.5.24 Severidade de doenças na espiga (SDE) ... 35

2.5.25 Número de Fileiras de grãos por espiga (NFGE)... 35

2.5.26 Número de Grãos por fileira (NGF) ... 35

2.5.27 Peso de grão (PG) ... 35 2.5.28 Massa do grão (MG) ... 36 2.5.29 Rendimento de grãos (RG) ... 36 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 37 CONCLUSÃO ... 47 ANEXOS ... 56

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Análise de solo IRDeR/DEAg/UNIJUI, Augusto Pestana, 2009...26

Tabela 2: Características Agronômicas do híbrido utilizado no experimento... 28 Tabela 3: Comportamento do híbrido de milho utilizado no experimento em relação às principais moléstias...29

Tabela 4. Resumo da analise de variância das variáveis: Massa verde de planta inteira (MVPI), Massa verde de colmo (MVC), Massa verde de folhas (MVF), Massa verde de raiz (MVR), Massa seca de folha (MSF), Massa seca de raiz (MSR); Relação massa seca/ massa verde de folha(MSMVF), Relação massa seca/ massa verde de raiz(MSMVR) de milho submetido a diferentes tratamentos com bioestimulantes. IRDeR/DEAg/UNIJUI. Augusto Pestana. RS. 2010...38

Tabela 5. Resumo da analise de variância das variáveis: Doenças foliar da folha da inserção da espiga (DFFIE), Doença foliar acima da inserção da espiga (DFAE), Doenças foliar abaixo da inserção da espiga (DFBE), Nota de vigor da planta (NVP), Espigas com Podridão (EP), e Severidade de doenças nas espigas (SDE) de milho submetido a diferentes tratamentos com bioestimulantes. IRDeR/DEAg/UNIJUI. Augusto Pestana. RS. 2010...38

Tabela 6. Resumo da analise de variância das variáveis: Estatura da inserção de espiga (EIE), Estatura de plantas (EP), Numero de plantas iniciais (NPI), Numero de plantas finais (NPF), Numero de espigas (NE), Índice de espiga (IE), Peso de planta inteira (PPI), Peso de grão por Planta (PGP), Índice de colheita (IC), Peso das Espigas (PE) e peso de grão (PG) de milho submetido a diferentes tratamentos com bioestimulantes. IRDeR/DEAg/UNIJUI. Augusto Pestana. RS. 2010...39

Tabela 7. Resumo da analise de variância das variáveis: Numero de plantas finais (NPF), Índice de Espiga (IE), Número de fileiras por espiga (NFE), Numero de grãos por fileira (NGF), Massa de grão (MG), e Rendimento final (RF) de milho submetido a diferentes

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tratamentos com bioestimulantes. IRDeR/DEAg/UNIJUI. Augusto Pestana. RS. 2010... 40

Tabela 8. Massa verde de planta inteira (MVPI), Massa verde de colmo (MVC), Massa verde de folhas (MVF), Massa verde de raiz (MVR), Massa seca de folha (MSF), Massa seca de raiz (MSR); Relação massa seca/ massa verde de folha (MSMVF) e Relação massa seca/ massa verde de raiz (MSMVR) de milho submetido a diferentes tratamentos com bioestimulantes.

IRDeR/DEAg/UNIJUI.Augusto Pestana. RS.

2010... 41

Tabela 9. Doença foliar da folha da inserção da espiga (DFFIE), Doença foliar acima da inserção da espiga (DFAE), Doenças foliar abaixo da inserção da espiga (DFBE), Nota de vigor da parcela (NVP), Espigas com Podridão (EP), e Severidade de doenças nas espigas (SDE) de milho submetido ao tratamento com bioestimulantes. IRDeR/DEAg/UNIJUI.Augusto Pestana. RS. 2010...43

Tabela 10. Altura da inserção de espiga (AIE), Estatura de plantas (EP), Numero de plantas iniciais (NPI), Numero de plantas finais (NPF),Numero de espigas (NE), Índice de espiga (IE), Peso de planta inteira (PPI), Peso de grão por planta (PGP), Índice de colheita (IC), Peso das espigas (PE) e peso de grão (PG) de milho submetido ao tratamento com bioestimulantes. IRDeR/DEAg/UNIJUI/Augusto Pestana. RS. 2010... 44

Tabela 11. Numero de plantas finais (NPF), Índice de Espiga (IE), Numero de fileiras por espiga (NFGE), Numero de grãos por fileira (NGF), Massa de grão (MG), e Rendimento de grãosl (RG) de milho submetido ao tratamento com bioestimulantes. IRDeR/DEAg/UNIJUI. Augusto Pestana. RS. 2010...45

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INTRODUÇÃO

O milho (Zea mays L.) é uma cultura muito importante para a nossa agricultura. É um insumo para a produção de múltiplos produtos, apresentando características agronômicas importantes, como a elevada produção de grãos e o uso desta cultura como alternativa de rotação e sucessão de culturas.

Cultivos tecnológicos como o milho, absorvem inovações no sistema produtivo, mas deve-se atentar para os reais ganhos com a incorporação desses produtos às sementes, que são o principal insumo da agricultura moderna, pois são responsáveis pelo potencial genético e produtivo que garantem o sucesso do empreendimento agrícola.

Os bioestimulantes promovem o desenvolvimento da planta e são usados em muitas culturas. Estes produtos referem-se a misturas de reguladores vegetais com outros compostos de natureza bioquímica diferentes, tais como: aminoácidos, vitaminas, algas marinhas, micronutrientes e ácidos ascórbicos.

Estudos envolvendo fisiologia vegetal atribuem a presença dessas substâncias nos bioestimulantes, tais como os ácidos húmicos e extratos de algas amarinhas, pelo aumento na resistência e na adaptação das plantas as condições de estresse.

Estudos recentes têm mostrado que também o silício como o zinco podem estimular o crescimento e a produção vegetal por meio de várias ações indiretas, propiciando proteção contra fatores abióticos, como estresse hídricos, toxidez de alumínio, ferro, entre outros, e bióticos, como a incidência de insetos-praga e moléstias de plantas.

O presente trabalho teve por objetivo avaliar a aplicação de Booster®, Maxi Zinc® e Supra Sílica® no milho e determinar o efeito no rendimento de grãos e nos componentes do rendimento, dimensionando a contribuição dessa tecnologia na lavoura de milho do Sul do Brasil.

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1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1 A cultura do milho: aspectos gerais

O milho (Zea mays L), originário da América, provavelmente da região onde hoje se situa o México, foi domesticado num período entre 7.000 e 10.000 anos atrás (PATERNIANI, 1993). Seu nome tem origem caribenha e significa “sustento da vida”. Alimentação básica de várias civilizações importantes ao longo dos séculos, os Olmecas, Maias, Astecas e Incas reverenciavam o cereal na arte e religião. Grande parte de suas atividades diárias eram ligadas ao seu cultivo, o milho já era cultivado na América há pelo menos 4.000 anos (WIKIPÉDIA, 2010).

O milho pertence à classe Liliopsida, sendo da família Poaceae, tendo como gênero Zea e seu nome científico é Zea mays L.

Como resultado da seleção, tanto artificial, praticada pelo homem, como natural, para adaptação as diferentes condições ecológicas, o homem civilizado herdou dos povos mais antigos cerca de 300 raças de milho, caracterizadas pelas mais diversas adaptações, tanto para condições climáticas, como para os vários usos do cereal (PATERNIANI, 1993).

Segundo Pinazza (1993) o milho é um dos principais insumos na cadeia produtiva animal, em especial na suinocultura, avicultura e na bovinocultura de leite, estando presente tanto na forma “in natura”, como na forma de farelo, ração ou silagem. Na alimentação humana o milho pode ser consumido “in natura” como milho verde ou na forma de subprodutos industrializados.

Conforme Fancelli (2000) o milho é considerado uma das principais espécies utilizadas no mundo, visto que anualmente são cultivados cerca de 140 milhões de hectares, contribuindo para a produção de 610 milhões de toneladas de grãos.

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho, com uma produção de 54,18 milhões de toneladas numa área de 13 milhões de hectares, apresentando um rendimento médio de 4.158 kg/ha (CONAB, 2010).

A produção de milho, no Brasil tem-se caracterizado pela divisão da produção em duas épocas de plantio. Os plantios de verão, ou primeira safra, são realizados na época tradicional, durante o período chuvoso, que varia entre fins de agosto, na região Sul, até os meses de outubro/novembro, no Sudeste e Centro-Oeste (no Nordeste, esse período ocorre no início do

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ano). Mais recentemente, tem aumentado a produção obtida na safrinha, ou segunda safra. A safrinha refere-se ao milho de sequeiro, plantado extemporaneamente, em fevereiro ou março, quase sempre depois da soja precoce, predominantemente na região Centro-Oeste e nos estados do Paraná e São Paulo (EMBRAPA, 2008).

Atualmente, a área plantada não é suficiente para atender as demandas do mercado interno, gerando problemas de abastecimento para a indústria nacional. A solução para esse problema passa pela expansão da área plantada e pelo aumento da produtividade das áreas atualmente cultivadas.

1.2 Bioestimulantes

Em alguns casos são também chamados de bioativadores, ou até mesmo de enraizadores, que são complexos que promovem o equilíbrio hormonal das plantas, favorecendo a expressão do seu potencial genético, estimulando o desenvolvimento do sistema radicular (ONO et al., 1999). Define-se bioestimulantes como a mistura de dois ou mais reguladores vegetais ou de reguladores vegetais como outros produtos. Esses produtos agem na degradação de substâncias de reserva das sementes, na diferenciação, divisão e alongamento celulares (CASTRO; VIEIRA, 2001).

Os bioestimulantes são componentes que produzem resposta ao crescimento das plantas através da melhoria da tolerância aos estresses abióticos. Muitos dos efeitos destes produtos são baseados na sua habilidade de influenciar a atividade hormonal das plantas. Os fitohormônios são mensageiros químicos que regulam o desenvolvimento normal das plantas pelo crescimento de raízes e parte aérea, alem de regularem as respostas do ambiente onde elas se encontram (LONG, 2006).

A aplicação do hormônio giberelina em plantas de milho na fase vegetativa resulta em maior desenvolvimento da parte aérea, sem afetar a produção de massa seca e rendimento dos grãos (CASTRO; KLUGE, 1999).

Os bioestimulantes são defendidos por Russo e Berlyn (1990) como produtos que, quando aplicados nas plantas, reduzem a necessidade de fertilizantes e aumentam a produtividade e a resistência destas ao estresse hídrico e climático. Segundo Casillas et al. (1996) e Zhang & Schmidt(2000) afirmam que estas substâncias são eficientes quando

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aplicadas em pequenas concentrações, favorecendo o bom desempenho dos processos vitais da planta e permitindo, assim, a obtenção de maiores colheitas e produtos de melhor qualidade.

Quando as plantas estão sob estresse, os radicais livres ou espécies reativas de oxigênio (superóxido, radicais hidroxilas, peróxido de hidrogênio) danificam as células das plantas e os antioxidantes diminuem a toxidade destes radicais. Plantas com altos níveis de antioxidantes produzem melhor crescimento radicular e de parte aérea, mantendo um alto conteúdo de água nas folhas e baixa incidência de doenças, tanto quando elas estão sob condições ideais de cultivo quando sob estresse ambiental. A aplicação de bioestimulante aumenta o sistema de defesa da planta por incrementar o seu nível de antioxidantes (HAMZA; SUGGARS, 2001).

Segundo Floss et al. (2007), a utilização de bioestimulantes aumenta de importância na medida em que se busca atingir o potencial produtivo das culturas, principalmente na ausência de fatores limitantes de clima e solo.

Dentre estes produtos que estimulam o desenvolvimento das plantas estão os ácidos húmicos, algas marinhas, vitaminas, aminoácidos e acido ascórbico (RUSSO;BERLYN, 1992).

Segundo Ferrini e Nicese (2002), a utilização dos bioetimulantes serve como alternativa potencial á aplicação de fertilizantes para estimular a produção de raízes, especialmente em solos com baixa fertilidade e baixa disponibilidade de água.

Os biestimulantes podem incrementar o crescimento e o desenvolvimento vegetal, estimulando a divisão celular e também a diferenciação e o alongamento celular. Esses efeitos dependem da concentrarão, da natureza e da produção de substancias presentes nos produtos, que podem aumentar a absorção e utilização de água e dos nutrientes pelas plantas (VIEIRA, 2001).

Alguns bioestimulantes podem incrementar a concentração de nutrientes no tecido foliar devido á presença de ácido húmicos em sua composição, os quais afetam positivamente a tensão de água e atuam como reserva de nutrientes pelo fato de terem alta capacidade de formarem complexos com íons metálicos solúveis em água (KELTING, 1997).

Os reguladores de crescimento e micronutrientes aplicados como bioestimulantes tem por função fornecer substâncias análogas aos fitohôrmonios produzidos pelas plantas (auxinas, citocininas e giberelinas), e ativar rotas metabólicas importantes nos processos de divisão, aumento no volume e diferenciação celular (TAIZ; ZEIGER 2004).

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Segundo Hamza e Suggars (2001), os bioestimulantes e as substâncias húmicas têm mostrado influência em muitos processos metabólicos nas plantas, tais como: respiração, fotossíntese, síntese de ácidos nucléicos e absorção de íons. Dentro da célula, as substâncias húmicas melhoram a capacidade de absorção de nutrientes pelas raízes.

Os componentes dos bioestimulantes podem alterar o status hormonal da planta e ter grande influência no seu crescimento e sanidade. Estes produtos aumentam a atividade antioxidante nas plantas, especialmente quando elas estão sob estresse hídrico, temperaturas severas e ação de herbicidas, dentre outros (ZHANG; SCHMIDT, 2000).

As plantas geralmente se desenvolvem bem quando o meio está favorável. Sob estas condições, os efeitos dos bioestimulantes podem não ser facilmente identificados. Entretanto, quando as plantas estão estressadas e são submetidas ao tratamento com bioestimulantes, elas se desenvolvem melhor, pois seus sistemas de defesa se tornam mais eficiente devido ao incremento nos seus níveis de antioxidantes (KARNOK, 2000).

Segundo Silva et al. (2008), os reguladores de crescimento têm sido associados aos micronutrientes no tratamento de sementes, buscando-se maiores valores de germinação e melhor estabelecimento de plantas no campo. Alguns reguladores apresentam em suas formulações micronutrientes, e estes são inseridos para minimizar problemas advindos da deficiência dos mesmos, durante os processos de germinação, desenvolvimento e produção de grãos.

De acordo com Ferreira (2007), as empresas produtoras de insumos têm investido no desenvolvimento de novos produtos para a incorporação de bioestimulantes e aditivos às sementes a cada ano, pois as mesmas são o principal insumo da agricultura moderna, responsáveis por todo o potencial genético e produtivo que garante o sucesso do empreendimento agrícola. No entanto, pouco se sabe sobre o efeito desses aditivos à base de hormônios, micronutrientes, aminoácidos e vitaminas sobre a qualidade fisiológica das sementes e a produtividade das culturas em nosso ambiente. Dessa forma, deve-se avaliar os reais ganhos com a incorporação desses produtos às sementes.

1.2.1 Resultados Obtidos com o uso de Bioestimulantes

Casillas et al. (1986) estudaram os efeitos de quatro estimulantes sobre a cultura do rabanete (Rapharus sativus L.), avaliando a germinação, altura de plantas, massa verde e seca

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e índice de colheita. Os resultados indicaram que os maiores valores de massa verde e seca das raízes de plantas de rabanete foram obtidos quando o solo foi fertilizado previamente com aplicação dos bioestimulantes.

Russo e Berlyn (1990), em estudo com um bioestimulante produzido a base de uma mistura de algas marinhas, ácido húmicos e vitaminas, demonstraram que o desenvolvimento de espécies arbóreas é melhorado quando as plântulas são tratadas com este produto antes de serem plantadas. Os autores relataram o aumento do comprimento de raízes e de galhos e na melhoria da resistência ao estresse hídrico pelo aumento da quantidade de clorofila e da capacidade de regeneração radicular.

Sanders et al.(2001), avaliaram o efeito da aplicação de cinco bioestimulantes no desenvolvimento da cenoura (Daucus carota L.) e constataram aumento significativo no peso e no número de raízes.

Rocha et al. (2001) constataram que as pulverizações de bioestimulante na cultura do maracujá amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Deg.) promoveram aumento significativo na produtividade e em outras características dos frutos, tais como: diâmetro do fruto, peso da casca e volume, parâmetros que permitem melhor caracterização pós colheita. Além disso, os bioestimulantes aumentam a durabilidade dos frutos para a comercialização.

Fraser e Percival (2003) estudaram o efeito de quatro bioestimulantes em diferentes espécies arbóreas (Quercus rubra, Betula pendula e Fagus sylvatica), aplicados via solo e via foliar e, observaram que estes produtos melhoram o desenvolvimento de raízes e vigor das plantas. Entretanto, os autores observaram que a escolha de um bioestimulante apropriado deve ser feita em função das espécies adotadas, pois a resposta da planta ao bioestimulante varia muito de acordo com as características próprias do vegetal.

Em estudo feito por Zhang e Ervin (2003), foi investigada a influencia de aplicações mensais de produtos a base de extratos de algas marinhas, matéria orgânica e aminoácidos como suplementos da adubação em gramados, contatando que aumentaram a resistência ás pragas e doenças e permitiram diminuir as aplicações de fertilizantes e fungicidas.

Richardson et al. (2004) conduziram experimento em estufa para estudar de que modo um biostimulante comercial melhoraria a sanidade e a resistência ao estresse hídrico de árvores (Betula papyrifera), com três anos de idade, e observaram que as plantas tratadas com bioestimulante apresentaram as melhores concentrações de nitrogênio nas folhas e menos danos causados pelo estresse hídrico.

Vários estudos com bioestimulantes nem sempre têm mostrado efeitos positivos sobre o desenvolvimento das plantas. Em experimento conduzido por Csizinszky (1990) com dois

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cultivares de pimentão e seis bioestimulantes, o autor demonstrou que os bioestimulantes não tiveram influencia na produtividade nem no conteúdo de nutrientes das plantas. Os bioestimulantes foram aplicados conforme as recomendações dos fabricantes e foi observado que, em um dos cultivares, o desenvolvimento das plantas foi similar ao do controle e menor em outro. Tweddell et al. (2000) aplicaram um bioestimulante em plantas de milho submetidas a diferentes níveis de adubação nitrogenadas e não verificaram diferença significativa na produção de grãos, biomassa seca e concentração de nutrientes no tecido foliar.

Vasconselos (2006) constatou que o uso de bioestimulante não aumenta a produção de matéria seca, estatura, eficiência fotoquímica, teor de proteína e nutrientes nas plantas de milho e de soja, não obtendo produtividades satisfatórias.

Janegitz et al. (2008) analisou os efeitos de quatro marcas de bioestimulantes: Bioamino Extra®, Aminolom®, Pt4® e Radix®; na emergência de plantas de milho e sorgo e constatou que não houve diferença significativa entre os tratamentos, somente os parâmetros do milho foram superiores a do sorgo.

Benlanson (2008) avaliou diferentes bioestimulantes, (produtos à base de hormônios, micronutrientes, aminoácidos e vitaminas), confirmando possuir capacidade de enraizamento, porém não incrementaram a estatura de plantas, peso médio de semente por espiga e o rendimento de grãos do trigo.

1.3 Silício

Práticas culturais que aumentam o grau de resistência das plantas são cada vez mais utilizadas no Manejo Integrado de Pragas (MIP), podendo auxiliar no controle de insetos-praga. Estudos recentes têm mostrado que o silício pode estimular o crescimento e a produção vegetal por meio de várias ações indiretas, propiciando proteção contra fatores abióticos, como estresse hídrico, toxidez de alumínio, ferro, entre outros, e bióticos, como a incidência de insetos-praga (EPSTEIN, 1994).

O silício (Si) é o segundo elemento mais abundante, em peso, na crosta terrestre, estando logo após do oxigênio. Compostos contendo o elemento Si acumulam-se nos tecidos das plantas representando entre 0,1 a 10% da matéria seca (RAIJ, 1991).

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crescimento e desenvolvimento das plantas, especialmente quando são submetidas a algum tipo de estresse, seja ele de caráter biótico ou abiótico (EPSTEIN, 1999). É reconhecido que este elemento influencia a resistência apresentada pelas plantas em resposta a ataques de insetos, nematóides, moléstias, estado nutritivo, transpiração e, possivelmente, alguns aspectos de eficiência fotossintética (DEREN, 1999).

Segundo Feng (2004) o silício apesar de não ser um elemento essencial para o crescimento e desenvolvimento de plantas, tem sido aplicado visando principalmente a aumentar a resistência da planta a pragas e doenças. O silício também influencia os fatores abióticos como estresse salino, toxicidade a metais, falta d’água, danos devido à radiação, balanço de nutrientes, altas temperaturas e geadas. Esses efeitos benéficos são atribuídos à alta acumulação de sílica nos tecidos da planta. O melhoramento genético tem sido proposto para obtenção de plantas com maior teor de silício visando à obtenção de resistências múltiplas.

Os minerais silicatados primários, silicatos secundários de Al e diversas formas de silício são as principais fontes de Si. A principal propriedade estudada na sílica está relacionada à sua superfície, a qual possui um considerável interesse quanto aos estudos da sua propriedade de adsorção de moléculas ou íons (NASSAR et al., 2002). O Si é um nutriente presente em diatomáceas, que o absorvem ativamente, provavelmente através do co-transporte com o Na. A falta de Si afeta negativamente a síntese de DNA e de clorofila nestes organismos (WERNER, 1977; RAVEN, 1983).

O silício, por meio de uma série de ações no metabolismo da planta, tanto do ponto de vista químico como físico, pode contribuir para que haja aumento no crescimento e na produtividade. A palavra-chave para este elemento é antiestressante, pois ele tem um papel importante nas relações planta-ambiente, fornecendo à cultura melhores condições para suportar adversidades climáticas, biológicas e do solo, tendo como resultado final um aumento e maior qualidade de produção. Os efeitos do silício nas plantas são mais evidentes quando elas são submetidas a algum tipo de estresse, seja ele de natureza química, física ou biológica. Maior rigidez estrutural, menor transpiração, maior tolerância a doenças e pragas, maior resistência ao acamamento, encharcamento, veranicos e geadas, bem como neutralização ou diminuição dos efeitos tóxicos de metais pesados, como manganês e alumínio, são alguns dos importantes benefícios que a adubação silicatada pode proporcionar para as plantas cultivadas (LIMA FILHO, 2009).

Os efeitos benéficos do silício foram demonstrados em várias espécies de plantas, e no caso de problemas fitossanitários, é capaz de aumentar a resistência das plantas ao ataque de

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insetos e patógenos (EPSTEIN, 2001). O silício pode conferir resistência às plantas pela sua deposição, formando uma barreira mecânica (GOUSSAIN, 2002), ou pela sua ação como indutor do processo de resistência (GOMES et al., 2005). Além disso, os benefícios proporcionados pela adubação silicatada podem resultar em ganhos de produtividade (NOJOSA et al., 2006). Contudo, a indução de resistência nas plantas aloca recursos para a síntese de compostos de defesa, tornando-se necessário, a verificação de possíveis quedas de produtividade (DÉLANOFRIER et al., 2004).

Segundo Lima filho (2009) a aplicação no solo de silicatos de cálcio ou silicatos de cálcio e magnésio, os quais passam por um tratamento térmico a altas temperaturas, pode trazer inúmeros benefícios para as culturas, como cereais, frutíferas, hortaliças, cana-de-açúcar, etc. Pesquisas também têm demonstrado que a adubação foliar com silicato de potássio pode ser uma boa estratégia para diminuir o uso de agrotóxicos no combate a doenças e pragas, principalmente. O silicato de potássio não é um fungicida e nem substitui esse tipo de produto, mas pode ser usado como um complemento para aumentar a resistência das plantas a várias doenças, propiciando a diminuição no uso de agrotóxicos nas culturas.

1.3.1 Resultados obtidos com o uso de produtos a base de Silício

Goussain et al. (2002) observaram maior mortalidade e canibalismo de lagartas S.

frugiperda (J.E. Smith) ao final do segundo ínstar quando alimentadas com folhas de milho

tratadas com silicato de sódio. Esses autores também verificaram um desgaste acentuado na região incisora das mandíbulas das lagartas, o que pode ser devido à ação da barreira mecânica formada pela deposição de silício na parede celular das folhas tratadas.

Moraes et al. (2005), ao aplicarem silicato de sódio em plantas de milho, verificaram uma diminuição na preferência do pulgão-da-folha (Rhopalosiphum maidis) pelas plantas tratadas com silício.

Savant et al.(1997) relataram os benefícios potenciais do silício aumentando e mantendo a produtividade de arroz, em decorrência do melhoramento do crescimento das plantas, aumento da produção, interações positivas com fertilizantes NPK, induzindo a resistência a estresses bióticos e abióticos e aumentando a produtividade em solos pobres. Também testaram e detalharam técnicas para determinação da disponibilidade de silício em solos e plantas.

(21)

Neri et al.(2004) constataram que o uso de silício e de lufenuron, isolados ou em conjunto, não afetaram a preferência de lagarta-do-cartucho (S. frugiperda) em teste de livre escolha. A interação silício e lufenuron no manejo da lagarta- do cartucho foi positiva, com possibilidades de até mesmo a redução da dose do inseticida químico pela metade.

Nelwamondo (1999) estudou o silício como um promotor da função de nódulos em associação simbiótica de feijão caupi (Vigna unguiculata), demonstrou que, apesar de não ser essencial para o crescimento deste vegetal, o silício é importante no processo simbiótico da espécie.

Corrêa et al. (2007), estudando o efeito do calcário e silicato no perfil do solo, verificaram que, apenas três meses após a aplicação superficial, o silicato corrigiu o pH do solo até a camada 0,40m, enquanto a mesma dose de calcário elevou o pH apenas nos primeiros 0,05m, levando a crer que a aplicação de silicato proporciona a movimentação de íons com maior velocidade que a aplicação de calcário. Também verificou o aumento da produtividade de grãos em soja.

1. 4 Zinco

Uma das formas de se aumentar a produtividade da cultura, é sem duvida, a nutrição mineral adequada, através do programa de adubação que considerem, além da quantidade de fertilizantes fornecida, também o balanço entre os nutrientes requeridos, aliados as condições climáticas adequadas, principalmente em termos de precipitação pluviométrica (BÜL, 1993).

Segundo Bül (1993), o micronutriente mais limitante á produção no Brasil é o zinco. A maior parte dos relatos sobre deficiência desse elemento para o milho provém de solos podzólicos ou latossolos altamente entemperizados e ácidos.

O Zinco é absorvido predominantemente como Zn++. Sua função metabólica é baseada na sua forte tendência de formar complexos com o nitrogênio, o oxigênio e o enxofre, conferindo um papel muito importante em relação à ativação de várias enzimas, além de uma função estrutural (MALAVOLTA et al., 1989).

O zinco é fortemente adsorvido aos solos, principalmente pela fração mineral (RAIJ, 1991). Segundo Schuman (1975) entre os fatores que influenciam as reações de adsorção e, consequentemente a disponibilidade do Zn no solo, estão: as características químicas (pH, CTC, teor de matéria orgânica, cátions e ânions solúveis) e mineralógicas (tipo e teor de argila

(22)

e de óxidos e hidróxidos de Al e Fe). Quando o pH se eleva diminui a disponibilidade de Zn. Acima do pH 5,5 o zinco é adsorvido a hidróxido de Al, Fe e Mn (MORAGHAN, 1991). Pode ocorrer, também, segundo Raij (1991), precipitação na forma de hidróxido de zinco insolúvel, ficando assim, indisponível para as plantas. A matéria orgânica afeta a disponibilidade do micronutriente de formas antagônicas: aumentando a solubilidade através da formação de complexos orgânicos com ácidos orgânicos, aminoácidos e ácidos fúlvicos; diminuindo-a devido à formação de complexos orgânicos insolúveis que reduzem a disponibilidade; liberação de exudados e ligantes pela raiz, os quais complexam o elemento na rizosfera; os microorganismos imobilizam o Zn na biomassa e depois o liberam na mineralização (FAGERIA et al., 2000).

Quanto aos teores de argila, sabe-se que a adsorção é maior à medida que aumentam os teores de argila, no entanto esse processo não ocorre igualmente em todos os solos argilo-minerais. Em geral, argila do tipo 2:1 apresenta maior capacidade de retenção de Zn devido à penetração do referido íon na camada octaédrica dos argilo-minerais (SOARES, 2003).

Em dicotiledôneas os sintomas de deficiência de zinco são: inibição do crescimento, devido a um encurtamento dos entrenós e uma drástica redução no tamanho foliar. Sob sua deficiência severa, o ápice vegetativo morre (MALAVOLTA et al., 1989).

Em monocotiledôneas, como os cereais, faixas cloróticas podem ocorrer nas folhas (MALAVOLTA et al., 1989).

Segundo Favarin et al. (2000), apesar dos micronutrientes serem exigidos em

Pequenas quantidades são elementos essenciais para o desenvolvimento das plantas através das funções que exercem no metabolismo das mesmas atuando como catalisadores de diversos processos fisiológicos e hormonais. Como exemplo pode-se citar a atuação do Fe, Mn, e Cu nos processos fotossintético e respiratório, o Zn e o Cu na desintoxicação celular, B,

Mn e Zn na formação e manutenção da integridade da membrana e parede celular, Zn e B na regulação e atividade hormonal entre outros (MALAVOLTA et al. 1997).

O zinco auxilia na síntese de substâncias que atuam no crescimento e nos sistemas enzimáticos, é essencial para a ativação de certas reações metabólicas. Participa da síntese do aminoácido triptofano, precursor do AIA (Ácido Indol Acético), hormônio do crescimento. Na presença do zinco a enzima aldoíase catalisa a síntese de lipídios, substância de reserva das sementes (FAVARIN; MARINI, 2000).

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1.4.1Resultados obtidos com a utilização de produtos a base de Zinco

Galrão (1981) obteve alta correlação entre as doses de zinco aplicadas ao solo e os teores determinados nas plantas. Galrão (1994), ao testar métodos de aplicação de sulfato de zinco na cultura do milho, verificou que a produtividade de grãos foi maior quando se aplicou o fertilizante a lanço, comparativamente à aplicação no sulco de semeadura. Barbosa Filho et al. (1990) verificaram, com a concentração no solo de 5 mg de Zn por dm3, aumento no comprimento médio dos entrenós das plantas de milho. Ritchey et al. (1986) obtiveram, com a dose de 3 kg de Zn por ha aplicada a lanço, produções de milho próximas ao rendimento máximo, no primeiro cultivo, sendo que, esse rendimento continuou por quatro colheitas consecutivas, evidenciando o efeito residual do micronutriente. Andreotti et al. (2003) observaram, efeito residual das doses de zinco aplicadas, refletindo em maior produção de matéria seca no segundo cultivo. Souza et al. (1998) encontram resultados semelhantes aos descritos anteriormente, em que a adição de 5 mg de Zn por dm³ promoveu incrementos significativos na produção de grãos de milho e nas concentrações deste nutriente nas folhas; porém, acrescentam que não houve vantagens em empregar doses superiores à essa. Galrão (1981) estudaram doses de zinco (0,0; 1,25; 2,5; 5,0 e 10,0 ppm), aplicadas como três diferentes fontes (sulfato, óxido e fritas), em três cultivos sucessivos de milho. A fonte sulfato foi aplicada na forma de solução e as outras duas na forma sólida, em 3 dm3 de solo. Os autores observaram que a aplicação de 1,25 ppm de zinco no solo, independente da fonte, de modo geral foi suficiente para manter boa produção de matéria seca nos três cultivos de milho.

Fageria (2000) obteve produção máxima de matéria seca de milho com a aplicação de 20 mg de Zn por kg de solo, com aumento de 14% em relação à testemunha. Prado et al. (2008) estudaram modos de aplicação de zinco na cultura do milho e verificaram que as aplicações de zinco via solo (incorporado e localizado), foliar e semente foram semelhantes no desenvolvimento inicial da cultura. Porém observaram que a aplicação de zinco independente do modo de aplicação promoveu incremento na altura e na produção de massa do milho em relação a testemunha não tratada com zinco.

Outros trabalhos mostraram resultados da aplicação foliar de zinco, porém, nem sempre ocorreu resposta positiva em termos de produtividade. Pumphrey et al. (1963), avaliando modos de aplicação de Zn em milho, verificaram que o zinco, na forma de sulfato de zinco aplicado ao solo, proporcionou maiores rendimentos de grãos do que via foliar. Sakal

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et al. (1983) constataram que aplicações foliares de sulfato de zinco (0,5 e 1%) não diferiram significativamente em relação aos rendimentos de grãos, quando esse fertilizante foi aplicado no solo (a lanço ou no sulco de semeadura).

No Brasil, foram conduzidos alguns trabalhos na cultura do milho com aplicações de zinco via tratamento de sementes, obtendo-se incrementos significativos na produção em relação à testemunha (SILVA, 1989; GALRÃO, 1994).

Segundo Ribeiro (1996), a aplicação de zinco via sementes promove o acúmulo do nutriente na planta, especialmente na parte aérea, devido ao incremento no teor de Zn nesse órgão. Ainda de acordo com os mesmos autores, semente pobre em zinco origina planta deficiente em zinco, quando cultivada em substrato carente nesse nutriente. Assim, a aplicação via sementes, mostra-se uma alternativa para a prevenção de sintomas iniciais de deficiência (HEWITT et al., 1954). Incrementos na produção de grãos de milho foram obtidos por Silva (1989), utilizando o tratamento de sementes com zinco, na dose de 1,50 g de Zn por kg de sementes. Galrão (1994) obteve, com a aplicação de zinco via sementes de milho, na forma de óxido de zinco, aumento no rendimento de grãos (6156 kg por ha) em relação à testemunha (3880 kg por ha), não diferindo significativamente das aplicações via solo e foliares. Leal et al. (2007) não observaram incremento na produção de massa seca de plântulas de milho com a aplicação de doses de zinco nas sementes de milho utilizando sulfato de zinco.

(25)

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Local: Clima, Solo e histórico da área experimental

O experimento foi realizado no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), pertencente ao Departamento de Estudos Agrários (DEAg) da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), localizado no interior do município de Augusto Pestana (RS), o qual possui uma localização geográfica de 28° 26' 30 26" de latitude a sul e 54° 00' 58' 31 de longitude W e apresenta altitude aproximada de 283 metros ao nível do mar.

O clima da região, segundo a classificação de Köppen (1936) é Cfa (clima mesotérmico temperado), ou seja, subtropical úmido, com verão quente sem estiagem típica e prolongada, com uma média anual de precipitação pluviométrica equivalente a 1600 mm.

O solo pertence à unidade de mapeamento Santo Ângelo, classificado como um Latossolo Vermelho Distroférico Típico originário do basalto da formação da Serra Geral, e caracteriza-se por apresentar perfil profundo de coloração vermelha escura, textura argilosa com predominância de argilominerais 1:1 e óxi-hidróxidos de ferro e alumínio.

2.2 Análise de solo

A amostragem foi efetuada de maneira uniforme com 6 sub-amostras, obtendo uma amostra representativa das condições de fertilidade do local de implantação do experimento. Como a área utilizada apresenta sistema de semeadura direta e adubação em linha, as sub-amostras foram coletadas com pá de corte nas linhas e entrelinhas e a uma profundidade de 20 cm. O s resultados a análise de solo encontram-se na Tabela 1.

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Tabela 1. Análise de solo IRDeR/DEAg/UNIJUI, Augusto Pestana, 2009.

2.3 Delineamento Experimental e Tratamentos

O experimento foi realizado no ano de 2009/2010 utilizando um delineamento experimental totalmente casualizado com 4 repetições. Para a implantação da parcela foi utilizado o espaçamento de 0,60 m entre linhas com dimensão de parcela de 5 metros de comprimento contemplando 4 linhas de plantio, sendo as avaliações realizadas na parcela útil considerando as duas fileiras centrais.

Aplicou-se 3 litros p.c. de Glifosato® por hectare dessecando a vegetação de cobertura de aveia e azevém. Foi realizada através de pulverizador terrestre com o produto diluído em 100 litros de água por hectare, respeitando as condições climáticas favoráveis.

Através da recomendação do sistema ROLAS de adubação e calagem do RS e SC, a adubação foi realizada antecedente ao plantio com adubação na linha de 420 kg do adubo de fórmula 05-20-20, para uma produção estimada de 10.000 kg.ha¯¹.

O plantio foi realizado no dia 03 de outubro de 2009 com uma densidade do plantio de 70.000 plantas por hectare (4,2 sementes/metro linear) do hibrido simples Pioneer 30F53. O plantio foi realizado com equipamento manual denominado “Saracuá” colocando três sementes por cova para garantir a germinação de pelo menos uma plântula e as demais foram desbastadas após 12 dias da germinação (20 dias após o plantio).

Os tratamentos foram feitos com os seguintes produtos, vias de aplicação e dosagens conforme indicação do fabricante:

• Tratamento 1 (T1): MAXI ZINC® (100,0% Zn p/v): aplicado via tratamento de semente na dosagem de 150 ml p.c./hectare;

(27)

• Tratamento 2 (T2): Bioestimulante BOOSTER® ZnMo (2,3% Mo + 3,5% Zn p/v + composto hormonal): aplicado via tratamento de semente na dosagem de 150 ml p.c./hectare;

• Tratamento 3 (T3): SUPA SÍLICA (23,7% K2O + 10% Si p/v): aplicado via foliar em duas etapas no período vegetativo (V3 e V10) na dose de 500 ml do p.c./hectare; • Tratamento 4 (T4): MAXI ZINC® + BOOSTER® + SUPRA SÍLICA: do mesmo

modo, as dosagens foram de 150 ml p.c./ha de Maxi Zinc® mais 150 ml p.c./ha de Booster® via tratamento de sementes, e mais duas aplicações via foliar (V3 e V10) de 500 ml p.c/ha de Supa Sílica®;

• Tratamento 5 (T5): Testemunha

O controle de ervas daninha foi realizado com o produto Primatop® (5 lt p.c/ha) e controle da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) com o produto Lannate® (180 ml p.c./ha).

A adubação em cobertura com nitrogênio foi realizado em duas aplicações de 150 kg de uréia (44% N) por hectare (estádios: V5 e V8).

Ocorreu um período de estiagem que durou mais de 20 dias, causando um estresse na planta no inicio do período vegetativo impossibilitado a adubação nitrogenada no período recomendado para a cultura (V4).

No dia 13 de novembro de 2009 uma chuva com granizo assolou o campo experimental, ocasionando desfolhamento e quebra de aproximadamente 7% das plantas de milho.

2.4 Característica do híbrido utilizado

A cultivar de milho híbrido utilizada no experimento foi a Pioneer 30F53, mais cultivado na safra 2008/2009 na região.

Nas tabelas 2 e 3 podemos ver as principais características agronômicas e a reação as doenças do referido genótipo:

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Tabela 2: Características Agronômicas do híbrido utilizado no experimento.

Cultivar P30F53

Tipo Simples

Ciclo Precoce

Graus Dias/dias 130 Dias

Época de Plantio Normal

Uso Grãos

Cor do grão Alaranjado

Densidade (Plantas/ha) 55 – 72 mil

Textura do grão Semiduro

Resistência Acamamento Baixa

Altura Espiga (m) 1,10 a 1,20

Altura Planta (m) 2,60 a 2,80

Nível Tecnologia Alto

Região de adaptação SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE,

AL,CE, SE, PA, RO, RR, AC

Empresa Pioneer

(DU PONT DO BRASIL S.A)

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Tabela 3: Comportamento do híbrido de milho utilizado no experimento em relação às principais moléstias. Moléstia/Cultivar P30F53 Fusariose S P. sorghi MS Physopella zeae MS P. polysora S Phaeosphaeria MS Enfezamento S H. turcicum MR H. maydis MS Cercospora MS Doenças colmo MR Sanidade grãos MR

Legenda: MR - Medianamente resistente; MS - Medianamente suceptível; S - Suceptível;

Fonte: Adaptado Cruz e Pereira Filho (Embrapa Milho e Sorgo - 2009).

2.5 Determinações realizadas

2.5.1 Número de plantas iniciais (NPI)

Realizado em V4.

Foram contadas as plantas que se desenvolveram desde o plantio nas linhas uteis de cada parcela.

(30)

2.5.2 Massa verde da planta inteira (MVPI)

Realizado em V10.

Foram usadas três plantas inteiras de milho das linhas externas. Em laboratório foram pesadas individualmente e feito uma media da massa, em gramas, das plantas inteira.

2.5.3 Massa verde de colmo (MVC)

Realizado em V10.

Para esta determinação foram arrancadas três plantas inteiras de milho das linhas externas. Separado folha de colmo. Em laboratório foram pesadas individualmente e feito uma media da massa, em gramas, somente do colmo.

2.5.4 Massa verde de folha (MVF)

Realizado em V10.

Realizada através da seleção de três plantas inteiras de milho das linhas externas. Separado colmo e folhas. Em laboratório foi pesadas individualmente e feito uma média da massa, em gramas, somente das folhas das plantas de milho.

2.5.5 Massa verde de raiz (MVR)

Realizado em V10.

Para esta analise foram selecionadas três plantas de milho. Cortado na inserção do primeiro nó e separado raízes de planta inteira. Foi determinado o peso de raízes de cada tratamento.

(31)

2.5.6 Massa seca de folha (MSF)

Realizado em V10.

As folhas foram submetidas a secagem em estufa a 60ºC por 96 horas e determinado o peso em gramas.

2.5.7 Massa seca de raiz (MSR)

Realizado em V10.

As raízes foram separadas e colocadas em estufa (96 hs a temperatura de 60 graus). Após determinada amassa de raiz.

2.5.8 Relação de Massa Seca/ Massa Verde Folha (MSMVF)

Realizado em V10.

A planta estava no período vegetativo com 10 folhas bem definidas (V10).

Retirado do solo três plantas inteiras de milho das linhas externas. Separado raiz e planta inteira, colmo e folhas. Em laboratório foi pesado e estimado MVF e MSF. Após foi calculado a relação referente à estes dois caracteres.

2.5.9 Massa Seca/Massa Verde de Raiz (MSMVR)

Realizado em V10.

Para esta analise foram arrancadas três plantas de milho, separado raiz e planta inteira, colmo e folhas. Em laboratório foi pesado e estimado MVR e MSR. Após calculada a relação referente a MSR/ MVR.

(32)

2.5.10-Doenças foliares na folha da inserção da espiga (DFFIE)

Realizado em R4.

Para esta determinação foram escolhidas aleatoriamente três plantas das linhas uteis que serviram para fazer a média da severidade de doenças na folha de inserção na espiga.

Para mensurar os danos foi utilizado uma escala de notas 0 até 10 ( zero – sem moléstia e 10 máxima severidade).

2.5.11 Doenças foliar acima da espiga (DFAE)

Realizado em R4.

Para parâmetro foram escolhidas aleatoriamente três plantas da área útil da parcela que serviram para fazer a média da severidade de doenças nas folhas acima da inserção da espiga até a folha bandeira, utilizando escala de 0 a 10.

2.5.12 Doenças foliar abaixo da espiga (DFBE)

Realizado em R4.

Selecionadas aleatoriamente três plantas das linhas centrais, para determinar a severidade de doenças nas folhas localizadas abaixo da espiga, usando a mesma escala de 0 a 10.

2.5.13 Nota vigor da planta (NVP)

Realizado em R4.

Para mensurar o vigor das plantas usou-se escala de zero a 5 ( zero – baixo vigor e 5 – máximo vigor).

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2.5.14 Altura de inserção da espiga (AIE)

Realizado em maturação fisiológica

Foi medido (m), do solo até a altura do nó da inserção da espiga das plantas de cada parcela.

2.5.15 Estatura de plantas (EP)

Realizado em maturação fisiológica.

Determinado em metros, do solo até inserção do pendão

2.5.16 Número de plantas final (NPF)

Realizado na maturação fisiológica.

Neste parâmetro foram contadas as plantas nas linhas uteis de cada parcela no momento da colheita (stand final).

2.5.17 Número de espigas (NE)

Realizado na maturação fisiológica.

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2.5.18 Índice de espiga (IE)

Realizado na maturação.

Contadas as plantas nas linhas uteis de cada parcela (NPF) e o número total de espigas (NE) no momento da colheita. IE= NPF/NE.

2.5.19 Peso de planta inteira (PPI)

Realizado na maturação.

Avaliado em três plantas das linhas úteis de cada parcela.

2.5.20 Peso de grãos por planta (PGP)

Realizado na colheita.

Realizado em três plantas na parcela útil e determinado em gramas.

2.5.21 Índice de colheita (IC)

Realizado na colheita.

Após coletado os dados do peso da planta inteira (PPI) e o peso dos grãos da mesma (PG), calculou-se o índice de colheita (%). IC= (PG/PPI) x 100

2.5.22 Peso de espigas (PE)

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Peso de todas as espigas das linhas uteis de cada parcela (grãos e sabugo).

2.5.23 Espigas com podridão (EP)

Após a colheita a campo, foi contado o número das espigas da parcela útil danificadas por podridão de espiga.

2.5.24 Severidade de doenças na espiga (SDE)

Após estimar as EP, foi estimada uma nota (1- baixa severidade e 5 – alta severidade) pelo dano visível de doença nas espigas.

2.5.25 Número de Fileiras de grãos por espiga (NFGE)

Separados aleatoriamente sete espigas por parcela das linhas uteis e contado o número de fileiras de grãos de cada espiga e calculou-se a média.

2.5.26 Número de Grãos por fileira (NGF)

Contado o número de grãos que cada espiga obteve e calculou-se a média de grão por fileira.

2.5.27 Peso de grão (PG)

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2.5.28 Massa do grão (MG)

Dos grãos das linhas uteis de cada parcela, foram homogeneizados e separados 400 grãos. Estes foram pesados na balança de precisão e calculados proporcionalmente para a massa de um grão.

2.5.29 Rendimento de grãos (RG)

É o peso final de grãos de cada tratamento.

Foi corrigido para 13% de umidade. Coletou-se 200 gramas da amostra de cada parcela e através de um método indireto estabeleceu a umidade relativa do grão (%).

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados da analise de variância para as caracteres: Massa verde de planta inteira (MVPI), Massa verde de colmo (MVC), Massa verde de folhas (MVF), Massa verde de raiz (MVR), Massa seca de folha (MSF), Massa seca de raiz (MSR); Relação massa seca/ massa verde de folha (MSMVF), Relação massa seca/ massa verde de raiz (MSMVR), Doenças foliar da folha da inserção da espiga (DFFIE), Doença foliar acima da inserção da espiga (DFAE), Doença foliar abaixo da inserção da espiga (DFBE), Nota de vigor da planta (NVP), Espigas com podridão (EP), Severidade de doenças nas espigas (SDE), Altura da inserção de espiga (AIE), Estatura de plantas (EP), Numero de plantas iniciais (NPI), Numero de plantas finais (NPF), Numero de espigas (NE), Índice de espiga (IE), Peso de planta inteira (PPI), Peso de grão por planta (PGP), Índice de colheita (IC), Peso das espigas (PE), Peso de grão (PG), Índice de Espiga (IE), Numero de fileiras de grãos por espiga (NFGE), Numero de grãos por fileira (NGF), Massa de grão (MG), e Rendimento de grãos (RG) não revelaram diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade ( Tabelas 4,5,6 e 7). Os coeficientes de variação visualizados nas tabelas abaixo podem ser considerados ideais com exceção dos obtidos para DFAE, EP e SDE, com coeficientes de variação de 33,1; 49,2 e 36,5 %, respectivamente conforme Tabela 5.

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Tabela 4. Resumo da analise de variância das variáveis: Massa verde de planta inteira (MVPI), Massa verde de colmo (MVC), Massa verde de folhas (MVF), Massa verde de raiz (MVR), Massa seca de folha (MSF), Massa seca de raiz (MSR); Relação massa seca/ massa verde de folha (MSMVF), Relação massa seca/ massa verde de raiz(MSMVR) de milho submetido a diferentes tratamentos com bioestimulantes. IRDeR/DEAg/UNIJUI. Augusto Pestana. RS. 2010. QM FONTE DE VARIAÇÃO GL MVPI MVC MVF MVR MSF MSR MSMVF MSMVR (g) (g) (g) (g) (g) (g) (%) (%) Tratamento (T) 4 890,6ns 374,2ns 203,4ns 534,7ns 3,1ns 95,6ns 2,6ns 7,0ns Erro 15 2560,0 1866,5 234,2 724,8 5,6 155,9 3,0 14,6 Média Geral 452,4 318,1 132,9 133,9 31,0 47,7 23,7 35,2 CV (%) 11,1 13,5 11,51 20,0 7,6 26,16 7,23 10,8

ns = não significativo a 5% de probabilidade de erro. CV% = coeficiente de variação

ns = não significativo a 5% de probabilidade de erro. CV% = Coeficiente de variação.

Tabela 5. Resumo da analise de variância das variáveis: Doenças foliar da folha da inserção da espiga (DFFIE), Doença foliar acima da inserção da espiga (DFAE), Doenças foliar abaixo da inserção da espiga (DFBE), Nota de vigor da planta (NVP), Espigas com Podridão (EP), e Severidade de doenças nas espigas (SDE) de milho submetido a diferentes tratamentos com bioestimulantes. IRDeR/DEAg/UNIJUI. Augusto Pestana. RS. 2010.

QM

FONTE DE VARIAÇÃO GL

DFFIE DFAE DFBE NVP EP SDE

(nota) (nota) (nota) (nota) (nº.ua¯ ¹) (nota)

Tratamento (T) 4 0,5ns 0,3ns 0,6ns 1,1ns 0,5ns 0,6ns

Erro 15 0,41 0.5 0.9 0.5 8.5 1.2

Média Geral 3,74 2.1 3.9 3.5 5.9 3

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planta inteira (PPI), Peso de grão por Planta (PGP), Índice de colheita (IC), Peso das Espigas (PE) e peso de grão (PG) de milho submetido a diferentes tratamentos com bioestimulantes. IRDeR/DEAg/UNIJUI. Augusto Pestana. RS. 2010.

QM FONTE DE VARIAÇÃO GL

EIE AP NPI NPF NE IE PPI PGP IC PE PG

(m) (m) (nº.ua¯ ¹) (nº.ua¯ ¹) (nº.ua¯ ¹) (n) (g) (g) (n) (g) (kg.u.a¯ ¹) Tratamento (T) 4 0,0007ns 0,002ns 2,07ns 1,8ns 5,1ns 0,004ns 1468,6ns 162,5ns 6,2ns 123554,8ns 256551,6ns

Erro 15 0.002 0.007 2,41 3.5 6.95 0.003 3334.8 264.2 20 604800.3 542115.6

Média Geral 0.9 1.7 43,1 41.9 36.9 0.8 472.7 212.7 45.7 7889.6 6332.1

CV (%) 4.9 4.7 3,6 4.4 7.1 6.6 12.2 7.6 9.7 9.8 11.6

ns = não significativo a 5% de probabilidade de erro. CV% = coeficiente de variação.

(40)

Numero de grãos por fileira (NGF), Massa de grão (MG), e Rendimento final (RF) de milho submetido a diferentes tratamentos com bioestimulantes. IRDeR/DEAg/UNIJUI. Augusto Pestana. RS. 2010. QM FONTE DE VARIAÇÃO GL NPF IE NFE NGF MG RF (nº.ua¯ ¹) (n) (nº) (nº) (g) (kg.ha¯ ¹) Tratamento (T) 4 1,8ns 0,004ns 0,04ns 1,6ns 0,0001ns 576443,0ns Erro 15 3.5 0.003 0.2 2.6 0.0002 1310169.8 Média Geral 41.9 0.8 15.1 36.2 0.3 11287.4 CV (%) 4.4 6.6 3.1 4.5 4 10.1

ns = não significativo a 5% de probabilidade de erro. CV% = coeficiente de variação

As médias dos caracteres Massa verde de planta inteira (MVPI), Massa verde de colmo (MVC), Massa verde de folhas (MVF), Massa verde de raiz (MVR), Massa seca de folha (MSF), Massa seca de raiz (MSR), Relação massa seca/ massa verde de folha (MSMVF) e Relação massa seca/ massa verde de raiz (MSMVR) não apresentaram diferença significativa pelo Teste de Duncan a 5% de probabilidade (Tabela 8).

Resultados obtidos por Benlamon (2008) na cultura de trigo mostrou que o uso de bioestimulante proporcionou aumento do enraizamento da planta, por outro lado não incrementou o peso médio de grãos por espiga, a estatura da planta e o rendimento de grãos. Em relação a Massa seca e verde de raiz o efeito de quatro diferentes bioestimulantes não foi evidente em trabalho desenvolvido com milho e sorgo por Janezitz et al (2008).

O uso do bioestimulante Cellerates na dosagem de 10 ml.kg¯¹. de semente promoveu maior acúmulo de matéria seca de raiz que por outro lado não afetou a produtividade de grão de milho (Ferreira et al.2007).

Resultados semelhantes foram obtidos por Cassilas et al. (1986) que não encontrou diferença significativa na massa seca de raiz em rabanete enquanto que Fraser e Precival (2003) e Russo e Berlyn (1990) constataram na cultura de plantas arbórea além de um crescimento significativo de raiz, um maior vigor e acumulo de nutrientes nas folhas.

(41)

em ambientes protegidos dá uma melhor capacidade de retirar as raízes das plantas sem haver danos e perdas, ao contrario do experimento conduzido a campo.

O resultado do experimento também se contrapõem aos obtidos por Korndörfer

et al. (2001) que observaram uma elevação de 17% na produção de massa seca da planta

inteira (MS de forragem) da Brachiaria decumbens após a aplicação superficial de silicato de cálcio, em Latossolo Vermelho-Amarelo na região do Triângulo Mineiro.

Sanches (2003) que estudou o uso de silicato de cálcio em produção das gramíneas Brachiaria brizantha cv. Marandu e Panicum maximum cv. Tanzânia relatou também uma relação positiva entre a altura de afilhos.

Os dados obtidos no experimento estão de acordo com as observações feitas por Melo et al. (2003) os quais não observaram efeitos significativos para o aumento da produção de Massa seca de forragem de braquiarão em função da aplicação de silicato no solo.

Trabalho com mesmos indicadores de matéria seca de planta de milho com tratamento a base de Zn, realizado por Leal et al.(2007), não diferiram com a testemunha.

Médias seguidas por mesmas letras não diferem entre si a 5% de significância pelo teste de Duncan. CV% - Coeficiente de variação

Tabela 8. Massa verde de planta inteira (MVPI), Massa verde de colmo (MVC), Massa verde de folhas (MVF), Massa verde de raiz (MVR), Massa seca de folha (MSF), Massa seca de raiz (MSR), Relação massa seca/ massa verde de folha (MSMVF) e Relação massa seca/ massa verde de raiz (MSMVR) de milho submetido a diferentes tratamentos com bioestimulantes. IRDeR/DEAg/UNIJUI. Augusto Pestana. RS. 2010.

Variáveis Analisadas Tratamento

MVPI MVC MVF MVR MSF MSR MSMVF MSMVR

(g) (g) (g) (g) (g) (g) (%) (%)

MAXI ZINC® 466,9a 328,7a 137,7a 138,7a 32,5a 47,1a 23,6a 33,6a

BOOSTER® 427,2a 303,2a 124,9a 114,0a 30,3a 39,6a 24,9a 34,6a

SUPRA SÍLICA® 454,1a 323,0a 130,8a 140,7a 31,1a 49,4a 23,9a 34,8a

MAXI

ZINC®+BOOSTER®+SUPRA

SÍLICA® 455,3a 314,9a 142,5a 142,3a 31,0a 52,2a 22,6a 36,0a

Testemunha 458,2a 320,6a 128,5a 133,9a 30,2a 50,1a 23,7a 37,0a

Média Geral 452,4 318,1 132,9 133,9 31,0 47,7 23,7 35,2

(42)

Doença foliar da folha da inserção da espiga (DFFIE), Doença foliar acima da inserção da espiga (DFAE), Doença foliar abaixo da inserção da espiga (DFBE), Nota de vigor da parcela (NVP), Espigas com Podridão (EP), e Severidade de doenças nas espigas (SDE) não demonstraram diferença significativa entre os tratamentos. Comprovando que principalmente os bioestimulantes e micronutrientes a base de silício e zinco não proporcionaram ganhos para o milho neste tipo de ambiente (Tabela 9).

Por outro lado, Sevant et al. (1997) constatou que produtos a base de silício aumenta a resistência biótica e abiótica relacionada a cultura do milho, sendo um meio para o controle do ataque da lagarta do cartucho.

Em monocotiledôneas, a associação entre o Si e a redução de doenças fúngicas é conhecida há bastante tempo. O efeito inibidor do Si em doenças causadas por fungos, porém, não é restrito somente às gramíneas. Trabalhos conduzidos com cana de açúcar, arroz, sorgo, cevada, trigo, pepino, abóbora, melão, videira, roseira e soja demonstraram o efeito do Si no controle de várias moléstias que atacam as referidas culturas (LIMA FILHO et all, 1999).

A não observância de efeito dos bioestimulantes sobre a redução da severidade de doenças foliares no milho, provavelmente deve-se as condições de ambiente desfavoráveis aos patógenos. Devemos salientar que as condições para a cultura do milho foram ideais ao desenvolvimento da planta, minimizando os efeitos de doenças, ou seja: as doenças não foram fatores redutores da produtividade de grãos na referida safra.

Weber (2010), em trabalho conduzido no IRDeR/augusto Pestana, não identificou efeito da aplicação de fungicida no aumento do rendimento de grãos de milho, comprovando a tese de que as doenças não foram redutoras de produtividade de milho no referido ano de condução do experimento.

(43)

da inserção da espiga (DFAE), Doenças foliar abaixo da inserção da espiga (DFBE), Nota de vigor da parcela (NVP), Espigas com Podridão (EP), e Severidade de doenças nas espigas (SDE) de milho submetido ao tratamento com bioestimulantes. IRDeR/DEAg/UNIJUI.Augusto Pestana. RS. 2010.

Variáveis Analisadas Tratamento

DFFIE DFAE DFBE NVP EP SDE

(nota) (nota) (nota) (nota) (nº.ua¯ ¹) (nota)

MAXI ZINC® 3,9a 2,2a 4,0a 2,7a 5,7a 2,7a

BOOSTER® 3,8a 2,1a 3,9a 3,2a 6,0a 3,5a

SUPRA SÍLICA® 3,6a 2,0a 3,9a 3,5a 6,0a 3,2a

MAXI ZINC®+BOOSTER®+SUPRA

SÍLICA® 3,1a 1,8a 3,2a 4,0a 6,5a 3,0a

Testemunha 4,1a 2,6a 4,3a 4,0a 5,5a 2,5a

Média Geral 3,74 2.1 3.9 3.5 5.9 3

CV (%) 17,1 33.1 24.6 21.5 49.2 36.5

Médias seguidas por mesmas letras não diferem entre si a 5% de significância pelo teste de Duncan. CV% - Coeficiente de variação

Na Tabela 10, encontramos os seguintes caracteres: Altura da inserção de espiga (AIE), Estatura de plantas (EP), Numero de plantas iniciais (NPI), Numero de plantas finais (NPF), Numero de espigas (NE), Índice de espiga (IE), Peso de planta inteira (PPI), Peso de grão por Planta (PGP), Índice de colheita (IC), Peso das Espigas (PE) e Peso de grão (PG) que não foram influenciados pelo uso dos tratamentos com bioestimulantes, não diferindo significadamente ao nível de 5% pelo teste de médias aplicado.

Resultado contraditório de Ferreira (2007) mostrou que o uso de bioestimulante via tratamento se sementes pode causar uma toxidez com dose acima da recomendada de Stimulate®, diminuindo a germinação das sementes de milho em analise laboratorial.

Referências

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