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Apuração dos custos na construção de estruturas de linhas e redes de distribuição de energia elétrica

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DECON – DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

APURAÇÃO DOS CUSTOS NA CONSTRUÇÃO DE

ESTRUTURAS DE LINHAS E REDES DE

DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Acadêmico: Daniel Maciel Lopes

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DECON – DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

APURAÇÃO DOS CUSTOS NA CONSTRUÇÃO DE

ESTRUTURAS DE LINHAS E REDES DE

DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Ciências Contábeis da unijui, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis

Acadêmico: Daniel Maciel Lopes

Profª Orientadora: Ms. Eusélia Paveglio Vieira

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AGRADECIMENTOS

Especialmente a Deus por ter me guiado nesta conquista; À minha família e a minha namorada pelo incentivo e amor;

À orientadora, professora Eusélia Paveglio Vieira; pela dedicação e acompanhamento solícito e competente até a conclusão deste;

Aos professores do curso de Ciências Contábeis, pela dedicação em nossa formação;

A todos que direta ou indiretamente;

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“Ser desafiado na vida é inevitável. Ser derrotado é opçional”. Roger Crawford

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ... ..11 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 12 1.1 Área de Conhecimento ... 12 1.2 Caracterização da Organização ... 12 1.3 Problematização do Tema ... 14 1.4 Objetivos ... 15 1.4.1 Objetivo Geral ... 15 1.4.2 Objetivo Específico ... 15 1.5 Justificativa ... 16 1.6 Metodologia do Trabalho ... 16 1.6.1 Classificação da Pesquisa ... 17 1.6.1.1 Quanto a Natureza ... 17

1.6.1.2 Quanto a Forma de Abordagem do problema...17

1.6.1.3 Quanto aos Objetivos ... 18

1.6.1.4 Quanto aos Procedimentos Técnicos ... 18

1.6.2 Plano de Coleta de Dados ... 19

1.6.2.1 Instrumento de Coleta de Dados...20

1.6.3 Plano de Análise e interpretação de dados ... .20

2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA ... 21

2.1 Contabilidade ... 21

2.1.1 Conceito de contabilidade ... 22

2.1.2 Finalidade da Contabilidade ... 23

2.1.3 Aplicação da Contabilidade ... 23

2.1.4 Usuários e Campo de Atuação ... 24

2.2 Contabilidade de Custos ... 25

2.2.3 Objetivos da Contabilidade de Custos ... 26

2.2.4 Classificação de Custos em Diretos e Indiretos ... 28

2.2.4.1 Classificação dos custos em fixos e variáveis ... 29

2.3 Custos com Materiais ... 31

2.4 Custos com Mão-de-obra...32

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2.4.2 Mão-de-obra indireta...33

2.4.3 Encargos sociais e trabalhistas ... 33

2.5 Método de Custeio ... 33

2.5.1 Custeio por Absorção ... 34

2.5.2 Custeio Variável ... 35

2.6 Custos nas Atividades de Serviços ... 37

2.6.1 Conceituação de atividades de serviços de concessionárias de energia elétrica ... 37

2.6.2 Estrutura de sistemas de custos para serviços ... 38

3 APURAÇÃO DOS CUSTOS NA CONSTRUÇÃO de LINHAS e REDES de ENERGIA ELETRICA Estudo Aplicado ... 39

3.1 Levantamento de Custos de despesas diretas e indiretas da empresa...41

3.1.1 Custos com Material...43

3.1.2 Custo com Mão-de-obra...47

3.1.3 Custo administrativo (custo indireto)...49

3.1.3.1 Despesas com veículos...49

3.2 Apuração do Custo Total...50

3.2.1 Analise da Obra Processo 6350/09...51

3.2.2 Analise da Obra Processo 5000/09...55

3.2.3 Analise da Obra Processo 3955/09...60

3.3 Analise geral do processo de construção de linhas e redes de energia elétrica...65

3.3.2 Mão-de-obra...67 3.3.3 Transporte...68 3.3.4 Custo Administrativo...69 3.3.5 Aspectos Gerais...69 CONCLUSÃO...71 BIBLIOGRAFIA ... .74

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LISTA DE FIGURA

Figura 1: Organograma da empresa H...14

Figura 2: Fluxograma do processo para construção de linhas e redes...40

Figura 3: Croqui da obra 6350/09...51

Figura 4: Croqui da obra 5000/09...55

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LISTAS DE QUADROS

Quadro 1 – Custo médio dos materiais...43

Quadro 2 – Custo com mão-de-obra ...48

Quadro 3 – Cálculo com quilometro rodado...49

Quadro 4 – Resumo de um orçamento 6350/09...51

Quadro 5 – Custo hora homem total da obra 6350/09...53

Quadro 6 – Comparativo entre o orçado e custo realizado: Obra 6350/09...54

Quadro 7 – Resumo de um orçamento 5000/09 ...56

Quadro 8 – Custo hora homem total da obra 5000/09...58

Quadro 9 – Comparativo entre o custo orçado e custo realizado: Obra 5000/09...59

Quadro 10 – Resumo de um orçamento 3955/09...61

Quadro 11 – Custo hora homem total da obra 3955/09...63

Quadro 12 – Comparativo entre o custo orçado e custo realizado: Obra 3955/09...64

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LISTA DE GRÁFICO

Gráfico 1: Comparativo entre custo orçado e custo realizado: Obra 6350/09...54 Gráfico 2: Comparativo entre custo orçado e custo realizado: Obra 5000/09...59 Gráfico 3: Comparativo entre custo orçado e custo realizado: Obra 3955/09...64

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INTRODUÇÃO

Em um mercado cada vez mais competitivo é importante que exista um bom controle de custos buscando a sua de redução ou a potencialização da capacidade instalada de produção.

As empresas no ramo de energia elétrica precisam estar atentas ao novo perfil do consumidor. Ele está mais informado, e conhecedor de seus direitos, adquiriu espírito crítico em relação às suas opções de produtos e serviços, inclusive de seus preços.

Diante deste cenário de consumo mais exigente e de concorrência acirrada, constata-se a necessidade de ferramentas de gestão que produzam informações com qualidade e quantidade suficiente para permitir uma gestão estratégica rápida e flexível, ou seja, que possibilitem aos gestores a tomada de decisões mais acertadas.

Neste contexto, o sistema de custos é apontado como uma destas ferramentas capazes de oferecer informações relativas à estrutura de custos, preços e resultados.

O presente trabalho de conclusão de curso aborda os aspectos necessários de custo no suporte para a tomada de decisão, com a preocupação de estudar como um sistema de custo aplicado na construção de redes de energia elétrica da Empresa H pode contribuir com informações relevantes para a gestão da mesma.

Considerando as mudanças que ocorrem no dia-a-dia no mercado, a busca por diferenciação ou redução de custos torna-se premissa para continuidade da

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Empresa. A correta gestão de custos com analise de cada direcionador e informação proporciona a empresa uma tomada de decisão mais coerente refletindo sua manutenção no mercado.

Sendo assim a utilização de métodos de custeio adequados a cada empresa pode efetivar informações que auxiliam na correta tomada de decisão.

A intenção da realização deste estudo foi de demonstrar que existe hoje a necessidade de utilização de um sistema de custo dentro da organização. Para verificar se realmente a apuração de custos com materiais, mão-de-obra, transportes, estão sendo apurados com a maior proximidade possível, os custos da construção de estruturas de linhas e redes de distribuição de energia elétrica, com custo efetivamente ocorridos.

Para atingir este objetivo, o estudo apresenta no primeiro capítulo a sua, contextualização onde se definiu o tema, problema, objetivos, justificativa a metodologia que foi utilizada no decorrer do estudo.

Posteriormente apresenta-se revisão bibliográfica, onde os temas aprofundados são ligados e Contabilidade de Custos, gestão de custos e apuração de custos, os quais foram de fundamental importância para o desenvolvimento do estudo aplicado.

Na seqüência, o terceiro capitulo deste relatório apresenta o estudo de caso, onde o trabalhou buscou informações por meio de pesquisas e entrevistas com pessoas envolvidas nas atividades, onde ocorre a construção de estruturas de linhas e redes, com entrevistas ao supervisor de equipe e gerente de distribuição e analise dos projetos e coleta de dados no setor de distribuição da empresa, além das informações contábeis que se refere dos custos e preços.

Finalmente o estudo apresenta à conclusão seguida da bibliografia utilizada na execução do mesmo.

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1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Neste capitulo consta a contextualização do estudo que envolve desde a definição do tema, do problema, objetivos, justificativa e a metodologia a ser utilizada durante a sua realização.

1.1 Área de Conhecimento

A Contabilidade de Custos nasceu da Contabilidade financeira, mas com o crescimento das empresas, a informação contábil e a moderna contabilidade de custos, tornaram-se subsídios imprescindíveis nos processos de gestão empresarial.

Tendo como um dos seus principais objetivos processar, analisar e transformar dados em informações para o processo de tomada de decisão e até mesmo como auxílio na formulação de estratégias, além disso, atua como um fator de vantagem competitiva.

Neste sentido, o estudo foi desenvolvido com base na contabilidade de custos e teve como tema a apuração dos custos na construção de estruturas de linhas e redes de distribuição de energia elétrica.

1.2 Caracterização da Organização.

O ano de 1926 marca a instalação da primeira unidade de geração de energia da empresa H. Esse fato é considerado um dos mais arrojados projetos executados pelo patriarca Fulano de Tal, que tinha no empreendedorismo uma das mais marcantes características pessoais.

A primeira unidade, instalada na cascata do Arroio alegre, no município de condor, foi o início de uma trajetória empresarial familiar que hoje ocupa papel de destaque no cenário econômico e social dos municípios de Panambi e Condor, sua área de abrangência.

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O aproveitamento da energia de pequenas quedas d’água, a busca de soluções para o suprimento da demanda por energia elétrica, o tratamento cada vez mais qualificado aos seus consumidores fazem parte da história e dos projetos para o futuro da empresa H.

João de Tal entregou seu legado aos filhos e netos, os quais dão continuidade a essa história através da H, que cumpre ininterruptamente seu papel na produção e distribuição de energia elétrica, atendendo à crescente demanda que é uma constante no desenvolvimento e crescimento de Panambi e Condor. Está conectada ao Sistema Interligado Brasileiro. Investe em eficiência e expansão ao construir nova usina na antiga cascata do Arroio Alegre, projetando outros aproveitamentos hidroenergéticos na região. Enfrentou, além das dificuldades naturais como enchentes e estiagem, que muitas vezes decretaram penosos recomeços, as dificuldades políticas energéticas, nem sempre favoráveis às pequenas centrais hidroelétricas, aliadas aos problemas de um país continente como o nosso ainda subdesenvolvido em muitos aspectos.

É no modo de vida dos pioneiros do início do século XIX e na forma como enfrentavam as dificuldades que as novas gerações buscam inspiração, força, alento e esperança.

Atualmente a empresa conta com 53 colaboradores, uma diretoria composta por dois diretores e ainda um conselho de administração que é formado por sete membros. Quanto ao sistema de tributação no que se refere ao Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, a empresa é optante pelo Lucro Real Anual.

Na seqüência, apresentas-se o organograma com a estrutura da empresa objeto desse estudo.

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Figura 1: Organograma da empresa H Fonte: dados conforme pesquisa

O trabalho foi realizado nos departamentos de economia e financeiro e no departamento de distribuição da empresa H, onde foi calculado o custo do serviço prestado conforme a solicitação.

1.3. Problematização do tema

A contabilidade de custos tem o propósito de levantar, apurar e registrar fatos que possam ser transformados em informações e indicadores substanciais para o processo de tomada de decisão.

Neste sentido a gestão de custos tem o propósito de avaliar o custo de produção ou do serviço, apurado conforme o método de custeio utilizado, bem como a avaliação da relação custo, volume e resultado.

Entretanto, existe uma preocupação na empresa em verificar se realmente a apuração dos custos com materiais, mão-de-obra, transportes, estão sendo

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calculados com a maior proximidade do executado, além destes, os custos da construção de estruturas de linhas e redes de distribuição de energia elétrica, com os custos efetivamente ocorridos.

Neste cenário a hidroelétrica H possui atualmente uma forma de cálculo para o levantamento dos custos com materiais, utilizando-se do custo médio de compras, seguido de cálculo do custo com mão-de-obra, o qual precisa ser revisto, com o intuito de verificar a sua confiabilidade, assim como o custo de transporte.

Diante do exposto, questiona-se: qual a contribuição do desenvolvimento de um sistema de custo aplicado na construção de estruturas de linhas e redes de distribuição de energia e sua efetiva relevância na gestão da empresa H.

1.4. Objetivos

1.4.1. Objetivo geral

Padronizar um método de apuração dos custos na construção de estruturas de linhas e redes de energia elétrica da empresa H com vistas à geração de informações para correta tomada de decisões.

1.4.2. Objetivos específicos

·Revisar a bibliografia referente à contabilidade de custos, gestão de custos, métodos de custeio.

·Levantar o custo hora de mão-de-obra.

·Calcular o custo da quilometro por tipos veículos.

·Apurar o custo total utilizando-se do método de custeio por absorção x variável.

·Avaliar orçamentos realizados pela empresa H x orçamentos de custos conforme estudo.

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1.5 Justificativa

A escolha do tema relacionado à apuração de custos foi determinada por considerar custos um instrumento muito importante para a empresa poder avaliar e analisar sua atividade, e assim, verificar o que pode ser mudado. Além disso, o trabalho pode servir como instrumento de controle das atividades, dos processos e dos resultados, oferecendo informação para a gestão na tomada de decisões.

Para a empresa, o estudo pode se tornar um suporte a gestão no qual foram revistos suas metas e avaliado a melhor forma de trabalho, tendo em vista a competitividade, buscando sempre um maior controle dos custos, uma vez que a empresa não possui um método estruturado de controle do mesmo.

Para o acadêmico, a contabilidade de custos é essencial na vida do profissional além de ser um momento de por em pratica e aplicar os conhecimentos construídos durante vários anos de estudo na área Contábil, e também foi o momento de aprofundar e retribuir os esforços dedicados na sua formação.

Para o Curso de Ciências Contábeis, esse estudo é relevante porque realizou uma aplicação de um sistema de custos em uma organização que tem a concessão de distribuição de energia elétrica apurando informações fundamentais à tomada de decisão. Por ser um estudo aplicado esse trabalho pode contribuir com outros acadêmicos que tenham interesse pelo tema.

1.6 Metodologia

Neste item evidencia-se um estudo aprofundado na área especifica de custos, com o objetivo de propor um sistema de apuração dos custos na construção de linhas e redes de distribuição de energia elétrica.

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1.6.1 Classificação da Pesquisa

O presente estudo envolveu técnicas de entrevistas despadronizadas e coletas de informações, de maneira que possa desenvolver a apuração dos custos na construção de estruturas de linhas e redes de distribuição de energia elétrica da empresa H, com objetivo de transformar dados em informações importantes para tomada de decisão da empresa.

Conforme Kelm (2003, p. 12) o trabalho caracteriza como relatório técnico cientifico.

A pesquisa classifica-se como sendo um relatório técnico-cientico decorrente de estudos e pesquisa no campo de atuação da contabilidade, buscando aprofundamento da teoria contábil, através da revisão bibliografia, para então aplicar a contabilidade de gestão de Custos.

1.6.1.1 Quanto a Natureza

Conforme Silva e Menezes, citado por Kelm (2003, p.23), quanto a classificação sob o ponto de vista de sua natureza, trata-se de uma pesquisa básica e ao mesmo tempo uma pesquisa aplicada, onde objetiva gerar conhecimentos novos e úteis para o avanço da ciência, com a aplicação de soluções para possíveis problemas encontrados na entidade estudada. O presente estudo caracteriza-se como aplicado, visto que propõe uma apuração dos custos na construção de estruturas de linhas e redes de energia elétrica.

1.6.1.2 Quanto à forma de abordagem do problema

O presente estudo se classifica quanto à forma de abordagem do problema como uma pesquisa qualitativa, segundo Kroetz (2009, p.34) descreve que, Pesquisa qualitativa: objetiva gerar conhecimento para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos, envolvendo verdades e interesses locais têm inúmeras possibilidades de aplicação nas ciências sociais.

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1.6.1.3 Quanto Aos Objetivos

Quanto aos Objetivos o trabalho se classifica como pesquisa exploratória e descritiva.

Conforme Gil (2002, p.41), a pesquisa assume a conotação de exploratória, quando,

Estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições.

O estudo também se caracteriza quanto aos objetivos como pesquisa descritiva, segundo Gil (2002, p. 42) diz,

As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática.

1.6.1.4 Quanto Aos procedimentos Técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos o trabalho se classificou como, pesquisa bibliografia, pesquisa documental, levantamento, estudo de caso, conforme mencionado conceitos a seguir:

De acordo com Gil, (2002, p.44), A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.

O mesmo autor define que a pesquisa documental se caracteriza da seguinte forma:

A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre as ambas esta na natureza das fontes. Enquanto bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos de pesquisa, (GIL,

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2002, p.45)

Quanto à forma de levantamento de dados, Gil, (2002, p.50), define como sendo:

As pesquisas deste tipo caracterizam-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se a solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas a cerca do problema estudado para, em seguida, mediante analise quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados.

Segundo GIL, (2002, p.45), estudo de caso é,

O estudo de caso é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biomédicas e sociais. Consiste no estudo aprofundado e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados.

Portanto, o estudo buscou na teoria disponível sobre o tema a fundamentação teórica necessária para a sua realização. Também foram analisados documentos, tais como, ordem de serviço, notas fiscais, as quais propiciaram o levantamento dos dados necessários para a realização do estudo de caso.

1.6.2 Plano de Coleta de Dados

A coleta de dados foi obtida diretamente com o gerente, supervisor de operações e eletricista responsável da empresa por meio de entrevistas despadronizadas e pelos dados, dos orçamentos para execução da obras.

Para Vergara (2009, p.54) “a coleta de dados pode ser longitudinal, isto é, feita em diferentes momentos, quando se deseja descobrir se houve mudança do fenômeno no tempo. E pode ser transversal, isto é, em um único momento no tempo’’.

Conforme Leone (2008, p.24) coleta de dados é:

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na seleção dos dados, no planejamento de sua coleta, no treinamento e na organização interna dos setores que irão fornecer os dados. É uma fase de realização completa difícil. Aqui ele deverá contar com o apoio da alta direção da empresa, caso contrário seu trabalho será apenas um exercício técnico isolado.

O plano de coleta de dados para o presente estudo ocorreu baseado na analise dos orçamentos de obras, sistema de frotas, apuração de custos com pessoal e material, no período Dezembro do ano de 2009.

1.6.2.1 Instrumentos de coleta de dados

Segundo Silva & Menezes (apud Kroetz, 2009, p.37), “a definição do instrumento de coleta de dados dependerá dos objetivos que se pretende alcançar com a pesquisa e do universo a ser investigado”.

O estudo envolveu a observação sistemática porque tem um planejamento do que foi observado para a realização do mesmo, também foi não participante porque não se envolveu nos procedimentos, simplesmente se observou os processos, individual e na vida real, presenciando os fatos.

Também foi utilizada a entrevista despadronizada, que conforme Kroetz (2009, p.37) define que, “não existe rigidez de roteiro, podem-se explorar mais amplamente algumas questões”.

1.6.3 Plano de análise e interpretação de dados

O Plano de análise de interpretação dos dados seguiu a seguinte ordem: - Revisão Bibliográfica

- Visita a campo em obras em execução

- Levantamento dos dados necessários para a realização do estudo - Análise e interpretação dos dados obtidos

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Nesse capitulo apresenta-se a pesquisa bibliográfica, baseada em obras de diversos autores, sob conceitos de contabilidade de custos, gestão de custos, momento este, fundamental para o aprofundamento do conhecimento sobre a área que foi desenvolvido o estudo aplicado.

2.1 Contabilidade

Desde os primeiros estudos sistematizados, a contabilidade tem sido conceituada como arte, como técnica ou como ciência. Concebida para tratar do controle do patrimônio e estudar sua composição, suas variações e estados, e sendo o patrimônio pertence ao homem, ela é enquadrada como ciência social, dentro das ciências econômicas e administrativas, que se utiliza de técnicas especificas para se tornar útil e cumprir com as finalidades para que foi concebida.

Para um melhor entendimento sobre a Ciência Contábil, a seguir são elencados alguns conceitos elaborados por pesquisadores e estudiosos da área.

Segundo Basso (2000, p.19), a contabilidade é fundamentada como sendo, Entendemos que contabilidade, como conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controlam e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico-financeira.

Conforme Gouveia citado por Basso (2005, p.22), ‘‘Contabilidade é uma arte. É arte de registrar todas as transações de uma companhia, que possam ser expressos em termos monetários. “É também a arte de informar os reflexos dessas transações na situação econômica-financeira”.

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Considerando os conceitos mencionados, percebe-se a importância da contabilidade em uma empresa. A contabilidade engloba todos os fatos ocorridos dentro do patrimônio. Assim ela busca por meio da coleta, da classificação, do registro, da análise, uma avaliação da situação, tanto na parte econômica quanto financeira da entidade, para futuramente promover eventuais mudanças.

2.1.1 Conceitos de Contabilidade

A contabilidade é enquadrada como uma ciência social, mais especificamente no grupo das ciências econômicas e administrativas, que se utiliza de técnicas especificas para se tornar útil e cooperar com as finalidades para que foi concebida.

Conforme Franco, 1983 citado por Basso (2000, p.19),

Contabilidade é a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial.

Conforme Hermann Jr. 1967 citado por Basso (2000, p.19), ‘‘contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio à disposição das azeiendas, em seus aspectos estáticos e em suas variações, para enunciar por meio de formulas racionalmente deduzidas, os efeito da administração sobre a formação e a distribuição dos réditos’’

Na definição de Basso (2005, p. 22):

A contabilidade é um conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, com conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem. Bem como acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situações, especialmente de natureza econômico-financeiro.

A contabilidade já foi definida de diversas formas, muitas vezes como ciência, técnica e até mesmo como arte.

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2.1.2 Finalidade da Contabilidade

A contabilidade tem entre outras a finalidade de gerar informações e a explicação dos fenômenos patrimoniais, possibilitando os empresários, administradores gerenciar e administrar da melhor forma a sua entidade.

Conforme Basso (2005, p.24) menciona,

A finalidade da contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento. Como núcleo central do controle patrimonial, a contabilidade registra os fatos que nele acontecem, emitindo relatórios quantitativos e qualitativos permitindo ao usuário da informação contábil, entre outras atividades comparar previsões e orçamentos com a realidade da entidade. A finalidade da contabilidade é auxiliar na tomada de decisão para que a empresa consiga alcançar seu objetivo empresarial, mostrando aos gestores a realidade que a empresa se encontra.

2.1.3 Aplicação da Contabilidade

Sendo o patrimônio o objeto da contabilidade ela é encontrada em diferentes empresas de diferentes ramos de atuação.

Basso (2005, p.27) relata:

Tendo como objeto o patrimônio, pode se afirmar que o campo da contabilidade é o mais amplo possível, pois aonde existir um patrimônio definido e perfeitamente delimitado, pode também estar aí se definindo um campo de aplicação da contabilidade: micro, pequenas, médias e grandes empresas publicas e privadas, entidades de fins ideais (sociais, culturais, recreativas, desportivas e outras), propriedades rurais e pessoais físicas em geral representam o amplo campo de aplicação da contabilidade.

Segundo o mesmo autor, os principais campos de aplicação da contabilidade, podem ser classificados nos seguintes ramos:

- Contabilidade Comercial; - Contabilidade Industrial; - Contabilidade Pública;

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- Contabilidade de Cooperativas; - Contabilidade de Seguradoras; - Contabilidade de Fundações; - Contabilidade de Construtoras; - Contabilidade Hospitalar

- Contabilidade de Condomínios, entre outros;

Sendo um dos campos de atuação da Contabilidade, a Contabilidade de Custos será a área de aprofundamento deste estudo.

2.1.4 Usuários e Campo de Atuação

Os usuários da contabilidade são internos e externos, os quais são destacados por Basso.

Contabilidade só tem sentido quando gera informação relevante ao usuário, os quais são classificados nas seguintes categorias, segundo o tipo de informação que demandam:

-Administradores, diretores e executivos – uso da informação contábil no processo decisório, contribuindo para que as decisões possam ser tomadas com maior grau de acerto possível. Detalhes, precisão e agilidade da informação são requisitos básicos;

-Sócios ou acionistas – uso da informação contábil para certificarem-se da real situação do patrimônio da entidade: segurança, lucratividade e rentabilidade do investimento realizado na entidade;

-Bancos, financiadores e investidores – informações patrimoniais, econômicas e financeiras, com vistas a avaliar as reais garantias oferecidas quando da concessão de empréstimos e das aplicações de dinheiro na entidade;

- Fornecedores – semelhantes aos bancos e financiadores, os fornecedores realizam estudos sobre as demonstrações contábeis da entidade para aquilatar sua capacidade de liquidar obrigações e as suas possibilidades de sucesso econômico, como condicionantes do credito; -Governo federal, estaduais e municipais – efetuam estudos sobre os dados contábeis da empresa para o planejamento e o controle de suas receitas tributarias, bem como das políticas macroeconômicas, (BASSO, 2005, p.26)

A contabilidade abrange um campo de atuação muito de grande de usuários, onde todos dependem dela para formar informações especificas sob aspectos particulares, seguindo as necessidades e interesse para tomada de decisões de suas empresas ou qualquer ramo de atividade em todos os seguimentos.

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2.2 Contabilidade de Custos

A contabilidade de custos é responsável por coletar, classificar e registrar os dados operacionais das diversas atividades da empresa, sejam eles externos, internos, monetários, ou não monetários para gerar as informações.

Leone (2008, p.23) define:

A contabilidade de custos colhe dados internos e externos, monetários e não monetários, mas quantitativos. Atualmente, em virtude de suas crescentes responsabilidades, diante das novas exigências por parte dos administradores, a Contabilidade de Custos esta cada vez mais utilizando dados quantitativos não monetários, colhendo-os, trabalhando-os, organizando-os, combinando-os e produzindo informações gerenciais de alta relevância, baseadas nesses dados.

Neste aspecto a contabilidade de custos colhe todas as informações relevantes para chegar ao objetivo dos administradores da entidade.

Bruni e Fama (2004, p.24) define:

A contabilidade de custo pode ser definida como o processo ordenado de usar os princípios da contabilidade geral para registrar os custos de operação de um negócio. Dessa forma, com as informações coletadas das operações e das vendas, a administração pode empregar os dados contábeis e financeiros para estabelecer os custos de produção e distribuição, unitários ou totais, para um ou para todos os produtos fabricados ou serviços prestados, além dos custos das outras diversas funções do negócio, objetivando alcançar uma operação racional, eficiente e lucrativa.

A contabilidade de custos também é ordenada de usar os princípios fundamentais de contabilidade deixando assim visível a sua transparência para a administração empregar os dados contábeis e financeiros.

Martins (2001, p.21) define:

Devido ao crescimento das empresas, com o conseqüente aumento da distância entre administrador e ativos e pessoas administradas, passou a Contabilidade de Custos a ser encarada como uma eficiente forma de auxilio no desempenho dessa nova missão, a gerencial.

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A contabilidade de custo sempre busca auxiliar o gestor da empresa com a correta apuração de custos e controle, levantando dados e informações importantes, para a correta tomada de decisão.

Com isso percebe-se que a contabilidade de custos é uma ferramenta de suma importância para os gestores considerando um nível de mercado hoje tão concorrido.

2.2.3 Objetivos da Contabilidade de Custos

O objetivo da contabilidade de custos é permitir o alcance dos objetivos dos acionistas, alocar os recursos escassos de forma racional, fornecer informações contábeis para planejar e controlar, fornecer relatórios aos acionistas e governo.

Além de fornecer informações e avaliação do desempenho da atividade de bens e serviços e produtos.

Leone (2008, p.27) menciona:

A contabilidade de custos precisa dos objetivos, metas, orçamentos e parâmetros de cada um dos setores já relacionados. Os objetivos são enunciados de uma situação desejada, necessariamente ampla e abrangente, totalmente direcional, altamente motivacional e raramente quantificada. Como se observa, os objetivos não são quantificados. Para que o trabalho da Contabilidade de Custos não seja um mero exercício acadêmico, é necessário que os objetivos sejam quantificados. Daí serem transformados em metas. As metas já facilitam a transformação dos objetivos em alguma unidade de medida que possa ser acompanhada e controlada. É necessário um trabalho grande junto ao responsável de cada um dos segmentos retromencionados, a fim de relevar e definir satisfatoriamente as metas que melhor caracterizam ou quantificam os objetivos predeterminados.

Segundo o mesmo autor a Contabilidade de custos precisa dos objetivos, metas, orçamentos e parâmetros de cada um dos setores, a fim de relevar e definir a situação desejada.

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Martins (2001, p.22) menciona: “A Contabilidade de custos acabou por passar, nessas últimos décadas, de mera auxiliar na avaliação de estoque e lucros globais para importante arma de controle e decisão gerenciais”.

Bomfim e Passarelli (2006, p.23) menciona:

A principal finalidade da área de custos é possibilitar o gerenciamento e o controle dos gastos das empresas. Para atender a essa finalidade, foram criados procedimentos e ferramentas de controle, tais como o sistema de custo-padrão e de controle orçamentário, além de recursos gerenciais entre os quis distinguem-se os procedimentos de análise do ponto de equilíbrio, de gerenciamento de custos diretos e de utilização de programas de redução de custos.

Alguns conceitos importantes sobre Contabilidade de Custos.

Segundo Wernke (2001, p.11),

Gastos: termo usado para definir as transações financeiras nas qual a

empresa utiliza recursos ou assume uma divida, em troca da obtenção de algum bem ou serviço.

Custos: são os gastos efetuados no processo de fabricação de bens ou de

prestação de serviços.

Despesas: expressam o valor dos bens ou serviços consumidos direta ou

indiretamente para obtenção de receitas, de forma voluntária. Esse conceito é utilizado para identificar os gastos não relacionados com a produção, ou seja, os que se referem às atividades não produtivas da empresa.

Investimentos: são os gastos que irão beneficiar a empresa em períodos

futuros.

Perdas: são os fatos ocorridos em situações excepçionais que fogem à

normalidade das operações da empresa.

Desperdícios: este conceito pode englobar os custos e as despesas

utilizados de forma não eficiente.

O objetivo da Contabilidade de Custos e amplo e requer também uma atenção especial dos gestores da entidade para que utilize corretamente as informações coletadas deste sistema, que ira lhe auxiliar para melhor maneira na correta tomada de decisão.

Em um mercado competitivo uma correta estratégica de custos pode ajudar a manter a empresa viva, já que nos atuais dias são os consumidores que determinam quanto querem pagar pelo seu produto.

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2.2.4 Classificação de Custos em Diretos e Indiretos

Os Custos podem ser classificados de diferentes maneiras por que existe a necessidade de produzir e coletar informações, sendo úteis para todos os níveis e processo decisório de toda a empresa.

Assim os custos podem ser classificados quanto à unidade do produto, direto ou indiretos, ou quanto ao comportamento dos custos, fixos e variáveis.

Conforme Wernke (2001, p.13).

Custos diretos são os gastos facilmente apropriáveis às unidades produzidas, ou seja, são aqueles que podem ser identificados como pertencentes a este ou aquele produto. Por sua natureza, características próprias e objetividade de identificação no produto são imputados por medições objetivas ou por controles individuais como a ficha técnica do produto, sem a necessidade de rateios. Correspondem aos gastos específicos do produto ou serviço, ou seja, não sendo produzida a unidade ou executando o serviço, esses gastos não ocorrem. Tais custos podem ser fisicamente identificados para um segmento particular sob consideração.

Segundo o mesmo autor define os custos diretos, correspondem aos gastos específicos do produto ou serviço, ou seja, não sendo produzida a unidade ou executado o serviço esses gastos não ocorrem.

Para Leone (2008, p.59) os Custos Diretos são aqueles custos que consegue identificar com as obras, ou com o produto de modo mais econômico e lógico.

Bomfim e Passarelli (2006, p.53) define Custos Diretos são aqueles que podemos identificar como pertencendo a este ou aquele produto, pois há como mensurar quanto pertence a cada um, de forma objetiva e direta.

Para Bruni e Fama (2004, p.31):

Custos Diretos são aqueles diretamente incluídos no cálculo dos produtos.Consistem nos materiais usados na fabricação do produto e mão-de-obra direta. Apresentam a propriedade de serem perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva.

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Custos Diretos relaciona-se diretamente com o produto, sem execução de serviços ou elaboração de um produto eles não existem.

Custos Indiretos são aqueles que não podem ser notados diretamente na execução de um serviço ou elaboração de um produto no momento de sua ocorrência.

Bomfim e Passarelli (2006, p.54) define,

Custos Indiretos de fabricação, também chamados de custos indiretos de fabricação ou custos gerais de fabricação, são aqueles incorridos dentro do processo de produção, mas que, para serem apropriados aos produtos, obrigam ao uso de rateios.

De acordo com Leone (2008,p.59) “Custos Indiretos são aqueles outros custos que dependem do emprego de recursos, de taxas de rateio, de parâmetros para o débito às obras”.

Para Wernke (2001, p.14)

Custos Indiretos são os gastos que não podem ser alocados de forma direta ou objetiva aos produtos ou a outro segmento ou atividade operacional, e caso sejam atribuídos aos produtos ou a outro segmento ou atividade operacional, e caso seja atribuídos aos produtos, serviços ou departamentos, serão mediante critérios de rateio.

Custos Indiretos são aqueles que não podem ser vinculados facilmente ao produto ou serviços e são atribuídos a eles por meio de rateio. Nos custos indiretos incluem-se os materiais secundários, a mão de obra indireta (chefia e supervisão) os custos com manutenção de maquinas.

Nota-se que o custo direto como seu próprio nome diz, relaciona-se diretamente com o produto.

Custos indiretos são aqueles custos que não podem ser identificados diretamente ao produto no momento de sua ocorrência.

2.2.4.1 Classificação dos custos em fixos e variáveis

Custos fixos não variam com alteração no volume de produção ou vendas.

Para Bruni e Fama (2004, p.32) diz,

São os custos, que em determinado período de tempo e em certa capacidade instalada, não variam, qualquer que seja o volume de atividade da empresa. Existem mesmo que não haja produção. Podem ser agrupados em: custo fixo de capacidade–custo relativo às instalações da

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empresa, refletindo a capacidade instalada da empresa, como depreciação, amortização etc.; custo fixo operacional – relativo à operação das instalações da empresa, como seguro, imposto predial etc. Exemplos clássicos de custos fixos podem ser apresentados por meio dos gastos com alugueis e depreciação – independentemente dos volumes produzidos, os valores registrados com ambos os gastos serão os mesmos. É importante destacar que a natureza de custos fixos ou variáveis esta associada aos volumes produzidos e não ao tempo.

Bomfim e Passarelli (2006, p.54) define,

Os custos que não variam como a atividade de produção são chamados de fixos (Exemplos: aluguéis, seguros, impostos, depreciação, salário dos supervisores, etc.). Os custos fixos variam conforme o tempo e não de acordo com o nível de atividade, isto é, serão incorridos durante determinado período de tempo, ainda que nenhuma atividade de produção tenha lugar nesse período.

Wernke (2001, p.14) conceitua,

São aqueles gastos que tendem a se manter constantes nas alterações de atividade operacionais, independentemente do volume de produção. São os custos que têm seu montante fixado não em função de oscilações na atividade, ou seja, sem vinculo com o aumento ou diminuição da produção. Esses custos permanecem no valor independentemente da quantidade produzida. Relaciona-se com a capacidade instalada que a empresa possui e seu valor independente do volume de produção, existindo independentemente de a empresa estar produzindo ou parada.

Qualquer que seja o volume de atividade desenvolvida pela empresa os custos fixos não se alternam, isso quer dizer que não altera o valor total dos custos.

Os Custos Variáveis, esses custos aumentam ou diminuem de acordo com a quantidade produzida ou vendida.

Um custo variável é um custo que é proporcional ao nível de atividade (esse custo total aumenta à medida que a atividade aumenta). Os custos variáveis só aparecem quando a atividade ou produção é realizada Leone (2008, p.73),

Custos variáveis são os que estão diretamente relacionados com o volume de produção ou venda. Quanto maior for o volume de produção, maiores serão os custos variáveis totais. São todos os valores consumidos ou aplicados que têm seu crescimento vinculado à quantidade produzida pela empresa. Têm seu valor determinado em função de oscilações na atividade da empresa, variando de valor na proporção direta do nível de atividade (WERNKE, 2001, p.14).

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Para Martins (2001, p.56) “os Custos Variáveis são os que têm seu valor determinado em função dessa oscilação”.

Dependendo da variação da atividade o custo variável varia, fazem parte de custos variáveis matéria-prima, embalagens, combustíveis, etc.

2.3 Custos com Materiais

O custo dos materiais adquiridos deve incluir todos os gastos necessários para que eles cheguem ao estabelecimento da entidade compradora. A sua correta determinação é imprescindível no momento da apuração do resultado do exercício, por tratar-se de um dos componentes do cálculo do lucro liquido.

O princípio contábil de Custo de Aquisição determina que se incluam no custo dos materiais, todos os outros custos decorrentes da compra, e que se deduzam todos os descontos e bonificações eventuais recebidos, de acordo com, Bomfim e Passarelli (2006, p.95).

Segundo Martins (2001, p.124) podem-se dividir todos os problemas existentes numa empresa com a relação de materiais em três campos:

- Avaliação; qual o momento a atribuir quando várias unidades são comparadas por preços diferentes, o que fazer com os custos do departamento de compras, como tratar o ICMS, como contabilizar as sucatas.

- Controle; como distribuir as funções de compra, pedido, recepção e uso por pessoas diferentes, como desenhar as requisições e planejar seu fluxo, como organizar o “kardex”, como fazer a inspeção para verificar o efetivo consumo nas finalidades para as quais foram requisitadas etc.

- Programação; quanto comprar,quando comprar, fixação de lotes econômicos de aquisição, definição de estoques mínimos de segurança etc.

Tanto como os bens produzidos e adquiridos ou os estoques com objetivo de vendas e para consumo da própria entidade devem ser corretamente controlados, e analisados para proporcionar melhores resultados na formação e composição dos custos.

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2.4 Custos com Mão-de-Obra

Mão-de-obra divide-se em mão-de-obra direta e indireta, os custos com mão-de-obra direta são relativos ao pessoal que trabalha diretamente com a elaboração do produto, já os custos com mão-de-obra indireta, são custos com o pessoal do suporte, como supervisores, que não estão ligados diretamente com o processo de elaboração dos produtos.

2.4.1 Mão-de-obra direta

Mão-de-obra direta e todo trabalho na execução de um serviço, ou elaboração de um produto.

Bruni e Fama (2004, p.93) menciona da seguinte forma:

Mão-de-obra direta ou, simplesmente, MOD corresponde aos esforços produtivos das equipes relacionadas à produção dos bens comercializados ou dos serviços prestados. Refere-se apenas ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, desde que seja possível a mensuração do tempo despendido e a identificação de quem executou o trabalho, sem necessidades de qualquer apropriação indireta ou rateio.

Para Martins (2001, p.144) menciona,

Portanto, custo de mão-de-obra direta não se confunde com valor total pago à produção, mesmo aos operários diretos. Só se caracteriza como tal a utilizada diretamente sobre o produto. Portanto, o custo de Mão-de-obra Direta varia com a produção, enquanto a folha relativa ao pessoal da própria produção é fixa. Essa distinção é de absoluta importância para inúmeras finalidades.

Sendo aplicado diretamente na execução do produto pode-se definir como mão-de-obra direta.

A mão-de-obra direta envolve todos os custos com a contratação, treinamentos, salários e encargos sociais. Enquanto a folha de pagamento é fixa a mão-de-obra direta varia com a produção.

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2.4.2 Mão-de-obra indireta

Mão-de-obra indireta em qualquer ramo de atividade aonde todo o trabalho não pode ser visível como pertencente a determinado produto.

Para Bruni e Fama (2004, p.96) diz,

É importante observar que, embora a mão-de-obra direta seja tratada como variável já que está associada aos volumes produzidos, no Brasil,, em função das restrições legais, os salários e encargos devem ser considerados como fixos. A eventual diferença entre gasto total com mão-de-obra e mão-mão-de-obra direta, alocada ao produto, representa a ociosidade ou a perda do trabalho pago, porém não utilizado, podendo ser agrupado genericamente na categoria de mão-de-obra indireta.

Percebe-se que a mão-de-obra seja ela direta ou indireta é muito importante na composição dos custos, por sua vez a mão-de-obra direta esta ligada diretamente ao processo produtivo, a outra indiretamente, mas ambas auxiliam os administradores no suporte a produção.

2.4.3 Encargos Sociais e Trabalhistas

Bomfim e Passarelli (2006, p.110) diz,

Encargos sociais: os encargos sociais representam ônus previdenciários e trabalhistas de natureza diversa a que as empresas estão sujeitas por dispositivos legais, expressos em termos de férias, 13 salário, quota previdenciária, FGTS, etc...

2.5 Método de Custeio

São vários os métodos de custeio, como: Custeio por Absorção, Custeio

Variável ou Direto, Custeio Padrão, ABC, GECON, Custeio Padrão.

Desta forma a Contabilidade de Custos utiliza-se de diferentes métodos para, através de cálculos e analise de custos, encontrarem os gastos reais e a melhor maneira de alocá-los aos portadores.

Entre eles o estudo vai para os dois métodos de custeio, por Absorção e o custeio Variável ou Direto.

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Segundo Bomfim e Passarelli (2006, p.61), a diferença entre os métodos de custeio relaciona-se com o grau de variabilidade dos gastos utilizados por cada um deles para apropriação aos produtos e serviços produzidos pela empresa.

2.5.1 Custeio Por Absorção

Custeio por Absorção emprega como base, todos os custos diretos, indiretos, fixos e variáveis, que são absorvidos pelos produtos. È aceito pelos Princípios Fundamentais de Contabilidade e esta de acordo pelas leis tributarias.

A seguir são citados alguns conceitos sobre custeio por absorção por estudiosos na área.

Conforme Wernke (2001, p.20),

Custeio por absorção é o método mais tradicional de custeio e é empregado quando se deseja atribuir um valor de custos ao produto, atribuindo-lhe também uma parte dos custos indiretos. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos produtos, de forma direta ou indireta mediante critérios de rateio.

Quando, ao custear-se os produtos fabricados pela empresa, são atribuídos a esses produtos, alem dos seus custos variáveis, também os custos fixos, diz que se está usando a modalidade de custeio por absorção (Bomfim e Passarelli 2006, p.61).

Segundo Leone (2008, p.195)

O próprio nome do critério indica que estamos absorver no custo de cada departamento e de cada produto final os custos gerais (chamados indiretos, normalmente fixos, ou custos de estruturas) por meio que denominamos com muita propriedade taxas de absorção. Esse critério é amplamente adotado, sendo ainda um procedimento contábil geralmente aceito. Governo, auditores e empresários preferem emprega-lo, por motivações bem diferentes.

É um método de custeio o qual absorve todos os custos incorridos no processo de fabricação mediante critérios de rateio. Sendo ainda um procedimento contábil aceito.

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a) Vantagens e desvantagens do Custeio por Absorção

Segundo Leone (1997, p.83), as principais vantagens do custeio por absorção são:

-Atende a legislação fiscal e deve ser usado quando a empresa busca o uso do sistema de custos integrado à contabilidade;

-Considera o total dos custos por produtos; -Formação de custos para estoques;

-Permite a apuração do custo por centro de custos, quando os custos forem alocados aos departamentos de forma adequada, possibilita o acompanhamento do desempenho de cada área.

Ainda para o mesmo autor, as desvantagens deste método são: a) Poderá elevar artificialmente os custos de alguns produtos; b) Não evidencia a capacidade ociosa da entidade; c) Os critérios de rateio são sempre arbitrários, portanto nem sempre justos, (LEONE, 1997, p.83).

Por ser permitido pela legislação brasileira, este método é o mais utilizado para finalidades contábeis. Em termos gerenciais, porém, costuma receber varias críticas, (WERNKE, 2001, p.21)

Para Wernke (2001, p.21) as desvantagens são:

A principal desvantagem do custeio por absorção consiste na utilização dos rateios para distribuir os custos entre departamentos e ou produtos. Como nem sempre tais critérios são objetivos, podem distorcer os resultados, penalizando alguns produtos e beneficiando outros.

2.5.2 Custeio Variável

Custeio variável é um método conveniente no planejamento controle e tomada de decisões administrativas, pois neste método o lucro se move na mesma direção que o volume de vendas, porém não sendo aceito pela legislação fiscal.

Segundo Martins (2001, p.216) no Custeio Direto ou Custeio Variável, só são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, indo diretamente par o resultado, para os estoques só vão, como conseqüência, custos variáveis.

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Wernke (2001, p.29) menciona,

Esse método considera apenas os custos vaiáveis de produção e de comercialização do produto ou serviço como matéria-prima, mão-de-obra direta, serviços de terceiros aplicados ao produto, tributos sobre vendas, comissões de venda etc. Os demais gastos são transferidos para a apuração do resultado como despesas, sem serem apropriados aos produtos fabricados.

Para Bomfil e Passarelli (2006, p.61) diz,

E posição ao custeio por absorção, o custeio variável ou direto toma em consideração, para custeamento dos produtos da empresa, apenas gastos (custos e despesas) variáveis. Com isso, elimina-se a necessidade de rateios e, consequentemente, as distorções deles decorrentes.

No método de custeio variável mesmo existindo custos fixos pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, são considerados despesas e não como custo de produção sendo encerrados diretamente contra o resultado do período dispensa a necessidade de qualquer tipo de rateio.

Os estoques finais e produtos em elaboração e acabados só conterão custos variáveis.

b) vantagens e desvantagens Custeio Variável

Para Wernke (2001, p.21) pode ser priorizados alguns pontos:

- prioriza o aspecto gerencial ao enfatizar a rentabilidade de cada produto sem as distorções ocasionadas pelos rateios de custos fixos aos produtos; - não é aceito pela legislação tributária para fins de avaliação de estoques; - não envolve rateios e critérios de distribuição de gastos, facilitando o cálculo;

- exige uma estrutura de classificação rígida entre gastos de natureza fixa e variável;

- com a elevação do valor dos custos fixos, não considerados neste método, a análise de desempenho pode ser prejudicada e deve merecer considerações mais acuradas;

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2.6 Custos na Atividade de Serviços

Custo na atividade de serviço são todos os gastos necessários para a elaboração do serviço prestado ao consumir, cliente, garantindo a qualidade e a continuidade dos serviços prestados.

As empresas devem empregar tecnologia e equipamentos adequados e métodos operacionais que garantem a qualidade, segurança e regularidade do serviço, com o objetivo sempre de eficiência e modicidade nos preços cobrados.

2.6.1 Conceituação de Atividades de Serviço de Concessionárias de Energia Elétrica

Denomina-se como serviço toda atividade mercantil, que atenda a uma demanda de necessidades especificas de determinado grupo de clientes. São ações processos e atuações, que podem ser produzidos por qualquer empresa.

Buscando-se garantir a satisfação e abastecimento dos serviços para seus consumidores.

Utilizando-se das palavras de MARTINS (2006, p.25), custo é um “gasto relativo do bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços”.

Segundo Gasparini (2002, p.59), diz que: O estado transfere ao particular a execução da prestação de determinado serviço ou atividade que lhe era reservada, sem o entanto, abandona-lo, permanecendo como seu fiscalizador.

Para o mesmo autor Gasparini (2002, p.66) menciona que:

A exigibilidade de obrigação da manutenção do serviço atualizado caberá ao poder concedente. A atualização, porem, deve exigir-se ao objeto da concessão, o qual só pode ser alterado com o acordo da concessionário e, opondo-se este, restará ao concedente o resgate do serviço.

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O produto dos serviços deve ser gerados de acordo com as necessidades do clientes pois são os resultados de ações processos ou atuações, aumentando seus padrões de qualidade criando um diferencial de atuação e realização de serviços prestados perante as demais organizações do mesmo ramo.

2.6.2 Estrutura de sistemas de custos para serviços

Em estruturas de sistemas de custos para serviços encontra-se espaço para a aplicação de conceitos básicos de margem de contribuição, até estruturas complexas de ABC – Custeio baseado em atividades.

Segundo Bruni e Fama (2004, p.169) “custos padrões podem ser usados na aferição de desempenho, na elaboração de orçamentos, Na orientação de preços e na detenção de custos significativos do produto”.

MARTINS (2002, p.304) o ABC é na realidade uma ferramenta de custos, muito mais que custeio de produto.

Outra estrutura de sistema de custo utilizado é o método da unidade de esforço de produção (UEP) Baseia se na unificação da produção para facilitar o processo de controle de gestão. Para WERNKE (2001, p.32) o UEP é atualmente usado por mais de uma centena de empresa brasileiras.

Percebe-se a importância da estrutura de custos para serviços de atividades utilizadas hoje possíveis aos avanços em termos de tecnologia de informação que auxilia com informações e dados para empresa construir um sistema adaptado a sua necessidade.

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3 APURAÇÃO DOS CUSTOS NA CONSTRUÇÃO DE ESTRUTURAS DE LINHAS E REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA: Estudo Aplicado.

Nesta etapa do estudo é apresentada a parte prática do trabalho de Conclusão de Curso com base no desenvolvimento de um estudo de caso na empresa H.

O trabalho teve como objetivo apresentar um sistema de custo aplicado na construção de estruturas de linhas e redes e sua relevância na gestão de custos na empresa, pois vive-se em uma época de crescente agressividade mercadológica da concorrência, onde a utilização do orçamento como instrumento de planejamento é fundamental para o controle da empresa.

A necessidade de um planejamento de custos, surge quando as empresas atingem um certo grau de maturidade e começam a atribuir grande importância as suas relações com o cliente, fornecedor, acionistas e concorrentes, ou seja, é o momento da implantação de um sistema orçamentário de projeção de custos.

Este estudo demonstra a real situação da empresa, como ela esta enfrentando as dificuldades e facilidades na elaboração do orçamento e comparando com o efetivo, como ela esta apurando a relação dos valores e quantidades entre o orçado e o efetivado dos elementos de custo que são os materiais, a mão-de-obra, os transportes, e os custos administrativos.

Foram analisados três orçamentos de construção de estruturas de linhas e redes sendo eles os processos de números 6350/09, 5000/09 e 3955/09.

Durante a realização deste trabalho, foram efetuadas visitas e acompanhamento a campo em construção de linhas e redes para verificar o produto analisado. Inicialmente apresentado-se um fluxograma produtivo, conforme ilustrado na figura 2, o qual pode ser dividido em 3 fases distintas os processos que dão origem a construção de linhas e redes, que são: o processo de interrupção

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emergencial, o processo de inspeção de rede e o processo de interrupção programada.

Figura 2 – Fluxograma do processo para construção de linhas e redes Fonte: Dados conforme pesquisa.

O processo de Interrupção Emergencial pode ocorrer devido a algumas situações que afetam diretamente o sistema de distribuição de energia elétrica. É comum ocorrerem interrupções causadas por variações e intempéries climáticas, bem como acidentes de trânsito, defeitos em equipamentos ou ainda outras situações que afetam o sistema de distribuição de energia elétrica. Ocorrendo qualquer uma das referidas ocorrências, o reparo do sistema de distribuição precisa ser imediato.

O processo de Inspeção de Rede ocorre todos os dias, podendo o mesmo ser através de solicitações de clientes para ampliação ou melhoramento do sistema

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de distribuição, análise das ocorrências realizadas anteriormente, ou por verificações casuais da empresa.

O processo de Interrupção Programada ocorre quando o sistema de distribuição de energia elétrica requer melhorias ou ampliação. Nestes casos acontece o desligamento do sistema, situação em que os clientes da área atingida são avisados sobre a interrupção.

Em qualquer um, dos três processos que dão origem a construção de linhas e redes de distribuição de energia elétrica, sendo para uma simples manutenção ou ampliação do sistema, a empresa conta com uma equipe de profissionais qualificados e uma frota de veículos equipada com todos os equipamentos e ferramentas de segurança necessários, seja para o reparo ou construção em tempo hábil que restabeleça a energia para o consumidor.

Nesse aspecto cabe ressaltar que a empresa necessariamente precisa estar atenta e obedecer à legislação pertinente ao setor elétrico. Portanto, em se tratando de interrupção do fornecimento devem ser atendidas as premissas da Resolução Aneel nº 024/2000. A resolução, publicada em 28 de janeiro de 2000 trata com profundidade sobre a avaliação e o controle da continuidade do serviço de distribuição de energia elétrica. A resolução descreve a metodologia de cálculo e apuração dos indicadores de continuidade

3.1 Levantamento dos custos e despesas diretos e Indiretos da empresa

Considerando que a empresa em estudo é uma concessionária do serviço público de distribuição de energia elétrica e que todos os custos e despesas operacionais são embutidos no preço da energia elétrica uma vez que se trata de serviço regulado, existem algumas considerações a serem feitas.

O sistema tarifário brasileiro, o qual, através da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), processa os custos de uma concessão e regulamenta os preços da energia elétrica individualmente por concessionária, possui um tratamento aos

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custos e despesas diferentemente de uma empresa industrial ou comercial, ou de qualquer outro segmento que seja.

Este trabalho, que versa sobre a apuração dos custos na construção de estruturas de linhas e redes de distribuição de energia elétrica requer primeiro, que seja esclarecido que os investimentos realizados em linhas e redes de distribuição são considerados, assim como contabilizados, classificados e cadastrados como ativos imobilizados da concessão.

Partindo desse pressuposto, a ANEEL através das Resoluções nº 815/94 e Resolução nº 367/09, entende e orienta que os únicos elementos que poderão ser vinculados aos custos de imobilização de uma rede de distribuição de energia elétrica são: os materiais aplicados, mão-de-obra e o transporte.

Esses custos são assim classificados:

Materiais Aplicados (UC) – São os principais e mais relevantes materiais ou equipamento aplicados na obra, conhecidos tecnicamente como UC – Unidade de Cadastro;

Componentes Menores (COM) – São materiais de menor relevância que necessariamente precisam ser vinculados as UC’s para serem instaladas;

Custos Adicionais (CA): São compostos pelos custos com mão-de-obra e transporte.

Cabe então ressaltar, que outros custos de operação, bem como outras despesas operacionais da empresa não são alocados como custos das obras/imobilizações e investimentos em linhas e redes de distribuição e sim estão incluídas em uma parcela da tarifa. Tarifa essa paga pelos clientes/consumidores através do seu consumo de energia elétrica. Portanto esses demais custos e despesas operacionais supracitados têm cobertura tarifaria e não são adicionais aos custos da imobilização.

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Cabe então ressaltar, que outros custos de operação, bem como outras despesas operacionais da empresa não são alocados como custos das obras/imobilizações e investimentos em linhas e redes de distribuição e sim estão incluídas em uma parcela da tarifa. Tarifa essa paga pelos clientes/consumidores através do seu consumo de energia elétrica. Portanto esses demais custos e despesas operacionais supracitados têm cobertura tarifaria e não são adicionais aos custos da imobilização.

3.1.1 Custos com Material

É custo com material aplicado, o custo médio de almoxarifado dos materiais utilizados na obra. O custo médio deriva da movimentação de entradas e saídas do respectivo material e ser requisitado no almoxarifado. O custo médio do material é atualizado a cada compra realizada, onde sempre são considerados todos os elementos que envolveram a compra, como por exemplo: o preço do material, o valor do frete, valor de impostos, hora/homem do comprador e almoxarife.

Os custos com materiais aplicados são de grande importância dentro da composição do custo total da obra/imobilização visto o alto valor dos componentes necessários para a integralização de um projeto, como exemplo no caso de uma linha e rede de distribuição de energia elétrica: postes de concreto, transformadores, cabos de alumínio e chaves seccionadoras, religadores e bancos de capacitores.

Na seqüência apresenta-se um quadro com a descrição, unidade de medida, e valor (custo médio) de alguns dos materiais utilizados nos processos de construção de linhas e redes.

Quadro 1: Custo Médio dos Materiais

Código Unid. Descrição do Material Vlr. Unitário

1010 pç alca preformada 1/0 awg 3,20

1035 pç alca preformada 2/0 awg 2,40

1001 pç alca preformada 2awg 2,10

1005 pç alca preformada 4awg 0,37

1031 pç alca preformada 5/16" 4,45

Referências

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